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1° Avalição de Introdução à Filosofia 2022.1 - Professor Jorge Póvoas

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FACULDADE BAIANA DE DIREITO E GESTÃO 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRUNA MIRANDA, GIOVANNA LEITE, LAURA BUENO, MARIA 
EDUARDA BACELLAR E SOFIA DIDIER 
 
 
 
 
 
 
1° AVALIAÇÃO DE FILOSOFIA 
NOTA: 9.0 
 
 
 
 
 
 
Salvador 
2022
2 
 
 
 
QUESTÃO 1 
 
Inicialmente, vale destacar que o pensamento de Heráclito tem extrema 
relevância no estudo a ser tratado na questão. Dessa forma, o pré-socrático acredita 
que tudo flui, e a partir disso o mesmo busca compreender a multiplicidade do real. 
Ele quer compreender a realidade na sua mudança, no seu devir, ou no vir-a-ser. Para 
Heráclito não existe estatismo, assim, vai representar o dinamismo fazendo uma 
metáfora com o fogo, que para ele era o princípio originário de todo universo e que vai 
ser considerada por ele uma forma visível da instabilidade, já que o mesmo está em 
constante mudança e movimento, símbolo eterno da agitação do devir- “O fogo eterno 
e vivo, ora se acende ora se apaga”. Seguindo sua premissa, podemos afirmar que 
tudo muda sem cessar, e o que temos em um certo momento é diferente do que foi e 
do que ainda será. Uma frase bastante por ele vai ser; “nunca nos banhamos no 
mesmo rio”. Através dela podemos concluir que de fato ele acredita que tudo flui, uma 
vez que ao interpretar tal sentença entendemos que ele quer dizer que ao nos 
banharmos pela segunda vez no rio, nós e nem próprio rio seremos mais o mesmo. 
Acredita na multiplicidade do ser, já que o mesmo pode estar constituído de oposições 
internas. 
 Assim, de maneira contrária ao pensamento de Heráclito, surge o 
pensamento de Parmênides, que também é um pré-socrático só que da Escola Eleata. 
Parmênides acredita que o ser é imóvel e imutável e que as mudanças eram fruto da 
aparência. Vai fazer uma crítica ao pensamento de Heráclito de que tudo flui e que os 
seres são mutáveis. Ele considera algo inimaginável e fora da realidade acreditar que 
uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo, uma vez que ele afirma que uma 
essência não pode mudar, indo contra a ideia de mobilidade do ser. 
É possível dizer que Platão foi capaz de resolver o conflito entre o pensamento 
de Heráclito e Parmênides, ao dividir o mundo em dois: mundo sensível e mundo 
inteligível. 
A teoria do mundo sensível seria uma referência a Heráclito, dessa forma 
Platão expõe um mundo acessível pelos sentidos, onde prevalece as aparências que 
nos enganam, por isso ele é considerado imperfeito e mutável, pois está em constante 
transformação e mudança. Esse pensamento fica exemplificado no Mito da Caverna, 
na medida que as imagens refletidas para dentro da caverna são diferentes em 
3 
 
 
 
comparação com o que está fora da caverna, pois quando a informação chega no 
fundo da caverna elas já não são as mesmas que eram quando foram representadas. 
Já a teoria do mundo inteligível, aborda um mundo eterno e imutável, no qual tudo é 
fixo e perfeito, e é nele que prevalece a razão, sendo uma resposta direta ao 
pensamento de Parmênides. 
Na relação com o mito da caverna, a influência de Parmênides se aplica no 
mundo fora da caverna, no qual existe a verdade perfeita e imutável, bem como a 
origem das coisas e a sua essência fundamental, que é eterna e imóvel. 
Contudo, Platão pode provar que ambos os filósofos estavam certos de seus 
pensamentos ao dividir o mundo em dois, o sensível e o inteligível, unindo assim o 
mundo ontológico com o epistemológico. 
A partir dos pensamentos de Heráclito - no que diz respeito a tudo estar em 
constante movimento - e Parmênides - no que diz respeito ao ser algo imóvel - 
Aristóteles se baseou e desenvolveu parte de sua tese. 
Indo contra estes dois filósofos, foi possível para Aristóteles chegar a 
conclusões em seus pensamentos, primeiramente, em crítica a Heráclito, concluiu que 
em toda transformação há algo que muda e algo que permanece, acrescentando 
também que um ser não pode ser e não ser ao mesmo tempo, segundo o princípio de 
Heráclito da contradição. 
Criticou também Parmênides por esse limitar o movimento ao mundo sensível, 
o que limitava a ideia do ser. 
 
QUESTÃO 2 
 
2.1 Escola patrística 
 
A Filosofia Medieval ou Filosofia Cristã, pode ser dividida em dois períodos: a 
escola Patrística (séculos II-VIII) e a escola Escolástica (séculos IX-XIII). 
A escola Patrística teve seu pensamento elaborados pelos “Padres da Igreja” 
e, em seu início, serviu um pensamento cristão, tendo por base a Bíblia e outras obras 
cristãs. O período patrística foi um período de mudança e transição de pensamento. 
A principal característica da filosofia Patrística foi a defesa da fé Cristã. Consolida o 
cristianismo e luta pela sua conservação após as invasões bárbaras. 
4 
 
 
 
Santo Agostinho foi seu principal representante. Foi bispo de Hipona, província 
romana na África. É considerado um dos mais importantes “Padres da Igreja” no 
ocidente. Ainda contou com a influência de Platão, que teve seu pensamento platônico 
difundido para os artísticos pelo neoplatonismo, essa que estudou, classificou e 
formulou teorias próprias a partir dos escritos deixados por Platão. 
A Patrística possui três períodos: a) antes de Santo Agostinho; b) tempo de 
Santo Agostinho; c) depois de Santo Agostinho. Antes de Santo Agostinho, os padres 
defendiam o cristianismo contra o paganismo, eles começam a defender a fé e deixam 
de lado a razão grega. 
O período antes de Santo Agostinho possui três principais bases filosóficas: 1) 
platonismo judaico; 2) platonismo cristão ou patrística; 3) neoplatonismo. 
1) Defendia a fé na realidade dos antepassados e a razão na 
realidade em que viviam 
2) Defendia a fé como ponto essencial e fundamental para a vivência 
da pessoa 
3) Defendia somente a razão 
No período de Agostinho houve um crescimento do pensamento, que ocorreu 
pela descoberta de que era possível estudar filosofia com fé. No pós-Agostinho 
começa uma batalha entre a defesa da fé e da razão. Pôs-se a questão: é preciso crer 
para entender? A fé seria importante para o conhecimento, averiguava-se a verdade 
religiosa e moral. Havia uma necessidade de usar a razão para que a adesão à fé não 
fosse cega e passiva. Afirmavam que as verdades religiosas não podiam ser 
compreendidas a não ser pela fé. 
Depois desse período, não havia mais filosofia sem se pensar na religião e na 
fé do povo. 
 
2.2 Escola escolástica 
 
A escola Escolástica (século IX ao XIV), foi um período da Filosofia Medieval 
onde a filosofia aristotélica e a junção entre a fé e razão ganharam centralidade para 
explicar os elementos teológicos. Sua principal característica é a ligação com a fé 
cristã. Seus filósofos (mestres escolásticos) estavam preocupados em formular, 
interpretar, explicar ou demonstrar os dogmas católicos, queriam provas a existência 
5 
 
 
 
da alma humana e de Deus. Para eles, sua a Igreja possuía o papel de conduzir os 
humanos à salvação. O interesse da escolástica é, acima de tudo, especulativo, e sua 
glória é á elaboração da filosofia cristã. 
Essa elaboração será plenamente racional, consciente e critica 3e foi com 
Tomás de Aquino que chega ao seu apogeu. Antes dele o que temos é o pensamento 
e a tendencia platônico-agostiniana, onde era impossível uma filosofia verdadeira e 
própria por falta de distinção entre razão e fé, filosofia e teologia. 
A Escolástica não era uma filosofia autônoma, pois se destinava ao ensino 
religioso, à verificação do dogma. Fazia uso do neoplatônico ou aristotélico com a 
finalidade de promover o exercício da racionalidade, esse que iria mostrar a existência 
de verdade nas afirmações religiosas. Construía uma reserva de argumentos contra 
a incredulidade e contra as heresias. Apoia suas afirmações na tradição religiosa e na 
forca das Auctoritas as palavras sagradas contidas nas escrituras cristãs. Juntamente 
com as decisões dos Bispos. 
A Escolástica utiliza dométodo racional e tem função de demonstrar, 
fundamentar, justificar e defender uma determinada tradição ou religião. 
Se divide em: 1) a escolástica pré-tomista, com orientação agostiniana (IX- 
XIII); 2) a escolástica de Tomás de Aquino, onde se constrói uma filosofia de raízes 
cristãs, com limites claros quanto à teologia (XIII); 3) período pós-tomista (XIV-XV), a 
rápida decadência história da escolástica e demarca a\ transição ao período 
renascentista. 
 
2.2 Racionalismo 
 
Na Idade Média, a construção do conhecimento era orientada de acordo com 
os interesses da igreja. Durante a transição entre Idade Média e Idade Moderna, com 
a mudança de realidade e de pensamento, surge a necessidade do ceticismo, do 
questionamento das coisas e da busca por métodos e formas que o homem pode usar 
para alcançar a verdade e, é dessa forma que surgem as duas principais correntes de 
pensamento dessa época – o Racionalismo e o Empirismo. 
6 
 
 
 
Os racionalistas confiam na capacidade humana de atingir verdades universais 
e eternas, enquanto os empiristas questionam o caráter absoluto da verdade, pois 
para estes, o conhecimento parte de uma realidade em transformação constante. 
Para o Racionalismo, a razão tomada em si mesma e sem apoio da experiência 
sensível, é o fundamento e a fonte do conhecimento verdadeiro, ou seja, a razão 
controla a experiência sensível para que esta possa participar do conhecimento 
verdadeiro. 
O Racionalismo tem como principal representante o filósofo René Descartes. 
O propósito principal de Descartes foi encontrar um método tão seguro que o 
conduzisse à verdade indubitável, e o procura no ideal matemático, que é um 
conhecimento inteiramente dominado pela inteligência -e não pelos sentidos- o que 
lhe permite estabelecer cadeias de razões, para deduzir uma coisa de outra. 
Descartes parte em busca de uma verdade primeira que não possa ser posta 
em dúvida. Começa duvidando de tudo. Isso é a dúvida metódica, porque é essa 
dúvida que o impele a indagar se não restaria algo que fosse inteiramente indubitável. 
Descartes só interrompe a cadeia de dúvidas diante do seu próprio ser que 
duvida, aparecendo com o pensamento “Penso, logo existo”. 
 
2.4 Empirismo 
 
Para o Empirismo, diferente do Racionalismo, a verdade e as ideias racionais 
são adquiridas por nós através da experiencia. Para os empiristas, antes da 
experiencia nossa razão é como uma “folha em branco”, onde nada foi escrito; uma 
tábula rasa onde nada foi gravado. A razão é uma maneira de conhecer e a adquirimos 
no decorrer de nossa vida. 
Os empiristas defendem que nossos conhecimentos começam com a 
experiencia dos sentidos, isto é, com as sensações. Os objetos exteriores excitam 
nossos órgãos dos sentidos e vemos cores sentimos sabores e odores e ouvimos 
sons. 
7 
 
 
 
As sensações se reúnem e formam uma percepção, ou seja, percebemos uma 
única coisa ou um único objeto que nos chegou por meio de várias e diferentes 
sensações. As ideias trazidas pela experiencia, -pela sensação, pela percepção e pelo 
hábito- são levadas à memória e, de lá, a razão as apanha para formar pensamentos. 
A experiencia escreve e grava em nosso espírito as ideias, e a razão vai associá-las, 
combiná-las ou separá-las, formando todos os nossos pensamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Agostinho de Hipona – Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona. Acesso em: 15/04/2022 
 
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia, volume único / 
Maria Lúcia de Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins. — 6. ed. — São Paulo: 
Moderna, 2016 
 
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia – Editoria Ática, São Paulo, 2000. 
 
EDMAR, José. Cadernos didáticos para o ensino de Filosofia: volume I – Sobral: 
UVA, 2013 (Programa de Bolsa de Iniciação à Docência Experencias Inovadoras entre 
Universidades e Escolas – Projeto PIBID UVA 2011 – Universidade Estatual Vale do 
Acaraú – UVA) Disponível em: 
http://www.uvanet.br/biblioteca/downloads/cadernos_didaticos_vol_1.pdf#page=152. 
Acesso em: 15/04/2022 
 
MARA, Claudia. Filosofia Medieval. Jus Brasil. 2020 disponível em: 
https://claudiamaraviegas.jusbrasil.com.br/artigos/863996765/filosofia-
medieval#:~:text=O%20platonismo%20crist%C3%A3o%20defendia%20a,pag%C3%
A3o%2C%20defendia%20somente%20a%20raz%C3%A3o. Acesso em: 15/04/2022 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona
http://www.uvanet.br/biblioteca/downloads/cadernos_didaticos_vol_1.pdf#page=152
https://claudiamaraviegas.jusbrasil.com.br/artigos/863996765/filosofia-medieval#:~:text=O%20platonismo%20crist%C3%A3o%20defendia%20a,pag%C3%A3o%2C%20defendia%20somente%20a%20raz%C3%A3o
https://claudiamaraviegas.jusbrasil.com.br/artigos/863996765/filosofia-medieval#:~:text=O%20platonismo%20crist%C3%A3o%20defendia%20a,pag%C3%A3o%2C%20defendia%20somente%20a%20raz%C3%A3o
https://claudiamaraviegas.jusbrasil.com.br/artigos/863996765/filosofia-medieval#:~:text=O%20platonismo%20crist%C3%A3o%20defendia%20a,pag%C3%A3o%2C%20defendia%20somente%20a%20raz%C3%A3o

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