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1 Quando uma nova substância com potencial atividade farmacológica é sintetizada, o próximo passo é identificar uma possível interação com alvos biológicos, realizar testes em culturas celulares e modelos animais, para garantir sua eficácia, potência, seletividade, segurança e o seu perfil, bem como seu perfil farmacocinético. Assim, essa molécula poderá ser experimentada em humanos, em diferentes etapas e escalas de ensaios clínicos. Descreva como ocorrem os ensaios clínicos em humanos. Descreva como ocorrem os ensaios clínicos em humanos. Resposta : O ensaio clínico também é utilizado para verificar a segurança e eficácia do medicamento, através da observação de como o medicamento é absorvido, distribuído e excretado pelo corpo, visto que apenas 30% dos fármacos são aprovados para comercialização após o ensaio clinico. As fases de uma pesquisa clínica têm objetivos e características próprias e são necessárias para obtenção, utilização, estudo, análise e geração de informações. A primeira dela é a fase da pesquisa, onde se descobre como é a resposta imune do organismo frente ao patógeno em estudo. A segunda etapa são os testes pré-clínicos, onde se avalia a segurança farmacológica, se descobre, ou se confirma efeitos biológicos, ou farmacológicos. Nesta fase também se identificam os efeitos tóxicos do medicamento em estudo. Ensaios clínicos - Nesta etapa do estudo, um grupo de interesse faz uso da terapia ou exposição e são acompanhados por um grupo-controle, que não faz uso da terapia/exposição. A distribuição dos sujeitos participantes da pesquisa pode ser feita de forma aleatória (randomizada) ou não aleatória. São compostos por quatro fases: Fase I O medicamento em teste é usado pela primeira vez em humanos. Participam de 10 a 30 voluntários saudáveis e que não tem a doença que está sendo estudada. Avaliam-se diferentes doses, são realizados testes de segurança e é avaliada a interação com uso de drogas e álcool. Esta fase procura descobrir se há toxicidade para os seres humanos e se causará muitos efeitos adversos. Fase II Nesta etapa participam indivíduos que tem a doença. Normalmente são convocados de 70 a 100 participantes. Verifica-se a capacidade que um medicamento tem de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos. É aplicado em dezenas de participantes. O objetivo é obter mais dados de segurança e avaliar a eficácia do novo medicamento. Fase III Nesta fase, o número de participantes aumenta, podendo chegar aos milhares (100 a 1000). É a fase mais importante. Nesta fase, um grupo de participantes recebe o medicamento em estudo e outro grupo recebe o “placebo”, que é uma substância sem eficácia. É um estudo randomizado. Nem os pacientes, nem os pesquisadores sabem o que cada um recebeu. É uma fase importante, pois, pode-se descobrir se o medicamento é seguro e eficaz. Se o medicamento for eficaz, um relatório é enviado para a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para avaliação do estudo e posterior registro. Neste relatório há informações sobre a doença, a forma como a medicamento atuará no corpo, restrições, reações adversas, formas de aplicação e cuidados a serem tomados. De pose do registro, pode-se começar a fabricação e a sua distribuição pelas Unidades Básicas de Saúde ou venda em farmácias. Fase IV Confirma-se a aplicabilidade dos resultados obtidos na fase III são confirmados em uma grande parte da população doente. Ocorre o monitoramento de riscos e benefícios do medicamento a longo prazo. Compara-se também o perfil do novo medicamento com outros existentes no mercado. Identificam-se novas indicações do medicamento. https://www.infoescola.com/biologia/sistema-imunologico/ https://www.infoescola.com/sistema-imunologico/anticorpos/ https://www.infoescola.com/medicina/placebo/
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