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D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 1. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010) Uma forma aceita para se definir os custos diretos de uma obra é considerar que eles são todos os serviços constantes da planilha de quantidades e preços. Pessoal, primeiramente veremos alguns conceitos relacionados ao assunto tratado na questão. Nos termos do regulamento aprovado pelo Instituto de Engenharia em sua sessão nº 1.363, de 30.08.2004, que estabelece a Metodologia de Cálculo do Orçamento de Edificações (composição do custo direto e do BDI/LDI), temos os seguintes conceitos: Custo Direto: O Custo Direto é resultado da soma de todos os custos unitários dos serviços necessários para a construção da edificação, obtidos pela aplicação dos consumos dos insumos sobre os preços de mercado, multiplicados pelas respectivas quantidades, mais os custos da infraestrutura necessária para a realização da obra. Os insumos que compõem o custo direto são: • Mão de Obra – são representados pelo consumo de horas ou fração de horas de trabalhadores qualificados e/ou não qualificados para a execução de uma determinada unidade de serviço multiplicados pelo custo horário de cada trabalhador. O custo horário é o salário/hora do trabalhador mais os encargos sociais. • Materiais – são representados pelo consumo de materiais a serem utilizados para a execução de uma determinada unidade de serviço, multiplicados pelo preço unitário de mercado. • Equipamentos – são representados pelo número de horas ou fração de horas necessárias para a execução de uma unidade de serviço, multiplicado pelo custo horário do equipamento. OBS.: Os consumos dos insumos são obtidos pela experiência de cada uma das empresas do ramo da construção ou através de alguma tabela de composição de custos de orçamentos, sendo a mais conhecida a TCPO da Editora PINI. Ainda, no âmbito da Administração Pública Federal, o padrão é a utilização das composições unitárias do SINAPI, conforme têm determinado as últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias - LDO. BDI / LDI: É o resultado de uma operação matemática para indicar a “margem” que é cobrada do cliente incluindo todos os custos indiretos, tributos, etc. e a sua remuneração pela realização de um determinado empreendimento. O BDI/LDI é D a n i e l A r r u d a A m o r i m D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 indicado na forma de um percentual que é aplicado sobre o total do custo direto da obra. A sigla BDI é a simplificação de Benefício e Despesas Indiretas. Alguns autores também chamam de Bonificação e Despesas Indiretas. Disso podemos formular duas questões: Qual é o verdadeiro sentido do Benefício? O que são Custos Indiretos? Como Benefício temos não só o lucro líquido esperado como também todos os demais custos que não podem fazer parte dos custos diretos ou indiretos pela natureza dos gastos, como custos de representação, viagens de caráter comercial, propaganda, despesas com a participação em licitações e reservas de contingência para ocorrências imprevisíveis não seguradas. Custos Indiretos são aquelas despesas que não estão diretamente envolvidas com a produção da obra, como as despesas da administração central, custos financeiros, tributos, etc. LDI é uma sigla nova no mercado, que significa Lucro e Despesas Indiretas. Preço de Venda: O preço de venda é o resultado da aplicação da margem denominada BDI / LDI sobre o Custo Direto calculado na planilha de orçamento. Atenção! Um assunto muito importante no âmbito das obras públicas contratadas com recursos federais – logo, importante para o TCU - são as exigências da LDO quanto à utilização de parâmetros de referências de custo. Embora este tema não esteja explícito no edital do concurso do TCU de 2009, ele está intrinsecamente ligado à atuação do TCU na fiscalização de obras públicas. Em 2002, o Congresso Nacional aprovou através da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a adoção do SINAPI como referência para delimitação dos custos de execução de obras públicas com emprego de recursos federais. A LDO 2011 dispõe sobre a matéria nos seguintes termos: Lei nº 12.309 (LDO 2011), de 09 de agosto de 2010, Art. 127. O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica Federal, e, no caso de obras e serviços rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias – SICRO, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 SINAPI O que é O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI é um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil e tem a CAIXA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE como responsáveis pela divulgação oficial dos resultados, manutenção, atualização e aperfeiçoamento do cadastro de referências técnicas, métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados pelo SINAPI. Como funciona Para realizar a pesquisa, a rede de coleta do IBGE analisa mensalmente preços de materiais e equipamentos de construção, bem como os salários das categorias profissionais em estabelecimentos comerciais, industriais e sindicatos da construção civil, em todas as capitais dos estados. Enquanto a manutenção da base técnica de engenharia, base cadastral de coleta e métodos de produção é de competência da CAIXA. Ao longo do curso nós aprofundaremos o estudo da previsão da LDO 2011 referente à utilização de parâmetros de referências de custo. Em 2011 houve mudanças, como o tratamento diferenciado para o regime de execução de empreitada por preço global, as quais veremos detalhadamente. Portanto, conforme vimos, o custo direto é expresso mediante a relação (planilha) de todos os insumos aplicados na execução da obra, sendo que uma forma aceita para se definir os custos diretos é considerar que eles são todos os serviços constantes da planilha de quantidades e preços. Os custos indiretos integram o BDI e são apresentados na forma de um percentual, fora da planilha. Logo, a questão está correta. Gabarito: Item CERTO. 2. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) No orçamento de uma obra civil, o BDI representa os benefícios e despesas indiretas, sendo incluído como um percentual, aplicado sobre todos os preços unitários do D a n i e l A r r u d a A m o r i D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 orçamento, ou como uma verba geral, incluída ao final, ou, ainda, um misto dessas duas formas. Conforme vimos, o BDI/LDI é indicado na forma de um percentual que é aplicado sobre o total do custo direto da obra. Logo, o BDI é expresso em percentual do custo. O erro da questão está em considerar que o BDI pode ser expresso como verba geral ou de forma mista. Por esse motivo, a questão está errada. Gabarito: Item ERRADO. 3. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010) O orçamento tem como um de seus objetivos servir de referência na análise dos rendimentos obtidos com os recursos empregados na execução de uma obra ou serviço de engenharia. LIMMER (1997) apresenta o orçamento como a determinação dos gastos necessários para a realização de um projeto, de acordo com um plano de execução previamente estabelecido, gastos esses traduzidos em termos quantitativos. Para ZULIAN et al. (2000), a previsão dos custos e preços dependerá muitodo grau de conhecimento que o orçamentista tem do projeto, ficando o sucesso de um empreendimento, entre outros fatores, dependente do acerto entre o que foi previsto (orçado) e o que irá ocorrer na prática (custeio). O orçamento tem como objetivo fornecer informações para o desenvolvimento de coeficientes técnicos confiáveis, visando o aperfeiçoamento da capacidade técnica e da competitividade da empresa executora do projeto no mercado, além de servir como referência na análise dos rendimentos obtidos dos recursos empregados na execução do projeto (LIMMER, 1997). Uma informação valiosa com relação a esta questão é que o CESPE baseia muitas de suas questões sobre orçamento de obras nos trabalhos do autor Carl V Limmer. Como vimos, a questão está correta, sendo praticamente uma transcrição do livro do Limmer. Gabarito: Item CERTO. D a n i e l A r r u d a A m o r i m D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 4. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010) Em todo orçamento há uma correlação entre a qualidade da informação, que depende do grau de detalhamento do projeto, e a margem de erro existente. Desse modo, quanto mais próximo do início do planejamento, menor o erro. O orçamento deve ser o mais próximo dos custos reais. Evidentemente que toda estimativa orçamentária é, por conseguinte afetada por um erro, que será tanto menor quanto melhor for a qualidade da informação disponível por ocasião da sua elaboração (LIMMER, 1997). Como o orçamento é um documento gerado previamente à execução da obra, as variáveis que o compõem são estimadas e, assim sendo, seu resultado é aproximado em relação àquele que será o custo real, isto é, o custo apurado após a produção efetiva do bem. Entretanto, embora não tenha de ser exato, o orçamento deve apresentar um grau de precisão compatível com a margem de erro esperada pela construtora e pelos contratantes em função da fase a que se refere (MARQUES DE JESUS, 2008). ZULIAN et al. (2000) afirma que para se elaborar um orçamento que seja efetivamente viável do ponto de vista técnico é necessário levantar e conhecer com profundidade o consumo de materiais em cada um dos serviços a serem realizados, a quantidade de mão-de-obra, a incidência das leis trabalhistas sobre o custo da mão-de-obra, o tempo de uso dos equipamentos necessários aos serviços, os custos financeiros decorrentes, os custos administrativos (indiretos), a carga tributária que irá pesar sobre os serviços etc. Além disso, o profissional orçamentista deve ser conhecedor da realidade do mercado, das condicionantes regionais e locais, o tipo de gerenciamento que se pretende empregar na execução da obra, os métodos construtivos, a possibilidade de ocorrência de fenômenos climáticos que venham a interferir nos custos da obra etc. O orçamento é um instrumento de planejamento, e será mais preciso na medida em que as informações disponíveis sobre o objeto orçado forem de melhor qualidade. Ainda, o processo de planejamento é dinâmico e contínuo, compreendendo inclusive o período de execução da obra. Embora exista sempre uma margem de erro admissível no planejamento, o erro encontrado varia ao longo do processo, sendo maior na fase inicial, quando ainda podem haver definições a serem tomadas e mudanças podem ocorrer. Na medida em que o planejamento avança, o processo é amadurecido e consolidado, diminuindo as mudanças de rumo e as imprevisões. Logo, quanto mais longe do início do planejamento, menor o erro, estando errada a questão. D a n i e l A r r u d a A m o r D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Gabarito: Item ERRADO. 5. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) No cálculo de orçamento de obras de edificações, é necessária a presença de um profissional com experiência no ramo para montar planilhas de composições de preços, identificar os componentes do custo direto e o Benefício de Despesas Indiretas – BDI, entre outras atividades. Nesse contexto, assinale a opção correta. a) Os EPIs - Equipamentos de Proteção Individual não devem ser classificados como encargos complementares. Primeiramente, vejamos mais alguns conceitos importantes, nos termos do regulamento aprovado pelo Instituto de Engenharia que estabelece a Metodologia de Cálculo do Orçamento de Edificações: Encargos sociais sobre a mão de obra: São encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas ou resultantes de Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores. Os Encargos Sociais dividem-se em três níveis: 1. Encargos Básicos e obrigatórios; 2. Encargos Incidentes e reincidentes; 3. Encargos Complementares. Os Encargos Sociais Básicos são: Os Encargos Sociais Incidentes e Reincidentes são: D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Os Encargos Complementares são: Os valores constantes da tabela acima para os encargos complementares são exemplificativos. Para seu cálculo foram adotados valores do Acordo Coletivo de Trabalho do Sinduscon/SP. A observação “Aplicar a fórmula” é necessária porque os componentes dos encargos complementares são calculados em função das características de cada obra, como o número de trabalhadores na obra, turnos de trabalho, número de dias trabalhos no mês, salário médio mensal dos trabalhadores, custo de cada EPI, e outros. Conforme consta na relação acima, os EPIs - Equipamentos de Proteção Individual devem ser classificados como encargos complementares. Logo, a questão está errada. Gabarito: Item ERRADO. D a n i e l A r r u d a A m o D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 b) Os custos de mão-de-obra são calculados em função dos salários e dos encargos sociais, não devendo ser incluídos nesses custos as ferramentas de uso pessoal. Conforme vimos no item anterior, as ferramentas manuais (de uso pessoal) são consideradas nos encargos sociais complementares. Logo, o item está errado. As ferramentas de uso pessoal constituem um tema que merece ser mais bem abordado porque sua análise comporta diferentes vieses. Dessa forma, vejamos algumas considerações a respeito, no intuito de esclarecer os pontos que podem confundir o candidato na hora da prova. Conceito de administração local: É um componente do Custo Direto constituído por todas as despesas incorridas na montagem e na manutenção da infraestrutura da obra necessária para a execução da edificação. A administração Local compreende as seguintes atividades básicas de despesa: - Chefia da obra – engenheiro responsável; - Administração do contrato; - Engenharia e planejamento; - Segurança do trabalho; - Produção – mestre de obra e encarregados; - Manutenção dos equipamentos; - Manutenção do canteiro; - Consumos de energia, água e telefone fixo e móvel; - Gestão da qualidade e produtividade; - Gestão de materiais; - Gestão de recursos humanos; - Administração da obra – todo o pessoal do escritório; - Seguro de garantia de execução, ART, etc. Na doutrina encontramos que além de todas as despesas administrativas e de infraestrutura necessárias, a administração local deve abrigar os custos derivados D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 da mão de obra, que não foram apropriados nas planilhas de custos unitários, como os alojamentos e as ferramentas de uso geral. Pessoal, devemos perceber que na administração local devem ser consideradas as ferramentas que NÃO foram apropriadas nos custos unitários, como girica, carrinho de mão, máquina de solda, vibrador, martelete rompedor, etc. Essas ferramentas não são consideradas de uso pessoal, ou ferramentas manuais (termo utilizado no SICRO). As ferramentas manuais são apropriadas nos custos unitários uma vez que estão contempladas no custo horário da mão de obra, por fazeremparte dos encargos sociais. Por ferramentas manuais entendem-se as de uso exclusivo de um profissional e de uso proporcional à atividade executada por ele (colher de pedreiro, desempenadeira, martelo, chave turquesa, etc.). Estas, nos termos do regulamento aprovado pelo Instituto de Engenharia integram os encargos sociais complementares sobre a mão de obra. O DNIT, no SICRO2 (que ainda está valendo), considera as ferramentas manuais dentro das composições unitárias de serviço, utilizando a rubrica "Adicional à mão-de-obra". Já no SICRO3 (que está em fase de consulta pública) isso mudará, com as ferramentas manuais saindo das composições e passando para o grupo "Serviços gerais do orçamento da obra". Maiores detalhes podem ser obtidos nos manuais do SICRO2 e 3. Ambos estão disponíveis no sítio do DNIT. Resumindo, a regra é que para obras de EDIFICAÇÕES as ferramentas manuais integram os encargos sociais complementares e as demais ferramentas integram a administração local. Assim, os custos de mão-de-obra são calculados em função dos salários e dos encargos sociais, devendo ser incluídos nesses custos as ferramentas de uso pessoal. Logo, está errado o item. Gabarito: Item ERRADO. c) No serviço referente a transporte de carga mecanizado, os coeficientes de consumo devem incluir a carga e a descarga do caminhão. Pessoal, nesta questão é oportuno que abordemos alguns aspectos relacionados ao transporte de materiais na obra. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Em regra, as matérias-primas para a obra são precificadas considerando sua entrega no local da obra (preço posto obra). Dessa forma, não se considera o frete isoladamente, sendo este normalmente incluído no custo dos diversos materiais. Uma vez que o material esteja na obra, pode ser necessário transportá-lo para que possa ser utilizado. Neste caso, teremos um serviço de transporte. Para ilustrar essa situação, abaixo há uma extração do SINAPI. Com relação à carga e descarga, há outras considerações. O transporte propriamente dito independe da forma como o material é carregado ou descarregado. Por exemplo, um mesmo caminhão pode transportar materiais que necessitam de carga/descarga mecanizada e materiais que necessitam/permitem carga/descarga manual. Assim, o serviço de carga e descarga é considerado isoladamente do serviço transporte. Abaixo podemos verificar a composição de um serviço de carga e descarga mecanizadas. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Logo, vimos que no serviço referente a transporte de carga mecanizado, os coeficientes de consumo não devem incluir a carga e a descarga, estando errada a questão. Gabarito: Item ERRADO. d) Despesas de comercialização são despesas administrativas que devem ser enquadradas como despesas indiretas. Nos termos do regulamento aprovado pelo Instituto de Engenharia em sua sessão nº 1.363, de 30.08.2004, que estabelece a Metodologia de Cálculo do Orçamento de Edificações (composição do custo direto e do BDI/LDI), temos o seguinte: D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Fórmula do BDI: Da fórmula acima, se constata que a letra “c” corresponde à taxa de despesas de comercialização. Taxa de Comercialização: É o resultado de todos os gastos não computados como Custos Diretos ou Indiretos, referentes à comercialização do produto mais as reservas. Podem ser consideradas como custos de comercialização as seguintes despesas: compras de editais de licitação; preparação de propostas de habilitação e técnicas; custos de caução e seguros de participação; emolumentos; despesas cartoriais; despesas com visitas técnicas; viagens comerciais; assessorias técnicas e jurídicas especializadas; propaganda institucional; brindes; comissão de representantes comerciais; reservas de contingência para eventuais roubos, assaltos e inundações não cobertas por seguro; etc. As despesas de comercialização não constam de nenhum item de Custos Diretos ou de Despesas Indiretas e, portanto, deverão ser calculadas em separado. A taxa de comercialização é obtida dividindo-se todas as despesas comerciais ocorridas num determinado período de tempo (por exemplo, de um exercício, dividido pelo faturamento do mesmo exercício). É por isso que a taxa de comercialização fica no denominador por ser proporcional ao faturamento e não ao custo direto da obra. D a n i e l A r r u d a A m o r i D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Assim, a questão está errada porque as despesas de comercialização são despesas administrativas que não são enquadradas nem como custos diretos nem como indiretos, sendo consideradas no BDI na forma de taxa. Gabarito: Item ERRADO. e) O autor do orçamento deve recolher ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, específica para cada obra objeto da licitação, atestando a sua autoria. O artigo 40 da Lei 8.666/93, alínea XVII, item II do parágrafo 2º estabelece a obrigatoriedade de a Administração Pública apresentar juntamente com o edital de licitação o orçamento estimativo em planilhas de quantitativos e preços unitários. Por outro lado, a Lei Federal nº 5.194/66, que regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, estabelece uma série de condições que disciplinam a matéria, sobretudo com relação à responsabilidade de autoria do orçamento. Quanto à responsabilidade do orçamentista perante a legislação brasileira. A Lei Federal n° 5.194, de 24/12/1966 estabelece: Art.14 – Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos judiciais ou administrativos, é obrigatória, além da assinatura, precedida do nome da empresa, sociedade, instituição ou firma a que interessarem, a menção explícita do título do profissional que os subscreve e o número da carteira referida no art. 56. Pelos artigos 1º ao 14º da Resolução nº 425, de 18/12/98 do CONFEA, combinada com o Parágrafo 1º dos Artigos 2º e 4º da lei nº 6.496/77 é obrigatório o recolhimento de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) pela execução do orçamento e pelo ocupante de cargo e função orçamentista, ficando sujeito às penalidades da lei pelo seu não cumprimento. Todo orçamento deve ter a autoria identificada pelo nome do engenheiro ou arquiteto que o elaborou, seu título profissional e o número de registro no CREA e o nome da empresa - no caso de consultoria - ou do órgão a que está vinculado - papel timbrado do órgão. Para ilustrar, vejamos alguns excertos da Lei n. 6.496/77: D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 “Art. 2º - A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia. § 1º - A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea). Art. 3º - A falta de ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea "a" do Art. 73 da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e demais cominações legais." O autor do orçamento deverá recolher ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, específica para cada obra objeto da licitação, atestando a sua autoria. Além disso, o órgão contratante deverá recolher ART - Anotação de Responsabilidade Técnica de Cargo e Função do seu orçamentista sob pena de autuação pela fiscalização do CREA. Ainda, o orçamento deverá ser elaborado a partir da composição dos custos unitários, obedecidos rigorosamente as Leis Sociais e os Encargos Trabalhistas e todos os demais Custos Diretos, devidamente planilhados e o cálculo dacomposição do BDI com todos os Custos Indiretos, tributos e previsão de lucro. Por fim, a Lei 12.309/2010 – LDO 2011 dispõe sobre a matéria, nas contratações com recursos públicos federais, da seguinte forma: “Art. 127 § 4º Deverá constar do projeto básico a que se refere o art. 6º, inciso IX, da Lei nº 8.666, de 1993, inclusive de suas eventuais alterações, a anotação de responsabilidade técnica pelas planilhas orçamentárias, as quais deverão ser compatíveis com o projeto e os custos do sistema de referência, nos termos deste artigo.” Em função do exposto, o item está correto. Gabarito: Item CERTO. 6. (CESPE/MPU/Analista de Engenharia Civil/2010) No orçamento a ser elaborado para a construção de uma rodovia, deve-se considerar, entre outros insumos, os materiais empregados, a mão de obra e os equipamentos, sendo os tributos que incidem sobre a mão de obra idênticos aos incidentes sobre os materiais e equipamentos empregados. D a n i e l A r r u d a A m o r D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 A questão fala em orçamento para a construção de uma rodovia, mas a lógica do raciocínio se aplica ao orçamento de qualquer tipo de obra. Há tributos incidentes sobre os insumos da construção civil que variam em função do tipo de insumo. Por exemplo, numa construtora que forneça a mão de obra e os materias, sobre a mão de obra incide ISS, e sobre os materiais incide ICMS. Logo, a questão está errada. Gabarito: Item ERRADO. 7. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010) Na composição de custo unitário básico de um serviço, o coeficiente é a quantidade necessária de determinado insumo para executar uma unidade de medida do respectivo serviço. A composição do custo unitário é feita a partir de coeficientes técnicos de consumo extraídos de publicações especializadas ou compilados por cada empresa, pelo processo de experiência e erro, em função do planejamento e do controle dos projetos por ela executados. As composições unitárias refletem a técnica utilizada pela empresa na execução dos serviços. Elas informam o quê (insumos) e quanto (coeficientes) uma empresa necessita para executar uma unidade de determinado serviço sob determinadas condições. Na composição unitária abaixo, extraída do SINAPI, percebemos que para o serviço “ALVENARIA ½ VEZ DE TIJOLO FURADO 10X20X20CM”, a unidade é o m² e que para fazer uma unidade deste serviço são necessários 0,80 (coeficiente) hora (unidade de medida) do insumo “PEDREIRO”, 0,80 hora de “SERVENTE OU OPERÁRIO NÃO QUALIFICADO”, 23,36 unidades de “TIJOLO CERÂMICO FURADO 8 FUROS 10 X 20 X 20CM” e 0,011 m³ de argamassa. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Dessa forma, na composição de custo unitário básico de um serviço, o coeficiente é a quantidade necessária de determinado insumo para executar uma unidade de medida do respectivo serviço, estando correta a questão. Gabarito: Item CERTO. 8. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) Para montar um orçamento, é necessário conhecer os coeficientes de produtividade da mão-de-obra, consumo de materiais e consumo horário dos equipamentos utilizados para fazer os serviços de obra. Nesse contexto, escolha a opção correta. a) O consumo de insumos indicado na composição de custos de um serviço individual é o mesmo para obras diferentes da mesma empresa. Como vimos na questão anterior, as composições unitárias refletem a técnica utilizada pela empresa na execução dos serviços. Elas informam o quê (insumos) e quanto (coeficientes) uma empresa necessita para executar determinado serviço sob determinadas condições. Dessa forma, sempre que a empresa executar determinado serviço sob as mesmas condições, este será executado da mesma maneira, segundo retratado em sua composição unitária, em todas as obras onde este serviço for necessário. Quando houver mudança das condições inerentes à execução dos serviços, esta alteração deve ser considerada nas composições unitárias. Por exemplo, a D a n i e l A r r u d a A m o r i D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 produtividade de determinada mão de obra pode sofrer alteração em função do local de execução da obra. Ainda, determinado serviço pode ter sua produtividade influenciada por características da edificação, como, por exemplo, a altura da construção (número de pavimentos). Logo, a questão está errada porque obras de natureza diferenciada, em que sejam diferentes as condições de execução dos serviços, ensejam alteração nas composições unitárias de serviços. Gabarito: Item ERRADO. b) A organização e a gestão de um determinado serviço não têm influência sobre o custo unitário direto do serviço. Pessoal, um aspecto relacionado aos orçamentos e às composições unitárias que é relevante para o nosso estudo é a diferença entre orçamento sintético e analítico. A diferença entre o orçamento sintético e o analítico é que o primeiro não possui a composição dos serviços a serem executados, só mencionando o tipo de serviço e seu respectivo custo. Já o segundo contempla a composição dos serviços, estabelecendo quais são os insumos necessários à realização dos mesmos, os respectivos preços unitários e quantidades. No SINAPI, podemos gerar planilhas sintéticas e analíticas de serviços. A título de exemplo, abaixo estão duas extrações do SINAPI, a primeira, sintética e a segunda, analítica. Observe a forma como é apresentado o serviço 23426/001. Na planilha sintética é apresentado apenas a nomenclatura do serviço e seu valor de R$ 188,19 por metro linear. Na planilha analítica são descriminados os insumos que compõem o serviço, separados em equipamento, material e mão de obra, totalizando, naturalmente, o mesmo valor de R$ 188,19. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Relação de custos de composições sintética: Relação de custos de composições analítica: D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Conforme comentamos no item anterior, quando houver mudança das condições inerentes à execução dos serviços, esta alteração deve ser considerada nas composições unitárias. Assim, a organização e a gestão de um determinado serviço têm influência sobre o custo unitário direto do serviço na medida em que a maneira como o serviço é executado reflete nos insumos e nos coeficientes considerados. Gabarito: Item ERRADO. c) Os critérios de medição adotados têm impacto sobre o valor nominal dos coeficientes de consumo dos insumos em uma determinada composição de preços sob avaliação. Após a compilação das relações de serviços a serem executados, é necessário medir quanto deve ser feito de cada um. A medição em planta é simples, para a maioria dos elementos construtivos. Os critérios para a medição geralmente buscam, ao máximo, a correspondência com as medidas reais. Alguns serviços, contudo, escapam a este critério e são relacionados com a forma tradicional de aquisição dos materiais ou de contratação dos serviços. Assim, as peças de concreto, os pisos e forros são medidos por sua área real, por exemplo. Já as esquadrias de madeira são medidas em unidades e as metálicas por área. As pinturas e os revestimentos, internos e externos, devem ser medidos de acordo com a área das peças a que se adaptam, por área. Porém, existem casos mais complexos, como as medições de escavações e de alvenarias, por exemplo. As quantidades medidas para as escavações dependem do tipo de solo e da tecnologia empregada. Se o solo é firme, pode-se utilizar escoramento, e as escavações podem ser realizadas com taludes verticais, com pequeno espaçamento a mais para as formas. Se o solo não é firme, o tipo de solo indicará a inclinação do talude.No pior caso, para materiais arenosos, o talude será de 45°, ampliando significativamente a escavação e o reaterro necessários. As alvenarias de tijolos contêm inúmeros detalhes, tais como os vãos deixados para as esquadrias ou os rasgos para as tubulações hidráulicas e elétricas. Não é possível simplesmente descontar os vazios, pois estes detalhes implicam em gasto extra de mão-de-obra, nos acabamentos. A consideração destes vazios implica em várias formas de medir as alvenarias. As duas formas mais comuns são as seguintes: D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 a) Critério “Pini”: descontar 2 m2 em vãos maiores que esta área (por exemplo, em abertura de 6 m2, desconta-se 4m2). A racionalidade do método está em compensar o trabalho extra necessário para executar os arremates no vão, contando uma quantidade de mão-de-obra equivalente ao trabalho para realizar 2 m2 do mesmo tipo de alvenaria. O inconveniente é que as quantidades de serviço medidas em obra não coincidem com as medidas por este sistema, provocando dificuldades com subempreiteiros, assim como a quantidade de material a ser adquirido, que difere do que foi orçado. b) Critério adequado para integração com planejamento e compras: descontar exatamente a medida do vão, considerando os serviços de arremate na alvenaria na composição da esquadria ou em uma composição especial (por unidade ou por perímetro de gola), por causa das diferenças nas quantidades de tijolos e demais materiais. Neste caso, não há problemas nas medições de subempreiteiros. Cada profissional (ou empresa) deve ter critérios bem definidos, padronizados e conhecidos por todos os envolvidos, inclusive pelos subempreiteiros. Os preços e as quantidades de materiais a serem adquiridos devem estar em sintonia com estes critérios de medição. Assim, conforme o exposto, os critérios de medição adotados têm impacto sobre os coeficientes de consumo dos insumos em uma determinada composição de preços na medida em que alteram a forma como os serviços são quantificados. Gabarito: Item CERTO. d) Uma empresa interessada em desenvolver as suas composições de preço deve escolher um método de mensuração e avaliar os serviços que oferece, em oposição à política de métodos diferentes para serviços distintos. Conforme comentamos no item anterior, os critérios para a medição geralmente buscam, ao máximo, a correspondência com as medidas reais. Alguns serviços, contudo, escapam a este critério e são relacionados com a forma tradicional de aquisição dos materiais ou de contratação dos serviços. Dessa forma, a questão está errada porque necessariamente deverão ser utilizados métodos de medição diferentes para alguns serviços. Gabarito: Item ERRADO. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 e) O planejamento do fluxo de trabalho não tem efeito sobre o desempenho da mão-de-obra de uma obra. O planejamento do fluxo de trabalho busca atingir a condição na qual a eficiência da mão de obra disponível da obra é a máxima possível. Dessa forma, quanto mais bem planejado o fluxo de trabalho, melhor será a produtividade da mão de obra. Assim, a questão está errada. Gabarito: Item ERRADO. O orçamento pode ser definido como a determinação dos gastos necessários para a realização de um empreendimento, conforme um planejamento previamente realizado. Acerca do orçamento, julgue o item a seguir. 9. (CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/Área: Engenharia Civil/2010) O coeficiente de correlação corresponde a relação entre o custo de uma parte ou componente de edificação e a soma dos custos de duas ou mais partes ou componentes da mesma edificação. Pessoal, novamente cabe uma observação muito importante sobre as fontes utilizadas pelo CESPE para fazer questões de prova! Na Administração Pública Federal, as práticas de projeto, inclusive de orçamento, seguem as diretrizes estabelecidas pela Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio – SEAP. A SEAP publica três manuais sobre obras públicas de edificações: Práticas de Projeto, Práticas de Construção e Práticas de Manutenção. Os manuais estão disponíveis no sítio www.comprasnet.gov.br. No Manual de Práticas de Projeto da SEAP temos: “2.11 Coeficiente de Correlação: Coeficiente entre o custo de uma parte ou componente de edificação e a soma dos custos de duas ou mais partes ou componentes da mesma edificação.” Percebam que a questão é cópia integral da definição da SEAP. Dessa forma, o item está correto. Gabarito: Item CERTO. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Na elaboração do orçamento de uma obra de construção civil, um aspecto que merece especial atenção é o que diz respeito aos encargos sociais. A respeito desse aspecto, julgue os itens a seguir. 10. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) De acordo com a lei, o empregador é obrigado a cobrir as despesas de transporte do empregado relativas ao trajeto de casa ao local de trabalho e ao de volta para casa, considerando-se o montante excedente a 6% do salário do trabalhador, despesa que deve ser paga mensalmente. Nós vimos na primeira questão da aula que o vale-transporte é considerado como um encargo social complementar. Agora, o CESPE cobra o conhecimento de como operacionalizar o pagamento deste benefício, uma vez que há coparticipação do trabalhador. Primeiramente, vejamos algumas informações sobre o salário dos trabalhadores: A Constituição Federal determina que o trabalhador tem o direito a receber, no mínimo, o valor fixado por lei para o salário mínimo, nos seguinte termos: “Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; (...)" Além do pagamento em dinheiro, fazem também parte do salário do trabalhador: alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações que o empregador, por força do contrato ou de costume, forneça habitualmente ao trabalhador. Nestes casos, o empregador pode considerar estes benefícios como parte do salário do trabalhador. Mas, para isso, deve discriminar o valor, em moeda corrente (R$), dos benefícios nos recibos de pagamento e eles não devem ultrapassar 70% do salário total do trabalhador. Os limites legais máximos para cada um destes benefícios são: • Alimentação: até 25% do salário. • Moradia: até 20% do salário. Atenção: Nos em que morar no local de trabalho é condição determinante para a realização do trabalho, a moradia D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 deve ser concedida de graça ao trabalhador e não pode ser incorporada como parte do salário. • Materiais para higiene pessoal: 7% do salário mínimo; • Vestuário: até 22% do salário. Atenção: uniforme e outros acessórios concedidos pelo empregador e usados no local de trabalho não podem ser descontados; • Transporte: até 6% do salário, limitado ao valor total do número de vales- transportes recebidos pelo trabalhador. Os descontos de INSS incidirão também sobre o pagamento do 13º salário e férias. Também podem ocorrer descontos por adiantamentos em dinheiro (vales) e faltas injustificadas ao serviço. Os descontos das faltas deverão estar discriminados no recibo de pagamento. Descontos por prejuízos materiais causados pelo trabalhador devem, de preferência, estar previstos no contrato de trabalho. 13º salário Deve ser paga em duas parcelas: aprimeira, considerada como "adiantamento do 13º salário", deve ser feita entre fevereiro e novembro. O valor desta parcela será de metade do valor correspondente ao salário do mês anterior e será descontada do pagamento restante do 13º salário, a ser pago em dezembro. A segunda parcela deve ser paga até o dia 20 de dezembro e o valor desta parcela será a remuneração do mês de dezembro, dividido por doze e multiplicado pelo número de meses trabalhados durante o ano. Desse resultado, deve-se descontar o valor pago como "adiantamento do 13º salário". Atenção: mais de quinze dias trabalhados em um mês é considerado como um mês inteiro de trabalho para o cálculo do 13º salário. De acordo com o Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987, que regulamenta a Lei n° 7.418, de 16 de dezembro de 1985, que institui o Vale- Transporte, com a alteração da Lei n° 7.619, de 30 de setembro de 1987, temos o seguinte: “Art. 1º - São beneficiários do Vale-Transporte, nos termos da Lei 7.418, de 16 de dezembro de 1985, alterada pela Lei 7.619, de 30 de setembro de l987, os trabalhadores em geral e os servidores públicos federais. Art. 9º - O Vale-Transporte será custeado: D a n i e l A r r u d a A D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 I - pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento de seu salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens; II - pelo empregador, no que exceder a parcela referida no item anterior. Parágrafo único. A concessão do Vale-Transporte autorizará o empregador a descontar, mensalmente, do beneficiário que exercer o respectivo direito, o valor da parcela de que trata o item I deste artigo.” Em resumo, o vale-transporte é um benefício em que o empregador antecipa o valor gasto com transporte para que o trabalhador se desloque de sua residência para o local de trabalho e vice-versa. Todos trabalhadores têm direito ao vale- transporte. O custo do vale transporte e dividido entre o trabalhador e o empregador. Do trabalhador será descontado 6% de seu salário e o restante do que o trabalhador gasta com transporte será pago pelo empregador. Por exemplo, um trabalhador recebe um salário de R$ 800 por mês e necessita de ônibus 4 vezes por dia. Suponhamos que cada passagem custe R$ 2 e que ele trabalhe 25 dias durante o mês. Fazendo as contas vemos que este trabalhador gastaria com transporte, por dia, R$ 8 (4 ônibus por dia X R$ 2) e, por mês, gastaria R$ 200 (25 dias trabalhados X R$ 8 por dia). Se este trabalhador solicitar vale transporte, ele passará a gastar com transporte apenas 6% do seu salário, no caso R$ 48 (salário do trabalhador x 6/100, neste exemplo isso seria: R$ 800 x 6/100). A diferença para completar os R$ 200 gastos por este trabalhador será paga pelo empregador. Logo, a questão está correta. Gabarito: Item CERTO. 11. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) A curva ABC representa os insumos em ordem decrescente de preço de um determinado serviço ou serviços de uma obra. Assinale a opção incorreta. a) A curva ABC é baseada no princípio de Pareto. A curva ABC é um procedimento baseado no Princípio de Pareto que serve para identificar os itens mais relevantes de uma planilha de preços. Baseado nesse princípio tem-se a classificação ABC, composta por três faixas: a faixa A, que abrange, na maioria dos casos, cerca de 20% do total de todos os itens considerados e corresponde a cerca de 80% do valor total desses itens; a faixa B, D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 com cerca de 30% dos itens, correspondendo a cerca de 15% do valor total, e a faixa C, com aproximadamente 50% dos itens, equivalendo a apenas cerca de 5% do valor total. Os itens devem ser ordenados por sua importância relativa, determinando-se o peso do valor de cada um em relação ao valor do conjunto, calculando-se em seguida os valores acumulados desses pesos. O número de ordem do item e o respectivo valor acumulado definem um ponto e com uma série de pontos, a classificação ABC pode ser representada de forma gráfica, conforme abaixo: A classe A reflete os itens mais importantes e que merecem tratamento especial em termos de acompanhamento e controle de obra. A classe C representa os itens menos importantes. A classe B é uma situação intermediária. Gabarito: Item CERTO. b) O princípio de Pareto, no qual a curva ABC se baseia, indica que poucas causas usualmente concorrem para a maioria dos resultados. A Lei de Pareto (também conhecida como princípio 80-20, ou princípio de Pareto), afirma que para muitos fenômenos, 80% das consequências advém de 20% das causas. A classificação ABC é baseada neste princípio. Gabarito: Item CERTO. c) Apesar do nome, a curva ABC é um relatório, podendo ser representada graficamente. D a n i e l A r r u d a A m o r i D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Para fins de análise é comum que o gráfico resultante da classificação ABC (a curva ABC propriamente dita) nem seja necessário. A classificação (ordenamento) dos itens de forma decrescente, com a indicação do seu peso relativo e acumulado, em forma de planilha, é a forma mais prática de trabalhar com a técnica de classificação ABC. Importante! Normalmente a planilha orçamentária de uma obra possui diversos títulos (fundação, estrutura, implantação, etc.), de forma a apresentar uma visualização mais clara, com cada título possuindo diversos serviços. Ainda, uma mesma obra pode possuir várias planilhas, para diferentes etapas ou estruturas da obra. Dessa forma, um mesmo serviço pode constar em mais de um título ou em mais de uma planilha da obra. Por exemplo, o concreto é utilizado nos serviços preliminares, na fundação, na estrutura, nas obras complementares, etc. Assim, antes de ordenarmos os serviços em função do seu valor total, devemos agrupar os serviços que por ventura constem em mais de um título da mesma planilha ou em mais de uma planilha. Dessa forma, teremos o quantitativo total daquele serviço previsto para o empreendimento como um todo, o que nos permite visualizar corretamente sua importância relativa. A planilha abaixo é a classificação ABC do orçamento de uma pequena obra. Os serviços constantes das células com fundo na cor verde constituem o grupo A, as células com fundo branco representam o grupo B e as de fundo lilás identificam o grupo C. Observe o percentual acumulado no Item 8: 80,01% do valor da obra: D a n i e l A r r u d a A m o r i D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Item Descrição do Serviço Unid. Quantidade Custo Custo Total % Individual % Acumulado 1 ESTAÇÃO TRATAMENTO ESGOTO MP 80 CJ 1,00 185.378,95 185.378,95 31,97% 31,97% 2 TUBO PVC RIB LOC 1100mm M 201,00 456,75 91.806,75 15,83% 47,80% 3 POÇO TUBULAR PROFUNDO 200 m - REVESTIDO UN 1,00 52.485,63 52.485,63 9,05% 56,85% 4 TUBO PVC RIB LOC 900mm M 114,00 370,71 42.260,94 7,29% 64,14% 5 ESCAVAÇÃO MECÂNICA DE VALAS MAT. 1ª M3 3.812,00 6,07 23.138,84 3,99% 68,13% 6 ALAMBRADO COM 2 OURIÇOS H=1,00m M 109,99 209,48 23.040,71 3,97% 72,10% 7 SOPRADOR HC100S - RESERVA UN 1,00 21.967,81 21.967,81 3,79% 75,89% 8 REATERRO APILOADO DE VALAS M3 1.098,86 21,78 23.933,17 4,13% 80,01% 9 FILTRO CENTRAL 10.000 L/H UN 1,00 15.625,00 15.625,00 2,69% 82,71% 10 ARMADURA CA-50A MÉDIA - 6.3 a 10,00 mm KG 2.225,50 5,01 11.149,76 1,92% 84,63% 11 ESCAVAÇÃO MAN.DE VALAS ATÉ 2.00m PROF M3 551,61 14,10 7.777,70 1,34% 85,97% 12 CABO ISOLADO 6 mm2 - 0,6/1 kV - 70 °C M 2.000,00 3,64 7.280,00 1,26% 87,23% 13 TUBO DE CONCRETO ARMADO D=1500 mm M 14,00 458,71 6.421,94 1,11% 88,33% 14 ATERRO COMPACT. C/COMP. DE PLACA M3 4.023,23 1,56 6.276,24 1,08% 89,42% 15 CONCRETO MAGRO INCL. LANÇ. M3 24,14 243,81 5.885,57 1,01% 90,43% 16 LASTRO PEDRA GRANÍTICA - ACESSO M3 125,00 45,84 5.730,00 0,99% 91,42% 17 CONCRETO 18 MPa P/ FUND. SEIXO, BET. M3 19,35 277,915.377,56 0,93% 92,35% 18 ALAMBRADO COM 2 OURIÇOS H=1,60m M 20,31 244,88 4.973,51 0,86% 93,20% 19 FORMA P/ BLOCOS E VIGAS FUNDAÇÕES M2 137,50 30,24 4.158,00 0,72% 93,92% 20 LASTRO DE BRITA M3 46,24 85,43 3.950,28 0,68% 94,60% 21 CONCRETO 20 MPa P/ FUND., SEIXO, BET. M3 13,15 284,69 3.743,67 0,65% 95,25% 22 ELETRODUTO CORRUGADO 2" - PEAD M 300,00 11,53 3.459,00 0,60% 95,84% 23 BOMBA DOSADORA DE CLORO UN 1,00 3.125,00 3.125,00 0,54% 96,38% 24 FORMA DE TÁBUA P/ SUPERESTRUTURA 2x M2 68,40 37,46 2.562,26 0,44% 96,83% 25 CONCRETO 20 MPa P/SUPER., BRITA, BET. M3 5,64 332,59 1.875,81 0,32% 97,15% 26 REBOCO MASSA ÚNICA,1:3, PAREDE INT/EXT M2 112,00 16,01 1.793,12 0,31% 97,46% 27 ANÁLISES LABORATORIAIS - CORPO RECEPTOR AM 5,00 350,00 1.750,00 0,30% 97,76% 28 ALVENARIA DE EL. C/ BL. DE CONCRETO 15cm M2 56,00 29,86 1.672,16 0,29% 98,05% 29 TRANSP. MAT.1ª CAT. ESTR. CASC. (20Km) M3xK 2.467,12 0,59 1.455,60 0,25% 98,30% 30 REGULARIZAÇÃO DE FUNDO DE VALA M2 736,20 1,44 1.060,13 0,18% 98,48% 31 TUBO PVC 60mm M 60,00 16,32 979,20 0,17% 98,65% 32 COBERT.TELHAS FIBROC. ONDULADA 5mm M2 43,20 21,37 923,18 0,16% 98,81% 33 PORTA CH. LISA #16 M2 3,36 249,68 838,92 0,14% 98,95% 34 PINTURA ACR 2 DEMÃOS C/ FUNDO M2 112,00 6,76 757,12 0,13% 99,09% 35 LOC.BOMBA TRIF. P/REBAIX.2" MÊS 2,00 343,75 687,50 0,12% 99,20% 36 PROJETO EXECUTIVO DE REDE PLUVIAL M 550,00 1,25 687,50 0,12% 99,32% 37 CONTRAPISO ESP. 10 CM M2 22,40 28,40 636,16 0,11% 99,43% 38 TUBO PVC 25mm M3 150,00 3,45 517,50 0,09% 99,52% 39 CONCRETO USIN.20 MPa,SX. FUND. LANÇ./AP. M3 1,50 321,40 482,10 0,08% 99,60% 40 ESTACA BROCA DE CONCRETO D=25CM M 16,00 26,56 424,96 0,07% 99,68% 41 CHAPISCO 1:3, CIMENTO E AREIA - INT/EXT M3 112,00 2,68 300,16 0,05% 99,73% 42 PASSEIOS EM CONCRETO fck=13,5 Mpa e=7 cm M2 10,00 28,62 286,20 0,05% 99,78% 43 CAIXA ALV. 60x60x60 C/ TAMPA CONCRETO UN 2,00 140,02 280,04 0,05% 99,83% 44 ESCAVAÇÃO E CARGA MAT. 1ª CAT M3 98,68 2,48 244,73 0,04% 99,87% 45 PREPARAÇÃO DE TERRENO M2 158,10 1,44 227,66 0,04% 99,91% 46 TRANSP. MAT.1ª CAT. ESTR. CASC. (3Km) M3xK 376,08 0,59 221,89 0,04% 99,95% 47 REGULARIZAÇÃO DE TERRENO M2 126,10 1,44 181,58 0,03% 99,98% 48 DISJUNTOR TRIFÁSICO 25 A UN 2,00 48,14 96,28 0,02% 99,99% 49 TORNEIRA, METAL CR. - USO GERAL UN 1,00 27,79 27,79 0,00% 100,00% 50 ESPALHAMENTO M3 3,36 0,51 1,71 0,00% 100,00% Gabarito: Item CERTO. d) Em um gráfico hipotético da curva ABC, a tangente deve ser maior no início da curva. Como se observa do gráfico que ilustra o comentário da letra “a” da questão, a tangente é maior no final da curva, quando a curva possui um alinhamento mais D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 orientado ao eixo das abscissas (eixo x, horizontal) e uma ordenada (eixo y) maior. Gabarito: Item ERRADO. e) A curva ABC permite avaliar as variações significativas de custo em função da variação de preços de insumos. A questão está correta porque a curva ABC, ao indicar quais os insumos mais representativos na formação do custo da obra, permite avaliar as variações significativas de custo em função da variação de preços de insumos. Em resumo, a curva ABC identifica quais os insumos que devem ter seu preço mais bem controlado (grupo A), uma vez que estes insumos são os que têm maior impacto no custo da obra. Dica! A técnica da curva ABC pode ser utilizada tanto para classificação de insumos quanto de serviços, ou mesmo para um orçamento que contemple serviços e insumos de forma conjunta (como o exemplo da letra “c”). Gabarito: Item CERTO. 12. (CESPE/TCU/ACE/ Auditoria de Obras Públicas/2007) A composição do custo unitário baseia-se na decomposição, em partes, do produto a executar, com premissa da existência de proporcionalidade entre custo e quantidade produzida. A composição do custo unitário baseia-se na decomposição do produto (o projeto a ser executado) em conjuntos ou partes, de acordo com centros de apropriação (ou de custos) estabelecidos em função de uma Estrutura Analítica de Partição (EAP) do projeto e de uma Estrutura Analítica de Insumos (ou de Custos) (EAI), a primeira detalhada no nível de pacotes de trabalho a serem executados por operários especializados, com os materiais adequados e usando equipamentos apropriados, e a segunda no nível de tipos de insumos ou de custos. (LIMMER, 1996) Outra premissa é a da proporcionalidade entre o custo total de um serviço e a quantidade do mesmo a ser produzida – validade do preço unitário para uma determinada faixa de quantidade do serviço ao qual se refere -, o que permite D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 estabelecer o custo total de um serviço como igual ao produto da sua quantidade, obtida por medição, pelo custo de produção de uma unidade do serviço. A composição do custo unitário é feita a partir de coeficientes técnicos de consumo extraídos de publicações especializadas ou compilados por cada empresa, pelo processo de experiência e erro, em função do planejamento e do controle dos projetos por ela executados. A elaboração de um orçamento de um projeto é, normalmente, tarefa complexa em si. Em projetos de obras civis essa complexidade cresce devido aos seguintes fatores: • Baixa especialização da mão de obra, dificultando a obtenção de níveis uniformes de produtividade; • Falhas e omissões na concepção dos projetos, gerando frequentes alterações no planejamento da sua execução, nos tipos e quantitativos de materiais e nos tipos de mão de obra; • Grande número de atividades a serem executadas, gerando diferentes tipos de trabalho de difícil quantificação; • Variação contínua de preços de insumos, sendo esta variação de preços devida a dois fatores: o da escalada de preços (aumento de preço em função da demanda de mercado) e o da inflação (aumento de preço devido à deterioração do valor da moeda). Gabarito: Item CERTO. A respeito do cálculo dos benefícios e despesas indevidas (BDI), julgue os próximos itens. 13. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) O rateio dos custos da administração central faz parte do BDI e corresponde a uma parcela da soma de todos os gastos com a estrutura central da empresa. Pessoal, aqui temos uma situação que gerou grande polêmica no concurso 2009 do TCU. O comando agrupador do item trouxe o termo “indevidas”, quando logicamente deveria ter utilizado o termo “indiretas”. Há quem entenda que isso não atrapalhou o candidato a responder às questões porque o erro é óbvio e a sigla BDI é de amplo conhecimento dos profissionais envolvidos com obras. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Contudo, meus amigos, qualquer erro numa prova de um concurso do vulto do concurso do TCU gera uma discussão interminável. Convenhamos que seja lamentável um erro grosseiro como esse na sua prova. Apenas a título de exemplo das conseqüências que um equívoco como esse pode causar, transcrevo abaixo um recurso apresentado contra a questão em virtude da impropriedade na redação do comando: “O concurso do TCU 2009 é regido pelo EDITAL Nº 2 – TCU – ACE/TCE, de 21 de maio de 2009, e suas alterações posteriores, que prescreve em seu item “(...) 7 DAS PROVAS OBJETIVAS - 7.1 As provas objetivas para o Cargo 1 (...) Cada prova objetiva será constituída de itens para julgamento, AGRUPADOS POR COMADOS QUE DEVERÃO SER RESPEITADOS. O julgamento de cada item será CERTO ou ERRADO, DE ACORDO COM 11:11 O(S) COMANDOS(S) A QUE SE REFERE O ITEM(...)”. De sorte que o candidato deve, OBRIGATORIAMENTE: LER O COMANDO > INTERPRETAR O COMANDO > RESPONDER O ITEM. Nessa sequência lógica. Implicando que o comando deva conter todos os dados necessários ao candidato para que ele tenha condições de proceder conforme determina o Edital. Nesse sentido, não é possível admitir nesse universo que envolve o presenteConcurso Público, que os COMANDOS da prova contenham VÍCIOS (ERROS) que impeçam o candidato de, OBEDECENDO AO COMANDO do Item, E, COM BASE NO CONTEÚDO PROGAMÁTICO, contido no próprio Edital, responder adequadamente o Item. Com esse entendimento é possível afirmar que “(...)benefícios e despesas indevidas (BDI) (...)”, expresso no comando do item, NÃO É O MESMO “(...)benefícios e despesas indiretas (BDI) (...) contido no item do Edital 18.3.2 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA O CARGO 1 (...) - I AUDITORIA DE OBRAS RODOVIÁRIAS (...) II AUDITORIA DE OBRAS DE EDIFICAÇÕES: (...) - 4 Análise orçamentária: (...) benefícios e despesas indiretas (BDI), encargos sociais (...), do presente Concurso Público, e, quanto ao termo BDI: BDI significa BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS, termo consagrado e remansosamente empregado, tanto pela Administração Pública quanto pela iniciativa privada, sem margem para nenhuma interpretação dúbia sobre seu significado, sendo ampla e farta sua caracterização na bibliografia. Essa sequência de entendimento mostra que seria IMPOSSÍVEL ao candidato adequadamente chegar a qualquer interpretação válida do Item. Em face dos argumentos expostos e sistematizados, demonstrando ERRO no comando agrupador do item, contrariando o Edital do presente Concurso Público e impedindo o candidato de julgar e responder ao Item, de acordo com esse mesmo Edital, requeiro à douta banca a ANULAÇÃO do item.” D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Contudo, o CESPE ignorou o erro e considerou que não houve prejuízo aos candidatos. Dessa forma, vamos à questão. A taxa para a administração central considerada no BDI é a parte do preço da obra destinada à manutenção da empresa construtora (custos da sede). Essa manutenção corresponde, geralmente, às seguintes despesas: • Pró-labores dos sócios-diretores da empresa; • Pagamento de contadores, advogados e consultores técnicos; • Despesas de viagem, transporte, hotéis, refeições etc.; • Funcionários de apoio administrativo (secretárias, contínuos etc.); • Aluguel ou manutenção da sede da empresa (prédios, salas etc.); • Verba para marketing / divulgação. Cada empreendimento da empresa construtora arcará no seu BDI com uma apropriação proporcional destes custos da administração central. Lembrando que, conforme pacífica jurisprudência do TCU acerca da matéria, os custos com a administração local (engenheiro, escritório do canteiro, apontador, segurança etc.) são considerados custos diretos, devendo estar previstos na planilha orçamentária e não devem integrar o BDI. Gabarito: Item CERTO. 14. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) Nem a previsão de recolhimento do imposto de renda da pessoa jurídica, nem a taxa do programa de integração social fazem parte do cálculo do BDI. Os tributos incidentes sobre o faturamento de obras integram o BDI. Dessa forma, o PIS/PASEP faz parte do BDI, o que torna a questão errada. Com relação ao imposto de renda, o Acórdão n.º 950/2007 - Plenário firmou entendimento de que não devem constar dos orçamentos as parcelas relativas ao Imposto de Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL. Excerto do Acórdão n.º 950/2007 – Plenário: “...embora não haja nenhuma normatização que defina qual a fórmula padrão para o cálculo do BDI, é necessário que o mesmo seja realizado com embasamento técnico e que, na sua D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 composição não sejam incluídas despesas que, por sua natureza, não possam ser classificadas como indiretas. Dentre elas, podemos citar a Administração Local, o IRPJ, a CSLL, a Mobilização/Desmobilização e a Administração de Canteiros.” O Tribunal de Contas da União entende ser indevido constar do BDI o percentual referente à parcela do IRPJ e da CSLL incidentes na execução do objeto contratado, com arrimo no argumento de que, diante da natureza desses tributos diretos, considerados personalísticos, estes devem ser suportados pelo particular, sendo, dessa forma, irregular o seu repasse à Administração Pública. Além do mais, estaria a Administração ressarcindo a parcela de um tributo que somente é devido após a apuração do seu fato gerador, ou seja, o lucro, e não o faturamento da empresa. Esse, diante do desempenho empresarial, poderá ser percebido ou não pelo particular. Destaca o TCU que "não é plausível que a Administração Pública arque com uma despesa que pode nem vir a se realizar, uma vez que, se a contratada não tiver lucro com os seus vários outros empreendimentos, por conseguinte não há que falar em imposto de renda ou contribuição social". Ademais, a sua presença é impertinente tanto no BDI como nos demais itens da planilha ou orçamento. Importante! Perceba que grande parte dos argumentos utilizados pelo TCU em seu Acórdão n.º 950/2007 - Plenário apenas se aplicam no caso de empresas que pagam imposto de renda com base no lucro real. As empresas que optam por pagar imposto de renda com base no lucro presumido pagam pelo recebimento, e não pelo lucro, o que desmonta os argumentos daquele caso. Claro que a enorme maioria das empresas que contratam com a Administração Pública (em especial, a federal, interesse do TCU) apuram o resultado por lucro real, dessa forma há a regra. Contudo, sempre há as exceções! Gabarito: Item ERRADO. A respeito da taxa de benefícios e despesas indiretas (BDI), utilizada em contratos de obras civis, julgue os itens seguintes. 15. (CESPE/Secont-ES/Auditor do Estado/Especialidade Engenharia Civil/2009) A taxa de BDI refere-se à porcentagem de aumento que o orçamentista deve aplicar sobre o custo dos serviços listados na planilha orçamentária, desconsiderando o lucro do consultor. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 A questão está errada porque conforme comentamos na questão 13, as despesas com consultores fazem parte da Administração Central e, segundo a fórmula pra cálculo do BDI apresentada na letra “d” da questão 5, a taxa de Administração Central integra o cálculo do BDI. Gabarito: Item ERRADO. 16. (CESPE/Secont-ES/Auditor do Estado/Especialidade Engenharia Civil/2009) Quanto maior for o nível de terceirização de serviços de construção da empresa que está apresentando o preço do projeto, menor será a taxa de BDI. O item está correto porque quanto maior for o nível de terceirização de serviços de construção, menor será a parcela de risco inerente ao empreendimento a ser suportada pela empresa responsável pelo projeto e menor será o custo financeiro do seu capital de giro, uma vez que o risco e estes custos serão compartilhados com os terceirizados. Gabarito: Item CERTO. Para atuar no mercado da construção, além do custo para fabricar seus produtos, as empresas efetuam despesas indiretas de várias naturezas. A respeito das despesas indiretas que devem ser consideradas na elaboração de orçamentos, julgue os itens a seguir. 17. (CESPE/Secont-ES/Auditor do Estado/Especialidade Engenharia Civil/2009) A taxa de despesa comercial, proporção entre a verba anual para a representação comercial da empresa e a projeção de seu faturamento anual, varia de acordo com gastos com seguros especiais, contingências contratuais e gastos com o preparo da proposta. Conforme o comentário da questão 5 letra “d”, as despesas de comercialização não constam de nenhum item de Custos Diretos ou de Despesas Indiretas e, portanto, deverão ser calculadas em separado. A taxa de comercialização é obtida dividindo-se todas as despesas comerciais ocorridas num determinado período de tempo (por exemplo, de um exercício, dividido pelo faturamento do mesmo exercício). É por isso que a taxa de comercialização fica no denominador por ser proporcionalao faturamento e não ao custo direto da obra. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Podem ser consideradas como custos de comercialização as seguintes despesas: compras de editais de licitação; preparação de propostas de habilitação e técnicas; custos de caução e seguros de participação; emolumentos; despesas cartoriais; despesas com visitas técnicas; viagens comerciais; assessorias técnicas e jurídicas especializadas; propaganda institucional; brindes; comissão de representantes comerciais; reservas de contingência para eventuais roubos, assaltos e inundações não cobertas por seguro; etc. Dessa forma, a questão está correta. Gabarito: Item CERTO. 18. (CESPE/Secont-ES/Auditor do Estado/Especialidade Engenharia Civil/2009) A carta de fiança bancária gera despesas financeiras. Pessoal, um assunto muito importante para o nosso estudo é a possibilidade da Administração Pública exigir a prestação de garantia por parte dos seus contratados. Este tema é disciplinado pela Lei 8.666/1993 – Lei de Licitações e Contratos – LLC. Nos termos da LLC, temos duas hipóteses: 1. Garantia da proposta: “Art. 31 A documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a: III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1º do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.” 2. Garantia do contrato: “Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras.” § 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia: D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda; II - seguro-garantia; III - fiança bancária. § 2º A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a cinco por cento do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado o previsto no parágrafo 3º deste artigo. § 3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato. § 4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente. § 5º Nos casos de contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens. O que devemos ter em mente com relação a este assunto é o seguinte: 1. A garantia da proposta não pode exceder 1% do valor estimado do objeto; 2. A garantia do contrato é em regra limitada a 5% de seu valor. Contudo, se o objeto for de alto vulto e complexidade técnica, o limite passa a 10% do valor contratado; 3. É o contratado que opta qual modalidade de garantia será utilizada. 4. Se houver entrega de bens pela Administração, não há limite percentual para prestação de garantia. A garantia pode ultrapassar 100% do valor do contrato, por exemplo. Para tanto, basta que o valor do bem entregue suplante 95% do valor do contrato. Modalidades de garantia: D a n i e l A r r u d a A m o D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 A caução em dinheiro é o simples depósito do valor da garantia em uma conta bancária específica de titularidade da Administração Pública. Com relação ao seguro-garantia (seguro-fiança) e à fiança bancária, na tabela abaixo abordaremos estes conceitos. Fiança bancária versus seguro-garantia A carta de fiança bancária, bem como o seguro-garantia (seguro-fiança), são modalidades de garantia ao credor. Ambas possuem o mesmo efeito. Entretanto diferem muito no seu conceito e na sua forma operacional e/ou contratação. Através da fiança, o banco é o fiador das responsabilidades assumidas pelo contratado, enquanto que no seguro, a seguradora garante que o contratado realizará a obra ou os serviços a que se propõe. Para outorgar uma carta de fiança, o banco leva em consideração, exclusivamente, a capacidade econômica financeira da empresa, ou seja a sua capacidade de poder ressarci-lo no caso de uma eventual inadimplência contratual, e que em consequência o banco tenha efetuado qualquer pagamento. No conceito estabelecido pelo Acordo de Basiléia, a emissão de uma carta de fiança se constitui numa operação ativa de crédito e como tal toma limite operacional do banco, como também limite de crédito da empresa junto ao banco. O prazo de vigência independe do prazo do contrato e sua liquidez é concentrada, pois o risco é exclusivo do banco emitente. Como consequência seu custo é mais elevado que outros instrumentos de caução. No seguro-fiança ou seguro garantia, ao contrário, a seguradora chamada a emitir a apólice, analisa não só os aspectos da saúde econômico financeira da empresa, mas a sua capacidade de saber e poder fazer aquilo que ela se propõe. Analisa os seus balanços e sua experiência em contratos anteriores, se constituindo numa verdadeira pré-qualificação. Antes da emissão de qualquer apólice, a seguradora analisa ainda o edital de licitação ou o contrato a ser assinado para verificar se a empresa tomadora tem condições de realizá-lo, observando principalmente o preço, cláusulas e prazo. A ocorrência de uma inadimplência contratual deve não só ser comunicada pelo segurado à seguradora, mas também demonstrada, permitindo assim que a seguradora instrua o processo de sinistro. D a n i e l A r r u d a A m o D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Na prática, as empresas optam pela modalidade seguro-garantia em função de seu menor custo se comparada à fiança-bancária e também porque seu custo financeiro pode ser contemplado no BDI, o que não ocorre com a modalidade caução. Dessa forma, a questão está correta porque tanto a carta de fiança bancária quanto o seguro-garantia geram despesas financeiras. Este, menos do que aquela. Gabarito: Item CERTO. 19. (CESPE/TCU/AUFC/Auditoria de Obras Públicas/2009) As despesas de comercialização não são consideradas despesas indiretas, por isso, não incidem no cálculo do BDI, devendo, apenas, ser descontadas do lucro presumido. Novamente, conforme vimos na questão 5 letra “d”, as despesas de comercialização não são consideradas despesas indiretas, nem diretas, constando do BDI na forma da taxa de comercialização. Taxa de Comercialização: É o resultado de todos os gastos não computados como Custos Diretos ou Indiretos, referentes à comercialização do produto mais as reservas. A hipótese levantada na questão acerca do lucro presumido não guarda relação com as despesas de comercialização. O regime de apuração do lucro é levado em consideração quando da inclusão ou não de determinados tributos no BDI, como o IRPJ e a CSLL. Assim, a questão está errada. Gabarito: Item ERRADO. 20. (CESPE/TRE-GO/Analista Judiciário/ Especialidade Engenharia Civil/2008) A elaboração do orçamento de uma obra civil envolve diversos tipos de custos e encargos. Em relação a esse assunto, assinale a opção correta. a) A elaboração do orçamento de uma obra civil independe do grau de especialização da mão-de-obra utilizada na execução da obra. O item está errado porque quanto mais especializada for a mão de obrautilizada na execução de uma obra, melhor será sua produtividade. Tal situação fará com que os coeficientes das composições unitárias reflitam o melhor desempenho da produção, impactando no orçamento da obra. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 Gabarito: Item ERRADO. b) A composição do custo unitário é feita a partir de coeficientes técnicos de consumo extraídos de publicações especializadas ou compilados por empresas. Os consumos dos insumos são obtidos pela experiência de cada uma das empresas do ramo da construção ou através da Tabela de Composição de Custos de Orçamentos, sendo a mais conhecida a TCPO da Editora PINI. Ainda, no âmbito público, o padrão é a utilização das composições unitárias do SINAPI. Gabarito: Item CERTO. c) Os custos indiretos na orçamentação de projetos são subdivididos em custos indiretos empresariais, custos indiretos de obra e custos indiretos de equipamentos. Os custos indiretos na orçamentação de projetos são subdivididos em custos indiretos empresariais e custos indiretos de obra. (LIMMER, 1996) Custos Indiretos Empresariais: Os custos indiretos empresariais relacionam-se com as atividades necessárias ao funcionamento da empresa como um todo, custos esses que deverão ser rateados entre todas as obras que a empresa tem em andamento. Custos Indiretos de Obra: Os custos indiretos de obra são os gastos necessários à execução de determinada obra que sejam de difícil alocação a uma determinada atividade ou serviço, sendo por isso diluídos por certo grupo de atividades ou mesmo pela obra toda. Assim, a questão está errada porque não há a subdivisão dos custos indiretos em custos indiretos de equipamentos (na próxima aula nós falaremos sobre as classificações dos custos). Gabarito: Item ERRADO. d) Para a composição dos preços unitários, todas as empresas devem usar planilhas padronizadas, fornecidas pelo CREA da respectiva região onde se localiza a obra. D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO Como comentamos na letra “b”, os consumos dos insumos são obtidos pela experiência de cada uma das empresas do ramo da construção ou através da Tabela de Composição de Custos de Orçamentos, sendo a mais conhecida a TCPO da Editora PINI. Ainda, no âmbito público, o padrão é a utilização das composições unitárias do SINAPI. Gabarito: Item ERRADO. 21. (CESPE/TRE-GO/Analista Judiciário/ Especialidade Engenharia Civil/2008) Na elaboração de orçamentos, devem ser considerados os encargos sociais incidentes sobre a mão-de-obra, adicionados aos salários dos trabalhadores, que são obrigatórios, exigidos pelas leis trabalhistas ou resultantes de acordos sindicais. Em relação a esses encargos, assinale a opção correta. a) Os encargos sociais básicos são diferenciados para empregados contratados em regime horista ou mensal. Na questão 5 letra “a” vimos que os encargos sociais básicos são iguais para empregados horistas e mensalistas. Assim, a questão está errada. Importante! Como comentamos, os valores utilizados na aula são exemplificativos. Haverá alterações em função da localidade da obra. Contudo, a ordem de grandeza não se altera. Devemos ter em mente que os empregados horistas possuem encargos sociais mais elevados do que os mensalistas, sendo da ordem de 125% e 75% respectivamente. Gabarito: Item ERRADO. b) Os encargos sociais incidentes e reincidentes aplicam-se unicamente a empregados contratados em regime de dedicação exclusiva. Os encargos sociais não são distintos em função do regime de dedicação do empregado, mas sim em função do vínculo trabalhista. O empregado pode ser mensalista ou horista. Ainda que seja mensalista, ele pode ter dois empregos como mensalista (ou outro como horista) sem que isso impacte no cálculo dos encargos sociais aplicáveis a cada caso. Gabarito: Item ERRADO. D a n i e l A r r u d a A m D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 c) Os encargos complementares incidem somente sobre os salários dos empregados que executam atividades classificadas como perigosas. Como vimos na questão 5 letra “a”, os encargos sociais complementares incidem sobre todos os empregados, independentemente da atividade executada. No caso de empregados que executam atividades especiais, como as classificadas como perigosas, haverá outros adicionais a serem considerados (insalubridade, risco, etc.). Gabarito: Item ERRADO. d) A contribuição para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) é um encargo social básico e obrigatório. Os Encargos Sociais Básicos são: A questão está correta porque a contribuição para o INCRA faz parte dos encargos sociais básicos, conforme o item A7 da tabela acima. Gabarito: Item CERTO. 22. (CESPE/TRE-MA/Analista Judiciário/Especialidade Engenharia Civil/2009) D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 As tabelas de composição de preço para orçamento são a base de dados em que o usuário pode encontrar a quantidade de insumos necessários para fazer uma unidade de serviço de obra. Considerando a tabela acima, utilizada para encontrar a quantidade de insumo necessário para o assentamento de azulejos, assinale a opção correta. a) Na execução de 10 m2 do serviço previsto, serão necessárias 12 h de servente para a produção de argamassa. Na tabela da questão há duas composições. Na primeira o serviço é realizado com a utilização de argamassa pronta e na segunda há a produção da argamassa. O enunciado afirma que serão necessárias 12h para produzir a argamassa necessária à execução de 10 m2 do serviço. Contudo, na composição não há a separação do insumo “servente” entre a produção da argamassa e a execução do D a n i e l A r r u d a A m o r i m , D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1 1 8 3 3 4 serviço em si. Dessa forma, não é possível saber separadamente quanto tempo o servente gasta para produzir argamassa e para executar o serviço. Apenas é possível saber o tempo total gasto pelo servente. Logo, a questão está errada. Em todo caso, o tempo total gasto pelo servente para executar 10 m2 do serviço com fabricação de argamassa é de 12 horas (10 x 1,2). Gabarito: Item ERRADO. b) Para cada 8 kg de areia peneirada, será utilizado 1 kg de cimento branco não estrutural. Pessoal, é importante termos a distinção dos conceitos de traço e composição unitária. Chama-se traço a proporção em volume entre os componentes das argamassas (usualmente cimento, cal hidratada e areia). A composição unitária tem por objetivo expressar analiticamente, em números e valores relativos, as produtividades, quantidades de insumos e preços unitários que compõem cada serviço. Para sua elaboração é necessário o conhecimento preciso dos coeficientes de produtividade para realização de cada serviço e seus respectivos materiais, equipamentos, mão de obra e outros insumos. Para tanto, calcula-se a quantidade de cimento por massa, que é a forma pela qual ele é comercializado (saco, 50kgs ou a granel). Na composição unitária padrão de uma argamassa de cimento, cal e areia, os aglomerantes (cimento e cal) são calculados em função de suas massas e o agregado (areia) é considerado em função de seu volume. Assim, a questão está errada porque para 8 unidades de volume de areia será utilizada 1 unidade de volume de cimento branco não estrutural. Gabarito: Item ERRADO. c) A quantidade necessária de azulejo inclui o necessário para assentamento do rodapé. O item está errado porque o rodapé é um serviço autônomo, que possui sua própria composição unitária. D a n i e l A r r u d a A D a n i e l A r r u d a A m o r i m , C P F : 8 7 7 0 2 1
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