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2 Sangue e hemoderivados

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FACULDADE DO LESTE MINEIRO
JULIANA PEREIRA
DOAÇÃO DE SANGUE: HISTÓRICO E PROBLEMÁTICAS SOCIOCULTURAIS
Artigo de Revisão
ORIENTADORA:
RESUMO
O sangue sempre esteve ligado a nossa sociedade desde os tempos antigos, o que antes era tido como fonte da juventude e místico, fez parte de rituais para diversos Deuses sempre transitando em sua conexão do homem com o Universo, sendo a representação de vida ainda hoje em muitas religiões, que recusam a aceitação de hemoderivados para si ou familiares que compartilham da mesma religião. O banco de sangue trata-se de um sistema de complexidade e de grande importância para a saúde pública, fornecendo serviços para a manutenção da vida e do próprio sistema de saúde pública uma vez que a doação remunerada é proibida por lei. Logo, o sistema de doação adotado pelo nosso e por diversos é o de doação voluntária, espontânea baseados em valores altruístas, empatia, valor a vida e a vontade de ajudar o próximo, podendo também a doação ser específica a determinado paciente, sendo a doação orgânica. Em contrapartida, as problemáticas encontradas pelos bancos de sangue seja pelo sistema capitalista, a vida corrida ou a falta de tempo, com a escassez de estoque se faz necessárias novas alternativas para a saúde pública a fim de minimizar o que podem custar cada vez mais vidas.
Palavras-chave: Hemoterapia, Banco de Sangue, Doação de Sangue, Hematologia
1. INTRODUÇÃO
A palavra sangue vem do latim sanguen. inis. está intimamente ligado ao religioso e ao místico, os egípcios utilizavam sangue em seus rituais para seus Deuses em busca de vitalidade, prosperidade e para enaltecer ainda mais seus faraós, o sangue de crianças e virgens indicavam pureza.
O sangue também é relacionada à vida, a juventude e a longevidade, eram comuns praticas como banhos com sangue na antiguidade, já em livros sagrados como a Bíblia, o sangue tem ainda maior dimensão como o sangue de Cristo derramado para remissão do pecado e passagens como o sangue é vida, com essa base algumas religiões como, Testemunhas de Jeová recusam o recebimento de sangue, embora mesmo com a evolução científica, mesmo com HemAssis ( substituto para hemácias) ainda não há um substituto eficiente para todos os tipos de hemoderivados. 
De fato o sangue é fundamental para a vida, provem substancias vitais, oxigena células e órgãos através do sistema circulatório, excreta metabólicos tóxicos através do cardiorrespiratório, atua no sistema imunológico através de células de defesa e promove a homeostase.
Sendo sua grande importância à vida, a doação do mesmo é fundamental para salvar vidas, a hemoterapia passou por diversas fases e ajustes ao longo do tempo, desde a forma de transfusão inicialmente braço á braço, a sua comercialização e hoje ao sistema de doação voluntária, adotada por diversos países.
A problemática do sistema voluntário está exatamente em se pautar em valores altruístas que deveriam ser reflexos de uma sociedade pautada em bases morais, senso de coletividade e bem estar ao próximo.
O que ao mesmo tempo se choca com o cenário onde a criminalidade dispara, a marginalização ainda precoce alcança cada vez os mais jovens junto ao sistema capitalista, onde tempo é dinheiro, logo a sociedade trabalha para prosperar e muitas vezes não tem tempo nem para o seu próprio bem estar ou de sua família.
Muitas campanhas são feitas a fim de estimular a doação de sangue, busca por novas formas de educação o que se tornou de fato um problema de saúde pública ainda mais agravado com a pandemia que acometeu todo o planeta. O medo coletivo, agravados pelas noticias alarmantes ao alto índice mundial de óbitos pelo SARs-Cov-19 trouxe ainda mais escassez para os bancos de sangue.
Sendo otimistas, talvez com todo esse medo e mudanças de hábitos mundiais forcadas, desenvolvamos um novo olhar e uma nova sensibilidade ao próximo, já que a sociedade capitalista compreendeu de certa forma que nem tudo o dinheiro pode comprar.
2. METODOLOGIA
	Tendo em vista a necessidade de conhecer mais profundamente as problemáticas envolvidas na hemoterapia, sua evolução e funcionamento intrínseco, este artigo foi elaborado através do pré conhecimento adquiridos na graduação e posteriromente aprofundado na pós graduação, trata-se de um artigo de revisão de caráter descritivo-exploratório com base em bancos de pesquisas como Pubmed, Scielo, material e anotações ao decorrer da vida acadêmica e livros e manuais.
3. SANGUE E HEMODERIVADOS
O sangue desde a antiguidade já era mítico, sua origem possuem conotação cristã, associando sempre ao coração, emocional, descrito pela filosofia como segredo da vida, fluido vital como se acreditava na antiguidade, a ideia de amor e juventude sempre atrelados.
O sangue também é por diversas vezes citados em livros sagrados como a Bíblia, alusão ao sangue de Cristo derramado por todos os pecadores para tirar o pecado do mundo, em suas passagens a própria bíblia define sangue como vida, sendo que com essa base religiosa religiões como testemunhas de Jeová não aceitam a doação de sengue.
Antes de entendermos como funciona banco de sangue e sistema de transfusão, é importante entendermos o que é o sangue? O sangue conforme literatura é a porção liquida do meio interno dentro de um sistema fechado de vasos denominado sistema circulatório. É constituído de uma porção celular suspensa num meio aquoso e uma porção acelular conhecida como plasma. (Manual de Hematologia- Wanessa Lordêlo Pedreira Vivas), o sangue de fato é vital oxigena órgãos, esta presente no sistema imune, é fundamental na homeostasia e na manutenção da vida. Este valioso composta é responsável por manter condições fisiológicas para as células, sendo sempre renovado, isso devido a rapidez que organismo necessita para manter concentrações ideias.
Sua composição pode ser dividida em frações , 55% de plasma (porção acelular) que também compõem 91.5% dos solventes orgânicos, essa porção fluída é composta por fatores de coagulação; e 45% para porção celular, esta por sua vez apresentam variados tipos celulares. O soro porção líquida amarela que é o resultado do restante da coagulação e remoção de coágulo, possue sais minerais, vitaminas, glúcides, prótides, lipídes, enzimas, hormônios entre outros. A porção celular, possuem os figurados como eritrocitros, leucócitos e plaquetas.
O sangue passa por diversos testes para patologias quando destinados à doação, além de ser classificado de acordo com o sistema ABO por tipagem sanguínea, técnica feita através de reagentes próprios e aglutinação, para verificar anticorpos anti-A e anti-B e prova reversa. 
Além da classificação ABO, também é classificado de acordo com o sistema Rhesus, que é uma proteína encontrada na superfície dos glóbulos vermelhos, é de suma importância para que não haja rejeição, e até mesmo óbito, apresentando Rh positivo (Rh+) presença de proteínas ou Rh negativo (Rh-).
Além destes sistemas de grande relevância, devemos sempre ter uma avaliação minunciosa e criteriosa para assertividade da tipagem, evitando assim incompatibilidades entre os tipos, conferência de reagentes e métodos laboratoriais, sempre preocupados com o teste controle, biossegurança para não contaminação cruzada de amostras, sua classificação e para não passar despercebido tipos raros de sangue, como por exemplo o Rh nulo também conhecido como sangue dourado, descoberto apenas nos anos 60 estes podem doar para todos os tipos podendo no entanto receber apenas do seu mesmo tipo, este tipo por sua vez não possuem nenhum tipo de antígeno Rh, podendo ser se descuidadamente ser confundido com O-.
4. HEMOTERAPIA: CONTEXTO HISTÓRICO
A hemoterapia é uma especialidade interdisciplinar, para tratamentos de patologias ou casos onde há a necessidade de hemoderivados, como em casos de acidentes por exemplo, intimamente ligada a hematologia ciência que estuda a morfologia do sangue e seus tecidos formadores; dessa promissora união houveram benefícios como o avanço tecnológico, e a imuno-hematologia, com a melhoria da assertividadediagnóstica e evolução das praticas transfusionais com o decorrer dos anos. 
Em contexto histórico podemos dividir a hemoterapia em três períodos sendo a era pré-histórica, estendendo-se até Willian Harvey descobrir a circulação sanguínea, pré-científica de 1616 até o século XX, com a descoberta do sistema ABO por Landsteiner, até os dias de hoje, já em outras literaturas podemos observar essa divisão em empírica e cinetífica.
Na antiguidade, eram comum que pessoas se untassem ou até mesmo tomassem banhos de sangue em prol da juventude, vale lembrar que muitos rituais egípcios, por exemplo envolvia sangue de crianças ou virgens, por representarem a pureza.
Andando um pouco mais pela história existem relatos que já em 1492, o papa Inocêncio VIII foi o primeiro a receber transfusões de sangue de três jovens na tentativa de reverter seu quadro já bem comprometido, no entanto o resultado foi a morte de todos os envolvidos.
Como á mencionado a circulação sanguínea foi descoberta em 1616 por William Harvey e se iniciaram estudos em cobaias animais. Mais de 50 anos após a descoberta, em 1667, foi feita a primeira transfusão de um carneiro para um humano resultando infelizmente também em óbito para ambos. Logo, passaram por tentativas de transfusão braço à braço, em sistemas de doações diretas entre doador e receptor, utilizada em casos de hemorragias graves, o que também resultou em muitas mortes, para somente em 1818 acontecer a primeira transfusão de sangue bem sucedida também pelo sistema braço à braço por James Blundell.
Em 1900 entramos na era científica, quando Karl Landsteiner, estudando células mais especificamente as hemácias, observou particularidades em suas membranas, a presença e ausência do que posteriormente seriam os aglutinogênios, determinando o sistema ABO, sendo A, B, AB e um outro tipo, que representou pelo número 0, substituído posteriormente pela letra O.
Surge assim uma transfusão de sangue mais segura sendo usada de forma terapêutica, com isso ocorre também o surgimento de Serviços de Transfusão de Sangue, em 1942, Landsteiner descobre outra determinante para os tipo sanguíneos o fator Rh, que quando presente é Rh positivo e na ausência Rh negativo, assim progressos continuaram como a descoberta de hemoderivados, anticoagulantes, plaquetas e a preservação destes componentes.
4.1 Hemoterapia no Brasil
A hemoterapia no Brasil iniciou apenas em 1930, também de forma braço à braço, por ainda não existiam nessa época sistemas de anticoagulantes e formas de armazenamento, feitas em hospitais oferecidos então, serviços de transfusão.
O Centro de Hematologia do Rio de Janeiro, originalmente criado em 1944 como Banco de Sangue da Lapa, ofertou em 1949 o primeiro Congresso Nacional de Hematologia e Hemoterapia no Brasil, no mesmo ano fundava-se a Associação de Doadores Voluntários de Sangue, nesta época era mais comum a comercialização do sangue, onde eram oferecidos valores para o “produto”, prática comum também em outros países até então, o impulso se tornou ainda maior com a Segunda Guerra Mundial, a grande problemática dessa prática era a ineficiência na escolha dos doadores remunerados, incluindo doentes agravando ainda mais para os receptores. As duas guerras mundiais foram determinantes para o surgimento de novos hemocentros por todos os países, no Brasil os primeiros foram criados em Pernambuco e Ceará, todos com problemas de estoque devido a alta demanda.
Mais agravantes foram se somando ao passar dos anos, a explosão epidêmica recém descoberta da AIDS em 1980, acabou por alertar os perigos de doadores não triados de forma eficiente, sendo inúmeros acometidos pelo HIV através de transfusão sanguínea, incluído caso de mulheres com hemorragias pós parto, visto que a ciência e a medicina ainda estavam em evolução, pouco se conhecia sobre a doença infectando não somente as mães como os bebes.
Com isso se fez necessário a sanção de portarias e decretos, para minimizar os danos futuros, em seus artigos 197 e 199, A CF (Constituição Federal), regulamenta, da providências para fiscalização e ao uso e proíbe a comercialização em hemocentros, baseando no atual sistema que conhecemos agora de doções voluntárias, não remunerada.
Nos anos seguintes com os avanços tecnológicos houve muita evolução. Tanto para os tipos de hemoderivados, sistemas de segurança e triagem, exame de amostra antes das bolsas de estocagem assim como, o avanço de hematologia na descobertas de patologias onde a recepção de doação de sangue salvam vidas.
 5. DOAÇÃO VOLUNTARIA
Sabemos que atualmente o sistema adota de hemoterapia é através da doação voluntaria sendo proibida a comercialização prevista em artigos na Constituição Federal. Neste sistema temos por base valores altruístas, contruídos á partir da idealização de uma sociedade com bases Moraes bem firmadas e valores bem definidos como a empatia.
Como se um sinônimo de fazer o bem, estivesse subentendido ou espera-se que esteja como forma de seres humanos melhores, que se preocupam com a coletividade, de certa forma espelhado no direito a vida previsto no artigo 5 da Constituição Federal, assim como o direito a saúde. Reflexos talvez da Declaração Universal de Direitos Humanos em 1966.
A doação voluntária se baseada no bem estar e sendo de coletividade, no despertar do lado altruísta humano, serem tocados pela solidariedade, com base na doação um ato espontâneo ou vinculado a um paciente conhecido (solidariedade orgânica).
A doação se faz extremamente necessária em nosso país, onde fatores como a violência, criminalidade, acidentes se somam aos casos de patologias específicas como leucemias, anemias severas, traumas, doenças auto-imunes, que se unem aos casos de intercorrências cirúrgicas, traumatismos e pós parto tanto para as mães e recém nascidos.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Muitos processos em evoluções cientificas, tecnológicas e bases legais até chegarmos no atual sistema de doação de sangue adotado praticamente em todo mundo, o ato de doação voluntaria com base altruísta beneficiando sim a todos e proporcionando chances iguais a todos indivíduos independente da classe econômica.
A grande problemática é que mesmo sendo o ser humano essencialmente social, com senso de coletividade e bases morais nas quais cada sociedade se constroem em sua cultura, é inegável que esta relação não é tão harmoniosa como no contexto.
Claro que conflitos existem em qualquer sociedade sob qualquer contexto cultural, devemos lembrar que vivemos em uma sociedade capitalista, onde há competição por cargos, poder, aquisições financeiras se fazem mais do que presentes. Com certeza já ouvimos muito a frase tempo é dinheiro, logo o problema não é apenas a empatia como também a falta de tempo.
Estamos sempre correndo, trabalhando cada vez mais, dedicando tempo a estudos, atualizações que em muitas vezes se reflete a falta de tempo até para se dedicar a família, prova disso que o profissional grita em nossa sociedade é que hoje é muito mais comum as mulheres postergarem a maternidade ou até mesmo abdicarem por diversos fatores.
E como promover a solidariedade, junto à necessidade de não apenas a doação de sangue, mas de tempo? Muitas campanhas são feitas, com intuito de promover a educação em saúde, mas será que não falhamos ao promover esse comoção e educação precocemente já nas escolas formando assim adultos mais conscientes?
Como se não bastasse o medo e a histeria coletiva que se deu no mundo inteiro com a pandemia do SARs-Covid 19, agravou ainda mais a escassez dos estoques de Banco de Sangue no mundo inteiro. Uma população acostumada a não para, a doar seu tempo em uma busca incessante e capitalista se viu com medo de sair de suas casas. Claro que a pandemia não era prevista, mas se faz necessário maiores investimentos em campanhas para doação de sangue, a educação em saúde precoce não apenas televisionada, mas direcionada as plataformas que hoje tem o maior alcance social, a mídias digitais.
7. CONCLUSÃO
A doação de sangue com o decorrer do tempo passou por diversos aperfeiçoamentose práticas, muitos erros e perdas iniciais em sua era empírica ocorreram para que novas descobertas chegassem.
Já na era científica, as técnicas evoluíram de braço à braço, as descobertas do Sistema ABO e fator Rh foram de suma importância para maior segurança dos envolvidos.
Com a primeira e a segunda guerra mundial a demanda pela necessidade de hemoderivados levou a comercialização de sangue e a criação de bancos de sangue pelo mundo todo, a problemática da comercialização é um sistema sem equilíbrio onde quem recebe é aquele que pode pagar e quem vende é aquele que não tem dinheiro, classes mais pobres afetadas pela necessidade, fome e pouco assistência sem saúde não sendo assim os melhores doadores.
Com a explosão e o medo coletivo do HIV, novas formas de triagem e controle foram adotadas, os olhos voltados aos direitos humanos, trouxeram legislações em busca de promover a igualdade, tanto para quem doa como para quem recebe e com isso o sistema voluntario de doação, adotado por quase todos os países.
A problemática desse sistema conforme discorrido neste artigo de revisão, é que o ato de doar envolve fatores morais de solidariedade e consciência coletiva, que vai contra nosso atual sistema capitalista onde tempo é dinheiro, a falta de tempo para prover os custos cada vez mais altos, o aumento da demanda e incentivo ao consumo construíram sociedades cada vez mais envoltas, pelo tempo de trabalho e a falta de tempo, para si mesmos.
 O maior impacto ocorreu talvez devido a pandemia, agravado ainda ao isolamento social, onde muitas se pessoas se viram reféns de suas próprias casas, o medo coletivo geral em sair de casa ainda maior se forem em proximidades de atendimentos médicos onde geralmente os hemocentros se localizam, gerando assim maior escassez de hemoderivados em bancos de sangue, 
Talvez com a pandemia o olhar mude, as pessoas se voltem mais ao bem coletivo e aos valores altruístas, com todo esse cenário mundial vimos o quão frágil é a vida, como tudo é passageiro de certa forma e nem tudo deve ser dinheiro o viver em si é o mais importante.

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