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Licensed to Caroline de Barros - engcaroldebarros@gmail.com - 040.543.655-66
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 Manual 
CONTROLE TECNOLÓGICO 
DO CONCRETO EM 
EMPREENDIMENTOS DE 
GERAÇÃO 
 
 
Autores 
Wesley Gonçalves Santana 
Paulo Fernando Rodrigues 
Marco Aurélio L. Cupertino 
Kleber E. S. Gonçalves 
 
 
 
Edição 
FURNAS 
 
 
 
 
Goiânia - 2018 
Licensed to Caroline de Barros - engcaroldebarros@gmail.com - 040.543.655-66
Manual: Controle Tecnológico do Concreto em Empreendimentos de Geração / 
Wesley Gonçalves Santana ... [et al.]. – Goiânia: FURNAS, 2018.
80 p. 21,0 x 29,5 cm
ISBN 978-85-85996-32-1 
1. Controle Tecnológico. 2. Qualidade. 3. Concreto. 4. Materiais Constituintes.
I. Santana, Wesley G. II. Rodrigues, Paulo Fernando. III. Cupertino, Marco Aurélio L. 
IV. Gonçalves, Kleber E. S. V. Ed. FURNAS.
CDU n°. 691.32
Manual: Controle Tecnológico do Concreto em Empreendimentos de Geração.
Copyright© 2018 FURNAS. Todos os direitos de reprodução reservados. 
FURNAS Tec&In FURNAS Tecnologia & Inovação
Comitê Editorial Nicole Pagan Hasparyk - Coordenação
 Alba Valéria B. Canellas
 Alexandre de Castro Pereira
 Carlos Antônio Reis da Silva
 João Luiz Armelin
 Marta Pereira da Luz
 Moacir Alexandre S. de Andrade
 Renato Cabral Guimarães
 Ricardo André Marques
 Ricardo Moreira Vilhena
Revisor Técnico Externo José Tomaz França Fontoura
Revisão de Texto Jandira A. Pilar
 Sabrine Weber
Arte da Capa Arte Interativa
Diagramação FLEX Gráfica
Impressão FLEX Gráfica
FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
GERÊNCIA DE SERVIÇOS E SUPORTE TECNOLÓGICO
RODOVIA BR 153, km 510. GOIÂNIA-GO
CAIXA POSTAL 457. CEP: 74001-970 
TEL.: (62) 3239-6318 
www.furnas.com.br
gste@furnas.com.br
As informações contidas nesta publicação foram obtidas pelos autores e por FURNAS de fontes con-
sideradas idôneas. No entanto, nem os autores, nem o comitê editorial e nem os revisores, muito menos 
FURNAS devem ser responsabilizados por quaisquer erros, omissões ou danos decorrentes do uso 
indevido destas informações.
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FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. 
 
 
Diretor Presidente 
Ricardo Medeiros 
 
 
 
Diretoria de Engenharia 
DE 
Cláudio Guilherme Branco da Motta 
 
 
 
Superintendência de Empreendimentos de Geração 
EG.E 
Rodrigo Junqueira Calixto 
 
 
 
Gerência de Serviços e Suporte Tecnológico 
GST.E 
Renato Cabral Guimarães 
 
 
 
 
 
 
 
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FURNAS Tecnologia & Inovação 
 
 
OBJETIVOS 
 
O comitê FURNAS Tec&In tem como principais objetivos: 
 
Registrar e divulgar trabalhos tecnológicos relevantes e inovadores 
desenvolvidos por Furnas na forma de manual, recomendação ou 
resultado de um trabalho ou pesquisa. 
 
Suprir as lacunas ainda existentes em práticas recomendadas 
apropriadas e no processo de normalização técnica de forma a 
atender aos objetivos empresariais. 
 
Disponibilizar este documento como um veículo de divulgação dos 
trabalhos desenvolvidos na área para atender aos objetivos do setor 
elétrico. 
 
 
 
ACESSO 
 
O acesso ao documento será livre a todos os interessados por meio 
eletrônico e impresso. 
 
O acesso é ilimitado ao material publicado. 
 
Os recursos para a sua manutenção são obtidos através de FURNAS. 
 
 
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Publicações >> Publicações Tecnológicas 
 
 
 
 
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Prefácio
A relevância deste Manual de Controle Tecnológico do Concreto para Empreendimentos de 
Geração é fundamentada pelos aspectos mencionados a seguir. 
Primeiro, pela importância do material em si. Atualmente o concreto é um dos materiais mais 
utilizados pelo homem. A despeito de materiais de carácter essencialmente consumível - a água e os 
combustíveis (derivados de petróleo, gás natural e carvão) –, o concreto torna-se o material de maior 
produção e aplicação em escala global. Destacando-se apenas o cimento, principal constituinte do 
concreto, no ano de 2017 foram produzidos 4,5 bilhões de toneladas desse material no mundo, 
conforme dados divulgados por organismos internacionais do setor industrial. Isto significa uma 
produção de mais de 600 kg de cimento por habitante do planeta, somente naquele ano.
Contextualizando para seu uso na construção de empreendimentos de geração, reforça-se a 
importância da realização do controle tecnológico do concreto, pois se refere a estruturas varia-
das, incluindo aquelas feitas para suportarem componentes responsáveis pela geração de energia 
elétrica. Talvez, na presente época, o bem de consumo mais essencial à sociedade. Desse modo, 
essas estruturas devem, além de resistir às cargas e solicitações impostas, resultando em segurança 
estrutural, serem duráveis, possuindo uma vida-útil que atenda ao seu propósito. Portanto, um 
adequado controle de qualidade dos materiais e dos processos construtivos pode efetivamente 
subsidiar os requisitos estabelecidos no projeto de engenharia quanto à segurança e à durabilidade 
das estruturas.
Sob o aspecto ambiental, a cadeia produtiva do concreto – produção, transporte e aplicação 
do concreto e de suas matérias-primas – é responsável por cerca de 5% da emissão de gases de efei-
to estufa. Portanto, as estruturas devem também ter caráter sustentável, seja pela busca de novos 
materiais constituintes do concreto ou pelo uso de novas tecnologias de transporte e aplicação, que 
resultem em menor impacto ambiental, sem prejuízo às suas características mecânicas e de durabi-
lidade. Aumentando, consequentemente, a importância dos parâmetros definidos no projeto e no 
controle tecnológico.
Quanto à experiência da equipe autora deste Manual, destaca-se que Furnas atuou nos últimos 
20 anos no controle tecnológico das obras de construção de 12 usinas hidrelétricas, empreendimen-
tos esses localizados em todas as regiões do país. Isso totaliza, com boa aproximação, 15 milhões 
de metros cúbicos de concretos. Este número não retrata simplesmente uma soma do volume de 
concreto empregado nessas usinas, levantado apenas para constar nos currículos profissionais dos 
autores. Isso representa, de fato, a experiência obtida durante o trabalho ininterrupto do controle 
tecnológico dessas obras. Um trabalho árduo, que envolve o controle do processo de fabricação 
das matérias-primas, o recebimento e aprovação dos materiais, o desenvolvimento dos estudos de 
dosagem e ajustes das composições do concreto, a liberação de sua aplicação e, eventualmente, ações 
tomadas para correção ou reparo. Trata-se de experiência decorrente de muitas horas gastas na obra, 
no laboratório e ao lado da betoneira ou dentro da central dosadora. Tempo consumido na avaliação 
das características do concreto e na tomada de decisão para a correta aplicação tanto nas estruturas 
massivas como naquelas densamente armadas, de dimensões e complexidade que somente são en-
contradas nas obras de usinas hidrelétricas. 
Isto tudo feito diariamente, por vários e longos anos, com dedicação, responsabilidade e com-
petência. Fazendo jus à história de mais de 40 anos dos Laboratórios de Engenharia Civil de Furnas 
(situados em Goiânia/GO), que têm participado efetivamente no controle de qualidade dos maiores 
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empreendimentos de geração de energia elétrica, seja Furnas proprietária, sócia ou apenas contratada 
para os serviços de controle tecnológico. 
Objetivamente, neste Manual do Controle Tecnológico do Concreto são apresentadas diretri-
zes que os engenheiros, atuantes nas etapas de fabricação, avaliação e aplicação do concreto ou da fis-
calização de sua produção, deverão seguirpara garantir a qualidade das estruturas, se não do próprio 
empreendimento. Trata-se de um documento embasado pelos atuais preceitos técnicos e normati-
vos, compreendendo indicações de ensaios laboratoriais e de campo, além de métodos orientativos e 
analíticos para certificação das características e propriedades do concreto e suas matérias-primas. E, 
fundamentalmente, tudo isso foi otimizado como resultado da experiência da equipe autora.
Boa leitura a todos!
Alexandre de Castro Pereira
Engenheiro Civil, MSc
Gerente da Divisão de Tecnologia em Engenharia Civil
Gerência de Serviços e Suporte Tecnológico
FURNAS
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Apresentação
O concreto, um dos materiais mais empregados na construção civil, é um compósito consti-
tuído por vários materiais, tais como cimento, adições minerais, água, aditivos químicos e agregados 
graúdos e miúdos (brita e areia), entre outros. Além desses, destaca-se o aço que pode se fazer presen-
te na constituição do concreto armado. O conhecimento de cada um desses materiais, bem como o 
entendimento de suas características físicas e químicas e propriedades individualizadas, até o estudo 
do concreto propriamente dito, não é uma tarefa simples.
O controle do concreto e de seus materiais constituintes, por meio de tecnologias apropriadas, 
faz-se necessário em qualquer obra civil. Especificamente, nos projetos de empreendimentos de ge-
ração de energia, como as usinas hidroelétricas, termelétricas, eólicas, não é possível construir com 
qualidade sem o seguimento das especificações de projeto e a aplicação dos controles particulariza-
dos para cada um desses empreendimentos.
Este manual contempla as premissas adequadas para se produzir um bom concreto, por meio 
de específicos controles tecnológicos de campo e de laboratório, de forma a garantir o atendimento 
às especificações técnicas, a serviceabilidade, a durabilidade e, por conseguinte, o aumento da vida 
útil das estruturas com ele construídas em qualquer empreendimento de geração.
Diante do exposto, este manual sobre o controle tecnológico do concreto foi elaborado a par-
tir da necessidade de formalizar e disponibilizar uma documentação técnica específica sobre o tema, 
visando a sua utilização por profissionais atuantes nas grandes obras de engenharia. O comprometi-
mento da equipe redatora, de alguns colaboradores da empresa, bem como das gerências envolvidas 
proporcionaram que esse documento fosse publicado por FURNAS. A concepção deste documento 
proveio da carência de divulgação do assunto bem como da falta de normalização nacional. Os auto-
res redigiram este manual, contemplando as suas experiências próprias a partir da vivência em obras 
e nos laboratórios dos empreendimentos que contaram com a participação de FURNAS.
Destaca-se que, nas referidas obras, foram produzidos e aplicados os mais diversos tipos de 
concretos, a saber: convencionais, bombeáveis, projetados, autoadensáveis, submersos, compactados 
com rolo e pré-moldados. Os profissionais acompanharam, ao longo do tempo, o desenvolvimento 
tecnológico do concreto e de seus materiais constituintes, tais como: mudanças físicas e químicas 
dos cimentos, variadas adições minerais existentes, novos aditivos químicos no mercado, alteração 
das dimensões usuais dos agregados, litotipos distintos de agregados, entre outros. Destaca-se ainda 
o acompanhamento da evolução das prescrições dos projetos, concernentes às propriedades mecâni-
cas, térmicas e de durabilidade desses materiais. 
Nesta publicação, após a introdução, a estruturação do documento segue com a apresentação 
dos vários materiais possíveis de serem empregados nas obras de concreto, tais como cimentos, 
adições, agregados, água de amassamento, aditivos, aços e elastômeros. A despeito dos materiais, 
são apresentados os tipos disponíveis para a sua aplicação, os ensaios de controle e as especificações 
existentes, entre outros. Na sequência, são indicados os variados tipos de concreto usualmente apli-
cados nessas obras, contemplando todo o processo para a sua concepção, bem como para caldas de 
cimento. Dando continuidade, é feita uma abordagem sobre reparos nas estruturas durante a fase 
construtiva, destacando os tipos de reparos, os materiais utilizados, a definição e preparo das dosa-
gens, os tratamentos das áreas a serem reparadas e a aplicação no campo. Por fim, fundamentado na 
experiência descrita, o manual apresenta as considerações finais e encerra com os agradecimentos 
dos autores aos colaboradores técnicos e com as referências das obras consultadas ou citadas por 
diferentes autores ao longo do texto.
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O papel do revisor técnico nessa documentação foi de fundamental importância para aprimo-
rar a publicação. De similar importância foi a contribuição das áreas de apoio da empresa e de todos 
aqueles que colaboraram direta ou indiretamente para a produção deste manual, os quais também 
merecem o nosso agradecimento. Ressalta-se que o comitê editorial do FURNAS TEC&IN, criado 
na Gerência de Serviços e Suporte Tecnológico (GST.E) de FURNAS, em Goiânia/GO, forneceu o 
suporte e recursos necessários para a plena consolidação desta publicação.
Esta primeira edição está disponibilizada a todos os profissionais da área, de forma gratuita 
eletrônica e impressa, com o objetivo de divulgar o presente manual sobre controle tecnológico do 
concreto ao meio técnico. 
Nicole Pagan Hasparyk
Engenheira Civil, MSc; Dra
Coordenadora do Comitê FURNAS Tec&In
Gerência de Serviços e Suporte Tecnológico
FURNAS
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Sumário
1 INTRODUÇÃO 15
2 MATERIAIS EMPREGADOS 15
2.1 Cimento 15
2.1.1 Tipos de cimento e especificações normativas 15
2.1.2 Aplicação 16
2.1.3 Transporte e armazenamento 16
2.1.4 Amostragem 17
2.1.5 Avaliação de resultados de ensaios e pontos de controle 17
2.2 Adições minerais 19
2.2.1 Tipos de adições e especificações normativas 19
2.2.2 Aplicação 20
2.2.3 Transporte e armazenamento 20
2.2.4 Amostragem 20
2.2.5 Ensaios e avaliação dos resultados 20
2.3 Agregados 21
2.3.1 Classificação de rochas para aplicação 21
2.3.2 Especificações normativas 22
2.3.3 Produção 23
2.3.4 Classificação dos agregados 24
2.3.5 Classificação quanto à origem 24
2.3.6 Classificação quanto à dimensão 24
2.3.7 Estoque 25
2.3.8 Amostragem 25
2.3.9 Ensaios e avaliação dos resultados 25
2.4 Água de amassamento 28
2.4.1 Especificações normativas 28
2.4.2 Amostragem 31
2.4.3 Ensaios e avaliação dos resultados 31
2.5 Aditivos 31
2.5.1 Tipos de aditivos e especificações normativas 32
2.5.2 Estudos de dosagens 33
2.5.3 Fornecimento, transporte e armazenamento 33
2.5.4 Amostragem 34
2.5.5 Ensaios de uniformidade 34
2.5.6 Aceitação dos lotes 35
2.5.7 Ensaios e avaliação de resultados 35
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2.6 Aços para construção civil 35
2.6.1 Especificações normativas 35
2.6.2 Solda e emendas 37
2.6.3 Amostragem 37
2.6.4Ensaios e avaliação dos resultados 37
2.7 Elastômeros (Juntas de dilatação) 38
2.7.1 Generalidades 38
2.7.2 Especificações normativas 38
2.7.3 Solda e emendas 39
2.7.4 Amostragem 39
3 COMPÓSITOS À BASE DE CIMENTO APLICADOS 39
3.1 Concreto 39
3.1.1 Tipos de concreto 39
3.1.2 Estudo de dosagens 45
3.1.3 Equipamentos 49
3.1.4 Transporte 50
3.1.5 Adensamento 50
3.1.6 Cura 53
3.1.7 Amostragem 55
3.1.8 Trabalhabilidade 55
3.1.9 Moldagem dos corpos de prova 56
3.1.10 Ensaios e avaliação dos resultados 57
3.2 Caldas de cimento 60
3.2.1 Estudo de dosagens 60
3.2.2 Tipos de aplicação 60
3.2.3 Mistura 60
3.2.4 Amostragem 60
3.2.5 Ensaios e avaliação dos resultados 60
4 REPAROS NAS ESTRUTURAS DE CONCRETO NA FASE CONSTRUTIVA 62
4.1 Tipos de reparo 62
4.1.1 Reparo com argamassa 62
4.1.2 Reparo com adesivo epoxídico 62
4.1.3 Reparo com argamassa especial com adição de sílica ativa 62
4.1.4 Reparo com concreto 62
4.2 Definição das dosagens 62
4.3 Produção de argamassas e concretos para reparo 63
4.4 Preparo e tratamento das áreas a serem reparadas 64
4.5 Preparo da dosagem para aplicação no campo 65
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4.5.1 Argamassa especial e melechete 65
4.5.2 Argamassa epoxídica 65
4.5.3 Concreto 65
4.6 Aplicação 65
4.6.1 Argamassa especial e melechete 65
4.6.2 Argamassa epoxídica 68
4.6.3 Concreto 69
4.7 Cura 70
4.8 Amostragem 71
4.9 Ensaios e avaliação dos resultados 71
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 72
6 AGRADECIMENTOS 73
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 75
ANEXO 77
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14 MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
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 15MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
1 Introdução
O presente Manual sobre o CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM 
EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO visa consolidar o conhecimento e a experiência dos profissio-
nais de Furnas Centrais Elétricas S.A. no controle da qualidade do concreto e seus materiais constituintes, 
tais como aço e embutidos, bem como o controle das centrais de britagem e de concreto. Neste manual, 
destaca-se ainda a adoção de uma abordagem específica sobre a execução e o controle de reparos em 
estruturas de concreto, quando necessários.
Empreendimentos de grande porte, especialmente as usinas hidroelétricas, demandam grandes e 
vultosos estudos para a otimização dos materiais e recursos utilizados em sua construção, gerando produ-
tos específicos, em face das particularidades dos materiais disponíveis na região e dos desafios técnicos e 
logísticos para viabilizar a aplicação desses materiais. Com base no acima exposto, verifica-se uma lacuna 
na literatura nacional e estrangeira concernente a esse tema.
Nesse sentido, esta publicação tem como objetivo contribuir para a divulgação dessa experiência 
acumulada por Furnas, de forma a auxiliar na elaboração das especificações técnicas dos materiais, do 
concreto e dos serviços de reparos, os quais visam à obtenção de estruturas de geração duráveis e ao cum-
primento dos requisitos técnicos e de desempenho definidos para cada empreendimento.
2 Materiais Empregados
2.1 Cimento
De acordo com a NBR 16697 (ABNT, 2018), cimento Portland é um “Aglomerante hidráulico 
obtido pela moagem de clínquer Portland ao qual se adiciona, durante a operação, a quantidade necessá-
ria de uma ou mais forma de sulfato de cálcio”. De acordo com essa mesma fonte, “durante a moagem, é 
permitido adicionar a essa mistura materiais pozolânicos, escórias granuladas de alto-forno e ou materiais 
carbonáticos, nos teores especificados...”.
2.1.1 Tipos de cimento e especificações normativas
Em geral, nas obras de empreendimentos de geração, os cimentos mais utilizados são:
• CP-II E: cimento Portland com adição de escória de alto-forno; composto por 6% a 34% de 
escória de alto-forno e 0 a 15% de material carbonático;
• CP-II Z: cimento Portland com adição de material pozolânico; composto por 6% a 14% de 
material pozolânico e 0 a 15% de material carbonático;
• CP-II F: cimento Portland com adição de 11% a 25% de material carbonático; 
• CP-III ou Cimento Portland de Alto-forno: composto por 35% a 75% de escória de 
alto-forno;
• CP-IV ou Cimento Portland Pozolânico: composto com 15% a 50% de material pozolânico.
Ainda existem os cimentos CP I (cimento Portland comum), CP IS (cimento Portland comum 
com adição) e o CP-V ARI - Cimento Portland de Alta Resistência Inicial. Esses tipos de cimento nor-
malmente não são usados em estruturas de concreto de empreendimentos de geração, e o CP I pratica-
mente não tem sido mais produzido.
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16 MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
Os cimentos indicados poderão ser usados com a reposição de parte de seu volume sólido por 
adições minerais pozolânicas (ver item 2.2). O teor da reposição será determinado através de ensaios, de 
acordo com a necessidade de cada caso.
Os cimentos deverão atender à norma NBR 16697 (ABNT, 2018), bem como outras normas 
complementares em casos específicos.
Vale ressaltar que a ABNT dispõe de norma específica para avaliar a eficiência de cimentos e adições 
na mitigação das expansões causadas pela reação álcali-agregado, caso o agregado seja potencialmente re-
ativo. A ABNT NBR 15577 (2018), nas Partes 5 e 6, descreve os métodos de ensaio acelerado em barras 
de argamassa e em prismas de concreto, respectivamente. É usual adotar o método acelerado em função 
do ensaio em prismas de concreto ser de longa duração (2 anos), embora os resultados por esse último 
prevaleçam sobre o método acelerado.
Deve-se destacar que não é qualquer cimento que possui resistência aos sulfatos. Segundo 
a NBR 16697 (ABNT, 2018), o cimento Portland, resistente a sulfatos, deve atender aos requi-
sitos químicos, físicos e mecânicos estabelecidos conforme seu tipo e classe originais e apresentar 
expansão menor ou igual a 0,03 %, aos 56 dias de idade quando ensaiado pelo método intitulado 
“Determinação da variação dimensional de barras de argamassa de cimento Portland expostas à solução 
de sulfato de sódio” estabelecido pela NBR 13583 (ABNT, 2014).
No que diz respeito às concretagens de estruturas de grandes dimensões, que experimentam tempe-
raturas elevadas, torna-se necessário o emprego de cimentos com baixo calor de hidratação. Nesse sentido, 
a NBR 16697 estabelece critério a ser seguido para considerar o cimento com baixo calor de hidratação e, 
no caso de atendimento, é usada a sigla BC na frente do cimento (ex: CP III-32 BC). Basicamente, além 
de atender às especificações para cada tipo de cimento, o seu calor de hidratação deverá ser menor ou igual 
a 270 J/g em 41 horas de ensaio.
2.1.2 Aplicação
A escolha do tipo de cimento depende das características do empreendimento e da logística de for-
necimento. Uma análise de viabilidade econômica é feita de forma a escolher o cimento mais apropriado 
para aquelasituação, desde que atenda às exigências técnicas.
Estudos aprofundados das suas propriedades e a caracterização completa são fundamentais e for-
necem elementos essenciais para a melhor escolha em cada tipo de aplicação. Normalmente, o tipo de 
cimento fornecido em determinadas regiões do Brasil, deve-se à matéria prima de insumos e adições, 
disponíveis para a sua fabricação.
Em obras nas quais são usados concretos fabricados com agregados reativos (ver item 2.3) ou 
ambientes que contenham fontes de sulfatos, como também obras que envolvam concretagens de gran-
des volumes, gerando excessivo calor, são necessários cimentos com características específicas (conforme 
2.1.1) para combater os efeitos deletérios dessas reações.
Muitas vezes, os cimentos disponibilizados nessas regiões não são adequados para as obras, sendo 
necessário o uso de adições minerais (ver 2.2) que contribuem para a inibição de tais efeitos deletérios.
2.1.3 Transporte e armazenamento
Os cimentos deverão ser armazenados em ordem cronológica e separados por tipo, marca e partida. 
O estoque deverá ser dimensionado de forma a atender ao planejamento da obra; já o controle de tempe-
ratura, na chegada dos carregamentos, deverá ser feito antes da descarga nos silos e depósitos.
Cimentos acondicionados em big bag, sacos ou containers, deverão ser estocados e separados por 
partida em local estanque e ventilado, à prova de intempéries (chuvas). As instalações de estocagem 
deverão impedir a absorção de umidade e permitir o fácil acesso para inspeção, amostragem, manuseio 
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 17MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
e identificação do cimento. O piso deverá ser de concreto, de forma a evitar a umidade do solo e 
facilitar a limpeza. Normalmente, é permitida a formação de pilhas com dez sacos em palets. Caso o 
cimento apresente temperaturas superiores a 35ºC na recepção, as pilhas ficarão limitadas a 5 sacos. 
Os cimentos que apresentarem traços de hidratação ou forem provenientes de sacos rasgados, serão 
destinados às obras do canteiro.
2.1.4 Amostragem
Certificados de ensaios do cimento, incluindo a análise química total, efetuados na fábrica, em 
conformidade com as normas da ABNT, deverão acompanhar o fornecimento. Uma amostra simples 
(aproximadamente 8 kg) é coletada aleatoriamente de cada caminhão, seja o carregamento efetuado em 
sacos, contêineres ou a granel. As amostras são combinadas para compor uma amostra média diária para 
cada tipo e marca de aglomerante, para a realização de ensaios de recepção com frequência determinada 
no plano de gestão do controle tecnológico do empreendimento. A partir das amostras diárias, serão 
formadas amostras semanais, para execução de ensaios de controle. Cada amostra semanal deverá ser 
dividida em duas partes, com cerca de 5 kg cada uma. 
Uma das partes será empregada nos ensaios físicos de rotina da obra e a outra nos ensaios físicos e 
químicos a serem realizados no Laboratório Central (Externo). Sempre que necessário, serão realizadas 
inspeções periódicas nas fábricas fornecedoras, por técnicos integrantes de laboratório de competência 
reconhecida, conforme designado pelo contratante do fornecimento de cimento, a fim de verificar se o 
material está sendo fabricado de acordo com as exigências das especificações estabelecidas para a obra.
2.1.5 Avaliação de resultados de ensaios e pontos de controle
O Plano de Qualidade do empreendimento deverá estabelecer a frequência das análises e ensaios 
rotineiros do cimento, de acordo com as normas da ABNT e também considerar as exigências apresen-
tadas na Tabela 1.
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18 MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
PROPRIEDADES DETERMINADAS
Limite
CP II E-32
Limite
CP II Z-32
Limite
CP II F-32
Limite
CP III F-32
Limite
CP IV-32
Limite
CP V 
ARI
Massa específica (g/cm³) --- --- --- --- ---
Finura
resíduo na peneira # 200 (%) ≤ 12,0 ≤ 12,0 ≤ 12,0 ≤ 8,0 ≤ 8,0 ≤ 6,0
resíduo na peneira 325 (%) --- --- --- --- --- ---
área específica (cm²/g) --- --- --- --- --- ---
Tempo de Pega 
Início (h:min) ≥ 1:00 ≥ 1:00 ≥ 1:00 ≥ 1:00 ≥ 1:00 ≥ 1:00
Fim (h:min) (ensaio facultativo) ≤ 10:00 ≤ 10:00 ≤ 10:00 ≤ 12:00 ≤ 12:00 ≤ 10:00
Água de consistência - Pasta (%) --- --- --- --- --- ---
Expansibilidade a quente (%) ≤ 5,0 ≤ 5,0 ≤ 5,0 ≤ 5,0 ≤ 5,0 ≤ 5,0
Resistência à 
Compressão
(MPa)
1 dia --- --- --- --- --- > 14,0
3 dias ≥ 10,0 ≥ 10,0 ≥ 10,0 ≥ 10,0 ≥ 10,0 ≥ 24,0
7 dias ≥ 20,0 ≥ 20,0 ≥ 20,0 ≥ 20,0 ≥ 20,0 ≥ 34,0
28 dias
≥ 32,0
≤ 49,0
≥ 32,0 
≤ 49,0
≥ 32,0 
≤ 49,0
≥ 32,0 
≤ 40,0
≥ 32,0 
≤ 49,0
---
91 dias --- --- --- --- > 40,0 ---
Componentes 
Químicos (%)
Perda ao fogo ≤ 8,5 ≤ 8,5 ≤ 12,5 ≤ 6,5 ≤ 6,5 ≤ 6,5
Resíduo insolúvel ≤ 5,0 ≤ 18,5 ≤ 7,5 ≤ 5,0 --- ≤ 3,5
Trióxido de enxofre (SO3) ≤ 4,5 ≤ 4,5 ≤ 4,5 ≤ 4,5 ≤ 4,5 ---
Óxido de magnésio (MgO) --- --- --- --- --- ---
Dióxido de silício (SiO2) ---- ---- ---- ---- ---- ----
Óxido de ferro (Fe2O3) ---- ---- ---- ---- ---- ----
Óxido de alumínio (Al2O3) ---- ---- ---- ---- ---- ----
Óxido de cálcio (CaO) ---- ---- ---- ---- ---- ----
Álcalis 
Totais
Óxido de sódio 
(Na2O)
---- ---- ---- ---- ---- ----
Óxido de potássio 
(K2O)
---- ---- ---- ---- ---- ----
Equiv. alcalino ---- ---- ---- ---- ---- ----
Álcalis 
Solúveis 
em Água
Óxido de sódio 
(Na2O)
---- ---- ---- ---- ---- ----
Óxido de potássio 
(K2O)
---- ---- ---- ---- ---- ----
Equiv. alcalino ---- ---- ---- ---- ---- ----
Sulfato de cálcio (CaSO4) ---- ---- ---- ---- ---- ----
Cloretos Totais e Solúveis em Água (%) ---- ---- ---- ---- ---- ----
Enxofre na Forma de Sulfetos (%) ≤ 0,5 ---- ---- ≤ 1,0 ---- ----
Escória granulada de alto-forno (%) – os resultados 
desse parâmetro são fornecidos pelo fabricante
≥ 6
≤ 34
---- ----
≥ 35 
≤ 75
---- ----
Teor de material pozolânico (%) – os resultados 
desse parâmetro são fornecidos pelo fabricante
----
≥ 6 
≤ 14
---- ----
≥15
≤ 50
----
Tabela 1 - Tipos de análises e ensaios para o cimento e critérios exigidos por 
norma (ABNT NBR 16697, 2018).
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 19MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
Além do disposto anteriormente, os teores de adição contidos nos cimentos fornecidos deverão ser 
acompanhados criteriosamente, pois qualquer variação pode afetar o seu desempenho quando emprega-
dos para mitigar as expansões da RAA. Este critério também deve ser adotado no caso de cimento com 
baixo calor de hidratação e cimentos denominados RS (Resistentes aos sulfatos).
2.2 Adições minerais
Adições minerais são materiais silicosos ou calco-sílico-aluminosos, finamente moídos, que 
adicionados ao concreto em diferentes teores (5 a 70%) podem trazer benefícios técnicos 
como melhoria das suas propriedades mecânicas bem da sua durabilidade (MEHTA E 
MONTEIRO, 2014; SILVA, BATTAGIN E GOMES, 2017).
Considerando as vantagens de uso, as adições minerais, além de incorporadas na fábrica, pode-
rão ser também adicionadas na própria obra, ao cimento Portland definido para uso, na fabricação do 
concreto. A quantidade de material adicionada aos concretos será fixada a partir de estudos realizados 
previamente, dependendo de cada caso e necessidade, assim como de seu tipo e características. 
2.2.1 Tipos de adições e especificações normativas
2.2.1.1 Escória de alto-forno
Subproduto do tratamento do minério de ferro em alto-forno, não metálico, constituído em sua 
maior parte de silicatos e aluminossilicatos de cálcio. Como essa adição é tradicionalmente efetuada na 
fábrica e, portanto, faz parte dos cimentos CP II E e CP III, devem ser seguidas as especificações desses 
cimentos (ABNT NBR 16697, 2018). Este material é considerado cimentante e possui alguma pozola-
nicidade, se resfriado lentamente.
2.2.1.2 Cinza volanteConstitui-se como um resíduo finamente dividido, proveniente da combustão de carvão pul-
verizado ou granulado, que possui atividade pozolânica, isto é, tem a capacidade de reagir com o 
hidróxido de cálcio e formar silicatos de cálcio hidratados (C-S-H), responsáveis pela resistência do 
concreto. Apresenta-se na forma de partículas esféricas com diâmetro variável, mas normalmente 
inferior a 45 mm, e a sua maioria é composta por sílica amorfa. A maioria das cinzas volantes contém 
constituintes compostos principalmente por sílica e alumínio, seguidos minoritariamente pelo ferro, 
cálcio e magnésio, entre outros.
2.2.1.3 Sílica ativa
Material decorrente do processo de produção de silício metálico ou de ligas de ferro-silício em 
fornos elétricos. Durante o processo, é gerado o gás SiO₂ que é captado por sistemas de filtros coletores. 
Esse material constitui um tipo de pozolana formada essencialmente por micropartículas esféricas, com 
diâmetros menores do que 1 mm (10-6m) de sílica no estado amorfo. Por esse motivo, é um material 
altamente pozolânico (superpozolana). 
A Sílica ativa deverá atender à norma NBR 13956 intitulada “Sílica ativa para uso com cimento 
Portland em concreto, argamassa e pasta - Parte 1: Requisitos” (ABNT, 2012) e normas complementares, 
em casos específicos.
2.2.1.4 Metacaulim
Produto proveniente de calcinação (600ºC a 900ºC) e moagem de argilominerais cauliníticos, 
sendo considerada uma pozolana de alta reatividade. Seus principais constituintes são compostos por 
sílica e alumínio. O metacaulim deverá atender à norma NBR 15894 intitulada “Metacaulim para uso 
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20 MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
com cimento Portland em concreto, argamassa e pasta - Parte 1: Requisitos” (ABNT, 2010) e normas 
complementares, em casos específicos. 
2.2.1.5 Argila calcinada
Material proveniente da calcinação de determinadas argilas que, quando submetidas a tratamento 
térmico elevado, podem adquirir a propriedade de pozolanicidade. Na NBR 12653 (ABNT, 2015), 
intitulada “Materiais pozolânicos – Requisitos”, a faixa citada para argilas calcinadas é de 500ºC a 900ºC.
2.2.1.6 Cinza de casca de arroz
Obtida pela combustão da casca de arroz em fornos industriais, moída em tamanhos muito finos 
de modo a obter atividade pozolânica, dependendo das condições de produção (geralmente entre 600ºC 
e 800ºC para ser altamente pozolânica). Esse material é ainda pouco utilizado na fabricação de concretos 
em empreendimentos de geração pelo seu lançamento relativamente recente no mercado.
A ABNT NBR 12653 deve ser seguida para a cinza de casca de arroz e todas as demais adições. Essa 
apenas não se aplica à sílica ativa e ao metacaulim, que possuem normas específicas, além daquelas adições 
já incorporadas aos cimentos no seu processo de produção.
2.2.2 Aplicação
As adições podem ser empregadas para várias e distintas finalidades; qualquer estrutura de concreto 
pode conter adições. O seu uso traz inúmeros efeitos benéficos, desde que estudadas previamente e cuida-
dosamente em cada caso. Entre alguns dos principais benefícios que podem ser citados, dependendo do 
tipo de adição e teores empregados, encontram-se: aumento da resistência à compressão em decorrência 
do refinamento dos poros, efeito microfiler e fortalecimento da zona de transição entre a pasta e o agre-
gado, redução da permeabilidade, possibilidade de melhoria da trabalhabilidade, diminuição do calor de 
hidratação, maior durabilidade a ataques químicos e potencial na redução da expansão devido à reação 
álcali-agregado.
2.2.3 Transporte e armazenamento
As condições de transporte, armazenagem e movimentação exigidas para o cimento Portland serão 
aplicadas, também, às adições minerais.
2.2.4 Amostragem
As condições de amostragem, exigidas para o cimento Portland, serão aplicadas, também, às adi-
ções minerais.
2.2.5 Ensaios e avaliação dos resultados
Periodicamente e sempre que necessário a adição ou material pozolânico em uso será amostrado 
no local de origem e no canteiro de obras por meio da realização de análises e ensaios de caracterização 
específicos para cada material, visando à aferição da sua uniformidade.
No quadro a seguir, encontram-se apresentados os principais parâmetros a serem determinados.
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 21MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
2.3 Agregados
Esta seção trata dos aspectos e critérios técnicos a serem definidos e adotados no processo de 
exploração de jazidas de areia e rochas, bem como da produção de agregados para a fabricação de 
concreto aplicado na construção das estruturas de uma obra, atendendo aos critérios normativos para 
a garantia da qualidade, minimização de prazo e custos dos serviços, além da utilização racional dos 
recursos naturais disponíveis.
2.3.1 Classificação de rochas para aplicação
Geralmente, em obras de empreendimentos de geração, as rochas das escavações obrigatórias são 
utilizadas para a produção de agregados para concreto, bem como para aplicação nas transições e enroca-
mentos dos maciços de barragens.
Nesse sentido, é de suma importância a implementação no início das atividades de um controle 
para classificação/separação de rochas em estoques que atendam às necessidades de cada material a ser 
futuramente aplicado na obra. Ou seja, qualquer falha nesse processo inicial poderá incorrer na obtenção 
da produção de agregados que não tenham as características esperadas para a produção de um concreto 
de boa qualidade como, por exemplo: agregados sãos e isentos de contaminações, com quantidade de 
material pulverulento adequada, concretos com menor consumo de cimento e, por consequência, menor 
custo e com menor influência negativa de origem térmica, etc.
A classificação do material é uma atividade dinâmica e acontece de acordo com o progresso em que 
ocorrem as escavações. A avaliação das bancadas de material escavado deverá ser realizada por técnicos 
com experiência em laboratório e sistemas de britagem, fazendo a seleção de acordo com a qualidade de 
cada material obtido.
A verificação do material obtido compreende avaliar e separar em pilhas distintas os seguintes 
produtos:
Parâmetros Químicos
Sílica (SiO2) Óxido de sódio (Na2O)*
Alumina (Al2O3) Óxido de potássio (K2O)*
Óxido férrico (Fe2O3) Umidade
Óxido de magnésio (MgO)
Perda ao fogo
Anidrido sulfúrico (SO3)
Parâmetros Físicos
Peso unitário (eventualmente)
Massa específica
Superfície específica Blaine
Finura na peneira de malha # 325
Índice de atividade polozânica aos 28 dias em argamassa de cimento
Índice de atividade polozânica aos 7 dias com cal
Resistência à compressão da argamassa aos 3, 7 e 28 dias
Expansão ou contração em autoclave
Reatividade com álcalis do cimento
Variação da retração por secagem de barras de argamassa
Quadro 1 – Parâmetros para adições
*Calcular o equivalente alcalino em óxido de sódio: Na₂Oeq. (%) = Na₂O + 0,658 K₂O.
Fonte: Manuais de controle de qualidade de obras de Furnas
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22 MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
a) Material orgânico: é todo material formado por vegetação e solo vegetal. Esse material interfere 
negativamente na qualidade do agregado e do concreto produzido, requerendo maior água de 
amassamento e conferindo ao concreto menores resistências e maiores abrasões. Essa interferência 
negativa pode ser evitada com a realização do decape adequado na região a ser explorada, e também 
com a criação de proteções que impeçam que a água das chuvas leve esse material até as áreas sãs 
já exploradas;
b) Capa de pedreira: primeiras camadas de rocha as quais apresentam alterações que possam inter-
ferir na sua dureza, abrasão, absorção, etc. Esse material poderá ser aproveitado para outras aplica-ções como, por exemplo: forro de pista de acessos internos da obra e para a produção de Randon 
para aplicação em áreas específicas do aterro da barragem, conforme estabelecido pelo projeto;
c) Rocha sã: material isento de contaminação, formado por fragmentos da própria rocha. 
Durante as escavações, poderão ser obtidos blocos de várias dimensões, sendo necessária a subdi-
visão em estoques que atendam às condições de uso para as quais se requer. No caso da produção 
de agregados, é importante se atentar ao tamanho máximo dos blocos de rocha que o sistema de 
britagem consegue processar, impedindo, dessa forma, o entupimento e a descontinuidade do 
processo de britagem para a retirada de blocos de rocha com dimensões acima da sua capacidade. 
Blocos de rocha maiores que o tamanho máximo de processamento de britagem poderão ser 
aplicados como enrocamento do aterro da barragem, ou ainda, se houver necessidade, processa-
dos fora do sistema de britagem de forma que atinjam o tamanho necessário para processamento 
pelo sistema de britagem.
2.3.2 Especificações normativas
Em um controle tecnológico de campo, é dada ênfase especialmente à caracterização física dos 
agregados, considerando ainda os ensaios que comumente interferem na variação e na qualidade da 
produção dos concretos e que não requerem uma estrutura sofisticada e dispendiosa para sua realização 
no site da obra.
Nesse sentido, abaixo é apresentada uma relação com as especificações normativas da ABNT co-
mumente adotadas e aplicadas no controle tecnológico de campo para empreendimentos hidráulicos:
• NBR 7211 – Agregados para concreto - Especificação;
• NBR 7218 – Agregados - Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis;
• NBR 7809 – Agregado graúdo - Determinação do índice de forma pelo método do paquí-
metro – Método de ensaio;
• NBR 9939 – Agregado graúdo - Determinação do teor de umidade total – Método de ensaio;
• NBR NM 30 – Agregado miúdo - Determinação da absorção de água;
• NBR NM 45 – Agregados - Determinação da massa unitária e do volume de vazios;
• NBR NM 46 – Agregados - Determinação do material fino que passa através da peneira 
75 mm, por lavagem;
• NBR NM 49 – Agregado miúdo - Determinação de impurezas orgânicas;
• NBR NM 52 – Agregado miúdo - Determinação da massa específica e massa específica aparente;
• NBR NM 53 – Agregado graúdo - Determinação da massa específica, massa específica apa-
rente e absorção de água;
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 23MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
• NBR NM 248 – Agregados - Determinação da composição granulométrica.
Outros ensaios físico-químicos, não menos importantes dos que os citados anteriormente, mas que 
exigem a utilização de equipamentos específicos, reagentes e pessoal mais qualificado têm, geralmente, 
menor frequência do que os ensaios convencionais e são comumente realizados em laboratório externo. 
Algumas referências normativas da ABNT podem ser citadas, a saber:
• NBR 9917 – Agregados para concreto - Determinação de sais, cloretos e sulfatos solúveis;
• NBR 15577 – Agregados - Reatividade álcali-agregado; 
• NBR NM 51 – Agregado graúdo - Ensaio de abrasão "Los Angeles".
A NBR 15577 (ABNT, 2018) - todas as partes - estabelece: 
“os requisitos para o uso de agregados em concreto, tendo em vista as medidas necessárias 
para evitar a ocorrência de reações expansivas deletérias devidas à reação álcali-agregado e 
prescreve a amostragem e os métodos de ensaios necessários à verificação desses requisitos.” 
Ainda, esta norma “complementa as exigências da ABNT NBR 7211 para o uso de agregados 
em concreto de cimento Portland”. 
Assim, uma análise de risco inicial, com base no tipo de estrutura, deve ser realizada previamente 
de modo que o agregado pretendido para uso seja avaliado quanto ao seu potencial de reatividade e 
quanto ao uso ou não de medidas preventivas, por meio do emprego de material inibidor das expansões. 
Normalmente, a análise petrográfica do agregado é realizada para identificar os minerais potencialmente 
reativos, além de ensaios acelerados de expansão em barras de argamassa, existindo limites máximos 
normativos para esses.
No que diz respeito a minerais instáveis, outro grupo que merece especial atenção são os opacos, 
quando contiverem sulfetos. Os sulfetos (ex.: pirrotita, calcopirita, pirita, etc.) são minerais que, depen-
dendo da umidade e condições de oxigenação do meio, podem se alterar gerando ácido sulfúrico e sulfa-
tos, colocando em risco a integridade dos concretos. Por esse motivo, a própria NBR 15577 usada para 
a RAA recomenda a sua identificação e quantificação, de forma que medidas apropriadas sejam tomadas 
para se evitar riscos às estruturas de concreto.
2.3.3 Produção
A produção dos agregados deverá ser realizada através do processamento da rocha sã das escava-
ções obrigatórias e envolverá operações de britagem, transporte, peneiramento, classificação e, em alguns 
casos, até a lavagem de finos leves, de forma que se obtenha a qualidade necessária para aplicação dos 
agregados na produção do concreto. 
Periodicamente, durante a produção de agregados, deverão ser realizados ensaios para controle da 
granulometria e para a identificação de possíveis correções que se façam necessárias para enquadrar os 
materiais às faixas granulométricas especificadas e eliminar os excessos e/ou deficiências nos tamanhos 
individuais dos grãos. Caso uma ou mais granulometrias não se enquadrarem perfeitamente nas faixas 
especificadas, depois de serem feitos todos os ajustes possíveis, a utilização desses agregados pode ser 
avaliada desde que promova uma mistura adequada, levando em consideração os resultados dos estudos 
de dosagens, corroborados pela opinião e parecer de consultores, de forma a assegurar a obtenção da 
qualidade do produto final. 
Cuidado especial deverá ser tomado em relação à estocagem, manuseio e processamento de modo 
a evitar a mistura de materiais com dimensões diferentes, segregações na pilha, quebra excessiva durante 
o processo de britagem e contaminações com materiais prejudiciais à qualidade do concreto, tais como: 
óleo, graxa, madeira e argila.
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24 MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
Os materiais que, em decorrência das correções mencionadas, não são aproveitáveis, tais como 
rochas, britas e areias contaminadas ou contendo materiais brechosos, decompostos ou que, de qualquer 
forma, sejam considerados inadequados para uso em concreto, serão rejeitados e imediatamente coloca-
dos em "bota-foras" ou em pilhas especificamente identificadas para aplicação em outras atividades, tal 
como forro de pista dos acessos internos da obra.
Um aspecto importante a ser considerado, a fim de resguardar a qualidade da produção dos agre-
gados, é o estabelecimento de um programa de manutenção preventiva adequado às condições de ope-
ração dos equipamentos, bem como a realização de inspeções diárias do sistema de britagem. Essas ações 
permitem identificar com rapidez ocorrências de anomalia no sistema e a sua correção imediata, não 
permitindo que uma grande quantidade de material seja produzida fora das especificações. 
As principais ocorrências verificadas nas inspeções diárias são: malhas de peneiras rasgadas ou mes-
mo faltantes, malhas das peneiras entupidas (principalmente em época de chuvas, quando o material 
processado está com umidade relativamente alta), mandíbula do britador danificada ou com abertura 
inadequada, sistema de lavagem de finos parcialmente obstruído e fluxo inadequado de materiais nas 
correias de alimentação ou classificação do sistema de britagem.
Já na manutenção preventiva é importante avaliar o desgaste e troca de acessórios que com-
põem os sistemas de britagem e de classificação, bem como reaperto, limpeza e lubrificação dos 
equipamentos.
2.3.4Classificação dos agregados
Para aplicação em obras de construção civil pesada, pode-se classificar os agregados de duas formas. 
A primeira quanto a sua origem, podendo ser divididos em naturais e artificiais. A outra classificação pode 
ser dada pela sua dimensão, sendo subdivididos em agregados miúdos e agregados graúdos.
2.3.5 Classificação quanto à origem
A classificação dos agregados quanto à origem, para o controle tecnológico do concreto, é feita 
como segue:
a) Agregados naturais: são aqueles que geralmente não dependem de processamento para a 
sua obtenção. Como exemplos, podem ser citados a areia natural e os seixos rolados, que são 
materiais naturais encontrados nos cursos de rios e, dependendo da qualidade e quantidade 
disponível de material, pode ter exploração economicamente viável para aplicação na produ-
ção de concretos;
b) Agregados artificiais: são aqueles obtidos a partir do processamento de rocha e quando há 
britagem para obtenção das granulometrias requeridas, como, por exemplo, a areia artificial (popu-
larmente chamada de pó de rocha) e as britas.
2.3.6 Classificação quanto à dimensão
A classificação dos agregados quanto à dimensão é feita como segue:
a) Agregado miúdo: agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 
4,75 mm (com ressalva aos limites dispostos em norma NBR 7211 em função da zona, 
se ótima ou utilizável) e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150 µm. São 
exemplos: a areia natural e a areia artificial;
b) Agregado graúdo: agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e 
ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm (com ressalva aos limites dispostos na 
NBR 7211 em função da zona granulométrica). São exemplos: o pedrisco ou brita 9,5 mm, britas 
12,5, 19, 25, 38, 50 e 75 mm.
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 25MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
2.3.7 Estoque
Os materiais deverão ser estocados em pilhas, de acordo com as suas dimensões nominais, e de 
maneira a impedir a segregação, mistura de várias dimensões e contaminação por materiais estranhos. 
Durante o processamento e manuseio, cuidados deverão ser providenciados de forma a evitar a 
segregação e a quebra excessiva do material.
Os locais das pilhas deverão ser convenientemente drenados e isentos da ação de enxurradas de 
águas de chuvas, garantindo a isenção de contaminação, permitindo o controle do teor de umidade e 
evitando o carreamento de partículas finas dos agregados, de forma a evitar variações indesejáveis que 
possam refletir negativamente na produção e na qualidade do concreto.
Para garantir a continuidade da produção de concreto é desejável que os estoques de agregados 
sejam suficientes para atender, com folga de, pelo menos, 10 dias, as demandas de consumo previstas no 
cronograma de obras.
2.3.8 Amostragem
A coleta de amostras deverá atender aos requisitos da NBR NM 26 – Agregados – Amostragem, e, 
para a realização dos ensaios, as amostras deverão ser preparadas atendendo aos requisitos da NBR NM 27 
– Agregados – Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório.
As amostras, a serem utilizadas em ensaios necessários à caracterização e controle de qualidade dos 
agregados, poderão ser obtidas em qualquer etapa, desde o processo de identificação para processamento 
até na saída das balanças das centrais de concreto. Preferencialmente, as amostras devem ser coletadas nas 
correias transportadoras.
2.3.9 Ensaios e avaliação dos resultados
Os ensaios serão realizados de acordo com os métodos da ABNT e, em casos específicos – quan-
do não contemplados por eles -, os métodos da ASTM ou procedimentos técnicos apropriados deverão 
ser adotados. 
Tanto o agregado miúdo como o graúdo deverão ter os resultados de seus ensaios de caracterização 
acompanhados estatisticamente, como forma de avaliação de suas variações nos traços dos concretos 
obtidos nos estudos de dosagem.
Para o controle dos agregados, deverão ser realizadas e seguidas todas as recomendações de norma 
indicadas no item 2.3.2.
No caso específico de alguns estudos, como por exemplo, da avaliação da potencialidade reativa do 
agregado para a reação álcali-agregado, ou na investigação dos minerais sulfetos, outros métodos comple-
mentares poderão ser indicados, em complementação àqueles relacionados em 2.3.2.
Nos subitens 2.3.9.1 e 2.3.9.2, são destacados os principais requisitos de qualidade a serem obser-
vados para o controle dos agregados miúdo e graúdo, respectivamente.
2.3.9.1 Agregado miúdo
As prescrições da NBR 7211 (ABNT, 2009) deverão orientar o controle da qualidade do agregado 
miúdo, que deverá ser composto de grãos cujas dimensões estarão abaixo da peneira de 4,75 mm. De 
forma predominantemente cúbica ou arredondada, sem películas aderentes, duros, densos e resistentes, 
os agregados miúdos serão isentos de substâncias deletérias.
No Quadro 2, são apresentados os principais requisitos de qualidade do agregado miúdo.
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26 MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
SUBSTÂNCIAS DELETÉRIAS REQUISITOS
Torrões de argila (massa) Máx. 1,5%
Material pulverulento (massa)
* concreto sujeito à abrasão
* demais concretos
Máx. 3%
Máx. 5%
Substâncias prejudiciais (1)
* concreto sujeito à abrasão
* demais concretos
Máx. 3%
Máx. 5%
Materiais carbonosos (massa)
* concreto cuja aparência seja importante
* demais concretos
Máx. 0,5%
Máx. 1%
Matéria orgânica (2) Cor mais clara do que a da solução
padrão (300 ppm)
Massa específica Mín. 25,5 kN/m³
Obs.: A soma das percentagens de todas as substâncias deletérias não deverá exceder a 5%, em massa.
(1) Entre as substâncias prejudiciais, estão incluídos xistos, álcalis, mica, grãos recobertos, partículas escamosas moles, lodo e 
materiais que passarem pela peneira nº 200 da ABNT.
(2) Caso o teor de matéria orgânica seja superior ao especificado, o agregado deverá ser submetido ao ensaio comparativo de 
resistência, de acordo com a norma NBR 7221.
(3) No caso de areia artificial, o teor de pó de pedra passante na peneira n° 200 decorrente da britagem de rocha sã, não deve 
ser contabilizado como material deletério, exceto se este for composto por argilominerais.
(4) O teor de material pulverulento poderá ter os limites acima alterados, desde que atendidas as condições estabelecidas 
na NBR 7211. Será permitido um maior teor de finos (materiais passantes na peneira #0,074mm), desde que estes sejam 
provenientes da britagem da rocha, sendo denominados de pulverizados.
ABERTURA DA PENEIRA DE 
MALHA QUADRADA
LIMITES ADMISSÍVEIS, PERCENTAGEM RETIDA E 
ACUMULADA (em massa)
ASTM nº ABNT (mm) Areia Natural Areia Artificial
- 9,50 0 – 0 0 - 0
4 4,80 0 – 5 0 - 10
8 2,40 0 –20 5 - 45
16 1,20 15 – 50 30 - 70
30 0,60 30 - 75 50 - 55
50 0,30 75 - 90 65 - 90
100 0,15 80 - 90 75 - 95
200 0,074 85 - 92 90 - 98
Tabela 2 – Limites da granulometria do agregado miúdo (ABNT NBR 7211, 2009).
Quadro 2 – Requisitos de qualidade do agregado miúdo (ABNT NBR 7211, 2009).
Como referência inicial, a granulometria do agregado miúdo deverá estar situada dentro dos limites 
indicados na Tabela 2, apresentados a seguir:
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SUBSTÂNCIAS DELETÉRIAS REQUISITOS
Torrões de argila (massa)
* concreto cuja aparência seja importante
* concreto sujeito à abrasão
* demais concretos
Máx. 1%
Máx. 2%
Máx. 3%
Material pulverulento - passante na peneira 
75 mm (massa)
Máx. 1% (1)
Materiais carbonosos (massa)
* concreto cuja aparência seja importante
* demais concretos
Máx. 0,5%
Máx. 1%
Massa específica (condição) Mín. 25,5 kN/m³
Índice de forma – partículas lamelares e 
alongadas (massa)
≤ 3
Abrasão Los Angeles – perda ponderada 
(massa, 500 ciclos)Máx. 40%
Quadro 3 – Requisitos do Agregado Graúdo (ABNT NBR 7211, 2009).
Obs.: (1) Este limite poderá ser alterado para 2%, uma vez atendidas as condições definidas na NBR 7211. 
Os limites granulométricos são apenas referenciais. No caso de areia natural, a faixa granu-
lométrica a ser efetivamente adotada para controle da uniformidade dependerá das características 
naturais das ocorrências deste material na região da obra. No caso de areia artificial, a faixa de 
controle dependerá da mineralogia da rocha britada e dos próprios equipamentos de britagem. A 
atenção deve ser dirigida para a manutenção da uniformidade dos materiais, uma vez estabelecido o 
respectivo estudo de dosagens, notadamente o módulo de finura.
O módulo de finura dos agregados miúdos deverá ser mantido uniforme, no decorrer da obra, 
não variando de mais ou menos 0,2 para o material de uma mesma origem.
O limite da variação de umidade, na entrada do equipamento misturador de concreto, não 
deverá ser superior a 0,5% do total de água no concreto, durante qualquer período de uma hora, 
nem maior que 4%, durante qualquer período de oito horas de operação da mesma.
2.3.9.2 Agregado graúdo
Designa-se por agregado graúdo aquele cujos grãos apresentam dimensões maiores do que 
4,75 mm.
No Quadro 3, são apresentados os principais requisitos descritos na NBR 7211 (ABNT, 2009) 
a serem observados para os agregados graúdos.
A soma das percentagens de todas as substâncias deletérias não deverá exceder a 3% em massa. O 
teor de pó de pedra passante na peneira n° 200 - decorrente da britagem de rocha sã - não deve ser con-
tabilizado como material deletério, exceto se este for composto por argilominerais.
A faixa granulométrica efetivamente empregada para o controle da uniformidade dependerá da 
mineralogia da rocha britada e dos próprios equipamentos de britagem. A atenção deverá ser dirigida para 
a manutenção da uniformidade dos produtos, uma vez estabelecido o estudo de dosagem, notadamente 
o módulo de finura.
Na Tabela 3 são apresentadas as faixas granulométricas para controle dos agregados graúdos, con-
forme disposto na NBR 7211 (ABNT, 2009).
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28 MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
(1) Zona granulométrica correspondente à menor (d) e à maior (D) dimensões do agregado graúdo.
(2) Em cada zona granulométrica, deve ser aceita uma variação de, no máximo, cinco unidades percentuais em apenas um 
dos limites marcados com (2). Essa variação pode também estar distribuída em vários desses limites.
Peneira com abertura 
de malha
(ABNT NBR NM ISO 
3310-1)
Porcentagem, em massa, retida acumulada
Zona granulométrica d/D(1)
4,75/12,5 9,5/25 19/31,5 25/50 37,5/75
75 mm - - - - 0 – 5
63 mm - - - - 5 – 30
50 mm - - - 0 – 5 75 – 100
37,5 mm - - - 5 – 30 90 – 100
31,5 mm - - 0 – 5 75 – 100 95 – 100
25 mm - 0 – 5 5 - 25(2) 87 – 100 -
19 mm - 2 - 15(2) 65(2) – 95 95 – 100 -
12,5 mm 0 – 5 40(2) - 65(2) 92 – 100 - -
9,5 mm 2 – 15(2) 80(2) – 100 95 – 100 - -
6,3 mm 40(2) - 65(2) 92 – 100 - - -
4,75 mm 80(2) – 100 95 – 100 - - -
2,36 mm 95 - 100 - - - -
Tabela 3 – Limites da Composição Granulométrica do Agregado Graúdo 
(ABNT NBR 7211, 2009).
Alternativamente ao emprego das frações (faixas granulométricas) previstas na NBR 7211, poderá 
ser utilizada a fração 25 – 4,75 mm, notadamente para a produção de CCR.
Em função das características da rocha e da britagem instalada na obra, outras faixas de agregados 
poderão ser utilizadas.
A granulometria dos agregados graúdos deverá ser mantida uniforme durante as operações de pro-
dução e estocagem, bem como no decorrer da obra. Correções deverão ser efetuadas no equipamento de 
produção ou no processo produtivo, sempre que necessário. 
2.4 Água de amassamento
A água utilizada no amassamento do concreto pode ser obtida de diversas fontes tais como do abas-
tecimento público, água recuperada de processos de preparação do concreto, água de fontes subterrâneas 
e água natural de superfície, seja ela proveniente de corpos hídricos, pluvial ou água residual industrial. 
Normalmente, nos empreendimentos de geração hidroelétrica, a água utilizada é proveniente do rio do 
aproveitamento. 
Destaca-se que, antes de sua utilização, a água que será empregada no amassamento do concreto 
necessita atender aos requisitos mínimos definidos na norma ABNT NBR 15900-1 (2009) conforme 
apresentado no próximo item.
2.4.1 Especificações normativas
De maneira geral, a água, segundo a norma NBR 15900 intitulada “Água para amassamento do 
concreto – Parte 1: Requisitos” (ABNT, 2009), deve ser submetida a avaliação preliminar quanto à pre-
sença de óleos e gorduras, detergentes, cor, material sólido, odor, ácidos e matéria orgânica. 
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 29MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
Além dos fatores mencionados acima, deve-se atentar para as propriedades químicas tais como 
teores de cloretos, sulfatos, álcalis e outras contaminações prejudiciais que podem afetar o desempenho 
do concreto no estado fresco e a durabilidade da estrutura, a saber: açúcares, fosfatos, nitratos, chumbo e 
zinco. Os limites normativos são apresentados no Quadro 4.
Quadro 4 – Limites normativos definidos para água de amassamento de concreto 
(conforme ABNT NBR 15900, 2009).
(1) Se este limite for superado, a água pode ser usada, se for comprovado que foram tomadas ações preventivas quanto à 
reação álcali-agregado, conforme norma ABNT NBR 15577-1 (ABNT, 2018).
Etapa Parâmetro Requisito
Procedimento 
de ensaio
Avaliação 
preliminar
Óleos e 
gorduras
Não mais do que traços visíveis.
ABNT NBR 
15900-3
Detergentes Qualquer espuma deve desaparecer em 2 min.
ABNT NBR 
15900-3
Cor
A cor deve ser comparada à água potável, devendo ser 
amarelo claro ou incolor, exceto para água recuperada de 
processos de preparação do concreto.
ABNT NBR 
15900-3
Material 
sólido
50.000 mg/litro.
ABNT NBR 
15900-3
Odor
Águas obtidas de processos de preparação de concreto 
podem apresentar um leve odor de cimento e, onde hou-
ver escória, um leve odor de sulfeto de hidrogênio após 
adição de ácido clorídrico. Para as demais fontes não deve 
apresentar cheiro.
ABNT NBR 
15900-3
Ácidos pH ≥ 5.
ABNT NBR 
15900-3
Matéria 
orgânica
A cor da água deve ser mais clara ou igual à da solução 
padrão, após a adição de ácido clorídrico.
ABNT NBR 
15900-3
Propriedades 
químicas
Cloretos
• Concreto protendido ou graute: ≤ 500 mg/litro;
• Concreto armado: ≤ 1000 mg/litro;
• Concreto sem armadura: ≤ 4500 mg/litro.
ABNT NBR 
15900-6
Sulfatos ≤ 2000 mg/litro.
ABNT NBR 
15900-7
Álcalis ≤ 1500 mg/litro (1).
ABNT NBR 
15900-6
Açúcares ≤ 100 mg/litro.
ABNT NBR 
15900-11
Fosfatos, 
expressos 
como P
2
O
5
≤ 100 mg/litro.
ABNT NBR 
15900-8
Nitratos, 
expressos 
como NO
3
≤ 500 mg/litro.
ABNT NBR 
15900-10
Chumbo, 
expresso 
como Pb2+
≤ 100 mg/litro.
ABNT NBR 
15900-5
Zinco, 
expresso 
como Zn²+
≤ 100 mg/litro.
ABNT NBR 
15900-4
Em eventual caso de extrema dificuldade de atendimento a algum limite anterior, deverão ser 
realizados estudos comparativos com argamassas ou concretos, produzidos com a água em estudo e com 
água potável de referência, que atenda a todos os requisitos anteriores.
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Quadro 5 – Normas ABNT da série 15900 (2009).
Código Título Objetivo
ABNT NBR 15900-2
Água para amassamento do concre-
to. Parte 2: Coleta de amostras de 
ensaios.
 Estabelece como deve ser realizada a coleta de 
amostras representativas de água, visando à re-
alização dos ensaios prescritos na Parte 1 desta 
Norma.
ABNT NBR 15900-3
Água para amassamento do concreto. 
Parte 3: Avaliação preliminar.
 Prescreve os ensaios preliminares que devem serrealizados em amostras representativas de água, 
visando à sua utilização em concreto de cimento 
Portland.
ABNT NBR 15900-4
Água para amassamento do concreto. 
Parte 4: Análise química - Determi-
nação de zinco solúvel em água
 Prescreve o método para a determinação de zinco 
por espectrofotometria de absorção atômica, por 
aspiração em chama ar-acetileno, em amostras 
de água destinadas à preparação de concreto de 
cimento Portland.
ABNT NBR 15900-5
Água para amassamento do concreto. 
Parte 5: Análise química - Determi-
nação de chumbo solúvel em água
 Prescreve o método para a determinação de chum-
bo por espectrofotometria de absorção atômica, 
por aspiração em chama ar-acetileno, em amostras 
de água destinadas à preparação de concreto de 
cimento Portland.
ABNT NBR 15900-6
Água para amassamento do concreto. 
Parte 6: Análise química - Determi-
nação de cloreto solúvel em água
 Prescreve o método para a determinação de cloreto 
em água, por titulação potenciométrica Ag/AgCl ou 
por íon seletivo, em amostras de água destinadas à 
preparação de concreto.
ABNT NBR 15900-7
Água para amassamento do concreto. 
Parte 7: Análise química - Determi-
nação de sulfato solúvel em água
 Prescreve o método para a determinação de sulfa-
tos em água, por gravimetria, em amostras de água 
destinadas à preparação de concreto de cimento 
Portland.
ABNT NBR 15900-8
Água para amassamento do concreto. 
Parte 8: Análise química - Determi-
nação de fosfato solúvel em água
Prescreve o método espectrofotométrico para deter-
minação de fosfato em amostras de água destinadas 
à preparação de concreto de cimento Portland.
ABNT NBR 15900-9
Água para amassamento do concreto. 
Parte 9: Análise química - Determi-
nação de álcalis solúveis em água
Prescreve o método para a determinação de álca-
lis (óxido de sódio e óxido de potássio) por foto-
metria de chama, por aspiração em chama ar-GLP, 
em amostras de água destinadas à preparação de 
concreto de cimento Portland.
ABNT NBR 15900-10
Água para amassamento do concreto. 
Parte 10: Análise química - Determi-
nação de nitrato solúvel em água
 Prescreve o método para a determinação de nitrato 
em amostras de água destinadas à preparação de 
concreto de cimento Portland.
ABNT NBR 15900-11
Água para amassamento do concreto. 
Parte 11: Análise química - Determi-
nação de açúcar solúvel em água.
 Prescreve o método espectrofotométrico para de-
terminação de açúcar em amostras de água destina-
das à preparação de concreto de cimento Portland.
Nesse caso, na avaliação da influência da água de amassamento nos estudos comparativos, os tem-
pos de início e fim de pega, determinados conforme a norma NBR NM 65 (ABNT, 2002), não devem 
diferir mais que 25% dos tempos obtidos por pasta preparada com água destilada ou deionizada. Ressalta-
se que os limites de início e fim de pega, obtidos em pasta com a água de ensaio, devem estar de acordo 
com o especificado para o cimento utilizado.
Já a resistência à compressão média aos 7 dias e 28 dias dos corpos de prova de argamassas ou con-
cretos moldados, conforme as normas NBR 7215 e NBR 5738 (ABNT, 1997; 2016), respectivamente, 
utilizando a água de ensaio, não deve diferir mais do que 10% da resistência à compressão média de 
corpos de prova preparados com água destilada ou deionizada.
Na avaliação do concreto e ou argamassa no estado fresco, também podem ser utilizadas técnicas 
de reometria para comparação dos desempenhos entre a água de ensaio e a água padrão.
No Quadro 5, encontram-se apresentadas as normas ABNT que compõem a série 15900 e o esco-
po de cada uma das partes.
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2.4.2 Amostragem
A norma ABNT NBR 15900-2 (2009) estabelece os procedimentos de amostragem de água vi-
sando à realização de ensaios definidos para avaliação da adequação dessa água para uso no amassamento 
do concreto.
O volume mínimo será definido em função da avaliação a que a água será submetida:
• Avaliação preliminar e ensaios químicos: 3 litros;
• Utilização de ensaios comparativos em argamassa: 3 litros;
• Utilização em ensaios comparativos em concreto: 30 litros.
Para a coleta, devem ser utilizados recipientes de plástico, sem uso ou provenientes do armazena-
mento de água potável, devidamente limpos e enxaguados com a água a ser armazenada. Os recipientes 
devem ser hermeticamente fechados com tampas limpas e sem defeito, também previamente enxaguadas 
com a água a ser armazenada.
Para a coleta em água superficial, o recipiente deve ser submergido diretamente no local da coleta, 
a uma profundidade de aproximadamente 15 cm do nível da corrente, tomando-se o cuidado de que 
a boca do recipiente deve estar voltada para jusante durante a coleta. Caso a coleta seja no sistema de 
distribuição, devem ser escolhidos pontos representativos de todo o sistema, sendo selecionadas torneiras 
limpas e sem vazamento. A coleta deve ser iniciada, pelo menos, 3 minutos após a abertura da torneira.
Para a coleta de água subterrânea, esta operação pode ser feita por meio de uma bomba de extração 
ou por um recipiente suspenso submerso no local de coleta.
Deve-se tomar o cuidado com o prazo de armazenamento da água coletada. A água deve ser en-
saiada em até duas semanas após a coleta. A avaliação preliminar deve ser iniciada o mais breve possível 
após a coleta. 
2.4.3 Ensaios e avaliação dos resultados
Além dos ensaios de caracterização e validação para aplicação, mencionados no item 2.3.11, a 
água proveniente de fontes subterrâneas, água natural de superfície e água residual industrial devem ser 
submetidas a ensaios de controle mensais até que se verifique de forma inequívoca o atendimento dos re-
quisitos estabelecidos no Quadro 4. Após a verificação desse atendimento, a frequência pode ser espaçada 
conforme definição do Controle Tecnológico.
Deve-se tomar o cuidado com o prazo de armazenamento da água coletada. A água deve ser en-
saiada em até duas semanas após a coleta. A avaliação preliminar deve ser iniciada o mais breve possível 
após a coleta.
Segundo a norma ABNT NBR 15900-1 (2009), a água de amassamento do concreto deve ser 
aceita se atender a todos os requisitos estabelecidos nessa norma.
2.5 Aditivos
Este item trata das especificações, procedimentos e critérios técnicos a serem definidos e adotados 
na aplicação de aditivos junto ao concreto na construção das estruturas de empreendimentos de geração, 
buscando, dessa forma, o melhor desempenho e aprimoramento das características do concreto acabado, 
adequando-o às exigências de norma e projeto.
Os aditivos devem atender ao prescrito nas especificações normativas da ABNT usualmente utili-
zadas em grandes empreendimentos de barragens:
• NBR 11768 – Aditivos químicos para concreto de cimento Portland – Requisitos (ABNT, 2011);
• NBR 10908 – Aditivos para argamassa e concreto – Ensaios de caracterização (ABNT, 2008).
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2.5.1 Tipos de aditivos e especificações normativas
Aditivos são produtos empregados na elaboração de concretos, argamassas e caldas de cimento, 
com a finalidade de alterar, reforçar ou melhorar as propriedades em sua trabalhabilidade, durabilidade 
bem como facilitar as operações de preparo e lançamento, adequando-as às condições de concretagem e 
ao ambiente final de exposição das estruturas.
A norma a ser utilizada para aprovação e uso do produto é a NBR 11768 e normas complementares.
Como critério adicional de uniformidade, deve ser realizada a aferição de constância dos efeitos de 
cada aditivo sobre o concreto fresco e endurecido, em condições de laboratório, de acordo com a norma 
NBR 10908.
Entre os tipos de aditivos mais aplicáveis em obras de barragens, destacam-se os seguintes:
• Hiperplastificante – produto que permite reduçãoexpressiva na quantidade da água de 
amassamento, melhorando as propriedades de fluidez e resistência, além de impermeabilizar o 
concreto e evitar a segregação e a exsudação;
• Superplastificante – produto que aumenta o índice de consistência do concreto quando man-
tida a quantidade de água de amassamento, ou que possibilita a redução da quantidade de água 
em, no mínimo, 12%, de forma a produzir um concreto com determinada consistência fixada;
• Plastificante – produto que aumenta o índice de consistência do concreto, mantida a quan-
tidade de água de amassamento, ou que possibilita a redução da quantidade de água para pro-
duzir um concreto com determinada consistência;
• Retardador – produto que aumenta os tempos de início e fim de pega do concreto;
• Acelerador – produto que diminui os tempos de início e fim de pega do concreto;
• Incorporador de ar – produto que permite incorporar, durante o amassamento do concreto, 
pequenas bolhas de ar, uniformemente distribuídas;
• Polifuncional – produto que combina os efeitos de dois aditivos, tais como aditivo 
plastificante/retardador;
• Antidispersante – produto que impede a lavagem do concreto, evitando a sua segregação 
e consequente perda de suas propriedades. É utilizado em concretos submersos (concretagens 
subaquáticas).
Outros tipos de aditivos se encontram disponíveis no mercado, tais como inibidores de corrosão, 
redutores de retração, expansores, impermeabilizantes, agentes de cura e controladores de hidratação, os 
quais possuem aplicação específica em situações especiais nas obras.
Os aditivos, conforme suas características, possibilitam ao concreto as seguintes vantagens:
a) Aumento da trabalhabilidade, sem aumento do consumo de água;
b) Redução do consumo de água, mantendo a mesma trabalhabilidade: maiores resistências;
c) Retardo ou aceleração da pega;
d) Redução da exsudação;
e) Redução da segregação;
f ) Melhor bombeabilidade;
g) Melhor aspecto e acabamento;
h) Facilidade em concretagens de locais com ferragens densas;
i) Redução no custo unitário do concreto.
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2.5.2 Estudos de dosagens
Previamente à aplicação de qualquer aditivo nos concretos da obra, deverão ser realizados estudos 
em laboratório, levando em conta os seguintes aspectos: redução da água unitária das dosagens, plastifi-
cação do concreto, incorporação de ar, tempo e manutenção da trabalhabilidade, modificação do tempo 
de pega e resistência à compressão do concreto.
Ensaios preliminares devem ser realizados visando à caracterização e à comparação de diversos 
produtos, com a finalidade de decidir qual seria o mais conveniente, sob o ponto de vista técnico e econô-
mico, para ser usado nos diversos tipos de concreto da obra. A partir dos resultados desses ensaios, serão 
criados os "padrões de referência" para fornecimento que englobarão os aspectos químicos e efeitos nas 
propriedades do concreto fresco e endurecido.
Serão realizados estudos de dosagens, com objetivo de determinar a quantidade de aditivo na com-
posição dos traços e fixar o "efeito padrão" do aditivo sobre o concreto fresco e endurecido. Estudos com-
plementares serão, também, elaborados, envolvendo as condições da mistura, temperaturas ambientes e 
de lançamento do concreto.
Atualmente, a reologia é considerada ensaio preliminar fundamental em um estudo de dosagem. 
Por meio da reologia, é possível observar as propriedades que são influenciadas pelos aspectos físicos e 
químicos os quais envolvem as substâncias contidas em um material. A obtenção dessas propriedades, por 
meio do reômetro, define o comportamento reológico de pastas de cimento com adições de diferentes 
teores e tipos de aditivos químicos. 
Na tecnologia do concreto, o comportamento reológico das misturas cimentícias permite obser-
var, dentre outras propriedades, a eficiência de aditivos químicos e a definição de seus teores ótimos de 
utilização, a avaliação do tempo de trabalhabilidade e, até mesmo, prever o comportamento que um 
determinado concreto poderá ter durante o lançamento, dependendo das características de seus materiais 
constituintes. 
Considera-se que os resultados obtidos por equipamentos como reômetro são mais precisos quan-
do comparados aos métodos mais tradicionais, como abatimento de tronco de cone, vibração, penetração 
da agulha de Proctor, entre outros.
É interessante que sejam desenvolvidos estudos para avaliação do comportamento do material de 
maneira a beneficiar a produção em campo e, caso seja necessário, a partir das características reológicas 
do produto final, escolher a combinação de materiais e teores que sejam mais adequados às necessidades 
requeridas. 
2.5.3 Fornecimento, transporte e armazenamento
Os aditivos devem ser fornecidos por fabricantes que assegurem continuidade, uniformidade e 
qualidade ao produto. O fornecimento deve ser acompanhado de certificados oficiais, apresentando o 
resultado de ensaios realizados pelo fabricante referentes a cada lote.
No transporte e acondicionamento dos aditivos, devem ser tomados cuidados especiais para que 
sejam preservadas as embalagens e características técnicas do produto.
Atenção especial deve ser dada às condições de armazenamento, cujo local deve ser adequado para 
preservar as propriedades dos aditivos, de acordo com as especificações do fabricante.
Os aditivos devem ser armazenados protegidos das intempéries e do sol, ficando isentos de varia-
ções bruscas de temperatura ou de contaminações.
O armazenamento deve permitir fácil acesso e manuseio do produto, possibilitando livre circulação 
e boas condições para o transporte.
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34 MANUAL – CONTROLE TECNOLÓGICO DO CONCRETO EM EMPREENDIMENTOS DE GERAÇÃO
Os aditivos devem ser identificados, estocados e organizados, por tipo e idade, de forma a facilitar 
o consumo por ordem cronológica, respeitando os prazos de validade para a utilização do produto.
Caso o tempo máximo de armazenagem, prescrito pelo fabricante, venha a ser excedido, o ma-
terial deve ser retirado do depósito, para a realização de novos ensaios de controle da qualidade e da 
uniformidade.
2.5.4 Amostragem
A amostragem dos aditivos deve ser representativa do lote, o qual vai ser controlado e ensaiado no 
momento da entrega e do recebimento do produto.
O aditivo deve manter as suas características, assim como foi apresentado durante os estudos pre-
liminares no concreto ou argamassa. Para assegurar que os lotes do aditivo posteriores sejam exatamente 
iguais à amostra de aditivo aprovada, basta compará-los por meio das amostragens dos novos lotes com 
o de referência. 
Na amostragem de aditivos líquidos, fornecidos a granel ou contentores, deve-se coletar pelo menos 
1 litro de aditivo a cada entrega. As amostras devem ser coletadas em recipientes limpos, hermeticamente 
fechados, devidamente identificados e armazenados em local isento de umidade e calor.
Para entregas a granel, recomenda-se a retirada de três subamostras em pontos distintos. A partir 
dessas subamostras, deve ser composta uma amostra final, resultando da mistura das anteriores e, desta 
forma, representando o lote recebido. No caso de contentores, recomenda-se a tomada de uma suba-
mostra de cada embalagem e a composição de uma amostra final, a partir da mistura das subamostras, 
representando assim o lote recebido.
No caso de aditivos em pó e para embalagens com volume inferior a 500 g, deve-se amostrar a 
própria embalagem. Para volumes superiores a 500 g, deve-se retirar uma amostra de 500 g. As amostras 
devem ser coletadas em recipientes limpos, hermeticamente fechados, devidamente identificados e arma-
zenados em local isento de umidade e calor.
Todas as informações relativas às amostras devem ser registradas com data de amostragem, nome 
do produto, tipo de aditivo, nome do fabricante,

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