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Impresso por Nettzo Ésoj Oztten, E-mail puer_amans@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/07/2022 10:42:08 1 CANCÃO a lua, o sol dos mendigos (estudos críticos sobre o pássaro-poeta do Pajeú) Impresso por Nettzo Ésoj Oztten, E-mail puer_amans@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/07/2022 10:42:08 2 Copyright @ 2013 Edições UERN Revisão Maria de Fátima Barbosa Mesquita Batista Capa e diagramação Gustavo Luz Ilustrações Jonas Tito C215 Cancão: a lua, o sol dos mendigos: estudos críticos sobre o pássaro- poeta do Pajeú. / Karlla Christine Araújo Souza, Lindoaldo Campos, Marcos de Camargo Von Zuben (Orgs). Mossoró: UERN, 2013. Edições UERN 182 f. ISBN: 978 85 7621 072- - - -6 1. Poesia brasileira 2. Poesia popular. 3. Literatura brasileira . - Poesia. I. Souza, . II. Karlla Christine Araújo Campos, Lindoaldo. III. Von Zuben, Marcos de Camargo. IV. Título. UERN/BC CDD B869.1 Catalogação da Publicação na Fonte. Bibliotecária: Elaine Paiva de Assunção CRB 15 / 492 Impresso por Nettzo Ésoj Oztten, E-mail puer_amans@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/07/2022 10:42:08 3 CANCÃO a lua, o sol dos mendigos (estudos críticos sobre o pássaro-poeta do Pajeú) Organização Karlla Christine Araújo Souza Lindoaldo Campos Marcos de Camargo Von Zuben Impresso por Nettzo Ésoj Oztten, E-mail puer_amans@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/07/2022 10:42:08 4 Apresentação Karlla Christine Araújo Souza Lindoaldo Campos Marcos de Camargo Von Zuben À guisa de prefácio Meca Moreno Cancão: a essência, a estrada, o elo Aroldo Ferreira Leão Cancão e Augusto dos Anjos: diálogos entre o popular e o erudito Josivaldo Custódio da Silva Cancão, poeta irreverente Lindoaldo Campos Sumário 8 14 31 45 69 Impresso por Nettzo Ésoj Oztten, E-mail puer_amans@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/07/2022 10:42:08 5 O Cantar do Pajeú: tradição e oralidade na poesia do pássaro do sertão Karlla Christine Araújo Souza Imagens do inconsciente coletivo em Falando ao Mar de João Batista de Siqueira Maria Nazareth de Lima Arrais A dinâmica do signo no poeta Cancão e o marco do Pajeú Nélson Barbosa de Araújo Cancão: estrela de primeira grandeza no universo da poesia Vera Lucia Leite Mariano Posfácio Cancão, velho pajé: a cura pela poesia Lydia Brasileira 86 104 125 155 176 Impresso por Nettzo Ésoj Oztten, E-mail puer_amans@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/07/2022 10:42:08 6 Meca Moreno Poeta, estudioso da poesia popular. Membro da União dos Cordelistas de Pernambuco – UNICORDEL e da União Brasi- leira de Escritores – UBE. Aroldo Ferreira Leão Professor da Universidade Federal do Vale do São Fran- cisco - UNIVASF. Pós-Graduado em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Possui 141 liv- ros publicados, dentre os quais o ensaio Cancão: os anjos são crianças muito sozinhas (Petrolina/PE: Copy Service, 2012), estudo crítico sobre a poesia do poeta popular João Batista de Siqueira, Cancão. Josivaldo Custódio da Silva Professor de Literatura Popular e Literatura Brasileira do curso de Letras da FFPNM (UPE). Doutor em Literatura e Cultura pelo PPGL/UFPB. Pós-Doutorando em Teoria da Lit- eratura, com ênfase em Literatura Popular pelo PPGL/UFPE, sob a supervisão do Prof. Dr. Lourival Holanda. Lindoaldo Campos Licenciado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN. Mestre em Filosofia pela Universi- dade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN. Autores Impresso por Nettzo Ésoj Oztten, E-mail puer_amans@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/07/2022 10:42:08 7 Karlla Christine Araújo Souza Doutora em Sociologia pela Universidade Federal da Par- aíba. Professora do Departamento de Ciências Sociais e Políti- cas - DCSP da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN e do mestrado em Ciências Sociais e Humanas PPG- CISH/UERN. Maria Nazareth de Lima Arrais Doutora em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal da Paraíba. Professora da Uni- versidade Federal de Campina Grande (Campus de Cajazeiras/ PB). Nélson Barbosa de Araújo Doutor em Letras pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Vera Lucia Leite Mariano Graduada em Letras pela Universidade de Pernambuco – UPE. Estudante de Psicologia na Universidade do Vale do São Francisco – UNIVASF. Lydia Brasileira Professora de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Artista plástica, poeta, pesquisadora, au- tora de Raízi gatingêras – de Ontôim e Terezinha Francisco Reis (Ca- icó/2011). Impresso por Nettzo Ésoj Oztten, E-mail puer_amans@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/07/2022 10:42:08 8 Apresentação E scudada pela portentosa Serra da Borborema, donde vinga o rio que lhe dá nome, a microrregião pernam- bucana do Vale do Pajeú é ventre e berço afamado de alguns dos maiores poetas brasileiros, como Rogaciano Leite (autor do monumental e Biu Crisanto (autor de Carne e Alma) Meu Trigal) e os repentistas Job Patriota, Antônio Marinho e os irmãos Dimas e Otacílio e Lourival Batista. E foi aí, precisamente na cidade de São José do Egito, que nasceu João Batista de Siqueira, Cancão, e onde, nos dias 27 e 28 de julho de 2012, realizou-se o evento culminante de uma extensa programação de atividades culturais implementadas em comemoração ao centenário de seu nascimento – a exem- plo do Congresso Internacional do Livro, Leitura e Literatu- ra do Sertão (Clisertão), que teve lugar em maio de 2012 em Petrolina-PE, e da 9ª Bienal Internacional do Livro, a se realizar em 2013 no Recife, em que Cancão será um dos homenagea- dos. Organizado pela Fundarpe – Fundação do Patrimônio His- tórico e Artístico de Pernambuco, através do festival Pernam- buco Nação Cultural, o evento contou com a presença de vários Impresso por Nettzo Ésoj Oztten, E-mail puer_amans@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/07/2022 10:42:08 9 artistas, estudiosos e amigos do poeta, que puderam apreciar exposições de fotos, objetos pessoais e manuscritos de Cancão, lançamentos de livros, mesas de glosa e prosa, declamações, apresentações poético-musicais e palestras. Pois bem: durante a realização do evento, a todos ficou pa- tente a necessidade de se fazer registrar e tornar público um conteúdo mínimo daquilo que efetivamente foi um dos mais belos, fecundos e prazerosos encontros artístico-literários já realizados naquelas plagas tão ricas, mas infelizmente ainda não devidamente (re)conhecidas pelo próprio povo, por nós mesmos. O presente volume é fruto deste paradoxo que é o paradoxo da própria vida do povo dali (e, de resto, de todo o sertão nor- destino), que envolve,de um lado, a pujança de arte que sangra de suas mentes férteis e se espraia pelo Rio Pajeú e, de outro lado, a carência de atitudes de registro, preservação e divulga- ção desta arte, deste mundo, que, afinal, é tudo o que temos e é tudo de que precisamos. Aqui estão registradas as palestras proferidas pelos profes- sores presentes na ocasião. O primeiro artigo de autoria de Aroldo Ferreira Leão, Professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, é ponto de partida para uma renovação das leituras acerca da obra de João Batista de Siquei- ra, Cancão. Ao citar alguns poemas do vate sertanejo, Aroldo abre às cordialidades que serão construídas ao longo do livro e expande a visão que temos do poeta, atribuindo para este os “patamares sublimes da recriação do momento”. Com lingua- gem sonora, usando de “visões viscerais”, Aroldo causa admi- ração por sugerir a magnitude do espírito de Cancão e, assim, aponta a estrada para que possamos percorrer a essência das Impresso por Nettzo Ésoj Oztten, E-mail puer_amans@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 07/07/2022 10:42:08 10 sonoridades e dos sentidos da poesia cancaniana. Aroldo Leão enseja o elo que dará enredamento aos demais artigos. Enquanto Aroldo Leão apresenta Cancão como poeta popu- lar de instrução primária, Josivaldo Custódio da Silva, Profes- sor de Literatura Popular e Literatura Brasileira da Universida- de Estadual de Pernambuco – UPE, faz uma comparação entre dois poemas de Cancão, e O Ébrio Flores do Pajeú, Idea- e o soneto lismo de Augusto dos Anjos. O autor nos convida a adentrar no campo da literatura comparada através de um diálogo que está para além das fronteiras literárias, possibilitando-nos deslum- brar o universo da criação artística. No artigo intitulado Cancão e Augusto dos Anjos: diálogos entre o popular e o erudito a noção de transversalidade está presente como leitura possível das obras dos dois poetas. Os procedimentos para a intertextualidade são os elementos estéticos e a melancolia como correlação te- mática. Na esteira da análise de Josivaldo Silva, Lindoaldo Campos, Mestre e Professor de Filosofia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, no artigo intitulado Cancão, po- eta irreverente, faz uma análise estrutural da poesia de Cancão a fim de argumentar sobre as cesuras entre a irreverência deste poeta e sua relação com a poesia popular, uma vez que não amolda o poeta como continuador dos parâmetros estéticos da cantoria. Para Lindoaldo Campos, Cancão realizou, através da palavra escrita, uma “poesia de bancada”. Afirma ainda que Cancão voejou com liberdade em relação aos paradigmas da poética popular, sendo várias suas inovações: em relação aos temas, expressou lírica confessional e introspectiva; quanto à métrica, construiu versos em quadra, quinteto, sextilha, oita- va, décima e soneto; quanto à variedade rítmica, utilizou rimas
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