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Prévia do material em texto

Edição, Paginação e Capa 
Anderson Ferreira
Alida Roque Boher
Conselho Editorial 
Alida Roque Boher
Adriano Oliveira de Paula
Valdete Guerreiro
José Edgar Amorim
Clara M. Sousa
Produtora Editorial 
Roseli Carlos Oliveira Pinto 
Diagramação 
Know-how Editoração 
Revisão Técnica 
Alida Roque Boher
Depósito Legal: M-28188-2020
BISAC: Public Tender / Commented Questions / Social Work
Copyright 2020 © Serviço Social para Concursos. Todos os direitos reservados.
Esta obra está protegida legalmente por direitos de autor, estando vedada a sua 
reprodução, no todo ou em parte, por quaisquer meios sem a prévia autorização 
por escrito do autor, do editor ou da editora. 
S417 180 Testes Comentados para Atualização profissional do Assistente So-
cial. Alida Boher. – São Paulo. 2020. Volume I
ISBN-07: 978-956-353-076-6 
ISBN-10: 490 pág.
180 testes específicos, comentados, com prévia contextualização históri-
ca pertinente a cada temática abordada. Para atualização, capacitação 
profissional e preparação em concursos no âmbito do Serviço Social.
CDD: 441.33 
CDU: 33 (033)
BOHER, Alida Roque
6 FUNDAMENTOS E SIGNIFICADO SÓCIO-HISTÓRICO DO SERVIÇO SO-
CIAL. 
AS DIMENSÕES CONSTITUTIVAS DO EXERCICIO PROFISSIONAL E DO 
PROJETO ÉTICO – POLÍTICO. 
OS CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL DE 
1947 A 1993 E A LEI DE REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO.
ASSESSORIA E CONSULTORIA: APONTAMENTOS BIBLIOGRÁFICOS.
INTERDISCIPLINARIDADE: DEMARCANDO CONCEITOS.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: ALGUMAS NOTAS 
PARA O DEBATE. 
ESTATUTO DO IDOSO E POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO. 
LEI MARIA DA PENHA – LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.
POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS.
LEGISLAÇÕES SOBRE A PESSOA COM DEFICIÊNCIA.
63
119
178
220
256
334
389
421
455
sumário
Sinônimo de resistência e de compromisso político, essa
produção estimula a reflexão teórica e político-interventiva
capaz de fortalecer o trabalho profissional, captar elementos
antes não percebidos, construir alianças com os demais
trabalhadores e voltar a acreditar em tempos jucundos.
Experiências como essas merecem nosso respeito e admiração. 
Além disso, há o inquestionável mérito de construir reflexões a 
respeito dos fundamentos do Serviço Social, das dimensões 
constitutivas do trabalho e do projeto ético político profissional, 
além de problematizações referentes à interdisciplinaridade, à 
assessoria e consultoria, à política de saúde mental, álcool e 
outras drogas, ao Estatuto da Criança e do Adolescente, do idoso, 
às Leis Maria da Penha e da pessoa com deficiência.
Não obstante, estes intelectuais, autores e organizadores deste
livro, preocupados em garantir uma produção de qualidade que
potencialize inserções com maior segurança no mercado de
trabalho profissional, mapearam após as problematizações de
cada capítulo, questões recorrentes nos principais concursos
públicos do País. Além disso, teceram comentários a respeito de
cada alternativa de resposta.
Por fim, o livro que o leitor tem em mãos merece sua leitura 
atenta e cuidadosa, capaz de germinar novas perguntas e 
contribuir para a construção de novos tempos; afinal, o tempo 
subsiste.
APRESENTAÇÃO
4
AO ELABORARMOS ESTE CAPÍTULO, pretendemos contribuir com um
importante debate para a categoria profissional e cobrado em
quase 99,9% dos concursos. Para tanto, o objetivo deste artigo é
contextualizar, a gênese do Serviço Social, bem como seu
surgimento no Brasil, analisando a sua inserção na divisão
sociotécnica do trabalho e o período de reconceituação do
Serviço Social que se constitui, então, como um movimento de
revisão profissional e como marco na história da categoria.
Para atingirmos o objetivo proposto, os autores utilizados 
foram selecionados levando em consideração a perspectiva 
histórico-crítica no que se refere à origem e à legitimação da 
profissão. Referenciamo-nos em autores como Montaño (2005; 
2009), Martinelli (1990), Netto (1999; 2002; 2007), Castro (2003), 
Estevão (1999), Faleiros (1987; 1997; 2002), Yasbek (1999; 2009), 
Iamamoto (1992; 1998; 2003), Barroco (2005), entre outros.
FUNDAMENTOS:
SIGNIFICADO SÓCIO-HISTÓRICO DO SS
6
A GÊNESE DO SERVIÇO SOCIAL
Quanto ao debate sobre a natureza e gênese da profissão de
Serviço Social, não há um consenso. O professor Carlos Montaño
(2005) apresenta duas teses opostas sobre o surgimento do
Serviço Social. A primeira tese, a endogenista, considera as bases
da profissão, assim como sua evolução e, posteriormente, a
profissionalização ligadas às formas anteriores de caridade,
ajuda e assistência.
A segunda tese, a histórico-crítica, defendida por autores como 
Iamamoto e Netto, entre outros, sustenta que a gênese da 
profissão tenha se dado nos marcos da sociedade capitalista, des-
considerando, portanto, que a profissão tenha se desenvolvido a 
partir das formas anteriores de ajuda.
A anuência existente na categoria profissional, é de que a
profissão, diante da expansão e consolidação do capitalismo
monopolista, atua na defesa dos interesses da classe dominante.
Dessa forma, como afirma Netto (2007), “(...) a constituição da
organização monopólica obedeceu a urgência de viabilizar um
objetivo primário: o acréscimo dos lucros capitalistas através do
controle dos mercados. (...) Ademais, a economia de trabalho
“vivo”, (...) subordina-se diretamente à depreciação do capital”
(NETTO, 2007, p. 20-21).
Os principais autores do Serviço Social, como Marilda Villela
Iamamoto, Raul de Carvalho, Manuel Manrique de Castro,
Vicente de Paula Faleiros, Maria Lúcia Martinelli e José Paulo
Neto, são defensores dessa tese:
A profissão deve sua existência à síntese das lutas sociais que confluem
num projeto político-econômico da classe hegemônica de manutenção do
sistema perante a necessidade de legitimá-lo em função das demandas
populares e do aumento da acumulação capitalista (MONTAÑO, 2009, p. 33-
34).
7
A propósito, a profissão de Serviço Social só pode ser con-
cebida no interior do desenvolvimento das relações capitalistas 
de produção. Seu entendimento perpassa a compreensão das fun-
ções do Estado e das lutas de classes sociais que se organizam em 
torno da lógica capitalista de acumulação.
Lembramos que a existência da força de trabalho como 
mercadoria e como condição subjetiva da produção é a condição 
histórica para o surgimento do capital. Quando o trabalhador 
não dispõe dos meios de produção, não lhe resta alternativa 
senão vender sua força de trabalho em troca dos meios neces-
sários para a sua subsistência. Desta forma, o trabalhador tra-
balha sob o controle do capitalista e recebe a título de salário pela 
venda da sua força de trabalho, ou seja, a força de trabalho é 
consumida pelo capitalista. É esta mesma força de trabalho que 
reproduz o capital, a classe capitalista e as condições de sua 
dominação.
O processo de produção capitalista é também processo de 
relações sociais entre classes, visto que o capital e o trabalho assa-
lariado se criam no mesmo processo. Para possibilitar condições 
necessárias à sua reprodução, o capital passa a articular estra-
tégias de manipulação da classe trabalhadora por meio de me-
canismos de intervenção que propiciam a sua ampliação. A classe 
dominante tem, então, como instrumento de exercício de seu 
poder em relação à sociedade, o Estado.
Diante disso, cabe refletir que a classe trabalhadora começa a 
reivindicar melhores condições de vida e a se organizar em mo-
vimentos contra o Estado. A esse respeito Castro, deixa claro que, 
“as lutas operárias nos anos de 1917 e 1920, que ocorram sob a 
direção dos anarquistas, ‘expressavam o protesto proletariado 
numa situação de queda da expansão industrial em relação aos 
anos de guerra’. No entanto, os movimentos eram fortemente 
reprimidos pelo Estado” (CASTRO, 2003, p. 101).
Na sequência, a crise que se alastra a partir de fins do século
8
Na sequência, a crise que se alastra a partir de fins do século 
XIX e que se estende até 1929 resulta em revolta dos tra-
balhadorescom a situação de conflito gerada pelas consequências 
da crise. O crescente desemprego, as condições precárias de tra-
balho e os baixos salários provocam a insatisfação da classe tra-
balhadora e geram lutas em defesa de direitos civis, políticos e 
sociais. Nesse contexto, a questão social se torna objeto de in-
tervenção do Estado, e as políticas sociais surgem como mediação 
entre estes. A princípio, tais políticas buscavam atender, em par-
te, às reivindicações dos trabalhadores, mas seu objetivo maior 
era assegurar condições favoráveis ao desenvolvimento do capi-
talismo, ou seja, tratavam-se de instrumentos de legitimação e 
consolidação da hegemonia capitalista. De acordo com Montaño,
Essas políticas sociais (fundamentalmente estatais, mas também
empresariais) se constituem em instrumentos privilegiados de redução de
conflitos, já que contêm conquistas populares, sendo que estas travestidas
de concessões do Estado e ou da empresa. Tudo indica que a preservação
dessas políticas sociais e a incorporação dos sujeitos a elas é um resultado
de uma espécie de acordo, de “pacto social”: o Estado concede esses
benefícios à população carenciada em troca de que esta última aceite a
legitimidade do primeiro (MONTAÑO, 2009, p. 41).
Damos ênfase que para o desenvolvimento dessas políticas, 
eram necessários profissionais que as elaborassem e profissio-
nais que as implementassem. É desta forma que, segundo Monta-
ño (2009), o Serviço Social surge como profissão cuja função é a 
execução de tais políticas e que tem como campo de trabalho 
privilegiado o Estado.
Salienta Castro (2003) que a origem do Serviço Social está
relacionada à estratégia da Igreja de se adequar às mudanças
econômicas e políticas pelas quais passava o país. De acordo com
o autor, o Serviço Social surge, no Brasil, “(...) como resposta à
questão social e, em particular, à presença do movimento
9
operário e popular, estimulado por contingentes que desen-
volviam uma atividade prática de apostolado católico, prove-
nientes das classes das classes dominantes” (CASTRO, 2003, p. 109).
Na obtenção de seu objetivo, a Igreja utilizou-se de aparatos
organizativos, como a Ação Universitária Católica, o Instituto de
Estudos Superiores, a Associação de Bibliotecas Católicas, os
círculos operários, a Confederação Nacional de Operários, a Liga
Eleitoral Católica e a Ação Católica.
O Serviço Social, no Brasil, surge por volta dos primeiros anos
da década de 1930, tendo o seu início marcado pela criação, em
São Paulo, do Centro de Estudos e Ação Social – CEAS – e, nesse
centro, a realização do primeiro Curso Intensivo de Formação
Social para Moças. Jovens católicas, pertencentes às famílias da
burguesia paulista, compunham a clientela desse primeiro curso
que se orientava para a difusão da doutrina social da Igreja.
Essas ações fazem parte da grande estratégia de mobilização
articulada pela Igreja, com o objetivo maior de recuperar sua
influência e seus privilégios.
10
O SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO: A SUA INSTITUCIONALIZAÇÃO E 
RECONCEITUAÇÃO
Como vimos, com a tensão diante da preocupação com os
movimentos operários e a busca de estratégias para contê-los,
surge, em 1930, o Serviço Social no Brasil, como uma estratégia
da burguesia, junto à Igreja e ao Estado, para atuar em favor da
harmonia social. Segundo Castro, a formação de escolas católicas
no Brasil
[...] resultou da reativação do movimento católico para renovar e reinserir a
presença da Igreja nos novos blocos de poder, mediante a preparação da
sua diferenciada militância a fim de responder adequadamente a uma
estratégia de ação doutrinária exercendo um trabalho social de evidentes
efeitos políticos (CASTRO, 2003, p. 103).
O surgimento do Serviço Social, segundo Iamamoto e Carvalho 
(2005), encontrava-se ligado diretamente às intensas transfor-
mações econômicas e sociais pelo qual a sociedade brasileira 
atravessava e aos grupos, instituições e classes que interagiam 
com essa transformação, desenvolvendo-se no seio do bloco 
católico, no momento em que a Igreja tenta recuperar e defender 
seus privilégios e interesses, a partir de uma nova reordenação 
interna através de uma militância ativa, formando agentes sociais 
especializados a partir de sua base social, doutrina e ideologia.
O Serviço Social no Brasil, de início, mantinha algumas
características e recebia influência do Serviço Social europeu,
entre os quais o belga e o francês, tendo também sua identidade
atribuída pela classe dominante que objetivava o controle social.
Ao longo dos anos de 1930 e 1940, segundo Yasbek (2006), os
profissionais do Serviço Social mantinham uma prática
profissional que promovia o conservadorismo das relações
11
sociais, sendo essas relações com uma nova roupagem, visando
ao ajustamento político e ideológico da classe trabalhadora à
lógica capitalista.
A partir da década de 1940, segundo Iamamoto e Carvalho 
(2005), a economia nacional brasileira, devido a vários fatores, 
sobressai-se no cenário internacional, havendo o aprofunda-
mento da industrialização. Engrena-se a ideologia desenvolvi-
mentista, em que se tem como foco as condições favoráveis para a 
expansão econômica. Em decorrência desses fatos, tem-se uma 
maior aproximação do Brasil com os Estados Unidos, em que o 
Brasil passa a receber forte influência americana.
A influência recebida dos Estados Unidos abrange também o 
Serviço Social, que deixa de receber influência europeia e passa a 
ser influenciado pelo Serviço Social americano, que referencia 
uma práxis profissional baseada no pragmatismo das ações 
desenvolvidas, valorizando as técnicas dentro de um viés fun-
cionalista/positivista. A intervenção profissional baseava-se nos 
casos individuais e, posteriormente, em grupos e comunidade. 
Essa metodologia pautava-se nas teorias de Mary Richmond.
Neste período, a formação profissional do assistente social, no
Brasil, centrou-se na valorização do método, destacando-se à
instrumentalização técnica, deslocando-se o eixo teórico de
influência neotomista para os pressupostos funcionalistas da
Sociologia. A penetração dos ideais norte-americanos no Serviço
Social brasileiro permitiu a entrada do fortalecimento e do ideal
capitalista, em que se procurou, através do aperfeiçoamento
técnico da profissão, preparar o assistente social como mão de
obra capaz de executar programas sociais viabilizadores de
soluções necessárias à efetivação do modelo desenvolvimentista
assumido no Brasil, e, para isso, era necessário viabilizar a
12
participação do povo nesse projeto para evitar as tensões
resultantes das contradições da política desenvolvimentista:
O Estado passa a ser num certo lapso de tempo, uma das molas propulsoras
e incentivadoras desse tipo de qualificação técnica, ampliando seu campo
de trabalho conforme estratégias estabelecidas pelos setores dominantes
para o enfrentamento da questão social, consolidadas em medidas de
política social. (IAMAMOTO, 2000, p. 83).
Na década 1960, tem-se o afloramento de discussões sobre a 
prática profissional do Serviço Social por alguns assistentes 
sociais em que esses profissionais adotam uma nova postura 
política fundamentada na Teoria Marxista, questionando a 
necessidade de uma práxis profissional, além de coerente com a 
realidade social brasileira, voltada, também, para a defesa dos 
interesses das classes menos favorecidas, referendando, portan-
to, a necessidade de romper com as práticas conservadoras, 
alienadas e caritativas, desenvolvidas nas atuações profissionais. 
Nesse período, tem-se, também, a abertura de mais campos de 
atuação para os assistentes sociais e a apropriação de novas 
técnicas e metodologias de intervenção por estes. Na segunda 
metade da década 1960, quando emergem as discussões sobre a 
prática profissional do Serviço Social, tem início o Movimento de 
Reconceituação.
Entendida sob o ponto de vista de questionamentos aos valores e costumes
tradicionais, a década de 60 é considerada uma época “revolucionária”,
especialmente por sua potencialidadede ruptura ideológica com
instituições, papéis sociais e princípios historicamente vinculados a
moralização dos costumes: a família, o papel “feminino”, a tradição
(BARROCO, 2005, p. 100).
Dessa forma, o Movimento de Reconceituação foi um processo
de revisão global, que ocorreu em diferentes níveis: teórico,
metodológico, operativo e político. Trata-se de um momento em
que a própria profissão se põe como objeto de pesquisa, ou seja, a
13
ênfase da análise está na crítica do próprio Serviço Social que se
investiga e se questiona.
Esses questionamentos, para Netto (2002), são resultados do
processo de erosão do Serviço Social provocado pela instauração
da autocracia burguesa. Segundo o autor, são três os elementos
relevantes para detectar a erosão do Serviço Social tradicional: “a
dissincronia com as solicitações contemporâneas, a insuficiência
da formação profissional e a subalternidade executiva” (NETTO,
2002, p. 139). Tais elementos estiveram presentes nas discussões
do II Congresso Brasileiro de Serviço Social, realizado no Rio de
Janeiro.
O reconhecimento de que o Serviço Social deveria se
sintonizar com as solicitações da sociedade, que se encontrava
em fase de mudança para não correr o risco de ter exercício
relegado a um segundo plano, levantava a necessidade de
aperfeiçoar o aparelhamento conceitual da profissão para elevar
o padrão dos profissionais. Além disso, reivindicavam-se funções
não apenas executivas na programação e implementação de
projetos de desenvolvimento.
É nesse sentido que Netto visualiza, no início da década de
1960, um movimento de “desprestígio do Serviço Social
‘tradicional’ e de valorização do que parecia transcendê-lo no
próprio terreno profissional” (NETTO, 2002, p. 140). Pode-se
afirmar, então, que o Movimento de Reconceituação, que ocorreu
na América Latina, foi expressão desse processo de erosão da
legitimidade do Serviço Social.
De acordo com Netto, a “reconceituação está intimamente
vinculada ao circuito sociopolítico latino-americano da década de
1960”, e sua questão central é a funcionalidade profissional na
superação do subdesenvolvimento” (NETTO, 2002, p. 146). Dessa
forma, indagava-se sobre o papel dos assistentes sociais diante
das manifestações da questão social, sobre a adequação dos
14
procedimentos profissionais, a eficácia das ações e a legitimidade
das representações profissionais.
No Brasil, o processo de renovação da profissão constitui-se de
três direções principais.
A primeira direção é denominada de Perspectiva Moder-
nizadora, fruto dos Seminários de Araxá, ocorrido entre os dias 
19 a 26 de março de 1967, e Teresópolis, que ocorreu entre os dias 
10 a 17 de janeiro de 1970. Nesta perspectiva, o Serviço Social 
baseou-se no funcionalismo, que procura instrumentos e técnicas 
para atender às demandas postas pelo sistema capitalista, 
inclusive sem questioná-lo e tampouco o período ditatorial 
brasileiro – antes ao contrário –, com vistas a fortalecer e 
impulsionar seu desenvolvimento.
O conteúdo desse seminário possuía um prisma voltado à
adequação da sociedade aos moldes da aristocracia burguesa,
sendo perceptíveis as influências de cunho funcionalista, apesar
do clima ostensivo de mudanças almejadas tanto pelas classes
subalternas quanto pelos profissionais.
Netto (2006) ainda lembra que o Seminário de Araxá resultou
no Documento de Araxá, o qual estabelecia que o Serviço Social
como prática institucionalizada caracteriza-se pela ação junto a
indivíduos com desajustamentos familiares e sociais,
desajustamentos muitas vezes decorrentes de estruturas sociais
inadequadas. O Documento de Araxá, por sua vez, apresentou
distinção formal e dinâmica distinta do Documento de
Teresópolis (documento resultante do Seminário de Teresópolis),
o qual pregava que a perspectiva modernizadora se afirma não
apenas como percepção profissional geral, mas sobretudo como
pauta preventiva.
Com efeito, o objetivo era examinar o Serviço Social como se
apresentava no momento, ou seja, teorizá-lo face à realidade
brasileira, estabelecendo um ponto de partida para estudos
posteriores.
15
Após as concepções registradas nos Documentos de Araxá e 
Teresópolis, outra direção identificada no processo de renovação 
da área em questão, e citada por Silva e Silva (2006), pode ser 
verificada no terceiro e quarto seminários de teorização da 
profissão, com colóquios realizados no Rio de Janeiro, deno-
minados documentos de Sumaré, que ocorreu na arquidiocese 
carioca, em 1978 e o documento Alto da Boa Vista, que ocorreu no 
colégio Coração Eucarístico, no ano de 1984.
Esta perspectiva é identificada por uma nova formulação de
que se utiliza para legitimar a profissão, ou seja, ela pretende
dotar a profissão de instrumentos capazes de responder às
demandas, referindo-se às concepções tradicionais com o
objetivo de subordiná-las aos seus vieses modernos. No entanto,
a hegemonia desta perspectiva é posta em questão em meados da
década de 1970, dando espaço para a Reatualização do
Conservadorismo.
Então, a segunda vertente do Movimento de Reconceituação,
analisada por Netto, foi a Reatualização do Conservadorismo,
cujos seminários foram o de Sumaré, de 24 a 30 de novembro de
1978, no Rio de Janeiro, e o Seminário do Alto da Boa Vista, no
Colégio Coração de Jesus, em 1984, no Rio de Janeiro. Os
seminários citados tinham como temáticas a Cientificidade do
Serviço Social, e o debate da inserção da Fenomenologia, e da
Dialética. Segundo Netto,
Trata-se de uma vertente que recupera os componentes mais estratificados
da herança histórica e conservadora da profissão [...] e os repõe sobre uma
base teórico-metodológica que se reclama nova, repudiando,
simultaneamente, os padrões mais nitidamente vinculados à tradição
positivista e às referências conectadas ao pensamento crítico-dialético, de
raiz marxiana (NETTO, 2002, p. 157).
Destaca-se que foram estudadas as correntes filosóficas e
houve uma busca incessante da cientificidade para a disciplina.
16
NETTO (2006) reitera que:
Apreciada com distanciamento, a expectativa profissional não se revelou
inteiramente fundada: a polarização ideal da perspectiva modernizadora
decrescera a ponto de não se expressar ponderavelmente em qualquer dos
dois seminários. A documentação do Sumaré e do Alto da Boa Vista está
para o deslocamento da perspectiva modernizadora assim como estão, para
seu momento ascendente, os documentos de Araxá e Teresópolis. No
tocante, à dimensão ideopolítica, a expectativa também não se comprovou
cabalmente: nos dois seminários, notadamente no do Alto da Boa Vista, é
perceptível um movimento de abertura a referências distintas do caldo
conservador (NETTO, 2006, p. 195).
Além disso, nesses dois colóquios cariocas foram realizados 
estudos em grupo sobre os diversos temas que demandava a 
sociedade, o que engrenou novos posicionamentos frente às prá-
ticas teórico-metodológicas do fazer profissional. Essa nova 
concepção frente ao tradicionalismo do Serviço Social engen-
drou, também no seio da profissão, um caráter dinâmico e 
bastante fluído na prática profissional; muitas vertentes de 
pensamento foram instituídas na profissão.
No âmbito da reconceituação, a última vertente, que dá início
ao projeto político do Serviço Social, é denominada por Netto
(2002) de Intenção de Ruptura e é expressa através do Método
BH, elaborado pelos professores e acadêmicos da Pontifícia
Universidade Católica de Belo Horizonte no início da década de
1970. Nesse cenário, atua a interlocução com o marxismo e a
metodologia da dialética, que tinha como partes fundamentais a
tese, enquanto teoria primária; a antítese, realidade na qual se
intervém; e a síntese, nova tese fruto da relação da tese com a
antítese.
O professor Netto (2006) afirma que o Método BH foi além da
crítica ideológica, da denúncia epistemológica e metodológica e
da recusa das práticas próprias do tradicionalismo, “(...)
ultrapassando um projeto profissional para a formação dos
17
quadros técnicos e para a intervenção do Serviço Social” (NETTO,2006, p. 276).
O mesmo autor ainda diz que o trabalho dos professores da
PUC de Belo Horizonte consiste em elaborar uma crítica do
tradicionalismo, formulando o que denomina Serviço Social
Tradicional e o que considera inadequado à realidade latino-
americana. Recobre-se, assim, toda a concepção tradicional,
articulando uma nova proposta profissional.
Ressaltamos que, além da contribuição do Método BH como
uma alternativa global ao tradicionalismo, a reflexão de Marilda
Villela Iamamoto foi fundamental para construção da Intenção
de Ruptura, contando para isso com influência marxiana para
consolidar teórica e criticamente esse projeto de ruptura. Essa
perspectiva fazia repercussão para além dos muros da academia.
Era nítido o confronto com a ordem burguesa nos planos teórico-
cultural, profissional e político, sendo visível o seu aspecto
contraditório com a ordem capitalista vigente. De acordo com
Silva e Silva (2006),
É legítimo observar que a intenção de ruptura projetava uma crítica às
perspectivas modernizadoras e de reatualização do conservadorismo
funcionalista, o qual tinha como substratos diversas concepções teóricas e
práticas como o próprio sistema ditatorial recusava e desejava superar. No
âmbito acadêmico, a inserção dos cursos de Serviço Social contribuiu de
forma decisiva para o processo de renovação da profissão. Sua gênese pode
ser verificada nos vetores de crise no final dos anos 50 e moldava-se tanto
na esfera estatal quanto privada, sendo crucial um relevante e qualitativo
trabalho teórico-metodológico (SILVA E SILVA, 2006, p. 35).
O espaço universitário, por assim dizer, constitui-se num
espaço de interação e pesquisa, por meio do qual os profissionais
passaram a dedicar seu trabalho, tornando possível a realização
de experiências piloto, procurando exercer uma relação prático-
operativa com a população. À medida que se adentrava os anos
18
1980, a própria evolução nos processos políticos do país
engendrou ressonância favorável ao processo de ruptura.
A relevância do estudo desse processo está na importância do
entendimento das representações do Serviço Social no Brasil ao
longo de sua história enquanto profissão, fato que permite
identificar também as grandes forças que tensionam e
dinamizam a sociedade brasileira. Dessa forma, a renovação do
Serviço Social no país possibilitou a formação de um quadro
profissional mais atento à realidade sociopolítica da sociedade,
através do conhecimento das principais tendências que
articulam as classes sociais no enfrentamento das manifestações
da questão social. Constitui-se, então, como um movimento de
revisão profissional e como marco na história da categoria.
Questões de Concursos
EBSERH/HRL – UFS – AOCP – 2017
1. Qual perspectiva teórico-metodológica se restringe à visão
de teoria ao âmbito do verificável, da experimentação, da
fragmentação e não aponta para mudanças, senão dentro da
ordem estabelecida?
(A) Neotomista.
(B) Positivista.
(C) Marxista.
(D) Estruturalista.
(E) Fenomenológica.
TRF 2ª – CONSULPLAN – 2017
O significado do Serviço Social, na perspectiva crítica,
somente pode ser apreendido no processo de produção e
2.
19
reprodução das relações sociais na sociedade capitalista.
Segundo esta perspectiva, analise as afirmativas a seguir.
I. A dimensão contraditória das demandas e requisições sociais
que se apresentam à profissão é expressão do movimento do
capital.
II. O exercício profissional do assistente social é necessariamente
polarizado pela trama das relações e interesses sociais vigentes
na sociedade.
III. A reprodução das relações sociais na sociedade capitalista é
tão somente à reprodução da força viva do trabalho e dos meios
materiais de produção.
IV. A particularidade do Serviço Social na divisão social e técnica
do trabalho coletivo se encontra vinculada às configurações
estruturais e conjunturais da questão social e as formas
históricas de seu enfrentamento.
Estão corretas apenas as afirmativas
A) I e II. B) II e III. C) II e IV. D) I e III.
TRF 2ª – CONSULPLAN – 2017
Acerca dos fundamentos históricos, teórico-metodológicos,
ético-políticos e técnico-operativos do Serviço Social no
Brasil, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as
falsas.
( ) A interlocução com os problemas e as polêmicas no conjunto
das ciências sociais é um traço do processo de renovação do
Serviço Social brasileiro.
( ) As bases da laicização do Serviço Social encontram-se nas
condições novas postas à formação profissional pela autocracia
burguesa. Neste período instauram-se as condições para a
renovação do Serviço Social.
( ) O pluralismo profissional, radicado nos procedimentos
diferentes que embasam a prática e a validação teórica, bem
3.
20
como nas matrizes teóricas a que elas se prendem é um traço que
se instaura no Serviço Social brasileiro com o projeto ético-
político hegemônico na contemporaneidade.
( ) Até a primeira metade da década de 1950, o Serviço Social
brasileiro não apresentava polêmicas de relevo, mostrava uma
relativa homogeneidade nas suas projeções interventivas
fundamentadas no arranjo teórico constituído pelo neotomismo,
pela doutrina social da igreja católica e pelo funcionalismo.
A sequência está correta em
A) V, V, F, F.
B) V, F, V, F.
C) F, V, F, F.
D) F, F, V, V.
ELETROBRÁS – EXATUS – 2016
Segundo Netto (2011) três vertentes se fizeram presentes
no processo de renovação do Serviço Social no Brasil e
instauraram o ecletismo ou o pluralismo profissional: a
tendência modernizadora, a reatualização do
conservadorismo e a intenção de ruptura. Sobre elas,
marque V (Verdadeiro) ou F (Falso) para as afirmativas que
se seguem:
( ) A vertente modernizadora teve hegemonia até os anos 1970,
iniciando-se no Seminário de Araxá em 1967 e se consolidando
no Seminário de Teresópolis em 1970. Buscou modernizar o
Serviço Social a partir da mesma razão instrumental vigente na
profissão (neopositivismo), com isso, faz a revisão de métodos e
técnicas para adequar-se às novas exigências postas pelo
contexto. O Serviço Social é tido como elemento dinamizador e
integrador do processo de desenvolvimento.
( ) A perspectiva de intenção de ruptura remeteu a profissão à
consciência de sua inserção na sociedade de classes, gerou um
4.
21
inconformismo tanto em relação à fundamentação teórica
quanto à prática, fazendo emergir momentos de debates e
questionamentos que se estendem não exclusivamente ao que
ocorre dentro da profissão, mas principalmente sobre as
mudanças políticas, econômicas, culturais e sociais que a
sociedade da época enfrentava, consequência do
desenvolvimento do capitalismo mundial que impôs à América
Latina seu modelo de dominação, da exploração e da exclusão.
( ) A vertente modernizadora se apresentou como um método de
ajuda psicossocial fundado na valorização do diálogo e do
relacionamento; com isso, reatualiza a forma mais tradicional de
atuação profissional: a perspectiva psicologizante da origem da
profissão. O marco referencial teórico dessa metodologia é
constituído por três grandes conceitos: diálogo, pessoa e
transformação social.
( ) A vertente da reatualização do conservadorismo (ou
fenomenológica) buscou desenvolver procedimentos
diferenciados para a ação profissional, a partir do que seus
teóricos conceberam como referencial fenomenológico. Esta
vertente recupera o que há de mais conservador na herança
profissional, com um enfoque psicologizante das relações sociais
e distante do verdadeiro legado fenomenológico de Husserl.
Marque, de cima para baixo, a alternativa CORRETA:
a) V, V, F, V.
b) F, F, F, F.
c) V, V, V, V.
d) F, F, V, F.
IPSMI – Pref. Itaquaquecetuba/SP – VUNESP – 2016
5. O processo de legitimação do Serviço Social surge com o
desenvolvimento das grandes entidades assistenciais no
Brasil. A vinculação institucional altera a chamada clientela
22
do Serviço Social, cujo âmbito de atuação passa a ser os
grandes segmentos do proletariado. O Serviço Social em
instituições deixa de ser um mecanismo de distribuição da
caridade privada para se transformar em umadas
engrenagens de execução das políticas sociais do Estado e dos
setores empresariais. Sendo assim, o fundamento do
processo de institucionalização do Serviço Social como
profissão, na sociedade brasileira, é a
(A) violação de direitos.
(B) estigmatização da pobreza.
(C) questão social.
(D) redistribuição da renda.
(E) ascensão dos trabalhadores.
IPSMI – Pref. Itaquaquecetuba/SP – VUNESP – 2016
6. O Serviço Social em sua origem fundamentou-se
teoricamente nos pressupostos da doutrina social da Igreja.
Foi com o Movimento de Reconceituação, a partir dos anos
1960, que se viabilizou a crítica ao conservadorismo e a busca
de ruptura do compromisso social, histórico do Serviço
Social, estabelecido com os interesses
(A) do capital humano associado ao financeiro.
(B) da classe trabalhadora.
(C) presentes nas ações em rede.
(D) contidos na teoria da libertação.
(E) da ordem burguesa.
Prefeitura Municipal de Mandaguari/PR – FAUEL – 2015
7. Nos anos 1990, no âmbito do Serviço Social, se verifica:
a. um movimento de renovação na profissão, que se expressa em
termos tanto da reatualização do tradicionalismo profissional,
quanto de uma busca de ruptura com o conservadorismo.
23
b. o crescimento do questionamento da perspectiva técnico-
burocrática, por ser esta considerada como instrumento de
dominação de classe, a serviço dos interesses capitalistas.
Inaugura-se o debate da ética no Serviço Social, buscando-se
romper com a ética da neutralidade e com o tradicionalismo
filosófico fundado na ética neotomista e no humanismo cristão.
c. a laicização do Serviço Social que passa a incorporar nos seus
quadros segmentos dos setores subalternizados da sociedade.
Estabelece interlocução com as Ciências Sociais e se aproxima
dos movimentos “de esquerda”, sobretudo do sindicalismo
combativo e classista que se revigora nesse contexto.
Profissionais ampliam sua atuação para as áreas de pesquisa,
administração, planejamento, acompanhamento e avaliação de
programas sociais, além das atividades de execução e
desenvolvimento de ações de assessoria aos setores populares.
d. os efeitos do neoliberalismo, da flexibilização da economia e
reestruturação no mundo do trabalho, da redução do Estado e da
retração dos direitos sociais. O Serviço Social amplia os campos
de atuação, passando a atuar no chamado terceiro setor, nos
conselhos de direitos e ocupa funções de assessoria entre outros.
Prefeitura Municipal de Mandaguari/PR – FAUEL – 2015
8. “[...] se constitui num instrumento fundamental na
formação da análise crítica e da capacidade interventiva,
propositiva e investigativa do(a) estudante, que precisa
apreender os elementos concretos que constituem a
realidade social capitalista e suas contradições, de modo a
intervir, posteriormente como profissional, nas diferentes
expressões da questão social, que vem se agravando diante
do movimento mais recente de colapso mundial da economia,
em sua fase financeira, e de desregulamentação do trabalho
24
e dos direitos sociais” (ABEPSS, 2009, p. 11). A citação acima
se refere:
a. ao estágio supervisionado em Serviço Social.
b. ao trabalho de conclusão de curso.
c. às disciplinas técnico-operativas do Serviço Social.
d. às disciplinas teórico-metodológicos do Serviço Social.
Prefeitura Municipal de Várzea da Palma/MG – COTEC – 2015
9. Netto, em seu livro “Ditadura e Serviço Social”, afirma que
a perspectiva da intenção de ruptura desenvolveu a sua
politização, sempre em confronto com a ditadura, em certos
momentos caiu para a partidarização e em posturas de
evidente estreiteza. Assinale a alternativa que corresponde aos
momentos constitutivos da perspectiva da intenção de ruptura.
a. Modernização conservadora e reatualização do
conservadorismo.
b. Político, histórico e dialético.
c. Funcionalismo e tradição marxista.
d. Emersão, consolidação acadêmica e espraiamento sobre a
categoria profissional.
Serviço Social Autônomo do Hospital Metropolitano Doutor Célio de
Castro/MG – IBFC – 2015
10. Iamamoto (2001, p. 57 a71) faz uma série de colocações
sobre os fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do
Serviço Social. Embasado no pensamento da autora, julgue os
itens abaixo:
I. A compreensão dos fundamentos históricos, teóricos e
metodológicos do Serviço Social parte da premissa que a
profissão é socialmente determinada na história da sociedade
brasileira.
II. Analisar o Serviço Social supõe abordar, simultaneamente, os
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II. Analisar o Serviço Social supõe abordar, simultaneamente, os
modos de atuar e de pensar que foram por seus agentes
incorporados.
III. As políticas sociais devem ser o elemento privilegiado para se
pensar a fundação do Serviço Social na sociedade.
IV. A evolução das formas de ajuda é o único conhecimento
necessário ao entendimento da fundação do Serviço Social
enquanto profissão socialmente necessária.
Correspondem ao disposto por Iamamoto (2001, p. 57 a71) às
afirmativas:
a. I e IV.
b. III e IV.
c. I e II.
d. II e III.
Prefeitura Municipal de Cubatão/SP – VUNESP – 2015
11. Existem duas teses, claramente opostas, sobre a gênese do
Serviço Social. [...] A perspectiva endogenista: a primeira das
teses sustenta a origem do Serviço Social na evolução,
organização e profissionalização das formas “anteriores” de
ajuda, da caridade e da filantropia, vinculadas agora à
intervenção na “questão social”. [...] A perspectiva histórico-
crítica: [surge uma segunda tese que] entende o surgimento
da profissão do Assistente Social como um produto da síntese
dos projetos político-econômicos que operam no
desenvolvimento histórico [...] quando, no contexto do
capitalismo na sua idade monopolista, o Estado toma para si
as respostas à “questão social”. MONTAÑO, Carlos. A
natureza do Serviço Social. S. Paulo: Cortez, 2007, p. 19-20 e 30
(Adaptado). Analise as afirmações a seguir, levando em
consideração o texto acima.
I – Há consenso, na bibliografia profissional, sobre a gênese do
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I – Há consenso, na bibliografia profissional, sobre a gênese do
Serviço Social como profissão.
II – A primeira tese privilegia a dinâmica interna das
protoformas do Serviço Social para explicar a sua evolução.
III – Na segunda tese, ganham destaque as conexões genéticas do
Serviço Social com o desenvolvimento econômico.
IV – Em ambas as teses, o Serviço Social está, mesmo que
diversamente, vinculado à questão social.
V – A oposição entre as duas teses tem por base a negação do
enfrentamento da questão social.
São consistentes com o texto as afirmações:
a. I e IV, apenas.
b. I, III e V, apenas.
c. II, III e IV, apenas.
d. II, IV e V, apenas.
e. I, II, III, IV e V.
Prefeitura Municipal de Cubatão/SP – VUNESP – 2015
12. Para os assistentes sociais, o processo de construção da
hegemonia dos novos referenciais teórico-metodológicos e
interventivos, a partir da tradição _____________ ocorre em um
amplo debate em diferentes fóruns de natureza acadêmica
e/ou investigativa, além de permear a produção intelectual
da área. Trata-se de um debate _________, que implica a
convivência e o diálogo de diferentes tendências, mas que
supõe uma direção ___________.
As lacunas do texto devem ser, CORRETA e respectivamente,
preenchidas com:
a. dialógica … conceitual … harmônica
b. althusseriana … geral … totalitária
c. weberiana … recente … possível
d. marxista … plural … hegemônica
27
e. comtiana … único … simplista
Tribunal de Justiça/PA – VUNESP – 2014
13. Apesar de toda a complexidade que envolve o estudo dos
valores do Serviço Social, esse tema é de suma importância.
A existência dessa dimensão filosófica determina maior
consistência à prática profissional do Serviço Social já que
possibilita ao assistente social, no nível teórico, questionar o
valor do mundo e, no nível da prática, agir com
responsabilidade em relação a esse mundo. Essa dimensão
filosófica, em última instância, implica respeito à dignidade
humana e à capacidade de autodeterminação do homem,
derivando, destas, outras normas referentes à atitude
profissional frente ao homem, aos grupos e à sociedade. O
enunciado explicitauma determinada linha teórica,
fundamentada na perspectiva
a. humanista.
b. funcionalista.
c. socialista.
d. fenomenológica.
e. estruturalista.
Câmara Municipal de Recife/PE – FGV – 2014
14. De acordo com Netto (2008): “É elemento constitutivo da
renovação do Serviço Social a emergência, notadamente a
partir de meados da década de setenta, de (...) um
significativo debate teórico-metodológico”. As direções
tomadas por essa renovação e suas respectivas vinculações
teórico-metodológica, foram:
a. reformismo conservador/estruturalismo; perspectiva
modernizadora/ecletismo; e vertente
reconceituadora/modernismo.
28
b. tendência inovadora/positivismo; corrente
politicista/pragmatismo; e perspectiva ampliada/dialética.
c. vertente desenvolvimentista/ecletismo; intenção de
ruptura/materialismo dialético; e ruptura conclusa/pluralismo.
d. perspectiva modernizadora/estrutural-funcionalismo;
reatualização do conservadorismo/fenomenologia; e intenção de
ruptura/tradição marxista.
e. concepção tradicionalista/historicismo;
neodesenvolvimentismo/teologia; e perspectiva
emancipadora/epistemologia
Câmara Municipal de Recife/PE – FGV – 2014
15. Ao analisar a produção teórica brasileira sobre os
fundamentos do trabalho do assistente social, Iamamoto
(2008) recorre a vários autores, imputando a cada um uma
tese.
Correlacione cada autor à sua tese: A sequência CORRETA é:
A) Vicente de Paula Faleiros ( ) identidade alienada
B) Maria Lúcia Martinelli ( ) proteção social
C) Suely Gomes Costa ( ) correlação de forças
a. A – B – C;
b. C – A – B;
c. B – C – A;
d. C – B – A;
e. B – A – C.
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – VUNESP – 2013
16. O Serviço Social é compreendido como especialização do
29
16. O Serviço Social é compreendido como especialização do
trabalho coletivo, e sua prática, como concretização de um
processo de trabalho que tem como objetivo o enfrentamento
das inúmeras expressões da questão social. Essa
compreensão lhe dá um caráter dinâmico, permitindo pensar
o serviço social como uma profissão histórica, instituinte,
uma construção social, uma vez que a profissão se
transforma ao se transformarem as condições em que se dá o
seu engendramento histórico. Nesta perspectiva, o sentido e
a direcionalidade da ação profissional demandam um
movimento permanente de:
a. definição de alianças estratégicas que lhe deem sustentação.
b. busca de aportes teóricos que o justifiquem.
c. afirmação de conteúdos e propósitos pré-estabelecidos.
d. compromisso explícito com a ordem estabelecida.
e. construção/reconstrução crítica.
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – VUNESP – 2013
17. A segunda metade dos anos 1960 marca, na maioria dos
países em que o Serviço Social já se institucionalizara como
profissão, uma conjuntura de profunda erosão das suas
práticas tradicionais. A transição da década de 1960 para
1970 foi, de fato, assinalada por uma forte crítica ao que se
pode designar como um Serviço Social tradicional,
caracterizado por prática empirista, reiterativa, paliativa e
burocratizada, orientada por uma ética
a. emancipatória.
b. liberal-burguesa.
c. democrática.
d. vinculada a luta de classes.
e. totalitária.
30
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – VUNESP – 2013
18. Na América latina, o Serviço Social foi influenciado,
principalmente, a partir da segunda metade da década de
1940, pelo Serviço Social norte-americano. Em relação à
sistematização de Serviço Social de Grupo então proposto,
estudiosos do tema destacam que esse padrão de atuação
passou de um caráter paliativo, paternalista e
assistencialista para o preventivo e o promocional. Tais
mudanças inseriam-se na necessidade de integrar o Serviço
Social no processo de desenvolvimento, assegurando a
participação ativa dos diversos grupos para que o homem
fosse o agente e o sujeito desse desenvolvimento. Assim, o
Serviço Social de Grupo responderia à questão de como
integrar as massas ao desenvolvimento, sendo um (a)
a. ação necessária ao rompimento de paradigmas.
b. método de educação psicossocial informal.
c. alternativa suplementar ao Serviço Social de Caso.
d. possibilidade transformadora de atuação à disposição do
profissional em seu cotidiano.
e. estratégia de treinamento para capacitar o indivíduo à
mobilização social de sua comunidade.
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região/SP – FCC – 2012
19. O Serviço Social profissional, numa interpretação não
conservadora, pode ser compreendido como:
I. atividade definida pela divisão sociotécnica do trabalho no
âmbito da sociedade capitalista burguesa.
II. profissão cujo objeto constitui um conjunto de situações
que exigem intervenções sobre variáreis empíricas.
III. capaz de dispor de um sistema original de saber e
detentor de uma teoria particular.
Está CORRETO o que consta em
31
a. I e II, apenas.
b. II, apenas.
c. III, apenas.
d. I, apenas.
e. I, II e III.
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região/SP – FCC – 2012
20. O Serviço Social, enquanto profissão inserida na divisão
sociotécnica do trabalho, tem sua configuração influenciada
pela:
a. lógica corporativa que define a metodologia do trabalho
profissional no interior das instituições públicas e privadas.
b. construção de uma teoria própria, pois, no debate atual, o
Serviço Social constitui-se numa ciência humana específica.
c. polarização de interesses sociais de classes, com caráter
político da prática profissional.
d. crise do Estado Patrimonialista e pelo modo de produção do
capitalismo concorrencial.
e. estrutura de consensos das classes sociais (burguesia e
proletariado) que, ao estabelecer um campo harmônico,
influencia a politização da profissão.
Prefeitura Municipal de São José dos Campos/SP – VUNESP – 2012
21. É no âmbito do movimento de Reconceituação e em seus
desdobramentos, que se definem de forma mais clara e se
confrontam diferentes tendências voltadas à fundamentação
do exercício e dos posicionamentos teóricos do Serviço
Social. Tendências que resultam de conjunturas sociais
particulares dos países da América Latina e que levam, por
exemplo, no Brasil, o movimento em seus primeiros
momentos (em tempos de ditadura militar e de
impossibilidade de contestação política) a priorizar um
32
projeto _____ do qual Araxá e Teresópolis são as melhores
expressões.
Assinale a alternativa que completa, CORRETAMENTE, a
lacuna do texto.
a. crítico/transformador
b. eficiente/sofisticado
c. complexo/conservador
d. burocrático/teórico
e. tecnocrático/modernizador
Prefeitura Municipal de São José dos Campos/SP – VUNESP – 2012
22. Em seu processo sócio-histórico, a matriz teórica
positivista, como uma das expressões da razão moderna,
passa a fazer parte do suporte teórico-metodológico buscado
pela profissão enquanto necessidade de qualificação técnico-
científica para responder às exigências de modernização da
sociedade e do Estado decorrentes da consolidação do
capitalismo monopolista no Brasil. Nesta perspectiva, o
conhecimento dos fenômenos sociais é realizado por meio de
um conhecimento formal-abstrato, a partir de dados
imediatos empíricos e objetivos. A ação profissional nos
diferentes espaços socio-ocupacionais, caracteriza-se, assim,
pelo seu caráter empirista e pragmático, pela busca de
controle, dominação,
a. emancipação e liberdade dos usuários dos serviços sociais.
b. autonomia e protagonismo na definição de metas pessoais e
sociais.
c. integração e ajustamento dos indivíduos sociais à ordem
estabelecida.
d. identificação e atendimento de demandas compreendidas
como direitos.
e. racionalização e otimização de recursos postos à disposição da
33
e. racionalização e otimização de recursos postos à disposição da
população.
Prefeitura Municipal de São José dos Campos/SP – VUNESP – 2012
23. As reflexões sobre o fazer profissional do assistente social
apoiam-se na compreensão dos processos societários mais
amplos, situados no atual contexto socioeconômico e político.
Tais processos vêm alterando os modos de vida das classes
subalternas, ou seja, dos vários segmentos da população
usuáriados serviços profissionais do assistente social. Essas
reflexões têm priorizado a análise da intervenção do Estado,
via políticas sociais públicas, e daí extraído os seus efeitos na
sociedade. Diante disso, é correto afirmar que, em
consequência do crescimento da pressão na demanda por
serviços, mediante o aumento da pauperização da população,
amplia-se cada vez mais a:
a. seletividade dos atendimentos.
b. garantia dos direitos sociais.
c. autonomia do gestor na definição da oferta de serviços.
d. oferta genérica na emergência social.
e. competência dos serviços prestados.
Ministério da Integração Nacional – ESAF – 2012
24. Sobre a história do Serviço Social no Brasil, assinale a
opção INCORRETA.
a. O Serviço Social surge como profissão atrelada à doutrina
social da Igreja Católica e à ideologia dominante.
b. O Estado adotou estratégias institucionais e ideológicas
visando disciplinar os trabalhadores, e o Serviço Social e o
Assistente Social constituíram agentes importantes desse
processo.
c. As instituições de assistência social foram criadas durante o
34
c. As instituições de assistência social foram criadas durante o
período da ditadura do Estado novo (1937/1945).
d. A Legião Brasileira de Assistência (LBA) foi criada em 1942,
com o objetivo específico de atuar junto aos moradores das
favelas.
e. A Constituição Federal de 1988 reconhece a Assistência Social
como Política de Seguridade Social.
Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas/AL – CESPE – 2012
25. Assinale a opção correta acerca dos fundamentos
históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social.
a. Um dos fundamentos da vertente modernizadora, oriunda do
movimento de Reconceituação do Serviço Social, corresponde à
necessidade de tomada de consciência por parte do profissional
de Serviço Social acerca de seu papel na sociedade de classes.
b. O Serviço Social surgiu no cenário histórico brasileiro como
uma área cuja identidade é designada mediante uma perspectiva
capitalista.
c. De acordo com a totalidade dos estudiosos do Serviço Social, a
gênese dessa área de atuação na América Latina relaciona-se a
iniciativas individuais de filantropos.
d. O processo de profissionalização do Serviço Social dissocia-se
das atividades de implementação de políticas sociais.
e. O projeto ético-político do Serviço Social defendido atualmente
pelas entidades organizativas da profissão fundamenta-se na
perspectiva teórico-metodológica, que compreende a prática
institucionalizada do assistente social como o conjunto de ações
voltadas a indivíduos com desajustes familiares e sociais.
Gabarito Comentado
35
1 – Resposta: A.
Comentário: Para a corrente positivista, apontam Iamamoto e
Carvalho, a ideia de sociedade é visualizada enquanto um todo
unificado através das conexões através das tradições, dogmas e
princípios morais de que ela é depositária. Indivíduos e
fenômenos sociais coexistem em coesão orgânica com a
sociedade em sua totalidade.
2 – Resposta: C.
Comentário: A questão solicita do candidato que identifique as
alternativas corretas e assinale a correspondente.
As afirmações II e IV estão corretas. A afirmativa I. a dimensão
contraditória das demandas e requisições sociais que se
apresentam à profissão é expressão do movimento do capital,
esta incorreta.
Lembra-nos Iamamoto e Carvalho, na obra Relações Sociais e
Serviço Social, que um aspecto da realidade social é a
contradição e esta é o motor da história e é através da
consideração de que as relações sociais se caracterizam pela
contraditoriedade, que podemos apontar que os mecanismo de
dominação e as necessidades da classe trabalhadora são duas
faces de uma mesma moeda.
Nesse sentido, é a partir dessa compreensão que se pode
estabelecer uma estratégia profissional e política, para fortalecer
as metas do capital ou do trabalho, mas não se pode exclui-las do
contexto da prática profissional, visto que as classes só existem
inter-relacionadas. É isso inclusive, que viabiliza a possibilidade
de o profissional colocar-se no horizonte dos interesses das
classes trabalhadoras.
A afirmativa III esta incorreta quando afirma que, a
reprodução das relações sociais na sociedade capitalista é tão
somente à reprodução da força viva do trabalho e dos meios
materiais de produção.
36
Afirmam Iamamoto e Carvalho que, a reprodução das relações
sociais e consequentemente do capitalismo, é reprodução da
totalidade do processo social, a reprodução de um determinado
modo de vida que envolve o cotidiano da vida em sociedade; o
modo de viver e trabalhar, de forma socialmente determinada,
dos indivíduos em sociedade.
3 – Resposta: A.
Comentário: A questão pede que o candidato identifique se as
afirmativas são falsas ou verdadeiras e depois assinale a opção
correspondente sobre os fundamentos históricos, teórico-
metodológicos, ético-políticos e técnico-operativos do Serviço
Social no Brasil.
Para justificar as afirmativas falsas e verdadeiras, recorremos
a Neto, no texto, O Movimento de Reconceituação: 40 anos
depois.
A primeira afirmativa, “a interlocução com os problemas e as
polêmicas no conjunto das ciências sociais é um traço do
processo de renovação do Serviço Social brasileiro” é verdadeira.
Segundo Neto, a reconceituação lançou as bases para uma nova
interlocução do serviço social com as ciências sociais, abrindo-se
a novos influxos (inclusive da tradição marxista) e sintonizando-
se com tendências diversificadas do pensamento social então
contemporâneo.
A segunda afirmativa, “as bases da laicização do Serviço Social
encontram-se nas condições novas postas à formação
profissional pela autocracia burguesa. Neste período instauram-
se as condições para a renovação do Serviço Social”, também é
verdadeira.
A terceira afirmativa, “o pluralismo profissional, radicado nos
procedimentos diferentes que embasam a prática e a validação
teórica, bem como nas matrizes teóricas a que elas se prendem é
um traço que se instaura no Serviço Social brasileiro com o
37

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