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livro de Biologia do professor césar sezar caldini

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Prévia do material em texto

2
CÉSAR SEZAR CALDINI 
biologia
ensino médio
Componente 
CurriCular
biologia
2
o
 ano
BIOLOGIA_V2_PNLD2018_capa professor caracterizado.indd 1 5/5/16 8:37 AM
ensino médio
2
biologia
12a edição –  • São Paulo
CÉSAR DA SILVA JÚNIOR 
• Licenciado em História Natural pela Faculdade de Filosofia, 
Ciências e Letras da USP
• Professor de Biologia
SEZAR SASSON 
• Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da USP
• Professor e supervisor de Biologia
NELSON CALDINI JÚNIOR 
• Licenciado e bacharel em Ciências Biológicas pelo Instituto 
de Biociências da USP 
• Mestre em Biologia Molecular pela Escola Paulista 
de Medicina da Unifesp
• Professor de Biologia
COMPONENTE 
CURRICULAR
BIOLOGIA
2o ANO
ENSINO MƒDIO
Manual do Professor
00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 1 5/23/16 8:26 AM
22
Diretora editorial Lidiane Vivaldini Olo
Gerente editorial Luiz Tonolli
Editor responsável Isabel Rebelo Roque
Editores Rodrygo Martarelli Cerqueira, Carolina Santos Taqueda, Fabiola Bovo Mendonça, 
Anderson Tamakoshi, Luciana Nicoleti, Mayra S. Hatakeyama Sato 
Gerente de produção editorial Ricardo de Gan Braga
Gerente de revisão Hélia de Jesus Gonsaga
Coordenador de revisão Camila Christi Gazzani
Revisores Carlos Eduardo Sigrist, Cesar G. Sacramento, Diego Carbone, Patricia Cordeiro
Produtor editorial Roseli Said
Supervisor de iconografi a Sílvio Kligin 
Coordenador de iconografi a Cristina Akisino
Pesquisa iconográfi ca Roberto Silva, Enio Rodrigo Lopes
Licenciamento de textos Erica Brambila, Paula Claro
Coordenador de artes Narjara Lara
Design e capa Sergio Cândido com imagens de Woodoo007/123RF/Easypix, Andre Seale/
Age Fotostock/Easypix Brasil, Makasana photo/Shutterstock
Edição de arte Felipe Consales
Diagramação Janaina Lima
Assistente Camilla Felix Cianelli
Ilustrações Alex Argozino, BIS, Carlos Bourdiel, Conceitograf, Cris Alencar, Estúdio Ampla 
Arena, João Anselmo, Jurandir Ribeiro, Luis Moura, Luis Fernando Rubio, 
Osni de Oliveira, Paulo Cesar Pereira, R2 Editorial, Rafael Herrera, Sandro 
Castelli, Studio Caparroz, Vagner Coelho, Walter Caldeira
Cartografi a Mario Yoshida
Tratamento de imagens Emerson de Lima
Protótipos Magali Prado
077869.012.001 Impressão e acabamento 
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo utilizado apenas para fi ns didáticos, 
não representando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
Nos livros desta coleção são sugeridos vários experimentos. Foram selecionados experimentos seguros, que não oferecem riscos ao estudante.
Ainda assim, recomendamos que professores, pais ou responsáveis acompanhem sua realização atentamente.
Biologia 2
© César da Silva Júnior, Sezar Sasson e Nelson Caldini Júnior, 2016
Direitos desta edição: Saraiva Educação Ltda., São Paulo, 2016
Todos os direitos reservados
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
 (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 Silva Júnior, César da
 Biologia, volume 2 / César da Silva Júnior, 
 Sezar Sasson, Nelson Caldini Júnior. -- 12. ed.
 -- São Paulo : Saraiva, 2016.
 Suplementado pelo manual do professor.
 Bibliografia.
 ISBN 978-85-472-0543-0 (aluno)
 ISBN 978-85-472-0544-7 (professor)
 1. Biologia (Ensino médio) 2. Biologia - 
 Problemas, exercícios etc. (Ensino médio) 
 I. Sasson, Sezar. II. Caldini Júnior, Nelson. 
 III. Título.
 
 CDD-574.07
16-02690 -574.076
 Índices para catálogo sistemático:
 1. Biologia : Ensino médio 574.07
 2. Exercícios : Biologia 574.076
Composição de imagens mostrando, 
em perspectiva artística, a silhueta 
do corpo humano com destaque para 
o coração e alguns dos seus vasos; 
abaixo, um peixe-anjo (Holacanthus 
ciliares, até 45 cm de comprimento). 
Ao fundo, uma planta do gênero Lobelia 
(tamanho desconhecido).
Avenida das Nações Unidas, 7221 – 1º andar – Setor C – Pinheiros – CEP 05425-902
00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 2 5/23/16 8:26 AM
3
Caro estudante,
Este livro vai acompanhá-lo ao longo deste ano. Nesta conversa inicial, queremos 
comentar alguns pontos para que você possa utilizar nossa obra com o maior proveito 
possível. Uma pergunta, que talvez já tenha passado pela sua mente: “Por que eu devo 
estudar Biologia?” Afinal, nem todos vocês seguirão uma carreira na área biológica, 
como Medicina, Enfermagem, Agronomia ou Odontologia. E para o futuro advogado, 
contador, engenheiro ou administrador de empresas: “Será útil estudar Biologia?”. 
Estamos convictos de que a resposta é “sim”. Temas relacionados à Biologia, na 
verdade, nos cercam de todos os lados... A clonagem, as células-tronco, os testes de 
DNA, estudos para a cura do câncer, a dengue, a gripe suína e a Aids, entre outros, são 
todos temas biológicos. Também o aquecimento global, a poluição da água e do ar, o 
uso de energias alternativas e a ameaça à sobrevivência de espécies. Para compreender, 
avaliar melhor e ter uma opinião a respeito do que se passa ao nosso redor, é 
necessário dominar os conceitos básicos da Biologia. Esse conhecimento nos 
permitirá, como cidadãos, tomar decisões que julgarmos corretas, no sentido de 
preservar nossa saúde, a de nossa família e a da comunidade em que vivemos e de 
conservar a biosfera. Além disso, é importante conhecer melhor o ambiente onde 
vivemos, como animais e plantas que oferecem riscos à nossa saúde, os possíveis 
vetores na transmissão de parasitas, bem como as medidas de prevenção de doenças 
infecciosas.
A organização do livro está descrita nas próximas páginas de forma detalhada. 
Sugerimos que leia esta parte com cuidado. No entanto, queremos insistir em um 
ponto: além dos conteúdos e dos exercícios que o livro contém, pretendemos que ele 
represente, para você, uma verdadeira “janela” para o mundo exterior, que o estimule 
a aprender mais. Assim, são propostos problemas, desafios, pesquisas em livros ou 
na internet, entrevistas e visitas. Com seu grupo, você terá a tarefa de organizar dados 
coletados, levantar hipóteses, realizar experimentos, tirar conclusões, produzir textos 
e vídeos e comunicar os resultados a seus colegas. Você perceberá também as 
relações entre a Biologia e outros ramos do saber. Tudo que for aprender, este ano, 
irá certamente muito além do livro; e o resultado final dependerá, em grande parte, 
de seu esforço pessoal e de seu envolvimento com o estudo. 
Seu(sua) professor(a) de Biologia não é apenas um(a) especialista nesta disciplina. 
Considere-o(a) também um(a) orientador(a), fundamental a seu trabalho. É a ele(a) 
que cabe a responsabilidade de organizar o curso deste ano, sugerindo as atividades, 
as pesquisas e os trabalhos em geral, de forma que seu aprendizado seja o mais 
produtivo possível. Esclareça suas dúvidas com ele(a), peça sugestões e ajuda e 
aproveite ao máximo sua experiência de educador(a).
Um excelente trabalho para você.
Os autores
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44
Conheça 
seu livro
Texto de abertura do capítulo
A Biologia está em nosso cotidiano, 
e mostrar isso a você é uma das 
funções da abertura de cada 
capítulo. Aproveite o momento para 
trocar ideias com a turma e levantar 
questionamentos. 
21CAPÍT
U
L
O O sistema nervoso 
e os sentidos
NEUROPATIAS E PROTEÍNA TAU
Você já ouviu falar de alguma das doenças degenerativas do sistema nervoso ou neuropatias? A doença de 
Parkinson, a doença de Alzheimer e a demência frontotemporal são algumas delas. 
A degeneração do sistema nervoso acontece em função de anomalias que acometem feixes de neurofibrilas e 
microtúbulos, estruturas presentes no citoplasma dos neurônios. Essas anomalias causam alteraçãoda função das 
estruturas citadas, que atuam na transmissão do impulso nervoso e no transporte de nutrientes ao longo dos axônios 
em decorrência da alteração de uma proteína, a Tau, que facilita a formação dos microtúbulos, o que provoca o apa-
recimento dos emaranhados de fibrilas. A consequência é a degeneração progressiva dos neurônios, especialmente 
em certas regiões do cérebro, o que explica os sintomas dessas doenças. 
Em casos de doença de Alzheimer, ocorre grande deposição da proteína beta amiloide no corpo dos neurônios, 
gerando perda progressiva da memória pela atrofia da região do hipocampo, no cérebro. Na doença de Parkinson, os 
neurônios apresentam os emaranhados de neurofibrilas e há perda de controle da musculatura corporal. A demência 
frontotemporal, que afeta as regiões frontal e temporal do cérebro, é uma doença insidiosa que causa alterações da 
personalidade, instabilidade emocional, dificuldade de elaboração de palavras e comprometimento da memória.
Imagem produzida por 
computação gráfica 
mostrando a atrofia do 
córtex cerebral em um 
paciente que sofre da 
doença de Alzheimer (à 
esquerda) em comparação 
ao cérebro de um paciente 
saudável (à direita). 
(Cores fantasia.)
1. Quais são as substâncias que, alteradas, podem causar neuropatias degenerativas de 
maior incidência em idosos?
2. Nessas doenças, quais são as estruturas neuronais alteradas?
EXPLORANDO AS IDEIAS DO TEXTO
NÃO
ESCREVA
NO LIVRO
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177
Mais 
aprofundamento
Nestes boxes você vai 
encontrar recortes que 
complementam a 
informação principal, 
com temas relacionados 
à Saúde, Medicina, 
Evolução, Genética, 
Biotecnologia, entre 
outras áreas. 
Disco 
epifisário
Superfície 
articular
Osso esponjoso, 
com a medula 
óssea vermelha
Buraco medular, com a 
medula óssea amarela
Osso compacto
Diáfise
Epífise
Periósteo
O corpo do osso (diáfise), entre as duas epífises, é um tubo de parede grossa, 
maciça, formada por um tecido ósseo compacto. A grande cavidade central da diáfise 
é o buraco medular, preenchido pela medula óssea amarela, vulgarmente chamada 
de tutano, de natureza gordurosa.
O osso todo é revestido por uma resistente bainha de tecido fibroso, o periósteo, 
cujas fibras colágenas se inserem firmemente no tecido ósseo.
Esquema (A) (cores fantasia) e 
fotografia (B) de osso longo 
em corte mediano.
Osteoporose
Cálcio e fósforo são os dois componentes minerais básicos da matriz do tecido ósseo, enquanto o colá-
geno é a principal substância orgânica.
Ao longo da vida, os ossos têm grande atividade de troca de minerais com o plasma sanguíneo, o que 
possibilita uma contínua reconstrução da sua estrutura e a regulação da taxa desses minerais no sangue. Esse 
metabolismo ósseo depende de atividade física e de fatores genéticos, nutricionais e hormonais.
Com a idade, há uma perda natural da densidade da chamada massa óssea da matriz, o que enfraquece 
os ossos, predispondo-os a fraturas. Essa é a causa da osteoporose, muito mais comum nas mulheres, 
especialmente a partir da menopausa, quando há uma acentuada queda nos níveis dos hormônios femini-
nos, os estrógenos.
Os fatores de risco são a dieta pobre em cálcio, a carência de vitamina D, a vida sedentária, o excesso de 
fumo e álcool, o consumo regular de antiácidos, a deficiência hormonal, além do fator genético. É importan-
te que se procure evitar os fatores de risco durante toda a vida e não ape-
nas quando o problema já se manifestou, pois o processo é irreversível. 
Assim, é recomendável uma dieta saudável; atividade física regular, ade-
quada à idade; e tratamento de reposição hormonal durante a menopausa. 
Isso, sem dúvida, pode retardar bastante a eventual manifestação da 
temida osteoporose.
Fotografias de osso saudável 
(à esquerda) e de osso com 
osteoporose (à direita) 
obtidas por meio de técnicas 
de microscopia eletrônica de 
varredura. (Cores artificiais.) 
Ossos com osteoporose 
apresentam grandes 
cavidades e traves ósseas 
(matriz) frágeis, finas.
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Aumento de 70 vezes.
Aumento de 60 vezes.
UNIDADE 3 ¥ FISIOLOGIA HUMANA206206206
Recursos na web 
Nesta seção você 
encontrará sugestões 
de sites, links, 
softwares, entre 
outros recursos 
disponíveis na 
internet relacionados 
ao tema do capítulo.
As g™nadas
As gônadas (os testículos, no homem, e os ovários, na mulher) são responsáveis por uma dupla função: a pro-
dução de gametas (células reprodutivas — os espermatozoides e os ovócitos) e a produção dos hormônios se-
xuais. No homem, o hormônio sexual mais importante é a testosterona. No organismo feminino são produzidos o 
estrógeno e a progesterona. Todos eles têm natureza lipídica (são esteroides). A produção de hormônios sexuais 
pelas gônadas é controlada por hormônios hipofisários, as gonadotrofinas. De um modo geral, a função dos hormô-
nios sexuais é estimular a produção dos gametas (processo conhecido por gametogênese) e promover o desenvol-
vimento e a manutenção dos caracteres sexuais típicos de cada sexo. 
Principais disfunções hormonais no ser humano
Glândula Disfunção Sintomas
Hipófise 
(hormônio 
somatotrófico)
Hipofunção: nanismo Baixa estatura.
Hiperfunção: gigantismo Alta estatura.
Hiperfunção no adulto: acromegalia Espessamento ósseo anormal em dedos, queixo, arcada superciliar.
Hipófise 
(hormônio 
antidiurético)
Hipofunção: diabetes insipidus Urina abundante e diluída (até 20 litros por dia).
Hipofunção na criança: cretinismo biológico Retardamento no desenvolvimento físico, mental e sexual.
Glândula 
tireóidea 
(tiroxina)
Hipofunção no adulto: mixedema Edemas na pele, baixo metabolismo, gordura, cansaço.
Hiperfunção no adulto: bócio exoftálmico
Alto metabolismo, emagrecimento, nervosismo, globo ocular saliente 
(exoftalmia).
Hipertrofia da glândula: bócio endêmico 
ou papo 
Crescimento exagerado da glândula por deficiência de iodo na 
alimentação.
Glândulas 
paratireóideas 
(paratormônio)
Hipofunção: tetania fisiológica
Exagerada excitabilidade neuromuscular, contrações musculares 
tetânicas.
Pâncreas 
(insulina)
Hipofunção: diabetes mellitus
Hiperglicemia (alta taxa de glicose no sangue) e glicosúria (glicose na 
urina).
Adrenais 
(córtex)
Hipofunção: doença de Addison
Enfraquecimento geral, emagrecimento, melanização da pele, perda 
da capacidade mental.
Hiperfunção, nas mulheres: causa virilização
Acentuação dos caracteres sexuais masculinos: pelos no rosto, 
mudança no tom de voz, desenvolvimento muscular.
• Gordura atrai gordura
 Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/1â132>.
• A Química do amor
 Disponível em: <http://cac-php.unioeste.br/projetos/necto/txt_cientificos/quimicadoamor2.pdf>.
• Vermelho que nem tomate
 Disponível em: <www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=814&sid=8>.
Acessos em: jan. 2â16.
RECURSOS NA WEB
O sistema endócrino ¥ CAPÍTULO 22 197
Diálogos 
Atividades relacionadas 
à ação em diferentes 
campos, promovendo a 
integração de saberes e 
estimulando a produção 
de conteúdos como 
textos, áudios e vídeos. 
Nesta seção, você será o 
produtor e difusor de 
conhecimento, 
relacionando temas da 
Biologia a outras áreas 
de estudo.
Na flor, é possível observar o estigma, 
os estames, as pétalas e as sépalas.
Estigma
Estames
Sépala
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Pétala
A FLOR
A flor é o órgão responsável pela reprodução sexual das angiospermas. Sua 
diversidade de cores e formas é enorme: há desde coloridas e conhecidas, como 
as flores das roseiras, até as pequenas e discretas flores das gramíneas.
O desenvolvimento da flor inicia-se a partir de uma gema floral que 
brota no caule, junto ao pecíolo de uma folha.
A flor écomposta por verticilos florais, que nada mais são que conjuntos 
de folhas modificadas, dispostas geralmente em círculos. De fora para dentro, 
há quatro tipos de verticilos: cálice (sépalas), corola (pétalas), androceu 
(estames) e gineceu (carpelos).
Nas flores de uma mesma espécie ou grupo de plantas, os verticilos cos-
tumam apresentar um número fixo de elementos. Assim, nas flores trímeras 
há três elementos por verticilo (três sépalas, três pétalas, três estames e 
três carpelos). Alguns verticilos podem ter um número múltiplo de três: é comum, por exemplo, haver dois ou mais 
círculos de três estames cada um. Flores trímeras são características do grupo das angiospermas monocotiledôneas.
De maneira semelhante, se o número de elementos por verticilo é múltiplo de dois, quatro ou cinco, fala-se, res-
pectivamente, em flores dímeras, tetrâmeras e pentâmeras, comuns entre as dicotiledôneas.
Quanto à distribuição dos sexos, as flores são chamadas de diclinas (di 5 dois; clino 5 leito) ou unissexuadas, 
quando têm só androceu ou só gineceu. As flores monoclinas (hermafroditas ou bissexuadas) têm androceu e gineceu.
Flores de gramínea. Inflorescência de 
gramínea (Paspalum sp.), com flores que 
têm alguns milímetros. Note que as flores 
são verdes e os estames, pretos.
No lírio, as pétalas e as sépalas são muito parecidas, por 
isso, são também chamadas de tépalas.
Sépala
Pétala
Angiospermas e As quatro esta•›es
Antonio Vivaldi (ó6ô8-óô4ó), grande figura da música barroca italiana, passou a vida dedicando-se à produção 
de centenas de obras, concertos, óperas, música sacra e de câmara. Ordenado sacerdote aos 25 anos, durante déca-
das lecionou música e regência em uma instituição religiosa, em Veneza. Uma de suas obras mais conhecidas é As 
quatro estações (Le quattro stagioni), composta de quatro concertos. Eles se iniciam por allegro e allegro non molto, 
de grande criatividade melódica. Dos quatro, o primeiro concerto, A primavera, é o mais conhecido.
1. Busque em CDs ou na internet a execução musical de As quatro estações. 
2. Pesquise imagens de angiospermas nativas de regiões de clima temperado, em que as quatro estações do ano 
são definidas. Qual o aspecto dessas plantas nas quatro estações?
3. Reunidos em grupos, realizem a montagem de um pequeno espetáculo teatral, com a representação das caracte-
rísticas das quatro estações (cenários e atores). O roteiro deverá ficar por conta da criatividade dos estudantes. 
A trilha sonora pode ser composta pela música de Vivaldi.
 PRODUÇÃO E FRUIÇÃO DAS ARTES 
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ESCREVA
NO LIVRO
UNIDADE 4 ¥ O REINO PLANTAE256256256
Capilar 
milimetrado
Bolha 
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A FOTOSSÍNTESE
A fotossíntese é o processo por meio do qual determinados organismos (plan-
tas, algas e algumas espécies de bactérias) transformam a energia luminosa em 
energia química, armazenada nas moléculas de glicose e de outras moléculas 
orgânicas. 
A fotossíntese é um fenômeno fundamental para a vida neste planeta, pois:
• produz a maior parte da matéria orgânica que sustenta as cadeias alimen-
tares;
• promove a manutenção da atmosfera, ao retirar gás carbônico e liberar gás 
oxigênio para o ar.
É importante notar que os organismos fotossintetizantes, como as plantas, não 
obtêm alimento do solo ou da água. Do solo são retirados nutrientes minerais, 
importantes na síntese de algumas substâncias orgânicas (um bom exemplo é o 
nitrogênio, necessário à síntese de proteínas e ácidos nucleicos). Já a energia de que 
uma planta necessita para viver é obtida da luz que ela recebe, usualmente prove-
niente do Sol.
Em linhas gerais, a equação que descreve a fotossíntese pode ser assim expressa:
CO
2
 1 H
2
O 1 luz (CH
2
O) 1 O
2
 Gás carbônico Água Açúcar Gás oxigênio
na qual (CH
2
O) representa a maneira simplificada de se escrever a fórmula da molé-
cula de glicose. (C
6
H
12
O
6 
).
Demonstrando a transpira•‹o
Há várias demonstrações que comprovam a transpiração. A seguir são apresentadas algumas delas.
• Ramo transpirante em balão de vidro ou saco plástico
 Coloca-se um ramo de planta em um recipiente de vidro fecha-
do. O vapor-d’água transpirado condensa-se nas paredes frias 
do vidro, que fica embaçado, com gotículas.
• Massa da planta envasada
 Verifica-se a massa de uma planta envasada, sendo que vaso e 
terra devem ser previamente recobertos com papel metálico, 
impermeável. Após algum tempo em transpiração, faz-se uma 
nova medida. A diferença entre as duas aferições corresponde 
ao valor de água perdida por transpiração nesse tempo.
• Potômetro
 Monta-se um pequeno ramo vegetal num tubo de vidro, com um 
capilar lateral milimetrado. À medida que a planta transpira, a 
água é absorvida pelo caule seccionado e recua no capilar, 
podendo ser medido o volume transpirado. Veja a figura ao lado.
 Observação: também se pode usar uma planta completa, com as 
raízes.
ATIVIDADE PRÁTICA
NÃO
ESCREVA
NO LIVRO
Esquema representando um potômetro. 
(Cores fantasia.)
Fisiologia vegetal I: transporte e nutrição ¥ CAPÍTULO 29 269 Atividades práticas 
Criteriosa seleção de 
atividades 
experimentais e de 
pesquisa, permitindo o 
contato com fenômenos 
e conceitos físicos, 
químicos e biológicos, 
relacionando a teoria 
com a prática. 
00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 4 4/29/16 4:19 PM
5
(Unicamp-SP) Recentemente, pesquisadores brasileiros 
conseguiram produzir a primeira linhagem de células-tronco 
a partir de embrião humano. As células-tronco foram obtidas 
de um embrião em fase de blástula, de onde foram obtidas as 
células que posteriormente foram colocadas em meio de 
cultura para se multiplicarem. 
a) As células-tronco embrionárias podem solucionar proble-
mas de saúde atualmente incuráveis. Quais características 
dessas células-tronco permitem que os pesquisadores 
possam utilizá-las no futuro para este fim? 
b) Blástula é uma etapa do desenvolvimento embrionário de 
todos os animais. Identifique entre as figuras ao lado qual 
delas corresponde à fase de blástula e indique uma carac-
terística que a diferencia da fase anterior e da posterior do 
desenvolvimento embrionário.
LU
IS
 M
O
U
R
A
C
F
B
E
A
D
(Elementos fora de proporção de tamanho entre si. 
Cores fantasia.)
BIOLOGIA NOS VESTIBULARES E NO ENEM
 1. (Unicamp-SP – Adaptada) Os animais podem ou não 
apresentar simetria. Considere os seguintes animais: 
planária, esponja, medusa (água-viva), minhoca, coral e 
besouro.
 a) Quais deles apresentam simetria radial? E quais 
apresentam simetria bilateral?
 b) Caracterize esses dois tipos de simetria.
 2. (PUC-SP) Suponha que se queira manter animais 
aquáticos herbívoros em um aquário. Para garantir a 
sobrevivência desses animais durante certo tempo, 
seria aconselhável adicionar ao ambiente 
 a) plantas aquáticas e algas que, além de servirem 
de alimento para os animais, forneceriam oxigê-
nio ao meio, caso esse fosse iluminado. 
 b) plantas aquáticas e algas que, além de servirem de 
alimento para os animais, forneceriam oxigênio ao 
meio, mesmo que esse não fosse iluminado. 
 c) fungos e bactérias que, além de servirem de ali-
mento para os animais, forneceriam gás carbôni-
co ao meio, caso esse fosse iluminado. 
 d) fungos e bactérias que, além de servirem de ali-
mento para os animais, forneceriam gás carbônico 
ao meio, mesmo que esse não fosse iluminado. 
 e) zooplâncton que, além de servir de alimento para 
os animais, forneceria oxigênio ao meio, caso 
esse fosse iluminado.
 3. (UEPB-PB) A figura apresentada a seguir ilustra um 
corte transversal de um cordado. Analise as estruturas 
indicadas pelas setas, que indicam respectivamente: 
I
II
III
IV
LU
IS
 M
O
U
RA
 a) I – Tubo Nervoso; II – Intestino; III – Notocorda; 
IV – Celoma 
 b) I – Notocorda; II – Celoma; III – Tubo Nervoso; 
IV– Intestino 
 c) I – Intestino; II – Tubo Nervoso; III – Celoma; 
IV – Notocorda 
 d) I – Tubo Nervoso; II – Notocorda; III – Intestino; 
IV – Celoma 
 e) I – Celoma; II – Notocorda; III – Tubo Nervoso; 
IV – Intestino
(Elementos fora de proporção de tamanho entre si. 
Cores fantasia.)
NÃO
ESCREVA
NO LIVRO
Caracterização dos animais ¥ CAPÍTULO 5 53
Projeto 
interdisciplinar
Esta seção trará, ao 
final de cada unidade, 
uma proposta de 
trabalho 
interdisciplinar, que 
envolverá os conceitos 
da unidade, além de 
desenvolver outras 
habilidades e 
conteúdos.
NÃO
ESCREVA
NO LIVRO
PROJETO INTERDISCIPLINAR
A DIVERSIDADE NA ESPÉCIE HUMANA
Além da biodiversidade relativa às diferentes espécies de seres vivos (interespecífica), há a biodiversidade intra-
específica, ou seja, aquela presente entre os indivíduos de uma mesma espécie. Podemos verificar essa diversidade 
nas populações humanas ao constatarmos a variação nas frequências de determinados grupos de genes. Assim, há 
populações em que algumas condições genéticas particulares são mais frequentes, como a presença de determina-
das doenças, prevalência de uma determinada cor da íris dos olhos etc.
A interpretação da variabilidade das populações humanas inicia-se pela análise dos cromossomos e da expressão 
destes, que geram as características morfológicas e fisiológicas de cada indivíduo. Para verificar a variabilidade e as 
expressões predominantes, podem ser feitas análises do material genético aliadas a análises estatísticas.
Nesta segunda etapa do Projeto Interdisciplinar, enfocaremos a quantificação e a análise de dados estatísticos de 
uma característica que varia na espécie humana: a altura. O objetivo é comprovar a diversidade dessa característica 
(estatura) em uma determinada faixa etária da população.
MODO DE AÇÃO
Formem grupos de três a quatro estudantes. Cada 
grupo deverá levantar dados sobre a estatura de áà a 
á5 pessoas entre 15 a 1ã anos. Depois vocês deverão 
construir uma tabela com os dados obtidos, como mos-
tra o exemplo a seguir.
Altura (cm) Quantidade de pessoas
15é -15ã,9 á
15í -159,9 1
1éà -1é1,9 3
1éá -1é3,9 3
1é4 -1é5,9 á
1éé -1éã,9 4
1éí -1é9,9 á
1ãà -1ã1,9 à
1ãá -1ã3,9 1
1ã4 -1ã5,9 3
1ãé -1ãã,9 1
1ãí -1ã9,9 3
¥ Construam um gráfico de barras em que o número de 
indivíduos de cada faixa de altura apareça em colu-
nas. Também pode ser feito um gráfico de setores 
(gráfico pizza) e, nesse caso, dentro de cada setor 
(fatia) deve ser indicado o valor em porcentagem.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
a) Calculem a média de altura dos indivíduos da amos-
tra do grupo. O que o valor da média indica sobre a 
população estudada?
b) Na opinião de vocês, o número de pessoas entrevis-
tadas foi suficiente para se ter um retrato fidedigno 
da população? Por quê?
c) Comparem os resultados obtidos com os dos outros 
grupos. Que semelhanças e diferenças vocês obser-
vam?
d) Vocês acham que as amostragens dos grupos 
podem apresentar “vícios” que expliquem as dife-
renças encontradas?
e) Na opinião de vocês, que fatores determinam a esta-
tura na população estudada? Levantem hipóteses.
FECHAMENTO
Uma simples observação de diferentes populações da espécie humana mostra a grande diversidade em relação a 
características anatômicas e fisiológicas. Para que a análise reflita um padrão que pode ser aplicado em determinada 
população, é necessário usar uma amostragem mínima de pessoas que garanta a confiabilidade da pesquisa.
Com a ajuda do(a) professor(a), construam uma tabela e um gráfico único com os dados levantados por toda a turma. 
Depois, comparem esses dados com os que foram obtidos pelos grupos. Que diferenças e semelhanças vocês observam?
Publiquem no blog os resultados, as análises e as discussões que tiveram ao longo do projeto. Não se esqueçam de 
colocar a tabela e o gráfico produzidos com os dados de toda a turma e os comentários a respeito das diferenças e 
semelhanças que encontraram nos dados obtidos.
123
(Unifesp) Nas mulheres, tanto a ovulação quanto a 
menstruação encontram-se associadas a diferentes 
taxas hormonais. O esquema ao lado reproduz tais 
eventos e identifica como A e B os hormônios envolvi-
dos no processo. Antes de a menstruação ocorrer, a 
mulher passa por um período de tensão, denominado 
“tensão pré-menstrual” (TPM), causada principalmen-
te pela queda de produção de um desses hormônios. 
Caso o óvulo seja fecundado e haja gravidez, não 
haverá TPM, porém, logo após o parto, ocorrerá uma 
fase de tensão denominada “depressão pós-parto”, 
também devida à falta do mesmo hormônio.
a) Identifique qual hormônio, A ou B, é o responsá-
vel pela TPM, dê seu nome e explique por que ele 
continua sendo produzido durante a gravidez.
b) Qual evento do parto leva à queda de produção desse hormônio e, consequentemente, à depressão 
pós-parto? Por quê?
Folículos em
crescimento
Folículo
maduro
Ovulação Corpo
lúteo
B Taxa dexa de
B no
sangueangue
28O
Dias do ciclo
14O0
Endométrio
TaTaxa de
A no
ssangue
A
MenstruaMenstruaçãçãoo
BIOLOGIA NOS VESTIBULARES E NO ENEM
 1. (UFSC) O gráfico a seguir apresenta as velocidades 
aproximadas da secreção de testosterona (hormônio 
sexual masculino) em diferentes idades.
6 000
4 000
2 000
S
e
cr
e
çã
o
 d
e
 t
e
s
to
s
te
ro
n
a
 (
m
g
/d
ia
) 
 
0
0 20 40 60 80 Idade
 Baseado na análise do gráfico e sobre esse hormônio, 
assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s). 
a) A testosterona é produzida nos testículos.
 b) Em torno dos 20 anos, atinge-se o pico de secre-
ção da testosterona.
 c) A testosterona é responsável pela produção e 
distribuição dos pelos no corpo do homem.
 d) Aos ó0 anos, o homem cessa a produção de tes-
tosterona e torna-se impotente.
 e) A velocidade de secreção de testosterona de um 
jovem de 1ô anos e de um homem de 40 anos é 
praticamente a mesma.
 2. (UFSE) “Considerando-se ô ovócitos primários e ô 
espermatócitos primários, obteremos .... óvulos e .... 
espermatozoides.” Para completar corretamente a 
frase acima, basta substituir I e II, respectivamente, por:
 a) ô e ô. 
 b) ô e 16.
 c) ô e 32.
 d) 32 e ô.
 e) 32 e 16.
 3. (UFMS) Identifique as frases corretas.
 a) O corpo lúteo é o responsável pela produção de 
progesterona, que induz ao crescimento da pare-
de uterina (endométrio).
 b) O hormônio estrógeno é o responsável pelo apa-
recimento das características sexuais secundárias 
na mulher.
 c) Sob a ação do hormônio hipofisário LH, os folícu-
los ovarianos são estimulados a se desenvolver.
 d) O hormônio produzido pela hipófise, FSH, é res-
ponsável pelo rompimento do folículo maduro e 
consequente ovulação.
 e) O hormônio ACTH atua sobre o córtex das glându-
las suprarrenais, na produção dos corticosteroides.
 f) Prolactina é um hormônio que impede, em deter-
minadas situações, a secreção de leite nas glân-
dulas mamárias.
S
TU
D
IO
 C
A
PA
R
R
O
Z
B
IS
NÃO
ESCREVA
NO LIVRO
A reprodução humana ¥ CAPÍTULO 24 223
Cordados sem notocorda?
Dentre os cordados de morfologia mais simples estão os uro-
cordados, cujas espécies mais comuns são as ascídias, seres de 
vida livre planctônicos na fase larval. Essas microscópicas larvas 
têm um corpo ovalado e uma forte cauda, ao longo da qual se 
dispõem, paralelamente, um tubo neural e uma notocorda. A noto-
corda é uma estrutura em forma de bastonete semirrígido, flexível, 
de função esquelética. Ela e o tubo neural são duas das caracterís-
ticas exclusivas do filo.
Após um a dois dias de vida livre, a larva se fixa em uma rocha 
ou outro substrato marinho pela região anterior. Seu corpo entra em 
rotação de 180o, deslocando o ânus (sifão anal), que passa a ficar 
ao lado da boca (sifão bucal). Durante a rotação, a cauda é lenta-
mente reabsor vida, e com ela o tubo neural e a notocorda, que não 
persistem no animal adulto, séssil (fixo). Dessa forma, o desenvolvi-
mento da ascídia representa um bom exemplo de metamorfose.O 
interessante aqui é que, não fosse o fato de as larvas serem conhe-
cidas, esse animal não poderia ser classificado como cordado.
1. Nas ascídias, a água penetra no corpo pelo sifão bucal, passa por meio das fendas na faringe e sai 
pelo sifão anal. Que tipo de estratégia de alimentação esse animal deve apresentar? Essa estratégia 
também ocorre em animais de outros filos? Justifique sua resposta.
2. Uma ascídia e um cavalo, ambos cordados, seriam certamente colocados em filos diferentes, se a 
classificação dos animais se baseasse apenas na observação morfológica do adulto. Discuta com 
seus colegas de grupo quais características típicas de cordados permanecem na fase adulta da ascí-
dia e do cavalo.
ANALISANDO O TEXTO
LEITURA
 OUTRO OLHAR
Ascídias adultas (Rhopalaea sp., 5 cm a 10 cm de altura). 
Note os dois sifões de cada indivíduo e a espessa túnica 
roxa.
 1. Explique no que consiste o endoesqueleto dos equi-
nodermos, mencionando seus componentes.
 2. A digestão das estrelas-do-mar apresenta uma parti-
cularidade. Explique o que há de especial nesse pro-
cesso.
 3. Como se apresenta a simetria nas larvas e nos adul-
tos dos equinodermos?
 4. Explique como se dá o processo de distensão e retra-
ção dos pés e ampolas do sistema ambulacrário.
 5. Algumas características presentes nos cordados os 
diferenciam das espécies dos demais filos. Quais são 
essas características?
 6. Descreva duas características que permitiram a adap-
tação dos vertebrados ao ambiente terrestre.
 7. Em que o endoesqueleto dos vertebrados é diferente 
de todos os outros tipos de esqueletos de invertebra-
dos?
 8. Cite algumas diferenças entre protocordados e verte-
brados (craniados).
 9. Explique como se apresenta a notocorda nos urocor-
dados e nos cefalocordados.
 10. Os vertebrados são divididos em classes. Quais são 
elas? Dê dois exemplos de animais de cada uma des-
sas classes.
PARA RECAPITULAR
Sifões
NÃO
ESCREVA
NO LIVRO
REINHARD DIRSCHERL/VISUALS UNLIMITED/GETTY IMAGES
UNIDADE 2 ¥ O REINO ANIMALIA929292
Desenvolvendo 
habilidades 
Questões 
cuidadosamente 
selecionadas de forma 
a trabalhar o 
desenvolvimento das 
habilidades exigidas 
nos principais exames 
vestibulares do país, 
assim como no Enem.
¥ Embrapa ensina como produzir minhocas e húmus em pequenas propriedades
 Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/2439940/embrapa-ensina-como-produzir-
minhocas-e-humus-em-pequenas-propriedades>.
Acesso em: mar. 2016.
RECURSOS NA WEB
Sequência de Fibonacci
Nascido na Ilha de Samos, Pitágoras foi um dos grandes sábios da antiga 
Grécia. Diz a história que Pitágoras, observando uma concha espiral do molusco 
Nautilus, refletiu e deduziu que a espiral da concha deveria ser construída obe-
decendo a um padrão matemático. Chegou à conclusão de que a espiral perfeita 
poderia ser construída a partir de um retângulo composto de quadrados, cujos 
lados apresentavam medidas com a sequência de números: ê, ê, 2, 3, 5, 8 etc. 
Ele foi denominado retângulo áureo.
Leonardo Pisano Bigollo (êê70-ê250), conhecido como Fibonacci, redesco-
briu, em ê202, a sequência de números descrita por Pitágoras e aprofundou seus 
estudos sobre ela. Fibonacci estabeleceu que, partindo de 0 e ê, cuja soma é ê, 
e de ê e ê, cuja soma é 2, o número seguinte é a soma dos dois anteriores. Assim, 
o 3o número da sequência é 3, o 4o é 5 etc.
No esquema abaixo (à direita) está representada a proposta da sequência de 
Fibonacci. Ao longo dos anos de estudos da natureza descobriu-se que plantas 
e animais mostram muitos casos de estrutura e de organização que coincidem 
com essa sequência. São exemplos: conchas de moluscos, disposição das folhas 
ao longo do caule (filotaxia), disposição das flores nas inflorescências de giras-
sóis e margaridas, estróbilos de pinheiros etc.
Interior de uma concha de Nautilus sp. 
Retângulo áureo.
3
ê ê
5
2
8
Fixar o compasso 
aqui para traçar os 
2 primeiros arcos
(sentido anti-horário)
0 + ê = ê
 ê + ê = 2
 ê + 2 = 3
 2 + 3 = 5
 3 + 5 = 8
 5 + 8 = ê3
 8 + ê3 = 2ê
Sequência: ê, ê, 2, 3, 5, 8, ê3, 2ê...
Esquema da sequência de Fibonacci.
A concha do Nautilus sp. (cerca de 15 cm 
de diâmetro) segue o padrão matemático 
da sequência de Fibonacci.
A concha do Nautilus sp. (cerca de 15 cm 
IMAGO/BLICKWINKEL/FO
TO
ARENA
1. Escreva a sequência de Fibonacci com os 12 primeiros números. 
2. Utilizando régua, faça o retângulo áureo no caderno, a partir de um quadrado de 1 cm de lado (use a 
figura acima à esquerda como modelo). Com um compasso, trace um quarto de circunferência, inscrito 
em cada quadrado. Inicie no ponto indicado. Que figura a sequência de arcos forma? 
3. Use a sequência de Fibonacci e o retângulo áureo para produzir outros desenhos. Depois, faça com 
seus colegas uma exposição dos trabalhos.
NÃO
ESCREVA
NO LIVRO
ANALISANDO O TEXTO
LEITURA
 OUTRO OLHAR
LE
O
N
 R
A
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L/
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H
U
TT
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C
K
UNIDADE 2 ¥ O REINO ANIMALIA727272
Biologia nos 
vestibulares 
e no Enem
Nesta seção você 
encontrará testes e 
questões dissertativas 
dos principais 
vestibulares e exames 
do país para aplicar o 
que aprendeu, 
resolvendo problemas 
com base nos 
conhecimentos 
adquiridos.
Leitura
Cada capítulo oferece uma ou mais leituras que estimulam a 
troca de ideias e o debate; elas estão divididas nas seguintes 
categorias:
• Outro olhar – apresenta uma visão atual e diferente sobre o 
assunto estudado. 
• Você cidadão – aborda especialmente as atitudes, os valores e 
a formação cidadã.
• Deu na mídia – trata de temas da Biologia que são destaque 
nos meios de comunicação atuais.
• Construção do conhecimento – mostra que a Biologia tem 
história e é construída com a colaboração de diferentes 
pessoas ao longo do tempo.
• Biologia e tecnologia – exemplifica de que forma a tecnologia 
contribui para a evolução dos conhecimentos biológicos, assim 
como a Biologia permite que surjam novas tecnologias.
Para recapitular
Questões que 
retomam e organizam 
os conceitos de cada 
capítulo.
00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 5 4/29/16 4:19 PM
Sumário
classificação biológica e 
o estudo de alguns reinos, 9
unidade 1
caPÍtulo 1
A clAssificAção dos seres 
vivos .................................................... 10
Por que classificar? ........................................... 11
Diálogos: Leitura e letramento .................. 12
As homologias..................................................... 13
O conceito de espécie ..................................... 13
A nomenclatura biológica ............................. 14
A sistemática filogenética ........................... 14
Domínios e reinos .............................................. 15
O que são os vírus? ........................................... 17
Leitura: Construção do conhecimento – 
As chaves de identificação ................................. 19
Para recapitular ................................................. 19
Desenvolvendo habilidades .....................20
Biologia nos vestibulares e no Enem .....20
caPÍtulo 2
o reino MonerA ............................. 21
O Reino Monera .................................................22
Leitura: Biologia e tecnologia – 
As bactérias e os seres humanos .............26
Para recapitular ................................................27
Desenvolvendo habilidades .....................27
Biologia nos vestibulares e no Enem .....27
caPÍtulo 3
o reino ProtoctistA 
(ProtistA) ......................................... 28
Os protoctistas .................................................29
Diálogos: Comunicação, cultura 
digital e uso de mídias ....................................33
Leitura: Biologia e tecnologia – 
Os protoctistas e o ser humano ...................34
Para recapitular ................................................35
Desenvolvendo habilidades .....................35
Biologia nos vestibulares e no Enem.....35
caPÍtulo 4
o reino fungi ................................. 36
Características gerais dos fungos ...........37
Atividade prática: Fungos 
do apodrecimento............................................37 
A estrutura dos fungos ..................................38
Os grupos de fungos .......................................38
Os liquens .............................................................. 41
Leitura: Construção do conhecimento – 
As formigas que cultivam fungos ..................42 
Para recapitular ................................................42
Desenvolvendo habilidades .....................43
Biologia nos vestibulares e no Enem .....43
Projeto interdisciplinar: diversidade 
e função – A importância econômica 
dos fungos ............................................................44
o reino animalia, 45
unidade 2
caPÍtulo 5
cArActerizAção dos AniMAis ...46
O que são os animais? ....................................47
Características anatômicas 
dos animais ..........................................................48
Os filos de animais que estudaremos ..... 51
Leitura: Outro olhar – Os animais 
e a obtenção de alimento ................................52
Para recapitular ................................................52
Desenvolvendo habilidades .....................53
Biologia nos vestibulares e no Enem .....53
caPÍtulo 6
Poríferos e cnidários ............. 54
O que são os poríferos? ................................55
Cnidários, animais urticantes ....................56
Leitura: Outro olhar – Os corais ...............60
Para recapitular ................................................60
Desenvolvendo habilidades ...................... 61
Biologia nos vestibulares e no Enem ... 61
caPÍtulo 7
PlAtelMintos e neMátodos .. 62
Filo platelmintos ...............................................63
Filo nemátodos ..................................................64
Leitura: Construção do conhecimento – 
Estudos tradicionais e modernos de 
planárias terrestres ........................................65
Para recapitular ................................................66
Desenvolvendo habilidades .....................66
Biologia nos vestibulares e no Enem .....66
caPÍtulo 8
Moluscos e Anelídeos ............ 67
Filo moluscos ......................................................68
Filo anelídeos .....................................................70
Leitura: Outro olhar – Sequência de 
Fibonacci ..............................................................72
Para recapitular ................................................73
Desenvolvendo habilidades .....................73
Biologia nos vestibulares e no Enem .....73
caPÍtulo 9
os ArtróPodes ............................. 74
Características dos artrópodes ...............75
Os grupos de artrópodes .............................76
Leitura: Outro olhar – Insetos 
e parasitologia ...................................................82
Para recapitular ................................................83
Desenvolvendo habilidades .....................83
Biologia nos vestibulares e no Enem .....83
caPÍtulo 10
equinoderMos e cordAdos .... 84
O filo dos equinodermos ..............................85
O filo dos cordados .........................................87
Cordados de organização 
corporal mais simples ....................................88
Vertebrados (craniados) ...............................89
A diversidade dos cordados ........................ 91
Leitura: Outro olhar – Cordados 
sem notocorda? ................................................92
Para recapitular ................................................92
Desenvolvendo habilidades .....................93
Biologia nos vestibulares e no Enem .....93
caPÍtulo 11
ciclóstoMos e Peixes ...............94
Ciclóstomos ........................................................95
Peixes .....................................................................95
Leitura: Outro olhar – Peixes de 
respiração aérea ...............................................98
Para recapitular ................................................99
Desenvolvendo habilidades .....................99
Biologia nos vestibulares e no Enem .....99
6
C
r
ÉD
IT
O
 (
P.
 9
)
C
r
ÉD
IT
O
 (
P.
 4
5
)
00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 6 4/29/16 4:19 PM
caPÍtulo 12
Anfíbios ...........................................100
Características e classificação 
dos anfíbios ........................................................ 101
Leitura: Construção do conhecimento – 
Os anfíbios estão em perigo ........................... 104
Para recapitular .............................................. 104
Desenvolvendo habilidades ................... 105
Biologia nos vestibulares e no Enem ...105
caPÍtulo 13
réPteis e Aves ............................. 106
Répteis: classificação e fisiologia ......... 107
As aves e a adaptação ao voo .....................111
Diálogos: Iniciação científica e 
pesquisa .............................................................. 113
Leitura: Construção do conhecimento – 
O Brasil e suas aves ................................................114
Para recapitular ............................................... 115
Desenvolvendo habilidades .................... 115
Biologia nos vestibulares e no Enem .... 116
fisiologia humana, 124
unidade 3
caPÍtulo 15
os tecidos e o 
sisteMA teguMentAr ...............125
Introdução .......................................................... 126
Diálogos: Iniciação científica e pesquisa ..127
Histologia ........................................................... 127
Estudo de um órgão: a pele ....................... 130
Leitura: 
Construção do conhecimento – 
Os telômeros e a divisão celular ............. 132
Para recapitular .............................................. 133
Desenvolvendo habilidades ................... 134
Biologia nos vestibulares e no Enem 134
caPÍtulo 16
nutrição e digestão .................135
A nutrição ........................................................... 136
Atividade prática: Composição 
dos alimentos ................................................... 136
O processo digestivo ..................................... 141
A regulação da digestão ............................. 143
Leitura: Construção do conhecimento – 
A importância da vitamina C ..................... 144
Para recapitular .............................................. 146
Desenvolvendo habilidades ................... 146
Biologia nos vestibulares e no Enem 146
caPÍtulo 17
A resPirAção .................................147
O sistema respiratório ................................ 148
As trocas gasosas .......................................... 148
O transporte de gases ................................. 149
Os movimentos respiratórios .................. 150
Leitura: Você cidadão – Fumo e saúde .... 152
Para recapitular .............................................. 153
Desenvolvendo habilidades ................... 153
Biologia nos vestibulares e no Enem 153
caPÍtulo 18
A circulAção ............................... 154
O sangue ............................................................. 155
O sistema circulatório: um sistema 
de integração ................................................... 157
Leitura: Outro olhar – Coronárias 
e enfarte ............................................................... 161
Para recapitular ............................................. 162
Desenvolvendo habilidades .................. 162
Biologia nos vestibulares e no Enem 162
caPÍtulo 19
o sisteMA iMunitário ............. 163
Um sistema complexo e difuso ............... 164
As células sanguíneas e a defesa 
do organismo .................................................... 164
A imunidade humoral .................................... 166
Respostas imunes primária 
e secundária ...................................................... 167
Inflamação: resposta imune 
não específica .................................................. 167Leitura: Outro olhar – Alergia .................. 168
Para recapitular .............................................. 169
Desenvolvendo habilidades ................... 169
Biologia nos vestibulares e no Enem ..... 169
caPÍtulo 20
A excreção .....................................170
As funções do sistema urinário ................ 171
A excreção nitrogenada nos animais .... 171
O sistema urinário humano ....................... 172
A regulação da diurese .................................174
Leitura: Construção do conhecimento – 
Os rins e a saúde ............................................. 175
Para recapitular .............................................. 176
Desenvolvendo habilidades ................... 176
Biologia nos vestibulares e no Enem 176
caPÍtulo 21
o sisteMA nervoso 
e os sentidos ................................177
O tecido nervoso ............................................. 178
A fisiologia do neurônio .............................. 179
O sistema nervoso .......................................... 181
Os sentidos ........................................................ 186
Diálogos: Leitura e letramento ............... 187
Leitura: Construção do conhecimento – 
Drogas e doces ................................................. 191
Para recapitular .............................................. 192
Desenvolvendo habilidades ................... 192
Biologia nos vestibulares e no Enem 192
caPÍtulo 22
o sisteMA endócrino .............. 193
A integração neuro-hormonal .................. 194
Os hormônios ................................................... 194
As glândulas endócrinas ............................. 195
Leitura: Construção do conhecimento – 
A dopagem bioquímica no esporte ........... 198
Para recapitular .............................................. 199
Desenvolvendo habilidades ................... 199
Biologia nos vestibulares e no Enem 199
caPÍtulo 23
A locoMoção .............................. 200
O aparelho locomotor .................................. 201
Os músculos ...................................................... 201
O tecido muscular .........................................203
Os ossos .............................................................205
O tecido ósseo ................................................207
O tecido cartilaginoso .................................208
Leitura: Construção do conhecimento – 
Lesões articulares e fraturas ..................209
Para recapitular .............................................209
Desenvolvendo habilidades ................... 210
Biologia nos vestibulares e no Enem ...210
caPÍtulo 24
A reProdução HuMAnA ............211
A reprodução nos animais ......................... 212
O desenvolvimento das 
características sexuais humanas ........... 212
O sistema genital masculino..................... 212
O sistema genital feminino ....................... 214
Os gametas e a gametogênese ............... 215
Fecundação ....................................................... 217
A gravidez e o nascimento ......................... 218
Anticoncepção ................................................220
Leitura: Você cidadão – A primeira operação 
cesariana em parturiente viva .........................222
Para recapitular .............................................222
Desenvolvendo habilidades ..................223
Biologia nos vestibulares e no Enem ....223
Projeto interdisciplinar: 
Diversidade e função – Enzimas: 
as ferramentas químicas da vida ..........224
caPÍtulo 14
os MAMíferos ................................117
Características dos mamíferos ............... 118
Classificação dos mamíferos .................... 119
Diálogos: Iniciação científica e pesquisa .120
Leitura: Biologia e tecnologia – O leite, 
a biotecnologia e a produção de novos 
fármacos ................................................................. 121
Para recapitular .............................................. 122
Desenvolvendo habilidades ................... 122
Biologia nos vestibulares e no Enem ...122
Projeto interdisciplinar: Diversidade 
e função – A diversidade na espécie 
humana ................................................................ 123
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88
o reino Plantae, 225
unidade 4
caPÍtulo 25
os gruPos de PlAntAs ........... 226
As características e a 
evolução das plantas ...................................227
As briófitas .......................................................228
As pteridófitas ...............................................229
As gimnospermas .........................................230
As angiospermas ...........................................232
Leitura: 
Construção do conhecimento – 
Coníferas ...........................................................235
Para recapitular .............................................235
Desenvolvendo habilidades ..................236
Biologia nos vestibulares e no Enem ....236
caPÍtulo 26
os tecidos vegetAis ................237
Os tecidos vegetais ......................................238
Leitura: Biologia e tecnologia – 
Micropropagação ..........................................242
Para recapitular .............................................242
Desenvolvendo habilidades ..................243
Biologia nos vestibulares e no Enem ...243
caPÍtulo 27
A rAiz, o cAule e A folHA ...... 244
Desenvolvimento da planta .....................245
A raiz ....................................................................245
O caule ................................................................247
A folha .................................................................249
Diálogos: Leitura e letramento ..............250
Os órgãos vegetativos e a 
reprodução assexuada ................................ 251
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Leitura: Outro olhar – Etnobotânica e os 
povos indígenas .............................................253
Para recapitular .............................................253
Desenvolvendo habilidades ..................254
Biologia nos vestibulares e no Enem ....254
caPÍtulo 28
A flor, o fruto 
e A seMente .................................. 255
A flor ....................................................................256
Diálogos: Produção e 
fruição das artes ............................................256
O fruto .................................................................258
A semente .........................................................259
Leitura: Construção do conhecimento – 
Conhecendo o desenvolvimento de alguns 
vegetais consumidos pelo ser humano ... 261
Para recapitular .............................................. 261
Desenvolvendo habilidades ..................262
Biologia nos vestibulares e no Enem ....262
caPÍtulo 29
fisiologiA vegetAl i: 
trAnsPorte e nutrição ........ 263
Introdução .........................................................264
Os nutrientes minerais ...............................264
A água no solo .................................................264
O caminho da seiva .......................................265
Transpiração ....................................................267
Gutação e exsudação ..................................268
Atividade prática: Demonstrando a 
transpiração .....................................................269
A fotossíntese ................................................269
Plantas “de sombra” e 
plantas “de sol” ..............................................273
Atividade prática: Demonstração 
experimental da fotossíntese ................273
Leitura: 
Outro olhar – Algumas adaptações das 
plantas ................................................................ 274
Para recapitular .............................................275
Desenvolvendo habilidades ..................275
Biologia nos vestibulares e no Enem ....275
caPÍtulo 30
fisiologiA vegetAl ii: 
HorMÔnios e MoviMentos ...276
Os hormôniosvegetais ...............................277
A fisiologia da reprodução vegetal ......280
Os movimentos nas plantas .....................282
Leitura: Deu na mídia – A inteligência 
das plantas revelada ....................................284
Para recapitular .............................................285
Desenvolvendo habilidades ..................285
Biologia nos vestibulares e no Enem ....285
Projeto interdisciplinar: 
diversidade e função – Biodiversidade 
das plantas........................................................287
siglAs dAs universidAdes 
e dos vestibulAres ................ 288 
sugestões de leiturA ........... 288
bibliogrAfiA ................................ 288
orientAções didáticAs .......... 289
00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 8 4/29/16 4:20 PM
Classificação biológica 
e o estudo de 
alguns reinosUN
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As coleções biológicas 
são ferramentas de preservação 
que atestam sobre a diversidade 
e a riqueza das espécies de um 
determinado ambiente. 
Elas são importantes fontes de 
referência para que pesquisadores 
possam procurar informações e 
obter a identificação de espécies. 
Na foto, coleção de insetos.
9
01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 9 4/29/16 3:54 PM
A classificação 
dos seres vivos1CAPÍT
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JArdins botânicos
Os jardins botânicos são instituições que visam à pesquisa, à conservação vegetal e à educação. Considerados 
museus vivos, suas coleções permitem que a sociedade conheça a biodiversidade e a importância das plantas 
para a vida no planeta.
Hoje existem cerca de 33 mil espécies de plantas ameaçadas de extinção ou de empobrecimento genético, 
enquanto há mais de 2 500 jardins botânicos e arboretos1 no mundo. Em vista disso, os jardins botânicos foram 
chamados a implementar a Estratégia Mundial para a Conservação de Plantas e a elaborar planos, no sentido 
de defender a conservação das plantas e atrair a atenção do público, por intermédio de programas educacionais 
apropriados, com abordagem que privilegiasse a preservação da diversidade genética e o desenvolvimento sus-
tentável. [...]
As coleções do Jardim Botânico do Rio de Janeiro se desenvolvem em diversas ações. Os pesquisadores da 
instituição viajam ao ambiente natural para coletar amostras de plantas. Os ramos com flores são dessecados 
na prensa para formar as “exsicatas”2, itens componentes do herbário. Também se coletam frutos, sementes e 
pedaços de folhas que, colocadas em saquinhos contendo sílica, são processadas pela equipe do Laboratório de 
DNA. Quando possível, são trazidas ainda amostras de madeira para a Xiloteca3. No Laboratório de Sementes, 
processam-se e estudam-se as sementes que são armazenadas em câmaras de refrigeração; as excedentes são 
encaminhadas ao Horto Florestal para produção de mudas. [...]
Jardim Botânico do rio de Janeiro. Introdução a Coleções Biológicas. 
disponível em: <http://jbrj.gov.br/colecoes/biologicas>. acesso em: nov. 2015.
Com mais de dois séculos de existência, o Jardim 
Botânico do Rio de Janeiro é reconhecido em todo 
o mundo por sua importância cultural, científica 
e paisagística. Rio de Janeiro (RJ), 2013.
1. Arboreto: local onde se cultivam plantas de diversos tipos (árvores, arbustos e herbáceas) com o objetivo de estudá-las ou usá-las em práticas do ensino.
2. Exsicata: amostra de planta prensada e seca. as excicatas passam por esse processo para que as estruturas da planta sejam preservadas, possibilitando o 
armazenamento para o registro e a troca de exemplares da espécie.
3. Xiloteca: do grego xylon = “madeira” e theke = “coleção”. coleções botânicas compostas exclusivamente por amostras de madeira.
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•	 em sua opinião, qual é a importância, 
para a sociedade, de locais como o Jardim 
Botânico do Rio de Janeiro? existe algum 
jardim botânico em sua cidade?
EXPLORANDO	AS	IDEIAS	DO	TEXTO
NãO
EScREvA
NO	LIvRO
10
as respostas das questões dissertativas estão nas 
orientações Didáticas, ao final deste volume.
01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 10 4/29/16 3:54 PM
Por que clAssificAr?
o ser humano vem tentando há muito ordenar o mundo natural, visando entender 
o ambiente que o cerca. da mesma forma, com o intuito de facilitar o estudo dos 
organismos, os estudiosos da natureza passaram a descrever, nomear e classificar os 
diferentes seres vivos, ordenando-os em grupos de acordo com certos critérios. esse 
trabalho é a taxonomia.
em 1735, o botânico sueco Lineu (Karl von Linné, ou carolus Linnaeus) publicou 
um trabalho intitulado Systema Naturae, no qual propôs a classificação dos seres 
vivos em grupos (ou táxons) de maior ou menor abrangência; tais grupos se distri-
buem em uma hierarquia. nesse sistema de classificação, o táxon mais abrangente é 
o de reino, que, por sua vez, compreende táxons sucessivamente menores até o nível 
de espécie, a unidade de classificação.
o critério básico da classificação de Lineu era a semelhança anatômica entre os 
organismos; as espécies eram consideradas tipos padrões e imutáveis, conceito este 
chamado de fixismo. até então, não se aventava a hipótese de que teria ocorrido um 
processo de evolução biológica. 
a partir do século XiX, Lamarck (1809), darwin (1859) e outros pensadores publi-
caram ideias sobre as espécies se modificarem ao longo do tempo, pressuposto 
básico do que, com o tempo, veio a consolidar a teoria da evolução Biológica. essa 
teoria se tornou, a partir da segunda metade do século XX, a base dos sistemas de 
classificação atuais. em vez de tipos imutáveis, caracterizados apenas pela estrutura 
(anatomia), hoje as espécies são classificadas com base em diversos critérios (fisio-
lógicos, embriológicos, bioquímicos, genéticos, ecológicos, entre outros) que buscam 
desvendar as relações de parentesco evolutivo entre os seres vivos.
um exemplo de classificação
o esquema ao lado mostra a clas-
sificação de um animal da espécie 
Canis familiaris, o cão, nas diversas 
categorias taxonômicas, os táxons4. o 
gênero Canis reúne várias espécies 
semelhantes à do cão, como a do 
lobo e a do coiote. a família dos caní-
deos abrange outros gêneros, como o 
das raposas. a ordem dos carnívoros 
agrupa várias famílias, como a dos 
canídeos, a dos felídeos e a dos ursí-
deos. a classe dos mamíferos tem 
várias ordens, como a dos carnívoros, 
a dos primatas, a dos cetáceos, a dos 
roedores e a dos quirópteros. o subfi-
lo dos vetebrados inclui outras clas-
ses além da dos mamíferos: a dos 
répteis, a dos anfíbios, a dos peixes e 
a das aves. o filo dos cordados, por 
sua vez, reúne os subfilos urochordata 
e cephalochordata, além dos verte-
brados, exemplificados no esquema. 
Finalmente, o reino animalia engloba 
muitos filos, como o dos cordados, 
artrópodes, moluscos e anelídeos.
Classificação da espécie Canis familiaris, o cão doméstico. (Representação 
fora de proporção de tamanho entre si. Cores fantasia.)
4. Táxons: categorias de classificação, grupos taxonômicos. o termo vale para espécie, gênero, família etc.
Reino animalia
FiLo chordata
sUBFiLo Vertebrata
cLasse mammalia
oRDem carnivora
FamÍLia canidae
GÊneRo Canis
esPÉcie Canis familiaris
estrela-
-do-mar
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humano aveserpente
anfioxo cavalo Raposa cão Urso Peixe minhoca
coioteTigre Lobo
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A classificação dos seres vivos • CAPÍTULO 1 11
Tem-se aqui uma opor tunidade de 
contextualização do conhecimento 
com o cotidiano dos estudantes, 
que poderão identificar em sua 
vivência várias situações em que se 
faz necessária a adoção de sistemas 
de classificação: na ordenação dos 
talheres dentro de uma gaveta, 
na arrumação das roupas e outros 
objetos pessoais dentro de armários 
e na colocação de livros numa 
estante, por exemplo.
01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 11 4/29/16 3:54 PM
Os elementos químicos
assim como a Biologia,a Química tem um sistema de classificação e nomenclatura que organiza o seu estudo. os 
elementos químicos, por exemplo, têm nomenclatura e símbolos padronizados e são distribuídos numa tabela, de 
acordo com algumas de suas propriedades.
em Química, a tabela periódica proposta pelo russo 
mendeleev (1871) tem os elementos indicados por seus 
símbolos e ordenados em sequência de seus números 
atômicos (Z). em colunas verticais da tabela ficam as 
famílias. os símbolos dos elementos químicos foram 
propostos pelo sueco Berzelius, em 1811.
1. Localize na tabela periódica as famílias: metais 
alcalinos, alcalino-terrosos, halogênios e gases 
nobres. Pesquise em que tipo de composto, natu-
ral, alguns desses elementos podem ser encontra-
dos. 
2. Pesquise a presença do flúor e do cloro, que são 
halogênios (latim: halo = “sal” + grego: genesis = 
“origem”), no ambiente e no corpo humano e descre-
va o papel desses elementos.
3. os símbolos dos elementos químicos são represen-
tados por abreviaturas de seu nome em latim. Por 
que o latim é o idioma escolhido para a nomenclatu-
ra? Faça uma pesquisa e responda.
4. em Biologia, há diferentes sistemas de classificação. 
discuta com seus colegas a importância de classificar.
5. em grupos, criem um sistema de classificação que 
possa ser exposto em forma de tabela. Pode ser de 
objetos, seres vivos, músicas, entre outros.
6. ao final, juntem as informações coletadas e os sistemas 
de classificação produzidos por toda a turma e elabo-
rem um artigo único de divulgação para sua comunida-
de escolar, que com linguagem adequada, clara e 
acessível, para reportar os resultados que vocês encon-
traram. divulguem o artigo para as outras turmas.
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Ununtrium
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Ununpentiu
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Ununséptio
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Ununóctio
Uuo
Tabela periódica dos elementos
Fleróvio
(289)
Livermório
(293)
Número de massa do elemento mais comum.
Os elementos nesta fronteira, com exceção do alumínio,
apresentam características de metais e de não metais.
Atualizada em 2013.
LvFI
Copernício
(284) (288) (294) (294)
NãO
EScREvA
NO	LIvRO
Fonte: iuPac. disponível em: <www.iupac.org>. acesso em: fev. 2016.
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		LEITURA	E	LETRAMENTO
Lembrem-se de que o artigo deve conter página de abertura com título, nome dos autores e resumo 
do trabalho; depois, há a introdução do tema, o desenvolvimento e as conclusões a que vocês chegaram. 
Não se esqueçam de incluir a bibliografia que vocês consultaram.
UNIDADE 1 • ClassifiCação BiológiCa e o estudo de alguns reinos12212
comentários e sugestões para esta atividade estão 
nas orientações Didáticas, ao final deste volume.
01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 12 4/29/16 3:54 PM
As homologiAs
o conceito de homologia é importante para fundamentar a classificação biológica 
que se baseia nas relações evolutivas entre os organismos.
Homologia significa semelhança. em Biologia, esse conceito refere-se a 
semelhanças em relação a um mesmo plano básico de organização, indicando, 
assim, que semelhanças entre dois ou mais organismos se devem a uma mesma 
origem evolutiva. 
um exemplo clássico é o dos membros dos vertebrados, que apresentam o 
mesmo número de ossos na fase embrionária, dispostos da mesma forma. 
entretanto, durante o desenvolvimento, os membros se modificam, mostrando-se 
adaptados para funções diversificadas. o morcego, por exemplo, usa as asas para 
o voo, a baleia usa suas nadadeiras para a natação, o macaco usa seus braços 
para a braquiação5 em árvores, o cavalo corre com suas pernas e o tatu usa as 
suas para escavar.
além das homologias anatômicas, 
são também importantes outras homo-
logias, como as bioquímicas. o simples 
acaso não poderia explicar, por exem-
plo, a presença de certas proteínas 
(como as hemoglobinas e certas enzi-
mas) e outras substâncias semelhantes 
— às vezes até idênticas — em animais 
bem diferentes. 
como mencionado anteriormente, 
as semelhanças (ou homologias) suge-
rem uma mesma origem evolutiva. os 
estudos sobre homologias fornecem 
bases para as propostas de filogenias, 
ou seja, para o estabelecimento de 
diagramas que relacionem os organis-
mos entre si quanto ao parentesco 
evolutivo e às origens comuns entre os 
diversos grupos. 
outro conceito bastante usado em Biologia é o da analogia, que não deve ser 
confundida com a homologia. a analogia refere-se apenas a semelhanças funcio-
nais. as asas dos insetos e as das aves, por exemplo, embora tenham função e 
forma semelhantes, não têm qualquer semelhança em termos de origem embrioná-
ria e estrutura anatômica básica. são, assim, chamadas de órgãos análogos, pois, 
embora exerçam função semelhante, não têm relação evolutiva próxima entre si e, 
portanto, não são levadas em conta para uma classificação que se baseie no paren-
tesco evolutivo entre as espécies.
o conceito de esPécie
como já vimos, segundo Lineu, as espécies eram consideradas tipos imutáveis, 
usados como padrão de comparação. com o advento das ideias sobre a evolução 
biológica e muitas discussões sobre os critérios mais adequados para proceder às 
classificações, o conceito de espécie mudou bastante.
Por enquanto, podemos adiantar que cada espécie é caracterizada por indiví- 
duos muito semelhantes entre si quanto a aspectos morfológicos, genéticos, bioquí-
micos etc., e que são capazes de cruzamento em condições naturais, gerando des-
cendência fértil.
5. Braquiação: modo de locomoção de primatas que vivem em árvores, balançando-se de galho em galho, com a utilização de braços e pernas.
Esquema comparando os 
conceitos de homologia e 
analogia. (Representações fora 
de proporção de tamanho entre 
si. Cores fantasia.)
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Homologiaasa de morcego
asa de ave
asa de inseto
Braço humano
AnalogiaAnalogia
Homologia
Homologia
HomologiA  AnAlogiA
A classificação dos seres vivos � CAPÍTULO 1 13
a discussão sobre o conceito de espécie será detalhada no volume 3 desta coleção. 
01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 13 4/29/16 3:54 PM
nas palavras de ernst mayr (1904-2005), um estudio-
so da evolução: “defino espécies biológicas como ‘gru-
pos de populações naturais capazes de entrecruza-
mento que são reprodutivamente (geneticamente) 
isolados de outros grupos similares’. o status de 
espécie é propriedade de populações, não de indivíduos”.
Geralmente, organismos de espécies diferentes não 
trocam genes, isto é, não se reproduzem. Às vezes, 
porém, pode acontecer de espécies claramente distin-
tas, como a do cavalo e a do jumento, cruzarem. no 
entanto, seus descendentes, as mulas, não são férteis, 
sendo chamados de híbridos estéreis. embora essa 
definição de espécie seja satisfatória, é fácil perceber 
que nem sempre o critério de compatibilidade sexual 
pode ser empregado. no caso de fósseis de espécies 
extintas, ou de certos microrganismos que se reprodu-
zem assexuadamente, esse conceito não se aplica.
A nomenclAturA biológicA
em seu sistema de classificação, Lineu usou a chamada nomenclatura binomial 
ou binária, que designa a espécie com duas palavras latinas, escritas em itálico ou gri-
fadas separadamente. a primeira palavra indica o gênero e deve ter a inicial maiúscula; 
a segunda tem inicial minúscula e só indica a espécie quando precedida da palavra 
indicativa do gênero. assim, por exemplo, Homo sapiens é o nome científico da espécie 
humana; Coffea arabica é o nome científico da espécie café, e este último, “café”, é o 
nome comum ou vulgar. se após o nome da espécie aparecer uma terceira palavra, 
também com inicial minúscula e em itálico ou grifada, está sendo indicada a subespé-
cie, grupo inferior à espécie. Passer domesticus domesticus Lineu, 1758, por exemplo, 
indica o gênero, a espécie e a subespécie do passarinho cujo nome vulgar é pardal, 
além do nome do pesquisador que a descreveu e a da data da publicação do trabalho.
se em um texto o nome científico da espécie já foi mencionado, ao ser citado 
novamente poderá ser abreviado, como em P. domesticus. se usarmosa designação 
Passer sp., apenas o gênero está determinado, e não a espécie. observe que nenhum 
dos nomes científicos recebe acentuação.
no exemplo do pardal foi citado o termo subespécie; da mesma forma podem ser 
empregados os prefixos sub e super para os demais grupos, como em subfilo, super-
classe e superordem. os táxons família e subfamília recebem, respectivamente, os 
sufixos -idae e -inae. exemplos de famílias de carnívoros: canidae, felidae, ursidae.
A sistemáticA filogenéticA
os seres vivos mostram uma grande diversidade, o que levou o ser humano a estabe-
lecer sistemas de classificação para ordená-los em grupos de acordo com suas seme-
lhanças. nos sistemas mais antigos, os critérios adotados para essa ordenação eram 
geralmente estruturais ou anatômicos. com os estudos sobre evolução e genética, as 
classificações começaram a incorporar as possíveis relações evolutivas entre os grupos. 
a sistemática é, então, o ramo da Biologia que se dedica ao estudo da história evolu-
tiva dos grupos, das suas relações de origem e descendência. na sistemática filogené-
tica ou cladística (do grego kládos = ramo) são considerados caracteres morfológicos, 
paleontológicos, moleculares, comportamentais, fisiológicos, genéticos para a formação 
dos grupos. em resumo, a filogenética parte do pressuposto de que novos grupos (que 
não compreendem apenas as espécies, mas também outras categorias taxonômicas, 
como filos e classes) surgem de modificações evolutivas de um grupo ancestral.
Mula (cerca de 1,6 m de altura), 
híbrido estéril resultante do 
cruzamento entre uma égua 
(Equus caballus) e um jumento 
(Equus asinus).
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UNIDADE 1 � CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA E O ESTUDO DE ALGUNS REINOS14414
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musgos Pteridófitas Gimnospermas
Flores e frutos
sementes
Tecido vascular
embrião
angiospermas
3o nó
2o nó
1o nó
os cladogramas
as relações filogenéticas (ou hipóteses de parentesco) 
são representadas graficamente por cladogramas. na cons-
trução de um cladograma, um caráter é condição primitiva, 
que ocorre em um determinado ancestral. a condição deri-
vada é a que se origina da primitiva. os cladogramas mos-
tram a origem evolutiva dos grupos por dicotomias (bifurca-
ções). isso indica a separação física e reprodutiva de um 
grupo ancestral em dois grupos derivados, em dado momen-
to do processo evolutivo, fenômeno chamado de cladogê-
nese. veja na ilustração que a partir de um nó, surgem 
ramos (os clados) distintos. o nó representa a cladogênese, a separação em dois 
ramos a partir de um ancestral. este é o ancestral comum a todos os grupos acima dele.
no exemplo, há uma representação da relação de parentesco das plantas. a partir de 
um ancestral comum hipotético (1º nó) desenvolveram-se ramos distintos. a presença de 
embrião é uma característica compartilhada pelos seres representados no diagrama. o 1º 
nó marca a separação entre as plantas avasculares (briófitas) e as plantas vasculares. o 
grupo das plantas vasculares compartilha entre si a presença de “tecido vascular exten-
so”. o 2º nó marca a separação entre as plantas vasculares sem sementes (pteridófitas) 
e as plantas “com sementes” (gimnospermas e angiospermas). e o 3º nó marca a sepa-
ração entre as plantas com sementes (gimnospermas) e as que têm, além de sementes, 
flores e frutos (angiospermas).
É comum, em um cladograma, a indicação das características primitivas e derivadas 
existentes naquela filogenia em particular. entendem-se por características primiti-
vas aquelas que já estavam presentes no ancestral; e por características derivadas, 
as novidades evolutivas apresentadas em relação ao seu ancestral. repare que todos 
os organismos que partem de um mesmo nó, ao longo de determinado ramo, apresen-
tarão característica(s) derivada(s) em comum.
Finalizando, perceba que dois clados (grupos) que partem de um mesmo nó são 
mais semelhantes entre si, isto é, compartilham mais homologias do que grupos que 
estão separados por mais de um nó. Por exemplo, há mais semelhanças entre angios-
permas e gimnospermas do que entre qualquer uma delas e um musgo.
domínios e reinos
na época de Lineu eram considerados apenas dois reinos para os seres vivos: o 
vegetal e o animal. devemos nos lembrar que Lineu baseou sua classificação apenas 
nas estruturas visíveis dos organismos vivos. em 1866, o zoólogo alemão e. Haeckel 
criou o termo “protista” para designar um conjunto de organismos simples, eucarion-
tes, que não eram caracterizados nem como vegetais nem como animais. mais tarde, 
o novo reino Protista incluiria as bactérias, os protozoários, os fungos e as algas. 
Modelo de cladograma 
representando a relação de 
parentesco entre alguns grupos de 
plantas. (Elementos fora de 
proporção de tamanho entre si. 
Cores fantasia.)
Nas fotografias acima, vemos diferentes formas de bactérias, organismos do Reino Monera, vistas ao microscópio eletrônico de varredura. 
Da esquerda para direita: bacilos (Bacillus cereus), estafilococos (Staphylococcus aureus) e vibrões (Vibrio cholerae). (Cores artificiais.)
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A classificação dos seres vivos � CAPÍTULO 1 15
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Em 1956, o biólogo estadunidense H. F. Copeland propôs a criação de um novo 
reino, Monera, que abrigaria os seres de natureza celular mais simples — as bactérias, 
que diferem de todos os demais por serem organismos procariontes. Estabelecia-se, 
dessa forma, um sistema de quatro reinos: Monera, Protista, Vegetal e Animal. Logo 
depois, em 1969, o zoólogo estadunidense R. Whittaker sugeriu que os fungos fos-
sem elevados à categoria de um novo reino. Surgia, assim, o sistema de cinco reinos 
(Monera, Protista, Fungi, Animalia e Plantae). 
O progresso no conhecimento científico levou, no final do século passado, a uma 
nova reformulação na classificação dos seres vivos. Além da assimilação da noção de 
descendência com modificação — que explica o surgimento e a diversificação de 
novas espécies —, temos importantes avanços, particularmente no que diz respeito à 
composição genética das diferentes espécies, na Biologia do Desenvolvimento e na 
Bioquímica, trazendo maior embasamento para os estudos de filogenia.
O reconhecimento de que os organismos procariontes são profundamente dife-
rentes dos demais, em termos genéticos, levou alguns cientistas a propor novas 
classificações. Uma delas, sugerida por L. Margulis e K. V. Schwartz em 1982, indica a 
existência de dois super-reinos: Prokarya, que abriga os seres procariontes (Reino 
Monera), e Eukarya, no qual estão reunidos os demais organismos celulares (Reinos 
Protoctista, Fungi, Animalia e Plantae). O Reino Protista, que reunia apenas seres 
unicelulares (as algas unicelulares e protozoários), foi substituído pelo Reino 
Protoctista. Este reúne organismos eucariontes, autótrofos e heterótrofos, uni e pluri-
celulares, o que inclui algas macroscópicas anteriormente classificadas no reino das 
plantas. Essa é a classificação que adotaremos aqui.
Em 1977, C. Woese propôs que a diversidade de seres vivos poderia ser distribuída 
em três grandes grupos, ou domínios. São eles: Bacteria, Archaea e Eukarya. O domí-
nio Bacteria (eubactérias) inclui diversos grupos de microrganismos procariontes 
(células sem membrana nuclear). O domínio Archeae (arqueas ou arqueobactérias) 
inclui espécies de microrganismos procariontes adaptados a ambientes extremos, de 
condições aparentemente incompatíveis com a vida. São exemplos as que suportam 
altas temperaturas de fontes termais (termófilas), alta

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