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2 CÉSAR SEZAR CALDINI biologia ensino médio Componente CurriCular biologia 2 o ano BIOLOGIA_V2_PNLD2018_capa professor caracterizado.indd 1 5/5/16 8:37 AM ensino médio 2 biologia 12a edição – • São Paulo CÉSAR DA SILVA JÚNIOR • Licenciado em História Natural pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP • Professor de Biologia SEZAR SASSON • Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da USP • Professor e supervisor de Biologia NELSON CALDINI JÚNIOR • Licenciado e bacharel em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da USP • Mestre em Biologia Molecular pela Escola Paulista de Medicina da Unifesp • Professor de Biologia COMPONENTE CURRICULAR BIOLOGIA 2o ANO ENSINO MƒDIO Manual do Professor 00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 1 5/23/16 8:26 AM 22 Diretora editorial Lidiane Vivaldini Olo Gerente editorial Luiz Tonolli Editor responsável Isabel Rebelo Roque Editores Rodrygo Martarelli Cerqueira, Carolina Santos Taqueda, Fabiola Bovo Mendonça, Anderson Tamakoshi, Luciana Nicoleti, Mayra S. Hatakeyama Sato Gerente de produção editorial Ricardo de Gan Braga Gerente de revisão Hélia de Jesus Gonsaga Coordenador de revisão Camila Christi Gazzani Revisores Carlos Eduardo Sigrist, Cesar G. Sacramento, Diego Carbone, Patricia Cordeiro Produtor editorial Roseli Said Supervisor de iconografi a Sílvio Kligin Coordenador de iconografi a Cristina Akisino Pesquisa iconográfi ca Roberto Silva, Enio Rodrigo Lopes Licenciamento de textos Erica Brambila, Paula Claro Coordenador de artes Narjara Lara Design e capa Sergio Cândido com imagens de Woodoo007/123RF/Easypix, Andre Seale/ Age Fotostock/Easypix Brasil, Makasana photo/Shutterstock Edição de arte Felipe Consales Diagramação Janaina Lima Assistente Camilla Felix Cianelli Ilustrações Alex Argozino, BIS, Carlos Bourdiel, Conceitograf, Cris Alencar, Estúdio Ampla Arena, João Anselmo, Jurandir Ribeiro, Luis Moura, Luis Fernando Rubio, Osni de Oliveira, Paulo Cesar Pereira, R2 Editorial, Rafael Herrera, Sandro Castelli, Studio Caparroz, Vagner Coelho, Walter Caldeira Cartografi a Mario Yoshida Tratamento de imagens Emerson de Lima Protótipos Magali Prado 077869.012.001 Impressão e acabamento O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo utilizado apenas para fi ns didáticos, não representando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora. Nos livros desta coleção são sugeridos vários experimentos. Foram selecionados experimentos seguros, que não oferecem riscos ao estudante. Ainda assim, recomendamos que professores, pais ou responsáveis acompanhem sua realização atentamente. Biologia 2 © César da Silva Júnior, Sezar Sasson e Nelson Caldini Júnior, 2016 Direitos desta edição: Saraiva Educação Ltda., São Paulo, 2016 Todos os direitos reservados Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Silva Júnior, César da Biologia, volume 2 / César da Silva Júnior, Sezar Sasson, Nelson Caldini Júnior. -- 12. ed. -- São Paulo : Saraiva, 2016. Suplementado pelo manual do professor. Bibliografia. ISBN 978-85-472-0543-0 (aluno) ISBN 978-85-472-0544-7 (professor) 1. Biologia (Ensino médio) 2. Biologia - Problemas, exercícios etc. (Ensino médio) I. Sasson, Sezar. II. Caldini Júnior, Nelson. III. Título. CDD-574.07 16-02690 -574.076 Índices para catálogo sistemático: 1. Biologia : Ensino médio 574.07 2. Exercícios : Biologia 574.076 Composição de imagens mostrando, em perspectiva artística, a silhueta do corpo humano com destaque para o coração e alguns dos seus vasos; abaixo, um peixe-anjo (Holacanthus ciliares, até 45 cm de comprimento). Ao fundo, uma planta do gênero Lobelia (tamanho desconhecido). Avenida das Nações Unidas, 7221 – 1º andar – Setor C – Pinheiros – CEP 05425-902 00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 2 5/23/16 8:26 AM 3 Caro estudante, Este livro vai acompanhá-lo ao longo deste ano. Nesta conversa inicial, queremos comentar alguns pontos para que você possa utilizar nossa obra com o maior proveito possível. Uma pergunta, que talvez já tenha passado pela sua mente: “Por que eu devo estudar Biologia?” Afinal, nem todos vocês seguirão uma carreira na área biológica, como Medicina, Enfermagem, Agronomia ou Odontologia. E para o futuro advogado, contador, engenheiro ou administrador de empresas: “Será útil estudar Biologia?”. Estamos convictos de que a resposta é “sim”. Temas relacionados à Biologia, na verdade, nos cercam de todos os lados... A clonagem, as células-tronco, os testes de DNA, estudos para a cura do câncer, a dengue, a gripe suína e a Aids, entre outros, são todos temas biológicos. Também o aquecimento global, a poluição da água e do ar, o uso de energias alternativas e a ameaça à sobrevivência de espécies. Para compreender, avaliar melhor e ter uma opinião a respeito do que se passa ao nosso redor, é necessário dominar os conceitos básicos da Biologia. Esse conhecimento nos permitirá, como cidadãos, tomar decisões que julgarmos corretas, no sentido de preservar nossa saúde, a de nossa família e a da comunidade em que vivemos e de conservar a biosfera. Além disso, é importante conhecer melhor o ambiente onde vivemos, como animais e plantas que oferecem riscos à nossa saúde, os possíveis vetores na transmissão de parasitas, bem como as medidas de prevenção de doenças infecciosas. A organização do livro está descrita nas próximas páginas de forma detalhada. Sugerimos que leia esta parte com cuidado. No entanto, queremos insistir em um ponto: além dos conteúdos e dos exercícios que o livro contém, pretendemos que ele represente, para você, uma verdadeira “janela” para o mundo exterior, que o estimule a aprender mais. Assim, são propostos problemas, desafios, pesquisas em livros ou na internet, entrevistas e visitas. Com seu grupo, você terá a tarefa de organizar dados coletados, levantar hipóteses, realizar experimentos, tirar conclusões, produzir textos e vídeos e comunicar os resultados a seus colegas. Você perceberá também as relações entre a Biologia e outros ramos do saber. Tudo que for aprender, este ano, irá certamente muito além do livro; e o resultado final dependerá, em grande parte, de seu esforço pessoal e de seu envolvimento com o estudo. Seu(sua) professor(a) de Biologia não é apenas um(a) especialista nesta disciplina. Considere-o(a) também um(a) orientador(a), fundamental a seu trabalho. É a ele(a) que cabe a responsabilidade de organizar o curso deste ano, sugerindo as atividades, as pesquisas e os trabalhos em geral, de forma que seu aprendizado seja o mais produtivo possível. Esclareça suas dúvidas com ele(a), peça sugestões e ajuda e aproveite ao máximo sua experiência de educador(a). Um excelente trabalho para você. Os autores JA M ES JO rD A N P h O TO g rA Ph y/ g ET Ty IM A g ES 00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 3 4/29/16 4:19 PM 44 Conheça seu livro Texto de abertura do capítulo A Biologia está em nosso cotidiano, e mostrar isso a você é uma das funções da abertura de cada capítulo. Aproveite o momento para trocar ideias com a turma e levantar questionamentos. 21CAPÍT U L O O sistema nervoso e os sentidos NEUROPATIAS E PROTEÍNA TAU Você já ouviu falar de alguma das doenças degenerativas do sistema nervoso ou neuropatias? A doença de Parkinson, a doença de Alzheimer e a demência frontotemporal são algumas delas. A degeneração do sistema nervoso acontece em função de anomalias que acometem feixes de neurofibrilas e microtúbulos, estruturas presentes no citoplasma dos neurônios. Essas anomalias causam alteraçãoda função das estruturas citadas, que atuam na transmissão do impulso nervoso e no transporte de nutrientes ao longo dos axônios em decorrência da alteração de uma proteína, a Tau, que facilita a formação dos microtúbulos, o que provoca o apa- recimento dos emaranhados de fibrilas. A consequência é a degeneração progressiva dos neurônios, especialmente em certas regiões do cérebro, o que explica os sintomas dessas doenças. Em casos de doença de Alzheimer, ocorre grande deposição da proteína beta amiloide no corpo dos neurônios, gerando perda progressiva da memória pela atrofia da região do hipocampo, no cérebro. Na doença de Parkinson, os neurônios apresentam os emaranhados de neurofibrilas e há perda de controle da musculatura corporal. A demência frontotemporal, que afeta as regiões frontal e temporal do cérebro, é uma doença insidiosa que causa alterações da personalidade, instabilidade emocional, dificuldade de elaboração de palavras e comprometimento da memória. Imagem produzida por computação gráfica mostrando a atrofia do córtex cerebral em um paciente que sofre da doença de Alzheimer (à esquerda) em comparação ao cérebro de um paciente saudável (à direita). (Cores fantasia.) 1. Quais são as substâncias que, alteradas, podem causar neuropatias degenerativas de maior incidência em idosos? 2. Nessas doenças, quais são as estruturas neuronais alteradas? EXPLORANDO AS IDEIAS DO TEXTO NÃO ESCREVA NO LIVRO A LF R E D P A S IE K A /S P L/ LA TI N S TO C K 177 Mais aprofundamento Nestes boxes você vai encontrar recortes que complementam a informação principal, com temas relacionados à Saúde, Medicina, Evolução, Genética, Biotecnologia, entre outras áreas. Disco epifisário Superfície articular Osso esponjoso, com a medula óssea vermelha Buraco medular, com a medula óssea amarela Osso compacto Diáfise Epífise Periósteo O corpo do osso (diáfise), entre as duas epífises, é um tubo de parede grossa, maciça, formada por um tecido ósseo compacto. A grande cavidade central da diáfise é o buraco medular, preenchido pela medula óssea amarela, vulgarmente chamada de tutano, de natureza gordurosa. O osso todo é revestido por uma resistente bainha de tecido fibroso, o periósteo, cujas fibras colágenas se inserem firmemente no tecido ósseo. Esquema (A) (cores fantasia) e fotografia (B) de osso longo em corte mediano. Osteoporose Cálcio e fósforo são os dois componentes minerais básicos da matriz do tecido ósseo, enquanto o colá- geno é a principal substância orgânica. Ao longo da vida, os ossos têm grande atividade de troca de minerais com o plasma sanguíneo, o que possibilita uma contínua reconstrução da sua estrutura e a regulação da taxa desses minerais no sangue. Esse metabolismo ósseo depende de atividade física e de fatores genéticos, nutricionais e hormonais. Com a idade, há uma perda natural da densidade da chamada massa óssea da matriz, o que enfraquece os ossos, predispondo-os a fraturas. Essa é a causa da osteoporose, muito mais comum nas mulheres, especialmente a partir da menopausa, quando há uma acentuada queda nos níveis dos hormônios femini- nos, os estrógenos. Os fatores de risco são a dieta pobre em cálcio, a carência de vitamina D, a vida sedentária, o excesso de fumo e álcool, o consumo regular de antiácidos, a deficiência hormonal, além do fator genético. É importan- te que se procure evitar os fatores de risco durante toda a vida e não ape- nas quando o problema já se manifestou, pois o processo é irreversível. Assim, é recomendável uma dieta saudável; atividade física regular, ade- quada à idade; e tratamento de reposição hormonal durante a menopausa. Isso, sem dúvida, pode retardar bastante a eventual manifestação da temida osteoporose. Fotografias de osso saudável (à esquerda) e de osso com osteoporose (à direita) obtidas por meio de técnicas de microscopia eletrônica de varredura. (Cores artificiais.) Ossos com osteoporose apresentam grandes cavidades e traves ósseas (matriz) frágeis, finas. RI C A RD O D ’A D D IO D A S IL VA A B JU RA N D IR R IB EI RO PA U L G U N N IN G /S PL /L AT IN ST O CK D R. A LA N B O YD E/ VI SU AL S U N LI M IT ED , I N C/ LA TI N ST O CK Aumento de 70 vezes. Aumento de 60 vezes. UNIDADE 3 ¥ FISIOLOGIA HUMANA206206206 Recursos na web Nesta seção você encontrará sugestões de sites, links, softwares, entre outros recursos disponíveis na internet relacionados ao tema do capítulo. As g™nadas As gônadas (os testículos, no homem, e os ovários, na mulher) são responsáveis por uma dupla função: a pro- dução de gametas (células reprodutivas — os espermatozoides e os ovócitos) e a produção dos hormônios se- xuais. No homem, o hormônio sexual mais importante é a testosterona. No organismo feminino são produzidos o estrógeno e a progesterona. Todos eles têm natureza lipídica (são esteroides). A produção de hormônios sexuais pelas gônadas é controlada por hormônios hipofisários, as gonadotrofinas. De um modo geral, a função dos hormô- nios sexuais é estimular a produção dos gametas (processo conhecido por gametogênese) e promover o desenvol- vimento e a manutenção dos caracteres sexuais típicos de cada sexo. Principais disfunções hormonais no ser humano Glândula Disfunção Sintomas Hipófise (hormônio somatotrófico) Hipofunção: nanismo Baixa estatura. Hiperfunção: gigantismo Alta estatura. Hiperfunção no adulto: acromegalia Espessamento ósseo anormal em dedos, queixo, arcada superciliar. Hipófise (hormônio antidiurético) Hipofunção: diabetes insipidus Urina abundante e diluída (até 20 litros por dia). Hipofunção na criança: cretinismo biológico Retardamento no desenvolvimento físico, mental e sexual. Glândula tireóidea (tiroxina) Hipofunção no adulto: mixedema Edemas na pele, baixo metabolismo, gordura, cansaço. Hiperfunção no adulto: bócio exoftálmico Alto metabolismo, emagrecimento, nervosismo, globo ocular saliente (exoftalmia). Hipertrofia da glândula: bócio endêmico ou papo Crescimento exagerado da glândula por deficiência de iodo na alimentação. Glândulas paratireóideas (paratormônio) Hipofunção: tetania fisiológica Exagerada excitabilidade neuromuscular, contrações musculares tetânicas. Pâncreas (insulina) Hipofunção: diabetes mellitus Hiperglicemia (alta taxa de glicose no sangue) e glicosúria (glicose na urina). Adrenais (córtex) Hipofunção: doença de Addison Enfraquecimento geral, emagrecimento, melanização da pele, perda da capacidade mental. Hiperfunção, nas mulheres: causa virilização Acentuação dos caracteres sexuais masculinos: pelos no rosto, mudança no tom de voz, desenvolvimento muscular. • Gordura atrai gordura Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/1â132>. • A Química do amor Disponível em: <http://cac-php.unioeste.br/projetos/necto/txt_cientificos/quimicadoamor2.pdf>. • Vermelho que nem tomate Disponível em: <www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=814&sid=8>. Acessos em: jan. 2â16. RECURSOS NA WEB O sistema endócrino ¥ CAPÍTULO 22 197 Diálogos Atividades relacionadas à ação em diferentes campos, promovendo a integração de saberes e estimulando a produção de conteúdos como textos, áudios e vídeos. Nesta seção, você será o produtor e difusor de conhecimento, relacionando temas da Biologia a outras áreas de estudo. Na flor, é possível observar o estigma, os estames, as pétalas e as sépalas. Estigma Estames Sépala TR 3 G IN /S H U TT E R S TO C K Pétala A FLOR A flor é o órgão responsável pela reprodução sexual das angiospermas. Sua diversidade de cores e formas é enorme: há desde coloridas e conhecidas, como as flores das roseiras, até as pequenas e discretas flores das gramíneas. O desenvolvimento da flor inicia-se a partir de uma gema floral que brota no caule, junto ao pecíolo de uma folha. A flor écomposta por verticilos florais, que nada mais são que conjuntos de folhas modificadas, dispostas geralmente em círculos. De fora para dentro, há quatro tipos de verticilos: cálice (sépalas), corola (pétalas), androceu (estames) e gineceu (carpelos). Nas flores de uma mesma espécie ou grupo de plantas, os verticilos cos- tumam apresentar um número fixo de elementos. Assim, nas flores trímeras há três elementos por verticilo (três sépalas, três pétalas, três estames e três carpelos). Alguns verticilos podem ter um número múltiplo de três: é comum, por exemplo, haver dois ou mais círculos de três estames cada um. Flores trímeras são características do grupo das angiospermas monocotiledôneas. De maneira semelhante, se o número de elementos por verticilo é múltiplo de dois, quatro ou cinco, fala-se, res- pectivamente, em flores dímeras, tetrâmeras e pentâmeras, comuns entre as dicotiledôneas. Quanto à distribuição dos sexos, as flores são chamadas de diclinas (di 5 dois; clino 5 leito) ou unissexuadas, quando têm só androceu ou só gineceu. As flores monoclinas (hermafroditas ou bissexuadas) têm androceu e gineceu. Flores de gramínea. Inflorescência de gramínea (Paspalum sp.), com flores que têm alguns milímetros. Note que as flores são verdes e os estames, pretos. No lírio, as pétalas e as sépalas são muito parecidas, por isso, são também chamadas de tépalas. Sépala Pétala Angiospermas e As quatro esta•›es Antonio Vivaldi (ó6ô8-óô4ó), grande figura da música barroca italiana, passou a vida dedicando-se à produção de centenas de obras, concertos, óperas, música sacra e de câmara. Ordenado sacerdote aos 25 anos, durante déca- das lecionou música e regência em uma instituição religiosa, em Veneza. Uma de suas obras mais conhecidas é As quatro estações (Le quattro stagioni), composta de quatro concertos. Eles se iniciam por allegro e allegro non molto, de grande criatividade melódica. Dos quatro, o primeiro concerto, A primavera, é o mais conhecido. 1. Busque em CDs ou na internet a execução musical de As quatro estações. 2. Pesquise imagens de angiospermas nativas de regiões de clima temperado, em que as quatro estações do ano são definidas. Qual o aspecto dessas plantas nas quatro estações? 3. Reunidos em grupos, realizem a montagem de um pequeno espetáculo teatral, com a representação das caracte- rísticas das quatro estações (cenários e atores). O roteiro deverá ficar por conta da criatividade dos estudantes. A trilha sonora pode ser composta pela música de Vivaldi. PRODUÇÃO E FRUIÇÃO DAS ARTES FA B IO C O LO M B IN I C A R LO S E D U A R D O D E S IQ U E IR A /P P G FA P /U FS C NÃO ESCREVA NO LIVRO UNIDADE 4 ¥ O REINO PLANTAE256256256 Capilar milimetrado Bolha de ar O SN I D E O LI V EI RA A FOTOSSÍNTESE A fotossíntese é o processo por meio do qual determinados organismos (plan- tas, algas e algumas espécies de bactérias) transformam a energia luminosa em energia química, armazenada nas moléculas de glicose e de outras moléculas orgânicas. A fotossíntese é um fenômeno fundamental para a vida neste planeta, pois: • produz a maior parte da matéria orgânica que sustenta as cadeias alimen- tares; • promove a manutenção da atmosfera, ao retirar gás carbônico e liberar gás oxigênio para o ar. É importante notar que os organismos fotossintetizantes, como as plantas, não obtêm alimento do solo ou da água. Do solo são retirados nutrientes minerais, importantes na síntese de algumas substâncias orgânicas (um bom exemplo é o nitrogênio, necessário à síntese de proteínas e ácidos nucleicos). Já a energia de que uma planta necessita para viver é obtida da luz que ela recebe, usualmente prove- niente do Sol. Em linhas gerais, a equação que descreve a fotossíntese pode ser assim expressa: CO 2 1 H 2 O 1 luz (CH 2 O) 1 O 2 Gás carbônico Água Açúcar Gás oxigênio na qual (CH 2 O) representa a maneira simplificada de se escrever a fórmula da molé- cula de glicose. (C 6 H 12 O 6 ). Demonstrando a transpira•‹o Há várias demonstrações que comprovam a transpiração. A seguir são apresentadas algumas delas. • Ramo transpirante em balão de vidro ou saco plástico Coloca-se um ramo de planta em um recipiente de vidro fecha- do. O vapor-d’água transpirado condensa-se nas paredes frias do vidro, que fica embaçado, com gotículas. • Massa da planta envasada Verifica-se a massa de uma planta envasada, sendo que vaso e terra devem ser previamente recobertos com papel metálico, impermeável. Após algum tempo em transpiração, faz-se uma nova medida. A diferença entre as duas aferições corresponde ao valor de água perdida por transpiração nesse tempo. • Potômetro Monta-se um pequeno ramo vegetal num tubo de vidro, com um capilar lateral milimetrado. À medida que a planta transpira, a água é absorvida pelo caule seccionado e recua no capilar, podendo ser medido o volume transpirado. Veja a figura ao lado. Observação: também se pode usar uma planta completa, com as raízes. ATIVIDADE PRÁTICA NÃO ESCREVA NO LIVRO Esquema representando um potômetro. (Cores fantasia.) Fisiologia vegetal I: transporte e nutrição ¥ CAPÍTULO 29 269 Atividades práticas Criteriosa seleção de atividades experimentais e de pesquisa, permitindo o contato com fenômenos e conceitos físicos, químicos e biológicos, relacionando a teoria com a prática. 00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 4 4/29/16 4:19 PM 5 (Unicamp-SP) Recentemente, pesquisadores brasileiros conseguiram produzir a primeira linhagem de células-tronco a partir de embrião humano. As células-tronco foram obtidas de um embrião em fase de blástula, de onde foram obtidas as células que posteriormente foram colocadas em meio de cultura para se multiplicarem. a) As células-tronco embrionárias podem solucionar proble- mas de saúde atualmente incuráveis. Quais características dessas células-tronco permitem que os pesquisadores possam utilizá-las no futuro para este fim? b) Blástula é uma etapa do desenvolvimento embrionário de todos os animais. Identifique entre as figuras ao lado qual delas corresponde à fase de blástula e indique uma carac- terística que a diferencia da fase anterior e da posterior do desenvolvimento embrionário. LU IS M O U R A C F B E A D (Elementos fora de proporção de tamanho entre si. Cores fantasia.) BIOLOGIA NOS VESTIBULARES E NO ENEM 1. (Unicamp-SP – Adaptada) Os animais podem ou não apresentar simetria. Considere os seguintes animais: planária, esponja, medusa (água-viva), minhoca, coral e besouro. a) Quais deles apresentam simetria radial? E quais apresentam simetria bilateral? b) Caracterize esses dois tipos de simetria. 2. (PUC-SP) Suponha que se queira manter animais aquáticos herbívoros em um aquário. Para garantir a sobrevivência desses animais durante certo tempo, seria aconselhável adicionar ao ambiente a) plantas aquáticas e algas que, além de servirem de alimento para os animais, forneceriam oxigê- nio ao meio, caso esse fosse iluminado. b) plantas aquáticas e algas que, além de servirem de alimento para os animais, forneceriam oxigênio ao meio, mesmo que esse não fosse iluminado. c) fungos e bactérias que, além de servirem de ali- mento para os animais, forneceriam gás carbôni- co ao meio, caso esse fosse iluminado. d) fungos e bactérias que, além de servirem de ali- mento para os animais, forneceriam gás carbônico ao meio, mesmo que esse não fosse iluminado. e) zooplâncton que, além de servir de alimento para os animais, forneceria oxigênio ao meio, caso esse fosse iluminado. 3. (UEPB-PB) A figura apresentada a seguir ilustra um corte transversal de um cordado. Analise as estruturas indicadas pelas setas, que indicam respectivamente: I II III IV LU IS M O U RA a) I – Tubo Nervoso; II – Intestino; III – Notocorda; IV – Celoma b) I – Notocorda; II – Celoma; III – Tubo Nervoso; IV– Intestino c) I – Intestino; II – Tubo Nervoso; III – Celoma; IV – Notocorda d) I – Tubo Nervoso; II – Notocorda; III – Intestino; IV – Celoma e) I – Celoma; II – Notocorda; III – Tubo Nervoso; IV – Intestino (Elementos fora de proporção de tamanho entre si. Cores fantasia.) NÃO ESCREVA NO LIVRO Caracterização dos animais ¥ CAPÍTULO 5 53 Projeto interdisciplinar Esta seção trará, ao final de cada unidade, uma proposta de trabalho interdisciplinar, que envolverá os conceitos da unidade, além de desenvolver outras habilidades e conteúdos. NÃO ESCREVA NO LIVRO PROJETO INTERDISCIPLINAR A DIVERSIDADE NA ESPÉCIE HUMANA Além da biodiversidade relativa às diferentes espécies de seres vivos (interespecífica), há a biodiversidade intra- específica, ou seja, aquela presente entre os indivíduos de uma mesma espécie. Podemos verificar essa diversidade nas populações humanas ao constatarmos a variação nas frequências de determinados grupos de genes. Assim, há populações em que algumas condições genéticas particulares são mais frequentes, como a presença de determina- das doenças, prevalência de uma determinada cor da íris dos olhos etc. A interpretação da variabilidade das populações humanas inicia-se pela análise dos cromossomos e da expressão destes, que geram as características morfológicas e fisiológicas de cada indivíduo. Para verificar a variabilidade e as expressões predominantes, podem ser feitas análises do material genético aliadas a análises estatísticas. Nesta segunda etapa do Projeto Interdisciplinar, enfocaremos a quantificação e a análise de dados estatísticos de uma característica que varia na espécie humana: a altura. O objetivo é comprovar a diversidade dessa característica (estatura) em uma determinada faixa etária da população. MODO DE AÇÃO Formem grupos de três a quatro estudantes. Cada grupo deverá levantar dados sobre a estatura de áà a á5 pessoas entre 15 a 1ã anos. Depois vocês deverão construir uma tabela com os dados obtidos, como mos- tra o exemplo a seguir. Altura (cm) Quantidade de pessoas 15é -15ã,9 á 15í -159,9 1 1éà -1é1,9 3 1éá -1é3,9 3 1é4 -1é5,9 á 1éé -1éã,9 4 1éí -1é9,9 á 1ãà -1ã1,9 à 1ãá -1ã3,9 1 1ã4 -1ã5,9 3 1ãé -1ãã,9 1 1ãí -1ã9,9 3 ¥ Construam um gráfico de barras em que o número de indivíduos de cada faixa de altura apareça em colu- nas. Também pode ser feito um gráfico de setores (gráfico pizza) e, nesse caso, dentro de cada setor (fatia) deve ser indicado o valor em porcentagem. ANÁLISE DOS RESULTADOS a) Calculem a média de altura dos indivíduos da amos- tra do grupo. O que o valor da média indica sobre a população estudada? b) Na opinião de vocês, o número de pessoas entrevis- tadas foi suficiente para se ter um retrato fidedigno da população? Por quê? c) Comparem os resultados obtidos com os dos outros grupos. Que semelhanças e diferenças vocês obser- vam? d) Vocês acham que as amostragens dos grupos podem apresentar “vícios” que expliquem as dife- renças encontradas? e) Na opinião de vocês, que fatores determinam a esta- tura na população estudada? Levantem hipóteses. FECHAMENTO Uma simples observação de diferentes populações da espécie humana mostra a grande diversidade em relação a características anatômicas e fisiológicas. Para que a análise reflita um padrão que pode ser aplicado em determinada população, é necessário usar uma amostragem mínima de pessoas que garanta a confiabilidade da pesquisa. Com a ajuda do(a) professor(a), construam uma tabela e um gráfico único com os dados levantados por toda a turma. Depois, comparem esses dados com os que foram obtidos pelos grupos. Que diferenças e semelhanças vocês observam? Publiquem no blog os resultados, as análises e as discussões que tiveram ao longo do projeto. Não se esqueçam de colocar a tabela e o gráfico produzidos com os dados de toda a turma e os comentários a respeito das diferenças e semelhanças que encontraram nos dados obtidos. 123 (Unifesp) Nas mulheres, tanto a ovulação quanto a menstruação encontram-se associadas a diferentes taxas hormonais. O esquema ao lado reproduz tais eventos e identifica como A e B os hormônios envolvi- dos no processo. Antes de a menstruação ocorrer, a mulher passa por um período de tensão, denominado “tensão pré-menstrual” (TPM), causada principalmen- te pela queda de produção de um desses hormônios. Caso o óvulo seja fecundado e haja gravidez, não haverá TPM, porém, logo após o parto, ocorrerá uma fase de tensão denominada “depressão pós-parto”, também devida à falta do mesmo hormônio. a) Identifique qual hormônio, A ou B, é o responsá- vel pela TPM, dê seu nome e explique por que ele continua sendo produzido durante a gravidez. b) Qual evento do parto leva à queda de produção desse hormônio e, consequentemente, à depressão pós-parto? Por quê? Folículos em crescimento Folículo maduro Ovulação Corpo lúteo B Taxa dexa de B no sangueangue 28O Dias do ciclo 14O0 Endométrio TaTaxa de A no ssangue A MenstruaMenstruaçãçãoo BIOLOGIA NOS VESTIBULARES E NO ENEM 1. (UFSC) O gráfico a seguir apresenta as velocidades aproximadas da secreção de testosterona (hormônio sexual masculino) em diferentes idades. 6 000 4 000 2 000 S e cr e çã o d e t e s to s te ro n a ( m g /d ia ) 0 0 20 40 60 80 Idade Baseado na análise do gráfico e sobre esse hormônio, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s). a) A testosterona é produzida nos testículos. b) Em torno dos 20 anos, atinge-se o pico de secre- ção da testosterona. c) A testosterona é responsável pela produção e distribuição dos pelos no corpo do homem. d) Aos ó0 anos, o homem cessa a produção de tes- tosterona e torna-se impotente. e) A velocidade de secreção de testosterona de um jovem de 1ô anos e de um homem de 40 anos é praticamente a mesma. 2. (UFSE) “Considerando-se ô ovócitos primários e ô espermatócitos primários, obteremos .... óvulos e .... espermatozoides.” Para completar corretamente a frase acima, basta substituir I e II, respectivamente, por: a) ô e ô. b) ô e 16. c) ô e 32. d) 32 e ô. e) 32 e 16. 3. (UFMS) Identifique as frases corretas. a) O corpo lúteo é o responsável pela produção de progesterona, que induz ao crescimento da pare- de uterina (endométrio). b) O hormônio estrógeno é o responsável pelo apa- recimento das características sexuais secundárias na mulher. c) Sob a ação do hormônio hipofisário LH, os folícu- los ovarianos são estimulados a se desenvolver. d) O hormônio produzido pela hipófise, FSH, é res- ponsável pelo rompimento do folículo maduro e consequente ovulação. e) O hormônio ACTH atua sobre o córtex das glându- las suprarrenais, na produção dos corticosteroides. f) Prolactina é um hormônio que impede, em deter- minadas situações, a secreção de leite nas glân- dulas mamárias. S TU D IO C A PA R R O Z B IS NÃO ESCREVA NO LIVRO A reprodução humana ¥ CAPÍTULO 24 223 Cordados sem notocorda? Dentre os cordados de morfologia mais simples estão os uro- cordados, cujas espécies mais comuns são as ascídias, seres de vida livre planctônicos na fase larval. Essas microscópicas larvas têm um corpo ovalado e uma forte cauda, ao longo da qual se dispõem, paralelamente, um tubo neural e uma notocorda. A noto- corda é uma estrutura em forma de bastonete semirrígido, flexível, de função esquelética. Ela e o tubo neural são duas das caracterís- ticas exclusivas do filo. Após um a dois dias de vida livre, a larva se fixa em uma rocha ou outro substrato marinho pela região anterior. Seu corpo entra em rotação de 180o, deslocando o ânus (sifão anal), que passa a ficar ao lado da boca (sifão bucal). Durante a rotação, a cauda é lenta- mente reabsor vida, e com ela o tubo neural e a notocorda, que não persistem no animal adulto, séssil (fixo). Dessa forma, o desenvolvi- mento da ascídia representa um bom exemplo de metamorfose.O interessante aqui é que, não fosse o fato de as larvas serem conhe- cidas, esse animal não poderia ser classificado como cordado. 1. Nas ascídias, a água penetra no corpo pelo sifão bucal, passa por meio das fendas na faringe e sai pelo sifão anal. Que tipo de estratégia de alimentação esse animal deve apresentar? Essa estratégia também ocorre em animais de outros filos? Justifique sua resposta. 2. Uma ascídia e um cavalo, ambos cordados, seriam certamente colocados em filos diferentes, se a classificação dos animais se baseasse apenas na observação morfológica do adulto. Discuta com seus colegas de grupo quais características típicas de cordados permanecem na fase adulta da ascí- dia e do cavalo. ANALISANDO O TEXTO LEITURA OUTRO OLHAR Ascídias adultas (Rhopalaea sp., 5 cm a 10 cm de altura). Note os dois sifões de cada indivíduo e a espessa túnica roxa. 1. Explique no que consiste o endoesqueleto dos equi- nodermos, mencionando seus componentes. 2. A digestão das estrelas-do-mar apresenta uma parti- cularidade. Explique o que há de especial nesse pro- cesso. 3. Como se apresenta a simetria nas larvas e nos adul- tos dos equinodermos? 4. Explique como se dá o processo de distensão e retra- ção dos pés e ampolas do sistema ambulacrário. 5. Algumas características presentes nos cordados os diferenciam das espécies dos demais filos. Quais são essas características? 6. Descreva duas características que permitiram a adap- tação dos vertebrados ao ambiente terrestre. 7. Em que o endoesqueleto dos vertebrados é diferente de todos os outros tipos de esqueletos de invertebra- dos? 8. Cite algumas diferenças entre protocordados e verte- brados (craniados). 9. Explique como se apresenta a notocorda nos urocor- dados e nos cefalocordados. 10. Os vertebrados são divididos em classes. Quais são elas? Dê dois exemplos de animais de cada uma des- sas classes. PARA RECAPITULAR Sifões NÃO ESCREVA NO LIVRO REINHARD DIRSCHERL/VISUALS UNLIMITED/GETTY IMAGES UNIDADE 2 ¥ O REINO ANIMALIA929292 Desenvolvendo habilidades Questões cuidadosamente selecionadas de forma a trabalhar o desenvolvimento das habilidades exigidas nos principais exames vestibulares do país, assim como no Enem. ¥ Embrapa ensina como produzir minhocas e húmus em pequenas propriedades Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/2439940/embrapa-ensina-como-produzir- minhocas-e-humus-em-pequenas-propriedades>. Acesso em: mar. 2016. RECURSOS NA WEB Sequência de Fibonacci Nascido na Ilha de Samos, Pitágoras foi um dos grandes sábios da antiga Grécia. Diz a história que Pitágoras, observando uma concha espiral do molusco Nautilus, refletiu e deduziu que a espiral da concha deveria ser construída obe- decendo a um padrão matemático. Chegou à conclusão de que a espiral perfeita poderia ser construída a partir de um retângulo composto de quadrados, cujos lados apresentavam medidas com a sequência de números: ê, ê, 2, 3, 5, 8 etc. Ele foi denominado retângulo áureo. Leonardo Pisano Bigollo (êê70-ê250), conhecido como Fibonacci, redesco- briu, em ê202, a sequência de números descrita por Pitágoras e aprofundou seus estudos sobre ela. Fibonacci estabeleceu que, partindo de 0 e ê, cuja soma é ê, e de ê e ê, cuja soma é 2, o número seguinte é a soma dos dois anteriores. Assim, o 3o número da sequência é 3, o 4o é 5 etc. No esquema abaixo (à direita) está representada a proposta da sequência de Fibonacci. Ao longo dos anos de estudos da natureza descobriu-se que plantas e animais mostram muitos casos de estrutura e de organização que coincidem com essa sequência. São exemplos: conchas de moluscos, disposição das folhas ao longo do caule (filotaxia), disposição das flores nas inflorescências de giras- sóis e margaridas, estróbilos de pinheiros etc. Interior de uma concha de Nautilus sp. Retângulo áureo. 3 ê ê 5 2 8 Fixar o compasso aqui para traçar os 2 primeiros arcos (sentido anti-horário) 0 + ê = ê ê + ê = 2 ê + 2 = 3 2 + 3 = 5 3 + 5 = 8 5 + 8 = ê3 8 + ê3 = 2ê Sequência: ê, ê, 2, 3, 5, 8, ê3, 2ê... Esquema da sequência de Fibonacci. A concha do Nautilus sp. (cerca de 15 cm de diâmetro) segue o padrão matemático da sequência de Fibonacci. A concha do Nautilus sp. (cerca de 15 cm IMAGO/BLICKWINKEL/FO TO ARENA 1. Escreva a sequência de Fibonacci com os 12 primeiros números. 2. Utilizando régua, faça o retângulo áureo no caderno, a partir de um quadrado de 1 cm de lado (use a figura acima à esquerda como modelo). Com um compasso, trace um quarto de circunferência, inscrito em cada quadrado. Inicie no ponto indicado. Que figura a sequência de arcos forma? 3. Use a sequência de Fibonacci e o retângulo áureo para produzir outros desenhos. Depois, faça com seus colegas uma exposição dos trabalhos. NÃO ESCREVA NO LIVRO ANALISANDO O TEXTO LEITURA OUTRO OLHAR LE O N R A FA E L/ S H U TT E R S TO C K UNIDADE 2 ¥ O REINO ANIMALIA727272 Biologia nos vestibulares e no Enem Nesta seção você encontrará testes e questões dissertativas dos principais vestibulares e exames do país para aplicar o que aprendeu, resolvendo problemas com base nos conhecimentos adquiridos. Leitura Cada capítulo oferece uma ou mais leituras que estimulam a troca de ideias e o debate; elas estão divididas nas seguintes categorias: • Outro olhar – apresenta uma visão atual e diferente sobre o assunto estudado. • Você cidadão – aborda especialmente as atitudes, os valores e a formação cidadã. • Deu na mídia – trata de temas da Biologia que são destaque nos meios de comunicação atuais. • Construção do conhecimento – mostra que a Biologia tem história e é construída com a colaboração de diferentes pessoas ao longo do tempo. • Biologia e tecnologia – exemplifica de que forma a tecnologia contribui para a evolução dos conhecimentos biológicos, assim como a Biologia permite que surjam novas tecnologias. Para recapitular Questões que retomam e organizam os conceitos de cada capítulo. 00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 5 4/29/16 4:19 PM Sumário classificação biológica e o estudo de alguns reinos, 9 unidade 1 caPÍtulo 1 A clAssificAção dos seres vivos .................................................... 10 Por que classificar? ........................................... 11 Diálogos: Leitura e letramento .................. 12 As homologias..................................................... 13 O conceito de espécie ..................................... 13 A nomenclatura biológica ............................. 14 A sistemática filogenética ........................... 14 Domínios e reinos .............................................. 15 O que são os vírus? ........................................... 17 Leitura: Construção do conhecimento – As chaves de identificação ................................. 19 Para recapitular ................................................. 19 Desenvolvendo habilidades .....................20 Biologia nos vestibulares e no Enem .....20 caPÍtulo 2 o reino MonerA ............................. 21 O Reino Monera .................................................22 Leitura: Biologia e tecnologia – As bactérias e os seres humanos .............26 Para recapitular ................................................27 Desenvolvendo habilidades .....................27 Biologia nos vestibulares e no Enem .....27 caPÍtulo 3 o reino ProtoctistA (ProtistA) ......................................... 28 Os protoctistas .................................................29 Diálogos: Comunicação, cultura digital e uso de mídias ....................................33 Leitura: Biologia e tecnologia – Os protoctistas e o ser humano ...................34 Para recapitular ................................................35 Desenvolvendo habilidades .....................35 Biologia nos vestibulares e no Enem.....35 caPÍtulo 4 o reino fungi ................................. 36 Características gerais dos fungos ...........37 Atividade prática: Fungos do apodrecimento............................................37 A estrutura dos fungos ..................................38 Os grupos de fungos .......................................38 Os liquens .............................................................. 41 Leitura: Construção do conhecimento – As formigas que cultivam fungos ..................42 Para recapitular ................................................42 Desenvolvendo habilidades .....................43 Biologia nos vestibulares e no Enem .....43 Projeto interdisciplinar: diversidade e função – A importância econômica dos fungos ............................................................44 o reino animalia, 45 unidade 2 caPÍtulo 5 cArActerizAção dos AniMAis ...46 O que são os animais? ....................................47 Características anatômicas dos animais ..........................................................48 Os filos de animais que estudaremos ..... 51 Leitura: Outro olhar – Os animais e a obtenção de alimento ................................52 Para recapitular ................................................52 Desenvolvendo habilidades .....................53 Biologia nos vestibulares e no Enem .....53 caPÍtulo 6 Poríferos e cnidários ............. 54 O que são os poríferos? ................................55 Cnidários, animais urticantes ....................56 Leitura: Outro olhar – Os corais ...............60 Para recapitular ................................................60 Desenvolvendo habilidades ...................... 61 Biologia nos vestibulares e no Enem ... 61 caPÍtulo 7 PlAtelMintos e neMátodos .. 62 Filo platelmintos ...............................................63 Filo nemátodos ..................................................64 Leitura: Construção do conhecimento – Estudos tradicionais e modernos de planárias terrestres ........................................65 Para recapitular ................................................66 Desenvolvendo habilidades .....................66 Biologia nos vestibulares e no Enem .....66 caPÍtulo 8 Moluscos e Anelídeos ............ 67 Filo moluscos ......................................................68 Filo anelídeos .....................................................70 Leitura: Outro olhar – Sequência de Fibonacci ..............................................................72 Para recapitular ................................................73 Desenvolvendo habilidades .....................73 Biologia nos vestibulares e no Enem .....73 caPÍtulo 9 os ArtróPodes ............................. 74 Características dos artrópodes ...............75 Os grupos de artrópodes .............................76 Leitura: Outro olhar – Insetos e parasitologia ...................................................82 Para recapitular ................................................83 Desenvolvendo habilidades .....................83 Biologia nos vestibulares e no Enem .....83 caPÍtulo 10 equinoderMos e cordAdos .... 84 O filo dos equinodermos ..............................85 O filo dos cordados .........................................87 Cordados de organização corporal mais simples ....................................88 Vertebrados (craniados) ...............................89 A diversidade dos cordados ........................ 91 Leitura: Outro olhar – Cordados sem notocorda? ................................................92 Para recapitular ................................................92 Desenvolvendo habilidades .....................93 Biologia nos vestibulares e no Enem .....93 caPÍtulo 11 ciclóstoMos e Peixes ...............94 Ciclóstomos ........................................................95 Peixes .....................................................................95 Leitura: Outro olhar – Peixes de respiração aérea ...............................................98 Para recapitular ................................................99 Desenvolvendo habilidades .....................99 Biologia nos vestibulares e no Enem .....99 6 C r ÉD IT O ( P. 9 ) C r ÉD IT O ( P. 4 5 ) 00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 6 4/29/16 4:19 PM caPÍtulo 12 Anfíbios ...........................................100 Características e classificação dos anfíbios ........................................................ 101 Leitura: Construção do conhecimento – Os anfíbios estão em perigo ........................... 104 Para recapitular .............................................. 104 Desenvolvendo habilidades ................... 105 Biologia nos vestibulares e no Enem ...105 caPÍtulo 13 réPteis e Aves ............................. 106 Répteis: classificação e fisiologia ......... 107 As aves e a adaptação ao voo .....................111 Diálogos: Iniciação científica e pesquisa .............................................................. 113 Leitura: Construção do conhecimento – O Brasil e suas aves ................................................114 Para recapitular ............................................... 115 Desenvolvendo habilidades .................... 115 Biologia nos vestibulares e no Enem .... 116 fisiologia humana, 124 unidade 3 caPÍtulo 15 os tecidos e o sisteMA teguMentAr ...............125 Introdução .......................................................... 126 Diálogos: Iniciação científica e pesquisa ..127 Histologia ........................................................... 127 Estudo de um órgão: a pele ....................... 130 Leitura: Construção do conhecimento – Os telômeros e a divisão celular ............. 132 Para recapitular .............................................. 133 Desenvolvendo habilidades ................... 134 Biologia nos vestibulares e no Enem 134 caPÍtulo 16 nutrição e digestão .................135 A nutrição ........................................................... 136 Atividade prática: Composição dos alimentos ................................................... 136 O processo digestivo ..................................... 141 A regulação da digestão ............................. 143 Leitura: Construção do conhecimento – A importância da vitamina C ..................... 144 Para recapitular .............................................. 146 Desenvolvendo habilidades ................... 146 Biologia nos vestibulares e no Enem 146 caPÍtulo 17 A resPirAção .................................147 O sistema respiratório ................................ 148 As trocas gasosas .......................................... 148 O transporte de gases ................................. 149 Os movimentos respiratórios .................. 150 Leitura: Você cidadão – Fumo e saúde .... 152 Para recapitular .............................................. 153 Desenvolvendo habilidades ................... 153 Biologia nos vestibulares e no Enem 153 caPÍtulo 18 A circulAção ............................... 154 O sangue ............................................................. 155 O sistema circulatório: um sistema de integração ................................................... 157 Leitura: Outro olhar – Coronárias e enfarte ............................................................... 161 Para recapitular ............................................. 162 Desenvolvendo habilidades .................. 162 Biologia nos vestibulares e no Enem 162 caPÍtulo 19 o sisteMA iMunitário ............. 163 Um sistema complexo e difuso ............... 164 As células sanguíneas e a defesa do organismo .................................................... 164 A imunidade humoral .................................... 166 Respostas imunes primária e secundária ...................................................... 167 Inflamação: resposta imune não específica .................................................. 167Leitura: Outro olhar – Alergia .................. 168 Para recapitular .............................................. 169 Desenvolvendo habilidades ................... 169 Biologia nos vestibulares e no Enem ..... 169 caPÍtulo 20 A excreção .....................................170 As funções do sistema urinário ................ 171 A excreção nitrogenada nos animais .... 171 O sistema urinário humano ....................... 172 A regulação da diurese .................................174 Leitura: Construção do conhecimento – Os rins e a saúde ............................................. 175 Para recapitular .............................................. 176 Desenvolvendo habilidades ................... 176 Biologia nos vestibulares e no Enem 176 caPÍtulo 21 o sisteMA nervoso e os sentidos ................................177 O tecido nervoso ............................................. 178 A fisiologia do neurônio .............................. 179 O sistema nervoso .......................................... 181 Os sentidos ........................................................ 186 Diálogos: Leitura e letramento ............... 187 Leitura: Construção do conhecimento – Drogas e doces ................................................. 191 Para recapitular .............................................. 192 Desenvolvendo habilidades ................... 192 Biologia nos vestibulares e no Enem 192 caPÍtulo 22 o sisteMA endócrino .............. 193 A integração neuro-hormonal .................. 194 Os hormônios ................................................... 194 As glândulas endócrinas ............................. 195 Leitura: Construção do conhecimento – A dopagem bioquímica no esporte ........... 198 Para recapitular .............................................. 199 Desenvolvendo habilidades ................... 199 Biologia nos vestibulares e no Enem 199 caPÍtulo 23 A locoMoção .............................. 200 O aparelho locomotor .................................. 201 Os músculos ...................................................... 201 O tecido muscular .........................................203 Os ossos .............................................................205 O tecido ósseo ................................................207 O tecido cartilaginoso .................................208 Leitura: Construção do conhecimento – Lesões articulares e fraturas ..................209 Para recapitular .............................................209 Desenvolvendo habilidades ................... 210 Biologia nos vestibulares e no Enem ...210 caPÍtulo 24 A reProdução HuMAnA ............211 A reprodução nos animais ......................... 212 O desenvolvimento das características sexuais humanas ........... 212 O sistema genital masculino..................... 212 O sistema genital feminino ....................... 214 Os gametas e a gametogênese ............... 215 Fecundação ....................................................... 217 A gravidez e o nascimento ......................... 218 Anticoncepção ................................................220 Leitura: Você cidadão – A primeira operação cesariana em parturiente viva .........................222 Para recapitular .............................................222 Desenvolvendo habilidades ..................223 Biologia nos vestibulares e no Enem ....223 Projeto interdisciplinar: Diversidade e função – Enzimas: as ferramentas químicas da vida ..........224 caPÍtulo 14 os MAMíferos ................................117 Características dos mamíferos ............... 118 Classificação dos mamíferos .................... 119 Diálogos: Iniciação científica e pesquisa .120 Leitura: Biologia e tecnologia – O leite, a biotecnologia e a produção de novos fármacos ................................................................. 121 Para recapitular .............................................. 122 Desenvolvendo habilidades ................... 122 Biologia nos vestibulares e no Enem ...122 Projeto interdisciplinar: Diversidade e função – A diversidade na espécie humana ................................................................ 123 C r ÉD IT O ( P. 1 2 9 ) 7 00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 7 4/29/16 4:20 PM 88 o reino Plantae, 225 unidade 4 caPÍtulo 25 os gruPos de PlAntAs ........... 226 As características e a evolução das plantas ...................................227 As briófitas .......................................................228 As pteridófitas ...............................................229 As gimnospermas .........................................230 As angiospermas ...........................................232 Leitura: Construção do conhecimento – Coníferas ...........................................................235 Para recapitular .............................................235 Desenvolvendo habilidades ..................236 Biologia nos vestibulares e no Enem ....236 caPÍtulo 26 os tecidos vegetAis ................237 Os tecidos vegetais ......................................238 Leitura: Biologia e tecnologia – Micropropagação ..........................................242 Para recapitular .............................................242 Desenvolvendo habilidades ..................243 Biologia nos vestibulares e no Enem ...243 caPÍtulo 27 A rAiz, o cAule e A folHA ...... 244 Desenvolvimento da planta .....................245 A raiz ....................................................................245 O caule ................................................................247 A folha .................................................................249 Diálogos: Leitura e letramento ..............250 Os órgãos vegetativos e a reprodução assexuada ................................ 251 C r ÉD IT O ( P. 2 2 5 ) Leitura: Outro olhar – Etnobotânica e os povos indígenas .............................................253 Para recapitular .............................................253 Desenvolvendo habilidades ..................254 Biologia nos vestibulares e no Enem ....254 caPÍtulo 28 A flor, o fruto e A seMente .................................. 255 A flor ....................................................................256 Diálogos: Produção e fruição das artes ............................................256 O fruto .................................................................258 A semente .........................................................259 Leitura: Construção do conhecimento – Conhecendo o desenvolvimento de alguns vegetais consumidos pelo ser humano ... 261 Para recapitular .............................................. 261 Desenvolvendo habilidades ..................262 Biologia nos vestibulares e no Enem ....262 caPÍtulo 29 fisiologiA vegetAl i: trAnsPorte e nutrição ........ 263 Introdução .........................................................264 Os nutrientes minerais ...............................264 A água no solo .................................................264 O caminho da seiva .......................................265 Transpiração ....................................................267 Gutação e exsudação ..................................268 Atividade prática: Demonstrando a transpiração .....................................................269 A fotossíntese ................................................269 Plantas “de sombra” e plantas “de sol” ..............................................273 Atividade prática: Demonstração experimental da fotossíntese ................273 Leitura: Outro olhar – Algumas adaptações das plantas ................................................................ 274 Para recapitular .............................................275 Desenvolvendo habilidades ..................275 Biologia nos vestibulares e no Enem ....275 caPÍtulo 30 fisiologiA vegetAl ii: HorMÔnios e MoviMentos ...276 Os hormôniosvegetais ...............................277 A fisiologia da reprodução vegetal ......280 Os movimentos nas plantas .....................282 Leitura: Deu na mídia – A inteligência das plantas revelada ....................................284 Para recapitular .............................................285 Desenvolvendo habilidades ..................285 Biologia nos vestibulares e no Enem ....285 Projeto interdisciplinar: diversidade e função – Biodiversidade das plantas........................................................287 siglAs dAs universidAdes e dos vestibulAres ................ 288 sugestões de leiturA ........... 288 bibliogrAfiA ................................ 288 orientAções didáticAs .......... 289 00_INICIAIS_BIOLOGIA2-CSC_001a008.indd 8 4/29/16 4:20 PM Classificação biológica e o estudo de alguns reinosUN I D A D E 1 Th in k s To c k /G eT Ty im a G es As coleções biológicas são ferramentas de preservação que atestam sobre a diversidade e a riqueza das espécies de um determinado ambiente. Elas são importantes fontes de referência para que pesquisadores possam procurar informações e obter a identificação de espécies. Na foto, coleção de insetos. 9 01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 9 4/29/16 3:54 PM A classificação dos seres vivos1CAPÍT U L O JArdins botânicos Os jardins botânicos são instituições que visam à pesquisa, à conservação vegetal e à educação. Considerados museus vivos, suas coleções permitem que a sociedade conheça a biodiversidade e a importância das plantas para a vida no planeta. Hoje existem cerca de 33 mil espécies de plantas ameaçadas de extinção ou de empobrecimento genético, enquanto há mais de 2 500 jardins botânicos e arboretos1 no mundo. Em vista disso, os jardins botânicos foram chamados a implementar a Estratégia Mundial para a Conservação de Plantas e a elaborar planos, no sentido de defender a conservação das plantas e atrair a atenção do público, por intermédio de programas educacionais apropriados, com abordagem que privilegiasse a preservação da diversidade genética e o desenvolvimento sus- tentável. [...] As coleções do Jardim Botânico do Rio de Janeiro se desenvolvem em diversas ações. Os pesquisadores da instituição viajam ao ambiente natural para coletar amostras de plantas. Os ramos com flores são dessecados na prensa para formar as “exsicatas”2, itens componentes do herbário. Também se coletam frutos, sementes e pedaços de folhas que, colocadas em saquinhos contendo sílica, são processadas pela equipe do Laboratório de DNA. Quando possível, são trazidas ainda amostras de madeira para a Xiloteca3. No Laboratório de Sementes, processam-se e estudam-se as sementes que são armazenadas em câmaras de refrigeração; as excedentes são encaminhadas ao Horto Florestal para produção de mudas. [...] Jardim Botânico do rio de Janeiro. Introdução a Coleções Biológicas. disponível em: <http://jbrj.gov.br/colecoes/biologicas>. acesso em: nov. 2015. Com mais de dois séculos de existência, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro é reconhecido em todo o mundo por sua importância cultural, científica e paisagística. Rio de Janeiro (RJ), 2013. 1. Arboreto: local onde se cultivam plantas de diversos tipos (árvores, arbustos e herbáceas) com o objetivo de estudá-las ou usá-las em práticas do ensino. 2. Exsicata: amostra de planta prensada e seca. as excicatas passam por esse processo para que as estruturas da planta sejam preservadas, possibilitando o armazenamento para o registro e a troca de exemplares da espécie. 3. Xiloteca: do grego xylon = “madeira” e theke = “coleção”. coleções botânicas compostas exclusivamente por amostras de madeira. G u st av o m a G n u ss o n /F o to a re n a • em sua opinião, qual é a importância, para a sociedade, de locais como o Jardim Botânico do Rio de Janeiro? existe algum jardim botânico em sua cidade? EXPLORANDO AS IDEIAS DO TEXTO NãO EScREvA NO LIvRO 10 as respostas das questões dissertativas estão nas orientações Didáticas, ao final deste volume. 01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 10 4/29/16 3:54 PM Por que clAssificAr? o ser humano vem tentando há muito ordenar o mundo natural, visando entender o ambiente que o cerca. da mesma forma, com o intuito de facilitar o estudo dos organismos, os estudiosos da natureza passaram a descrever, nomear e classificar os diferentes seres vivos, ordenando-os em grupos de acordo com certos critérios. esse trabalho é a taxonomia. em 1735, o botânico sueco Lineu (Karl von Linné, ou carolus Linnaeus) publicou um trabalho intitulado Systema Naturae, no qual propôs a classificação dos seres vivos em grupos (ou táxons) de maior ou menor abrangência; tais grupos se distri- buem em uma hierarquia. nesse sistema de classificação, o táxon mais abrangente é o de reino, que, por sua vez, compreende táxons sucessivamente menores até o nível de espécie, a unidade de classificação. o critério básico da classificação de Lineu era a semelhança anatômica entre os organismos; as espécies eram consideradas tipos padrões e imutáveis, conceito este chamado de fixismo. até então, não se aventava a hipótese de que teria ocorrido um processo de evolução biológica. a partir do século XiX, Lamarck (1809), darwin (1859) e outros pensadores publi- caram ideias sobre as espécies se modificarem ao longo do tempo, pressuposto básico do que, com o tempo, veio a consolidar a teoria da evolução Biológica. essa teoria se tornou, a partir da segunda metade do século XX, a base dos sistemas de classificação atuais. em vez de tipos imutáveis, caracterizados apenas pela estrutura (anatomia), hoje as espécies são classificadas com base em diversos critérios (fisio- lógicos, embriológicos, bioquímicos, genéticos, ecológicos, entre outros) que buscam desvendar as relações de parentesco evolutivo entre os seres vivos. um exemplo de classificação o esquema ao lado mostra a clas- sificação de um animal da espécie Canis familiaris, o cão, nas diversas categorias taxonômicas, os táxons4. o gênero Canis reúne várias espécies semelhantes à do cão, como a do lobo e a do coiote. a família dos caní- deos abrange outros gêneros, como o das raposas. a ordem dos carnívoros agrupa várias famílias, como a dos canídeos, a dos felídeos e a dos ursí- deos. a classe dos mamíferos tem várias ordens, como a dos carnívoros, a dos primatas, a dos cetáceos, a dos roedores e a dos quirópteros. o subfi- lo dos vetebrados inclui outras clas- ses além da dos mamíferos: a dos répteis, a dos anfíbios, a dos peixes e a das aves. o filo dos cordados, por sua vez, reúne os subfilos urochordata e cephalochordata, além dos verte- brados, exemplificados no esquema. Finalmente, o reino animalia engloba muitos filos, como o dos cordados, artrópodes, moluscos e anelídeos. Classificação da espécie Canis familiaris, o cão doméstico. (Representação fora de proporção de tamanho entre si. Cores fantasia.) 4. Táxons: categorias de classificação, grupos taxonômicos. o termo vale para espécie, gênero, família etc. Reino animalia FiLo chordata sUBFiLo Vertebrata cLasse mammalia oRDem carnivora FamÍLia canidae GÊneRo Canis esPÉcie Canis familiaris estrela- -do-mar ser humano aveserpente anfioxo cavalo Raposa cão Urso Peixe minhoca coioteTigre Lobo c o n c e it o G r a F A classificação dos seres vivos • CAPÍTULO 1 11 Tem-se aqui uma opor tunidade de contextualização do conhecimento com o cotidiano dos estudantes, que poderão identificar em sua vivência várias situações em que se faz necessária a adoção de sistemas de classificação: na ordenação dos talheres dentro de uma gaveta, na arrumação das roupas e outros objetos pessoais dentro de armários e na colocação de livros numa estante, por exemplo. 01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 11 4/29/16 3:54 PM Os elementos químicos assim como a Biologia,a Química tem um sistema de classificação e nomenclatura que organiza o seu estudo. os elementos químicos, por exemplo, têm nomenclatura e símbolos padronizados e são distribuídos numa tabela, de acordo com algumas de suas propriedades. em Química, a tabela periódica proposta pelo russo mendeleev (1871) tem os elementos indicados por seus símbolos e ordenados em sequência de seus números atômicos (Z). em colunas verticais da tabela ficam as famílias. os símbolos dos elementos químicos foram propostos pelo sueco Berzelius, em 1811. 1. Localize na tabela periódica as famílias: metais alcalinos, alcalino-terrosos, halogênios e gases nobres. Pesquise em que tipo de composto, natu- ral, alguns desses elementos podem ser encontra- dos. 2. Pesquise a presença do flúor e do cloro, que são halogênios (latim: halo = “sal” + grego: genesis = “origem”), no ambiente e no corpo humano e descre- va o papel desses elementos. 3. os símbolos dos elementos químicos são represen- tados por abreviaturas de seu nome em latim. Por que o latim é o idioma escolhido para a nomenclatu- ra? Faça uma pesquisa e responda. 4. em Biologia, há diferentes sistemas de classificação. discuta com seus colegas a importância de classificar. 5. em grupos, criem um sistema de classificação que possa ser exposto em forma de tabela. Pode ser de objetos, seres vivos, músicas, entre outros. 6. ao final, juntem as informações coletadas e os sistemas de classificação produzidos por toda a turma e elabo- rem um artigo único de divulgação para sua comunida- de escolar, que com linguagem adequada, clara e acessível, para reportar os resultados que vocês encon- traram. divulguem o artigo para as outras turmas. ( ) Ununtrium Uut Ununpentiu Uup Ununséptio Uus Ununóctio Uuo Tabela periódica dos elementos Fleróvio (289) Livermório (293) Número de massa do elemento mais comum. Os elementos nesta fronteira, com exceção do alumínio, apresentam características de metais e de não metais. Atualizada em 2013. LvFI Copernício (284) (288) (294) (294) NãO EScREvA NO LIvRO Fonte: iuPac. disponível em: <www.iupac.org>. acesso em: fev. 2016. B is LEITURA E LETRAMENTO Lembrem-se de que o artigo deve conter página de abertura com título, nome dos autores e resumo do trabalho; depois, há a introdução do tema, o desenvolvimento e as conclusões a que vocês chegaram. Não se esqueçam de incluir a bibliografia que vocês consultaram. UNIDADE 1 • ClassifiCação BiológiCa e o estudo de alguns reinos12212 comentários e sugestões para esta atividade estão nas orientações Didáticas, ao final deste volume. 01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 12 4/29/16 3:54 PM As homologiAs o conceito de homologia é importante para fundamentar a classificação biológica que se baseia nas relações evolutivas entre os organismos. Homologia significa semelhança. em Biologia, esse conceito refere-se a semelhanças em relação a um mesmo plano básico de organização, indicando, assim, que semelhanças entre dois ou mais organismos se devem a uma mesma origem evolutiva. um exemplo clássico é o dos membros dos vertebrados, que apresentam o mesmo número de ossos na fase embrionária, dispostos da mesma forma. entretanto, durante o desenvolvimento, os membros se modificam, mostrando-se adaptados para funções diversificadas. o morcego, por exemplo, usa as asas para o voo, a baleia usa suas nadadeiras para a natação, o macaco usa seus braços para a braquiação5 em árvores, o cavalo corre com suas pernas e o tatu usa as suas para escavar. além das homologias anatômicas, são também importantes outras homo- logias, como as bioquímicas. o simples acaso não poderia explicar, por exem- plo, a presença de certas proteínas (como as hemoglobinas e certas enzi- mas) e outras substâncias semelhantes — às vezes até idênticas — em animais bem diferentes. como mencionado anteriormente, as semelhanças (ou homologias) suge- rem uma mesma origem evolutiva. os estudos sobre homologias fornecem bases para as propostas de filogenias, ou seja, para o estabelecimento de diagramas que relacionem os organis- mos entre si quanto ao parentesco evolutivo e às origens comuns entre os diversos grupos. outro conceito bastante usado em Biologia é o da analogia, que não deve ser confundida com a homologia. a analogia refere-se apenas a semelhanças funcio- nais. as asas dos insetos e as das aves, por exemplo, embora tenham função e forma semelhantes, não têm qualquer semelhança em termos de origem embrioná- ria e estrutura anatômica básica. são, assim, chamadas de órgãos análogos, pois, embora exerçam função semelhante, não têm relação evolutiva próxima entre si e, portanto, não são levadas em conta para uma classificação que se baseie no paren- tesco evolutivo entre as espécies. o conceito de esPécie como já vimos, segundo Lineu, as espécies eram consideradas tipos imutáveis, usados como padrão de comparação. com o advento das ideias sobre a evolução biológica e muitas discussões sobre os critérios mais adequados para proceder às classificações, o conceito de espécie mudou bastante. Por enquanto, podemos adiantar que cada espécie é caracterizada por indiví- duos muito semelhantes entre si quanto a aspectos morfológicos, genéticos, bioquí- micos etc., e que são capazes de cruzamento em condições naturais, gerando des- cendência fértil. 5. Braquiação: modo de locomoção de primatas que vivem em árvores, balançando-se de galho em galho, com a utilização de braços e pernas. Esquema comparando os conceitos de homologia e analogia. (Representações fora de proporção de tamanho entre si. Cores fantasia.) r 2 e d it o r ia L Homologiaasa de morcego asa de ave asa de inseto Braço humano AnalogiaAnalogia Homologia Homologia HomologiA AnAlogiA A classificação dos seres vivos � CAPÍTULO 1 13 a discussão sobre o conceito de espécie será detalhada no volume 3 desta coleção. 01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 13 4/29/16 3:54 PM nas palavras de ernst mayr (1904-2005), um estudio- so da evolução: “defino espécies biológicas como ‘gru- pos de populações naturais capazes de entrecruza- mento que são reprodutivamente (geneticamente) isolados de outros grupos similares’. o status de espécie é propriedade de populações, não de indivíduos”. Geralmente, organismos de espécies diferentes não trocam genes, isto é, não se reproduzem. Às vezes, porém, pode acontecer de espécies claramente distin- tas, como a do cavalo e a do jumento, cruzarem. no entanto, seus descendentes, as mulas, não são férteis, sendo chamados de híbridos estéreis. embora essa definição de espécie seja satisfatória, é fácil perceber que nem sempre o critério de compatibilidade sexual pode ser empregado. no caso de fósseis de espécies extintas, ou de certos microrganismos que se reprodu- zem assexuadamente, esse conceito não se aplica. A nomenclAturA biológicA em seu sistema de classificação, Lineu usou a chamada nomenclatura binomial ou binária, que designa a espécie com duas palavras latinas, escritas em itálico ou gri- fadas separadamente. a primeira palavra indica o gênero e deve ter a inicial maiúscula; a segunda tem inicial minúscula e só indica a espécie quando precedida da palavra indicativa do gênero. assim, por exemplo, Homo sapiens é o nome científico da espécie humana; Coffea arabica é o nome científico da espécie café, e este último, “café”, é o nome comum ou vulgar. se após o nome da espécie aparecer uma terceira palavra, também com inicial minúscula e em itálico ou grifada, está sendo indicada a subespé- cie, grupo inferior à espécie. Passer domesticus domesticus Lineu, 1758, por exemplo, indica o gênero, a espécie e a subespécie do passarinho cujo nome vulgar é pardal, além do nome do pesquisador que a descreveu e a da data da publicação do trabalho. se em um texto o nome científico da espécie já foi mencionado, ao ser citado novamente poderá ser abreviado, como em P. domesticus. se usarmosa designação Passer sp., apenas o gênero está determinado, e não a espécie. observe que nenhum dos nomes científicos recebe acentuação. no exemplo do pardal foi citado o termo subespécie; da mesma forma podem ser empregados os prefixos sub e super para os demais grupos, como em subfilo, super- classe e superordem. os táxons família e subfamília recebem, respectivamente, os sufixos -idae e -inae. exemplos de famílias de carnívoros: canidae, felidae, ursidae. A sistemáticA filogenéticA os seres vivos mostram uma grande diversidade, o que levou o ser humano a estabe- lecer sistemas de classificação para ordená-los em grupos de acordo com suas seme- lhanças. nos sistemas mais antigos, os critérios adotados para essa ordenação eram geralmente estruturais ou anatômicos. com os estudos sobre evolução e genética, as classificações começaram a incorporar as possíveis relações evolutivas entre os grupos. a sistemática é, então, o ramo da Biologia que se dedica ao estudo da história evolu- tiva dos grupos, das suas relações de origem e descendência. na sistemática filogené- tica ou cladística (do grego kládos = ramo) são considerados caracteres morfológicos, paleontológicos, moleculares, comportamentais, fisiológicos, genéticos para a formação dos grupos. em resumo, a filogenética parte do pressuposto de que novos grupos (que não compreendem apenas as espécies, mas também outras categorias taxonômicas, como filos e classes) surgem de modificações evolutivas de um grupo ancestral. Mula (cerca de 1,6 m de altura), híbrido estéril resultante do cruzamento entre uma égua (Equus caballus) e um jumento (Equus asinus). m a u ri ci o s im o n et ti /P u Ls a r im a G en s UNIDADE 1 � CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA E O ESTUDO DE ALGUNS REINOS14414 01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 14 4/29/16 3:54 PM musgos Pteridófitas Gimnospermas Flores e frutos sementes Tecido vascular embrião angiospermas 3o nó 2o nó 1o nó os cladogramas as relações filogenéticas (ou hipóteses de parentesco) são representadas graficamente por cladogramas. na cons- trução de um cladograma, um caráter é condição primitiva, que ocorre em um determinado ancestral. a condição deri- vada é a que se origina da primitiva. os cladogramas mos- tram a origem evolutiva dos grupos por dicotomias (bifurca- ções). isso indica a separação física e reprodutiva de um grupo ancestral em dois grupos derivados, em dado momen- to do processo evolutivo, fenômeno chamado de cladogê- nese. veja na ilustração que a partir de um nó, surgem ramos (os clados) distintos. o nó representa a cladogênese, a separação em dois ramos a partir de um ancestral. este é o ancestral comum a todos os grupos acima dele. no exemplo, há uma representação da relação de parentesco das plantas. a partir de um ancestral comum hipotético (1º nó) desenvolveram-se ramos distintos. a presença de embrião é uma característica compartilhada pelos seres representados no diagrama. o 1º nó marca a separação entre as plantas avasculares (briófitas) e as plantas vasculares. o grupo das plantas vasculares compartilha entre si a presença de “tecido vascular exten- so”. o 2º nó marca a separação entre as plantas vasculares sem sementes (pteridófitas) e as plantas “com sementes” (gimnospermas e angiospermas). e o 3º nó marca a sepa- ração entre as plantas com sementes (gimnospermas) e as que têm, além de sementes, flores e frutos (angiospermas). É comum, em um cladograma, a indicação das características primitivas e derivadas existentes naquela filogenia em particular. entendem-se por características primiti- vas aquelas que já estavam presentes no ancestral; e por características derivadas, as novidades evolutivas apresentadas em relação ao seu ancestral. repare que todos os organismos que partem de um mesmo nó, ao longo de determinado ramo, apresen- tarão característica(s) derivada(s) em comum. Finalizando, perceba que dois clados (grupos) que partem de um mesmo nó são mais semelhantes entre si, isto é, compartilham mais homologias do que grupos que estão separados por mais de um nó. Por exemplo, há mais semelhanças entre angios- permas e gimnospermas do que entre qualquer uma delas e um musgo. domínios e reinos na época de Lineu eram considerados apenas dois reinos para os seres vivos: o vegetal e o animal. devemos nos lembrar que Lineu baseou sua classificação apenas nas estruturas visíveis dos organismos vivos. em 1866, o zoólogo alemão e. Haeckel criou o termo “protista” para designar um conjunto de organismos simples, eucarion- tes, que não eram caracterizados nem como vegetais nem como animais. mais tarde, o novo reino Protista incluiria as bactérias, os protozoários, os fungos e as algas. Modelo de cladograma representando a relação de parentesco entre alguns grupos de plantas. (Elementos fora de proporção de tamanho entre si. Cores fantasia.) Nas fotografias acima, vemos diferentes formas de bactérias, organismos do Reino Monera, vistas ao microscópio eletrônico de varredura. Da esquerda para direita: bacilos (Bacillus cereus), estafilococos (Staphylococcus aureus) e vibrões (Vibrio cholerae). (Cores artificiais.) PH o to ta Ke r m /d r. G a ry d . G a u G Le r/ d io m ed ia d av id m cc a rt H y/ sP L/ La ti n st o cK d en n is K u n Ke L m ic ro sc o Py , i n c. /P H o to ta Ke /e a sy Pi X Aumento de 4 210 vezes. Aumento de 3 600 vezes. Aumento de 3 844 vezes. Lu is m o u ra A classificação dos seres vivos � CAPÍTULO 1 15 01_UN1_CAP01_BIOLOGIA2-CSC_009a020.indd 15 4/29/16 3:54 PM Em 1956, o biólogo estadunidense H. F. Copeland propôs a criação de um novo reino, Monera, que abrigaria os seres de natureza celular mais simples — as bactérias, que diferem de todos os demais por serem organismos procariontes. Estabelecia-se, dessa forma, um sistema de quatro reinos: Monera, Protista, Vegetal e Animal. Logo depois, em 1969, o zoólogo estadunidense R. Whittaker sugeriu que os fungos fos- sem elevados à categoria de um novo reino. Surgia, assim, o sistema de cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Animalia e Plantae). O progresso no conhecimento científico levou, no final do século passado, a uma nova reformulação na classificação dos seres vivos. Além da assimilação da noção de descendência com modificação — que explica o surgimento e a diversificação de novas espécies —, temos importantes avanços, particularmente no que diz respeito à composição genética das diferentes espécies, na Biologia do Desenvolvimento e na Bioquímica, trazendo maior embasamento para os estudos de filogenia. O reconhecimento de que os organismos procariontes são profundamente dife- rentes dos demais, em termos genéticos, levou alguns cientistas a propor novas classificações. Uma delas, sugerida por L. Margulis e K. V. Schwartz em 1982, indica a existência de dois super-reinos: Prokarya, que abriga os seres procariontes (Reino Monera), e Eukarya, no qual estão reunidos os demais organismos celulares (Reinos Protoctista, Fungi, Animalia e Plantae). O Reino Protista, que reunia apenas seres unicelulares (as algas unicelulares e protozoários), foi substituído pelo Reino Protoctista. Este reúne organismos eucariontes, autótrofos e heterótrofos, uni e pluri- celulares, o que inclui algas macroscópicas anteriormente classificadas no reino das plantas. Essa é a classificação que adotaremos aqui. Em 1977, C. Woese propôs que a diversidade de seres vivos poderia ser distribuída em três grandes grupos, ou domínios. São eles: Bacteria, Archaea e Eukarya. O domí- nio Bacteria (eubactérias) inclui diversos grupos de microrganismos procariontes (células sem membrana nuclear). O domínio Archeae (arqueas ou arqueobactérias) inclui espécies de microrganismos procariontes adaptados a ambientes extremos, de condições aparentemente incompatíveis com a vida. São exemplos as que suportam altas temperaturas de fontes termais (termófilas), alta
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