Buscar

Prevenção e Controle de Riscos em maquinas e Equipamentos e Instalações I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 104 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
Prevenção e Controle de risCos em 
máquinas, equiPamentos e 
instalações i 
Elaboração
Vagner Lisoski Duarte
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA ..................................................................... 6
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO ......................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1 
CALDEIRAS ............................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
VASOS DE PRESSÃO .............................................................................................................. 17
UNIDADE II
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ..................................................................................................... 26
CAPÍTULO 1
ESTRUTURA E SUPERFÍCIES DE TRABALHO ................................................................................. 27
CAPÍTULO 2
SOLDAGEM E CORTE A QUENTE ............................................................................................ 30
CAPÍTULO 3
TRANSPORTE DE FORMA GERAL E ARMAZENAMENTO.............................................................. 34
UNIDADE III
ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO...................................................................................................... 50
CAPÍTULO 1
COR, SINALIZAÇÃO E ROTULAGEM ........................................................................................ 50
CAPÍTULO 2
EDIFICAÇÕES ....................................................................................................................... 56
CAPÍTULO 3
FERRAMENTAS MANUAIS ........................................................................................................ 57
CAPÍTULO 4
MANUTENÇÃO: PREVENTIVA, CORRETIVA E PREDITIVA .............................................................. 63
CAPÍTULO 5
PLANT LAYOUT ...................................................................................................................... 66
UNIDADE IV
MÁQUINAS ........................................................................................................................................ 69
CAPÍTULO 1
MÁQUINAS ........................................................................................................................... 69
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 103
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem 
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela 
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade 
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos 
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma 
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para 
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar 
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a 
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de 
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões 
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao 
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e 
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos 
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
Era uma vez um trabalhador que na execução de suas atividades perdeu o dedo mínimo e continuou 
a carreira de trabalhador e sindicalista até virar presidente da república. Se foi acaso, sorte ou 
proficiência, não há como precisar, contudo essa história de sucesso não se repete para outros 
tantos Luízes, Franciscos e Josés, que na execução de suas atividades perdem membros, pedaços de 
músculos, ou até mesmo a própria vida. Confiar somente na instrução, na prática, e no treinamento 
do operador para a prevenção de acidentes com maquinas, é ímprobo, incerto e impreciso. A forma 
mais simples para retirar o fator incerteza e sorte da variável é utilizar técnicas que reduzam a 
exposição do trabalhador aos riscos associados às máquinas e equipamentos. Fácil seria dizer que 
com um truque de mágica ou fórmula de bolo se chega ao resultado esperado, contudo não é o 
caso. É preciso conhecimento de processo, estudo, aquisição de experiência em projetos, negociação 
de conflitos e reconhecimento, para desta forma ser realmente efetivo na prevenção de acidentes. 
Com o intuito de indicar um norte a ser seguido, esse material foi elaborado, propondo passar uma 
visão desse vasto universo que envolve máquinas e equipamentos, esperando que ajude colegas e 
profissionais, no trabalho de evitar acidentes com os trabalhadores.
Objetivos
 » Conhecer os tipos mais usuais de fornos, vasos de pressão e caldeiras, compreendendo 
e mitigando os riscos relacionados à sua operação. 
 » Ter a visão do funcionamento de um canteiro de obras e os riscos relacionadosàs 
maquinas utilizadas na construção civil e métodos de prevenção do risco.
 » Identificar os fatores de risco à segurança e à saúde do trabalhador, relacionados 
à utilização tanto de ferramentas manuais, quanto de máquinas elétricas e 
pneumáticas.
 » Indicar as possíveis proteções e soluções para eliminar ou neutralizar os riscos 
relacionados à utilização de máquinas e equipamentos.
 » Promover a vigilância da segurança dos trabalhadores. 
 » Intervir nos ambientes de trabalho de forma a prevenir acidentes e doenças 
do trabalho.
9
UNIDADE ICALDEIRAS E VASOS 
DE PRESSÃO
CAPÍTULO 1 
Caldeiras
As caldeiras são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à 
atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos 
similares utilizados em unidades de processo.
O vapor pode ser usado em diversas condições tais como: baixa pressão, alta pressão, saturado, 
superaquecido etc. Ele pode ser produzido também por diferentes tipos de equipamentos nos quais 
estão incluídas as caldeiras com diversas fontes de energia.
Não devem ser entendidos como caldeiras os seguintes equipamentos:
 » Trocadores de calor do tipo Reboiler, Kettle, Refervedores, TLE, e outras, cujo 
projeto de construção é governado por critérios referentes a vasos de pressão.
 » Equipamentos com serpentina sujeita a chama direta ou gases aquecidos e que 
geram, porém não acumulam vapor, tais como: fornos, geradores de circulação 
forçada e outros.
 » Serpentinas de fornos ou de vasos de pressão que aproveitam o calor residual para 
gerar ou superaquecer vapor.
 » Caldeiras que utilizam fluido térmico e não o vaporizam.
É importante ressaltar que na elaboração da NR-13, previa-se que o profissional habilitado (PH) 
atuasse como referência técnica para o proprietário da caldeira. Quase sempre o proprietário carece 
de conhecimentos técnicos necessários para as tomadas de decisões necessárias à segurança da 
caldeira. O PH tomará essas decisões, responsabilizando-se por elas.
Para efeitos da NR-13, considera-se profissional habilitado aquele que tem competência legal 
para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, 
acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e 
vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no país.
O PH, no exercício das atividades descritas, em algumas situações, pode delegar a execução de uma 
determinada atividade para um preposto, técnico especializado. Entretanto, a responsabilidade e a 
assinatura pelos serviços especializados serão sempre do PH.
10
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
Dentro dos significados de uso comum relacionados às caldeiras devemos saber que: Pressão 
Máxima de Trabalho Permitida (PMTP) – ou Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA) – é 
o maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a resistência dos materiais utilizados, 
as dimensões do equipamento e seus parâmetros operacionais.
A PMTA é calculada ou determinada utilizando-se fórmulas e tabelas disponíveis no código de 
projeto da caldeira. Essas fontes levam em consideração:
 » as dimensões e geometria de cada parte específica da caldeira (por exemplo: 
diâmetro, espessura etc.);
 » resistência dos materiais (valores de tensão máxima admissível dependentes da 
temperatura); e
 » outros fatores específicos para cada situação.
É importante destacar que o valor da PMTA pode alterar-se ao longo da vida da caldeira em função da 
redução da resistência mecânica dos materiais, redução de espessuras dos diferentes componentes, 
e outros fatores.
Quando ocorrer alteração no valor da PMTA da caldeira, deverão ser executados os ajustes 
necessários nas pressões de abertura das válvulas de segurança, na placa de identificação e outros 
elementos de controle dependentes deste valor.
O engenheiro de SST deve saber que constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos 
seguintes itens:
 » Válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior 
à PMTA.
 » Instrumento que indique a pressão do vapor acumulado.
 » Injetor ou outro meio de alimentação de água, independentemente do sistema 
principal, em caldeiras a combustível sólido.
 » Sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que evite o 
superaquecimento por alimentação deficiente.
As válvulas de segurança, mesmo que ajustadas para abertura na PMTA, deverão ser adequadamente 
projetadas, ser adequadamente instaladas e ser adequadamente mantidas. Para casos onde essas 
premissas não forem atendidas, a válvula de segurança será considerada como inexistente.
Caldeiras com superfície de aquecimento superior a 47m2 devem possuir duas válvulas de segurança. 
Nesse caso, é permitido acréscimo de pressão durante a descarga, com as duas válvulas abertas de 
no máximo 6% da PMTA.
O mostrador do instrumento indicador de pressão pode ser analógico ou digital e poderá ser 
instalado na própria caldeira ou na sala de controle.
Entende-se por sistema de indicação de nível de água qualquer dispositivo com função equivalente 
aos visores de coluna de água. Caso a coluna de água não consiga ser lida corretamente por 
11
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
problemas de vazamento ou bloqueio, deverá ser imediatamente acionado o procedimento de 
paralisação da caldeira.
Em seu corpo, toda caldeira deve ter afixada a placa de identificação indelével com no mínimo as 
seguintes informações: fabricante, número de ordem dado pelo fabricante da caldeira, ano de 
fabricação, Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA), pressão de teste hidrostático, capacidade 
de produção de vapor, área da superfície de aquecimento, código de projeto e ano de edição.
Em conformidade com o Sistema Internacional de Unidades, a unidade oficial para pressão no 
Sistema Internacional de Unidades (SI) é o Pascal (Pa).
Além da placa de identificação, toda caldeira deverá apresentar seu número ou código de identificação 
e sua respectiva categoria.
Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalada, a seguinte documentação, 
devidamente atualizada:
 » Prontuário da caldeira que contenha as seguintes informações:
 › código de projeto e ano de edição;
 › especificação dos materiais;
 › procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção final e determinação 
da PMTA;
 › conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da vida 
útil da caldeira;
 › características funcionais;
 › dados dos dispositivos de segurança;
 › ano de fabricação;
 › categoria da caldeira.
Em relação às categorias de caldeira, a classificação é feita de acordo com o gráfico apresentado:
Figura 1. Categorias de caldeira.
Figura representado o item 13.1.9 da NR13, redação de 27 de dezembro de 1994.
Fonte: Norma Regulamentadora no 13 (MTE).
12
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
 » Registro de segurança, em conformidade com o item 13.1.7 da NR-13.
 » Projeto de instalação, em conformidade com o item 13.2 da NR-13.
 » Projetos de alteração ou reparo, em conformidade com os subitens 13.4.2 e 13.4.3 
da NR-13.
 » Relatórios de inspeção, em conformidade com os subitens 13.5.11, 13.5.12 e 13.5.13 
da NR-13.
Caso o estabelecimento, em que estiver instalada a caldeira, possua diversas unidades fabris 
distantes umas das outras, os documentos deverão estar disponíveis na unidade onde a caldeira 
estiver instalada para que possam ser facilmente consultados.
Se o estabelecimento não possuir essa documentação, parte dela deverá ser reconstituída. Quando 
não for possível reconstituir alguns itens, tais como: procedimentos utilizados na fabricação e 
montagem, especificações de materiais, deverão ser reconstituídos pelo menos as características 
funcionais da caldeira, os dados de seus dispositivos de segurança e o procedimento para 
determinação da PMTA.
A reconstituição dos documentos será sempre deresponsabilidade do proprietário da caldeira. Para 
tanto, ele poderá utilizar-se dos serviços do fabricante da caldeira ou caso esse seja indeterminado 
ou já não exista, de um PH ou empresa especializada.
No caso de venda de caldeira o registro de segurança também poderá acompanhar a caldeira a 
critério do estabelecimento onde ela esteve instalada. O projeto de instalação não acompanha a 
caldeira porque deverá ser elaborado novo projeto, característico das novas instalações.
O registro de segurança deve ser constituído por livro com páginas numeradas, exclusivo para cada 
caldeira. É importante que sejam registrados nesse livro somente as ocorrências relacionadas à 
caldeira que possam afetar, positiva ou negativamente, a integridade física do ser humano.
É prática nas unidades industriais o preenchimento do Livro de Turno ou Livro de Passagem de 
Serviço, ou similar, que poderá ser aceito como registro de segurança desde que atenda o disposto 
no item 13.1.7 da NR-13.
São exemplos típicos de ocorrências importantes: explosões, incêndios, vazamentos, ruptura de 
componentes da caldeira, operação em condições fora daquelas previstas pelo projeto, paradas de 
emergência, realização de testes nas caldeiras e dispositivos de segurança.
Por ocasião da inspeção da caldeira, o PH, contratado pelo estabelecimento para fazer a inspeção da 
caldeira ou o PH existente no serviço próprio de inspeção, deverá anotar no registro de segurança a 
data e tipo da inspeção de segurança da caldeira que está sendo realizada.
O PH deverá solicitar a assinatura do operador da caldeira ou, na sua ausência, de outro operador, 
no referido registro de segurança. A assinatura tem por objetivo comprovar que a caldeira está 
sendo inspecionada e não implica qualquer responsabilidade por parte do operador na atividade 
de inspeção.
13
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso futuro, o respectivo registro de 
segurança deverá apresentar claramente os motivos pelos quais está sendo adotada tal decisão. 
O encerramento formal do registro de segurança deverá ser feito por um PH e comunicado por 
meio de Relatório de Inspeção de Segurança Extraordinária à representação sindical da categoria 
profissional predominante no estabelecimento conforme estabelecido no item 13.5.12 e ao órgão 
regional do MTE caso esse tenha exigido a apresentação dos documentos da caldeira anteriormente, 
conforme previsto no subitem 13.1.6.3 da NR.
A documentação referida no subitem 13.1.6 da NR deve estar sempre à disposição para consulta. 
Nos casos em que for necessária a retirada da documentação do estabelecimento, deverá ser 
providenciada a sua duplicação.
A autoria de projeto de instalação de caldeiras é de responsabilidade de PH. O projeto de 
instalação deverá conter todos os documentos, plantas, desenhos, cálculos, pareceres, relatórios, 
análises, normas, especificações, relativos ao projeto, devidamente assinados pelos profissionais 
legalmente habilitados.
A caldeira deverá ser instalada em casa de caldeiras, local reservado do estabelecimento, delimitado 
por paredes ou divisórias e devidamente coberto, ou em área de caldeiras, local onde a caldeira não 
esteja confinada, exposta ou não à ação do tempo.
A norma define claramente requisitos de afastamento e proteções para a instalação de caldeiras em 
área de caldeiras ou casa de caldeiras. Dessa forma, devem ser utilizados os subitens 13.2.3 e 13.2.4 
da NR-13 como referência ao se projetar ambos os locais destinados à instalação da caldeira.
Além da definição referente ao local, feita pelos itens anteriores, o item 13.2.5 define quais as 
alíneas, que se não forem cumpridas por categoria, nos itens citados, são consideradas como risco 
grave e iminente.
Como previsão de exceção a norma prevê que, quando o estabelecimento não puder atender ao 
disposto nos subitens 13.2.3 ou 13.2.4, deverá ser elaborado Projeto Alternativo de Instalação com 
medidas complementares de segurança que permitam a atenuação dos riscos.
As medidas complementares citadas neste item referem-se à prevenção e não à consequência de 
eventuais explosões. Dessa forma, o projeto alternativo deve priorizar a implantação de medidas 
que melhorem a confiabilidade operacional da caldeira. São exemplos de medidas concretas que 
permitem a atenuação dos riscos:
 » realização de inspeções com maior frequência e maior rigor quanto à aplicação de 
exames não destrutivos;
 » aperfeiçoamento dos sistemas de controle;
 » independentemente da pressão, atender a requisitos mais apurados de qualidade e 
tratamento de água;
 » reduzir a pressão de operação quando possível;
 » empregar combustíveis de melhor qualidade entre outros.
14
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
Toda caldeira classificada como categoria “A” deve possuir painel de instrumentos ou console 
de sistema digital instalado em sala de controle. No caso de estabelecimentos com mais de uma 
caldeira, é permitida a instalação dos instrumentos de todas as caldeiras na mesma sala de controle. 
O projeto e a construção da sala de controle devem atender aos requisitos estabelecidos pelas NRs. 
As portas devem abrir para fora e para o lado oposto ao das caldeiras.
O manual de operação da caldeira (ou das caldeiras) deve estar sempre disponível para consulta dos 
operadores, em local próximo ao posto de trabalho. Os mesmos devem ser mantidos atualizados, 
sendo que todas as alterações ocorridas nos procedimentos operacionais ou nas características das 
caldeiras deverão ser de pleno conhecimento de seus operadores e prontamente incorporados aos 
respectivos manuais.
Todos os instrumentos e controles que interfiram com a segurança da caldeira deverão ser calibrados 
periodicamente e serem adequadamente mantidos.
A utilização de artifícios como, por exemplo, jumps, que neutralizem os sistemas de controle e 
segurança, será considerada como risco grave e iminente e pode levar à interdição da caldeira.
Utilizar jumps transitórios em situações em que exista redundância ou está sendo feita manutenção 
preventiva, não será considerado como “artifício que neutralize” sistema de controle e segurança 
da caldeira.
A qualidade da água é fator determinante da vida da caldeira. Sempre que análises físico-químicas 
e resultados das inspeções indicarem problemas de depósitos excessivos, corrosão e outras 
deteriorações no lado água, atenção especial deverá ser dada a sua qualidade, em particular, 
verificando se suas características estão de acordo com as requeridas pela caldeira.
A responsabilidade pela existência de operadores de caldeiras adequadamente treinados é do dono 
do estabelecimento. A norma define que para ser operador de caldeira a pessoa necessita de curso 
específico e com comprovação de estágio prático. O engenheiro de SST deve atentar que a norma 
prevê que todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático na operação da própria 
caldeira que irá operar, o qual deverá ser supervisionado, documentado e ter duração mínima de:
 » Caldeiras Categoria “A”: 80 horas.
 » Caldeiras Categoria “B”: 60 horas.
 » Caldeiras Categoria “C”: 40 horas.
A empresa ou estabelecimento deverá arquivar ou reunir os documentos e emitir os certificados 
que comprovem a participação de seus operadores no referido estágio. Caso um operador, treinado 
de acordo com a NR-13, necessite operar outra caldeira, deverá frequentar estágio prático na nova 
caldeira que irá operar, mesmo que esta seja da mesma categoria que a anterior.
O supervisor do estágio poderá ser, por exemplo, o chefe da operação, os operadores-chefe, o 
engenheiro responsável pela planta, um operador mais experiente ou um profissional habilitado 
(PH). O estabelecimento onde for realizado o Estágio Prático Supervisionado deve informar 
previamente à representação sindical.
15
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
A operação de caldeiras em condições operacionais diferentes das previstas em seu projeto pode 
ser extremamenteperigosa. São exemplos dessas condições as pressões superiores às de operação, 
as temperaturas de superaquecimento acima das de projeto a utilização de água ou outro fluido 
diferente dos considerados no projeto e a alteração do combustível ou dos queimadores.
Caso a documentação da caldeira tenha se extraviado e não seja possível localizar o fabricante, os 
reparos e alterações deverão respeitar a concepção original.
Antes da execução de qualquer reparo ou alteração que possam comprometer a segurança da 
caldeira ou dos trabalhadores, deverá ser elaborado o respectivo projeto de alteração ou reparo que 
passará a fazer parte da documentação da caldeira.
Os reparos que exigem projeto são aqueles que fogem aos procedimentos usuais de manutenção. Por 
exemplo: não se fará projeto para a substituição de tubo furado. Em contrapartida, faz-se necessário 
o projeto de alteração ou reparo, quando for necessário executar solda no tubulão de vapor.
O projeto de alteração ou reparo pode ser concebido por firma especializada, desde que a mesma 
esteja registrada no CREA e disponha de responsável técnico legalmente habilitado.
Reparos ou alterações que envolvam as especialidades de eletricidade, eletrônica ou química deverão ser 
concebidos e assinados por profissionais habilitados para cada campo específico. Independentemente 
dessa necessidade, todo projeto de alteração ou reparo deverá ser assinado por PH.
A norma define exames aos quais as caldeiras devem ser submetidas. Esses exames compreendem 
as inspeções de segurança inicial, periódica (prazos definidos no item 13.5.3) e extraordinária.
Exames internos, externos e teste hidrostático, efetuados nas dependências do fabricante da caldeira 
são importantes e necessários, porém não constituem a inspeção de segurança inicial (definido nos 
itens 13.5.1 e 13.5.2), uma vez que os componentes da caldeira podem sofrer avarias durante seu 
transporte, armazenamento e montagem no local definitivo. A inspeção de segurança só poderá, 
portanto, ser realizada quando a caldeira já estiver instalada em seu local definitivo.
O teste para determinação da pressão da abertura das válvulas de segurança poderá ser executado 
com a caldeira em operação valendo-se de dispositivos hidráulicos apropriados.
Ao completar 25 anos de uso, as caldeiras devem ser submetidas à rigorosa avaliação de integridade 
para determinar a sua vida remanescente e novos prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam 
em condições de uso.
As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser inspecionadas periodicamente mediante 
acionamento manual da alavanca para categorias “B” e “C” e desmontando, inspecionando e 
testando, em bancada, as válvulas flangeadas e, no campo, as válvulas soldadas para categorias “A” 
e “B”. O acionamento manual da alavanca torna obrigatória a existência de alavancas em válvulas 
de segurança instaladas em caldeiras de categorias “B” e “C”.
As válvulas de segurança instaladas em caldeiras deverão ser submetidas a testes de acumulação 
em casos específicos definidos no item 13.5.8 (NR). O teste de acumulação é feito para verificar se 
16
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
a válvula (ou válvulas) de segurança instalada em caldeiras tem capacidade de descarregar todo o 
vapor gerado, na máxima taxa de queima, sem permitir que a pressão interna suba para valores 
acima dos valores considerados no projeto (no caso de caldeiras projetadas pelo ASME, Seção I, este 
valor corresponde a 6% acima da PMTA).
A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita sempre que a caldeira for danificada por 
acidente ou outra ocorrência capaz de comprometer sua segurança; quando a caldeira for submetida 
à alteração ou reparo importante capaz de alterar suas condições de segurança; antes de a caldeira 
ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por mais de seis meses e quando 
houver mudança de local de instalação da caldeira.
Inspecionada a caldeira, deve ser emitido relatório de inspeção. Ele deve ser encaminhado pelo 
PH, num prazo máximo de 30 dias a contar do término da inspeção, à representação sindical da 
categoria profissional predominante no estabelecimento. A data de conclusão do relatório técnico 
não é considerada como data de término da inspeção.
17
CAPÍTULO 2
Vasos de pressão
Por definição, vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou 
externa. Dessa forma, estão sempre submetidos simultaneamente à pressão interna e à pressão 
externa. Mesmo vasos que operam com vácuo estão submetidos a essas pressões, pois não existe 
vácuo absoluto. O que usualmente denomina-se vácuo é qualquer pressão inferior à atmosférica. O 
vaso é dimensionado, considerando-se a pressão diferencial resultante que atua sobre as paredes, 
que poderá ser maior interna ou externamente.
Podem ser construídos de materiais e formatos geométricos variados em função do tipo de utilização 
a que se destinam. Dessa forma, existem vasos de pressão esféricos, cilíndricos e cônicos; construídos 
em aço carbono, alumínio, aço inoxidável, fibra de vidro e outros materiais.
Os vasos de pressão podem conter líquidos, gases ou misturas destes. Algumas aplicações desses 
vasos são: armazenamento final ou intermediário, amortecimento de pulsação, troca de calor, 
contenção de reações, filtração, destilação, separação de fluidos, criogenia etc.
São classificados em categorias segundo o tipo de fluido e o potencial de risco:
 » CLASSE “A”:
 › fluidos inflamáveis;
 › combustível com temperatura superior ou igual a 200ºC;
 › fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20ppm;
 › hidrogênio;
 › acetileno.
 » CLASSE “B”:
 › fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200ºC;
 › fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20ppm.
 » CLASSE “C”:
 › vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
 » CLASSE “D”:
 › água ou outros fluidos não enquadrados nas classes “A”, “B” ou “C”, com 
temperatura superior a 50ºC.
18
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco em função do produto “P.V”, 
onde “P” é a pressão máxima de operação em MPa, e “V”, o seu volume geométrico interno em m3, 
conforme segue:
 » GRUPO 1: P.V ≥ 100;
 » GRUPO 2: P.V < 100 e P.V ≥ 30;
 » GRUPO 3: P.V < 30 e P.V ≥ 2,5;
 » GRUPO 4: P.V < 2,5 e P.V ≥ 1;
 » GRUPO 5: P.V < 1.
As categorias dos vasos de pressão são definidas pela conjunção entre grupo e classe, de acordo com 
tabela definida em norma, copiada abaixo. 
Tabela 1. Categorias de vasos de pressão
Fonte: Norma Regulamentadora nº 13 - NR13.
Quando um vaso de pressão contiver mistura de fluido, deverá ser considerado para fins de 
classificação o fluido que apresente maior risco aos trabalhadores, instalações e meio ambiente, 
desde que sua concentração na mistura seja significativa, a critério do estabelecimento. 
Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
 » válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em 
valor igual ou inferior ao PMTA, instalada diretamente no vaso ou no sistema que o 
inclui. Entende-se por “outro dispositivo” de segurança os dispositivos que têm por 
objetivo impedir que a pressão interna do vaso atinja valores que comprometam sua 
integridade estrutural. São exemplos de “outros dispositivos”: discos de ruptura, 
válvulas quebra-vácuo, plugues, fusíveis etc.;
19
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
 » dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quando esta não 
estiver instalada diretamente no vaso;
 » instrumento que indique a pressão de operação.
Válvulas de segurança-piloto operadas podem ser consideradas como “outro dispositivo”, 
desde que mantenham a capacidade de funcionamento em qualquer condição de anormalidade 
operacional.
Vasos com duas ou mais válvulas de segurança, com bloqueios independentes, são utilizados 
quando se deseja facilidade de manutenção.Pode-se remover uma das válvulas de segurança para 
reparo ou inspeção, mantendo-se as demais em operação. Nesse caso, as válvulas de segurança 
remanescentes em conjunto, ou isoladamente, deverão ser projetadas com suficiente capacidade 
para aliviar a pressão do vaso.
O “dispositivo que evite o bloqueio inadvertido” do dispositivo de segurança é aplicável a vasos de 
pressão com dois ou mais dispositivos de segurança. São exemplos desses dispositivos: válvulas de 
duas ou mais vias, válvulas-gaveta sem volante ou com volante travado por cadeado etc.
Quando o vaso de pressão possuir apenas uma válvula de segurança, não é recomendável a existência 
de bloqueio entre a válvula de segurança e o vaso de pressão.
Os instrumentos para indicação de pressão, por exemplo, manômetros, poderão ter mostrador 
analógico ou digital, e a instalação dos mesmos poderá ser feita no próprio vaso ou em sala de 
controle apropriada.
Todo vaso de pressão deve ter placa de identificação com as informações do fabricante, do número 
de identificação, do ano de fabricação, da pressão máxima de trabalho admissível, da pressão de 
teste hidrostático, do código de projeto e ano de edição. 
Obs.: número de identificação é a identificação alfanumérica, também conhecida como tag, item, ou 
número de ordem atribuído pelo projetista ou estabelecimento ao vaso de pressão.
Para efeito do atendimento ao requisito do código de projeto e ano de edição, caso não seja conhecido 
o ano de edição do código, o PH deverá verificar se o equipamento sob análise se enquadra nos 
requisitos da última edição publicada que precedeu o ano de fabricação do vaso. Não sendo conhecido 
o código de projeto original ou o ano de fabricação, o vaso deverá ser verificado de acordo com um 
dos códigos existentes para vasos de pressão, que seja aceito internacionalmente.
As informações referentes à identificação do vaso e sua respectiva categoria deverão ser pintadas 
em local onde possam ser facilmente identificadas. Opcionalmente à pintura, as informações 
poderão ser inseridas numa placa com visualização equivalente. A pintura deve permitir a rápida 
identificação do equipamento na unidade em situação de emergência.
Ocorrendo vazamentos, incêndio e outros eventos que produzam fumaça, vapores ou névoa, a 
visão dos operadores será prejudicada. Nesses casos, equipes externas que entrem na unidade para 
auxiliar em emergências também são auxiliadas pela boa pintura de identificação.
20
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a seguinte 
documentação devidamente atualizada:
 » prontuário do vaso de pressão, a ser fornecido pelo fabricante;
 » registro de segurança, em conformidade com o subitem 13.6.5;
 » projeto de instalação, em conformidade com o item 13.7;
 » projetos de alteração ou reparo, em conformidade com os subitens 13.9.2 e 13.9.3;
 » relatórios de inspeção, em conformidade com o subitem 13.10.8.
Se o estabelecimento onde estiverem instalados os vasos de pressão possuir diversas unidades, os 
documentos deverão estar disponíveis na unidade em que os vasos de pressão estiverem instalados, 
para que possam ser prontamente consultados.
Se os operadores e responsáveis pelos equipamentos não permanecerem no local de instalação do 
vaso de pressão, os documentos devem ficar próximos ao operador responsável.
O procedimento para determinação da PMTA deverá explicar o roteiro para seu estabelecimento, 
passo a passo, incluindo tabelas, ábacos etc. que por ventura sejam consultados. Caso haja interesse 
por parte do estabelecimento, poderá ser adotada como PMTA a pressão de projeto do vaso.
Entende-se por vida útil do vaso o período de tempo entre a data de fabricação e a data na qual o 
vaso tenha sido considerado inadequado para uso. A documentação deve ser mantida durante toda 
a vida útil do vaso de pressão.
A maior parte da documentação exigida, particularmente aquela englobada no prontuário do vaso, 
deve ser fornecida de maneira detalhada pelo fabricante do vaso de pressão. Se o estabelecimento 
não possuir essa documentação, parte da mesma deverá ser reconstituída. A reconstituição dos 
documentos é sempre de responsabilidade do proprietário do vaso de pressão, o que se traduz em 
serviço executado pelo engenheiro de segurança.
Normas técnicas reconhecidas internacionalmente indicam que o cálculo da PMTA deve considerar, 
além da pressão, outros esforços solicitantes, devendo englobar todas as partes do equipamento, 
tais como: conexões, flanges, pescoços de conexões, suportes e selas.
O registro de segurança pode ser constituído por um livro de páginas numeradas para cada vaso 
de pressão ou de um livro de páginas numeradas para diversos vasos de pressão. É possível que a 
empresa utilize outro sistema (por exemplo: informatizado) desde que, de fato, apresente a mesma 
segurança contra burla e permita “assinatura eletrônica”.
É importante que sejam registradas nesse livro somente as ocorrências que possam afetar a 
integridade física do ser humano. São exemplos típicos dessas ocorrências: explosões, incêndios, 
vazamentos, ruptura de componentes, operação fora dos valores previstos, funcionamento irregular 
das válvulas de segurança, serviços de manutenção efetuados.
21
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros, bocas de visita e 
indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes, sejam facilmente acessíveis. Os 
acessórios, que possam exigir a presença do trabalhador para operação, manutenção ou inspeção, 
devem permitir acesso fácil e seguro por meio de escadas, plataformas e outros em conformidade 
com as NR’s.
Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes confinados, a instalação deve:
 » dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas e 
dispostas em direções distintas. Objetiva-se, dessa forma, evitar que, ocorrendo 
um vazamento, incêndio ou qualquer outra possibilidade de risco aos operadores, 
eles não fiquem cercados pelo fogo ou vazamento, dispondo sempre de uma rota 
de fuga alternativa;
 » dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de manutenção, operação e 
inspeção, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões 
que impeçam a queda de pessoas;
 » dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
 » dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
 » possuir sistema de iluminação de emergência. Deverá ser entendido como sistema 
de iluminação de emergência, todo sistema que, em caso de falha no fornecimento de 
energia elétrica, consiga manter adequadamente iluminado os pontos estratégicos 
à operação do vaso de pressão. São exemplos desses sistemas: lâmpadas ligadas 
a baterias que se autocarregam nos períodos de fornecimento normal de energia, 
geradores movidos a vapor ou motores a combustão.
Se as condições citadas acima não forem cumpridas, constitui automaticamente em situação de 
risco grave e iminente.
A autoria do projeto de instalação de vasos de pressão é de responsabilidade de PH. Sempre que, 
na elaboração do projeto, o PH solicitar a participação de profissionais especializados e legalmente 
habilitados, eles serão responsáveis pela parte que lhes diga respeito, devendo ser explicitamente 
mencionados como autores das partes que tiverem executado.
O projeto de instalação deverá conter pelo menos a planta baixa do estabelecimento, com o 
posicionamento e a categoria de cada vaso de pressão existente na instalação. A planta deverá 
também posicionar instalações de segurança tais como: extintores, sistemas de sprinklers, canhões 
de água, câmaras de espuma, hidrantes etc.
Todos os documentos que compõem o projeto de instalação deverão ser devidamente assinados 
pelos profissionais legalmente habilitados.
22
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
Quando uma instalação já existente não possuir os desenhos ou documentoscitados, ou quando 
a identificação dos profissionais legalmente habilitados não estiver clara, o projeto de instalação 
deverá ser reconstituído sob autoria de um PH.
Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias “I” ou “II” deve possuir Manual de Operação 
próprio que contenha:
 » os procedimentos de partidas e paradas; 
 » os procedimentos e parâmetros operacionais e rotina; 
 » os procedimentos para situações de emergência; e 
 » os procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente. 
O Manual deverá ser mantido atualizado, com todas as alterações ocorridas descritas nos 
procedimentos operacionais ou nas características dos equipamentos. Esse requisito também é 
aplicável a navios e a plataformas de exploração e produção de petróleo.
Todos os instrumentos e controles que interfiram com a segurança do vaso de pressão deverão ser 
periodicamente calibrados e adequadamente mantidos.
A utilização de artifícios como, por exemplo, jumps que neutralizem instrumentos ou sistemas de 
controle e segurança, será considerada como risco grave e iminente e pode acarretar a interdição 
do equipamento.
A periodicidade de manutenção e a definição de quais instrumentos e controles dos vasos de 
pressão deverão ser englobados são de responsabilidade de profissionais legalmente habilitados 
para cada especialidade.
O responsável pela existência de operadores de unidades de processo treinados adequadamente é o 
dono do estabelecimento ou seu representante legal.
O Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo deve obrigatoriamente ser:
 » supervisionado tecnicamente por PH; 
 » ser ministrada por profissionais capacitados; e 
 » obedecer, no mínimo, ao currículo no Anexo I-B da NR 13. 
Deverão ser incluídas no treinamento outras matérias teóricas ou práticas que forem julgadas 
relevantes pelo supervisor técnico do treinamento.
Todo profissional com treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo deve 
cumprir estágio prático, supervisionado, com definição de carga horária de acordo com a norma. 
A empresa ou estabelecimento deverá arquivar os documentos que comprovem a participação de 
seus operadores no referido estágio. No caso de unidades que não possuam vasos de pressão de 
categorias “I” ou “II”, não há necessidade de existirem profissionais com Treinamento de Segurança 
23
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
na Operação de Unidades de Processo. Faz-se necessário, no entanto, o cumprimento de estágio 
prático supervisionado de 100 horas. O supervisor de estágio poderá ser, por exemplo, o chefe da 
operação, um operador chefe, um engenheiro responsável pelo processo, profissional habilitado, ou 
operador mais experiente.
O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado deve informar previamente 
à representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento o período, 
responsável e nome dos participantes.
A norma define que a necessidade e ocasião da reciclagem são de responsabilidade do empregador. 
Porém, ficando a reciclagem a cargo da empresa e esta não o fizer, é importante a observação por 
parte do engenheiro de SST que com o passar do tempo existe tanto o esquecimento quanto a 
obsolescência de procedimentos e o mesmo deve suscitar quando achar importante a realização 
da reciclagem.
A operação de vasos de pressão em condições diferentes das previstas em seu projeto, por exemplo, 
pressões superiores às de operação, temperaturas superiores às consideradas no projeto, utilização 
de fluidos diferentes dos previstos originalmente, alterações de geometria, espessura e tipo de 
material, pode ser extremamente perigosa. Sempre que forem efetuadas modificações no projeto do 
vaso de pressão ou nas suas condições operacionais, deverão ser adotados todos os procedimentos 
de segurança necessários. As modificações efetuadas deverão sempre fazer parte da documentação 
do vaso de pressão.
Todos os reparos ou alterações em vasos de pressão devem respeitar ao respectivo código de 
projeto de construção e às prescrições do fabricante. Deve ser considerada como “reparo” qualquer 
intervenção que vise corrigir não conformidades com relação ao projeto original. Por exemplo, 
reparos com solda para recompor áreas danificadas, remoção de defeitos em juntas soldadas ou no 
metal-base, substituição de internos ou conexões corroídas etc.
Deve ser considerada como “alteração” qualquer intervenção que resulte em alterações no projeto 
original, inclusive nos parâmetros operacionais do vaso. Por exemplo, alterações nas especificações 
dos materiais, mudanças de internos ou conexões, mudanças de geometria etc.
Caso a documentação do vaso de pressão tenha se extraviado e não seja possível localizar o fabricante, 
os reparos e alterações deverão respeitar a concepção adotada originalmente.
Com a constante evolução da tecnologia, em casos particulares e desde que embasado pelo PH, 
poderão ser utilizados procedimentos de cálculo e tecnologias não previstas pelo código de projeto. 
São exemplos desses procedimentos: técnicas de mecânica da fratura que permitam a convivência 
com descontinuidades subcríticas, técnicas alternativas de soldagem que dispensem o alívio de 
tensões, modelagem por elementos finitos etc.
O Projeto de alteração e reparo pode ser concebido por firma especializada, desde que ela esteja 
registrada no CREA e disponha de responsável técnico legalmente habilitado.
Todas as intervenções que exijam soldagem em partes que operem sob pressão devem ser seguidas 
de teste hidrostático, com características definidas pelo PH. Quando não definidos em normas 
24
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
ou códigos, caberá ao PH em função de sua experiência e conhecimento, definir os parâmetros 
envolvidos no teste hidrostático. Nesses parâmetros deverão constar:
 » medidas de segurança necessárias para proteção das pessoas envolvidas na 
realização do teste;
 » fluido a ser utilizado para pressurização;
 » taxa de subida da pressão e patamares, quando necessário;
 » pressão final do teste; e
 » tempo em que o equipamento ficará pressurizado.
As características e resultados do teste hidrostático deverão constar do relatório de inspeção de 
segurança que compreende o teste, seja ela, inspeção inicial, periódica ou extraordinária.
O PH poderá dispensar o teste hidrostático, sob sua responsabilidade técnica, considerando os 
aspectos do tipo de reparo efetuado, ensaios não destrutivos executados, qualificação de pessoal 
envolvido, risco de falha do serviço executado etc.
Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária.
A inspeção de segurança periódica, constituída por exame externo, interno e teste hidrostático, deve 
obedecer aos seguintes prazos máximos estabelecidos para cada categoria (de I a V).
Categoria do Vaso Exame Externo Exame Interno
I 1 ano 3 anos
II 2 anos 4 anos
III 3 anos 6 anos
IV 4 anos 8 anos
V 5 anos 10 anos
Uma vez que, mesmo fora de operação, alguns vasos poderão sofrer desgaste corrosivo acentuado, 
deverá ser considerada, para contagem do prazo de inspeção, a data da última inspeção de segurança 
completa, e não a data de início ou retomada de operação.
Vasos de pressão que não permitam o exame interno ou externo por impossibilidade física devem 
ser alternativamente submetidos a teste hidrostático (TH). São exemplos de vasos de pressão que 
não permitem o exame interno:
 » aqueles que não possuem bocas de visita ou aberturas que permitam a passagem de 
uma pessoa;
 » aqueles cujo diâmetro do casco não permite o acesso de uma pessoa;
 » trocadores de calor com espelho soldado ao casco.
Equipamentos enterrados são exemplos de equipamentos que não permitem acesso externo.
25
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
Vasos com enchimento interno ou com catalisador podem ter a periodicidade de exame interno ou 
de teste hidrostático ampliada, de forma a coincidir com a época da substituiçãode enchimentos ou 
de catalisador, desde que esta ampliação não ultrapasse 20% do prazo estabelecido. São exemplos 
de enchimento: argila, carvão ativado, aparas de aço, anéis de Raschig e enchimentos orientados.
Não deverão ser considerados como enchimento interno, acessórios desmontáveis, tais como: 
bandejas, demister e distribuidores.
Vasos com revestimento interno higroscópico devem ser testados hidrostaticamente antes da 
aplicação do mesmo, sendo os testes subsequentes substituídos por técnicas alternativas. Um 
exemplo típico de revestimento interno higroscópico é o revestimento refratário.
O teste hidrostático pode ser substituído por outra técnica de ensaio sob a responsabilidade do 
PH, como por exemplo: ensaio ultrassônico, radiográfico, com líquido penetrante, com partículas 
magnéticas, de estanqueidade, apreciação do histórico de operação ou de inspeções anteriores e 
técnicas de análise leakage before breaking (vazamento ocorre sempre antes da ruptura). 
A norma prevê que o teste hidrostático não seja executado por motivos técnicos, por exemplo, 
impossibilidade técnica de purga e secagem do sistema, ou existência de revestimento interno, entre 
outros. Contudo, razões meramente econômicas não deverão ser consideradas como restrições 
ao teste hidrostático. Se existirem sérias restrições econômicas, devem ser buscadas soluções 
alternativas de segurança equivalente. Em contrapartida, não são consideradas razões técnicas que 
inviabilizam o teste: a existência de revestimentos pintados, cladeados, lining etc.
Os vasos de pressão que operam abaixo de 0ºC, chamados vasos criogênicos, raramente estão 
sujeitos à deterioração severa. A inspeção interna frequente e o teste hidrostático poderão provocar 
fenômenos que comprometam sua vida útil. A NR-13 não prevê a obrigatoriedade da execução do 
teste e estabelece prazos para inspeção interna de até 20 anos, valor este compatível com o previsto 
em outras legislações internacionais.
As válvulas devem ser testadas por meio da remoção da válvula e deslocamento para oficina ou no 
próprio local de instalação. Caso os detalhes construtivos da válvula de segurança e da unidade 
permitam, poderá ser verificada a pressão de abertura, por meio de dispositivos hidráulicos, com o 
vaso de pressão em operação.
A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
 » sempre que o vaso for danificado por acidente ou outra ocorrência que comprometa 
sua segurança;
 » quando o vaso for submetido a reparo ou alterações importantes, capazes de alterar 
sua condição de segurança;
 » antes de o vaso ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo por 
mais de 12 meses; ou
 » quando houver alteração de local de instalação do vaso.
26
UNIDADE IITRABALHO NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
A construção civil apresenta grande importância social, em parte, devido à grande absorção da mão 
de obra e ao poder de geração de empregos diretos e indiretos. Há de se observar uma característica 
presente, que os trabalhadores são na maioria formados no local de trabalho, nos canteiros de obras. 
Isto ocorre, pois na finalização de uma obra se desfaz o motivo principal da presença da firma que 
está construindo, os trabalhadores são dispensados e a empresa fica apenas com parte de seu corpo 
gerencial. Desta forma a empresa interfere pouco na formação, pois não há porque, teoricamente, 
se investir em mão de obra temporária. Situação verificada por Vargas (1984) e que continua válida 
para os dias de hoje.
Nesse ínterim, se apresenta a responsabilidade por parte do engenheiro de segurança de treinar 
rapidamente esse corpo laboral para que este efetue as atividades e ao mesmo tempo consiga 
interagir com a presença de máquinas e equipamentos em ambiente agitado e propenso a ocorrer 
acidentes.
De forma a trabalhar organizadamente, abordaremos neste capítulo as estruturas e superfícies de 
trabalho, o processo de soldagem e corte a quente e os equipamentos de guindar e transportar.
27
CAPÍTULO 1
Estrutura e superfícies de trabalho
Quando se está construindo uma edificação, independente da altura que se trabalhe, existe a 
necessidade de fazer o fechamento e o acabamento laterais, com o operário trabalhando pelo lado 
de fora da edificação. Quando temos o trabalho ao nível do solo, a parede externa está diretamente 
acessível ao operário, contudo já bastando termos um pavimento acima que se torna necessária a 
presença de uma estrutura ou uma superfície de trabalho. Estas podem se traduzir na utilização 
de andaimes e plataformas de trabalho. Dependendo do tipo de serviço, de manutenção ou do 
momento da obra, vai se optar pela escolha de um tipo específico.
Quando necessitamos colocar em risco um trabalhador, ao ter esse que trabalhar em uma superfície 
de uso temporário, estamos falando ao mesmo tempo em uma estrutura que seja robusta e também 
leve, ou seja, dimensionada para a situação. Ao falarmos em dimensionar algo, incorre diretamente 
na presença de um engenheiro. De forma a tornar isso pragmático e independente da vontade de 
quem precisa usar um andaime, por força de norma, é exigido que o dimensionamento seja feito por 
profissional legalmente habilitado e ainda que se tenha a respectiva ART. Além disso, é necessário 
que as empresas que fabriquem sejam inscritas no CREA.
Ao ser adquirido um andaime, é obrigatório a quem fornece, também por força de norma, fornecer 
instruções técnicas por meio de manuais, contendo especificação de materiais, dimensões e posições 
de ancoragens, entroncamentos e detalhes para operação e desmontagem. A melhor prática de 
trabalho segue exatamente o ditado “siga o manual”.
Mencionados o projeto e a aquisição de um andaime, sempre temos associado a necessidade de 
rastreamento posterior, desta forma temos que ter identificação do fabricante, referencia do tipo, 
lote e ano de fabricação. Esses devem estar marcados em painéis, tubos, pisos e contraventamentos.
Um momento importante na utilização de andaime é a sua montagem e desmontagem, visto que 
ainda não está completamente rígido. É importante então que na montagem estejam trabalhando 
trabalhadores qualificados, utilizando cinto de segurança tipo paraquedista e ferramentas 
exclusivamente manuais. A necessidade do trabalhador devidamente qualificado, não é apenas 
pela exposição do mesmo ao risco, é importante ressaltar que após a montagem outros usuários 
utilizarão o andaime e, sendo feita de forma indevida, o acidente é previsível. 
Usar qualquer cinto paraquedista também não é recomendado, logo, o mesmo deve apresentar 
duplo talabarte (alça), ganchos de abertura mínima de 50mm e dupla trava. A presença de 
talabarte duplo possibilita que, sempre ao se deslocar, o trabalhador prenda um dos ganchos 
em uma posição futura e desprenda o outro, sempre tendo pelo menos um dos ganchos presos. 
O gancho com dimensão de 50mm vai facilitar a operação de prender e desprender. E por final a 
dupla trava serve como importante redundância.
Ao utilizar as ferramentas exclusivamente manuais, o trabalhador evita o risco a que estaria exposto 
ao utilizar ferramentas que necessitam de fonte de energia elétrica, hidráulica ou pneumática, além 
de reduzir o peso transportado e facilitar o deslocamento.
28
UNIDADE II │ TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
O que torna o andaime seguro para utilização são sua rigidez e proteções. Por isso nunca se deve 
retirar qualquer dispositivo de segurança dos andaimes ou anular sua ação. A superfície do piso 
do andaime deve ser rígida e antiderrapante, melhor forma é que este apresente estrutura do piso 
metálica com forração completa, nivelado e travado. Nas laterais o guarda-corpo e rodapé evitam 
tanto que o trabalhador caia como escorregue para fora do andaime. 
O acesso deve ser feito por escada montada na estrutura do tipo marinheiro, externamente montada 
ao andaime ou por escada de uso coletivo. Considere abominação utilizar escadas sobre andaime 
para acessar lugares mais altos. 
Não se podedeixar de lembrar que, andaimes simplesmente apoiados devem estar apoiados em 
sapatas sobre base sólida e ser fixado à estrutura da edificação por meio de amarração e estroncamento, 
de modo a resistir aos esforços que estiverem submetidos. Caso um andaime seja do tipo móvel, 
deve ser usado em superfícies planas, nunca em solo irregular e o mesmo deve apresentar travas, 
desse modo é sempre importante verificar a manutenção das travas para certificar que estejam 
agindo para travar o andaime. 
Para andaimes do tipo fachadeiro é importante que estejam cobertos por tela, pois ajuda evitar 
a queda de algum objeto em quem esteja no nível térreo. Também reduz um pouco a incidência 
do vento e serve de anteparo tátil para o trabalhador perceber que ele está próximo a borda 
do andaime.
Para andaimes suspensos é importante termos presente placa de identificação de forma a permitir 
rastreamento e a mesma deve ter a capacidade de carga indicada. Para a segurança do trabalhador 
ele deverá estar usando cinto tipo paraquedista ligado a um cabo guia com trava-quedas. O cabo 
guia deve estar independentemente ligado à estrutura de fixação do andaime, pois se o andaime cair 
o trabalhador apresenta chance de ficar pendurado. 
Ainda sobre andaimes suspensos, o engenheiro de segurança deve verificar se a fixação do mesmo 
está de acordo com o especificado em projeto e garantir, por meio de algum procedimento, que 
sempre ao iniciar o trabalho seja verificado o estado da instalação. Sempre baseado no projeto, 
deve-se também garantir que o peso especificado para o contrapeso seja invariável e de material tipo 
concreto, aço ou outro sólido não granulado, que não se desfaça por si só.
Os cabos dos andaimes suspensos devem sempre estar em bom estado, logo devem ser inspecionados 
no início das tarefas, nunca devem ser utilizados cabos que não sejam de aço, ou seja, cabos de fibras 
naturais ou artificiais não podem ser utilizados para este fim, pois não garantem a segurança. Vale 
lembrar também que sempre devem existir pelo menos 6 voltas sobre o tambor em que o cabo esteja 
enrolado, de forma que não possa ocorrer do cabo se desprender.
Ao ter que utilizar guinchos de elevação, o ideal, por questões de ergonomia e também por não 
provocar o desgaste do trabalhador, seria ter andaimes suspensos motorizados. Contudo, na 
ausência desses, é possível utilizar andaime com guinchos manuais. Os guinchos manuais devem 
possuir segunda trava de segurança por catraca e dotado de capa de proteção que deve ser mantida 
em bom estado de conservação. Qualquer possibilidade de dano deve ser verificada e corrigida por 
empresa especializada no assunto.
29
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
Pela característica do ambiente da construção civil ser bastante agressivo, o andaime suspenso 
motorizado deve apresentar cabos de alimentação de dupla isolação, tomadas e plugs blindados, 
bom aterramento elétrico, uso de dispositivo diferencial residual (DR), de forma a evitar corrente 
de fuga, fim de curso superior e batente. Além destas características deve evitar que o andaime 
se incline acima de certo grau e também na ocorrência de pane, apresente algum mecanismo que 
possibilite a descida com atuação manual.
Outra superfície de trabalho são as plataformas com sistema de movimentação vertical, que 
utilizam pinhão e cremalheira e também as que utilizam força hidráulica como forma de propulsão. 
Da mesma forma só devem ser operadas por trabalhador qualificado para tal atividade. Esse tipo 
de equipamento é mais comum em outros países, pois não existem tantos fabricantes nacionais. 
Caso sejam importados, devemos lembrar-nos da necessidade de apresentar manuais e que eles 
sejam traduzidos para língua portuguesa, visto que torna mais fácil a passagem da instrução para 
os trabalhadores brasileiros.
Da mesma forma que os andaimes, os trabalhadores devem utilizar cinto paraquedista com cabo 
guia e trava em estrutura independente da estrutura de sustentação do equipamento. Como 
o equipamento é em boa parte composto de partes metálicas deve ser observada com cuidado a 
instalação na proximidade de redes elétricas.
Como o equipamento tem muita força, é importante o uso de sinalização sonora na sua movimentação 
e deve apresentar também botão de parada de emergência. Sendo equipamento movido por 
eletricidade, os cuidados com a proteção de partes expostas de cabos de alimentação, aterramento, 
dispositivos de proteção elétrica devem estar presentes.
Esses equipamentos são muito semelhantes a elevadores, de forma análoga devem apresentar 
motofreio, freio automático de segurança e botoeira de comando de operação com atuação por 
pressão contínua.
O engenheiro de segurança deve antever os possíveis riscos na operação desses equipamentos, 
promover o treinamento antes da utilização e colocar na ordem de serviço relativa aos trabalhadores 
que utilizarão os equipamentos as atribuições, riscos e cuidados necessários. 
Outra opção para o trabalhador fazer manutenção externa da fachada do prédio é por meio de uma 
cadeira suspensa, conhecida também como balancim. Nesse caso o uso de cabo de aço ou de fibra 
sintética é possível como cabo de sustentação, pois o peso a ser sustentando é inferior.
O processo de subida e descida exige que no cabo tenha-se dupla trava de segurança, pois a 
redundância garante que no caso de falha da primeira trava a segurança possa ser acionada. Na 
situação de utilização da cadeira suspensa o trabalhador vai estar apenas sentado na cadeira, de 
modo que o mesmo vai precisar ficar fixado por meio de cinto na cadeira. De forma análoga as 
plataformas e andaimes, o mesmo deve utilizar cinto paraquedista com o trava-quedas acoplado a 
um cabo guia independente. Caso a edificação seja elevada, os pontos de ancoragens já devem estar 
previamente previstos antes da construção e os mesmos devem estar dimensionados para um fator 
de segurança em torno de 15, que provoca que o mesmo seja capaz de suportar carga pontual de 
1.500Kgf., isto de acordo com definido em norma. 
30
CAPÍTULO 2
Soldagem e corte a quente
Em todo processo de construção existe a montagem de peças metálicas cuja união é feita por 
soldagem. Para o entendimento dos riscos presentes neste processo, deve-se ter uma noção básica 
dos tipos possíveis de solda, sendo as principais: arco elétrico, maçarico (oxiacetileno) e brasagem. 
Esses processos não são exclusivos da construção civil, mas por questão da importância foi incluso 
nessa unidade.
Tipos de processos
No processo por arco elétrico existe a fusão por corrente elétrica entre os metais, sendo com grande 
consumo de eletrodo os processos MMA/SMAW (Manual Metal Arc, ou comumente eletrodo 
revestido), MIG (Metal Inert Gas), MAG (Metal Active Gas) e com pouco consumo de eletrodo o 
processo TIG (Tungstênio Inert Gas).
Figura 2. Solda MMA Figura 3. Solda MIG/MAG
Figura 4. Solda TIG
 
Figura 5. Maçarico - Solda Oxiacetileno
Fonte: Okumura (1982)
No processo por arco maçarico tem-se a utilização de gás para criar a chama, podendo ser 
composto por acetileno/GLP (ou outro) + O2. Existem dois tipos de maçaricos: os misturadores e 
os injetores, sendo um para solda (adição de metal com fusão) e o outro para o oxicorte (corte de 
chapa por oxidação).
31
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
No processo por brasagem é feita a fusão de metal ou ligas com baixo ponto de fusão em relação 
ao material que se deseja fazer uma união. Pode ser realizada a brasagem em fornos, por imersão 
em banho de sal, por chama automática ou também por maçarico. Outro tipo de solda também 
considerada no processo de brasagem é a de componentes eletrônicos com liga de Pb-Sn.
Riscos e prevenção associados ao processo 
Dos processos mencionados tem-se a produção de fumos metálicos, podendo ser proveniente do 
metal que está sendo soldado (por exemplo, se for uma chapa galvanizada, temos manganês, cromo, 
níquel, zinco em altas concentrações) ou proveniente do tipo de eletrodo (comumenteem solda a 
arco elétrico, tendo-se maior quantidade de fumos se há consumo do eletrodo).
Os eletrodos têm composição variável, os mais comuns tem o interior (alma) de ferro e revestidos 
de um fundente. Os usados em solda MAG e MIG são de um arame contínuo com alma de ferro 
e fundente de cobre. Havendo ainda os tipos celulósicos (alto teor de material orgânico), rutílico 
(alto teor de TiO2), ilmenítico (ferro, titânio e manganês), básico (cal e fluorita) e pó de ferro (ferro 
e silicatos).
Podem ainda existir eletrodos do tipo: carbono, níquel, silício, molibdênio, zircônio, alumínio, 
cálcio, sódio, potássio, magnésio, cobre, cádmio e fluoretos.
A maior ou menor exposição a fumos varia com:
 » voltagem e amperagem da corrente elétrica;
 » composição das peças soldadas;
 » composição dos eletrodos;
 » consumo dos eletrodos;
 » prática do soldador (velocidade da soldagem);
 » ventilação do local;
 » processo de soldagem; e
 » existência de óleos (ou outras substâncias) protetores nas chapas.
Os tamanhos das partículas de fumos metálicos desprendidas das soldas por arco elétrico variam 
entre 0,001 a 2 µm. A retenção alveolar é maior nas partículas de 1 a 5 µm, em geral sendo menor 
que 10% do total.
Como exemplo de avaliação ambiental os autores Borras e Lopes em 1981, estimaram a probabilidade 
de exceder-se o TLV (threshold limit value) de fumos de solda por consumo semanal de eletrodos, 
com 30 Kg/semana teria 65% de probabilidade, com 50 Kg/semana 85% de probabilidade e com 75 
Kg/semana 93% de probabilidade de exceder o TLV. 
32
UNIDADE II │ TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
É importante que o engenheiro de segurança estude o tipo de composição do eletrodo utilizado no 
processo de sua fábrica e então avaliar se pode ou não existir o risco ao expor os trabalhadores aos 
fumos de solda.
Dependendo do tipo de fumos, as seguintes exposições estão associadas:
 » Exposição aos fluoretos: se o eletrodo é o básico (cal e fluorita), deve-se pensar 
em risco de fluorose ocupacional – doença grave e incapacitante que leva a uma 
calcificação dos ligamentos. 
 » Exposição excessiva ao cromo hexavalente: altamente cancerígeno. No aço inox, 
por exemplo, o nível de cromo hexavalente chega a 20 a 25%.
 » Exposição ao cádmio: extremamente lesivo aos rins e ao pulmão, causando enfisema 
do cádmio. Também causa descoloração do colo dos dentes e anosmia (perda total 
do olfato). 
 » Exposição ao níquel: provoca febre dos fumos metálicos e sensibilização cutânea 
(alergia). O aço inox tem também elevados teores deste metal, até 15%.
 » Exposição ao manganês: provoca manganismo, doença grave incapacitante e 
irreversível (Parkinson Mangânico). 
 » Exposição ao zinco: as chapas galvanizadas emitem grande quantidade de fumos 
de zinco, mesmo em solda a ponto. É irritante e pode causar febre dos fumos 
metálicos.
De forma a diminuir a exposição deve-se organizar o sitio de soldagem para que se possa fazer 
a correta exaustão dos fumos. Desta maneira o engenheiro de SST deve atentar também ao 
funcionamento correto de exautores e verificar se a exaustão é suficiente para retirar os fumos 
do local. Uma exaustão correta ajuda na retirada dos fumos do local e contribui para diminuir a 
temperatura que o trabalhador fica exposto.
Outro risco a ser observado no processo de soldagem é a presença das radiações não ionizantes, uma 
vez que as radiações infravermelha e ultravioleta estão presentes em operações com solda elétrica.
Os efeitos da exposição a essas radiações são caracterizados por perturbações visuais (conjuntivites, 
cataratas), queimaduras, lesões na pele, câncer de pele não melanoma e outras doenças crônicas. 
Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se tomem medidas 
de proteção coletiva, por exemplo, isolamento da fonte de radiação (ex.: biombo protetor para 
operação em solda), pois não só o soldador pode estar exposto, mas outro trabalhador que passa 
pelo local deve estar protegido. 
Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex.: avental, luva, perneira 
e mangote de raspa para soldador, óculos para operadores de forno etc.).
Deve ser dada uma atenção especial ao tipo de máscara de soldagem utilizada, pois existem 
diferentes graus de intensidade de luz que cada processo de solda produz. Por exemplo, existe um 
33
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
modelo específico para uso com maçarico que não deve ser usado nos processos MIG/MAG, pois 
não oferece proteção efetiva.
Deve ser dada atenção também às altas temperaturas, pois podem provocar desidratação, erupção da 
pele, câimbras, fadiga física, distúrbios psiconeuróticos, problemas cardiocirculatórios e insolação.
Em ambientes de trabalho que envolva operação de soldagem, há a necessidade de disponibilizar 
ao trabalhador o acesso a beber água, de forma a hidratar e ajudar no processo de resfriamento 
corporal, uma vez que os EPIs para o processo de soldagem ajudam a proteger contra a radiação não 
ionizante, mas aumentam muito a temperatura corpórea. 
O conjunto oxi-acetilênico deve estar em carrinho apropriado, amarrado com corrente ou outro 
dispositivo de fixação adequado. As mangueiras não devem ter rachaduras e devem ser fixadas 
com abraçadeiras apropriadas. Quando não estiverem em uso, as mangueiras devem estar 
despressurizadas. Devem dispor de válvulas de retrocesso e corta chama e dispor de unidades 
extintoras e mangueiras de incêndio no local.
As mangueiras têm cores distintas: verde/oxigênio e vermelho/acetileno. O equipamento de oxigênio 
não deve ser manipulado ou lubrificado com material de origem orgânica. Quando armazenado ou 
fora de operação deve ser mantido com o capacete no lugar. O cilindro de acetileno não pode sofrer 
choque ou aquecimento por chama direta. Deve-se verificar que o conjunto não faça contato com 
nenhum circuito elétrico.
34
CAPÍTULO 3
Transporte de forma geral 
e armazenamento
Não existe como ser feita qualquer construção sem o transporte de materiais e pessoas, desde 
pequenos trabalhos, onde se exige o carregamento de ferramentas, materiais avulsos até grandes 
empreendimentos de metros de altura. E vários são os meios de se fazer esta atividade podendo ser, 
por exemplo, por elevadores, guindastes, transportadores industriais, ou máquinas transportadoras 
e não menos importante o próprio trabalhador.
Equipamento de transporte - Empilhadeira
Um método de transporte é utilizando empilhadeira, para operá-la o trabalhador deve sempre portar 
cartão de identificação em lugar visível, com nome e fotografia, de forma que não haja equivoco em 
relação ao trabalhador habilitado a utilizar o equipamento.
As empilhadeiras devem portar buzina, que deve ser utilizada não apenas para solicitar que 
alguém saia da frente do deslocamento da empilhadeira, deve também usar em situações onde a 
empilhadeira esteja se deslocando e haja um cruzamento onde não é possível visualizar se existe 
tráfego, já que a empilhadeira não permite frenagem brusca, nem tão pouco modificar a direção 
devido à inércia e o centro de gravidade relativamente altos.
Em locais fechados não se deve utilizar empilhadeiras a combustão, visto que os gases liberados 
são tóxicos e este modelo não apresenta tratamento no próprio equipamento que permita tornar os 
gases liberados inertes, apresentando esse equipamento a empilhadeira poderá ser usada, contudo 
o gasto com este tipo de instalação somada à compra da empilhadeira a combustão vai ser quase 
igual à de adquirir uma empilhadeira elétrica. 
A empilhadeira é construída segundo o princípio da “gangorra”, onde a carga, nos garfos, é 
equilibrada pelo peso da máquina. O centro de rotação ou o “apoio da gangorra” é o centro das rodas 
dianteiras. Mesmo a empilhadeira com 4 rodas segue este princípio. Caso a carga se encontre com 
centro de carga fora do triangulo ela vai tombar.
Figura 6 Triângulo de estabilidade de empilhadeira.
Fonte: Adad (2001)
Não se deve utilizar a empilhadeirapara transportar pessoas, mesmo que seja em contêineres 
aramados fechados, as empilhadeiras são para transporte de carga, o trabalhador que está conduzindo 
35
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
a empilhadeira está protegido pela célula de vida que envolve a cabine. Além da falta de proteção 
que evite que o contêiner se desprenda do garfo e caia, haveria que ter uma proteção projetada por 
profissional habilitado, de forma que protegesse o corpo inteiro em caso de uma queda. Na construção 
civil outro fator de enorme relevância é a irregularidade do terreno o que aumenta muito a instabilidade 
do equipamento tornando seu uso ainda mais inseguro para o transporte de pessoas.
Aproveito para elencar algumas recomendações para utilização da empilhadeira:
 » antes de operar a empilhadeira, faça a inspeção diária;
 » inspecione sempre toda a área ao redor da empilhadeira, antes de movimentá-la, e 
lembre-se de que as partidas e paradas devem ser feitas de forma vagarosa e suave;
 » não deixe ferramentas ou outros equipamentos sobre empilhadeiras. Mantenha 
desobstruído o acesso aos pedais, para maior segurança, e nunca opere com os pés 
e as mãos molhados ou sujos de óleo ou graxa;
 » mantenha os garfos a mais ou menos 20cm do solo e a torre inclinada para trás, 
quando a empilhadeira estiver em movimento. Nunca levante ou abaixe a carga 
enquanto a empilhadeira estiver em movimento; 
 » nunca faça acrobacias, corridas ou brincadeiras enquanto estiver operando a 
empilhadeira;
 » ao elevar e/ou manobrar carga de grande largura, cuidado com o movimento da 
mesma;
 » ao estacionar em área apropriada, incline a torre de elevação para a frente; abaixe 
os garfos até o solo; aplique o freio de estacionamento; retire a chave do contato e 
calce as rodas, quando em declive; 
 » ao transportar cargas volumosas que lhe obstruam a visão, ao descer rampas, faça-o 
de ré;
 » calce seguramente o veículo que está sendo carregado ou descarregado. 
Equipamento de transporte - Elevadores
Ou sobe ou desce, são poucas opções, mas quando se relata um acidente com elevador de obra 
é praticamente certo que se fala em morte. Devem-se redobrar precauções em relação a este 
equipamento devido à gravidade do risco associado.
Como todo equipamento que envolve questões de risco de acidente fatal em caso de falha, os 
elevadores sempre devem ter os serviços relacionados à montagem, instalação e desmontagem 
sendo realizados por profissional habilitado qualificados e sob supervisão de profissional habilitado. 
As empresas que trabalham nestes serviços também devem ser registradas no respectivo CREA. Ao 
ter a tratativa com a empresa deve ser observado que a responsabilidade do profissional legalmente 
habilitado seja na atribuição técnica compatível.
36
UNIDADE II │ TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A empresa usuária de equipamentos de movimentação e transporte de materiais e ou pessoas 
deve possuir o seu “Programa de Manutenção Preventiva” conforme recomendação do locador, 
importador ou fabricante. O Programa de Manutenção Preventiva deve ser mantido junto ao Livro 
de Inspeção do Equipamento, a parte da organização de documentação deve ser verificada pelo 
engenheiro de segurança, mesmo que faça parte de outra equipe da empresa, a exemplo, equipes 
de manutenção.
Não deve ser permitido que se use chave do tipo comutadora e/ou reversora para comando elétrico 
de subida, descida ou parada do elevador. Em empresas maiores não é comum que o uso venha 
a ocorrer, mas existem empresas que na tentativa de cortar custos podem proceder da maneira 
inadequada ao fazer a instalação do equipamento. 
Na entrega, deve ser realizado teste dos freios de emergência dos elevadores para início de operação 
e a cada noventa dias, no máximo, devendo o laudo referente a esses testes ser devidamente assinado 
pelo responsável técnico pela manutenção do equipamento e os parâmetros utilizados devem ser 
anexados ao Livro de Inspeção do Equipamento existente na obra.
Os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas só devem ser operados 
por trabalhador qualificado, que terá sua função anotada em carteira de trabalho. Por obrigação 
normativa todo operador de elevador deve passar por treinamento inicial com carga horária 16h e 
atualização anual 4h. 
Todos os equipamentos de guindar e transportar, o que contempla os elevadores, devem ter vistoria 
diária, antes do início dos serviços, devendo ser registrada a vistoria em livro de inspeção do 
equipamento, pelo operador.
Deve ser instalada uma proteção resistente desde a roldana livre até o tambor do guincho de forma 
a evitar o contato acidental com suas partes, sendo a área isolada por anteparos rígidos de modo a 
impedir a circulação de trabalhadores.
Figura 7. Proteção na área do tambor.
 
Fonte: Adad (2001)
Torres de elevadores devem ser montadas de maneira que a distância entre a face da cabine e a 
face da edificação seja de, no máximo, 60cm. A base onde estão instalados o guincho, o suporte da 
roldana livre e a torre dos elevadores tracionados a cabo, deve ser de concreto, nivelada, rígida e 
dimensionada por PH. A parte da torre que ficar acima da última laje deve ser estaiada.
37
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
Figura 8. Exemplo de estaiamento de torre de elevador.
 
Fonte: Adad (2001)
Em todos os acessos de entrada à torre do elevador deve ser instalada uma barreira que tenha, no 
mínimo, um metro e oitenta centímetros de altura, impedindo que pessoas exponham alguma parte de 
seu corpo no interior da mesma. Devido à característica das torres de elevadores destinada a transporte 
de materiais de ficarem com as partes laterais expostas, deve-se ter proteção na cabine por painéis de 2 
metros de altura e a torre revestida, evitando qualquer tipo de queda de material na região vizinha. 
As cancelas de segurança (barreira) dos elevadores em torres devem estar equipadas com chave de 
segurança do tipo com ruptura positiva. Além de controlar se a porta não está aberta, ela se destina 
a evitar a abertura quando o elevador não estiver no pavimento. As chaves de ruptura positiva 
apresentam simbologia que permite sua identificação.
Figura 9. Simbologia de chave de ruptura positiva.
 
Fonte: Adad (2001)
Os eixos de saída do redutor e do carretel nos elevadores tracionados a cabo, devido à possibilidade 
de quebra, devem ser cuidadosamente monitorados. Eles devem ser rastreados, de forma que se evite 
equivoco, pois os eixos originais são de material de maior resistência. No caso de manutenção não 
devem ser trocados em hipótese alguma por material em aço de menor resistência. O monitoramento 
dos eixos deve ser feito por ensaio mais moderno do tipo não destrutivo, a exemplo de ultrassom, analise 
de vibração e análise de trincas. Laudos desses ensaios devem ser gerados e mantidos para registro. Não 
se deve fazer economia em relação à contratação do profissional para realizar estes ensaios, pois se trata 
de vidas a salvar e mais além é uma maneira de valorizar a profissão do engenheiro.
Elevador para transportar material é para transportar material, os trabalhadores não devem 
utilizar o elevador de carga, exceção à regra são os elevadores do tipo cremalheira onde somente 
o operador e o responsável pelo material a ser transportado podem subir junto com a carga, desde 
que fisicamente isolados da mesma. Deve haver placas de forma indelével identificando a proibição 
e deve ser fiscalizado o cumprimento do definido.
38
UNIDADE II │ TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Figura 10. Exemplo de placas de proibição.
 
Fonte: Adad (2001)
Nos elevadores tracionados a cabo, o sistema de frenagem deve estar funcionando corretamente, 
e de acordo com instrução do profissional habilitado, devendo ser realizados testes periódicos de 
funcionamento. O operador do elevador deve estar apto para realizar o referido teste diariamente, 
para isso deve tratar com o profissional habilitado qual procedimento deve ser realizado.
Um avanço

Continue navegando