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Contabilidade de Custos

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Contabilidade de Custos I 
Aula 01 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. 
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de 
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente 
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Aula 01: As bases da contabilidade de custos 
 
Objetivo: Conhecer em qual contexto histórico, social e econômico o estudo do 
custo e sua mensuração se tornaram necessários; quais preocupações motivaram 
os gestores a compreender, sistematizar e controlar os gastos envolvidos na 
elaboração de um produto e sua importância no processo de tomadas de decisão. 
 
 
Contextualização histórica 
 
Prezado aluno, seja bem-vindo à primeira aula de nosso curso! 
Grandes transformações econômicas e sociais foram observadas nos países 
europeus entre os séculos XII e XVIII, com o crescimento das grandes metrópoles e 
sua transformação nos principais centros de comércio e produção. Como 
consequência, as migrações populacionais para as grandes cidades esvaziaram o 
campo e tornaram a agricultura em opção profissional secundária. 
Muitas atividades comerciais eram realizadas nas grandes cidades de forma 
artesanal e por encomenda, como alfaiataria, sapataria, marcenaria, serralheria, 
entre outras. Elas envolviam, geralmente, toda a família e eram realizadas em casa, 
sem horário determinado para a operação nem volume determinado de produção. 
A utilização de novas fontes de energia, como carvão, eletricidade e, 
posteriormente, petróleo, permitiam o avanço tecnológico e o desenvolvimento de 
máquinas e equipamentos produtivos que poderiam transformar a oferta artesanal 
em produção em massa. 
Os industriários aproveitaram a imensa mão de obra disponível ao redor para 
alimentar processos produtivos que atenderiam à demanda crescente nas cidades. 
Essas transformações ocorreram no período histórico chamado de Revolução 
Industrial. 
Homens eram escolhidos para as atividades que exigissem força braçal e, 
para as outras, mulheres e crianças eram recrutadas preferencialmente por serem 
consideradas subservientes e mais facilmente intimidadas. 
 
Tais abusos refletiam em redução de custos com a mão de obra, 
considerando também a inexistência de direitos trabalhistas e qualquer limite à 
jornada de trabalho. 
O engenheiro norte-americano Frederick Wislow Taylor iniciou os estudos dos 
tempos de produção, na busca pela eliminação do desperdício e da ociosidade 
operária e pela redução dos custos de produção. 
 
Introdução à Contabilidade de Custos – origens e evolução 
 
Como mencionado anteriormente, até a Revolução Industrial (século XVIII), 
os bens eram quase todos produzidos de forma artesanal, por pessoas ou grupos de 
pessoas que não se organizavam sob a forma de empresas e as informações de um 
sistema de custos eram bastante simples. 
Até então, a Contabilidade Financeira (ou Geral) estava estruturada para 
atender, basicamente, às empresas comerciais. Nelas, os registros eram efetivados 
em duas oportunidades: quando da aquisição das mercadorias, com a entrada nos 
estoques e, nas vendas, estes estoques eram baixados através de uma conta de 
resultado denominada Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). O CMV era apurado 
com a identificação dos estoques no início e no final do período em que se levantava 
o Balanço Patrimonial. (Martins, 2003, p.19-20) 
Com o surgimento das industriais, tornou-se mais complexa a apuração do 
resultado e o levantamento de balanço, pois o valor de compras na empresa 
comercial estava sendo substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de 
produção utilizados. 
Surgiu, então, a necessidade de adaptação dos critérios de avaliação de 
estoques para as indústrias, ou seja, o tratamento dado aos custos passou a ser 
mais bem elaborado com o surgimento da indústria de transformação e sua atuação 
em larga escala, embalada pela Revolução Industrial, quando a aquisição de 
mercadorias não era destinada à venda, mas à transformação em outros produtos. 
Aliado a outros fatores de produção, passou a se denominar de matéria-
prima, tendo-se voltado inicialmente para a avaliação dos estoques e determinação 
do Resultado do Período e, dessa forma, ficou mais difícil para o contador 
determinar o valor dos estoques. 
 
Essa dificuldade na determinação dos custos resultou no surgimento da 
Contabilidade de Custos. Com a evolução das atividades das empresas, abertura do 
seu capital, globalização, necessidade de informações mais precisas e rápidas para 
os dirigentes e outros usuários de informações, no sentido de se tomar atitudes e 
resoluções tanto em sua operacionalização quanto no seu posicionamento junto às 
atividades do mundo financeiro, passou-se a se exigir mais e melhores informações 
no menor tempo possível. 
As informações servem também para a tomada de decisões e não somente 
para fins de determinação do resultado contábil no final de um período, tendo, a 
partir daí, um caráter mais gerencial. 
No que diz respeito à Decisão, por sua vez, consiste na alimentação de 
informações sobre valores relevantes relativos às consequências de curto e longo 
prazos sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços 
de vendas, opção de compra ou produção entre outras. 
 
Objetivos da Contabilidade de Custos 
 
Segundo (Megliorini, 2012, p. 3-4), as informações geradas pela 
Contabilidade de Custos contribuem para: 
 
 A determinação dos custos dos insumos aplicados na produção; aplicados 
nas diversas áreas que compõem uma organização. 
 A redução dos custos dos insumos aplicados na produção ou diversas áreas 
que compõem uma organização; dos desperdícios de materiais, tempo 
ocioso, etc. 
 O controle das operações e das atividades e elaboração de orçamentos. 
 A administração, auxiliando-a para tomar decisões ou resolver problemas 
especiais. 
 
 
 
 
 
 
A contabilidade de custos também auxilia na solução de problemas 
relacionados: 
 
 Ao preço de venda. 
 À contribuição de cada produto ou linha de produtos para o lucro da empresa. 
 Ao preço mínimo de determinado produto em situações especiais e ao nível 
mínimo de atividade em que o negócio passa a ser viável. 
 Ao gerenciamento dos custos. 
 
Vale a pena conferir 
 
1. Assista ao vídeo As consequências da revolução industrial – criando maravilhas. 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=t-FkprvquUo>. Acesso em: 13 
ago. 2013. 
2. Leia o artigo: Evolução histórica da contabilidade e dos sistemas de gestão de 
custos, dos autores Ewerson Moraes da Silva e Myriam Becho Mota. Disponível em: 
<http://www.iepg.unifei.edu.br/edson/artigosconginter04.htm>. Acesso em: 13 ago. 
2013. 
 
Caro aluno, não se esqueça... 
 
Está na hora de acessar o AVA e resolver os exercícios elaborados para esta 
aula! Verifique seus conhecimentos e reforce seu aprendizado! Em caso de dúvida, 
discuta-ás no Fórum com os colegas e com o professor... Bom estudo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall 
Brasil, 2012. 
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2005. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva, 2002. 
SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro:Campus. 1997. 
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a01ex01_cocl80_100.htm
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a01ex01_cocl80_100.htm
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade de Custos I 
Aula 02 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 02: Terminologia contábil básica 
 
Objetivo: Conhecer a terminologia adequada à Contabilidade de Custos. 
 
 
Termos fundamentais 
 
Caro aluno, seja bem-vindo a 2ª aula! Já vimos que as transformações 
econômicas e sociais ocorridas entre os séculos XII e XVIII trouxeram modificações, 
como o crescimento das metrópoles e esvaziamento do campo, o surgimento dos 
processos produtivos e a necessidade de compreensão dos gastos (custos). 
O estudo na área dos custos de todo e qualquer processo produtivo envolverá 
especialmente a compreensão de como os diferentes gastos ocorrem; o que motiva 
sua ocorrência; como podem e devem ser quantificados; são periódicos (ocorrem 
regularmente) ou eventuais (ocorrem raramente)? O controle destes gastos 
necessitará, fundamentalmente, do entendimento de todos estes aspectos. Dessa 
forma, inicialmente, é indispensável conhecer os termos utilizados no estudo dos 
custos e sua sistemática. A seguir, tomaremos conhecimento dos principais termos 
utilizados: 
 
 Ativo: são os diversos recursos à disposição de uma empresa e por ela 
controlados, adquiridos de fornecedores (materiais, componentes, 
embalagens), financiadores (máquinas, equipamentos, instalações, bens 
duráveis), colaboradores (mão de obra), investidores (empréstimos de curto 
ou longo prazo) e dos sócios formadores da empresa (capital social). A 
utilização destes diferentes recursos cria expectativas de benefícios 
econômicos futuros, com a geração de fluxos de caixa. Alguns destes 
recursos serão direcionados ao processo produtivo, os quais serão alocados, 
portanto, à unidade fabril (fábrica) e contribuirão diretamente aos objetivos da 
empresa. Outros recursos serão utilizados nos demais departamentos e 
colaborarão indiretamente aos objetivos da empresa. 
 
 
 
Ativos 
 
 Gasto: este termo representa os compromissos financeiros (dívidas) 
assumidos pela empresa na aquisição de recursos que serão consumidos no 
processo produtivo da fábrica (empresa industrial), mercadorias a serem 
revendidas (empresa comercial); recursos para a realização de serviços; 
recursos a serem consumidos no ambiente de administração e comercial. 
 
 
Gastos 
 
 
 
 
 
 Custo: este termo representa o conjunto de recursos consumidos para que a 
operação de uma empresa se efetive. Desta forma, ele corresponde aos 
recursos que alimentam o processo de elaboração de um produto (empresa 
industrial), aos recursos do processo de revenda de mercadorias (empresa 
comercial) e aos recursos necessários para a realização da prestação de 
serviços (empresa prestadora de serviços). 
 
 
Diferentes Segmentos 
 
 Despesa: ao contrário do custo, que ocorre especificamente no consumo de 
recursos para efetivação da operação de uma empresa (industrial, comercial 
ou prestadora), as despesas representam recursos consumidos com as 
atividades dos outros departamentos que indiretamente colaboram com os 
objetivos da empresa (Recursos Humanos, CPD, Contabilidade/ Financeiro, 
Comercial). Os recursos necessários para efetivar a venda de produtos já 
elaborados, como transporte, propaganda, comissões e logística, também 
pertencem à categoria das Despesas. 
 Investimento: os diversos recursos a serem utilizados na realização da 
operação da empresa como materiais, equipamentos, ferramental, 
mercadorias ou veículos são considerados investimentos desde o momento 
em que são adquiridos até serem enviados ao processo produtivo. Deste 
momento em diante, serão considerados custos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Perda: é caracterizado pelo consumo anormal de recursos (gasto com mão 
de obra durante um período de greve), involuntário (perdas de instalações, 
móveis e utensílios ou imóveis em incêndios ou inundações) ou ineficiências 
do processo produtivo (desperdício de materiais). Quando as perdas são 
reconhecidas na demonstração do resultado, elas são geralmente 
demonstradas separadamente, pois sua divulgação é útil para fins de tomada 
de decisões econômicas. 
 
 
Perdas 
 
 Desembolso: é o consumo de recursos financeiros para o efetivo pagamento 
pela aquisição de materiais diversos, equipamentos, mão de obra, entre 
outros. 
 
 
Pagamento 
 
 
Caro aluno, atenção! Vamos acompanhar um exemplo prático envolvendo os 
elementos apresentados: 
Consideramos a compra de uma matéria-prima, a qual, em si (à vista ou a 
prazo), é um gasto. Ao abastecer o estoque de matéria-prima, temos um 
investimento (pois o material ficará estocado até que seja requisitado para consumo, 
isto é, aplicado na produção de um bem). Ao requisitá-lo ao estoque e aplicá-lo na 
produção, temos a ocorrência do custo. Ao concluir o produto e estocá-lo para 
venda, temos novamente um investimento no estoque (estoque de produtos 
acabados). Para realizar a venda do produto, os gastos incorridos serão 
considerados despesas, bem como os gastos incorridos na administração da 
empresa. 
 Assim, os custos são a parcela do gasto ligado à produção, como mão de 
obra da área fabril (a mão de obra compreende qualquer funcionário de uma 
empresa que trabalhe no processo de fabricação ou em funções administrativas da 
divisão fabril. O custo da mão de obra corresponde à somatória dos gastos com 
salários e encargos sociais), matéria-prima (a matéria-prima compreende os 
materiais usados no processo de fabricação, transformados em produtos), aluguéis 
de prédios da fábrica, depreciação de máquinas e instalações fabris, energia elétrica 
consumida na fábrica etc. Despesa é a parcela do gasto não ligado à produção, 
como mão de obra dos departamentos de administração e de vendas, comissões de 
vendedores, aluguéis de escritórios, depreciação de móveis e utensílios, 
manutenção e depreciação dos prédios administrativos etc. 
Prezado aluno, este é o momento de reforçar os conhecimentos adquiridos 
nesta aula! Desenvolva os exercícios disponibilizados na plataforma AVA e 
concretize seu aprendizado. Se suas dúvidas persistirem, não se esqueça de 
compartilhar com o professor. Até a próxima aula! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2005. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva 2002. 
SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997. 
 
 
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a02ex01_cocl80_100.htm
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a02ex01_cocl80_100.htm
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a02ex02_cocl80_100.htm
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a02ex03_cocl80_100.htm
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade de Custos I 
Aula 03 
Os direitos destaobra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 03: Princípios de Contabilidade aplicados à Contabilidade de 
Custos 
 
Objetivo: Compreender a essência dos padrões e normas contidos nos princípios 
de Contabilidade. 
 
 
Prezado aluno, olá! Os estudos desenvolvidos na área de custos, como em 
qualquer outra área da Contabilidade, possuem caráter científico e precisam, 
portanto, obedecer a padrões e normas que deverão ser seguidos e respeitados por 
todos que desenvolverem tais estudos. 
 
Princípios de Contabilidade 
 
O respeito e a observância aos princípios de Contabilidade asseguram a 
uniformidade de procedimentos aplicados por todas as empresas sobre seus ativos 
e passivos, em consonância ao entendimento predominante pelos estudiosos da 
Contabilidade nos âmbitos científico e profissional. 
 
Princípio da Entidade 
 
Conforme o CFC, Resolução 750/93: 
 
O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos 
patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de 
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por 
consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com 
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição. (CFC, 1993) 
 
 
 
 
 
A Contabilidade observará os fatos exclusivamente relacionados ao 
patrimônio (recursos adquiridos e dívidas assumidas) da empresa, tendo como 
finalidade analisar, avaliar e controlar estes recursos colocados à disposição da 
empresa, providenciar os pagamentos aos financiadores e fornecedores destes 
recursos, e apurar o resultado observado do confronto entre gastos e ganhos da 
empresa, periodicamente. Dessa forma, recursos e dívidas pessoais de seus sócios 
não devem ser confundidos com os da empresa. Deve ser mantida uma completa 
separação entre os patrimônios pessoal e empresarial. 
 
Princípio da continuidade 
 
Segundo o CFC, em sua Resolução 1282/2010, “O Princípio da Continuidade 
pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a 
mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta 
circunstância.” (CFC, 2010) 
A empresa é formada em dado momento sem uma perspectiva definitiva de 
sua duração, portanto, com ânimo de permanência. Por estar dissociada, em 
princípio, das pessoas de seus donos (sócios), a empresa deverá permanecer e 
seguir ativa depois que estes não mais existirem. 
 
Princípio da Oportunidade 
 
De acordo com o CFC, Resolução 1282/2010, “O Princípio da Oportunidade 
refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes 
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.” (CFC, 2010) 
Todas as informações, para se tornarem úteis à tomada de decisão dos 
gestores, devem estar completas e à disposição destes gestores a tempo da decisão 
ser tomada. Para tanto, o processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais deve ser feito com cuidado. 
 
 
 
 
 
 
Princípio do Registro pelo Valor Original 
 
Conforme o CFC, Resolução 1282/2010, “O Princípio do Registro pelo Valor 
Original determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente 
registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.” 
(CFC, 2010) 
As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e 
combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
 
 Custo histórico: os ativos são registrados pelos valores pagos, a serem 
pagos em caixa, equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que 
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. 
Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos 
em troca da obrigação ou em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa 
ou equivalentes de caixa, que serão necessários para liquidar o passivo no 
curso normal das operações. 
 Variação do custo histórico: uma vez integrados ao patrimônio, os 
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações 
decorrentes de diferentes fatores. 
 
 
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http://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a03if01_cocl80_100.htm
http://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a03if01_cocl80_100.htm
 
Princípio da Competência 
 
Segundo o CFC, Resolução 1282/2010: 
 
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações 
e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento. 
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a 
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas 
correlatas. (CFC, 2010). 
 
Este é o princípio que melhor caracteriza o pensamento contábil, dando-lhe 
forma e dinâmica próprias. Deve-se separar um fato contábil de sua consequência 
futura, pagamento ou recebimento, registrando este fato agora, no ato de sua 
ocorrência. 
Certamente existe a preocupação ou a probabilidade de uma compra ou uma 
venda, por motivos inesperados e ocorridos posteriormente, acabem por não serem 
pagas ou recebidas como deveriam. Essa preocupação não deve prevalecer, pois se 
esperássemos pela definição do pagamento ou recebimento para registrar um fato 
contábil, estaríamos mudando-o de sua posição correta, transportando-o para o 
futuro. 
O resultado (diferença entre gastos e ganhos do período) deve ser 
considerado neste período, e não no próximo. 
 
Princípio da Prudência 
 
De acordo com o CFC, na Resolução 750/93: 
 
O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. (CFC, 1993) 
 
Este princípio se aplica a fatos contábeis cuja mensuração de valor não é 
precisa inicialmente e se definirá posteriormente, como retornos de investimentos e 
aplicações, pagamento de indenizações ou direitos trabalhistas e ações judiciais 
envolvendo impostos a receber ou pagar. 
 
Para evitar que recebimentos futuros sejam superestimados e pagamentos 
futuros, subestimados, o princípio prevê que se considere um valor provavelmente 
maior para os pagamentos e um valor provavelmente menor para os recebimentos. 
 
Prezado aluno, acesse agora a plataforma AVA para realizar os exercícios de 
fixação deste conteúdo. Exercite bastante! Participe também do fórum e compartilhe 
suas opiniões com o grupo de estudos. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE — CFC. Resolução CFC Nº 1282/10. 
Disponível em: 
<http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/Res1282.htm>. 
Acesso em: 13 ago. 2013. 
______. Princípios Fundamentais da Contabilidade – Resolução CFC nº 750/93. 
Brasília: CFC, 1993 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed. São 
Paulo: Atlas, 2002.http://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_10/a03ex01_cocl80_100.htm
http://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_10/a03ex01_cocl80_100.htm
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2005. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade de Custos I 
Aula 04 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 04: Classificação de custos – Fixos e Variáveis 
 
Objetivo: Discutir a classificação de custos: fixos e variáveis. 
 
 
Olá, prezado aluno! O consumo de diferentes recursos, ocorrido na realização 
do processo produtivo e ao qual denominamos genericamente de “custo”, subdivide-
se em duas importantes categorias: Fixos (ocorrem apesar do volume produzido) e 
Variáveis (acompanham este volume proporcionalmente). 
 
A relação entre os custos e o volume de produção 
 
Vamos imaginar o espaço delimitado de uma unidade fabril (fábrica). Em seu 
interior, o processo produtivo se desenvolve normalmente e, em suas rotinas diárias, 
são consumidos diferentes recursos como matérias-primas, materiais secundários, 
mão de obra, lubrificantes, energia elétrica, solventes, embalagens e água, entre 
outros. 
Também não podemos nos esquecer de que o trabalho do gerente de 
produção, o seguro da fábrica, o aluguel do espaço desta área de produção e o 
IPTU desta mesma área são gastos necessários para garantir que todos os dias o 
processo produtivo possa ser realizado. 
Para que a gestão do consumo destes recursos (custos) seja eficaz e alcance 
os resultados desejados, eles deverão ser compreendidos e classificados sob 
aspectos especiais. Na verdade, os aspectos podem ser vários e de diversa 
complexidade. Nesta aula, o aspecto a ser estudado é a relação dos custos e o 
volume de produção. 
De início, é curioso saber e importante considerar que determinado item de 
custo, diante do aumento ou redução da produção, pode se comportar de forma 
diferente a outro item. Devemos compreender que, quanto ao comportamento em 
diferentes níveis de produção, os diversos itens de custo são classificados em: 
 
 
 
 Custos fixos: estão normalmente relacionados à estrutura operacional que 
necessitou ser montada pela empresa e sobre a qual os trabalhadores 
transformarão materiais e outros insumos em produtos. Exemplos destes 
custos são: 
o Aluguel da área de produção ou das máquinas produtivas. 
o IPTU da área da fábrica. 
o Seguro da área da fábrica. 
o Valor das máquinas (se foram adquiridas, e não alugadas). 
o Salários administrativos da produção. 
 
 
 
Com relação ao volume de produção, estes custos são considerados fixos 
pelo fato de que, produzindo muito, pouco ou nada, eles deverão ser 
pagos integralmente a quem os forneceu à empresa. Dessa forma, não 
acompanham o volume de produção praticado, permanecendo seus valores 
inalterados quando as vendas aumentarem ou diminuírem. 
 
 
 
 Custos variáveis: estão, normalmente, relacionados ao produto a ser 
elaborado, possibilitando sua materialização. Exemplos destes custos são: 
o Matérias-primas. 
o Materiais secundários. 
o Mão de Obra Direta (MOD). 
o Energia elétrica das máquinas. 
o Embalagens. 
 
 
 
 
Estes custos são assim denominados uma vez que, ao contrário dos custos 
fixos, acompanharão proporcionalmente aumentos ou reduções dos volumes 
de produção. Um volume maior de produção consumirá mais MOD, materiais, 
energia elétrica, etc. Quando o volume de produção diminuir, será requisitada 
menos MOD e menos materiais. 
 
 
 
 
 Custos semivariáveis: são os elementos de custos que possuem, em seu 
valor, uma parcela fixa e outra variável, isto é, têm um comportamento de 
custo fixo até certo momento e, depois, se comportam como custo variável. 
Como exemplos, temos energia elétrica e água. 
Quando não há utilização desses, recursos ou o consumo fica abaixo de um 
valor mínimo estipulado pelas companhias de fornecimento de energia e de 
água, paga-se uma taxa fixa (custo fixo). À medida que a utilização desses 
recursos cresce, com o aumento da produção, o valor da conta se eleva 
(custo variável). 
 Custos semifixos: são assim denominados os classificados como fixos, mas 
que se alteram em decorrência de mudanças na capacidade de produção 
instalada. 
 
Prezado aluno, neste momento do curso é importante reforçar os conceitos 
aprendidos! É aconselhável refazer a leitura do texto e dos termos aprendidos nesta 
 
aula. Em seguida, desenvolva as atividades previstas para este conteúdo, que estão 
disponíveis na plataforma AVA. 
 
 
 
 
 
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https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a04ex01_cocl80_100.htm
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2002. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
MEGLIORINI, Evandir. Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall 
Brasil, 2012. 
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2005. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
SHANK, John K. A Revolução dos Custos. Rio de Janeiro: Campus. 1997. 
STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade de Custos I 
Aula 05 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. 
O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de 
discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente 
virtual de aprendizagem UNINOVE. 
 
 
Uso consciente do papel. 
Cause boa impressão, imprima menos. 
 
Aula 05: Classificação de custos – Diretos e indiretos 
 
Objetivo: Distinguir os itens de custo que são facilmente quantificados por unidade 
produzida de outros, cuja quantificação é mais complexa. 
 
 
Os itens de custo são classificados quanto à participação por unidade 
produzida, categorizados em diretos e indiretos. 
Na aula anterior, vimos que os diferentes custos ocorridos em um processo 
produtivo estão basicamente divididos em dois grandes grupos: aqueles que 
compõem a estrutura sobre a qual o processo produtivo será realizado, contando 
com os recursos necessários (máquinas e equipamentos, ferramentas, espaço 
físico, instalações, gestores acompanhando a produção); e os custos necessários 
para a materialização do próprio produto (matérias-primas, materiais secundários, 
embalagem, MOD, energia elétrica, água). 
Foi observado na aula passada que, quando relacionados ao volume de 
produção, os diferentes custos se dividirão em variáveis (acompanhamo volume 
de produção) ou fixos (não acompanham o volume de produção). 
Outro aspecto de grande importância para a análise destes diferentes custos 
é a sua relação com a unidade produzida. O significado desta relação é que a 
participação de alguns custos na unidade produzida por ser quantificada. Para 
outros itens de custo, esta participação é imprecisa, solicitando mais atenção dos 
gestores. Para essas informações mais claras estas, suponha a seguinte situação: 
Uma empresa industrial que fabrica calçados deverá comprar: couro, cola, cadarços, 
embalagem, palmilhas, solados e verniz, além de gastar com a MOD, e a energia 
elétrica das máquinas. Conhecendo o modelo a ser fabricado, é possível quantificar 
precisamente o consumo de: 
 
• Couro para o par (1 metro, hipoteticamente). 
• Duas palmilhas. 
• Dois cadarços. 
• Dois solados. 
• Dois saltos. 
 
Por outro lado, a quantidade exata de verniz, cola ou mesmo energia elétrica 
consumidos para a elaboração de apenas um par tende a ser imprecisa. Desta 
forma, a participação de alguns custos por unidade produzida (alocação) pode ser 
facilmente quantificada, diferentemente de a participação de outros custos. 
 
• Quanto aos produtos fabricados: para alocar os custos aos produtos, eles são 
classificados em custos diretos e indiretos. 
 
Diferenciação entre custos diretos e custos indiretos 
 
Custos diretos: são aqueles que podem ser apropriados diretamente, ou 
seja, claramente quantificados à unidade do produto fabricado porque há uma 
medida objetiva de seu consumo nessa fabricação. Como os seguintes materiais 
diretos: 
 
• Matéria-prima: são os “materiais brutos” que normalmente sofrem 
transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um 
processo produtivo tais como tecidos, couro, madeira, ferro, argila ou 
alimentos. Geralmente representam a base principal do produto a ser 
elaborado. 
• Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por 
outras empresas fornecedoras) e adicionados aos produtos que estão sendo 
elaborados em nosso processo, como: zíper, botão, cadarço, parafusos, 
dobradiças, palmilhas, puxadores etc. 
• Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar e estocar 
os produtos; contem informações de manuseio ou consumo, promove a 
marca da empresa/ produto ou ainda é necessária para destacar a 
participações em ações de responsabilidade social/ ecológica da empresa 
(Selo da Abrinq, instituto Airton Senna, SOS Mata Atlântica, AACD etc.). 
 
 
 
 
• Mão de obra direta: trata-se dos custos utilizados diretamente na produção 
que a empresa teve com os trabalhadores; ela deve computar, além dos 
salários propriamente ditos, os benefícios e os encargos trabalhistas. 
Sabendo-se quanto tempo cada trabalhador atuou em determinado produto e 
o preço da mão de obra, é possível apropriá-la diretamente do produto final. 
 
Custos indiretos: este grupo é formado pelos custos que não podem ser 
apropriados diretamente ao produto, ou seja, cuja participação não pode ser 
claramente quantificada à unidade do produto fabricado. Não existe uma medida 
objetiva de seu consumo na fabricação. Essa dificuldade de mensuração provocará 
a definição e a utilização de um critério de rateio (item a ser estudado nos próximos 
conteúdos). Como: 
 
• Material indireto: empregado nas atividades da produção e cujo consumo 
atende à área completa de produção, seus diferentes departamentos e às 
diversas etapas sem ser apropriado objetivamente a nenhum deles, como o 
material de limpeza, o material utilizado na manutenção dos equipamentos, a 
graxa, os lubrificante, o combustível, entre outros. 
• Mão de obra indireta: trabalho de direção, supervisão ou gerenciamento das 
tarefas produtivas realizadas na área de produção ou dos departamentos de 
suporte à produção: salário do diretor de produção, do gerente e do 
supervisor de produção, salário do pessoal do almoxarifado, do vigia da 
fábrica, do faxineiro etc. 
• Outros gastos: água, energia elétrica, telefone, aluguel, imposto predial, 
seguros etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso Básico de Contabilidade de Custos. 2 ed. São 
Paulo: Atlas, 2002. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso Básico Gerencial de Custos. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2005. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos Fácil. São Paulo: Saraiva, 2002. 
______ Contabilidade de Custos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2007. 
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a05ex01_cocl80_100.htm
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a05ex01_cocl80_100.htm
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a05ex02_cocl80_100.htm
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade de Custos I 
Aula 06 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente 
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Aula 06: Terminologias dos custos de produção 
 
Objetivo: Distinguir e expor as terminologias adequadas e sua utilização correta 
para a análise eficaz dos fatores relacionados aos custos de produção e à sua 
gestão. 
 
Boa aula! 
 
Estoques 
 
Os estoques representam uma categoria especial de ativos circulantes 
(recursos que apresentam grande movimentação sendo reduzidos e aumentados 
constantemente dentro do período de 360 dias, ou seja, no Curto Prazo). Esses 
ativos (materiais ou componentes) estão diretamente relacionados à operação fim 
da empresa, sendo transformados em produto (empresa industrial) ou revendidos 
(empresa comercial). Os estoques serão subdivididos basicamente entre três 
etapas: 
 
 Estoque de materiais 
 
Corresponde à área de entrada das matérias-primas ou materiais secundários 
adquiridos nas compras efetuadas dos fornecedores da empresa. Devido ao fato de 
tais compras conterem impostos obrigatórios na sua comercialização, sua entrada 
deverá ser efetuada pelo valor líquido. No conteúdo da aula 7, será explicado como 
determinar esse valor. Os materiais permanecerão neste estoque até o momento da 
requisição para a produção. 
 
 Estoque em elaboração 
 
No momento da requisição, os materiais são enviados para a elaboração 
onde serão adicionados de Mão de Obra Direta (MOD) e de outros gastos de 
produção. Essa elaboração poderá se desdobrar em várias etapas, percorrendo 
diferentes departamentos produtivos, até que o produto esteja finalizado (acabado). 
 
 
 
 Estoque de acabados 
 
Uma vez finalizado, o produto será encaminhado ao estoque de acabados, de 
onde saiu pela ocasião das vendas. No estoque de produtos acabados, o valor de 
cada unidade representa seu custo total final, o qual, no momento de sua saída pela 
venda, passará a ser denominado Custo do Produto Vendido (CPV). 
 
 
 
Custo primário ou custo direto 
 
Este termo corresponde ao grupo de custos que podemos relacionar a um 
produto imediatamente, antes de qualquer outro gasto do processo produtivo que 
posteriormente também deverão ser considerados. Este grupo segue descrito a 
seguir exatamente como explicado na aula 5: Materiais diretos: 
 
 
 
a) Matéria-prima: são os “materiais brutos” que normalmente sofrem 
transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um 
processo produtivo tais como tecidos, couro, madeira, ferro, argila ou 
alimentos. Geralmente, representam a base principal do produto a ser 
elaborado. 
b) Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por 
outras empresas fornecedoras) e adicionados aos produtos que estão sendo 
elaborados em nosso processo, como: zíper, botão, cadarço, parafusos, 
dobradiças, palmilhas, puxadores etc. 
c) Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar, estocar, 
conter informações de manuseio ou consumo, promover a marca da empresa/ 
produto ou ainda para destacar participações em ações de responsabilidade 
social/ ecológica da empresa, por exemplo: Selo da Abrinq, instituto Airton 
Senna, SOS Mata Atlântica, AACD etc. 
 
 Mão de obra direta: trata-se dos custos com os trabalhadores utilizados 
diretamente na produção, computando, além dos salários propriamente ditos, 
também os benefícios e encargos trabalhistas. Sabendo-se quanto tempo 
cada um trabalhou no produto e o preço da mão de obra, é possível apropriá-
la diretamente ao produto. 
 
Custo primário ou direto = Material direto + Mão de obra direta 
 (MD) (MOD) 
 
Custo de conversão ou transformação 
 
Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente 
relacionados às unidades produzidas ou às linhas de produção, como pode ser o 
caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos 
indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os 
materiais em produtos acabados. 
 
 
 
Custo transformação = Mão de obra direta + Custos indiretos de fabricação 
 (MOD) (CIF) 
 
Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem 
relativamente constantes, independentemente do volume de produção, tais como a 
depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas e 
equipamentos e os custos de administração da fábrica. Os custos indiretos de 
produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com 
o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra 
indireta. 
 
Custo de produção do período 
 
São os mesmos grupos de custos explicados acima, porém quando 
delimitados a um determinado período de tempo. Sua composição é: 
Material direto + Mão de obra direta + 
Custos indiretos 
indireto de 
fabricação 
= 
Custos de produção do 
período 
(MD) (MOD) (CIF) (CPP) 
 
 Material direto: matéria-prima; materiais secundários (cujo valor compense 
apropriá-los diretamente ao produto); material de embalagem. 
 Mão de obra direta: gasto com mão de obra diretamente apropriáveis ao 
produto. 
 CIF: demais gastos de fabricação. São conhecidos também como Gastos 
Gerais de Fabricação. 
 
Custo da produção acabada (CPA) 
 
É a soma dos custos contidos na produção acabada (finalizada) em 
determinado período. Pode conter custos de produção de diversos períodos 
anteriores, mas, em unidades que só foram completadas no presente período. 
 
 
Custos dos produtos vendidos (CPV) 
 
Do total dos produtos acabados (finalizados) em um determinado período, 
somente a quantidade efetivamente vendida, considerada pelo seu valor total de 
elaboração, será denominada CPV. Logicamente, as unidades acabadas que ainda 
permanecerem no estoque por algum tempo, somente serão consideradas CPV na 
próxima saída de estoque quando, então, forem realmente vendidas. 
Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e acompanhe no material 
complementar um exemplo descritivo das etapas citadas nesta aula. 
 
 
 
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Prezado aluno, é importante participar das atividades como o fórum. Suas 
dúvidas e opiniões devem ser compartilhadas com seu professor tutor e com os 
demais colegas da turma! 
Agora que você já estudou esta aula. Resolva os exercícios e verifique seu 
conhecimento. Caso fique com dúvidas, leve a questão ao Fórum e divida com seus 
colegas e professor. 
 
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/cocl80_100/a06tc01_cocl80_100.pdf
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REFERÊNCIAS 
 
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw 
Hill, 2007. 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2 ed. São 
Paulo: Atlas, 2002. 
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade 
gerencial. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. 
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall 
Brasil, 2012. 
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2005. 
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2007. 
 
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a06ex01_cocl80_100.htm
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a06ex01_cocl80_100.htm
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade de Custos I 
Aula 07 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 07: Materiais diretos – Parte I 
 
Objetivo: Conhecer os procedimentos de contabilização dos materiais diretos na 
ocasião de sua aquisição; identificar os impostos inclusos nas compras e determinar 
o valor de entradas dos materiais no estoque. 
 
Caro aluno, seja bem-vindo à sétima aula do nosso curso. Boa aula! 
 
Revendo os conceitos 
 
Como explicado na quinta aula, os materiais diretos pertencem à categoria 
dos custos cuja participação na unidade produzida pode ser claramente quantificada 
(custos diretos). Existe, portanto, uma medida objetiva de seu consumo no processo 
de fabricação. Também aprendemos lá que os materiais podem se apresentar em 
basicamente três subgrupos: 
 
 Matéria-prima: são os “materiais brutos” que normalmente sofrem 
transformação, sendo cortados, serrados, tingidos ou cozidos durante um 
processo produtivo. Exemplos: tecidos, couro, madeira, ferro, argila e 
alimentos. Geralmente representam a base principal do produto a ser 
elaborado. 
 Materiais secundários: são elementos comprados prontos (produzidos por 
outras empresas fornecedoras) e adicionados ao que está sendo elaborados 
em nosso processo, como zíper, botão, cadarço, parafusos, dobradiças, 
palmilhas, puxadores, etc. 
 Embalagens: são necessárias para proteger, conservar, transportar, estocar, 
conter informações de manuseio ou consumo, promover a marca da 
empresa/produto ou, ainda, destacar participações em ações de 
responsabilidade social/ecológica da empresa (selo da Abrinq, instituto Airton 
Senna, SOS Mata Atlântica, AACD, etc.). 
Podem ser: primárias, como latas, garrafa, sachê, pacote, vidro e 
secundárias, como caixa de papelãoou engradado de madeira. 
 
 
 
Custo do material direto adquirido 
 
Os materiais diretos são recursos necessários para a alimentação do 
processo produtivo, sendo rotineiramente adquiridos, pela empresa, de seus 
diversos fornecedores. Tais fornecedores, no papel de agentes externos, provedores 
de recursos que são, incluem em seu preço de venda não apenas o valor dos 
materiais vendidos, mas também outros gastos necessários à operação da 
venda, como transporte, seguro e manuseio. Além disso, outros valores deverão ser 
adicionados ao preço de venda, em obediência às leis de comercialização: os 
impostos. 
Os materiais diretos adquiridos dos fornecedores devem inicialmente ser 
destinados ao seu respectivo estoque, no caso, o de materiais, onde serão 
adequadamente controlados quanto a sua entrada, envio à produção, reposição ou 
mesmo devolução parcial. O controle rigoroso efetuado neste estoque refletirá no 
valor dos materiais que comporão o custo da unidade produzida. 
Neste momento, alguns questionamentos devem ser observados: 
Qual deve ser o valor correto do registro da entrada desses materiais no 
estoque? Saiba que alguns dos valores componentes do preço da nossa compra 
(preço de venda do fornecedor) devem ser desconsiderados na entrada do estoque! 
Quais deverão, então, ser considerados? Se ocorrerem vantagens que 
facilitem a negociação, como descontos comerciais, abatimentos e outros itens 
semelhantes, eles deverão ser deduzidos na determinação do custo de aquisição? 
Os impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS) devem, normalmente, ser excluídos 
do valor da compra dos materiais diretos (valor total da nota fiscal) antes do registro 
de entrada no estoque. Tal exclusão dependerá de os impostos serem recuperáveis: 
se não o forem, não deverão ser excluídos, passando a fazer parte do custo do 
material. 
 
Observação: 
 
 Todos os gastos incorridos no sentido de disponibilizar o material direto para 
o uso na produção fazem parte do seu custo. 
 Se o comprador tem de retirar o material no fornecedor e arcar com os 
 
 
gastos de transportes e seguro, estes devem ser incorporados ao custo do 
material. 
 Os gastos com armazenagem, recepção e vigilância também devem ser 
incorporados aos custos dos materiais. 
 
Exemplo 1: No caso da compra de 10 000kg de matéria-prima a prazo, de 
acordo com os dados a seguir: 
Valor do material direto 
R$ 300 000,00 
(+) IPI 
R$ 30 000,00 
Valor total da nota fiscal R$ 330 000,00 
ICMS R$ 54 000,00 
PIS R$ 4 950,00 
Cofins R$ 22 800,00 
 
 
O valor de entrada no estoque do material direto será: 
 
Valor da Nota Fiscal R$ 330 000,00 
( - ) IPI R$ 30 000,00 
( - ) ICMS R$ 54 000,00 
( - ) PIS R$ 4 950,00 
( - ) Cofins R$ 22 800,00 
Custo de aquisição R$ 218 250,00 
 
 
 
 
 
 
O lançamento de contabilização da nota fiscal será: 
 
D - Estoque de matéria-prima 
218 250,00 
D - IPI a recuperar 
30 000,00 
D - ICMS a recuperar 54 000,00 
D - PIS a recuperar 4 950,00 
D - Cofins a recuperar 22 800,00 
C - Fornecedores 330 000,00 
 
 
O registro nos razonetes será: 
 
 
Estoque de materiais IPI a recuperar ICMS a recuperar Fornecedores 
 218.250,00 30.000,00 54.000,00 330.000,00 
 
 
 
 
PIS a recuperar COFINS a recuperar 
4.950,00 22.800,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observação: os mesmos procedimentos são aplicáveis à compra de material 
secundário e embalagens. 
 
 
 
 
Exemplo 2: calculando o custo do material, considerando que os tributos IPI, 
PIS e Cofins não são recuperáveis: 
 
Total da Nota Fiscal 
R$ 330 000,00 
( - ) ICMS 
R$ 54 000,00 
Custo de aquisição R$ 276 000,00 
 
 
O lançamento de contabilização da nota fiscal será: 
 
D - Estoque de matéria-prima 
276 000,00 
D - ICMS a recuperar 
54 000,00 
C - Fornecedores 330 000,00 
 
 
 
Estoque de materiais IPI a recuperar Fornecedores 
 276.000,00 54.000,00 330.000,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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prática, que está disponível como Material complementar. 
 
 
 
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 Caro aluno, não se esqueça! Está na hora de resolver os exercícios 
elaborados para esta aula. Verifique seus conhecimentos e reforce seu aprendizado! 
Somente a exercitação poderá ajudar a conquistá-lo. Bom estudo! 
 
 
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https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a07ex01_cocl80_100.htm
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a07ex01_cocl80_100.htm
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw 
Hill, 2007. 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2002. 
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall 
Brasil, 2012. 
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2005. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
SHANK, John K. A revolução dos custos. Rio de Janeiro: Campus, 2007. 
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. 2. 
ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade de Custos I 
Aula 08 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 08: Materiais diretos – Parte II 
 
Objetivo: Compreender os mecanismos de controle e avaliação dos estoques da 
empresa e sua influência na determinação no valor do custo e consequentemente 
sobre o resultado apurado; conhecer os métodos PEPS (Primeiro que Entra, 
Primeiro que Sai), UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai) e CMP (Custo Médio 
Ponderado). 
 
Olá, caro aluno! 
 
Métodos de avaliação dos estoques 
 
Prezado aluno, nesta aula trataremos de um elemento de importância central 
nas discussões sobre custos: o estoque. Inicialmente, é importante considerar que 
uma empresa, ao longo de suas rotinas operacionais, comprará várias unidades 
(materiais, mercadorias ou componentes) em períodos diferentes e pagando preços 
diferentes (mais barato ou mais caro a cada momento), mas não consumirá esses 
recursos na mesma proporção. Assim, elas acabam se misturando no almoxarifado. 
Surgem então diversos questionamentos: Qual é o valor de custo das unidades que 
estão sendo enviadas à elaboração? Qual o valor das unidades que ainda 
permanecem no estoque? Devemos considerar o valor das mais caras ou mais das 
mais baratas? Para atribuir custo às unidades consumidas, usamos os mesmos 
critérios utilizados pela Contabilidade Financeira, a saber: 
 
 Sistema de inventário permanente. 
 Sistema de inventário periódico. 
Método de avaliação de estoque - PEPS (primeiro a entrar e primeiro a sair). 
 Método de avaliação de estoque - UEPS (último a entrar e primeiro a sair). 
 Custo médio ponderado. 
 
 
 
 
 
Sistema de inventário periódico 
 
Este sistema é aplicado quando a empresa não mantém um controle de 
acompanhamento contínuo (ao longo dos dias, semanas e meses) dos estoques por 
meio de fichas de estoque. A informação dos valores consumidos só poderá ser 
obtida após o procedimento de contagem dessas fichas, que ocorrerá por ocasião 
do Balanço Patrimonial e posterior avaliação de acordo com os critérios legais. O 
consumo é calculado por uma fórmula, a qual é válida para qualquer item do 
estoque. 
 
Pensemos que hipoteticamente determinada empresa apresenta os seguintes 
dados: 
 
 Inventário físico realizado em 31/12/x1: 100.000 kg de matéria-prima avaliada 
em R$200.000,00. 
 Compras líquidas realizadas durante o ano X1: 900.000 kg de matéria-prima 
no valor de R$1.800.000,00. 
 Inventário físico realizado em 31/12/x2: 200.000 Kg avaliados em 
R$400.000,00. 
 
Calculando o consumo de matéria-prima do período, teremos: 
 
 Quantidade (Kg) Valor (R$) 
Estoque Inicial 100.000 200.000 
( + ) Entradas Líquidas 900.000 1.800.000 
( - ) Estoque Final (200.000) (400.000) 
Consumo de matéria-prima 800.000 1.600.000 
 
Consumo de Material Direto = Estoque Inicial + Entradas Líquidas – Estoque Final 
 
 
 
 
Sendo assim, o custo da matéria-prima consumida foi de R$1.600.000,00; ou 
seja, R$2,00 por quilo. 
 
Inventário permanente 
 
No sistema de inventário permanente, ao contrário do item anterior, será 
realizado o controle contínuo dos estoques por meio de fichas de estoque (planilhas 
eletrônicas dinâmicas). As informações sobre o CPV (Custo dos Produtos Vendidos) 
e do remanescente no estoque (Estoque Final) podem ser calculadas e fornecidas a 
qualquer momento pela Contabilidade. A contagem física ainda será realizada; 
porém, para atender a solicitações dos procedimentos de auditoria e controle 
interno, o controle físico e contábil será feito pela ficha de estoque (tanto no 
Almoxarifado como na Contabilidade). 
 
Métodos de avaliação de estoque 
 
Como já mencionado, as entradas que ocorrem rotineiramente no estoque de 
uma empresa, com o propósito de alimentar regularmente suas operações, ocorrem 
normalmente em momentos diferentes e valores de compra variados. Esses valores 
de compra diferentes entre si irão, portanto, influenciar o valor das saídas desse 
estoque em direção à elaboração e definir a base do cálculo para o custeio do 
Material Direto aplicado na produção. Para tanto, há três sistemas de custeio dos 
estoques: 
 
PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair 
 
Por este método, as compras são organizadas pela sua ordem de entrada, 
lote a lote, refletindo o valor de sua aquisição. Na ocasião do envio à elaboração, a 
saída do estoque seguirá a mesma ordem de entrada, obedecendo ao critério de 
que os primeiros produtos a entrar, também serão os primeiros a sair, assumindo os 
valores originais de compra. 
 
 
 
Exemplo: 
 
 Em 01/0x compra de 100 unidades a R$ 10,00 cada. 
 Dia 10/0x compra de 100 unidades a R$ 20,00 cada. 
 Dia 15/0x envio à elaboração de 50 unidades. 
 
Neste caso, o custo utilizado será o da primeira entrada, ou seja: 
 
 
 
UEPS – Último a Entrar, Primeiro a Sair 
 
Semelhante ao PEPS, por este método, as compras são organizadas pela 
sua ordem de entrada, lote a lote, refletindo o valor de sua aquisição. Entretanto, na 
ocasião do envio à elaboração, a saída do estoque seguirá a ordem inversa à da 
entrada, obedecendo ao critério de que os últimos produtos a entrar, serão os 
primeiros a sair, assumindo os valores originais de compra. Utilizando o mesmo 
exemplo numérico anterior, teríamos: 
 
 
 Entrada Saída Saldo 
 Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 
01 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00 
10 100 20,00 2.000,00 
100 
100 
200 
10,00 
20,00 
 
1.000,00 
2.000,00 
3.000,00 
15 50 10,00 500,00 
50 
100 
150 
10,00 
20,00 
 
500,00 
2.000,00 
2.500,00 
 Entrada Saída Saldo 
 Quant Unit Total Quant Unit Total Quant Unit Total 
01 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00 
10 100 20,00 2.000,00 
100 
100 
200 
10,00 
20,00 
 
1.000,00 
2.000,00 
3.000,00 
15 50 20,00 1.000,00 
100 
50 
150 
10,00 
20,00 
 
1.000,00 
1.000,00 
2.000,00 
 
 
 
Custo Médio Ponderado 
 
Este método é amplamente utilizado pelas empresas e de forma diferenciada 
a PEPS e UEPS, não registra separadamente os lotes comprados pela ordem de 
sua entrada. Esses lotes são acumulados à medida que entram no estoque, tanto 
em termos de unidades quanto de valores totais, sendo o valor unitário de estoque, 
determinado pela divisão do valor total em estoque pelas unidades totais em 
estoque. Essa forma de determinar o custo unitário representa o aspecto que 
diferencia o CMP em especial, por considerar que o custo unitário deva ser 
atualizado e nivelado à entrada de cada novo lote de compras. Ocorre, portanto, 
uma transferência de custo a cada atualização. 
Utilizando ainda o exemplo numérico anterior, teríamos: 
 
Caro aluno, até mais! Estude bastante e realize as exercitações reservadas 
para você no AVA. Mantenha sua comunicação com os demais colegas e com o 
professor! Não deixe de compartilhar opiniões e discussões no Fórum, ok? Até a 
próxima aula! 
 
 
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https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a08ex01_cocl80_100.htm
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3 ed. São Paulo: McGraw 
Hill, 2007. 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2 ed.São 
Paulo: Atlas, 2002. 
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall 
Brasil, 2012. 
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2005. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade de Custos I 
Aula 09 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 09: Mão de obra 
 
Objetivo: Conceituar e diferenciar o trabalho desenvolvido pelos profissionais 
diretamente envolvidos com os processos produtivos do trabalho daqueles que 
apenas o acompanham e administram; quantificar os elementos de custo do 
trabalhador mensalista, horista e os encargos trabalhistas previstos em lei. 
 
 
Olá, caro aluno! 
 
Conceito de Mão de Obra Direta (MOD) 
 
Representa o custo relativo ao trabalho desempenhado pelos funcionários 
que atuam diretamente na transformação dos materiais e outros insumos em 
produto, operando máquinas e equipamentos, operando ferramental, embalando os 
produtos, efetuando o trânsito de materiais entre os estoques, entre outras 
atividades. 
Seu custo corresponde aos salários dos funcionários acrescidos dos encargos 
sociais e trabalhistas, além dos benefícios. 
 
Diferençaentre a mão de obra direta e a Mão de Obra Indireta (MOI) 
 
Quando um trabalhador opera determinada máquina ou equipamento, em que 
é produzido apenas um tipo de produto de cada vez, o trabalho deste operário será 
considerado como MOD; ao contrário, se um funcionário opera uma máquina em 
que são fabricados vários produtos, quantificar as parcelas desta mão de obra, no 
custo de cada diferente produto, torna-se uma tarefa mais complexa. 
Sendo possível medir o tempo de produção de cada produto por meio de 
controles precisos, determinando com exatidão quanto da mão de obra deve ser 
direcionado por diferente produto, então ela será considerada direta. No entanto, 
caso não existam esses controles e se torne necessário utilizar qualquer critério de 
rateio para apropriá-la aos produtos, ela será considerada MOI (também será assim 
considerada em caso de ociosidade normal). 
 
 
Vamos observar o exemplo a seguir: 
 
 Supondo que um empregado seja contratado por um salário de R$8,10 por 
hora, ele deverá receber um salário mensal equivalente a 220 horas. Isso 
estará de acordo com a legislação brasileira, embora ele seja horista. 
 Suponha que ele trabalhe na produção 190 horas por mês e fique 30 horas 
ocioso, aguardando, por causa de um defeito ocorrido no equipamento, ou 
que nessas 30 horas tenha ajudado na manutenção elétrica da fábrica. 
A folha de pagamento discriminará um salário mensal para ele de R$1 782,00 
(220h x R$8,10), mas para a Contabilidade de Custos, esses R$1 782,00 
estão divididos em R$1 539,00 de MOD (190h x R$8,10) e R$243,00 de MOI 
(30 h x R$8,10). 
 
Categorias de funcionários: mensalistas e horistas 
 
De acordo com a legislação brasileira, a jornada de trabalho a ser cumprida 
pelos empregados não deve ultrapassar a 8 horas diárias e 44 horas semanais, 
entretanto, são previstos outros tipos de jornada de trabalho com duração de tempo 
menor, consideradas jornadas especiais. 
A remuneração dos funcionários compreende todo o valor pago pelo 
empregador em decorrência da contraprestação de serviços. Compõem essa 
remuneração: o salário contratual acrescido de horas extras, adicional noturno, 
adicionais de periculosidade e de insalubridade, descanso semanal remunerado 
(para funcionários horistas), prêmios por assiduidade e outras vantagens recebidas 
pelo empregado durante a vigência do contrato de trabalho. 
São duas as principais categorias de funcionários: 
 
 Mensalistas (com valor do salário fixado por mês): em um mês completo 
de contraprestação de serviços, o funcionário mensalista recebe um salário 
correspondente a 30 dias (independentemente do número de dias do mês), 
acrescido de horas extras, prêmio por assiduidade, etc. 
Normalmente, esse modo é utilizado para os funcionários que trabalham na 
parte administrativa da empresa, como Contabilidade, Departamento 
Comercial (exceto as comissões) e Departamento Financeiro. 
 
 
 Horistas (com valor do salário fixado por hora): em um mês completo de 
contraprestação de serviços, os funcionários horistas terão sua remuneração 
composta pelo salário referente ao número de horas comparecidas no mês 
acrescido do descanso semanal remunerado e feriados, perfazendo o número 
de dias do mês, aos quais são somados as horas extras, adicionais de 
periculosidades, etc. 
O salário horário é utilizado predominantemente para pagamento dos 
funcionários que trabalham no processo produtivo e pode se referir tanto à 
mão de obra direta como à indireta. 
 
Encargos sociais e trabalhistas 
 
Os encargos sociais e trabalhistas correspondem aos gastos da empresa com 
o funcionário além do salário. Tratam-se de conquistas asseguradas por lei, 
provenientes de acordo sindical ou negociação com a própria empresa. 
Alguns encargos são concentrados em determinada época do ano, como 13º 
salário e as férias, ou ocorrem em situações específicas, como a multa do FGTS, 
que deve ser paga em casos de dispensa sem justa causa. 
O custo da mão de obra não é formado apenas pelo salário pago ao 
empregado, mas será também acrescido destes encargos. Para o cálculo do custo 
da mão de obra, é necessário determinar quais são as incidências sociais e 
trabalhistas. 
A seguir, serão apresentados os encargos básicos e os critérios para calcular 
cada um deles. Entretanto, cabe ressaltar que não compreendem todas as situações 
possíveis, pois cada empresa ou atividade tem suas próprias características de 
composição de custos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
 
Previdência Social (INSS) 20,0% 
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) 8,0% 
Salário-Educação 2,5% 
SESI, SESC 1,5% 
SENAI, SENAC 1,0% 
INCRA 0,2% 
SEBRAE 0,6% 
Seguro contra Acidentes do Trabalho (SAT) até... 3,0% 
TOTAL 36,80% 
 
 
Cálculo do custo do salário-hora para o horista 
 
Suponha que um operário seja contratado a R$100,00 por hora. A jornada 
máxima de trabalho permitida pela Constituição brasileira é de 44 horas semanais 
(sem considerar horas extras). Supondo, ainda, que ele trabalhe de segunda a 
sábado, a jornada máxima diária será de: 
 
44 horas ÷ 6 dias = 7,3333 horas (equivalem a 7 horas e 20 minutos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dessa forma, podemos estimar o número máximo de horas que um 
trabalhador pode oferecer à empresa: 
 
Número total de dias por ano 365 dias 
( - ) Descanso Semanal Remunerado (DSR) * 48 dias 
( - ) Férias 30 dias 
( - ) Feriados 12 dias 
( = ) Numero máximo de dias à disposição do empregador 275 dias 
( x ) jornada máxima diária ( em horas ) 7,3333 horas 
( = ) Número máximo de horas à disposição, por ano: 2 016,67 horas 
( * ) deduzidas quatro semanas já computadas nas férias 
 
No cálculo dos dias trabalhados, devem ser contados efetivamente os dias 
em um calendário para obter as informações corretas. Deve-se observar, também, 
que se ocorrer um feriado em um domingo, não pode ser considerado como feriado, 
pois já esta computado pelo dia da semana. Da mesma forma, do descanso 
semanal remunerado, devem ser deduzidas as quatro semanas já computadas nas 
férias. 
 
A remuneração anual desse empregado será: 
 
Salários: 2.016,67 horas x R$ 100,00 201 667 
DSR: 48 d x 7,3333 h = 352 h x R$100,00 201 667 
Férias: 30 d x 7,3333 h = 220 h x R$ 100,00 22 000 
13º Salário: 220 h x R$ 100,00 22 000 
Adicional Constitucional de Férias (1/3 de “c”) 7 333 
Feriados: 12 d x 7,3333 h = 88 h x R$ 100,00 8 800 
Total 297 000 
 
 
 
Sobre esse total, o empregador será obrigado a recolher os seguintes 
encargos: FGTS, INSS, Salário-Educação, INCRA, SESI ou SESC, SENAI ou 
SENAC, SEBRAE e SAT, perfazendo um total de 36,80%. Assim, o custo total anual 
para o empregador será: 
 
R$297 000 x 1,3680= R$406 296 
 
E o custo do salário-hora, será: 
 
R$406 296  2 016,67 horas = R$201,47 
Os encargos sociais e trabalhistas mínimos provocaram, então, um acréscimo 
de 101,47 % sobre o salário-hora contratado. 
Considere que o exemplo apresentado é básico, pois não estão sendo 
computados outros gastos, como tempo de dispensa durante o aviso-prévio, 
indenização compensatória ou multa do FGTS na dispensa, faltas abonadas, PIS, e 
também se computou a jornada máxima permitida de 44 horas semanais. Nesse 
exemplo, a empresa deverá atribuir a taxa de R$201,47 por hora trabalhada, e não 
os R$100,00 contratuais. 
 
Observação: para determinar exatamente o quanto cada empregado da 
produção (MOD) trabalhou por dia e em quais produtos, normalmente a empresa 
possui ferramentas que possibilitem este apontamento, como sistemas de relógio de 
ponto, cartão de apontamento e relógios automáticos de início e término de ordens. 
 
 Prezado aluno, é importante rever os cálculos deste conteúdo para uma 
fixação adequada das informações. É indispensável exercitar continuamente para 
garantir seu aprendizado! 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
BLOCHER, Edward J. et al. Gestão estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: McGraw 
Hill, 2007. 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2002. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
MEGLIORINI, Evandir. Análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall 
Brasil, 2012. 
PADOVEZE, Clovis Luis. Curso básico gerencial de custos. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2005. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
STARK, José Antonio. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2007. 
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a09ex01_cocl80_100.htm
https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/cocl80_100/a09ex01_cocl80_100.htm
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contabilidade de Custos I 
Aula 10 
Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 10: Custos indiretos de fabricação – parte I 
 
Objetivo: Conhecer os custos indiretos de fabricação e identificar suas 
características; proceder a sua distribuição aos diferentes produtos por meio da 
utilização dos critérios de rateio; determinar as características de um critério de 
rateio. 
 
 
Custos indiretos de fabricação 
 
Prezado aluno, olá! 
Como visto anteriormente, os custos indiretos representam um grupo formado 
por aqueles custos que não podem ser apropriados diretamente ao produto, ou seja, 
cuja participação não pode ser claramente quantificada à unidade do produto 
fabricado. Não existe uma medida objetiva de seu consumo na fabricação. Esta 
dificuldade de mensuração provocará a definição e utilização de um critério de 
rateio, item a ser estudado nesta aula. 
Também foi visto anteriormente que podemos dividir os custos indiretos em 
três grupos, a saber: 
 
 Material indireto: empregado nas atividades da produção e cujo consumo 
atende à área completa de produção, seus diferentes deptos e às diversas 
etapas sem ser apropriado objetivamente a nenhum deles: material de 
limpeza, material utilizado na manutenção dos equipamentos, graxa, 
lubrificante, combustível, entre outros. 
 Mão de obra indireta: trabalho de direção, supervisão ou gerenciamento das 
tarefas produtivas realizadas na área de produção ou dos deptos de suporte à 
produção: salário do diretor, gerente e supervisor de produção, salário do 
pessoal do almoxarifado, do vigia da fábrica, do faxineiro etc. 
 Outros gastos: água, energia elétrica, telefone, aluguel, imposto predial, 
seguros etc. 
 
 
 
Rateio dos custos indiretos de fabricação 
 
Os estudos e pesquisas desenvolvidos na área de custos ao longo das 
décadas têm com objetivo principal permitir a identificação do real gasto ocorrido 
para se elaborar um determinado produto. A correta identificação do custo de um 
produto é condição indispensável para sua gestão estratégica, a qual buscará 
garantir a competitividade do produto no mercado, garantir a produtividade (menor 
custo X maior resultado) e evitar desperdícios no processo produtivo. É 
indispensável considerar que: 
 
 A definição do custo de um produto representa o ponto de partida para a 
elaboração do seu preço de venda. 
 O cálculo errado do custo resulta na elaboração incorreta do preço de venda. 
 Um preço de venda superestimado (a maior) ameaça a competitividade do 
produto. 
 Um preço de venda subestimado (a menor) ameaça o retorno (resultado) do 
produto. 
 
Neste sentido, a distribuição incorreta de um item de custo indireto entre 
diferentes produtos acarretará distorções no valor final dos seus respectivos custos 
e, consequentemente, prejudicará o retorno no resultado de um, tanto quanto a 
competitividade de outro. Surge então o desafio de encontrar a melhor forma de 
distribuição destes custos. Esta distribuição é denominada genericamente de 
rateio1. 
Esta distribuição deve, por sua vez, estar fundamentada em algum aspecto, 
característica ou diferenciação que exista entre os produtos, que nos leve a supor 
uma proporcionalidade diferenciada na distribuição do item de custos entre eles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 1: 
 
 
 
 Suponha que na área de produção anterior, a qual compreende 200m2, 3 
produtos são elaborados. Esta área é alugada pelo valor mensal de R$ 6.000,00. 
Quanto, em relação ao valor deste aluguel, deve ser considerado ao custo de cada 
produto? Seria incorreto simplesmente dividir este valor por 3 (6.000,00 ÷ 3 = 
2.000,00), uma vez que cada produto ocupa espaços diferenciados da área de 
produção e, portanto, tem aproveitamento diferenciado do aluguel pago. 
Considerando estes aspectos, a melhor distribuição seria: 
 
 
Como é possível observar, o custo indireto correspondente ao valor do 
aluguel pago é distribuído proporcionalmente ao percentualmente do 
aproveitamento de cada produto sobre a área total de produção. Esta 
distribuição em função de m2 da área representa um critério de rateio2. 
 
 
Produto M2 Aproveitamento Aluguel 
X 105 52,5% 3.150,00 
Y 65 32,5% 1.950,00 
Z 30 15,0% 900,00 
Total 200 100,0% 6.000,00 
 
 
Exemplo 2: determinada empresa produz três diferentes produtos: X, Y e Z. 
As informações sobre os custos diretos e critérios de rateio dos custos indiretos são 
os seguintes: 
 
 Custos Diretos 
Produtos Materiais MOD 
X 155.000,00 47.000,00 
Y 147.000,00 22.000,00 
Z 93.000,00 21.000,00 
Total 395.000,00 90.000,00 
 
 Critérios de Rateio – Custos Indiretos 
Produto Área ocupada (m2) Aproveitamento 
X 105 52,5% 
Y 65 32,5% 
Z 30 15,0% 
Total 200 100,0% 
Produto Unidades Produzidas Volume Produzido 
X 28.000 53,8% 
Y 15.500 29,8% 
Z 8.500 16,4% 
Total 52.000 100,0% 
 
Mão de obra indireta (salários dos gestores da produção), energia elétrica e 
depreciação serão distribuídas pelos percentuais de volume produzido. Aluguel, 
IPTU e seguros, pelos percentuais de aproveitamento da área de produção. 
 
Mapa de Custos 
 105m2 65m2 30m2 200m2 
 Produto X Produto Y Produto Z 
Diretos 
Materiais 155.000,00 147.000,00 93.000,00 395.000,00 
Mão de obra direta 47.000,00 22.000,00 21.000,00 90.000,00 
Indiretos 
Mão de obra indireta 78.750,00 48.750,00 22.500,00 150.000,00 
Energia elétrica 2.625,00 1.625,00 750,00 5.000,00 
Depreciação 10.500,00 6.500,00 3.000,00 20.000,00 
Aluguel 3.228,00 1.788,00 984,00 6.000,00 
IPTU 807,00 447,00 246,00 1.500,00 
Seguro 1.614,00 894,00 492,00 3.000,00 
Total 299.524,00 229.004,00 141.972,00 
 28.000 15.500 8.500 52.000 
Custo Total Unitário 10,70 14,77 16,70 
 
 
 
 
Exemplo de bases utilizadas: 
 
 Unidades produzidas. 
 Horas de MOD. 
 Horas de uso direto das máquinas. 
 Valor (custo) da MOD. 
 Matéria-prima consumida. 
 Horas diretas de serviços prestados. 
 QWH – hora (energia elétrica) ou HP. 
 M³ de ar comprimido. 
 Número de funcionários. 
 
Saiba mais 
 
Rateio1: é um artifício empregado para distribuir os custos que não conseguimos 
identificar diretamente com os produtos. 
 
Critério de rateio2: é a base utilizada para a distribuição dos custos, ou seja, é o 
fator pelo qual nós vamos dividir os CIF’s. 
 
 
 
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