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ELETRICIDADE FÍSICA MODERNA ANÁLISE DIMENSIONAL Gualter José Biscuola Newton Villas Bôas Ricardo Helou Doca Manual do Professor Gualter José Biscuola Engenheiro eletrônico formado pela Escola Politécnica da USP Licenciado em Física Diretor e professor de Física do Colégio Leonardo da Vinci de Jundiaí (SP) Newton Villas Bôas Licenciado em Física pelo Instituto de Física da USP Licenciado em Ciências e Pedagogia Professor de Física do Colégio Objetivo de São Paulo Diretor do Colégio Objetivo NHN de Passos, São Sebastião do Paraíso e Guaxupé (MG) Ricardo Helou Doca Engenheiro eletrônico formado pela FEI (SP) Licenciado em Matemática Professor de Física do Colégio Objetivo de São Paulo Diretor do Colégio Objetivo NHN de Passos, São Sebastião do Paraíso e Guaxupé (MG) Av. Marquês de São Vicente, 1697 – CEP 01139-904 – Barra Funda – SP PABX: (11) 3613-3000 – Fax: (11) 3611-3308 – Televendas: (11) 3613-3344 – Fax Vendas: (11) 3611-3268 Atendimento ao Professor: (11) 3613-3030 e 0800-117875 – atendprof.didatico@editorasaraiva.com.br www.editorasaraiva.com.br 2007 AUTORIA Tópicos de Física 1 Gualter Parte I: Tópicos 1 a 4 Parte II: Tópico 5 Parte III: Tópico 1 Helou Parte I: Tópico 5 Parte II: Tópicos 1 a 4 e 6 a 8 Parte III: Tópico 2 Tópicos de Física 2 Newton Parte I Parte II: Tópico 2 Gualter Parte II: Tópicos 1 e 3 Parte III: Tópico 3 Helou Parte III: Tópicos 1, 2, 4 e 5 Tópicos de Física 3 Newton Parte I Gualter Partes II, III e IV Helou Parte V Ao professor 4 Objetivos fundamentais da obra 5 Composição da obra 5 Metodologia utilizada 5 Instrumentos disponíveis na obra 6 Estratégias de aplicação da obra 6 A avaliação 7 Considerações didáticas e resolução de exercícios 8 Parte I - ELETROSTÁTICA 8 Tópico 1 Cargas Elétricas 8 • Objetivo do Tópico 8 • O que não pode faltar 8 • Algo mais 8 • Subsídios ao Descubra mais 9 • Resolução dos exercícios propostos 10 Tópico 2 Campo elétrico 17 • Objetivos do Tópico 17 • O que não pode faltar 17 • Algo mais 17 • Subsídios ao Descubra mais 19 • Resolução dos exercícios propostos 20 Tópico 3 Potencial elétrico 26 • Objetivos do Tópico 26 • O que não pode faltar 27 • Algo mais 27 • Subsídios ao Descubra mais 29 • Resolução dos exercícios propostos 30 Parte II - ELETRODINÂMICA 34 Tópico 1 Corrente elétrica e resistores 34 • Objetivos do Tópico 34 • O que não pode faltar 34 • Algo mais 34 • Subsídios ao Descubra mais 35 • Resolução dos exercícios propostos 40 Tópico 2 Associação de resistores e medidas elétricas 42 • Objetivos do Tópico 42 • O que não pode faltar 42 • Algo mais 42 • Resolução dos exercícios propostos 44 Tópico 3 Circuitos elétricos 47 • Objetivos do Tópico 47 • O que não pode faltar 47 • Algo mais 48 • Subsídios ao Descubra mais 48 • Resolução de exercícios propostos 49 Tópico 4 Capacitores 57 • Objetivos do Tópico 57 • O que não pode faltar 57 • Algo mais 57 • Subsídios ao Descubra mais 58 • Resolução dos exercícios propostos 59 Parte III - ELETROMAGNETISMO 61 Tópico 1 O campo magnético e sua influência sobre cargas elétricas 61 • Objetivos do Tópico 61 • O que não pode faltar 61 • Algo mais 61 • Subsídios ao Descubra mais 61 • Resolução dos exercícios propostos 62 Tópico 2 A origem do campo magnético 64 • Objetivos do Tópico 64 • O que não pode faltar 64 • Algo mais 65 • Subsídios ao Descubra mais 65 • Resolução dos exercícios propostos 66 Tópico 3 Força magnética sobre correntes elétricas 69 • Objetivos do Tópico 69 • O que não pode faltar 69 • Subsídios ao Descubra mais 70 • Resolução dos exercícios propostos 70 Tópico 4 Indução eletromagnética 72 • Objetivos do Tópico 72 • O que não pode faltar 73 • Algo mais 73 • Subsídios ao Descubra mais 73 • Resolução dos exercícios propostos 76 Parte IV - FÍSICA MODERNA 78 Tópico 1 Noções de Física Quântica 78 • Objetivos do Tópico 78 • O que não pode faltar 79 • Algo mais 79 • Subsídios ao Descubra mais 79 • Resolução dos exercícios propostos 86 Tópico 2 Noções de Teoria da Relatividade 86 • Objetivos do Tópico 86 • O que não pode faltar 87 • Algo mais 87 • Subsídios ao Descubra mais 87 • Resolução dos exercícios propostos 91 Tópico 3 Comportamento ondulatório da matéria 91 • Objetivos do Tópico 91 • O que não pode faltar 91 • Resolução dos exercícios propostos 92 Parte V - ANÁLISE DIMENSIONAL 92 • Objetivos 92 • O que não pode faltar 92 • Algo mais 92 • Resolução dos exercícios propostos 93 Bibliografi a 96 4 TÓPICOS DE FÍSICA 3 Ao professor são mereceu elogios na última reformulação, também foi alvo de aprimoramento e continua propondo pro- blemas mais elaborados e que exigem uma perfeita compreensão da teoria, além de boa capacidade de interpretação, abstração e raciocínio. Em todos os casos tomamos o cuidado de dispor as questões em uma seqüência lógica e em ordem crescente de difi - culdade. Procuramos dimensionar os dados de modo a simplifi car os cálculos, o que permitiu a valorização dos pormenores conceituais. Há, no entanto, vários pontos presentes no texto, como demonstrações e apêndices, que enriquecem o material, mas que apresentam caráter facultativo, po- dendo ser ignorados, sem prejuízo, em cursos com carga horária menor. Este Manual contém considerações didáticas em torno do desenvolvimento de cada Tópico da obra e apresenta a resolução de boa parte dos exercícios pro- postos, que tem por base nossa vivência em sala de aula, chamando a atenção para detalhes que julgamos importantes. Mas o professor conta, ainda, com outros materiais de apoio: Recursos na internet: a partir do início do ano le- tivo de 2008 este livro contará com recursos adi- cionais, disponíveis no site da Editora Saraiva (www.saraivaeduca.com.br). No site o professor encontrará as resoluções de todos os exercícios pro- postos no livro do aluno. DVD-ROM: todo o conteúdo dos três CDs do livro do aluno mais as versões digitais dos três manuais do professor em formato PDF são apresentados para o professor em formato DVD-ROM. O gabarito dos exercícios (exceto as respostas às perguntas da seção Descubra mais) é apresentado nas páginas fi nais de cada volume. Temos consciência de que o assunto não foi es- gotado, já que em Física há sempre o inusitado, a descoberta e o permanente desafi o. Por isso serão muito bem-vindas as críticas e su- gestões que visem ao aprimoramento deste trabalho. Os autores Esta é uma obra viva, em permanente processo de aprimoramento. Trata-se de um trabalho versátil, que pode se adequar a cursos de diferentes enfoques, desde aqueles com poucas aulas semanais até os mais abran- gentes. O material é completo, tratando de todos os tópi- cos do programa de Física do Ensino Médio brasileiro. O texto, embora apresentado em uma linguagem rigorosa, não chega a ser axiomático nem excessiva- mente formal. É, sim, objetivo e de fácil compreensão. A simbologia adotada é a consagrada pela maioria dos professores e dos livros sobre o assunto. Nesta quarta versão, ampliada e atualizada, le- vamos em conta as competências almejadas nos Pa- râmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM), do Ministério da Educação e Cultura (MEC), e estabelecemos estratégias diversas no sen- tido de implementá-las. Aspectos como o incentivo ao aprendizado das ciências e suas tecnologias, o desenvolvimento de uma mentalidade indagadora e crítica, a intelecção e produção de textos, tabelas e gráfi cos tecnocientífi cos foram trabalhados, valori- zando-se dois paradigmas notórios no ensino atual: contextualização e interdisciplinaridade, sugeridas demaneira enfática na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e nos ditames do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para alcançarmos essas metas, apresentamos um grande número de recursos, como ilustrações, fotos legendadas, leituras e estímulos à experimenta- ção. Somaram-se a isso a nova seção Descubra mais e uma grande variedade de exercícios, característica marcante do nosso trabalho. Essas ferramentas contri- buirão para criar motivações a mais, que despertarão a curiosidade e o interesse nos alunos. Procuramos, dentro do possível, explorar situações práticas do dia- a-dia. Incluímos também abordagens tecnológicas, demonstrando que a Física é básica e essencial aos padrões da vida moderna. Interfaces com outras disci- plinas, como Geografi a, História, Química e Biologia, além da correlata Matemática, foram estabelecidas, procurando-se eliminar barreiras de conhecimento. Tornamos ainda mais didáticas as tradicionais se- ções – Exercícios de Nível 1, Nível 2 e Nível 3. A seção Para raciocinar um pouco mais, cuja inclu- 5Manual do professor Objetivos fundamentais da obra A obra visa transmitir ao estudante, de forma me- tódica e organizada, os conhecimentos essenciais do programa de Física do Ensino Médio, proporcionan- do-lhe uma iniciação bem fundamentada nessa disci- plina, tanto nos aspectos conceituais como nas cor- relações cotidianas, práticas e tecnológicas. Objetiva também oferecer a dose ideal de conteúdo compatível com a faixa etária do público adolescente, o que favo- recerá a gradual formação de um espírito questionador e pragmático. Busca trabalhar as estruturas mentais do educando, exercitando a fl exibilidade de raciocínio e o encadeamento sistemático de idéias. O trabalho evolui de modo a desenvolver habili- dades para a compreensão de textos formais, decodi- fi cação de enunciados, tabelas e gráfi cos, bem como de representações esquemáticas. Propõe obter maior efi ciência na cognição de informações, melhor capa- cidade de análise e síntese, pleno domínio – em nível de Ensino Médio – da simbologia e linguagem pró- prias da Matemática, imprescindíveis à formulação das leis da Física e à descrição quantitativa de seus fenômenos. Esses processos constituem na sua totali- dade as três grandes metas – competências – sugeri- das nos PCNEM para a área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias, assim referidas nesse documento: “Representação e comunicação; investi- gação e compreensão; contextualização”. Há, ainda, que destacar o ideal de desenvolver uma mentalidade social, em que os conhecimentos oriundos da Física devam ser colocados à dispo- sição da comunidade e das pessoas para melhorar seus recursos, condições de vida e padrões de con- forto. Também de maneira subalterna, o texto busca formar uma consciência de preservação ambiental e de habitabilidade sustentável do planeta. Isso é primordial até para o exercício pleno da cidadania na vida moderna. Por tudo isso, esta coleção procura qualifi car-se como um abrangente e vantajoso instrumento educa- cional de iniciação à Física. Composição da obra Optamos por uma distribuição em que o con- teúdo é desenvolvido conforme sua evolução his- tórica. Iniciamos a coleção abordando no Volume 1 a Mecânica, em que fi guram os trabalhos de Aris- tóteles, Arquimedes, Copérnico, Galileu, Kepler e Newton, e encerramos o Volume 3 apresentando uma iniciação à Física Moderna, na qual se desta- cam as contribuições de Planck, Bohr, Einstein e De Broglie. Respaldados em nossa experiência em sala de aula, procuramos levar em consideração um as- pecto que consideramos fundamental: o fato de que o livro destina-se a um público jovem, que almeja ao longo dos três anos do Ensino Médio uma ampla utilização do raciocínio lógico-formal, maior poder de abstração, compreensão e manuseio de dados ma- temáticos e tecnocientífi cos. Para isso, defi nimos criteriosamente a abrangência – horizontalidade – da obra. Selecionamos os itens a serem estudados res- peitando diversos fatores, como a citada evolução dos adolescentes, propostas contidas na LDB e nos PCNEM, programas exigidos nos principais exames vestibulares, entre outros. Dimensionamos também o grau de formalismo da linguagem e a profundidade da tratativa – verticalidade. A obra, então, está assim dividida: Volume 1: Mecânica; Volume 2: Termologia, Ondulatória e Óptica geo- métrica; Volume 3: Eletricidade, Física Moderna e Análise dimensional. Cada volume compõe-se de Partes que equivalem aos grandes setores de interesse da Física. As Partes, por sua vez, são constituídas de Tópicos, em que um determinado conteúdo é estudado teórica e operacio- nalmente, com detalhamento pleno dentro das preten- sões do trabalho, tanto naquilo que ele envolve (hori- zontalidade) como na abordagem (verticalidade). Em cada Tópico, a matéria foi subdividida em Blocos, que agregam itens relacionados entre si. Na apresentação de cada assunto, propusemos a seqüência que consideramos ideal, a qual foi testada e aprimorada em sala de aula ao longo de nossas car- reiras. Os Tópicos e os Blocos foram estruturados de modo a propiciar ao aluno um crescimento natural, lógico e bem fundamentado. Metodologia utilizada A Física é uma disciplina que envolve concei- tos que, pela complexidade e abrangência, são de difícil assimilação. A conservação do momento linear (quantidade de movimento), por exemplo, está presente em situações muito díspares, como em explosões e colisões, observáveis diretamen- te ou por meio de instrumentos, e no decaimento nuclear, inerente ao universo subatômico. Por isso, a apresentação dos conceitos físicos deve merecer primordialmente uma boa exposição teórica enri- 6 TÓPICOS DE FÍSICA 3 quecida com exemplos esclarecedores. Se houver disponibilidade, alguma experimentação também colaborará, já que elementos concretos aceleram em muito a compreensão de concepções abstratas. Mas o que realmente faz a diferença é a operacio- nalização, isto é a resolução do maior número pos- sível de exercícios. É por meio deles que se tor- na viável complementar a teoria e estabelecer os limites de sua utilização. Nesses exercícios há uma grande diversidade de cenários, o que permite ao aluno contemplar um determinado conceito na sua forma mais ampla, sedimentando as estruturas de raciocínio que lhe facultarão, por analogia, resolver problemas correlatos envolvendo o mesmo princí- pio ou lei. Por isso, o professor deve explicar bem a teoria e fazer as possíveis demonstrações experi- mentais, dando ênfase especial à resolução de exer- cícios, pois só assim o aprendizado consolida-se. Deve-se notar que uma bem conduzida aula de resolução de exercícios, em que o professor comenta detalhes adicionais vinculados a cada contexto acres- centando novas informações, é agradável e estimulan- te, além de estar totalmente de acordo com o ritmo de captação e assimilação de informações por parte da mente humana. Nessas ocasiões também ocorre o mo- mento supremo da educação como arte de transformar pessoas. Esse é um ambiente profícuo em que se cor- porifi ca o vínculo humanístico entre aluno e mestre, essencial e insubstituível em qualquer época, mesmo diante de todas as tecnologias de ensino à disposição. Nada ocupará o lugar do professor no seu papel de orientar o educando, tutelando-o e amparando-o em seu desenvolvimento. Instrumentos disponíveis na obra A parte teórica foi redigida de modo a tentar res- gatar em cada trecho o interesse e a atenção do leitor. Para isso, utilizamos uma linguagem correta e ade- quada à descrição da Física – rigorosa, porém insti- gante –, procurando sempre inserir elementos atuais e curiosidades do cotidiano. Ilustrações e fotos com legendas (Boxes e Drops) foram aplicadas sempre que possível parafacilitar a compreensão do texto e propiciar outras revelações. Em alguns Tópicos, in- cluímos a seção Faça você mesmo, na qual sugerimos a realização de pequenos experimentos que requerem materiais de fácil obtenção ou até mesmo utensílios caseiros. Foram elaboradas Leituras que serão um pólo a mais de interesse e ampliarão os horizontes do conhecimento. Acrescentamos nesta quarta versão a seção Descubra mais, que traz um questionário com perguntas provocativas que visam reforçar o con- teúdo. Essas perguntas poderão ser objeto de debates em sala de aula ou temas de trabalhos de pesquisa em que o aluno será direcionado à leitura de outros textos, inclusive àqueles disponíveis na internet. Em relação à rede mundial de computadores, os sites de busca po- derão ser de grande valia, bastando nesse caso utilizar palavras-chave adequadas. Em cada Tópico há quatro seções de exercícios com diferentes níveis de difi culdade. Logo após a apresentação da teoria de um Bloco aparecem os Exercícios de Nível 1 e Nível 2. Na primeira seção, a matéria é cobrada de forma simples, apenas em seus pontos essenciais. Na segunda, a abordagem é mais ampla, valorizando os aspectos conceituais e a descrição quantitativa dos fenômenos. Intercalados aos Exercícios de Nível 1 e Nível 2, há os Exercí- cios Resolvidos (ER), que servem de ponto de par- tida para o encaminhamento de questões semelhan- tes. No fi nal dos Tópicos, estão os Exercícios de Nível 3, em sua maioria de vestibulares, nos quais inserimos elementos de complementação. Esses exercícios, selecionados criteriosamente dos exames mais representativos, constituem uma boa fonte de tarefas para casa. E, por último, temos a seção Para raciocinar um pouco mais, composta por proble- mas mais difíceis – “reserva especial dos autores” –, que podem ser propostos como desafi o, aprofunda- mento ou trabalhos extraclasse. Pautamos a elaboração e a seleção de todas as ati- vidades apresentadas no material pela funcionalidade em classe, diversidade temática e qualidade. Não há no trabalho exercícios iguais, o que sabidamente torna o processo de ensino mecanicista e enfadonho. Cada questão propõe um novo ambiente em que um detalhe a mais se faz necessário, constituindo-se, portanto, em um auxílio adicional para a melhor compreensão da matéria. Procuramos contemplar nas questões de vesti- bulares todos os estados brasileiros, evitando dessa forma regionalismos. Incluí mos nesta quarta ver- são exercícios de Olimpía das de Física, certames que têm se constituído em um foco de interesse dos estudantes e um diferencial para as escolas que de- senvolvem projetos visando bons resultados nessas competições intelectuais. Estratégias de aplicação da obra Esta obra é versátil e pode se adequar a cursos com enfoques e objetivos distintos e diferentes núme- ros de aulas semanais. 7Manual do professor Carga mínima (de uma a duas aulas semanais): principais itens da teoria e Exercícios de Nível 1; Carga média (de três a quatro aulas semanais): princi- pais itens da teoria e Exercícios de Nível 1 e Nível 2; Carga máxima (cinco ou mais aulas semanais): teo- ria completa mais apêndices, Exercícios de Nível 1, Nível 2, Nível 3 e Para raciocinar um pouco mais. De acordo com as cargas mencionadas anterior- mente – cargas mínima, média e máxima – poderão ser excluídas do texto, a critério do professor, algumas propostas que forem consideradas prescindíveis. Isso não comprometerá a adoção da obra, tampouco seu bom aproveitamento. Por outro lado, dependendo da disponibilidade do curso, recomendamos também pesquisas na inter- net, leitura de livros paradidáticos, revistas especia- lizadas e materiais afi ns, o que complementará e se- dimentará o aprendizado. Nesses casos, os objetivos pretendidos são: valorizar aspectos históricos que realcem a evolução do conhecimento sobre Física e informar a existência de novas teorias, descobertas e outras aplicações dos assuntos tratados, não mencio- nados no texto. Uma referência importante que poderá orientar o professor na elaboração do seu Planejamento de Cur- so é que cada Bloco traz um conteúdo previsto para duas ou três aulas, considerando a carga média de uti- lização da obra. A título de exemplo, sugerimos que, numa utili- zação em carga média, os Blocos 1 e 5 do Tópico 5 (Vetores e Cinemática vetorial) do Volume 1 sejam lecionados da seguinte maneira: Bloco 1 Aula 1 – Teoria: itens 1, 2 e 3. Exercícios: Nível 1 – 1, 3 e 4. Para casa: Nível 1 – 5; Nível 2 – 10, 11 e 13. Aula 2 – Teoria: item 4. Exercícios: Nível 1 – 6 e 8; Nível 2 – 18 e 23. Para casa: Nível 1 – 7 e 9; Nível 2 – 16, 19 e 22. Bloco 5 Aula 1 – Teoria: itens 13 e 14. Exercícios: Nível 1 – 66 e 70; Nível 2 – 73. Para casa: Nível 1 – 67, 69 e 71; Nível 2 – 72. Aula 2 – Exercícios: Nível 2 – 75, 79 e 81. Faça você mesmo: o professor poderá realizar em sala de aula a demonstração sugerida, dis- cutindo com os alunos os efeitos observados e suas conseqüências práticas (estimular a clas- se a elaborar outros exemplos que conduzam a conclusões semelhantes). Para casa: Nível 2 – 76, 77, 82 (estudar a re- solução) e 83. A avaliação Esta deve ser a mais abrangente possível, de modo a contemplar sempre o maior número de habilidades próprias de cada estudante. Entendemos que um edu- cando deva ter oportunidade de ver valorizadas suas melhores potencialidades, já que o ser humano é do- tado de múltiplas inteligências (talentos) mais ou me- nos desenvolvidas. Devemos levar em consideração fatores subjetivos como seu engajamento no curso (participação e empe- nho), postura em sala de aula e interesse pela matéria. Recomendamos valorizar, no entanto, com ênfase, a capacidade de responder questões, testes conceituais e exercícios que exijam aplicações das leis físicas pau- tadas pela devida operacionalização matemática. É ainda essencial que haja aplicação e pontualidade em relação às atividades propostas para casa, que devem preencher parte do tempo dos alunos em suas ativida- des extraclasse. Há vários instrumentos objetivos que podem ser cogitados na avaliação, como: Provas propriamente ditas; Trabalhos de pesquisa em livros e na internet; Questionários com perguntas instigantes; Coletânea de testes de múltipla escolha; Coletânea de questões analítico-expositivas; Vestibulares simulados; Construção e manuseio de aparatos experimentais; Leitura e discussão de artigos sobre Física; Elaboração de artigos sobre Física; Seminários; Debates sobre temas científi cos; Encenações de textos teatrais sobre Física. Desse universo, que permite obter uma média am- pla e justa do desempenho do aluno, será extraída a nota ou o conceito necessário à aprovação. 8 TÓPICOS DE FÍSICA 3 Tópico 1 Parte I - ELETROSTÁTICA Cargas Elétricas Objetivo do Tópico Este Tópico, por ser o primeiro da Eletricidade, deve ser iniciado com uma explanação histórica do processo de como se desenvolveu o conhecimento da eletricidade, bem como da sua importância na nossa civilização atual. Tudo isso para despertar o interesse dos alunos pela matéria. Pergunte-lhes (e deixe que respondam): Como seria nossa vida sem a eletricidade? O conceito de carga elétrica deve ser detalhado, podendo ser abordada a teoria dos quarks. Reforçar a idéia de quantização das cargas elétricas, mostran- do que elas aparecem sempre em valores múltiplos da carga elementar. Diferenciar bem o conceito de material condutor e de material isolante. Explicar o que faz um material ser condutor ou isolante. Os Princípios da Eletrostática devem ser bem as- similados pelos alunos. O entendimento desses prin- cípios é a base para o aprendizado da Eletricidade. Na apresentaçãodos processos de eletrização, destacar a alteração do número de elétrons de um corpo neutro que lhe confere a condição de corpo eletrizado. A eletrização por atrito e por conta- to deve ser detalhada. A eletrização por indução deve ser explicada de uma maneira sucinta, já que os detalhes serão mais bem entendidos no fi nal do Tópico 3. A utilização da Lei de Coulomb deve ser trabalha- da por meio da resolução de exercícios que podem ser encontrados em nível 1 e nível 2. O que não pode faltar 1. Síntese histórica da Eletricidade 2. Noção de carga elétrica 3. Corpo eletricamente neutro e corpo eletrizado 4. Quantização da carga elétrica 5. Princípios da Eletrostática 6. Condutores e isolantes elétricos 7. Processos de eletrização Exercícios 8. Lei de Coulomb Exercícios Algo mais Neste Tópico é importante apresentar um início histórico da eletricidade. A evolução do pensamen- to científi co deve ser utilizada sempre; o aluno deve compreender que a Ciência evolui utilizando o conhe- cimento anterior. A teoria dos quarks deve ser tratada como for- ma de explicar o que ocorre no núcleo dos átomos e como os prótons e os nêutrons se mantêm estáveis. É importante deixar bem claro que os quarks fazem parte de uma teoria, já que nem toda a comunidade científi ca tem certeza da sua existência. A utiliza- ção das teorias vigentes, como a dos quarks, pode facilitar o entendimento das interações elétricas en- tre partículas. 9Manual do professor Como obter a máxima interação entre duas partículas eletrizadas Imagine dois pequenos condutores A e B, inicial- mente neutros, e uma carga elétrica positiva Q. Como devemos distribuir essa carga elétrica de modo a ter- mos a máxima repulsão entre os condutores A e B? Para o condutor A devemos transferir uma carga QA, fi cando o condutor B com o o restante da carga (QB = Q – QA). Utilizando a equação da Lei de Coulomb, temos: F = K |QA · QB| d2 Como K e d são constantes, podemos fazer K d2 = a. Assim: F = a QA QB F = a QA (Q – QA) F = a Q QA – a Q 2 A Representando essa função em diagrama F � QA, vem: to pequena, como o hertz, podemos usar prefi xos que representam múltiplos ou submúltiplos dessa unidade. Assim, vamos encontrar a seguir duas ta- belas com esses prefi xos. Múltiplos Submúltiplos Fator Prefixo Símbolo Fator Prefixo Símbolo 101 deca da 10–1 deci d 102 hecto h 10–2 centi c 103 quilo k 10–3 mili m 106 mega M 10–6 micro µ 109 giga G 10–9 nano n 1012 tera T 10–12 pipo p 1015 peta P 10–15 femto f 1018 exa E 10–18 atto a 1021 zeta Z 10–21 zepto z 1024 iota Y 10–24 iocto y Subsídios ao Descubra mais 1. Pesquise e tente explicar como os quarks se mantêm unidos para formar os prótons e os nêutrons. Os americanos Murray Gell-Mann e George Zweig propuseram, em 1961, uma teoria que provoca- ria uma mudança no conceito de átomo: apresentaram uma nova “família” de partículas subnucleares, os quarks. No início, essa família era constituída de três membros: o u (up), o d (down) e o s (strange). Apenas no fi nal dessa década os físicos James Bjorken e Richard Feynman, utilizando o acelerador de partículas da Universidade de Stanford (EUA), conseguiram os primeiros resultados práticos que evidenciavam a existência de partículas subnuclea- res. Eles chamaram essas partículas de partons. So- mente na década de 1990 descobriu-se que alguns desses partons eram quarks e, entre os outros, se encontravam os glúons, partículas mediadoras da in- teração forte. O nome glúons vem de glue (cola em inglês). Assim, podemos dizer que os quarks são mantidos agregados (“colados”) pela transferência mútua de glúons. Descobriu-se que a força forte existente entre os quarks aumenta com o aumento da distância. As- sim, podemos imaginar que os glúons agem como um “elástico” unindo os quarks. Quando o “elástico” é esticado, as forças exercidas por ele aumentam. 2. Se prótons possuem cargas elétricas de sinais iguais e, portanto, se repelem, como essas partículas se mantêm estáveis no núcleo de um átomo? F 0 Q QA Fmáx Q 2 Observando o gráfico, devido à simetria apresen- tada pela parábola, podemos concluir que a máxima força de repulsão entre os condutores A e B ocor- re quando eles estão eletrizados com cargas iguais (QA = QB = Q 2 ). Algumas curiosidades 1. Antes de convencionarem o uso do SI como siste- ma de unidades a ser utilizado, a quantidade de car- ga elétrica podia também ser expressa por franklin ou estat-coulomb. São dois nomes diferentes para a mesma quantidade de carga. Um franklin ou um es- tat-coulomb é a carga elétrica pontual que, colocada no vácuo, a um centímetro de distância de outra carga igual, repele esta última com uma força de intensida- de um dyn (dyne ou dina). Essas unidades eram usa- das no antigo sistema CGS Es (CGS Eletrostático). Valem as relações: 1 C (coulomb) = 3 · 109 f (franklin) ou estat-C (estat-coulomb) 1 dyn (dyne ou dina) = 10–5 N (newton) 2. Quando uma unidade de qualquer coisa é muito grande, como, por exemplo, o coulomb, ou mui- 10 TÓPICOS DE FÍSICA 3 Sabemos que os prótons são partículas eletriza- das que possuem cargas de mesmo valor e sinal. No núcleo de um átomo encontramos vários prótons que, portanto, se repelem. Essas forças de repulsão são muito fortes. Assim, o que impede a desintegração dos núcleos? A atração gravitacional existente entre prótons é muito pequena comparativamente à repulsão ele- trostática presente. Assim, deve existir uma terceira força para manter estável o núcleo do átomo. Essa força de interação é a força nuclear forte, uma das quatro forças fundamentais que, junto com a força gravitacional, a força nuclear fraca e a força ele- tromagnética explicam as interações existentes no universo. A força nuclear forte é praticamente a mesma entre dois prótons e dois nêutrons. Portanto, não de- pende da carga elétrica. Assim, os núcleos se man- têm estáveis pela existência de nêutrons que apenas atraem os prótons, ajudando a equilibrar as forças de repulsão. Essa força nuclear forte tem alcance muito pequeno, ocorrendo de maneira intensa para distân- cias da ordem de 10–15 m e praticamente se anulando para distâncias pouco maiores. No núcleo de um átomo encontramos prótons repelindo todos os outros prótons e sendo atraídos apenas por prótons e nêutrons muito próximos. Des- se modo, quando o número Z de prótons aumenta, o número N de nêutrons deve aumentar ainda mais para que a estabilidade seja mantida. 3. Pesquise sobre força nuclear forte. Qual a diferença en- tre essa força e a força nuclear fraca? A interação nuclear forte é de atração e ocorre en- tre prótons e nêutrons existentes num núcleo atômico. Ela é a mais intensa das interações, porém de alcance muito pequeno, de ordem 10–15 m. A interação nuclear fraca está associada à radioatividade, surgindo no de- caimento β (beta), quando um nêutron se transforma em próton ao emitir um elétron e um antineutrino (de- sintegração β negativa) ou um próton se transforma em nêutron (desintegração β positiva), em que o pró- ton emite um pósitron e um neutrino. Assim, ocorre uma alteração no número de prótons no núcleo, trans- formando o átomo em um outro elemento químico. Esse fenômeno é chamado de transmutação. 4. Faça uma pesquisa sobre força eletromagnética. Pode- mos encontrá-la em um átomo ou em uma molécula? Sim. A força eletromagnética é aquela que liga os átomos e as moléculas para formar a matéria. É uma força de longo alcance que diminui com o inverso do quadrado da distância entre as partículas estudadas na interação. Essa força está presente também sempre que duas superfícies estão em contato. A forças nor- mal, de atrito, elástica e de tração são exemplosde forças eletromagnéticas. 5. É comum uma pessoa, ao fechar a porta de um automó- vel, após tê-lo dirigido, receber um choque no contato com o puxador. Como você explica esse fato? O atrito da roupa com o material do banco pode provocar um acúmulo de cargas elétricas no motorista, principalmente se ele estiver usando um sapato de sola de borracha, como um tênis. No contato da mão com a maçaneta, essas cargas fluirão para o automóvel, pro- vocando uma descarga elétrica. Isso costuma acontecer em época de baixa umidade do ar, quando se usa roupa contendo fios sintéticos, que são péssimos condutores de cargas elétricas. 6. Você talvez já tenha visto na TV ou no cinema uma cena em que uma pessoa se encontra em uma banheira ou piscina e cai na água, por exemplo, um ventilador liga- do. Se a água é um isolante elétrico, por que a pessoa recebe um choque? A água pura é péssima condutora de cargas elé- tricas. No entanto, a água tratada que recebemos em nossas casas é uma solução iônica, já que vários pro- dutos químicos são diluídos na sua purifi cação. Com isso, as cargas elétricas podem se movimentar livre- mente, provocando choque na pessoa que estiver mer- gulhada nessa água. Resolução dos exercícios propostos 18 1) A e B Q = QA + QB 2 = (+ 2,40 n C) + O 2 Q’A = Q’B = + 1,20 n C 2) B e C Q”B = Q’C = (+ 1,20 n C) + (–4,80 n C) 2 Q”B = Q’C = –1,80 n C No contato com B, C perdeu uma carga elétrica igual a: ΔQC = (–4,80 n C) – (–1,80 n C) ΔQC = –3,00 n C Assim: ΔQC = n e –3,00 · 10–9 = n (–1,60) 10–19 n = 1,875 · 1010 elétrons Alternativa b. 11Manual do professor 30 A função centrípeta é desempenhada pela força eletrostática. + – + x d q1 q3 q2 = 4q1 F1,3 F2,3 + q1 F2,1 F3,1 + + + – – F2 F1 F4 P F3 P senθ – –– – – – + + + A q E B D Z X C Y + – p Fe e R notamos que: 1) Em Q a resultante de A e E é nula. 2) B, C e D provocam em Q uma força resultante F1. 3) Por simetria, Z, Y e X também provocam em Q uma resultante F1. Assim, em q, temos: FR = 2F1 Alternativa e. 35 No equilíbrio, temos: Fe = P(anel) K = |Q Q| d2 = mg 9 · 109 Q2 (1 · 10–2)2 = 0,9 · 10–3 · 10 Q2 = 10–16 Q = 1 · 10–8 C Essa carga foi adquirida pelo anel superior (inicialmente neutro) no contato com o anel eletrizado. Assim, no início, a carga existente no anel eletrizado vale: q = 2 · 10–8 C Alternativa b. Assim: Fcp = Fe m v2 R = K |Q q| R2 v2 = K |Q q| m R v2 = 9 · 109 (1,6 · 10–19)2 9,1 · 10–31 · 10–10 v2 � 2,53 · 1012 v � 1,6 · 106 m/s Alternativa c. 32 Observando a fi gura a seguir: 40 a) F1,3 = F2,3 K |q1 q3| x2 = K |q2 q3| (d – x)2 ⇒ |q1| x2 = |q2| (d – x)2 |q1| x2 = |4q1| (d – x)2 ⇒ 4x2 = (d – x)2 2x = d – x ⇒ 3x = d ⇒ x = d 3 Nota: Existe uma outra solução matemática, em que x = –d, que não serve fi si- camente. Nesse caso, apesar de |F1, 3| = |F2, 3|, essas forças terão sentidos iguais, fazendo com que a carga q3 não esteja em equilíbrio. b) F2,1 = F3,1 K |q2 q1| d2 = K |q3 q1| x2 |q2| d2 = |q3| x2 |q3| d 2 = |q2| x 2 Mas: x = d 3 Então: |q3| d 2 = |q2| d 3 2 ⇒ |q3| d 2 = |q2| d2 9 |q3| = |q2| 9 ⇒ |q3| = 4|q1| 9 q3 = 4q1 9 Nota: Este cálculo pode ser feito utilizando-se a carga q2. O valor obtido será o mesmo. 41 Na esfera abandonada no ponto A do plano inclina- do, a força resultante deve ter a direção AP e sentido de A para P. Isso ocorre apenas na situação encontrada na alternativa e. Além da componente tangencial da força peso (P sen θ), ainda temos a resultante das forças elé- tricas. F1 e F2 são forças de repulsão exercidas pelas cargas positivas. F3 e F4 são forças de atração exercidas pelas cargas negativas. P sen θ A θ 12 TÓPICOS DE FÍSICA 3 BB AA Fe PA PB que resulta A resultante é observada em: Alternativa e 43 a) Lei de Coulomb: F = K0 |Q1 Q2| d2 Sendo: K0 = 1 4πε0 = 9 · 109 (SI) F = 9 · 109 · 1 · 10 –9 · 5 · 10–10 (0,3)2 (N) F = 5 · 10–8 N Cargas elétricas de sinais opostos: força atrativa. b) Após o contato: Q = Q1 + Q2 2 Q = (+1 · 10–9) + (–5 · 10–10) 2 (C) Q = [(+10) + (–5)] 2 · 10–10 (C) Q = +2,5 · 10–10 C Lei de Coulomb: F = K0 |Q Q| d2 F = 9 · 109 (2,5 · 10–10)2 (0,3)2 F = 6,25 · 109 N Agora as cargas elétricas têm sinais iguais: força repulsiva. 45 Na situação inicial, temos: Fe + PA = PB K |QA QC| d2 + m g = M g k Q2 d2 = (M – m)g d2 = K Q2 (M – m) g Na situação fi nal, temos: (d’)2 = K Q2 (4M – 4m) g = K Q2 4(M – m) g + + + – – F12 P sen θ F34 + P A FR Assim: (d’)2 = d 2 4 d’ = d 2 Alternativa b. 48 Na condição de equilíbrio da carga q, temos: F1 + F2 = P Usando a Lei dos Cossenos, temos: |F1 + F2| 2 = P2 = F21 + F 2 2 + 2F1 F2 cos 120° Mas: F1 = F2 = K |Q1 q| d2 F1 = F2 = 9,0 · 10 9 1,0 · 10–7 · q (3,0 · 10–2)2 F1 = F2 = 9,0 · 102 q 9,0 · 10–4 ⇒ F1 = F2 = 1,0 · 10 6 q Então: P2 = F2 + F2 – F2 P2 = F2 P = F m g = F 10 · 10–3 · 10 = 1,0 · 106 q q = 1,0 · 10–7 C Alternativa e. 50 F2 F1 120° 30° 3,0 cm 3,0 cm 30° Q2 q Q1 P Q d dq (A) (D) (B) (C) q q q FBA FCA FDA F q Em A, supondo que as cargas q sejam positivas e Q seja negativa, temos: Condição de equilíbrio: FBA + FCA + FDA + F = O Somando FBA + FDA : Por Pitágoras: F2R = F 2 BA + F 2 DA Como: FBA = FDA = K |q q| d2 temos: F2R = 2F 2 BA ⇒ FR = 2 FBA FR = 2 K |q q| d2 Assim: FR + FCA = F 2 K |q q| d2 + K |q q| (d 2)2 = K |Q q| d 2 2 2 13Manual do professor A carga q é levada para a nova posição de equilíbrio: Assim, em (I), vem: tg θC = dBC dAC = dBC 2,5 dBC tg θC = 0,40 53 Situação de equilíbrio inicial: A carga q’ é fi xada a uma distância d da posição de equilíbrio inicial, desfazendo esse equilíbrio. Portanto: Fm = Fe K x = K0 |q q’| (d – 0,40)2 Como, no MHS, temos: T = 2π mK 0,40π = 2π 10 · 10 –3 K K = 0,25 N/m Assim: 0,25 · 0,40 = 9 · 109 · 2 · 10 –6 · 0,2 · 10–6 (d – 0,40)2 d � 0,59 m � 59 cm 54 a) Na situação de equilíbrio, temos: q 0 q F q' d 0 Fm q'q d 0 Fe 40 cm x P 0 + + +q +2q 0,3 m 0,3 m Q Q F1 F2 � 2 � 2 Condição de equilíbrio: ∑F = O P = F1 + F2 Usando a Lei de Coulomb, temos: F = K |Q d| d2 2 |q| d2 + |q| d2 2 = |Q| d2 2 4 2 |q| + |q| 2 = 2 |Q| (2 2 + 1)|q| 2 = 2 |Q| |Q| = (2 2 + 1) 4 |q| Nota: Se as cargas q fossem negativas e Q fosse positiva, o resultado seria o mesmo. 51 tg θC = FBC FAC Como: F = K |Q q| d2temos: tg θC = K |QB q| d2BC K |QA q| d2AC = |QB| d 2 AC |QA|d 2 BC (II) Igualando (I) e (II), temos: dBC dAC = |QB| d 2 AC |QA|d 2 BC ⇒ 125 · 10–6 d3BC = 8 · 10 –6 d3AC 125 d3BC = 8 d 3 BC ⇒ 5 dBC = 2 dAC dAC = 2,5 dBC tg θC = dBC dAC (I) Para que a esfera vazada C permaneça em equilíbrio, é preciso que a força resultante das repulsões de A e B seja equilibrada pela força nor- mal exercida pelo aro. Observemos que o sistema encontra-se em um plano horizontal; por- tanto, a força peso não interfere no equilíbrio da esfera C. Or r dAC dBC A B θC C Or r dAC dBC A B θC θC θCC FBC FAC RC N 14 TÓPICOS DE FÍSICA 3 F1 = 9 · 10 9 4 · 10 –6 · 1 · 10–6 (0,3)2 ⇒ F1 = 0,4 N F2 = 9 · 10 9 4 · 10 –6 · 2 · 10–6 (0,3)2 ⇒ F2 = 0,8 N Portanto: P = 0,4 + 0,8 (N) P = 1,2 N b) A outra condição para ocorrer equilíbrio é: ∑M0 = 0 F1 � 2 + P x = F2 � 2 0,4 2 2 + 1,2 x = 0,8 2 2 1,2x = 0,4 x = 1 3 m Nota: Para ocorrer equilíbrio, o peso P deve estar suspenso a 1 3 m, do lado direito da barra. 55 Situação descrita: 45° 45° 45° 45° d P F T T F P d = 4 cm Q L = 5 cm x = 3 cm θ θ q T Fe P Para o equilíbrio das esferas devemos ter: T sen 45° = P T cos 45° = F Como sen 45º = cos 45º, vem: F = P K |Q q| d2 = mg 9 · 109 1,0 · 10 –6 · 1,0 · 10–6 d2 = 10 · 10–3 · 10 9 · 10–3 = 10–1 d2 d2 = 9 · 10–2 d = 3,0 · 10–1 m d = 30 cm Alternativa e. 56 Assim: T cos θ = P T sen θ = Fe T 4 5 = mg T 3 5 = Fe T = 5 mg 4 T = 5 Fe 3 T Ty Tx P α α B y x Fe Assim: 5 Fe 3 = 5 mg 4 K |Q q| d2 = 3 4 mg 9 · 109 10 · 10–9 q (3 · 10–2)2 = 3 4 · 0,4 · 10–3 · 10 90 9 · 10–4 q = 3 · 10–3 q = 3 · 10–8 C q = 30 · 10–9 C q = 30 nC Alternativa a. 57 a) Como está ocorrendo atração entre as esferas, elas estão eletrizadas com cargas de sinais opostos (uma positiva e a outra negativa). b) Na esfera B, decompondo T, temos: Tx = T sen α Ty = T cos α Portanto, sendo: Tx = Fe Ty = P dividindo membro a membro, temos: T sen α T cos α = Fe m g tg α = Fe m g 4 3 = Fe 0,1 · 10 ⇒ Fe = 4 3 N Usando a Lei de Coulomb, vem: Fe = K |Q q| d2 4 3 = 9 · 109 Q2 (0,1)2 Q2 = 0,04 27 · 109 = 40 · 10 –12 27 Q = 40 27 10–6 C Q = 40 27 µC 58 Na situação inicial, decompondo-se T, temos: Ty = T cos θ Tx Tx = T sen θ x y θ θ Fe P T Ty 15Manual do professor Então: 2 1 4π ε0 · Q q d 2 cos α 2 sen α = m g m = 8 4π ε0 · Q q d2 · cos 2 α sen α g Alternativa d. 60 No átomo de Bohr, o raio da órbita é dado por: R = n2 R0 em que R0 = 5,3 · 10 –11 m (raio da órbita fundamental). Para o estado fundamental n = 1; para o primeiro nível excitado n = 2. Assim: R = 22 R0 R = 4 R0 Como a força eletrostática faz o papel de força centrípeta, temos: Fe = Fcp K e e R2 = m r 2 R v2 = K e 2 m R Sendo v inversamente proporcional a R, se R = 4R0, temos: v = v0 2 = 1,1 · 106 m/s Portanto: v = 2π R T 1,1 · 106 = 2 · 3,14 · 4 · 5,3 · 10–11 T T � 1,2 · 10–15 s Como o elétron tem vida de 10–8 s, vem: n = Δt T = 10 –8 1,2 · 10–15 n � 8 · 106 revoluções Alternativa d. 61 a) No equilíbrio, temos: Pt = Fe m g sen 30° = K |Q q| d2 20 · 10–3 · 10 1 2 = 9 · 109 20 · 10–6 q (0,30)2 0,10 = 2 · 106 q q = 5,0 · 10–8 C b) Com atrito, temos: Fe = Pt + Fatest K |Q q| d2 = m g sen 30° + µ m g cos 30° 9 · 109 20 · 10–6 · 5,0 · 10–8 d2 = = 0,020 · 10 (0,50 + 0,25 · 0,86) 9 · 10–3 d2 = 0,143 ⇒ d2 = 0,009 0,143 d2 � 0,063 ⇒ d � 0,25 m � 25 cm 30° B A Fe Pt Na situação de equilíbrio: Tx = Fe Ty = P T sen θ T cos θ = Fe m g ⇒ Fe = m g tg θ Usando a Lei de Coulomb, temos: K |Q q| d2 = m g tg θ 9 · 109 2 · 10 –6 · 2 · 10–6 (0,20)2 = 0,090 · 10 tg θ tg θ = 1 ⇒ θ = 45º Na situação fi nal, temos: No equilíbrio, vem: Tx = F’e – Fm Ty = P T sen θ T cos θ = F’e – Fm m g m g tg θ = F’e – Fm 0,090 · 10 · 1 = 9 · 109 4 · 10 –6 · 4 · 10–6 (0,20)2 – k 1,0 · 10–2 0,9 = 3,6 – 0,01 k 0,01 k = 2,7 ⇒ k = 2,7 · 102 N/m 59 Observe que a condição de equilíbrio exige simetria na confi gu- ração, sendo as cargas elétricas da base iguais, e a interação entre elas e a carga q tem de ser de repulsão. Decompondo as forças F segundo a horizontal e a vertical, notamos que: Ty Ty = T cos θ Tx Tx = T sen θ x y θ θ F‘e Fm P T q a d Q Q a α α F F P Fy Fy FxFx αα P x y F F 2Fy = P 2F sen α = m g Da Lei de Coulomb, temos: 2K |Q q| a2 sen α = m g Mas: K = 1 4πε0 e a = d 2 cos α 16 TÓPICOS DE FÍSICA 3 62 a) Com o passar do tempo haverá perda de carga elétrica para o ar que envolve as esferas. Isso provocará a aproximação, já que a força de repulsão entre elas irá diminuir. Como as esferas têm mesmo peso e as forças de repulsão são iguais em módulo (Princípio da Ação-Reação), o ângulo α deverá ser igual para ambas. b) T sen α = Fe T cos α = P tg α = Fe P = Fe mg Fe = m g tg α Lei de Coulomb: Fe = K |Q Q| d2 Assim: K |Q Q| d2 = mg tg α 9 ·109 Q 2 d2 = 0,0048 · 10 · 0,75 Q2 = 4 · 10–12 d2 Q = 2 · 10–6 d Mas: Tcos α α α Fe Tsen α T P α � d 2 d 2 = � sen α d = 2 · 0,090 · 0,60 (m) d = 0,108 m Portanto: Q = 2 · 10–6 · 0,108 (C) Q = ±2,16 · 10–7 C 63 a) Cada uma das quatro cargas elétricas está sujeita a três forças exer- cidas pelas outras cargas. +q FCA –q –q +q A D C B FDB FDA FCD FDC FAD FBD FAC FBC FCB FBA FAB Devido à simetria, podemos observar que as forças resultantes em cada carga têm intensidades iguais. Por exemplo, considerando a carga nominada por A, temos: Observe que: |FAB| = |FDA| = K |q q| a2 |FCA| = K |q q| (a 2)2 = K |q q| a2 2 Somando os vetores FBA e FDA, temos: S2 = F2BA + F 2 DA = 2 F 2 BA S = 2 FBA ⇒ S = 2 K |q q| a2 A força resultante de A é dada por: F = S – FCA = 2 K |q q| a2 – 1 2 K |q q| a2 F = 2 – 12 K |q q| a2 Como: K = 1 4π ε0 Então: F = 2 2 – 1 2 1 4π ε0 · q2 a2 Essa resultante tem direção radial, passando pelo centro da cir- cunferência. b) A força resultante calculada no item a funciona, para cada carga, como força centrípeta. F = Fcp = m v2 R Como o raio R da circunferência corresponde à metade da diagonal do quadrado, temos: R = a 2 2 Assim: F = m v 2 a 2 2 = 2m v 2 a 2 v2 = a 2 2m F v2 = a 2 2m · (2 2 – 1) 2 · 1 4π ε0 · q2 a2 v2 = 4 – 2 4m · 1 4π ε0 · q2 a v = q 4 4 – 2 m a π ε0 64 a) Lei de Coulomb: Fe = K |Q q| d2 FCA A FDA FBA 17Manual do professor semelhanças e as diferenças. Explicar aos alunos que foi Isaac Newton o primeiro a usar a interação a dis- tância entre dois corpos. Michael Faraday foi o autor do conceito de campo que inicialmene foi usado na interação entre partículas eletrizadas. Só mais tarde essa idéia de campo foi levada à situação gravitacio- nal e à magnética. Insistir no caráter vetorial do campo elétrico e procurar fazer o aluno visualizar as linhas de força em diferentes campos elétricos, principalmente no campo elétrico uniforme. Deve-se explorar bem o item que trata do poder das pontas, explicando o funcionamento dos pára- raios e desmistifi cando certas crendices populares. Se possível, pedir duas pesquisas para os alunos: em uma delas, procurar diferentes tipos de pára-raio (fazendo fotos) e promover um debate sobre as vantagens e as desvantagens de cada um deles; em outra, pedir aos alunos para pesquisarem as principais crendices sobre raios (como, por exemplo: espelhos atraem raios; não usar telefone durante tempestades; não deixar rádios e TV ligadas enquanto ocorrem descargas elétricas na atmosfera; etc.), apresentar aos colegase debater (após pesquisa) cada uma delas. Dar especial atenção ao campo elétrico uniforme. Esse assunto aparecerá em Tópicos futuros e é alvo de cobrança em provas a serem realizadas pelos alunos em vestibulares ou concursos. O que não pode faltar 1. Conceito e descrição de campo elétrico 2. Defi nição do vetor campo elétrico 3. Campo elétrico de uma partícula eletrizada 4. Campo elétrico devido a duas ou mais partículas eletrizadas 5. Linhas de força Exercícios 6. Densidade superfi cial de cargas 7. O poder das pontas 8. Campo elétrico criado por um condutor eletrizado 9. Campo elétrico criado por um condutor esférico eletrizado 10. Campo elétrico uniforme Exercícios Algo mais Para as turmas de nível mais avançado pode- se completar o assunto utilizando-se o Teorema de Gauss para as demonstrações das fórmulas utiliza- Fe = 9,0 · 10 9 1,6 · 10–19 · 1,6 · 10–19 (1,0 · 10–10)2 Fe = 2,3 · 10 –8 N b) A força eletrostática Fe funciona como força centrípeta: Fe = Fcp 2,3 · 10–8 = m v 2 R 2,3 · 10–8 = 9,0 · 10–31 · v2 1,0 · 10–10 v2 � 2,6 · 1012 v � 1,6 · 106 m/s c) Fr = Fe + Fg Fr = 2,3 · 10 –8 + G M m d2 Fr = 2,3 · 10 –8 + 6,7 · 10–11 · 9,0 · 10 –31 · 1,7 · 10–27 (1,0 · 10–10)2 Fr = 2,3 · 10 –8 + 1,0 · 10–49 Observe que a interação gravitacional entre o próton e o elétron é desprezível quando comparada com a interação eletrotástica. Assim: Fr = Fe = 2,3 · 10 –8 N d) Do item c, concluímos que: Fcp = Fe m v2 R = K |Q q| d2 v � 1,6 · 106 m/s (Ver item b.) Campo elétrico Objetivos do Tópico A grande difi culdade dos alunos do nível médio é conseguir abstrair, encontrando difi culdade para “en- xergar” algo abstrato como o campo elétrico. É im- portante que o educando consiga entender que o con- ceito de campo elétrico envolve a idéia de infl uência proporcionada por uma carga elétrica em uma região do espaço. Trabalhar esse conceito é trabalhar uma das bases da Eletricidade. Neste Tópico, é importante que o aluno entenda o conceito de campo elétrico como um modelo teó- rico usado para explicar a interação a distância entre partículas eletrizadas. Na medida do possível fazer analogia com o campo gravitacional, mostrando as Tópico 2 18 TÓPICOS DE FÍSICA 3 das. Para turmas especiais, pode-se conceituar cam- po elétrico e em seguida apresentar o Teorema de Gauss, demonstrando por meio dele as fórmulas que vão aparecendo no decorrer desse assunto. É uma maneira de fazer os alunos das turmas especiais en- tender como as fórmulas surgem, já que, para as tur- mas normais, essas fórmulas são apresentadas sem explicações mais detalhadas. Uma breve biografi a de Michael Faraday (O idealizador do campo elétrico) Apesar de não ter es- tudado em boas escolas, sendo um autodidata, Fara- day colocou a Eletricidade como uma importante par- te da Física, posicionando- se entre os grandes, como Galileu, Newton, Einstein. Maxwell e outros. Foi ele quem conceituou o campo eletromagnético e ideali- zou as linhas de força que, só mais tarde, Maxwell quantifi cou por meio de suas equações. Faraday, sem grandes conhecimentos de matemática, foi responsável pelas descobertas expe- rimentais, e Maxwell, de grande formação teórica, estabeleceu as sua equações, que são a base do Ele- tromagnetismo. A seguir apresentamos uma breve biografi a desse grande nome da Eletricidade, que deve ser passada para os alunos como exemplo de alguém que foi atrás de seus sonhos. Michael Faraday nasceu na Inglaterra, em 22 de setembro de 1791, nos arredores de Londres, Newing- ton Butts (Surrey), que hoje se chama Elephant and Castle. Filho de James Faraday, um ferreiro, teve uma infância pobre junto com seus três irmãos. Sua mãe, Margareth Hastwell, era muito amorosa, po- rém severa, forjando em Michael um caráter hones- to, tornando-o persistente na busca de seus objetivos. Devido à doença de seu pai, Michael foi obrigado a trabalhar aos 13 anos (1804). Começou como entre- gador de jornais e, mais tarde, foi assistente de enca- dernação de livros. Seu patrão, um imigrante francês, Mr. Riebau, não se importava que Michael lesse os livros que encadernava. Assim, durante as encader- nações ele foi descobrindo um mundo que o cativava cada vez mais. As leituras da Enciclopédia Britânica e do livro The Improvement of the Mind fi zeram Fara- day iniciar a sua busca pelo conhecimento. Michael Faraday (1791-1867) Após a morte de seu pai (1809), Michael começou a assistir a todas as conferências possíveis, procuran- do aprender cada vez mais. Em 1812, ele recebeu de Mr. Riebau entradas para quatro palestras de Sir Humphrey Davy na fa- mosa Royal Institution. Fascinado com as palestras, fez anotações que depois transformou em um texto ilustrado, encadernou e enviou para Sir Davy, que na época era um cientista de grande destaque. No ano seguinte (1813), ele tornou-se assistente de Sir Davy, quando iniciou uma época de grande produtividade, aprendendo rapidamente e descobrindo novos hori- zontes para a Física e a Química. Sir Davy, que também era oriundo de um am- biente pobre e, por isso, identifi cava-se com Fara- day, levou-o em suas viagens pela Europa, onde este conheceu vários cientistas, como Alessandro Volta, André Ampère e Joseph Gay-Lussac. A partir daí, Faraday começou a participar mais intensamente nas pesquisas de Sir Davy, ajudando-o a desenvol- ver a lâmpada de segurança a ser utilizada nas mi- nas de carvão. Faraday conseguiu liquefazer alguns gases, dentre eles o dióxido de carbono e o cloro, o que até então se acreditava não ser possível. Dentre outros trabalhos desenvolvidos por Faraday pode- mos destacar: as Leis da Eletrólise, sessenta anos antes de Thomson descobrir o elétron; o estudo das descargas elétricas nos gases; a distribuição das cargas elétricas na superfície de condutores (gaio- la de Faraday); o diamagnetismo; a polarização de luz e muitos outros. Ele conseguiu isolar o benzeno a partir do óleo de baleia, o que, quatro décadas depois, daria início ao estudo da Química Orgâni- ca. Descobriu a rotação de um raio de luz quando atravessa um campo magnético, depois chamada de Efeito Faraday. Em 1824, Faraday foi eleito membro da Real So- ciedade de Ciências. Suas descobertas continuavam. Em 1819, Hans Christian Oersted, físico dinamar- quês, havia conseguido juntar a eletricidade e o mag- netismo ao descobrir que correntes elétricas geravam campos magnéticos. Até então, acreditava-se que a eletricidade e o magnetismo eram coisas separadas e não tinham relação. Em 1831, Faraday descobriu a relação inversa: correntes elétricas podiam ser gera- das por meio do magnetismo. Ele havia inventado a bobina de indução. Num fi o enrolado em um tubo oco passava uma corrente contínua quando ele fa- zia variar o campo magnético no interior da bobina; era o princípio do transformador. Faraday enunciou as Leis da Indução Magnética, introduzindo a idéia de linhas de força de um campo elétrico, que seriam comprovadas matematicamente pelas equações de Ju pi te r U nl im ite d/ Ke yd is c 19Manual do professor Maxwell. Essa descoberta foi tão importante que sua estátua na Royal Institution o mostra segurando uma bobina de indução. Em 1832, Faraday iniciou a Eletroquímica, uti- lizando corrente elétrica para “quebrar” compostos químicos. Em seus trabalhos Pesquisas experimentais em Eletricidade, em três volumes, e Pesquisas ex- perimentais em Química e Física, ele estabeleceu a linguagem básica da Eletricidade, criando os termos: eletrólito, eletrodo, ânodo, cátodo, íon e outros. Faraday estabeleceu o conceito de campo elétrico e de campo magnético. Em 1849 tentou juntar a gra- vitação e a eletricidade, não conseguindo.(Lembre-se de que Einstein também tentou essa unifi cação e mor- reu, em 1955, sem ter conseguido.) Em 1821, Faraday casou-se com Sarah Barnard. Adoeceu em 1839 e não mais conseguiu se recuperar. Morreu em 25 de agosto de 1867, em Hampton Court, próximo dos seus 76 anos. Foi enterrado na Abadia de Westminster, ao lado de Isaac Newton. Uma curiosidade – A lanterna perpétua de Faraday Na internet podemos ver anúncios da lanterna perpétua de Faraday, que não utiliza pilhas, tem 26 cm de comprimento e cor branca translúcida. O seu funcionamento baseia-se na Lei da Indução Ele- tromagnética de Faraday. Para carregá-la, basta agitar. O movimento de vaivém de um ímã existente em seu interior, que passa na parte interna de uma bobina, induz nela correntes elétricas que irão carregar uma bateria especial. Alguns segundos de agitação podem produzir energia sufi ciente para acender a luz por até 5 minutos. Consta na propaganda que o LED superlu- minoso pode ser visto a um quilômetro de distância. Essas lanternas não devem ser colocadas próximo de cartões bancários ou fi tas magnéti- cas, já que o cam- po eletromagnéti- co formado pelas correntes indu- zidas pode des- magnetizar tais objetos. Subsídios ao Descubra mais 1. Na fotografi a a seguir, observamos um dispositivo, usa- do como enfeite, que chama muito a atenção das pes- soas. Nele, encontramos uma esfera interna que é eletri- zada de forma contínua e uma outra esfera externa de vidro transparente. Entre as superfícies esféricas, existe um gás sob baixa pressão. Os gases normalmente são isolantes elétricos. No entanto, quando ionizados dei- xam de ser isolantes e tornam-se condutores. Pesquise e tente explicar a emissão de luz nessa foto- grafia. O campo elétrico nas proximidades da esfera in- terna é muito intenso. Por isso, moléculas do gás aí presentes são ionizadas, adquirindo carga elétrica do mesmo sinal da carga da esfera interna. Os íons pro- duzidos são repelidos por esta, deslocando-se então para a esfera externa. Em outras palavras, são produ- zidas correntes elétricas iônicas através do gás, entre as esferas. Devido à alta intensidade do campo elétrico, os íons adquirem energias cinéticas sufi cientes para pro- vocar, por meio de colisões, extrações de elétrons de outras moléculas, ionizando-as também, ou, pelo menos, provocar excitações eletrônicas dessas outras moléculas. Tanto os elétrons extraídos como os excitados ab- sorveram energia dos íons que incidiram nas molécu- las. Essa energia é devolvida na forma de luz (efeito ou descarga corona): íons se recombinam com elé- trons que perderam e emitem luz, o mesmo aconte- cendo com elétrons excitados quando retornam ao nível mais baixo de energia em que estavam antes de serem bombardeados. 2. Pegue um rádio portátil pequeno, ligado e sintonizado em uma estação. Embrulhe esse rádio em uma folha de jornal. Agora desembrulhe e volte a embrulhá-lo em Do dd s/ To pF ot o/ Ke ys to ne Re pr od uç ão 20 TÓPICOS DE FÍSICA 3 papel-alumínio, com várias voltas. O que ocorre de di- ferente? Como explicar os resultados desses dois expe- rimentos? Mesmo embrulhado no papel jornal, apesar de ter a intensidade do som diminuída, continuamos a ouvir o rádio. Quando repetimos o experimento utilizando papel-alumínio, notamos que o rádio deixa de trans- mitir o som. Isso ocorre porque o papel-alumínio se comporta como uma gaiola de Faraday, impedindo que sejam captados os campos eletromagnéticos que transportam os sinais. As ondas eletromagnéticas são constituídas de dois campos variáveis com o tempo, um elétrico e outro magnético, que se propagam através do espa- ço. Quando a antena de um receptor de rádio recebe essa onda, uma corrente elétrica é nela induzida. Essa corrente induzida é posteriormente amplifi cada para produzir o funcionamento do alto-falante. Quando o receptor está envolto por papel-alumínio ou por uma rede metálica, a corrente induzida encontra uma “su- perfície” repleta de elétrons e sofre uma dissipação, não encontrando um caminho para atingir a antena. Assim, o rádio receptor não consegue sintonizar uma emissora. Observe que, ao fi car envolto em papel-alu- mínio, o receptor de rádio estará no interior de um condutor oco, onde o campo elétrico é nulo e as cargas elétricas permanecem em equilíbrio. No caso de substituirmos o papel-alumínio por uma tela metálica, a dimensão da malha deve ser me- nor que o comprimento de onda da onda eletromag- nética que deveria atingir a antena receptora. Se for maior, a onda atravessará. Este experimento pode ser realizado com os alu- nos, utilizando dois celulares, um jornal e papel-alu- mínio. Peça a um aluno que ligue para o celular que se encontra em cima de uma mesa, embrulhado em jornal. Peça ao aluno que volte a ligar, agora para o celular envolto em papel-alumínio Resolução dos exercícios propostos 22 27 A carga + q gera, em P, campo de “afastamento”. As distâncias de cada porção Δq de carga até o ponto P é a mesma. Assim, em P, temos infi nitos vetores campo elétrico: Devido à simetria na distribuição desses vetores, a resultante E terá di- reção vertical e sentido para cima. +q y –q A BC D –q EB ED +q O x EX EC EA Alternativa e. 28 Em A, queremos que EA = 0: Mas: EA = Eq1 + Eq2 + EQ P E1E2 Assim: EQ = Eq1 sen 30° + Eq2 sen 30° EQ = 2 Eq1 sen 30° Como: E = k Q d2 Temos: K Q y2 = 2 K q L2 · 1 2 Q y2 = q L2 8 · 10–6 y2 = 2 · 10 –6 32 y2 = 36 y = 6 cm P E Decompondo esses vetores segundo os eixos x e y, notamos que no eixo y a resultante é nula. No eixo x a resultante é diferente de zero. Alternativa a. Eq2 Eq2 sen 30° Eq1 sen 30° Eq2 cos 30° Eq1 cos 30° EQ 30° 30° Eq1 21Manual do professor |EA| = |EC| = K q a2 Usando-se Pitágoras: E2AC = E 2 A + E 2 C E2AC = 2 K q a2 2 EAC EA EB a +q +q qBa a ad A B CD EC Na origem O do sistema cartesiano, temos: Por Pitágoras, vem: E2res = (2E) 2 + (2E)2 E2res = 2 (2E) 2 Eres = 2 2 E Eres = 2 2 k0 Q d2 Alternativa a. 54 |Ep| = |E1| + |E2| |EQ| = |E2| – |E1| Para ocorrer o descrito devemos ter: |E2| � |E1| Assim: |σ1| � |σ2| e σ1 � 0 σ2 � 0 Alternativa a. 64 a) + + + + q q q A q q q q – – – + – – – – – + (1) (4) (6)(2) (3) (5) (8) (7) – q – E3 (1) (2) (3) –Q –Q Q O Q d d d d x y (4) E2 E4 E1 Eres 2E 2E 0 y x E1P σ1 σ2 Q E2 E1E2 T 60° Fe P 30 Nominando as cargas, temos: Na fi gura, notamos que as cargas 1 e 2, 3 e 4, 7 e 8 produzem campo resultante nulo no ponto de encontro das diagonais do cubo. Apenas as cargas 5 e 6 produzem campo elétrico resultante não-nulo no encontro das diagonais. Assim: EE = E5 + E6 EE = 2 K |q| x2 Mas x é metade da diagonal do cubo: x = 1 2 (� 3) Portanto: EE = 2 Kq � 3 2 2 ⇒ EE = 8 Kq 3 �2 e a força aplicada na carga 2q, colocada em A, vale: F = |2q| E ⇒ F = 2q 8 3 · Kq �2 ⇒ F = 16 3 K q2 �2 Alternativa c. 34 O descrito no texto e os respectivos campos elétricos, represen- tados pelos vetores E1, E2, E3 e E4 , estão indicados na fi gura a seguir: b) � T sen 60° = P T cos 60° = Fe sen 60° cos 60° = P Fe Fe = P tg 60° = 0,03 3 ⇒ Fe = 3 · 10 –2 N c) Fe = |q| E 3 · 10–2 = 5,0 · 10–6 E E = 2 3 · 103 N/C 66 O campo elétrico em D é representado por: 22 TÓPICOS DE FÍSICA 3 – Q + Q O A C B+ Q EA EC EBθ Q‘ O Atenção: EA = EB = EC = E EAC = 2E Portanto, usando Pitágoras, temos: E2ABC = E 2 AC + E 2 B E2ABC = (2E) 2 + E2 = 4E2 + E2 = 5E2 EABC = 5 E K |Q’| R2 = 5 K |Q| R2 Q’ = 5 Q A posição da carga Q’ é dada por: em que: tg θ = EB EAC = E 2E tg θ = 1 2 Assim: θ = arc tg 1 2 70 θ OEAC EB ED EABC – T Fe P A B E EAC = 2 K q a2 Como: |EAC| = |EB| temos: 2 Kq a2 = K |qB| d2 Mas: d = a 2 (diagonal do quadrado) Então: 2 Kq a2 = K |qB| (a 2)2 ⇒ 2 q a2 = |qB| a2 2 |qB| = 2 2 q Sendo EB um vetor campo de “aproximação” em relação à carga qB, esta deve ter sinal negativo. Assim: qB = –2 2 q Alternativa e. 68 Se a força Fe é vertical voltada para baixo, o campo elétrico entre as pla- cas é vertical, voltado para cima. Assim, a placa A possui carga negativa e a placa B, positiva. Observe que a carga q é negativa. (01) Falsa. (02) Verdadeira. (04) Falsa. (08) Verdadeira. Fe = |q| E (3 – 2) = |q| 4 · 106 ⇒ |q| = 0,25 · 10–6 C (16) Falsa. (32) Falsa. Portanto, a soma das alternativas corretas é 10. 74 a) F = Fe m a = |q|E ⇒ a = |q| E m Portanto: ap aα = |qp| mα |qα| mp Sendo e a carga do próton e m a massa, temos: ap aα = e 4 m 2e m ⇒ ap aα = 2 b) Na vertical as partículas possuem MUV. Δs = a t 2 2 Como Δsp = Δsα, temos: ap t 2 p 2 = aα t 2 α 2 ap aα t2p = t 2 α 2 t2p = t 2 α tp tα 2 = 1 2 ⇒ tp tα = 2 2 75 1) Cálculo da massa da gota: d = m v ⇒ m = d v m = d 4 3 π r3 m = 1 000 4 3 3,14 · (10 · 10–6)3 (kg) m � 4,2 · 10–12 kg 23Manual do professor 2) O movimento horizontal da gota é uniforme. Assim: Δs = v t 2,0 · 10–2 = 20 t t = 1,0 · 10–3 s 3) O movimento vertical da gota é uniformemente variado pelo fato de ela atravessar um campo elétrico uniforme. Observe que não va- mos considerar o campo gravitacional. Assim: m a = |q| E ⇒ a = |q| E m Na queda: Δs = a t 2 2 ⇒ y = |q| E m · t 2 2 Para que a gota sofra a ação de uma força no sentido do campo elétrico, a sua carga deve ser positiva. Portanto: 0,30 · 10–3 = q 8,0 · 104 4,2 · 10–12 · (1,0 · 10–3)2 2 q � 3,1 · 10–14 C Alternativa b. 76 As forças de repulsão são conservativas (forças de campo). As- sim, a energia cinética transforma-se em potencial. Portanto, estando a partícula em repouso em M, temos: ΔEp = ΔEc = 3,2 · 10–21 J Como e = 1,6 · 10–19 C, temos: ΔEp = 3,2 · 10–21 1,6 · 10–19 e V ΔEp = 2,0 · 10–2 e V ΔEp = 20 · 10–3 e V ΔEp = 20 m e V 77 a) No equilíbrio, temos: FE = P QE + QE = (m + 3 m) g 2QE = 4 mg Q = 2 mg E b) Na partícula de massa 3 m: Assim: T + FE = Fe + P T + QE = k QQ a2 + 3 mg T = k a2 Q2 – QE + 3 mg T = k a2 2 mg E 2 – 2 mg E E + 3 mg T = k 4 m2 g2 a2 E2 – 2 mg + 3 mg T = 4 k m2 g2 a2 E2 + mg 80 Aplicando-se a condição de equilíbrio, temos: (Fe + P)L = Pm x + P L FeL + P L = Pm x + P L FeL = Pm x |q| E L = mg x 3,0 · 10–10 · 2,0 · 106 · 0,20 = 0,10 · 10–3 · 10 x x = 0,12 m 81 Na esfera, temos: No eixo x, temos: Fe(x) = T(x) |q| Ex = T sen 60° q 3 · 105 = T 3 2 T = 2 · 105 q (I) No eixo y, temos: P = Fe(y) + T(y) m g = |q| Ey + T cos 60° 2 · 10–3 · 9,8 = q 105 + T 1 2 Usando-se I, vem: 1,96 · 10–2 = q 105 + 2 · 105 q 2 1,96 · 10–2 = q 105 + q 105 1,96 · 10–2 = 2q 105 q = 9,8 · 10–8 C Em (I), temos: T = 2 · 105 · 9,8 · 10–8 N T = 1,96 · 10–2 N Alternativa b. 82 A aceleração do elétron é devida a uma força elétrica e tem a mesma direção e sentido oposto ao do campo elétrico E . O módulo da aceleração é dado por: F = Fe m a = |q| E T Fe FE P+ m x L = 0,20 m L = 0,20 m ++ Fe Pm P P T 60° Fe(y) Fe(x) P T 60° P = mg Fe(y) = IqIEy Fe(x) = IqIEx T(y) = T cos 60° T(x) = T sen 60° 24 TÓPICOS DE FÍSICA 3 EM = 2 · 9 · 10 9 1 · 10 –9 (0,10)2 EM = 1 800 N/C c) a = |q| E m = 1,6 · 10–19 · 100 9,1 · 10–31 a = 17,6 · 1012 m/s2 O movimento do elétron é um movimento balístico, valendo: v0y = v0 sen 30° v0y = v0 2 Na vertical temos um MUV: v = v0 + γ t – v0 2 = v0 2 – a t a t = v0 ⇒ 17,6 · 10 12 t = 4 · 105 t = 0,23 · 10–7 s = 23 · 10–9 s t = 23 n s Alternativa c. 83 EN = EA + EB Então: EN = EA – EB EN = K |Q| d2A – K |Q| d2B EN = 9 · 109 · 1 · 10–9 (0,10)2 – 9 · 10 9 · 1 · 10–9 (0,30)2 EN = 900 – 100 EN = 800 N/C 84 a x y 30° v0 v0y 60° 120° 60° 20 cm 20 cm 20 cm M A B –Q+Q C 60° a) Em C: 120° EA EC EB EC = EA + EB Como EA = EB = K |Q| d2 EA = EB = 9 · 10 9 1 · 10 –9 (0,20)2 EA = EB = 225 N/C Então, aplicando a Lei dos Cossenos, temos: E2C = E 2 A + E 2 B + 2EA EB cos 120° E2C = E 2 A + E 2 A + 2 E 2 A – 1 2 E2C = E 2 A + E 2 A – E 2 A = E 2 A EC = EA = 225 N/C b) Em M: EM = EA + EB Como: EA = EB então: EM = EA + EB = 2EA EM = 2K |Q| d2 10 cm N M BA 10 cm 10 cmEA EB C E A � � � θ O B d M 30° 30° 30° 30° FA FC FAC P FA = FC = K |Q Q| d2 FA = K Q2 d2 ⇒ Q = d FA K (I) Usando a Lei dos Cossenos, temos: F2AC = F 2 A + F 2 C + 2FA FC cos 60° F2AC = F 2 A + F 2 A + 2F 2 A 1 2 F2AC = 3F 2 A ⇒ FAC = FA 3 (II) Em B, temos: F FAC P Tθ B θ EA A 10 cm M +Q –Q B EB 25Manual do professor tg θ = FAC P FAC = P tg θ (III) Juntando (II) e (III), vem: FA 3 = P tg θ ⇒ FA = P tg θ 3 (IV) Na fi gura, podemos observar que o triângulo ABC é eqüilátero e o pon- to M é o encontro das alturas. Assim: BM = 2 3 BE Mas, no triângulo BEC, temos: cos 30° = BE d ⇒ BE = d cos 30° = d 3 2 Então: BM = 3 d 3 (V) No triângulo OMB, temos: sen θ = BM � ⇒ BM = � sen θ Usando (V), vem: � sen θ = 3 d 3 ⇒ d = 3 � sen θ Portanto, em (I), temos: Q = 3 � sen θ P tg θ 3 K ⇒ Q = � sen θ 3 P tg θ 3 K Q = � sen θ 3 P tg θ K 85 1) O corpo m1 desloca-se em movimento acelerado entre θ = 0° e θ = 300°. Assim, usando-se a Equação de Torricelli (angular), temos: ω2 = ω20 + 2αΔθ ω2 = 0 + 2 6π 5 · 5π 3 ω2 = 4π2 ω = 2π rad/s Como v = ωR, então: v1 = 2π 1 π v1 = 2 m/s 2) Na colisão inelástica total, entre m1 e m2, vem: Qantes = Qdepois m1 v1 = (m1 + m2)v v = m1 (m1 + m2) 2 3) O conjunto (m1 + m2) fi ca sob a ação do campo elétrico, após o fi o arrebentar. 4) Na direção y (onde existe o campo E , temos MUV: v = v0 + γ t Sendo: v0 = v sen 30° F = –q E ⇒ γ = – q E (m1 + m2) Em P, vy = 0, e: 0 = 2m1 (m1 + m2) · 1 2 – q E (m1 + m2) t t q E (m1 + m2) = m1 (m1 + m2) t = m1 q E 5) Na direção x (MU), temos: d = vx t d = v (cos θ) t d = 2m1 (m1 + m2) EQ · 3 2 · m1 qE d = m21 3 (m1 + m2) EQ 86 a) Entre as placas existe um campo elétrico. Assim, o movimento da partícula é um movimento balístico. 1) Na horizontal (MU): d = v Δt 5,0 · 10–2 = 1,0 · 103 Δt Δt = 50 · 10–5 s 2) Na vertical (MUV): Δs = v0t + γ t2 2 2,5 · 10–2 = γ (5,0 · 10–5)2 2 5,0 · 10–2 = γ 25,0 · 10–10 γ = a = 2,0 · 107 m/s Portanto: Fe = F |q| E = ma 0,1 · 10–6 E = 10–6 · 2,0 · 107 E = 2,0 ·108 N/C b) Fora das placas, a partícula fi ca isenta da ação de campos (elétrico e gravitacional). Assim, seu movimento é retilíneo e uniforme até o ponto P. Portanto, em y1 e em P, a velocidade tem a mesma intensidade. 1) Na vertical (entre as placas) (MUV): v = v0 + γ t vy = 0 + 2,0 · 10 7 · 5,0 · 10–5 vy = 1,0 · 10 3 m/s 2) Na horizontal: vx = v0 = 1,0 · 10 3 m/s 3) Por Pitágoras: v2 = v2x + v 2 y v2 = (1,0 · 103)2 + (1,0 · 103)2 v2 = 1,0 · 106 + 1,0 · 106 = 2,0 · 106 v = 2,0 · 103 m/s 30° v 26 TÓPICOS DE FÍSICA 3 87 Fe = mg + QE Fe = 0,1 · 10 + 3 · 10 –5 · 1 · 105 Fe = 4N b) R = TQ T0 = 2π m �Fe 2π m �mg R = mg Fe = 0,1 · 10 4 = 1 4 R = 1 2 c) No item b, vimos que: R = TQ T0 = 1 2 TQ = T0 2 O novo período (TQ) passa a ser a metade de T0. Isso indica que o relógio “anda” o dobro, isto é, marca 2 minutos quando, na verda- de, passou 1 minuto. Assim, das 12 às 15 horas o relógio marca um tempo de 6 horas (o dobro do real). t = 6 h (da tarde) 88 De acordo com o Teorema de Gauss: φtotal = Qinterna � Como as duas superfícies A e B envolvem a mesma carga interna Q, te- mos: φtotal(A) = φtotal(B) Alternativa e. 89 Teorema de Gauss: φtotal = Qinterna � Observando que o comprimento do fi o no interior das três superfícies é o mesmo: LA = LB = LC, então, temos cargas internas iguais no interior das três superfícies. Assim: φtotal(A) = φtotal(B) = φtotal(C) Alternativa a. 90 A carga total na barra é negativa: Qbar � 0 Do Teorema de Gauss, temos: Qi = φ total · ε Considerando superfícies gaussianas envolvendo a carga q e a barra, no- tamos que o fl uxo total (φ) é maior na gaussiana que envolve a carga q. Assim: |Qbar| � |q| Alternativa b. 91 Para 0 � r � R1 E = 0 Para R1 � r � R2 Qi varia de maneira uniforme com o aumento do raio r. q Barra ++ Pela confi guração das linhas de força na barra, temos: Barra– – – – – + + + E rR1 E rR1 R2 Para r � R2 Qi se mantém constante. E A = Qi � E = Qi 4π r2 � ⇒ E = Qi 4π � 1 r2 A intensidade de E diminui na razão inversa do quadrado do raio r. E rR1 R2 Alternativa a. Tópico 3 Potencial elétrico Objetivos do Tópico Neste Tópico, voltamos a exigir mais abstração dos alunos. Devemos trabalhar com os conceitos de campo elétrico e potencial elétrico como sendo pro- priedades dos pontos de uma região do espaço que se encontra sob a infl uência de carga elétrica. O conceito 27Manual do professor de potencial elétrico deve ser associado à existência de um campo elétrico no local considerado. Deve-se des- tacar que, enquanto o campo elétrico é uma grandeza vetorial, o potencial elétrico é uma grandeza escalar. Mostrar bem a diferença entre campo e potencial, evi- tando que os alunos confundam os dois conceitos. A expressão do trabalho realizado pelo campo elé- trico deve ser demonstrada para que o aluno entenda o que ocorre quando o movimento de uma partícula eletrizada se dá em uma eqüipotencial. O conceito de capacitância deve ser abordado de maneira breve, deixando-se mais tempo para a explora- ção das particularidades do equilíbrio eletrostático. Dar especial atenção aos exercícios em que aparecem os cam- pos elétrico e gravitacional, onde partículas com massa e carga elétrica fi cam sob a ação dos dois campos. O último bloco oferece situações para a motivação dos alunos, não só durante a apresentação e explica- ção do fenômeno de indução eletrostática, como na construção e uso de um eletroscópio. O bom enten- dimento da indução eletrostática facilitará o estudo posterior de capacitores. O que não pode faltar 1. Energia potencial eletrostática e o conceito de potencial em um campo elétrico 2. Potencial em um campo elétrico criado por uma partícula eletrizada 3. Potencial em um campo elétrico criado por duas ou mais partículas eletrizadas 4. Eqüipotenciais Exercícios 5. Trabalho da força elétrica 6. Propriedades do campo elétrico 7. Diferença de potencial entre dois pontos de um campo elétrico uniforme Exercícios 8. Potencial elétrico criado por um condutor eletri- zado 9. Potencial elétrico criado por um condutor esféri- co eletrizado Exercícios 10. Capacitância 11. Capacitância de um condutor esférico 12. Energia potencial eletrostática de um condutor 13. Condutores em equilíbrio eletrostático Exercícios 14. Indução eletrostática 15. O potencial da terra Exercícios Algo mais O encerramento do estudo da Eletrostática pode ser feito com a apresentação de trabalhos, elaborados por meio de pesquisas em livros, vídeos e internet e com a ajuda do professor. Os alunos podem apresentar pára-raios, geradores de Van de Graaff, eletroscópios e outros dispositivos eletrostáticos construídos por eles; experiências de eletrização, fazendo os cabelos longos de uma aluna fi car espetados; trabalhos sobre cargas elétricas na atmosfera terrestre. Podem, tam- bém, realizar uma exposição de fotos que envolvam fenômenos eletrostáticos. Agora é a hora de deixar a criatividade dos alunos se manifestar. Uma breve biografi a de Alessandro Volta (O inventor da pilha elétrica) Alessandro Giuseppe Antonio Anastásio Vol- ta nasceu na cidade de Como, Itália, em 18 de fe- vereiro de 1745, em uma família de nobres. Desde muito cedo se interessou pela Física e, apesar de sua família desejar que seguisse carreira jurídica, passou a estudar Ciên- cias. Em 1773, casou-se com Teresa Peregrini, com quem teve três fi lhos. Em 1774, passou a lecionar Física na Scuola Reale de Como. Em 1775, inven- tou o eletróforo, aparelho que podia produzir car- gas elétricas. Em 1778, ele descobriu e isolou o gás metano, fato que o introduziu na comunidade cien- tífi ca da época, quando pôde se relacionar com ou- tros cientistas. Em 1779, foi nomeado catedrático de Física Experimental da Universidade de Pavia, sendo eleito reitor em 1785. Em 1786, por mero acaso, o professor de Ana- tomia da Universidade de Bolonha, Luigi Galvani, observou que, ao dissecar uma rã, os músculos das pernas apresentavam movimentos espasmódicos que associou a descargas elétricas. Após estudos, Galvani explicou esse fenômeno pela existência de uma eletri- cidade animal, que foi denominada fl uido galvânico. A partir de 1792, Alessandro Volta passou a estudar e a repetir os experimentos de Galvani e, em 1797, des- cobriu que o tecido animal não produzia eletricidade, apenas funcionava como condutor. A descarga elétrica ocorria devido ao contato de dois terminais metálicos que eram colocados em contato com o tecido animal. Ju pi te r U nl im ite d/ Ke yd is c 28 TÓPICOS DE FÍSICA 3 Os metais eram os eletromotores. Percebeu, ainda, que, usando prata e zinco, interligados por um condu- tor úmido, podia obter melhores descargas. Em 1799, multiplicou o efeito usando várias ca- madas de zinco e prata (depois substituídas por cobre) intercaladas e separadas por panos embebidos de água e sal. Nascia a pilha elétrica. Em março de 1800, Volta enviou uma carta (em francês) para Sir Joseph Banks, presidente da Royal London Society (Inglaterra), re- latando suas descobertas no campo da eletricidade, dizendo que havia inventado uma garrafa de Leyden que não precisava ser carregada. provocando a passagem de íons de sódio para o inte- rior da célula. A grande quantidade de Na+ neutraliza os íons negativos e, em seguida, torna a superfície in- terna da célula positivamente carregada. A diferença de potencial entre as faces da membrana torna-se mo- mentaneamente positiva, por volta de +30 mV. As por- tas se fecham e a membrana volta ao seu potencial ini- cial (–70 mV). Essa variação de potencial,
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