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ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

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ESTRUTURA DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
APRESENTAÇÃO
Organização
Cleide Tirana 
Nunes Possamai
Reitor da 
UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora do EAD
Prof.ª Francieli Stano 
Torres
Edição Gráfica 
e Revisão
UNIASSELVI
Autoras
Estelamaris Reif
Maike Bauler Theis
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta etapa, você será capaz de:
- Compreender a estrutura das demonstrações contábeis obrigatórias.
- Compreender a estrutura das demonstrações contábeis não obrigatórias.
PLANO DE ESTUDOS
Esta etapa de estudos está dividida em dois tópicos. 
TÓPICO 1 – ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
OBRIGATÓRIAS
TÓPICO 2 – ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NÃO 
OBRIGATÓRIAS
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
ESTRUTURA DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS
.01
1 INTRODUÇÃO
Demonstrações financeiras também denominadas de Demonstrações 
Contábeis ou, ainda, de relatórios contábil-financeiros são os produtos finais 
da contabilidade. Você já sabe que a contabilidade é uma ciência presente 
em todos os setores das atividades humanas, seja pela sua função histórica, 
registrando a vida das entidades, seja como importante instrumento de 
controle do patrimônio e de suas variações, fornecendo informações de 
várias naturezas acerca da gestão desse patrimônio, informações úteis para 
as tomadas de decisões por parte dos seus usuários (RIBEIRO, 2014a).
A maior parte dessas informações é apresentada por meio das 
demonstrações contábeis, elaboradas com fundamento nos registros contábeis 
da entidade. O processo contábil da geração das informações pode ser melhor 
entendido por meio da Figura 1:
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
FIGURA 1 – PROCESSO CONTÁBIL
FONTE: Ribeiro (2014b, p. 5)
O processo contábil encerra-se com a elaboração das demonstrações 
contábeis, dando espaço para o analista de balanços que começa a partir 
dessas demonstrações elaboradas pela contabilidade. Ele as analisa e as 
interpreta para apresentar informações a respeito das conclusões obtidas na 
respectiva análise.
2 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
OBRIGATÓRIAS
As demonstrações contábeis, abordadas nessa etapa, são modelos 
sugeridos, pois cada empresa deverá seguir as especificações da legislação 
de sua categoria, conforme abordado na Etapa 1. Demonstrações a serem 
estudadas:
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
• Balanço Patrimonial (BP). 
• Demonstração do Resultado (DR). 
• Demonstração do Resultado Abrangente (DRA).
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) ou Demonstração 
das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). 
• Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). 
• Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 
• Notas Explicativas. 
Nossa primeira demonstração a ser estudada será o balanço patrimonial, 
pois ele é a base para as demais demonstrações, conforme pode ser observado 
na Figura 2.
FIGURA 2 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS/CONTÁBEIS
FONTE: Adaptado de <https://bit.ly/2P4LJCi>. Acesso em: 20 jul. 2020.
Agora que já sabemos que todas demonstrações estão interligadas, 
vamos conhecer e entender cada uma. 
2.1 BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial é a principal peça contábil, pois representa a 
posição financeira e patrimonial da entidade em determinado momento. 
Portanto, é um relatório estático, isto é, apurado em determinada data. No 
Brasil, devido à obrigatoriedade de apurar resultados fiscais em período 
coincidente com o ano civil, as empresas costumam adotar o mesmo período 
como exercício social (PEREZ JUNIOR; BEGALLI, 2015).
https://bit.ly/2P4LJCi
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O objetivo básico do Balanço Patrimonial é apresentar o patrimônio da 
entidade, isto é, seus ativos, passivos e patrimônio líquido em determinado 
momento. Ele deve ser estruturado de modo que facilite o conhecimento e 
a análise da situação financeira da entidade. Vejamos um modelo de balanço 
patrimonial, na Figura 3.
FONTE: <https://www.crcpr.org.br/new/content/portal/fiscalizacao/modelo_sugerido_dc.html>. 
Acesso em: 20 jul. 2020.
FIGURA 3 – MODELO DE BALANÇO PATRIMONIAL
(*) A obrigação da conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados de não conter 
saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações (em que todo o 
resultado do período deve ser destinado para reserva de lucros e/ou distribuição 
aos acionistas), conforme previsto nos itens 46 a 50 da Resolução CFC nº 
1.159/09, os itens 42 a 43 da Resolução CFC nº 1.152/09, e os itens 115 e 116 da 
Resolução CFC nº 1.157/09 [...]
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Por meio do CPC 26 é que se aprovou a NBC TG 26 – Apresentação das 
Demonstrações Contábeis (Resolução CFC nº 1.185/09)
O Balanço Patrimonial é composto por duas partes: ativo e passivo, 
conforme podemos observar na Figura 4:
FONTE: <https://managemanager.files.wordpress.com/2011/09/ativo-passivo.jpg>. 
Acesso em: 20 jul. 2020.
FIGURA 4 – ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo (ativo circulante + ativo não circulante) – representa o elemento 
produtor composto pelas aplicações de recursos em bens, direitos e valores 
a receber de uma empresa ou entidade (RIBEIRO, 2020).
• Ativo circulante – você conhece o montante de recursos que foram 
aplicados em bens e direitos que estão em circulação constante na 
entidade, isto é, que representam dinheiro (disponibilidades) ou que serão 
transformados em dinheiro em um prazo não superior a um ano. O ativo 
circulante também é denominado capital de giro da empresa. 
• Ativo não circulante – você conhece o montante dos recursos aplicados 
em bens e direitos, cuja realização em dinheiro se dará em prazo superior a 
um ano, bem como o montante dos bens e direitos para os quais a empresa 
não tem intenção de que sejam realizados em dinheiro. Assim, ele ainda é 
subdividido em:
o realizável a longo prazo – são apresentadas contas representativas de 
bens e direitos que serão transformados em dinheiro em prazo superior 
a um ano;
o investimentos – você encontra contas representativas da aplicação 
de recursos no capital de outras sociedades, cujas aplicações visam 
complementar as atividades operacionais da empresa e para os quais ela 
não definiu uma data para converter em dinheiro; 
https://managemanager.files.wordpress.com/2011/09/ativo-passivo.jpg
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
o imobilizado – você encontra as contas representativas de investimentos 
de recursos em bens de uso, isto é, em bens por meio dos quais a entidade 
alcançará seu fim; 
o intangível – você encontra contas representativas de investimentos de 
recursos em bens imateriais. 
O ativo deve ser reconhecido quando for provável que benefícios 
econômicos futuros, dele provenientes, fluirão para a entidade e seu custo 
ou valor puder ser mensurado com confiabilidade (SILVA, 2019).
Passivo (passivo circulante + passivo não circulante + patrimônio 
líquido) – representa o elemento financiador do ativo, é uma fonte dos 
recursos e é composto de todas as obrigações contraídas pela empresa com 
terceiros e com os sócios (RIBEIRO, 2020).
• Passivo circulante e no passivo não circulante – você encontra os recursos 
ou capitais derivados de terceiros.
• Patrimônio líquido – você encontra os recursos ou os capitais colocados 
na entidade pelo proprietário (capitais próprios).
O passivo deve ser reconhecido quando for provável que uma saída de 
recursos detentores de benefícios econômicos seja exigida em liquidação 
de obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação se dará puder ser 
mensurado com confiabilidade (SILVA, 2019).
No passivo tem-se as origens dos recursos, as fontes de onde tira-se o 
dinheiro. São as obrigações. Cada vez que se assume uma obrigação, entram 
recursos na empresa. No ativo, tem-se as aplicações desses mesmos recursos, 
o que foi feito com esse dinheiro. Os recursos são aplicados em bens ou em 
direitos. Para entendermos e visualizarmos a forma demecanismo de débito 
e credito na contabilidade, apresentamos um mecanismo, conforme figura 
a seguir.
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
FONTE: As autoras
FIGURA 5 – MECANISMO DÉBITO E CRÉDITO
Uma vez que estamos falando dos mesmos recursos, então, o total tem 
de ser igual. Todo uso de recursos corresponde a uma fonte, ou seja, cada 
débito corresponde um crédito de igual valor.
2.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (DR)
As empresas existem para cumprir uma missão, geralmente essa missão 
é cumprida por meio da venda de bens ou prestação de serviços para clientes 
que pagam à vista ou a prazo por esses bens e serviços. 
Contabilmente, essa retribuição dos clientes é denominada Receita 
de Vendas ou Receita de Prestação de Serviços. Para oferecer esses bens e 
serviços a seus clientes, as empresas consomem recursos que contabilmente 
são denominados despesas. 
A diferença entre a receita obtida com a venda de bens e a prestação 
de serviços e as despesas incorridas nessas atividades, representam o 
resultado das operações que poderá ser lucro ou prejuízo (PEREZ JUNIOR; 
BEGALLI, 2015). Acompanhe a forma do mecanismo de débito e crédito na 
Demonstração de Resultado:
FIGURA 6 – DÉBITO E CRÉDITO NA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO
FONTE: As autoras
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Assim, podemos resumir esses conceitos, em:
• Receitas – representam os valores que uma empresa recebe ou tem direito 
a receber, provenientes de suas operações de vendas, de prestação de 
serviços ou de investimentos.
• Despesas – consumo de bens e serviços, adquiridos à vista ou a prazo, com 
o objetivo de gerar receitas.
• Resultado – é a diferença entre as despesas e as receitas de um período: 
o lucro: quando as receitas forem maiores que as despesas;
o prejuízo: quando as receitas forem menores que as despesas;
o situação nula: quando as receitas forem iguais as despesas.
Na Figura 7, podemos visualizar a disposição das receitas que são 
essenciais para sustentar as despesas:
FIGURA 7 – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO COMPOSIÇÃO
FONTE: As autoras
Agora, veja a estrutura da Demonstração de Resultado:
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
FONTE: As autoras
QUADRO 1 – MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
(*) As entidades que estão enquadradas no Simples Nacional devem evidenciar 
os tributos na linha “Deduções de tributos, abatimentos e devoluções”. Neste 
caso, devem desconsiderar essas contas.
A receita deve ser reconhecida quando resultar em aumento nos benefícios 
econômicos futuros relacionado ao aumento de ativo ou com diminuição 
de passivo e quando puder ser mensurada com confiabilidade. 
A despesa deve ser reconhecida quando resultar em decréscimo nos 
benefícios econômicos futuros relacionado ao decréscimo de um ativo ou o 
aumento de um passivo e quando puder ser mensurada com confiabilidade 
(SILVA, 2019).
O valor informado na linha da RLP (Resultado Líquido do Período) 
representa o lucro ou o prejuízo líquido do período, após a tributação, cujo 
valor servirá de base para cálculo das participações no resultado, quando 
houver ou representará o resultado líquido final, ao qual os dirigentes da 
empresa deverão realizar uma ou mais destinações.
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
2.3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE (DRA)
O objetivo dessa demonstração é apresentar a variação real ocorrida no 
Patrimônio Líquido durante o período. Composta das mutações do Patrimônio 
Líquido da entidade, excluindo as operações com os proprietários, tais como 
integralização de capital e destinação de lucros (PEREZ JUNIOR; BEGALLI, 
2015).
FONTE: Adaptado de <https://www.crcpr.org.br/new/content/portal/fiscalizacao/assets/
images/screenshot-5-569x779.jpg>. Acesso em: 20 jul. 2020.
FIGURA 8 – MODELO DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE (DRA)
A Demonstração do Resultado Abrangente do Período começa com o 
resultado líquido do período (item final da Demonstração do Resultado) e 
inclui os outros resultados abrangentes. A legislação prevê que a estrutura 
da DRA deve incluir, no mínimo: 
a) resultado líquido do período; 
b) cada item dos outros resultados abrangentes, classificados conforme sua 
natureza (exceto montantes relativos ao item “c” a seguir); 
c) parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas, 
reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial; 
d) resultado abrangente do período (RIBEIRO, 2020).
Ao final da DRA, você encontra destacada a parcela do resultado 
abrangente total atribuível. A mencionada NBC TG 26 estabelece que outros 
resultados abrangentes compreendem itens de receita e despesa (incluindo 
ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na Demonstração do 
Resultado (DR) (RIBEIRO, 2020).
Despesas e receitas não reconhecidas são aquelas cujos fatos geradores 
ocorreram durante o exercício. Existem despesas e receitas que podem ocorrer 
durante um exercício, impactando no Patrimônio Líquido, mas que, em 
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
decorrência do regime de competência, não foram incluídas na apuração do 
resultado porque seus fatos geradores ainda não ocorreram (RIBEIRO, 2020). 
São exatamente essas despesas e receitas que figuram detalhadamente na 
DRA. A principal diferença entre a DR e a DRA pode ser vista na Figura 9.
FONTE: As autoras
FIGURA 9 – DIFERENÇA ENTRE DR E DRA
Enquanto as normas internacionais estabelecem que o resultado 
abrangente deve ser demonstrado logo após a DR, no Brasil, a DRA é elaborada 
como uma demonstração à parte, podendo ser apresentada dentro da 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (SILVA, 2019).
Se houverem apenas alterações no patrimônio líquido que se originaram do 
resultado de distribuição de lucro, correção de erros de períodos anteriores 
e de mudanças de políticas contábeis, a empresa pode apresentar a DLPA 
em substituição a DMPL e da DRA. As empresas que adotam a ITG 1.000 
estão dispensadas de sua elaboração.
2.4 DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
(DLPA) OU DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO (DMPL)
A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) possibilita a 
evidenciação clara do resultado do período, sua distribuição e a movimentação 
ocorrida no saldo da conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados (RIBEIRO, 
2020). 
Esse demonstrativo evidencia a segregação das parcelas do lucro do 
exercício destinado para a formação de reservas de lucros a realizar e reservas 
para contingências, reservas essas que estarão sujeitas à incidência do 
dividendo obrigatório no futuro, quando tais reservas reverterem para a conta 
de Lucros Acumulados ou reverterem diretamente para a conta de dividendos 
a pagar do passivo circulante, no caso da Reserva de Lucros a Realizar. 
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Nela são demonstrados todos os acréscimos e decréscimos de saldos 
que influenciam tais dividendos. Serve ainda como elo entre a Demonstração 
do Resultado do Exercício e o Balanço Patrimonial (SILVA, 2019).
FONTE: <https://www.crcpr.org.br/new/content/portal/fiscalizacao/assets/images/
screenshot-5-559x270.jpg>. Acesso em: 20 jul.2020.
FIGURA 10 – MODELO DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS 
(DLPA)
A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados evidencia o 
movimento da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, relativo ao período 
compreendido entre o dia 1º de janeiro e 31 de dezembro do mesmo ano 
(RIBEIRO, 2020).
A DLPA não é contemplada pelas normas internacionais de contabilidade, 
porque as informações nela cont idas são também apresentadas na 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Mesmo não sendo 
obrigatória, recomenda-se a elaboração da DLPA, pois, por intermédio dela, 
fica muito mais fácil entender a destinação data ao lucro líquido do exercício. 
A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados é uma conta bilateral pertencente 
ao grupo do Patrimônio Líquido, tem como função receber o saldo credor ou 
devedorda conta Resultado do Exercício após as deduções e participações 
(se houver), dando a esse saldo as devidas destinações (RIBEIRO, 2020). 
É importante relembrar que o saldo da conta Resultado do Exercício que 
deve ser transferido para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados representa 
o lucro líquido ou o prejuízo apurado no final de cada exercício social. 
Contabilmente, a transferência do saldo da conta Resultado do Exercício para 
a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados é efetuada após a contabilização 
dos tributos incidentes sobre o lucro líquido e das participações, se houver. 
Quando credor, o saldo da conta Resultado do Exercício, que representa 
lucro líquido, é transferido debitando-se a conta Resultado do Exercício e 
creditando-se a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Quando devedor, o 
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
saldo da conta Resultado do Exercício, que representa prejuízo, será transferido 
debitando-se a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados e creditando-se a 
conta Resultado do Exercício (RIBEIRO, 2020). 
Após o lançamento de transferência do saldo para a conta Lucros ou 
Prejuízos Acumulados, a conta Resultado do Exercício fica com saldo igual 
a zero, encerrando-se. Na verdade, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos 
Acumulados mostra a destinação que foi dada ao lucro líquido do exercício 
ou ao prejuízo, quando for o caso. 
2.4.5 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) tem por 
objetivo detalhar as modificações ocorridas durante um exercício social nas 
contas do Patrimônio Líquido (Capital Social, Lucros ou Prejuízos Acumulados 
e Reservas), partindo do saldo inicial e chegando ao saldo final (aquele que 
aparece no balanço patrimonial) (SILVA, 2019).
Ela traz a informação que complementa os demais dados constantes no 
Balanço Patrimonial e na Demonstração do Resultado do Exercício. Muitas 
companhias, mesmo não obrigadas, têm optado pela elaboração da DMPL 
em substituição à DLPA, pois ela indica claramente a formação e a utilização 
de todas as reservas, não apenas das originadas por lucros. Isso possibilita 
uma melhor compreensão dos fatos ocorridos durante o exercício e que 
repercutiram no Patrimônio Líquido da empresa, inclusive quanto ao cálculo 
dos dividendos obrigatórios (SILVA, 2019).
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é de muita 
utilidade, pois fornece a movimentação ocorrida durante o exercício nas 
diversas contas componentes do patrimônio líquido. Faz clara indicação do 
fluxo de uma conta para outra e indica a origem e o valor de cada acréscimo 
ou diminuição no patrimônio líquido durante o exercício (PEREZ JUNIOR; 
BEGALLI, 2015). 
As empresas que elaborarem a DMPL estão dispensadas da apresentação 
separadamente da DLPA, considerando que a DLPA está inserida na DMPL.
Vamos conhecer uma estrutura completa da DMPL:
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
QUADRO 2 – MODELO DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL)
FONTE: As autoras
Ainda, quanto à estrutura da DMPL, mesmo que para as empresas que 
não apresentam todas as movimentações nas contas contábeis da estrutura 
completa de uma DMPL, é interessante e importante a sua elaboração, 
considerando que evidencia a distribuição dos recursos, logo, uma estrutura 
mais condensada também poder ser adotada, o que deve ser considerado é 
a movimentação da empresa, e, com base nessa movimentação, elabora-se 
a DMPL, veja um modelo mais simplificado:
FONTE: As autoras
QUADRO 3 – MODELO SIMPLIFICADO DE DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
(DMPL)
Sua importância se torna acentuada em face dos novos critérios da lei, 
pois a demonstração indicará claramente a formação e a utilização de todas as 
reservas, não apenas das originadas por lucros; servirá também, para melhor 
compreensão, inclusive quanto ao cálculo dos dividendos obrigatórios (PEREZ 
JUNIOR; BEGALLI, 2015).
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
É importante destacar que as variações no Patrimônio Líquido podem 
ou não alterar seu valor. As mutações que ocorrem no Patrimônio Líquido e 
que modificam seu valor (saldo ou montante) são (RIBEIRO, 2020):
• O lucro ou o prejuízo líquido apurado durante o exercício social em 
decorrência do confronto entre o total das despesas incorridas e das 
receitas realizadas durante o respectivo período. Essas despesas e receitas 
são informadas na Demonstração do Resultado do Período.
• Outros resultados que, embora tenham provocado alterações no Patrimônio 
Líquido, por sua natureza, não transitaram pela DRP, mas foram informados 
na DRA.
• Os ingressos de recursos derivados dos sócios que não são demonstrados 
nem na DRE nem na DRA, porque não correspondem a despesas nem a 
receitas. 
As mutações que ocorrem no Patrimônio Líquido e que não modificam 
seu valor (saldo ou montante) correspondem às migrações de valores de 
uma conta do Patrimônio Líquido para outra conta, também do Patrimônio 
Líquido, por exemplo (RIBEIRO, 2020): 
• aumento de capital com aproveitamento de saldos de reservas ou de lucros 
acumulados; 
• constituição de reservas com lucros apurados pela própria empresa; 
• compensação de prejuízos com saldos de reservas; 
• reversões de reservas de lucros etc.
Enfim, todas as mutações que ocorrem no Patrimônio Líquido são 
demonstradas na DMPL. A principal diferença entre a DLPA e a DMPL pode 
ser vista na Figura 11.
FIGURA 11 – DIFERENÇA ENTRE DLPA E DMPL
FONTE: As autoras
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Seguindo para a elaboração das demonstrações, vamos estudar as 
Demonstração do Fluxo de Caixa.
2.5 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) substituiu a Demonstração das 
Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) a partir do exercício encerrado em 
31 de dezembro de 2008 (PEREZ JUNIOR; BEGALLI, 2015). Esta demonstração 
já comprovou ser de extrema utilidade para diversos fins, dada sua simplicidade 
e abrangência, principalmente no que diz respeito aos aspectos financeiros 
que envolvem o dia a dia da entidade. 
Ela tem como fim evidenciar as transações ocorridas em determinado 
período e que provocaram modificações no saldo de Caixa da entidade. 
Possibilita, também, o conhecimento do montante de dinheiro que ingressou, 
do montante de dinheiro que saiu e do montante de dinheiro que permaneceu 
na entidade no final do período de sua abrangência (RIBEIRO, 2020).
FONTE: <https://bit.ly/3hLXUjM>. Acesso em: 20 jul. 2020.
FIGURA 12 – OBJETIVO DA DFC
Deve indicar as alterações ocorridas no saldo de caixa e equivalentes de 
caixa, durante o exercício, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 
três fluxos de atividades: 
https://bit.ly/3hLXUjM
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
a) Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita 
da entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco 
de financiamento.
b) Atividades de investimento: são referentes à aquisição e à venda de ativos 
de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes 
de caixa. 
c) Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no 
tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros 
da entidade. Esses fluxos evidenciarão os recebimentos e pagamentos, 
demonstrando as causas da variação do Capital Circulante Líquido (CCL) 
em um determinado período (SILVA, 2019).
O fato é que independente do porte e da natureza operacional da 
empresa, seja grande ou pequena, indústria, comércio ou prestadora de 
serviços, não é possível gerenciá-la sem o acompanhamento do fluxo de 
caixa, principalmente em virtude da urgência para a tomada de decisões de 
pagamentos, recebimentos, aplicações, investimentos e assim por diante.
Quando se trata de “fluxos de caixa”, deve-se entender a movimentação 
das contas que representam disponibilidades imediatas, como caixa,bancos 
conta movimento, ou seja, o saldo bancário disponível e também aquelas 
aplicações que, dada determinada ordem, tornam-se utilizáveis na conta 
bancária (PEREZ JUNIOR; BEGALLI, 2015). A DFC apresenta-se pelo chamado 
regime de caixa, enquanto as demais demonstrações contábeis (BP e DRE) 
são elaboradas respeitando-se o regime da competência de exercícios. 
Existem dois métodos de elaboração do fluxo de caixa: método direto 
e indireto. A legislação societária não determina qual método deverá ser 
publicado. Entretanto, o pronunciamento do CPC estabelece que, caso 
a empresa opte pelo método direto, deverá divulgar como informação 
complementar o método indireto. Consequentemente, a maioria das empresas 
opta pelo método indireto (PEREZ JUNIOR; BEGALLI, 2015).
2.5.1 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) – Método Direto
A DFC, apresentada pelo Método Direto, facilita a visualização e a 
compreensão do fluxo financeiro, demonstrando os recebimentos e pagamentos 
decorrentes das atividades operacionais da empresa, possibilitando a avaliação 
do comportamento do seu nível de solvência. Nesse método, são apresentados 
os componentes dos fluxos por seus valores brutos, ao menos para os itens 
mais significativos dos recebimentos e dos pagamentos (SILVA, 2019).
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Embora esse método seja mais trabalhoso em virtude da quantidade de 
informações, é mais simples e elucidativo que o indireto. Pelo fato de ser mais 
claro, o método direto tem algumas resistências em relação à divulgação de 
informações das empresas; internamente, no entanto, é o mais utilizado por 
causa de sua simplicidade e serventia.
FONTE: As autoras
QUADRO 4 – MODELO DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) – MÉTODO DIRETO
A DFC pelo Método Direto é semelhante à DFC pelo Método Indireto. O 
que diferencia esses dois métodos, como vimos, é a forma de apresentação 
das atividades operacionais. No Método Indireto, os recursos derivados das 
atividades operacionais são indicados a partir do Resultado do Exercício 
ajustado antes da tributação. No Método Direto, os recursos derivados das 
operações são indicados a partir dos recebimentos e pagamentos decorrentes 
das operações normais efetuadas durante o período (RIBEIRO, 2020).
2.5.2 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) – Método Indireto
Pelo método indireto, os recursos derivados das atividades operacionais 
são demonstrados a partir do Resultado do Exercício antes da tributação 
(lucros ou prejuízos) e ajustado pela adição das despesas e exclusão das 
receitas consideradas na apuração do Resultado e que não afetaram o Caixa 
da empresa, isto é, que não representaram saídas ou entradas de dinheiro, 
bem como pela exclusão das receitas realizadas no exercício e recebidas no 
exercício anterior; pela adição das receitas recebidas antecipadamente que 
não foram consideradas na apuração do resultado, pela exclusão das despesas 
incorridas no período, porém, pagas no exercício anterior, e pela inclusão das 
despesas do exercício seguinte, pagas antecipadamente, que representam 
saídas de Caixa e não integram o resultado do período (RIBEIRO, 2020).
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Excluem-se também os Resultados obtidos nas transações de bens 
classificados nos subgrupos de Investimentos, Imobilizado e Intangível, todos 
do Ativo não Circulante, uma vez que as baixas referentes a esses bens devem 
ser indicadas pelos valores brutos entre as atividades de investimento. 
Finalmente, deve-se incluir, entre os ajustes, as variações positivas ou 
negativas ocorridas no período, nos estoques e nas contas operacionais 
a receber e a pagar, uma vez que essas variações, por não representarem 
despesas nem receitas, não foram incluídas na apuração do Resultado do 
Exercício e, também, dada a natureza, não integrarão os Fluxos de Caixa das 
atividades de investimento e de financiamento (RIBEIRO, 2020).
FONTE: <http://twixar.me/1BDm>. Acesso em: 20 jul. 2020.
FIGURA 13 – MODELO DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) – MÉTODO INDIRETO
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Uma maneira bem Simples de entender a elaboração da DFC pelo modelo 
Indireto, é você analisar a DR e, partindo do Resultado, você adicionar os 
elementos que geraram despesas e desembolsos e diminuir os elementos 
que geraram entrada de recursos, acompanhe no exemplo:
FONTE: As autoras
QUADRO 5 – MODELO DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) – MÉTODO INDIRETO
Em outros países, o método mais utilizado tem sido o indireto, pois 
possibilita a conferência dos valores por meio das demonstrações contábeis 
publicadas.
2.5.3 Comparação Método Direto X Método Indireto
A Demonstração do Fluxo de Caixa referente às transações originadas 
de atividades operacionais poderá ser apresentado por um dos dois métodos. 
Já as transações originadas em atividades de investimento ou financiamento, 
tanto pelo método direto como pelo indireto não apresentam diferença na 
demonstração do fluxo de caixa. Ou seja, tanto, na DFC direta quanto na 
indireta, as informações apresentadas no grupo das atividades de investimentos 
e de financiamentos são as mesmas. O que muda é a forma de apresentar a 
origem e o destino do dinheiro em decorrência das atividades operacionais 
(SÁ, 1998). 
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FIGURA 14 – RESUMO MÉTODO DIRETO X MÉTODO INDIRETO
FONTE: Sá (1998, p. 36)
A diferença básica está, portanto, no processo de cálculo do fluxo de caixa 
operacional. Embora o resultado líquido final seja igual, o caminho percorrido 
em cada um dos dois métodos é completamente diferente (SÁ, 1998).
2.6 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)
A DVA é a fonte de informação que identifica a capacidade de geração 
de riqueza da empresa e de que forma ocorreram as distribuições dessas 
riquezas. As formas de geração de riqueza podem ser observadas na Figura 15.
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FIGURA 15 – FORMAÇÃO DA RIQUEZA
FONTE: Lagioia (2014, p 17-21)
De forma simplificada, o Valor Adicionado é obtido pela diferença entre 
o valor das vendas da empresa e dos insumos adquiridos de terceiros. Assim, 
podemos perceber que a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é 
a fonte de informação principal para a elaboração da DVA (PEREZ JUNIOR; 
BEGALLI, 2015).
Em outras palavras, a DVA evidencia o quanto de riqueza uma empresa 
produziu, ou seja, o quanto ela adicionou de valor aos seus fatores de produção 
e o quanto dessa riqueza foi distribuída (entre empregados, governo, acionistas, 
financiadores de capital) ou retida e de que forma. A sua utilidade é notória 
do ponto de vista macroeconômico, pois, conceitualmente, o somatório dos 
valores adicionados de um país representa seu Produto Interno Bruto (PIB) 
(SILVA, 2019). As informações apresentadas na DVA estão divididas em duas 
partes (RIBEIRO, 2020): 
• Primeira parte: itens 1 a 7 – é apresentada a riqueza criada pela entidade.
• Segunda parte: item 8 – é apresentado o modo como essa riqueza foi 
distribuída. 
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FIGURA 16 – MODELO DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)
FONTE: <https://www.crcpr.org.br/new/content/portal/fiscalizacao/assets/images/
screenshot-10-562x928.jpg>. Acesso em: 20 jul. 2020.
A DVA é uma demonstração financeira (contábil) com informações de 
natureza social, diferente, portanto, da natureza das demais demonstrações 
contábeis elaboradas pelas entidades em geral. 
Não resta dúvida de que a DVA representa um grande avanço para 
a própria ciência contábil , especialmente porque os indicadores e as 
informações de natureza social que ela oferece atingem um universo maior 
de usuários ao evidenciar a riqueza gerada pela empresa e o modo como 
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essa riqueza foi distribuída entre os empregados (salários e benefícios), 
acionistas (remuneração do capital investido em forma de juros e dividendos),financiadores (pagamentos de juros e do custo dos insumos adquiridos de 
fornecedores) e a sociedade (por meio do recolhimento dos tributos ao 
governo) (RIBEIRO, 2020).
2.7 NOTAS EXPLICATIVAS (NE)
As demonstrações contábeis apresentam saldos contábeis que não 
constituem informação suficiente para a adequada análise da situação 
patrimonial, econômica e financeira das empresas. Assim, é necessário que 
sejam elaboradas notas explicativas que auxiliem os usuários nessa tarefa 
(PEREZ JUNIOR; BEGALLI, 2015).
As Notas Explicativas (NE) são esclarecimentos que complementam as 
informações contidas nas demonstrações contábeis. Têm como finalidade 
auxiliar o usuário a entender melhor as informações apresentadas nas 
demonstrações contábeis. Lendo as Notas Explicativas, você fica conhecendo 
detalhes que não estão explícitos nos dados informados nas demonstrações 
contábeis (RIBEIRO, 2020).
FIGURA 17 – MODELO DE NOTAS EXPLICATIVAS
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FONTE: Perez Junior e Begalli (2015, p. 265)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis 
e devem divulgar as informações necessárias à adequada compreensão dos 
respectivos demonstrativos. A sua apresentação está disciplinada nos seguintes 
dispositivos: 
a) Lei das Sociedades por Ações (LSA), em seu artigo 176, §§ 4o e 5º. 
b) Pronunciamento CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis: 
em seus itens 112 a 138 apresenta uma série de orientações quanto à: 
estrutura, divulgação de políticas contábeis, principais fontes da incerteza 
das estimativas, capital, instrumentos financeiros com opção de venda 
classificados no patrimônio líquido e outras divulgações que deverão constar 
em notas explicativas. 
A Lei das Sociedades Anônimas estabelece que as demonstrações 
contábeis serão complementadas por notas explicativas e outros quadros 
analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da 
situação patrimonial e dos resultados do exercício (SILVA, 2019).
A Lei nº 11.941/2009 (MP no 449/2008) efetuou modificações no texto 
da Lei das Sociedades Anônimas, inserindo três dispositivos antes de uma lista 
indicativa dos conteúdos das notas explicativas, de forma que as informações 
a serem divulgadas não se resumam apenas àquelas já tipificadas no texto 
original. 
São essas as linhas gerais que devem nortear a elaboração das notas 
explicativas (LSA, art. 176, § 5o, incisos I a III): 
I- apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações 
financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas 
para negócios e eventos significativos; 
II- divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil 
que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações 
financeiras; 
III- fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações 
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada 
(SILVA, 2019).
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Para que você possa compreender melhor esse conjunto de demonstrações 
e sua estrutura, sugiro que você acesse o seguinte link http://www.
vale.com/PT/investors/information-market/financial-statements/
FinancialStatementsDocs/BRGAAP%201T20_Final.pdf e baixe as 
demonstrações contábeis da VALE.
Na apresentação das demonstrações deve-se identificar se a empresa 
adotou: o conjunto completo das demonstrações ou se adota a NBCTG1000 
ou TG1000/ITG2002/ITG2004
Acadêmico, agora que você já aprendeu sobre todas as demonstrações 
contábeis-financeiras OBRIGATÓRIAS, vamos aprender um pouco sobre as 
que NÃO são obrigatórias, mas praticada por várias entidades.
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ESTRUTURA DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS NÃO OBRIGATÓRIAS
.02
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, aprendemos que ao final de cada exercício social as empresas, 
em geral, deverão elaborar as suas demonstrações contábeis, com o objetivo 
de fornecer informações úteis para os seus sócios ou acionistas, governo, 
investidores, dentre outros usuários. Elas representam de forma estruturada 
a posição patrimonial e financeira da empresa, as mutações ocorridas, o 
resultado econômico e os fluxos de caixa do exercício.
Muitas empresas apresentam também outras informações que não são 
obrigatórias, como o relatório da administração que explica as características 
principais do seu desempenho financeiro, dos riscos e das incertezas, o 
parecer dos auditores Independentes, o Balanço Social e demais relatórios 
sobre custos e outros elementos relacionados a questões ambientais.
Neste tópico, estudaremos sobre três das mais usuais demonstrações 
contábeis não obrigatórias: a DOAR, o Balanço Social e o Relatório de 
Sustentabilidade e, por fim, sobre EBITDA. 
Bons Estudos!
2 ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NÃO 
OBRIGATÓRIAS
As empresas, em especial as de capital aberto, vivem momentos muito 
delicados, em que a sombra de escândalos contábeis e financeiros tenta 
ofuscar a credibilidade da sociedade com relação às demonstrações contábeis 
publicadas. 
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Para contornar a falta de credibilidade, muitas empresas elaboram e 
publicam demonstrações e informações contábeis não obrigatórias, buscando 
o status de empresa transparente. O mercado de capitais tem exigido de forma 
muito contundente uma postura transparente por parte das companhias de 
capital aberto (SILVA, 2019)
2.1 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE 
RECURSOS (DOAR)
A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) deixou 
de ser obrigatória a partir do exercício de 2008, em razão das alterações 
introduzidas pela Lei nº 11.638/2008 na Lei das Sociedades Anônimas, sendo 
substituída pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). A DOAR tem como 
objetivo apresentar os fluxos financeiros que aumentaram ou reduziram 
o Capital Circulante Líquido (CCL) ao longo do exercício, indicando suas 
origens e aplicações (SILVA, 2019). A equação da DOAR pode ser basicamente 
entendida como:
Capital Circulante Líquido (CCL) = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Contabilmente, qualquer aumento do Capital Circulante Líquido 
(proveniente de uma diminuição do ativo não circulante ou de um aumento do 
passivo não circulante) é considerado uma origem de recursos. Analogamente, 
qualquer diminuição do Capital Circulante provocada por um aumento do ativo 
não circulante ou por uma redução do passivo não circulante é denominada 
aplicação de recursos (SILVA, 2019). Observe o quadro a seguir e entenda 
melhor essa situação:
FONTE: Silva (2019, p. 76)
QUADRO 6 – OS EFEITOS DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS SOBRE O CAPITAL 
CIRCULANTE
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A antiga redação do artigo 188 da Lei das Sociedades Anônimas 
estabelecia que a DOAR deveria indicar as modificações na posição financeira 
da companhia, discriminando (SILVA, 2019): 
• As origens dos recursos agrupadas em: 
o lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão 
e ajustado pela variação nos resultados de exercícios futuros; 
o realização do capital social e contribuições para reservas de capital; 
o recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo 
prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de 
investimentos e direitos do ativo imobilizado. 
• As aplicações de recursos agrupadas em: 
o dividendos distribuídos;
o aquisição de direitos do ativo imobilizado; 
o aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo 
diferido; 
o redução do passivo exigível a longo prazo. 
• O excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações, 
representando aumento ou redução do capital circulante líquido.
• Os saldos no início e no fim do exercício do ativo e passivo circulante, o 
montante do capital circulante líquido e o seu aumento ou redução durante 
o exercício. 
A análise desse demonstrativo permitea identificação da política 
financeira adotada pela companhia e a visualização do volume dos recursos 
financeiros gerados pelas operações, investidos pelos proprietários e tomados 
junto a terceiros (SILVA, 2019).
Permite ainda visualizar a forma como foram aplicados em bens e direitos 
do Realizável a Longo Prazo, no Ativo, o volume de redução do Exigível a 
Longo Prazo e a distribuição de dividendos. 
A DOAR permite também uma identificação mais nítida das causas que 
determinaram as mutações na posição financeira a curto prazo, fornecendo 
uma visão mais ampla da estrutura de equilíbrio financeiro, possibilitando 
uma melhor avaliação da liquidez da empresa (SILVA, 2019).
Hoje, quem faz o papel de informar sobre as variações de patrimônio 
de uma empresa é a DVA. A apresentação desse documento é obrigatória a 
todas as empresas de capital aberto, conforme estudamos anteriormente. Você 
deve estar se perguntando, se ela não é mais obrigatória, por que divulgar?
Pelo fato de que sua leitura é mais fácil e direta, dando a informação que 
interessa ao investidor. Seu aumento de riquezas fica claro porque devem 
ser descritos os saldos existentes no início do ano e o montante presente no 
final exercício.
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Os dados contidos nela são retirados das informações presentes nas 
demonstrações contábeis da empresa. A ideia é mostrar o quanto a riqueza 
da empresa aumentou ou diminuiu, se for este o caso (SILVA, 2019).
Em outras palavras, a DOAR é mais abrangente por apresentar as variações 
de todas as contas que afetam o CCL e não só as disponibilidades (caixa e 
bancos) como demonstra a DFC.
FIGURA 18 – MODELO DE DOAR
FONTE: <https://slideplayer.com.br/slide/389736/>. Acesso em: 20 jul. 2020.
Além disso, nela constam as informações referentes aos valores que são 
repassados aos acionistas, bem como o que é gasto com folha de pessoal e 
impostos.
2.2 BALANÇO SOCIAL E RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE
No atual cenário econômico, globalizado e cada vez mais competitivo, 
cujas organizações almejam sobressair ou mesmo sobreviver, a avaliação de 
variáveis internas e externas é uma necessidade em qualquer ramo de atividade. 
A contabilidade que já é uma grande aliada conhecida pelas empresas, além 
de contribuir para a visualização e compreensão de resultados financeiros 
pode amparar o enfoque social e ambiental como parte da gestão estratégica 
empresarial (LIMA; COSTA; ALVES, 2019).
O balanço social contribui para uma gestão estratégica eficiente, no qual 
a função é tornar pública a responsabilidade social das organizações, publicado 
anualmente, explicitando claramente as ações tomadas pelas empresas com 
relação aos seus profissionais e à sociedade que nela está inserida. Nesse 
sentido, Oliveira (2013) ressalta que a forma de divulgação do balanço social 
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pode variar, sendo possível ser um documento integrado ao relatório anual 
da empresa ou separado. Em relação a sua exposição, é importante ressaltar 
que o uso de tecnologias, bem como a utilização da internet tem propiciado 
um aumento considerável.
A CVM, ao longo dos anos, apoiou e incentivou a divulgação voluntária 
das ações empresariais que reflitam as suas preocupações e responsabilidades 
no campo social, tendo emitido dois Pareceres de Orientação incentivando a 
divulgação de informações de natureza social (o Parecer de Orientação CVM 
no 15/1987 na parte que trata do Relatório da Administração, e o Parecer de 
Orientação CVM no 24/1992, sobre divulgação da Demonstração de Valor 
Adicionado). 
Da mesma forma, o Conselho Federal de Contabilidade baixou em 2015 
a Resolução CFC nº 1.003/2005, que aprovou a NBC T-15 – Informações 
de Natureza Social e Ambiental, estabelecendo a conceituação, objetivos e 
informações a serem divulgadas (SILVA, 2019).
Em âmbito mundial a Global Reporting Initiative (GRI) – uma organização 
não governamental internacional, com sede em Amsterdã, na Holanda – tem 
como missão desenvolver e disseminar globalmente diretrizes para a elaboração 
de relatórios de sustentabilidade utilizadas voluntariamente por empresas do 
mundo todo. Trata-se atualmente do único formato mundialmente aceito 
para a publicação de balanços na área de sustentabilidade. 
Há três modelos-padrão de balanço social disponíveis no Brasil. Dois 
nacionais (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) e 
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e um internacional 
sugerido pela Global Reporting Initiative (GRI). Todos visam definir as 
informações mínimas a serem publicadas para dar transparência às atividades 
da empresa.
•	 IBASE: lançado em 1997, o Balanço Social Modelo Ibase, inspira-se no 
formato dos balanços financeiros. Expõe, de maneira detalhada, os números 
associados à responsabilidade social da organização. Em forma de planilha, 
reúne informações sobre a folha de pagamentos, os gastos com encargos 
sociais de funcionários e a participação nos lucros. Além disso, detalha as 
despesas com controle ambiental e os investimentos sociais externos nas 
diversas áreas (educação, cultura, saúde etc.).
•	 Guia de Elaboração de Balanço Social do Instituto Ethos: baseado num 
relato detalhado dos princípios e das ações da organização, este guia 
incorpora os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial 
e a planilha proposta pelo Ibase, sugerindo um detalhamento maior do 
contexto das tomadas de decisão em relação aos problemas encontrados 
e aos resultados obtidos.
 CURSO LIVRE - ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
•	 Diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade, da Global Reporting 
Initiative (GRI): este modelo é considerado o mais completo e abrangente, 
considerado o padrão internacional de relatórios de sustentabilidade. O 
modelo GRI está em sua terceira versão, a chamada G3, e já se encontra 
disponível em português.
Acadêmico, conheça o balanço social e o relatório de sustentabilidade 
da Vale acessando: http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/news/
Documents/2018/relatorio_balanco_Vale+_completo.pdf
De maneira geral, o Balanço Social nas empresas dever conter:
• Indicadores Econômicos (faturamento bruto, receita líquida, resultado 
operacional, impostos e contribuições, folha de pagamento e encargos 
sociais etc.).
• Indicadores Sociais internos (investimentos sociais para funcionários, como 
alimentação, saúde, segurança no trabalho, creche, capacitação, previdência 
social, participação nos lucros ou resultados etc.).
• Indicadores Sociais externos (investimentos realizados na comunidade, 
como educação, cultura, saúde e saneamento, combate à fome etc.).
• Indicadores ambientais (investimento realizado para minimizar os resíduos 
ambientais, para aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, para 
reduzir a poluição etc.).
• Indicadores do corpo funcional (número de funcionários ao final do período, 
número de estagiários, de mulheres, de empregados com mais de 45 anos, 
pessoas portadoras de necessidades especiais etc.), e outras informações
Perceba que existe uma relação entre Balanço Social e Responsabilidade 
Social Empresarial, já que o primeiro nada mais é do que um documento que 
atesta a preocupação da empresa tanto em se relacionar com a comunidade 
quanto com a sustentabilidade.
2.3 EBITDA
O EBITDA, que corresponde, em inglês, à Earnings Before Interest, Taxes, 
Depreciation and Amortization, e o EBIT (Earnings Before Interest, Taxes) 
nada mais são do que o Lucro Operacional Ajustado. 
No Brasil, poderíamos expressá-los como LAJIDA (Lucro antes de Juros, 
Impostos sobre a Renda incluindo Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, 
Depreciação e Amortização) e LAJIR (Lucro Antes dos Juros e Impostos sobre 
a Renda incluindo Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). 
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Sua divulgação no Brasil, apesar de não obrigatória, vem sendo feita pela 
maioria das empresas decapital aberto (SILVA, 2019).
FIGURA 19 – DRE – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (BASE PARA O 
EBITDA)
FIGURA 20 – CÁLCULO PRÁTICO DO EBITDA
FONTE: <https://cptstatic.s3.amazonaws.com/imagens/enviadas/materias/
materia11673/2ebitda-cursos-cpt.jpg>. Acesso em: 20 jul. 2020.
FONTE: <https://cptstatic.s3.amazonaws.com/imagens/enviadas/materias/
materia11673/3ebitda-cursos-cpt.jpg>. Acesso em: 20 jul. 2020.
Antes de se calcular o EBITDA, deve-se calcular o lucro operacional da 
empresa. Este é o resultado da subtração do custo das mercadorias vendidas 
(CMV), das despesas operacionais e das despesas financeiras líquidas.
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O EBITDA é um importante indicador para análise da performance da 
empresa, considerando sua atividade-fim, ou seja, o negócio propriamente 
dito. Por isso, é muito utilizado em empresas de capital aberto, que precisam 
informar aos acionistas sobre o desempenho da empresa em determinado 
período, demonstrando sua capacidade para crescimento.
Por desconsiderar fatores externos, que fogem ao controle dos gestores e 
acionistas, o EBITDA é um dado mais real em relação à habilidade da empresa 
e à forma como seu negócio está sendo conduzindo.
Analisar o lucro antes dos impostos é uma forma mais clara e transparente 
de entender a eficácia da gestão, identificar pontos de melhoria e novas 
oportunidades.
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REFERÊNCIAS
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Disponível em: https://assets.kpmg/content/dam/kpmg/br/pdf/2020/01/br-
demonstra%C3%A7%C3%B5es-financeirasi-ilustrativas-2019.pdf. Acesso em: 
20 jul. 2020.
LAGIOIA, U. T. Pronunciamentos contábeis na prática. Volume 4. São 
Paulo: Atlas, 2014.
LIMA, V. M.; COSTA, S. T. da S.; ALVES, F. C. O balanço social e suas 
contribuições para uma gestão estratégica empresarial eficiente. Revista 
GeTeC, v. 8, n. 20, 2019.
OLIVEIRA, J. A. P de. Empresas na sociedade: sustentabilidade e 
responsabilidade social. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
PEREZ JUNIOR, J. H.; BEGALLI, G. A. Elaboração e Análise das 
Demonstrações Financeiras. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
RIBEIRO, O. M. Noções de demonstrações contábeis. São Paulo: Érica, 
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Sociedades por ações: como era e como ficou. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 
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RIBEIRO, O. M. Estrutura e análise de balanços. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 
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SÁ, A. L de. Dicionário de Contabilidade. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
SILVA, A. A. da. Estrutura, análise e interpretação das demonstrações 
contábeis. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

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