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1991-assistencia-farmaceutica

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Assistência 
Farmacêutica
João Paulo Manfré dos Santos
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
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Imagens
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pelos seus mantenedores. Sendo assim, a Editora não se responsabiliza pelo conteúdo de terceiros.
Presidência 
Rodrigo Galindo
Vice-Presidência de Produto, Gestão 
e Expansão
Julia Gonçalves
Vice-Presidência Acadêmica
Marcos Lemos
Diretoria de Produção e 
Responsabilidade Social
Camilla Veiga
Gerência Editorial
Fernanda Migliorança
Editoração Gráfica e Eletrônica
Renata Galdino
Luana Mercurio
Supervisão da Disciplina
Joselmo Willamys Duarte
Revisão Técnica
Joselmo Willamys Duarte
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 Santos, João Paulo Manfré dos
S237a Assistência farmacêutica / João Paulo Manfré dos Santos, Flávia Soares Lassie.
 Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2020.
 176p.
 
 ISBN 978-85-522-1652-0
 
 1. Assistência Farmacêutica. 2. Atenção Farmacêutica. 
 3. Farmacêutico no SUS. I. Lassie, Flávia Soares. II. Título. 
 
CDD 615.1 
Jorge Eduardo de Almeida CRB-8/8753
Sumário
Unidade 1
Histórico e evolução da assistência farmacêutica ..................................... 7
Seção 1
Contextualização da assistência farmacêutica ................................ 8
Seção 2
Evolução da assistência farmacêutica no Brasil ............................19
Seção 3
Relações de medicamentos essenciais ............................................30
Unidade 2
O ciclo da assistência farmacêutica ...........................................................47
Seção 1
Aspectos gerais do ciclo da assistência farmacêutica ...................48
Seção 2
Seleção, programação, aquisição e armazenamento de 
medicamento .....................................................................................59
Seção 3
Distribuição, prescrição, dispensação e processos finais .............70
Unidade 3
Introdução à atenção farmacêutica ...........................................................87
Seção 1
Introdução à atenção farmacêutica ................................................89
Seção 2
Métodos usados no acompanhamento farmacoterapêutico ....101
Seção 3
Controle e prevenção de complicações relacionadas aos 
medicamentos ................................................................................114
Unidade 4
Assistência farmacêutica no âmbito hospitalar ....................................135
Seção 1
Assistência farmacêutica em hospitais ........................................136
Seção 2
Atividades do farmacêutico na assistência farmacêutica 
hospitalar ........................................................................................148
Seção 3
Uso racional de medicamentos ....................................................160
Palavras do autor
Caríssimo leitor, é com muita satisfação que lhe apresentamos esta obra cujo tema central será a Assistência Farmacêutica, importante para a formação profissional e para que se garanta o desenvolvimento 
de competências e habilidades necessárias para uma atuação de destaque e 
alinhada com as necessidades da sociedade.
Para isso trabalharemos com a compreensão do desenvolvimento histó-
rico da assistência farmacêutica até os dias atuais; passaremos pelas carac-
terísticas do ciclo da assistência farmacêutica e discutiremos como se dá a 
atenção farmacêutica nesse contexto; isso tudo para alcançarmos, ao final, a 
compreensão da assistência farmacêutica no ambiente hospitalar.
Na primeira unidade da obra, teremos os conteúdos da história da assis-
tência farmacêutica, como ela está inserida no Sistema Único de Saúde e os 
medicamentos essenciais para realização da mesma.
Na segunda unidade, trataremos dos aspectos gerais do ciclo da assis-
tência farmacêutica, discutiremos sobre o processo de seleção, programação 
e aquisição de medicamentos, os aspectos do armazenamento, distribuição e 
dispensação de medicamentos, conceitos fundamentais para a compreensão 
do material como um todo. 
Já na terceira unidade, discutiremos sobre a atenção farmacêutica, 
perpassando por normatização, experiências bem-sucedidas, métodos para 
acompanhamento farmacoterapêutico e estratégias para controle e prevenção 
de complicações relacionadas aos medicamentos.
Por fim, na quarta unidade da obra, debateremos a assistência farmacêu-
tica no âmbito hospitalar com foco na evolução dessa área; quais são suas 
diretrizes nas atividades e atribuições; e como se dá o uso racional de medica-
mentos, elementos de farmacoepidemiologia e de farmacoeconomia.
Pois bem, você pode observar que teremos um material bem complexo, 
robusto e interessante para sua formação. Desejo a você muito sucesso nesta 
jornada e espero que este conteúdo venha a contribuir para a transformação 
de sua vida através da educação. Dedique-se, aprofunde seus conhecimentos 
e faça a diferença! Bons estudos!
Unidade 1
João Paulo Manfré dos Santos
Histórico e evolução da assistência farmacêutica
Convite ao estudo
O Sistema Único de Saúde (SUS) e a saúde pública brasileira são temas 
recorrentes em todas as esferas de governo. Sobre isso convido-lhe a fazer 
uma reflexão: quantas propagandas e materiais publicitários você já viu sobre 
as ações envolvendo o SUS e a saúde pública? Creio que muitas, assim como 
já deve ter ouvido, assistido ou lido críticas ao SUS e à saúde pública nos 
últimos anos. Mas, para entendermos todo o processo evolutivo e sabermos 
quais os próximos passos a serem seguidos, nada melhor do que olhar para 
a história e refletir sobre as diferentes óticas e contextos do processo em que 
estamos inseridos atualmente, principalmente no tocante ao Sistema Único 
de Saúde e suas relações com a evolução da assistência farmacêutica.
Por isso, teremos como mote a compreensão sobre o desenvolvimento 
histórico da assistência farmacêutica com seus principais marcos e caminhos, 
os quais nos levaram até o modelo que temos atualmente. Esse tema 
mostra-se relevante para que você seja capaz de atuar com uma visão ampla 
sobre os princípios intrínsecos da assistência farmacêutica e de aplicar seus 
conheciementos, de forma satisfatória e destacada, na promoção, proteção e 
recuperação da saúde, não importando em qual contexto estará inserido, seja 
ele público ou privado.
Para responder aos questionamentos que serão levantados, versaremos 
sobre o histórico da assistência farmacêutica, das políticas públicas de saúde 
no Brasil, e sobre as principais conquistas da assistência farmacêutica na 
década 1990. Também teremos o modelo e a configuração da assistência 
farmacêutica no SUS, a lei dos genéricos, a política nacional de medica-
mentos, os aspectos estratégicos e operacionais, bem como a análise e 
discussão da relação de medicamentos essenciais.
8
Seção 1
Contextualização da assistência farmacêutica
Diálogo aberto
Estimado aluno, você talvez seja um dos milhares de brasileiros que 
necessitam do SUS para ter atenção à saúde; mas, mesmo que não seja parte 
desse contingente, certamente conhecealguém que necessite do SUS. E cito 
isso para que você busque em suas memórias as dificuldades existentes e 
reflita se este sistema está evoluindo adequadamente no contexto da assis-
tência farmacêutica.
Nesse sentido, apresentamos o caso de Alice, senhora viúva de 87 anos 
de idade que é pensionista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 
Seus proventos, como a maioria dos aposentados e pensionistas brasi-
leiros, não são suficientes para adquirir todos os medicamentos prescritos 
por seu médico, considerando que ela apresenta uma série de comorbi-
dades que necessitam de tratamento farmacológico contínuo. Ao procurar 
a Unidade Básica de Saúde (UBS) para verificar a possibilidade de obter os 
medicamentos através do SUS, ela foi direcionada para o setor de triagem 
do local, que identificou prontamente suas necessidades, realizou seu atendi-
mento e procedeu com os agendamentos necessários para, posteriormente, 
encaminhá-la ao farmacêutico da Unidade. Durante a consulta, Alice ficou 
pensando: desde quando havia aquele serviço no Sistema Único de Saúde? 
Será que a Unidade de Saúde pode conceder qualquer tipo de medicamento? 
E, por fim, ao conversar com o profissional responsável, Alice quis entender 
melhor quais são os medicamentos obrigatoriamente cedidos pelo Estado e 
quais são de responsabilidade da União.
Assim sendo, os questionamentos de Alice ao farmacêutico da Unidade Básica 
de Saúde durante a consulta fizeram com que ele buscasse seus conhecimentos 
relacionados à assistência farmacêutica para que pudesse proceder com as orienta-
ções necessárias, sanando, assim, as dúvidas da paciente. Mas, e você, futuro farma-
cêutico, saberia responder as perguntas de Alice? Aliás, você sabe sobre a evolução 
histórica da assistência farmacêutica na saúde pública brasileira?
O que acha de usarmos os conteúdos relacionados ao histórico da assistência 
farmacêutica e das políticas públicas de saúde no Brasil que levaram aos princípios 
doutrinários do Sistema Único de Saúde? E que tal conhecermos a Política Nacional 
de Medicamentos e entendermos a Política Nacional da Assistência Farmacêutica? 
Com certeza, se alcançarmos esses objetivos, você notará uma clara compreensão 
dos seus futuros desafios enquanto profissional da saúde e do seu papel social!
9
Não pode faltar
Para iniciarmos nosso processo de construção das respostas aos questio-
namentos de Alice, precisaremos retornar um pouco à história e às ações que 
levaram aos modelos atuais de saúde, à configuração da assistência farma-
cêutica no Brasil e às políticas dela originadas.
Dentro desse contexto histórico, veremos que a assistência farmacêu-
tica é parte estratégica da Política Nacional de Saúde, que se justifica pela 
sociedade em constante transformação e permeada por profundos debates 
políticos e ideológicos inerentes à evolução social, e que tem como objetivo 
maior dirimir as contradições, a desigualdade e a exclusão.
Você notará que a inclusão da assistência farmacêutica na saúde pública ocorreu 
por programas isolados e desarticulados para a disponibilização de medicamentos, 
fato que deixava alguns usuários sem cobertura. Apresentaremos a seguir os princi-
pais pontos históricos da assistência farmacêutica em ordem cronológica e com 
menções às ações e atividades realizadas à época.
O marco histórico dos mecanismos de acesso da população aos medica-
mentos aconteceu com a criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões 
(IAPs), que possibilitavam aos beneficiários a compra de alguns medica-
mentos por preços especiais, menores do que os praticados no mercado, 
tendo o Estado como cofinanciador e cogestor de um amplo sistema que, a 
partir desta, passaria a assumir o dispêndio da atenção médica.
Em 1967, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) autoriza a 
prestação da assistência farmacêutica pela previdência social em diferentes 
modalidades, tais como o fornecimento direto de medicamentos, o finan-
ciamento parcial de medicamentos, o financiamento total para aquisição de 
medicamentos, a consignação de medicamentos a empresas conveniadas e o 
copagamento por beneficiários. Posteriormente a essa fase, em 1971, surge a 
Central de Medicamentos (CEME), órgão ligado à presidência da República, 
responsável pelo fornecimento mínimo de medicamentos à população 
carente e que, em 1974, foi transferido para o Ministério da Previdência 
Social, passando, em 1985, a ser parte do Ministério da Saúde com funções 
reduzidas para aquisição e distribuição de medicamentos.
Concomitantemente, o fornecimento de medicamentos de alto custo pelo 
serviço público se iniciou a partir da segunda metade da década de 1970 
por pressões de associações de usuários e de médicos do Instituto Nacional 
de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), sendo realizada, na 
época, pela CEME. Todavia, em 1982, houve a regulamentação para aquisição 
de medicamentos que não estivessem na Relação Nacional de Medicamentos 
10
Essenciais (Rename), dependendo da natureza e da gravidade da doença, em 
caráter excepcional, ainda sob responsabilidade do INAMPS. 
Toda essa evolução na disponibilização de medicamentos à população 
levou à realização de um evento, em 1988, que foi marcante na história da 
assistência farmacêutica: o I Encontro Nacional de Assistência Farmacêutica 
e Política de Medicamentos por meio do qual foram elaboradas propostas de 
assistência farmacêutica que, mais tarde, embasariam o SUS (Sistema Único 
de Saúde) com a presença de farmacêuticos em todas as fases.
Diante dos fatos, em 1990 surge a Lei nº 8.080, que rege o SUS e define 
o compromisso público de garantia à assistência integral à saúde, inclusive 
a farmacêutica, confirmando a garantia constitucional do direito à saúde. 
A partir daí, a assistência farmacêutica torna-se elemento fundamental no 
SUS e parte integrante da Política Nacional de Saúde (PNS), a qual garante o 
acesso da população aos serviços farmacêuticos e a medicamentos e insumos.
Assimile
Portanto, podemos e devemos considerar que a assistência farmacêu-
tica traz a contextualização das concepções de estado, do mercado 
farmacêutico e das políticas de saúde, perpassando historicamente a 
assistência do farmacêutico à saúde das pessoas, o que acontecia nas 
boticas até a fase da industrialização, da expansão do comércio e da 
organização dos serviços de saúde. E mesmo com toda a evolução 
vivenciada na área, inúmeros são os desafios, os quais vão desde dificul-
dades na infraestrutura e operação a dificuldades no atendimento da 
demanda populacional por medicamentos. Todas essas considerações 
apresentadas anteriormente visam a destacar o desenvolvimento da 
assistência farmacêutica como parte estratégica da Política Nacional de 
Saúde (PNS), fato que ficará cada vez mais claro no decorrer do material.
Dessa maneira, podemos inferir que a assistência farmacêutica com foco 
em abastecimento de medicamentos auxiliou na promoção da cidadania em 
alinhamento com o princípio constitucional do direto à saúde e da univer-
salidade do SUS. Além desse princípio constitucional, observamos também 
outros princípios do SUS presentes no âmbito da assistência farmacêutica: 
um deles é a descentralização, que se encontra mais visível nos recursos para 
fornecer medicamentos à população; outro é o da integralidade, uma vez que 
o fornecimento de medicamentos satisfaz as necessidades da população, o 
que é exemplificado pela adoção e revisão permanente da Rename e pelo 
Uso Apropriado de Medicamentos (UAM), sendo este de grande repercussão 
econômica e relacionado à mudança de comportamento da população, de 
11
profissionais da saúde, de gestores e de consumidores. Além disso, a assis-
tência farmacêutica busca, dentro das suas ações, promover a equidade, ou 
seja, fornecer medicamentos para aqueles que realmente necessitam pelo 
prazo necessário para a solução do caso.
Outro marco histórico importante nesse mesmo ano é a promulgação 
da Lei nº 8.142 que estabelece a participaçãoda comunidade na gestão do 
Sistema Único de Saúde e aborda aspectos da transferência de recursos finan-
ceiros intergovernamentais na área da saúde.
Já em 1993, houve a quebra do paradigma sobre o que se entendia por 
medicamentos excepcionais e estabeleceu-se a primeira lista de medica-
mentos, que foi sendo ampliada ao longo do tempo. Em 1997, o Decreto 
Presidencial n° 2.283 extingue a CEME, responsável pelo fornecimento 
de medicamentos, até mesmo os excepcionais, para que, em 1998, fosse 
promulgada a Política Nacional de Medicamentos através da Portaria 
3.916, que estabelece a priorização do acesso universal aos medicamentos 
essenciais e a promoção do uso racional destes. Assim, por ser consi-
derada um marco para a assistência farmacêutica devido a seu caráter 
de instrumento balizador da política de medicamentos no Brasil, nela 
destaca-se a Rename como um importante instrumento para elencar 
os produtos necessários para tratamento e controle da maioria dos 
problemas de saúde, promover o uso racional e orientar o financiamento 
de medicamentos na assistência farmacêutica. 
Aqui devemos aprofundar nossos conhecimentos sobre a Política 
Nacional de Medicamentos e, consequentemente, sobre a Assistência 
Farmacêutica, já que estão integradas aos princípios do SUS e já que esta 
política objetiva garantir a segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos 
com a promoção do uso racional destes e a regulação do acesso da população 
aos medicamentos essenciais através da ampliação da disponibilidade de 
produtos no Sistema Único de Saúde.
A Política Nacional de Medicamentos promoveu o diálogo entre duas 
grandes diretrizes da Assistência Farmacêutica, a Regulamentação Sanitária 
de Medicamentos e a Garantia da Segurança, Eficácia e Qualidade dos 
Medicamentos, marcado pela criação da Agência de Vigilância Sanitária 
(Anvisa), pela Lei n° 9.782, de 1999. Assim, a Política Nacional de 
Medicamentos também contempla a diretriz da Promoção do Uso Racional 
de Medicamentos com ações individuais e articuladas que envolvem diversos 
atores desse processo: paciente, profissionais de saúde, gestores e instituições 
relacionadas à saúde e ao sistema de saúde. 
Em resumo, podemos inferir que a Política Nacional de Medicamentos 
serve como um instrumento orientador e transversal aos diferentes governos 
12
cujos interesses são totalmente antagônicos aos do mercado farmacêutico e 
aos do sistema público de saúde. 
Seguindo nesse processo evolutivo, em 2000, foram elaborados os 
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), que caminharam com 
a assistência farmacêutica e estabeleceram as doenças que necessitavam de 
medicamentos excepcionais.
Simultaneamente às evoluções relacionadas aos medicamentos excepcio-
nais, foi publicada, em 2002, a Portaria nº 1.318, que definiu os valores de 
repasse do Ministério da Saúde aos estados para cada procedimento padro-
nizado, surgindo assim o termo “medicamentos de alto custo”. Porém, obser-
vou-se, na época, que os repasses não condiziam com o custo total desses 
medicamentos, ficando aos estados a responsabilidade do restante do custeio 
que, com o passar do tempo, foi tornando inviável a operação pelos elevados 
custos operacionais (centros de referência, profissionais e medicamentos).
Em face da necessidade de inserir a assistência farmacêutica no contexto 
das ações de saúde, em 2003, é criado o Departamento de Assistência 
Farmacêutica (DAF). Nesse mesmo ano aconteceu a I Conferência Nacional 
de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (CNMAF), a qual gerou a 
Resolução nº 338 da Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) 
como parte integrante da Política Nacional de Saúde. Nesse contexto, a 
PNAF foi definida como sendo o conjunto de ações para promoção, proteção 
e recuperação da saúde individual e coletiva, visando ao acesso e ao uso 
racional do medicamento.
Exemplificando
A partir da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, diversos 
programas foram originados, como o Programa Farmácia Popular do Brasil 
(Decreto n° 5.090, de 2004) que garante o acesso a medicamentos e seu 
uso racional, além do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farma-
cêutica (Hórus), cujo objetivo é fornecer informações fidedignas sobre o 
acesso, o perfil de utilização, a demanda e o estoque de medicamentos.
Em 2006, a Portaria nº 2.577 surge com o intuito de definir as regras para 
execução do Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional 
(CMDE) e as responsabilidades de cada gestor, entretanto essas regras não 
ficam muito claras. Então, nesse mesmo ano, foi publicada a Portaria nº 399, 
do Pacto Pela Saúde, que definiu os cinco blocos de financiamento do SUS 
e estabeleceu um bloco específico para a assistência farmacêutica, o qual foi 
dividido em três partes:
13
• CBAF (Componente Básico de Assistência Farmacêutica): respon-
sável pela aquisição de medicamentos e insumos para atenção básica.
• Componente Estratégia da Assistência Farmacêutica: responsável 
pelo financiamento de medicamentos para doenças endêmicas.
• CMDE (Componente de Medicamento de Dispensação Excepcional): 
responsável pelo fornecimento de medicamentos de elevado 
valor unitário.
Ainda seguindo nessa evolução, em 2009, a Portaria nº 2.981 define o 
CEAF (Componente Especializado de Assistência Farmacêutica) como 
substituto do CMDE, seguindo protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas 
(PCDT) do Ministério da Saúde. 
Visando regular as formas de acesso aos medicamentos disponibilizados 
pelo SUS, em 2011, é editado o Decreto nº 7.508 e é criada a Lei nº 12.401, 
que aborda a assistência farmacêutica e a incorporação de tecnologias em 
saúde no SUS, além do Decreto nº 7.508, que altera a organização desse 
Sistema, o planejamento, a assistência à saúde e a articulação inter-federativa.
Nesse contexto, em 2013, a Portaria nº 1.554 estabelece um novo marco 
regulatório do CEAF com a inclusão de novos medicamentos, transferência 
de medicamentos para o CBAF e a atualização dos valores de ressarcimento.
Encerrando a nossa trajetória histórica, em 2017, a Portaria nº 3.992 
estabelece o financiamento e a transferência dos recursos federais para ações 
e serviços públicos de saúde, o que impacta diretamente na organização e 
operação da assistência farmacêutica. Veja na Figura 1.1 essa linha do tempo 
com os marcos do fortalecimento das políticas farmacêuticas ao longo das 
últimas décadas.
14
Figura 1.1 | Marcos das políticas voltadas ao contexto da assistência farmacêutica no Brasil
CEMEJUN-71
SET-73
JAN-75
JAN-77
SET-78
JAN-87
OUT-88
JUL-97
OUT-98
JAN-99
FEV-99
MAI-00
JUN-03
MAI-04
MAI-04
JUN-06
MAI-09
ABR-11
JUN-12
AGO-14
PNI
RENAME
LISTA MODELO DE MEDICAMENTOS DA OMS
PROGRAMA FARMÁCIA BÁSICA
CONFERÊNCIA DE ALMA-ATA
SUS
FIM DA CEME
PNM
ANVISA
GENÉRICOS
CPI MEDICAMENTOS
DAF E CMED
CONFERÊNCIA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
FARMÁCIA POPULAR
PNAF
PNPMF
DECIIS
CONITEC
LEI FARMÁCIA COMO ESTABELECIMENTO DE SAÚDE
Fonte: adaptada de BRASIL, 2018, p. 12. Disponível em:
Reflita
Observamos então que, ao longo do tempo, a assistência farmacêutica 
vem se consolidando como um dos principais pilares do SUS e está em 
contínuo processo de normatização, controle e evolução. Essa visão 
mais ampla é necessária para compreendermos como estamos na atual 
conjuntura e quais serão as prováveis evoluções nessa área. E você, caro 
aluno, é capaz de enxergar os próximos passos do processo evolutivo da 
assistência farmacêutica?
No Brasil, um ponto que merece muito destaque é a forma como vem sendo 
implementada a assistência farmacêutica pela União, estados e municípios por 
meio das pactuações nas Comissões Bipartites e Tripartites que definem finan-
ciamentos, eleição dos medicamentos, e formas de acesso a estes.
15
Por se tratar dos aspectos históricos que envolvem uma evolução de 
aproximadamente 30 anos em um país com dimensões continentais, desigual 
e complexo, que passou por inúmeras mudanças políticas, sociaise econô-
micas, a escolha dos recortes históricos partiu do pressuposto dos atos 
regulatórios que expressam um esforço nacional de implementação, mas que 
não garantem o sucesso futuro das ações voltadas à assistência farmacêutica.
Sem medo de errar
Vimos o caso de Alice: pensionista do INSS que buscou a Unidade 
Básica de Saúde (UBS) para verificar a possibilidade de obter os medica-
mentos através do SUS. Lá ela foi atendida pelo farmacêutico e vivenciou a 
experiência da assistência farmacêutica. Durante a consulta, fez uma série 
de questionamentos sobre essa assistência, visando encontrar respostas para 
questões que a intrigavam. Basicamente, para respondermos os questiona-
mentos de Alice, precisamos compreender a evolução histórica da assistência 
farmacêutica na saúde pública brasileira e as suas relações com as políticas 
públicas de saúde no Brasil.
Assim, temos que o processo de construção da assistência farmacêutica 
inicia-se, basicamente, na década de 1930, porém somente nos últimos 30 
anos é que foram observadas evoluções significativas e mais robustas, capazes 
de garantir à população o acesso e o uso racional de medicamentos. Além 
disso, precisamos compreender que, ainda que se trate de um aspecto político 
e, por isso, esteja sujeito aos vieses ideológicos de cada gestão, a assistência 
farmacêutica necessita ter salvaguardado o seu papel social de dirimir as 
contradições, desigualdades e exclusões observadas na sociedade brasileira.
O início de seu processo de construção deu-se por meio de programas 
isolados e desarticulados, mas que evoluíram para políticas mais abran-
gentes e amplas, como a Política Nacional de Medicamentos e a Política 
Nacional de Assistência Farmacêutica, que corroboram com as diretrizes do 
SUS. Atualmente, o foco está na maior eficiência operacional que garante 
a equidade e universalidade do acesso à Assistência Farmacêutica, foco 
este que necessita de um amplo esforço nacional para que possa garantir o 
sucesso, no presente e no futuro, da assistência farmacêutica.
16
Avançando na prática
Farmácia Popular
Joaquina, após realizar consulta médica, teve prescrito para seu caso uma série 
de medicamentos. Ao verificar a quantidade destes, buscou a Farmácia Popular 
para proceder com a compra e, assim, iniciar seu tratamento. Porém, ao chegar à 
Farmácia Popular, foi atendida pelo farmacêutico responsável pela unidade e desco-
briu que nem todos os medicamentos dos quais precisava estavam disponíveis, o 
que a deixou intrigada. Durante a conversa com o profissional, dona Joaquina quis 
entender como funcionava esse programa e quais os critérios de elegibilidade dos 
medicamentos. Vamos auxiliar o profissional farmacêutico a responder os questio-
namentos de Joaquina? Para isso, vamos iniciar explicando sobre as principais 
características do Programa de Farmácia Popular?
Resolução da situação-problema
O programa Farmácia Popular foi criado em 13 de abril de 2004, através 
da Lei n° 10.858, posteriormente regulamentada pelo Decreto n° 5.090, 
de 20 de maio de 2004. O programa tem por objetivo ofertar à população 
mais uma alternativa de acesso aos medicamentos considerados essenciais, 
com o intuito de atender a uma diretriz importante da Política Nacional de 
Assistência Farmacêutica por meio de estabelecimentos credenciados que 
requerem uma série de documentos às pessoas que desejem fazer uso desse 
programa. Portanto, caso algum dos medicamentos prescritos para Joaquina 
não esteja na lista de medicamentos essenciais (Rename), ela não conseguirá 
no programa Farmácia Popular.
Faça valer a pena
1. A assistência farmacêutica está em constante processo evolutivo, no qual 
observamos a descentralização, a universalidade e a equidade do acesso, 
importantes para a aderência às políticas existentes e ao SUS. Nesse contexto, 
analise as assertivas a seguir e se existe relação entre elas:
I. Até a década de 1990, a assistência farmacêutica era essencialmente 
realizada por farmácias e drogarias privadas.
PORQUE
II. O governo federal criou o Programa Farmácia Popular e centralizou 
apenas em farmácias estatais a oferta de medicamentos essenciais.
17
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
a. As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não justifica a I.
b. As asserções I e II são verdadeiras e a II justifica a I.
c. A asserção I é verdadeira e a II, falsa.
d. A asserção I é falsa e a II, verdadeira.
e. As asserções I e II são falsas.
2. A assistência farmacêutica é considerada como um dos principais 
elementos do Sistema Único de Saúde por permitir que suas premissas sejam 
amplamente atendidas e as garantias constitucionais sejam realizadas. 
I. A assistência farmacêutica desenvolve ações de promoção, proteção 
e recuperação da saúde.
II. A assistência farmacêutica estimula o consumo de medicamentos 
em todos os casos.
III. A assistência farmacêutica tem o medicamento como seu 
insumo principal.
IV. A assistência farmacêutica realiza ações de uso racional de medicamentos.
É correto o que se afirma em:
a. Somente as sentenças I, II e III estão corretas.
b. Somente as sentenças I, II e IV estão corretas.
c. Somente as sentenças I, III e IV estão corretas.
d. Somente as sentenças II, III e IV estão corretas.
e. Somente as sentenças II e IV estão corretas.
3. Como a assistência farmacêutica está inserida no contexto do Sistema 
Único de Saúde, suas ações estão totalmente alinhadas com as diretrizes que 
norteiam o sistema público de saúde do Brasil. Com base nessas informa-
ções, relacione a coluna A dos princípios do SUS às características da assis-
tência farmacêutica na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
I. Princípio da universilidade 1. A assistência farmacêutica fornece medica-
mentos essenciais à população, até mesmo 
os considerados de alto custo.
18
COLUNA A COLUNA B
II. Princípio da equidade 2. A assistência farmacêutica é acessível a 
todos os cidadãos brasileiros.
III. Princípio da integralidade 3. A assistência farmacêutica tem em suas 
ações o desenvolvimento da cultura do 
uso racional dos medicamentos, para que 
todos tenham as mesmas condições de 
acesso.
Assinale a alternativa que associa corretamente as colunas.
a. I-1; II-2; III-3.
b. I-2; II-3; III-1.
c. I-3; II-1; III-2.
d. I-1; II-3; III-2.
e. I-2; II-1; III-3.
19
Seção 2
Evolução da assistência farmacêutica no Brasil
Diálogo aberto
Estimado aluno, seja muito bem-vindo à nossa seção de estudos. É com imenso 
prazer que o convidamos para estudar os conceitos da assistência farmacêutica, 
suas principais conquistas na década de 1990, as perspectivas trazidas pela lei dos 
genéricos para a área e seus avanços no âmbito do Sistema Único de Saúde.
Esses são conteúdos importantíssimos para a formação profissional, pois 
inúmeras vezes somos expostos tanto aos benefícios da assistência farmacêutica 
quanto aos desafios, seja como usuários, seja como cidadãos ou até mesmo como 
profissionais, já que o desenvolvimento da sociedade passa pela necessidade de 
garantirmos a toda a população direitos básicos, como é o caso da saúde. 
Para discutirmos esses temas, voltamos à UBS onde um farmacêutico 
local fazia o atendimento à paciente Alice, senhora viúva com várias comor-
bidades e em uso crônico de alguns medicamentos. Ela tem 87 anos, é pensio-
nista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e seus proventos não são 
suficientes para adquirir todos os medicamentos prescritos pelo seu médico. 
Durante o atendimento, o farmacêutico conversou bastante com a paciente 
sobre a assistência farmacêutica. Particularmente naquele dia, o farmacêu-
tico da UBS estava recebendo a visita de um colega farmacêutico do Núcleo 
de Apoio à Saúde da Família (NASF) e, antes de terminar o atendimento a 
dona Alice nas dependências da farmácia da UBS, os dois colegas de profissão 
conversaram brevemente sobre ela. No meio dessa discussão, o farmacêutico do 
NASF levantou alguns pontos ao seu colega, pois tinha dúvidas como: quais seriamas bases que fundamentam a assistência farmacêutica? Como se deu o processo 
histórico e os avanços da assistência farmacêutica no contexto do Sistema Único de 
Saúde? Qual a opinião do colega a respeito das perspectivas trazidas para a assis-
tência farmacêutica a partir da lei dos genéricos?
Como poderíamos ajudar o farmacêutico da UBS a esclarecer as dúvidas 
do seu colega do NASF?
A compreensão e aprofundamento sobre os conteúdos desta seção 
promoverão o desenvolvimento necessário das competências e habilidades 
para destacada atuação na assistência farmacêutica, bem como permitirá a 
tomada de decisão pautada nos desafios e necessidades sociais relacionadas 
ao papel do farmacêutico dentro deste contexto. 
Bons estudos!
20
Não pode faltar
Caro aluno, chegou o momento de discutirmos sobre os pontos levan-
tados em nossa situação-problema para estabelecermos um raciocínio que 
seja capaz de aliar a compreensão dos conteúdos com o desenvolvimento 
das competências e habilidades necessárias para uma atuação de destaque no 
mercado de trabalho. Iniciaremos, então, discorrendo sobre os conceitos da 
assistência farmacêutica. 
Essa é uma área bem complexa e envolve a atuação de vários profissionais 
do ramo da saúde, como o próprio farmacêutico. Possui por bases concei-
tuais a realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, 
seja ela no contexto individual, seja no contexto coletivo, as quais se voltam 
principalmente para o medicamento e seu uso racional.
Essas bases conceituais são extrapoladas para todos os aspectos que 
envolvem a assistência farmacêutica, seja na pesquisa, no desenvolvimento 
e na produção de medicamentos e insumos, seja na seleção, programação, 
aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade, acompanha-
mento e avaliação da utilização desses medicamentos e insumos. 
Esses aspectos permitem que sejam obtidos resultados concretos que 
balizam tomadas de decisão voltadas para a melhoria da qualidade de vida da 
população e para o cumprimento do papel social do profissional farmacêutico.
Dessa maneira, podemos considerar que a atuação do farmacêutico no 
contexto da assistência farmacêutica está voltada para os interesses sociais 
que fomentaram o desenvolvimento de políticas e ações dessa área, princi-
palmente das observadas a partir da década de 1990 com a institucionali-
zação do Sistema Único de Saúde. 
Essa atuação visa a formar novas posturas profissionais e institucionais 
que estejam em sinergia com a quebra de paradigmas relacionados à assis-
tência farmacêutica existente até então, a qual tinha como principal propó-
sito a distribuição de medicamentos, ação contrária aos conceitos estabele-
cidos nas legislações que tratam do tema.
Diante disso, a assistência farmacêutica necessita ampliar a percepção da 
atuação profissional, extrapolando a cadeia de gestão de medicamentos para 
ter o usuário como centro das atenções e das ações.
21
Assimile
Assistência farmacêutica é um conjunto de ações voltadas à promoção, 
proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, 
tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e 
uso racional.
Isso nos leva a refletir sobre as conquistas obtidas pela assistência farma-
cêutica na década de 1990, na qual foi possível observar enorme esforço do 
Ministério da Saúde para o fortalecimento do ramo através de medidas como a 
capacitação dos recursos humanos, principalmente da classe dos farmacêuticos. 
Observamos também que, nessa década, o princípio da integralidade do 
Sistema Único de Saúde foi identificado como a grande resposta às necessi-
dades de saúde da época, o que ponderou todas as ações e políticas implan-
tadas, inclusive as de assistência farmacêutica. 
Assim sendo, durante a década de 1990 a Anvisa instituiu as Boas Práticas 
de Dispensação, com impacto direto sobre o uso racional de medicamentos. 
Já em 1998 foi criado o Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional 
de Medicamentos, composto por representantes de várias instituições, redefi-
nido em 2013 e que desenvolveu ações de destaque, tais como o Congresso 
Brasileiro de Uso Racional de Medicamentos, além de materiais educativos, 
recomendações de órgãos regulatórios e campanhas. 
A Anvisa também instituiu o Sistema Nacional de Farmacovigilância, que 
contou com forte apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e 
de grupos nacionais que defendiam o uso racional de medicamentos.
Ainda no final da década de 1990, podemos observar que algumas associa-
ções independentes surgiram no Brasil com o objetivo de promover o uso 
apropriado dos medicamentos, além da realização de parcerias com organi-
zações internacionais de diferentes continentes. Nesse sentido, trazemos 
como exemplos o Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF/ENSP/Fiocruz, 
criado em 1998) e o Centro Colaborador da OPAS/OMS, que tem atuado em 
temas relevantes relacionadas ao uso apropriado de medicamentos.
Dessa maneira, percebemos que a primeira década do Sistema Único de 
Saúde foi marcada pelas perspectivas a longo prazo a partir da publicação da 
Política Nacional de Medicamentos em 1998, com diretrizes específicas para 
a promoção da produção de medicamentos e o desenvolvimento científico e 
tecnológico da área. 
22
Além disso, houve também outros grandes avanços como a aprovação 
da política de genéricos (Lei n° 9.787/1999) e do projeto guarda-chuva, que 
estabeleceu a produção de medicamentos antirretrovirais no contexto da 
epidemia de HIV/AIDS. 
Observe no quadro a seguir alguns eventos que marcaram a regulação da 
assistência farmacêutico no Brasil na década de 1990.
Quadro 1.1 | Regulação Sanitária da Década de 1990 Relacionada à Assistência Farmacêutica
Regulação Características
Decreto nº 793/1993 Decreto presidencial que aborda impor-
tantes questões relacionadas aos genéricos 
no Brasil.
Portaria MS/GM nº 1565/1994 Estabelece as diretrizes do Sistema Nacional 
de Vigilância Sanitária (SNVS).
CPI (Comissão Parlamentar de Inquéri-
tos) 1999
Averiguação das falsificações de medica-
mentos e a identificação da necessidade de 
proposição de várias ações regulatórias.
Lei nº 9781/1999 Cria a Agência Nacional de Vigilância Sa-
nitária (Anvisa) com modelo de agência 
autônoma.
Lei nº 9787/1999 Lei de genéricos que normatiza os aspectos de 
qualidade e substituição de medicamentos.
Fonte: adaptado de Bermudez et al. (2018).
Reflita
A criação do Sistema Único de Saúde, regulamentado pelas Leis 
Orgânicas da Saúde – Lei nº 8080/1990 e Lei nº 8142/1990 –, teve como 
objetivos audaciosos assegurar os princípios de universalidade, integra-
lidade e equidade. Com base no que estudamos e nas evidências atuais, 
questiona-se: esses princípios foram atendidos pela assistência farma-
cêutica? Quais os desafios futuros para garantir que o Sistema Único de 
Saúde tenha o sucesso esperado no âmbito da assistência farmacêutica?
Com o objetivo de promover, proteger e recuperar a saúde através de 
insumos e medicamentos, em 1999 foi promulgada a lei dos genéricos (Lei 
n° 9.787/1999), com o objetivo de ofertar medicamentos de qualidade e de 
baixo custo, com vistas à garantia de maior acesso destes à população. 
23
Essa lei determinou que os medicamentos e as prescrições médicas, no 
âmbito do Sistema Único de Saúde, adotassem a denominação do princípio 
ativo para que as compras do Sistema Único de Saúde dessem preferência ao 
medicamento genérico, tendo em vista o menor custo relacionado ele. Veja 
na Figura 1.2, como se deu a evolução da participação dos medicamentos 
genéricos no mercado após a implantação da lei.
Figura 1.2 | Evolução dos medicamentos genéricos
genéricos
referência
similares
2001 2002 2003 2004 2005
53
833
365
147
517
276
198
385
237
306
403
271
399
406
338
0
800
700
600
500
400
300
200
100
900
M
M
 U
S$
Fonte: adaptada de Quental et al. (2008). Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2008.v13suo-
ppl0/619-628/. Acesso em: 10 set. 2019.Boa parte dessa aceitação deu-se em razão da exigência regulatória de que 
fossem realizados estudos de equivalência farmacêutica (demonstrando que 
o genérico possui o mesmo fármaco, na mesma quantidade e forma farma-
cêutica que o medicamento de referência) e bioequivalência (demonstrando 
que o genérico e o medicamento de referência, quando administrados nas 
mesmas doses e condições experimentais, não apresentam diferenças estatis-
ticamente significantes em relação à biodisponibilidade). 
Porém, um ponto que necessita de profunda reflexão está relacionado ao fato de 
que o incentivo aos medicamentos genéricos não estimula a inovação de fármacos, 
pois não existe a possibilidade de inovação incremental, já que esse medicamento 
necessita ser uma cópia idêntica do medicamento de referência. 
Assim, cabe a nós olharmos mais para o lado da experiência dos genéricos 
dentro da articulação política de saúde como parte de uma estratégia mais 
abrangente de ganhos de aumento da oferta e redução de preços. 
https://www.scielosp.org/article/csc/2008.v13suppl0/619-628/
https://www.scielosp.org/article/csc/2008.v13suppl0/619-628/
24
Exemplificando
O estudo de Vieira e Zucchi (2006) exemplifica bem a redução de 
preços que os medicamentos genéricos proporcionaram em relação 
aos medicamentos de referência, redução esta que fica maior quando 
existem mais laboratórios ofertando os mesmos genéricos, em face da 
concorrência acirrada desse setor.
É possível notarmos os avanços alcançados pelo Sistema Único de Saúde 
desde a sua criação, os quais envolvem os avanços científicos e tecnológicos, 
especialmente os relativos a diagnósticos e tratamentos que contribuíram 
para a relevância do uso de medicamentos na promoção e recuperação da 
saúde e na prevenção de doenças. 
Há que se destacar que muitos desses avanços estão na esfera da assistência 
farmacêutica e refletem o esforço conjunto dos atores envolvidos na aplicação e 
implantação dessa política no Sistema Único de Saúde. Um exemplo clássico desse 
avanço está na grande presença de sistemas informatizados para a gestão da assis-
tência farmacêutica nos municípios, o que gera um desafio enorme relacionado à 
integração em rede com os diferentes serviços de saúde.
Outros exemplos positivos são: a presença de serviços farmacêuticos 
clínicos no gerenciamento da terapia medicamentosa, mesmo que de forma 
incipiente; a institucionalização da assistência farmacêutica nos municípios brasi-
leiros, presentes nos planos municipais de saúde; e a existência da lista padronizada 
de medicamentos.
Porém, persistem desafios importantes na ampliação e garantia do acesso 
dentro das premissas do Sistema Único de Saúde, principalmente no tocante 
à gestão e logística de insumos e medicamentos. Um ponto de destaque é a 
situação sanitária desses medicamentos, cujas condições inadequadas de armaze-
namento podem impactar negativamente na qualidade, eficácia e segurança deles.
Dessa maneira, podemos determinar que a assistência farmacêu-
tica vem se consolidando e se aprimorando ao longo das últimas décadas, 
estabelecendo, assim, uma mudança cultural importante para atingir seus 
objetivos de promoção da saúde, prevenção de doenças e recuperação de 
doenças e agravos, os quais estão focados na conscientização e na educação 
da população através do uso racional de medicamentos. Diversas políticas 
foram implantadas nesse processo e estão alinhadas com a necessidade de se 
estabelecer as boas práticas da assistência farmacêutica, sem se esquecer das 
lacunas e desafios que se apresentam e que devem ser mapeados para elabo-
ração de estratégias efetivas.
25
Sem medo de errar
No dia em que Alice estava em atendimento na Unidade Básica de Saúde, 
o farmacêutico responsável recebeu a visita de um colega do NASF, com o qual 
conversou bastante sobre a paciente. Entre os temas discutidos estavam algumas 
dúvidas relacionadas aos serviços disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde, 
como se as ações presentes hoje na Unidade Básica de Saúde sempre estiveram 
presentes ou surgiram como resultado de modificações ao longo do tempo.
A assistência farmacêutica é resultado, principalmente, de ações desen-
volvidas na década de 1990 com a institucionalização do Sistema Único de 
Saúde e de políticas voltadas para a assistência farmacêutica e o uso racional 
de medicamentos, assim como para o desenvolvimento científico e tecno-
lógico, por exemplo, a política de genéricos. Como resultado da atuação de 
diversos profissionais da área da saúde, com destaque ao papel do farmacêu-
tico, o centro das suas ações está alinhado ao uso racional de medicamentos 
com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população e fazer cumprir 
o papel social do farmacêutico. A Lei n° 9.787/1999 (Lei dos Genéricos) 
buscou garantir maior acesso aos medicamentos através de produtos de 
qualidade e de baixo custo, além de determinar outras ações no âmbito do 
Sistema Único de Saúde, como a adoção da denominação do princípio ativo 
deles, para que as compras do Sistema Único de Saúde dessem preferência ao 
medicamento genérico em igualdade de preço e demais condições de aquisição. 
Em resumo, os avanços obtidos na assistência farmacêutica refletem o 
esforço conjunto de todos os profissionais envolvidos, como a presença de 
serviços farmacêuticos clínicos no gerenciamento da terapia medicamentosa 
e a existência de lista padronizada de medicamentos. Mas desafios também 
se apresentam e necessitarão de elaboração de estratégias efetivas para gestão 
e logística de insumos e medicamentos, por exemplo, nas condições de 
armazenamento e na segurança dos fármacos.
Avançando na prática
Farmácia clínica e evolução da assistência 
farmacêutica
Na UBS central de um município, o farmacêutico do NASF foi designado 
para realizar uma palestra voltada aos técnicos de farmácia das outras UBSs 
do município, e o tema era a farmácia clínica e a assistência farmacêutica. Durante 
26
a palestra, as principais dúvidas dos técnicos foram sobre as atividades laborais, 
tais como: a atribuição do farmacêutico clínico em farmácias privadas ou públicas 
é exclusivamente dispensar medicamentos? O farmacêutico pode atuar em áreas 
relacionadas à assistência farmacêutica, neste ou em outros segmentos?
Colocando-se no lugar do farmacêutico palestrante, como você respon-
deria a esses questionamentos?
Resolução da situação-problema
As transformações que a profissão do farmacêutico vem sofrendo ao 
longo do tempo levaram-no do status que conhecemos hoje à farmácia 
clínica, na qual a atuação do profissional aproxima o paciente/cliente da 
equipe de saúde e possibilita o desenvolvimento das potencialidades relacio-
nadas à farmacoterapia, alinhado ao que é preconizado e estabelecido nos 
conceitos da assistência farmacêutica, cujo objeto central passa pelas garan-
tias de fornecimento e uso seguro e racional de medicamentos, para que, 
através da farmacoterapia, seja possível melhorar a qualidade de vida do 
paciente/cliente.
Portanto, as atribuições do farmacêutico transcendem apenas a dispen-
sação de medicamentos e passa por inúmeras atividades de gestão e plane-
jamento, principalmente, quando o foco de trabalho é o Sistema Único de 
Saúde e a assistência farmacêutica.
Faça valer a pena
1. Os medicamentos genéricos já são uma realidade no cotidiano da 
população brasileira, e isso só foi possível devido à política que objetivou 
democratizar o acesso aos medicamentos de referência. Com base nesse 
contexto, analise a imagem a seguir, que apresenta a fonte de obtenção dos 
medicamentos genéricos estratificado por classe econômica.
27
SUS Farmácia privada Programa Farmácia Popular Outra
A/B C D/E
3,2
18,7
46,3
31,8
14,7
34,6
48,4
11,6
33,3
52,8
2,3 2,3
0
20,0
40,0
60,0
80,0
100
(%
)
Fonte: Bertoldi et al., 2016. 
BERTOLDI, A. D. et al. Utilização de medicamentos genéricos na 
população brasileira: uma avaliação da PNAUM 2014. Rev Saúde Publica, 
Pelotas, v. 50, supl. 2, p. 11s,2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/
rsp/v50s2/pt_0034-8910-rsp-s2-S01518-87872016050006120.pdf. Acesso 
em: 16 set. 2019.
Assinale a alternativa que contenha a interpretação correta:
a. O Programa de Farmácia Popular apresenta-se como a principal fonte 
de distribuição de medicamentos genéricos nas classes A/B.
b. O Sistema Único de Saúde apresenta-se como a principal fonte de 
distribuição de medicamentos genéricos na classe C.
c. A farmácia privada apresenta-se como a principal fonte de distri-
buição de medicamentos genéricos nas classes D/E.
d. O Programa de Farmácia Popular apresenta-se como a principal fonte 
de distribuição de medicamentos genéricos na classe C.
e. A farmácia privada apresenta-se como a principal fonte de distri-
buição de medicamentos genéricos nas classes D/E.
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v50s2/pt_0034-8910-rsp-s2-S01518-87872016050006120.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v50s2/pt_0034-8910-rsp-s2-S01518-87872016050006120.pdf
28
2. Os medicamentos genéricos vieram instituídos de uma missão: 
ampliar a assistência farmacêutica e promover saúde à população. A imagem 
a seguir apresenta os tipos de problemas de saúde, divididos em agudos ou 
crônicos, tratados com medicamentos genéricos de acordo com a idade 
dos usuários.
24,7
28,3
25,9
24,9 25,1 24,3
35,1 34,7
0-9 anos 10-19 anos 20-59 anos ≥ 60 anos
Agudo
Problema de saúde
Crônico
(%
)
0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
Fonte: Bertoldi et al., 2016. 
BERTOLDI, A. D. et al. Utilização de medicamentos genéricos na 
população brasileira: uma avaliação da PNAUM 2014. Rev Saúde Pública, 
Pelotas, v. 50, supl. 2, p. 11s, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/
rsp/v50s2/pt_0034-8910-rsp-s2-S01518-87872016050006120.pdf. Acesso 
em: 16 set. 2019.
Assinale a alternativa que contenha a interpretação correta:
a. Na faixa de 0 a 9 anos, observa-se maior uso de medicamentos 
genéricos no tratamento de casos agudos.
b. Na faixa de 10 a 19 anos, observa-se maior uso de medicamentos 
genéricos no tratamento de casos crônicos.
c. Na faixa de 20-59, anos observa-se maior uso de medicamentos 
genéricos no tratamento de casos agudos.
d. Na faixa de idade acima de 60 anos, observa-se maior uso de medica-
mentos genéricos no tratamento de casos crônicos.
e. Não é possível realizar inferência acerca do uso de medicamentos 
genéricos baseados em casos agudos e crônicos.
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v50s2/pt_0034-8910-rsp-s2-S01518-87872016050006120.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v50s2/pt_0034-8910-rsp-s2-S01518-87872016050006120.pdf
29
3. O movimento sanitarista, junto com era democrática que vivemos desde o 
final da década de 1980, culminou no desenvolvimento de políticas de saúde 
que proporcionam aos cidadãos o direto à saúde. Nesse sentido, a assistência 
farmacêutica se desenvolveu dentro desse contexto e, juntamente com ela, 
outras políticas surgiram para consolidar as diretrizes do Sistema Único de 
Saúde. Sobre isso, analise as assertivas a seguir e se existe relação entre elas:
I. A Política Nacional de Medicamentos foi lançada em 1998 com o 
objetivo de reorientar a assistência farmacêutica no Brasil.
PORQUE
II. Em 1995, entrava uma nova categoria de medicamentos nas farmá-
cias brasileiras, a dos medicamentos genéricos.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não justifica a I.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II, falsa.
d. A asserção I é uma proposição falsa e a II, verdadeira.
e. As asserções I e II são proposições falsas.
30
Seção 3
Relações de medicamentos essenciais
Diálogo aberto
O noticiário está repleto de informações relacionadas às dificuldades 
enfrentadas pelo Sistema Único de Saúde para ofertar aos seus usuários os 
medicamentos necessários para tratamento. Muitos desses problemas estão 
ligados aos limitados recursos financeiros que obrigam o estabelecimento a 
critérios de elegibilidade que visam a garantir tratamento farmacoterapêutico 
às doenças mais prevalentes.
Temos como exemplo o caso de Alice, senhora viúva de 87 anos de idade 
que é pensionista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e cujos 
proventos não são suficientes para adquirir todos os medicamentos prescritos 
por seu médico para tratar uma série de comorbidades que apresenta e que 
necessitam de tratamento farmacológico contínuo. Ao procurar a Unidade 
Básica de Saúde (UBS) para obter os medicamentos através do SUS, foi 
direcionada para o setor de triagem, que identificou suas necessidades e a 
encaminhou ao farmacêutico da unidade.
Alice fez vários questionamentos para entender como funcionava a assistência 
farmacêutica da unidade. Em um deles, a paciente quis saber se a responsabilidade 
de fornecer os medicamentos a ela seria do município, do estado, ou da União. 
Novamente, proponho que você se coloque no lugar do profissional e responda: 
quais são os medicamentos essenciais para a atenção primária à saúde? Será que 
realmente existe uma relação de medicamentos essenciais?
Não pode faltar
A Política Nacional de Medicamentos estabelece a implementação de 
um novo modelo de assistência farmacêutica básica através do atendimento 
das necessidades e prioridades locais. Consequentemente, as responsabili-
dades das esferas de governo nas políticas de medicamentos convergem para 
assegurar o acesso da população ao tratamento farmacoterapêutico, sendo 
que o Ministério da Saúde preconiza como essencial a descentralização da 
aquisição e da distribuição destes medicamentos, com vistas a atender o 
indicado pela Política Nacional de Medicamentos. 
31
Porém, cabe destacar que essa descentralização não exime os gestores federais 
e estaduais das responsabilidades relativas à aquisição e distribuição de medica-
mentos essenciais, pois as decisões tomadas por todas as esferas de governo devem 
ser pautadas estritamente em critérios técnicos e bem estabelecidos.
Assim, para que as políticas de medicamentos alcancem os resul-
tados almejados, as três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde devem 
promover o contínuo desenvolvimento e capacitação de recursos humanos, 
configurando mecanismos privilegiados de articulação intersetorial.
Todavia, o cotidiano evidencia o quanto é difícil assegurar à população o 
acesso aos medicamentos, mesmo que este acesso seja um direito garantido 
constitucionalmente aos usuários do Sistema Único de Saúde, o que deixa 
evidente o abismo existente entre o SUS legal e o SUS real.
Assimile
É responsabilidade do Estado, dentro das suas três esferas de governo, 
a garantia do direito à saúde (Constituição Federal de 1988), enfatizada 
pela Política Nacional de Medicamentos, que trabalha em linha com a 
Constituição e a Lei Orgânica do Sistema Único de Saúde como uma 
política universalista e igualitária.
A Política Nacional de Medicamentos tem como objetivo garantir o 
acesso da população aos medicamentos essenciais, diante disso, a Relação 
Nacional de Medicamentos (Rename) assume papel de destaque por ser uma 
das diretrizes e prioridades da Política Nacional de Medicamentos, tornan-
do-se um eixo estratégico da Política Nacional de Assistência Farmacêutica.
Em 1975, a Rename foi instituída por meio da Portaria nº 233, do 
Ministério da Previdência e Assistência Social, com a proposta de ser perio-
dicamente revisada. A Rename é, atualmente, pautada na Prática Baseada em 
Evidências, pois é através dessa relação que são procedidas as orientações das 
ações de planejamento e organização da assistência farmacêutica no Sistema 
Único de Saúde, uma vez que essa relação de medicamentos serve como base 
para elaboração e organização das listas estaduais e municipais.
De acordo com a Rename, os medicamentos ditos essenciais são aqueles 
definidos pelo Sistema Único de Saúde para garantir o acesso do usuário ao trata-
mento medicamentoso, sendo que todos os medicamentospresentes nela estão 
nos Componentes de Financiamento da Assistência Farmacêutica (Componente 
Básico – CBAF, Componente Estratégico – CESAF e Componente Especializado 
– CEAF), na Relação Nacional de Insumos Farmacêuticos, na Relação Nacional 
de Medicamentos de Uso Hospitalar e nos fitoterápicos e homeopáticos. 
32
A Rename busca proporcionar racionalidade à utilização de medica-
mentos através da eficácia, da qualidade e do custo-efetividade, que apresenta 
como vantagens:
• Retirada de substâncias ineficazes ou tóxicas.
• Opção por medicamentos de melhor custo-efetividade em relação a 
medicamentos equivalentes.
• Gerência mais eficiente de um estoque limitado de fármacos.
• Aderência ao que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS): eficácia, segurança, conveniência, qualidade e comparação 
de custo.
Em face disso, a Rename é considerada como o eixo cíclico da assistência 
farmacêutica, pois é a partir dela que as demais atividades de programação, 
aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação são desenvolvidas. 
Além do mais, é através da Rename que se abrangem medicamentos necessá-
rios para o tratamento e controle das doenças consideradas prioritárias, bem 
como garante-se a melhoria no acesso, na equidade, na qualidade e na efici-
ência dos sistemas de saúde por meio da redução dos gastos desnecessários, 
não sendo este um procedimento estático, mas para o qual se consideram as 
novas evidências sobre os medicamentos e os tratamentos disponíveis. 
Então, os medicamentos considerados na Rename são aqueles que:
• Apresentam menores riscos.
• Têm baixo custo.
• Têm prioridade aos medicamentos genéricos.
• Atendam quadro epidemiológico do país.
• Representam prioridades em saúde pública.
• Têm evidências de ensaios clínicos aleatórios, revisões sistemáticas 
e metanálises.
• Apresentam aplicabilidade às condições nacionais.
Em face de tudo o que foi descrito, entendemos a seriedade de haver um 
empenho multidisciplinar para que os prescritores possam notar a impor-
tância dessa lista e dar prioridade à Rename, pois é sabido que existem 
problemas relacionados ao desabastecimento e à judicialização da assistência 
farmacêutica, que, muitas vezes, indicam até medicamentos importados que 
podem estar prescritos na farmacoterapia.
33
Assim, observa-se um grande desafio para garantir que haja ampla disse-
minação da Rename a todos os níveis de gestão pública da saúde, abrangendo 
prescritores, setores acadêmicos, serviços de saúde e organismos profissionais.
Reflita
Se a Rename serve como base ao desenvolvimento científico e tecno-
lógico para produção de medicamentos, como podemos garantir que 
esse desenvolvimento esteja voltado para o controle das enfermidades 
prioritárias em saúde pública nos diversos níveis de atenção?
Estados também devem elaborar suas próprias listas de medicamentos 
essenciais e, rotineiramente, atualizá-las com vistas a fortalecer o processo 
de descentralização da gestão, além de priorizar e direcionar a aplicação de 
recursos financeiros das três esferas de governo. 
Assim, temos que a seleção dos medicamentos essenciais para os estados 
compõe a Relação Estadual de Medicamentos Essenciais (Resme), que deve 
utilizar a Rename como base, mas que pode incorporar medicações especí-
ficas e complementares, desde que sejam assumidos os financiadores respon-
sáveis. A elaboração da Resme segue critérios técnicos bem estabelecidos e 
elaborados por uma eficiente equipe multidisciplinar.
Temos então os instrumentos de gestão utilizados nesta seleção, que são o 
Plano Estadual de Saúde e o Relatório de Gestão, que estabelecem também a 
forma de acompanhamento e avaliação das atividades realizadas pelo Estado 
nos municípios. 
A Resme existe com a finalidade de otimizar o acesso da população aos 
medicamentos necessários e de fornecer tratamentos de maior qualidade e 
segurança para o usuário. Essa relação é definida pelo gestor estadual com 
base no perfil epidemiológico do estado e no elenco de medicamentos a 
serem adquiridos diretamente por ele, entre os quais estão os medicamentos 
do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. Veja uma repre-
sentação esquemática desses componentes na Figura 1.3.
34
Figura 1.3 | Construção das relações de medicamentos
Políticas Públicas de Saúde
Política Nacional de Medicamentos
Seleção de MedicamentosSeleção de Medicamentos
Relação de medicamentos nacional,
estadual e municipal e outras listas
Pedidos
administrativos
Situação
epidemiológica
Pedidos
judiciais
Modelos
de atenção
Pactuação entre as
esferas de gestão
envolvidos
Atendimento de critérios
técnicos, orçamentários,
financeiros, administrativos
e legais
Fonte: Oliveira, Grochocki e Pinheiro (2011, p. 110).
Segundo o Ministério da Saúde, as secretarias estaduais são as respon-
sáveis pelas pactuações nas Comissões Intergestoras Bipartite do Elenco de 
Referência Estadual, de acordo com a necessidade local ou regional, finan-
ciada pelos recursos oriundos do Elenco de Referência Nacional. Para isso, as 
Secretarias Estaduais devem encaminhar ao Ministério da Saúde o documento 
resultante das Comissões Intergestoras Bipartites (resolução ou deliberação).
O Conselho Estadual de Saúde, dependendo da dinâmica de trabalho 
no estado, participa do processo de discussão e/ou ratificação do elenco de 
medicamentos essenciais e, como esse conselho permite a participação de 
diferentes atores, este se torna um fator enriquecedor, podendo ser conside-
rado como fundamental para que o processo se realize.
Em resumo, o processo de revisão do elenco estadual se dá pela conso-
lidação da revisão do elenco no âmbito estadual, que gera a Resme e a 
pactuação na Comissão Intergestora Bipartite, a qual emite a deliberação ou 
resolução. Veja na Figura 1.4 esse processo.
35
Figura 1.4 | Processo de revisão do elenco estadual de medicamentos
E
st
ad
u
al
Relação estadual de
medicamentos
Consolidação da revisão do
elenco no âmbito estadual
Pactuação na CIBDeliberação/Resolução CIB
Fonte: adaptada de Oliveira, Grochocki e Pinheiro (2011, p. 117).
Já a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume) é que 
garante o acesso aos medicamentos da atenção básica nos municípios brasi-
leiros. Essa lista é baseada na Rename e considera a prevalência e incidência 
de doenças e a organização dos serviços de saúde.
Os critérios mais utilizados pelos municípios para seleção, programação 
e aquisição dos medicamentos são:
• Estar presente na Rename.
• Custo.
• Ser solicitado pelos prescritores.
Além disso, a adoção da Remume pelos municípios tem como aspecto 
positivo a possibilidade de padronização e ampliação da capacidade geren-
cial deles. Porém, em casos de aquisição de medicamentos fora da Remume, 
há o prejuízo de não possuir financiamento com recursos federais e estaduais. 
Cabe destacar que a elaboração de uma Remume adequada pode propor-
cionar maior disponibilidade de medicamentos à população, evitar processos 
judiciais, garantir maior diversidade de fármacos, ter maior aderência de 
prescritores, reduzir gastos e evitar a duplicidade farmacológica.
Exemplificando
É papel do gestor municipal a elaboração da Remume baseada nas 
necessidades decorrentes do perfil nosológico da população do 
município. Porém, em casos de prescrição não padronizada, falta de 
conhecimento do prescritor dos medicamentos disponibilizados e 
diminuição do acesso dos usuários aos medicamentos essenciais, pode 
haver dificuldades na padronização dos medicamentos na Remume.
36
Em resumo, as listas de medicamentos essenciais, sejam elas nacionais, 
estaduais ou municipais, servem como importantes indicadores de qualidade 
das prescrições, já que são concebidas a partir da epidemiologia e de critérios 
de eficácia, segurança e qualidade de medicamentos. Por isso, suas atuali-
zações devem ser periódicas, realizadas por uma comissão multidisciplinar 
que trabalhe conjuntamente à divulgação das listas aos prescritores e com o 
abastecimentoregular dos medicamentos.
Sem medo de errar
Alice, usuária do SUS, ao receber atendimento na UBS para obter os 
medicamentos prescritos a ela, foi direcionada para o farmacêutico da 
unidade. Como ela estava preocupada com a garantia de abastecimento 
desses remédios para seu tratamento, perguntou se a responsabilidade por 
eles seria do município, do estado ou da União. Com base nos questiona-
mentos de Alice, também foi proposto que você, aluno, refletisse sobre quais 
são os medicamentos essenciais para a atenção primária à saúde. Existiria 
uma relação de medicamentos essenciais?
Assim, fica evidente que é de responsabilidade do Estado, dentro de suas 
três esferas de governo, a garantia do direito à saúde, sendo que a Política 
Nacional de Medicamentos auxilia na garantia da oferta desse direito consti-
tucional por meio de uma política universalista e igualitária. Ela garante o 
acesso da população aos medicamentos essenciais através da Relação Nacional de 
Medicamentos (Rename), que serve de diretriz e prioridade para as demais listas. 
A Rename é pautada na Prática Baseada em Evidências, pois é através dela que são 
realizadas as ações de planejamento e organização da assistência farmacêutica no 
Sistema Único de Saúde, uma vez que essa relação serve como base para elaboração 
e organização das listas estaduais e municipais.
Todos os medicamentos presentes na Rename estão nos Componentes de 
Financiamento da Assistência Farmacêutica (Componente Básico – CBAF, 
Componente Estratégico – CESAF e Componente Especializado – CEAF), 
na Relação Nacional de Insumos Farmacêuticos, na Relação Nacional de 
Medicamentos de Uso Hospitalar e nos fitoterápicos e homeopáticos. Diante 
disso, a Rename é considerada o eixo cíclico da assistência farmacêutica, pois 
é a partir dela que as demais atividades de programação, aquisição, armaze-
namento, distribuição e dispensação são desenvolvidas. 
Dessa forma, os medicamentos considerados na Rename são os que 
apresentam menores riscos, baixo custo, prioridade aos medicamentos 
genéricos, atendimento ao quadro epidemiológico do país, prioridades em 
37
saúde pública, evidências de ensaios clínicos aleatórios, revisões sistemáticas 
e metanálises e aplicabilidade às condições nacionais. 
Os estados também devem elaborar suas próprias listas de medicamentos 
essenciais e, rotineiramente, atualizá-las, com vistas a fortalecer o processo 
de descentralização da gestão e de priorizar e direcionar a aplicação de 
recursos financeiros das três esferas de governo. A seleção de medicamentos 
essenciais para os estados compõe a Resme, que deve utilizar a Rename como 
base, podendo incorporar medicações específicas e complementares desde 
que sejam assumidos os financiadores responsáveis. 
Além disso, a nível municipal, temos a Remume, que garante o acesso 
dos municípios brasileiros aos medicamentos da atenção básica, com base na 
Rename, considerando a prevalência e incidência de doenças e organização 
dos serviços de saúde.
Avançando na prática
Medicamento fora da Remume
O farmacêutico responsável pela assistência farmacêutica de um 
município recebeu uma prescrição realizada pelo médico de Unidade Básica 
de Saúde próxima, com a indicação de medicamentos que não estavam 
presentes na Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume). 
O farmacêutico estava em dúvida se esses medicamentos deveriam estar no 
estoque e se o médico poderia prescrevê-los. No lugar do farmacêutico, como 
você resolveria essa situação?
Resolução da situação-problema
É possível, sim, que haja a prescrição de medicamentos inexistentes na 
lista da Remume, ato que pode ser justificado pela inadequação da lista à 
realidade e à necessidade de saúde da população, o que gera lacunas terapêu-
ticas. Além disso, não parece ser impeditivo aos prescritores a indicação de medica-
mentos não essenciais, mesmo com todo o regulatório que preconiza a prescrição 
de medicamentos listados na Remume, de preferência os genéricos.
Nesse sentido, podemos determinar que parte dos medicamentos 
prescritos não estão na Remume e, por isso, há necessidade de divulgar essa 
lista para os profissionais que prescrevem medicamentos. Assim, para que 
haja o sucesso da Remume, é necessária uma atualização permanente do 
38
elenco de medicamentos, feita por uma equipe multidisciplinar, que garanta 
o abastecimento regular de medicamentos na farmácia.
Faça valer a pena
1. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) é que define a 
lista de medicamentos que serão disponibilizados no Sistema Único de Saúde 
para atender as necessidades epidemiológicas da população brasileira.
Tomando como referência a Rename, julgue as afirmativas a seguir em verda-
deiras (V) ou falsas (F).
( ) Todos os itens presentes na Rename devem estar presentes na Relação 
Estadual de Medicamentos Essenciais (Resme).
( ) Todos os itens presentes na Resme devem estar presentes na Relação 
Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume).
( ) Todos os itens presentes na Remume devem estar presentes na Rename.
( ) Todos os itens presentes na Resme devem estar presentes na Rename. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a. V – F – V – F.
b. V – F – F – V.
c. V – V – F – F.
d. F – F – V – V.
e. F – V – F – V. 
2. Em uma situação em que os dados epidemiológicos de duas cidades do 
mesmo estado são bem divergentes, a assistência farmacêutica desses municí-
pios terá necessidades diferentes e precisará garantir o direito constitucional 
da saúde às populações. 
Considerando as informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir:
I. A Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume) dos 
dois municípios, obrigatoriamente, precisa ser a mesma, pois são do 
mesmo estado.
II. A Relação Estadual de Medicamentos Essenciais (Resme) deve ser 
abrangente o suficiente para atender as demandas dos dois municípios.
39
III. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) deve ser 
abrangente o suficiente para atender as demandas dos dois municípios.
IV. A Remume dos dois municípios pode e deve ser diferente.
3. A assistência farmacêutica é uma das políticas do Sistema Único de Saúde 
(SUS) e como tal é fundamental para a promoção e recuperação da saúde e 
para a prevenção de doenças; ela possui como uma das principais caracterís-
ticas a garantia à população do acesso e do uso racional de medicamentos.
Com base na assistência farmacêutica, avalie as seguintes asserções e a relação 
proposta entre elas.
I. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) é 
composta pelos medicamentos e insumos disponibilizados no SUS.
PORQUE
II. A Rename seleciona e padroniza medicamentos indicados para o 
atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS, com vistas 
a garantir o acesso do usuário ao tratamento medicamentoso.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não justifica a I.
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II, falsa.
d. A asserção I é uma proposição falsa e a II, verdadeira.
e. As asserções I e II são proposições falsas.
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