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o ateismo de Sartre

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· Filósofo existencialista, Sartre toma como ponto de partida a sentença de Dostoiewski sobre a existência de Deus: “Tudo é permitido se Deus não existe”;
· O homem está condenado a sua liberdade porque é responsável por todos os seus atos. Lançado no mundo é responsável por si mesmo. É o criador de si mesmo;
· Ao se considerar homem livre, tanto em essência como em ação, o existencialismo sartriano coloca o homem como responsável direto por si mesmo; 
· Deus não está ausente nas obras de Sartre. Ao contrário, ele aparece em quase todas, mas exatamente para provar a sua não existência;
· Deus criou o homem livre, portanto não tem domínio sobre ele. A única lei que o homem segue é a sua: sua liberdade;
· Deus e liberdade são elementos inconciliáveis já que o homem não poderia ser livre se houvesse sido projetado por Deus, porque se assim fosse, estaria submetido as especificações de seu criador, não podendo jamais ser dono de sua própria existência. 
· Para Sartre, Deus é visto tradicionalmente como um artífice superior, ou seja, cria alguma coisa já com uma ideia do que vai fazer. Já conhece sua essência e por conseguinte sua existência já está pré-determinada; 
· Essa ideia é repudiada por Sartre, porque ele entende que desta forma o homem é reconhecido como “uma coisa”. Para ele, o homem é um sujeito que se realiza a si mesmo e por isso é superior em sua existência;
· Sartre na sua frase “a existência precede a essência” quer dizer nada mais nada menos que sua vida é importante e que ele não é apenas uma coisa;
· A realidade do homem é inegável e por isso não se concilia a ideia de um Deus criador com a liberdade existente no homem.
· Sartre tem a ideia da intersubjetividade e, aceitar a existência de Deus como o Outro por excelência não existe a minha subjetividade. E se não existe a subjetividade, portanto, é reconhecido como “uma coisa”.
· Sartre nega veementemente a existência de Deus quando afirma que a liberdade do Para-si é absoluta
· Assim como Nietzsche, é um ateu que tem vontade de ser Deus.
· Ele entende que deus, enquanto feitor da humanidade, limitaria a liberdade do homem, o que para Sartre é o valor absoluto;
REFERÊNCIAS
CARDOSO, Delmar. A liberdade em l’être et le néant: descrição e problemas. Síntese. Belo horizonte: O Lutador, v. 32, n. 103, p. 203- 217. 2005.
LUIJPEN, 
SARTRE, Jean-Paul. As palavras. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Difusão Européia do Livro. ed. 3. 1967.
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

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