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PROTEÇÃO CONTRA INCEDIOS E EXPLOSÕES 1

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Unidade 1
Livro Didático 
Digital
Elaine Christine Pessoa Delgado e Giselly 
Santos Mendes
Combate e 
Prevenção de 
Incêndios e Pânicos
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autor 
ELAINE CHRISTINE PESSOA DELGADO
 GISELLY SANTOS MENDES
AS AUTORAS
Elaine Christine Pessoa Delgado 
Eu, Elaine, sou graduada em Administração de Empresas pela 
Universidade Federal de Campina Grande (2007), com uma experiência 
técnico-profissional na área de gerência de empresas há mais de 10 anos. 
Giselly Santos Mendes
Eu, Giselly, sou Mestra em Qualidade Ambiental, Tecnóloga em 
Polímeros, Administradora e Educadora, com uma experiência técnico-
profissional na área de Processos Gerenciais e Educacionais há mais de 
12 anos.
Somos apaixonadas pelo que fazemos e gostamos de transmitir 
nossas experiências de vidas àqueles que estão iniciando suas profissões. 
Por isso, fomos convidadas pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco 
de autores independentes. Estamos muito felizes em poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Conceito, histórico e as NRs de prevenção de incêndio e 
pânico ...............................................................................................................12
Conceito de combate e prevenção de incêndio e pânico ...............................12
Histórico ............................................................................................................................................... 16
NRs de prevenção de incêndio e pânico .....................................................................18
Teoria do fogo: conceito, elementos e formas de 
propagação .................................................................................................. 24
Conceito da teoria do fogo e elementos do fogo ................................................. 24
Formas de propagação do fogo ........................................................................................29
Pontos de temperaturas importantes: classes e causa de 
incêndio ..........................................................................................................34
Pontos de temperaturas importantes............................................................................. 34
Classes de incêndio ................................................................................................................... 35
Classe A ............................................................................................................................36
Classe B ............................................................................................................................ 37
Classe C ............................................................................................................................ 37
Classe D ............................................................................................................................39
Classe K ............................................................................................................................40
Causas de incêndio ......................................................................................................................41
Métodos de extinção, resistência dos materiais ao fogo e a 
explosividade ................................................................................................44
Métodos de extinção .................................................................................................................. 44
Agentes extintores ....................................................................................................46
Resistência dos materiais ao fogo ....................................................................................49
A explosividade .............................................................................................................................. 52
9
UNIDADE
01
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
10
INTRODUÇÃO
Você sabia que é fundamental o conhecimento do combate e 
prevenção de incêndios e pânicos, para que se evitem consequências 
mais graves ao retirar-se de uma edificação durante esse acontecimento? 
E que os primeiros estudos sobre segurança contra incêndio no Brasil 
tiveram início após grandes tragédias? O fogo, muitas vezes, pode fugir do 
controle do homem causando incêndios, acarretando prejuízos materiais e, 
até mesmo, mortes. Por isso, existem regulamentações sobre a segurança 
contra incêndios e pânicos que são obrigatórias nas edificações. Nesta 
unidade, iremos compreender o que vem a ser o combate e prevenção 
de incêndios e pânicos e conhecer as principais normas relacionadas com 
o tema, bem como surgiram as preocupações com a segurança contra 
incêndio no Brasil. Veremos, ainda, como o fogo é formado e o que vem a 
ser a Teoria do Fogo e o Tetraedro do Fogo e como ele pode propagar-se, 
os pontos de temperaturas importantes, as classes e causas de incêndios 
e, principalmente sua forma de extinção. Compreenderemos a resistência 
dos materiais ao fogo e a explosividade como causa de incêndios.
Entendeu? Ao longo desta unidade letiva, você vai mergulhar neste 
universo!
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Compreender o conceito, histórico e normas regulamentadoras de 
prevenção de incêndio e pânico;
2. Aplicar a teoria do fogo e suas especificidades;
3. Diagnosticar os pontos e as temperaturas importantes, identificando 
as classes e causas de incêndio e pânico;
4. Analisar os métodos de extinção do fogo, resistência dos materiais 
ao fogo e à explosividade.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
12
Conceito, histórico e as NRs de prevenção 
de incêndio e pânico
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
compreender o conceito de incêndio, pânico e prevenção 
e combate de incêndio e pânico, seu histórico e as normas 
regulamentadoras pertinentes. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então, vamos lá! Avante!
Conceito de combate e prevenção de 
incêndio e pânico
Brentano (2007) explica que, há muitos anos, o homem convive com 
o fogo, utilizando-o como um importante item auxiliar no seu cotidiano. O 
homem conseguiu criar, dominar e utilizar o fogo para seu aquecimento, 
iluminação, cozimento, entre outras tantas coisas que se pode fazer com 
ele. Contudo, muitas vezes, o fogo foge do seu controle, transformando-se em um incêndio no qual pode causar ferimentos, prejuízos materiais e 
até mortes. 
Retirar-se de uma edificação de forma segura, enquanto acontece 
um incêndio ou outra circunstância que cause pânico, é de extrema 
importância, pois pode evitar consequências graves. Sendo assim, este 
apresenta-se como o tema decisivo dos modelos de saída de emergência. 
Por causa dessas situações faz-se indispensável entender como funciona 
o combate e a prevenção de incêndio de pânico. 
Mas, você sabe definir o que é um incêndio?
De acordo com a ABNT NBR 13860 (1997, p. 7), o incêndio é definido 
como “o fogo fora de controle”.
Para o Dicionário On-line de Português, incêndio é o “fogo que se 
propaga de maneira descontrolada e causa estragos”.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
13
DEFINIÇÃO:
Dessa forma, podemos entender que o incêndio é o fogo 
que se espalha de forma sem controle causando danos.
E o pânico? Você sabe o que é? 
Provavelmente, já deve ter sentido isso em algum momento da sua 
vida.
O pânico é o medo desesperado que causa uma razão descontrolada, 
define o Dicionário On-line de Português. 
Segundo Teixeira (2013), quando acontece um incêndio, as pessoas 
que estão dentro da edificação procuram escapar do local o mais rápido 
possível. Dessa forma, a simples decisão de optar entre duas ou mais rotas 
de fuga pode vir a acarretar uma influência emocional e provocar situação 
de pânico. Em determinadas ocasiões nas quais uma saída pode estar 
interrompida por chamas ou consumida pela fumaça, pessoas podem vir 
a se atirar dos edifícios em momento de desespero.
VOCÊ SABIA?
Muitas pessoas se jogam de prédios em incêndios para 
acabar com o seu estado de angústia. Acesse o link: https://
bit.ly/34b8bBV. 
Consoante Seito (2008), as dificuldades extremas causadas pela 
falta de percepção da visão e pelas dificuldades respiratórias causadas 
pelo incêndio acabam aumentando a tensão nervosa, podendo, assim, 
atingir o estado de pânico. A fumaça contém vários gases, entre eles 
o monóxido de carbono (CO2), que afeta o sistema nervoso central 
provocando sintomas como mal--estar, distúrbios de funções motoras, 
perturbações do comportamento (Figura 1), tais como: fobia, agressividade, 
pânico, coma, entre outros.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
14
Figura 1: Perturbações do comportamento
Fonte: Freepik
Agora que já compreendemos o que vem a ser incêndio e pânico, 
vamos entender o que é prevenção e combate a incêndio e pânico?
A ABNT NBR 13860 (1997, p. 8) define a prevenção de incêndio 
como medidas para prevenir a eclosão de um incêndio e/ou para limitar 
os seus efeitos; e o combate a incêndio como um conjunto de ações 
destinadas a extinguir incêndio, com uso de equipamentos manuais ou 
automáticos (p. 4).
EXPLICANDO MELHOR:
Dessa forma, a prevenção ocorre para que não aconteça 
o incêndio, realizando ações preventivas e para diminuir os 
efeitos, caso ele venha a ocorrer. Já o combate age quando 
o incêndio já existe, com ações para eliminá-lo com a 
utilização de equipamentos adequados.
A prevenção de incêndio manifesta tanto a educação pública quanto 
as medidas de proteção contra incêndios em edificações. As atividades 
que possuem relação com a educação versam sobre o preparo da 
população, através da comunicação de ideias que transmitem as medidas 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
15
de segurança, para prevenir o surgimento de incêndio nas ocupações, 
assim como procuram ensinar os procedimentos a serem seguidos pelas 
pessoas perante um incêndio, os cuidados a serem observados com o 
manuseio de produtos perigosos e, também, os perigos das práticas que 
provocam riscos de incêndio (São Paulo, Instrução Técnica 02/2018). 
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos a leitura 
do artigo, fonte de consulta e aprofundamento: “Segurança 
contra incêndios: o ensino de ciências e matemática para 
o exercício das atividades”. (PEREIRA). Disponível pelo link: 
https://bit.ly/3lYBMEM (Acesso em: 18 jul. 2020).
Conforme Carvalho Junior (2019), a instalação predial de segurança 
contra incêndio é um tema muito complicado, pois está sujeito a uma 
exigente classificação relacionada aos riscos de incêndio. De acordo com 
o projeto de revisão da ABNT NBR 15575-1 – Edificações Habitacionais – 
Desempenho – Parte 1, de 19 de fevereiro de 2013, as exigências referentes 
à segurança contra incêndio são reguladas em:
 • proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco em 
caso de incêndio;
 • dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio 
ambiente e ao patrimônio;
 • proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;
 • dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.
A prevenção de incêndio envolve uma série de medidas, como 
a distribuição precisa dos equipamentos de percepção e combate a 
incêndio, o treinamento de pessoal, a vigilância constante, a ocupação das 
edificações levando em consideração o risco de incêndio, a organização 
geral e a limpeza, buscando evitar o surgimento de um princípio de 
incêndio, atrapalhar o seu alastramento, constatá-lo o mais rapidamente 
possível, e possibilitar o seu combate ainda na fase inicial, esclarece 
Fernandes (2010).
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
16
Histórico
Para Silva (2004), existem vários exemplos na história mundial de 
uma série de incêndios que ocasionaram desmesuradas destruições 
e mortes, considerados originários da segurança contra incêndio nas 
edificações, como em: Roma, no ano de 64 d.C., durante o império de 
Nero; Londres, em 1966; Lisboa, no terremoto seguido de incêndio, no 
ano de 1755; e, Chicago, em 1871. 
No Brasil, a preocupação com os possíveis danos motivados pela 
ação descontrolada do fogo já provocava ações preventivas desde 
a época imperial, contudo, o corpo legal e normativo, como hoje é 
oferecido, foi descrito sempre baseado em experiências relacionadas 
de cada Estado, havendo registros espalhados pelas diversas regiões do 
país, relata Rodrigues (2016).
A década de 70 é considerada como o marco da prevenção dos 
acidentes no Brasil, pois várias manifestações a nível nacional foram 
realizadas após grandes tragédias (Figura 2) terem ocorrido.
Figura 2: Grandes tragédias
Fonte: Pixabay
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
17
Uma dessas tragédias foi no Edifício Andraus, em São Paulo, no ano 
de 1972. O edifício possuía escritórios e lojas e o incêndio atingiu todos 
os andares, causando um total de 16 mortes e 330 pessoas feridas. Outro 
incêndio ocorreu no ano de 1974, também em São Paulo, no Edifício 
Joelma; já em Porto Alegre, no ano de 1976, aconteceu nas lojas Renner. 
Todos esses episódios trágicos fizeram muitas vítimas, fazendo com que 
fosse exigido uma regulamentação para a prevenção dos incêndios e 
pânicos. 
SAIBA MAIS:
Aprofunde-se mais nesse tema lendo o artigo “Os 12 
maiores incêndios o Brasil: existe algo em comum?” 
(VELLAMO). Disponível em: https://bit.ly/3dC6BfA (Acesso 
em: 19 jul. 2020).
Brentano (2007) relata que nesses incêndios centenas de pessoas 
perderam a vida, ocorreram perdas materiais incalculáveis, documentos 
importantes foram perdidos e geraram fobia coletiva do fogo nas grandes 
edificações, assim como foram geradas preocupações dos governos 
federal, estaduais e municipais e várias outras entidades relacionadas. 
Conforme Fernandes (2010), na década de 70, tiveram início no Brasil 
os primeiros estudos com relação à segurança contra incêndio, sendo 
implementado o laboratório de segurança contra incêndios no Instituto de 
Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de São Paulo, patrocinado pela 
JICA (Japan Internacional Cooperation Agency), que teve como resultado 
as instalações de ensaios de fumaça e testes materiais frente ao fogo, 
tornando--se uma referência nacional. Em Brasília, também foi implantado 
um Laboratório de Investigação Científica e Incêndiocontando com a 
ajuda da JICA. 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
18
IMPORTANTE:
No Estado de São Paulo, desde 1909, existe a atuação do 
Corpo de Bombeiros na área de prevenção e incêndios, 
no qual foi editado o “Regulamento para os locais de 
divertimentos públicos”. Entretanto, foi apenas em 1983 que 
surgiu a primeira especificação do Corpo de Bombeiros 
anexa a um decreto em que exigia uma série de regras 
que foram sendo aperfeiçoadas no decorrer dos anos. (São 
Paulo, Instrução Técnica 02/2018).
No Brasil, diversos Estados possuem legislações próprias que 
determinam a exigência e o enquadramento dos sistemas de segurança 
que cada tipo de edificação deve dispor. A legislação abrange os Códigos 
de Obras e Edificações dos Municípios, Normas da ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas), Normas Regulamentadoras do Ministério 
do Trabalho, Normas das Companhias Seguradoras, dentre outras 
(CBPMESP, 2006).
Contudo, Brentano (2007) lembra que muitas das normas brasileiras 
sobre proteção contra incêndios não apresentam unicidade nas suas 
recomendações, outras são incompletas e algumas encontram-se 
desatualizadas. 
NRs de prevenção de incêndio e pânico
A prevenção e combate a incêndio é competência do Corpo de 
Bombeiros (Figura 3) e este adota o Código de Prevenção e Normas 
Brasileiras para a execução da prevenção contra incêndios e Normas 
Brasileiras para a execução de prevenção contra incêndios, por meio de 
vistorias técnicas, afirma Fernandes (2010).
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
19
Figura 3: Corpo de Bombeiros
Fonte: Pixabay 
As normas regulamentadoras de segurança contra incêndio, 
até o ano de 1976, mostravam apenas a obrigação de instalação de 
equipamentos de prevenção, como os extintores, mas a fiscalização não era 
obrigatória e o projeto da construção da edificação não responsabilizava o 
engenheiro ou arquiteto da obra, pois a legislação não era fundamentada 
no pensamento para a prevenção de incêndio, informa Seito (2008). 
De acordo com Seito (2008), as normas técnicas são desenvolvidas 
pelos Comitês Brasileiros da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
e não possuem força de lei, contudo, torna-se lei quando for abrangida 
na legislação. Além disso, as Normas Regulamentadoras do Ministério 
do Trabalho colaboram para que as regras de proteção que exigem um 
local de trabalho seguro estabeleçam parâmetros para a segurança do 
trabalhador. 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
20
NOTA:
Na esfera federal quase não temos legislação específica 
sobre segurança contra incêndio. Existe a Lei nº 
13.425/2017, que estabelece as diretrizes gerais sobre 
medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres 
em estabelecimentos, edificações a áreas de reunião de 
público.
A Associação de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional 
de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de 
responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB) dos Organismos 
de Normalização Setorial (ONS) e das Comissões de Estudos 
Especiais Temporárias (CEET), são elaboradas por Comissões 
de Estudos (CE), formadas por representantes dos setores 
envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e 
neutros (universidades, laboratórios e outros). (FERNANDES, 
2010 p. 13).
IMPORTANTE:
Os textos técnicos são feitos por essas comissões e 
oferecidos para consulta popular em nível nacional antes 
de se transformar em uma NBR (SEITO, 2008).
Fernandes (2010) informa, ainda, que os comitês brasileiros que 
mais importam ao Corpo de Bombeiros é o CB-02 (Comitê Brasileiro 
de Construção Civil), CB-09 (Comitê Brasileiro de Combustíveis) e o 
CB-24 (Comitê Brasileiro de Proteção Contra Incêndio), pois as normas 
desenvolvidas por estes comitês acrescentam o Código de Prevenção 
de Incêndios e oferecem uma definição mais completa e específica das 
normas de prevenção contra incêndios. 
Veja abaixo a lista com as Normas mais utilizadas pelos Corpos de 
Bombeiros, segundo Fernandes (2010):
 • NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas;
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
21
 • NBR 8660 – Revestimento de piso – Determinação da intensidade 
crítica do fluxo de energia térmica;
 • NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios; 
 • NBR 9441 – Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio; 
 • NBR 9442 – Materiais de construção – Determinação do índice de 
propagação superficial de chama pelo método do painel radiante; 
 • NBR 10897 – Proteção contra incêndio por chuveiro automático; 
 • NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência; 
 • NBR 11742 – Porta corta-fogo para saídas de emergência; 
 • NBR 13523 – Central predial de gás liquefeito de petróleo; 
 • NBR 14024 – Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de 
petróleo com sistema de abastecimento a granel; 
 • NBR 14432 – Exigências de resistência ao fogo de elementos 
construtivos de edificações;
 • NBR 14880 – Saídas de emergência em edifícios – Escadas de 
segurança – Controle de fumaça por pressurização; 
 • NBR 15514 – Área de armazenamento de recipientes transportáveis de 
gás liquefeito de petróleo (GLP), destinados ou não à comercialização 
– Critérios de segurança.
Além dessas, temos também: 
 • NBR 5410 – Sistema Elétrico;
 • NBR 12615 – Sistema de Combate a Incêndio por Espuma;
 • NBR 12692 – Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores de 
Incêndio;
 • NBR 12693 – Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio;
 • NBR 13434 – Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico – 
Formas, Dimensões e cores;
 • NBR 13435 – Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico;
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
22
 • NBR 13437 – Símbolos Gráficos para Sinalização contra Incêndio e 
Pânico;
 • NBR 13523 – Instalações Prediais de Gás Liquefeito de Petróleo;
 • NBR 13714 – Instalação Hidráulica Contra Incêndio, sob comando;
 • NBR 13714 – Instalações Hidráulicas contra Incêndio, sob comando, 
por Hidrantes e Mangotinhos;
 • NBR 13932 – Instalações Internas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) 
– Projeto e Execução;
 • NBR 14039 – Instalações Elétricas de Alta Tensão;
 • NBR 14276 – Programa de brigada de incêndio;
 • NBR 14349 – União para mangueira de incêndio – Requisitos e 
métodos de ensaio.
A Norma Regulamentadora nº 23 (NR 23) do Ministério do Trabalho 
trata da proteção contra incêndio para locais de trabalho e serve como 
colaboração para que os ambientes de trabalho sejam seguros.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
23
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Você deve ter 
aprendido que: o incêndio é o fogo que se espalha de 
forma descontrolada causando danos; o pânico é o medo 
desesperado que causa uma razão descontrolada; a 
prevenção de incêndios são as medidas para prevenir a 
eclosão de um incêndio e para limitar os seus efeitos; e, 
o combate a incêndio é o conjunto de ações destinadas 
a extinguir o incêndio utilizando equipamentos manuais 
ou automáticos. Além disso, viu que existia a preocupação 
com as ações preventivas desde a época imperial, 
contudo, só após as grandes tragédias na década de 70 
é que os poderes públicos e as entidades relacionadas 
se preocuparam de verdade. Por fim, você compreendeu 
as Normas Regulamentadoras de prevenção de incêndio 
e pânico, conhecendo as Normas da ABNT relacionadas 
com o tema e a Norma Regulamentadora do Ministério do 
Trabalho.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
24
Teoria do fogo: conceito, elementos e 
formas de propagação 
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, você irá aplicar a teoria do fogo, 
compreendendo o seu conceito, quais os seus elementos 
e as formas de propagação. Vamos juntos?
Conceito da teoria do fogo e elementos do 
fogo
Sob a perspectiva da segurança de uma edificação, o fogo se 
apresenta como uma calamidade inesperada com capacidade de 
originar danos materiais e perdas de vidas humanas, assim, para se 
realizar a prevenção ou o combatea incêndio de uma maneira eficiente, 
primeiramente, deve-se ter conhecimento sobre a mecânica do fogo 
em todos os seus aspectos: causas, formação e seus efeitos, informa 
Brentano (2007).
Conforme Brentano (2007), o fogo é uma combustão viva que se 
desponta por meio da formação de chamas que causam luz e desprendem 
calor, além da emissão de fumaça, gases e outros resíduos. 
Já a ABNT NBR 13860 define o fogo como sendo o processo de 
combustão caracterizado pela emissão de calor e luz. 
“O fogo pode ser definido como um fenômeno físico-químico em 
que ocorre uma reação de oxidação, emitindo luz e calor” (São Paulo, 
Instrução Técnica 02/2018, p. 3).
DEFINIÇÃO:
Podemos entender que o fogo é uma combustão que 
emite calor e luz. 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
25
O Manual de Prevenção e Combate a Princípios de Incêndio do 
Paraná (2013) complementa afirmando que essa reação química decorre 
de uma mistura de gases a altas temperaturas, que emite radiação 
geralmente visível. 
Para que exista a ocorrência do fogo deve haver a concorrência 
simultânea de três elementos essenciais (Figura 4), que são: o material 
combustível, o comburente (oxigênio) e uma fonte de calor, formando o 
Triângulo do Fogo, explica Brentano (2007). De acordo com Seito (2008), a 
representação gráfica do fogo foi criada inicialmente pela teoria chamada 
de Triângulo do Fogo, que explicava os meios de extinção do fogo pela 
retirada de um desses componentes, devendo estes coexistirem para 
que o fogo se mantenha.
Figura 4: Elementos essenciais do fogo
Elaborado pela autora com informações de Brentano (2007).
Contudo, depois foi descoberto que não bastava apenas a existência 
desses três elementos para que essencialmente o fogo existisse. 
Percebeu-se a necessidade de existência de um terceiro elemento 
chamado de reação química em cadeia, para que a existência do fogo 
realmente fosse materializada.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
26
Deste entendimento, o Triângulo do Fogo foi substituído pelo 
Tetraedro do Fogo, no qual em cada face do tetraedro, além do 
comburente, do calor e do combustível, é necessária a reação química.
Para que exista a propagação do fogo (Figura 5) após o seu 
acontecimento, deve existir a transferência de calor de molécula para 
molécula do material combustível, ainda intactas, que entram em 
combustão de forma sucessiva, provocando, então, a reação química em 
cadeia, descreve Brentano (2007).
Figura 5: Propagação do fogo
Fonte: Elaborado pela autora com informações de Brentano (2007).]]
Dessa forma, na combustão, o material combustível se combina com 
o comburente (oxigênio) quando ativado por uma fonte de calor, dando 
início a uma transformação química que origina mais calor, propiciando 
a continuação da reação e acarretando uma reação química em cadeia, 
explicita Brentano (2007).
NOTA:
Os meios de extinção fazem uso desse princípio, pois atuam 
por meio do bloqueio de um dos componentes para apagar 
um incêndio. (São Paulo, Instrução Técnica 02/2018).
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
27
Vamos conhecer algumas características desses elementos?
Para Brentano (2007), o combustível é toda a matéria suscetível de 
queimar, podendo se apresentar de forma sólida, líquida ou gasosa (como 
madeira, papel, carvão, gasolina, álcool, metano):
 • A maior parte dos combustíveis sólidos possui um mecanismo 
sequencial para a sua combustão, desse modo, para que a combustão 
aconteça precisam ser, primeiramente, aquecidos, liberando vapores 
combustíveis que se misturam com o oxigênio do ar causando uma 
mistura inflamável; uma pequena faísca ou um contato com uma área 
bem aquecida faz a mistura entrar em combustão, ilustra Brentano 
(2007).
IMPORTANTE:
Quanto maior a superfície submetida, mais acelerado será 
o aquecimento do material e, por conseguinte, o processo 
de combustão, explana o Manual de prevenção e combate 
a princípios de incêndio do Paraná (2013).
 • Os líquidos inflamáveis possuem propriedades físicas que podem 
atrapalhar a extinção do fogo, aumentando, assim, o perigo a ser 
combatido. Uma das propriedades é a solubilidade, isto é, a capacidade 
de se misturar com outros líquidos. Outra propriedade é a volatilidade 
que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, desse modo, 
quanto mais volátil for o líquido, maior será a possibilidade de existir 
fogo, ou até mesmo explosão, elucida o Manual de Prevenção e 
Combate a Princípios de Incêndio do Paraná (2013).
NOTA:
Os líquidos combustíveis se evaporam ao serem aquecidos, 
misturando-se com o oxigênio do ar, formando uma mistura 
inflamável, lembra Brentano (2007).
 • Para Brentano (2007), os gases, para entrarem em combustão, 
precisam produzir uma mistura inflamável com o oxigênio do ar, 
cuja concentração deve estar incluída em uma faixa ideal. O Manual 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
28
de Prevenção e Combate a Princípios de Incêndio do Paraná (2013) 
explica que os gases não possuem volume determinado, inclinando, 
rapidamente, a ocupar todo o recipiente em que estão compreendidos, 
assim, se o peso do gás é menor que o peso do ar, o gás tende a subir 
e desaparecer; contudo, se o peso do gás é maior que o peso do ar, o 
gás conservar-se-á próximo ao solo e caminhará na direção do vento, 
obedecendo aos arredores do terreno.
Um segundo elemento é o comburente que, consoante o Manual 
de prevenção e Combate a Princípios de Incêndio do Paraná (2013, p. 9), 
“é o elemento que ativa e dá vida à combustão, se combinado com os 
vapores inflamáveis dos combustíveis”, sendo o oxigênio o mais comum 
na maioria dos combustíveis, entretanto, existem outros gases que podem 
se comportar como comburentes para determinados combustíveis, como 
no caso do hidrogênio, que queima no meio do cloro, e o cobre, que 
queima no meio de vapor de enxofre, entre outros. 
NOTA:
Em espaços mais abertos onde existe boa circulação de ar 
ou vento, portanto, mais ricos em oxigênio, as chamas são 
acentuadas por causa de um incêndio, informa Brentano 
(2007)
Brentano (2007) esclarece que o calor é o elemento que inicia, 
conserva e estimula o alastramento do fogo, isto é, o calor é o que 
provoca a reação química da mistura inflamável, derivado da combinação 
dos gases ou vapores do combustível e do comburente. A fonte de calor 
(Figura 6) pode ser uma faísca elétrica, uma chama, o superaquecimento 
de um condutor ou aparelho elétrico, atrito, explosão, entre outros.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
29
Figura 6: Fonte de calor
Fonte: Freepik
O último elemento é a reação química em cadeia que é a 
transferência de calor de uma molécula do material em combustão 
para a molécula vizinha, ainda pura, que se aquece e entra também em 
combustão, de forma sucessiva, até que todo o material se encontre em 
combustão, descreve Brentano (2007).
Formas de propagação do fogo
A possibilidade de um foco de incêndio ser eliminado ou progredir 
para um grande incêndio depende basicamente de alguns fatores, 
segundo a Instrução Técnica 02/2018 do Corpo de Bombeiros de São 
Paulo:
 • quantidade, volume e espaçamento dos materiais combustíveis no 
local;
 • tamanho e situação das fontes de combustão;
 • área e locação das janelas;
 • velocidade e direção do vento; 
 • forma e dimensão do local.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
30
De acordo com Camilo Junior (2019), o fogo se propaga por contato 
direto da chama com os materiais combustíveis, pelo deslocamento 
de partículas incandescentes que se soltam de outros materiais já em 
combustão, e pela ação do calor.
IMPORTANTE:
O calor é uma forma de energia gerada pela combustão 
ou ocasionada do atrito dos corpos, lembra Camilo Junior 
(2019).
Uma vez começado o fogo deve-se levar em consideração o 
mecanismo de condução de energia, isto é, disseminação do calor, 
convecção do calor e radiação da energia, lembra Seito(2008).
Dessa forma, o fogo se propaga através de três processos de 
transmissão:
 • Condução ou contato – Camilo Junior (2019) explica que ocorre 
quando o calor é transmitido de molécula a molécula ou de corpo 
a corpo. Brentano (2007) complementa afirmando que acontece 
através das próprias labaredas que passam de um pavimento para 
o outro através das janelas, inflamando as cortinas e outros materiais 
combustíveis, ou até atingindo prédios vizinhos, bem como através 
do contato de um material aquecido pelo fogo que conduz o calor 
até outro. 
Exemplo: Se colocarmos a ponta de uma barra de ferro sobre o 
fogo, após algum tempo podemos verificar que a outra ponta, não exposta 
ao fogo, estará aquecida, demonstrando, assim, que o calor se transmitiu 
de molécula a molécula até atingir a outra extremidade da barra de ferro, 
exemplifica Camilo Junior (2019).
 • Convecção – acontece quando o calor é conduzido através de uma 
massa de ar aquecida, que se afasta do local em chamas, levando 
para outros locais quantidade de calor suficiente para que os materiais 
combustíveis que aí existem alcancem seu ponto de combustão, 
dando origem a outro foco de fogo (Figura 7), esclarece Camilo Junior 
(2019). O autor explica, ainda, que essa maneira de transmissão do 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
31
calor é característica dos líquidos e gases e advém pela formação de 
correntes ascendentes e descendentes no meio da massa de ar, em 
virtude da dilatação e da consequente perda de densidade da porção 
de ar mais próxima da fonte de calor. 
Figura 7: Foco de fogo:
Fonte: Freepik
NOTA:
Quando acontece um incêndio nos andares de baixo 
ou no porão de um prédio, os gases aquecidos sobem 
pelas aberturas verticais e, fazendo com que chegue 
combustíveis nos locais superiores do prédio, provoca 
outros focos de incêndio, demonstra Camilo Junior (2019).
 • Irradiação – ocorre através de ondas ou raios caloríficos constituídos 
por um corpo aquecido, que irradia calor em todas as direções 
através do espaço, idêntico à luz; dessa forma, um material pode ser 
aquecido por estar próximo de um fogo ou recebendo calor enviado 
por radiação dos forros e paredes, aquecendo-se até entrar em 
combustão, explana Brentano (2007).
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
32
Exemplo: O calor solar irradiado para o nosso planeta, a transmissão 
do calor através de raios ou ondas, assim como o calor que sentimos no 
rosto quando chegamos próximo ao fogo. Num grande incêndio de um 
prédio, por exemplo, vários outros prédios ao seu redor ficam queimados 
devido à irradiação do calor, exemplifica Camilo Junior (2019).
Em um incêndio, na maioria das vezes, as três formas ocorrem 
simultaneamente, apesar de em determinado momento uma delas acaba 
predominando sobre as demais, afirma Brentano (2007). 
Brentano (2007) ainda lembra que a propagação do fogo deve 
sempre ser pensada ao se fazer um plano de proteção contra incêndios, 
pois deve fazer parte do projeto da edificação a observação das várias 
possibilidades que o fogo tem para se propagar, seja de forma horizontal 
ou vertical.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
33
RESUMINDO:
Neste capítulo, você deve ter entendido que o fogo é 
uma combustão que emite calor e luz e, para que exista 
a ocorrência do fogo, deve existir a ocorrência simultânea 
de alguns elementos, que são o material combustível, o 
comburente e uma fonte de calor, assim como a reação 
química em cadeia completando o Tetraedro do Fogo. 
Você também deve ter visto que: o combustível é toda 
matéria suscetível de queimar e pode se apresentar 
na forma sólida, líquida ou gasosa; o comburente é 
o elemento que ativa e dá vida à combustão quando 
combinado com os vapores inflamáveis dos combustíveis; 
e, o calor é o elemento que inicia, conserva e estimula o 
alastramento do fogo. Por fim, você compreendeu os três 
processos de transmissão ao qual o fogo se propaga que 
são: por condução ou contato, que ocorre quando o calor 
é transmitido de molécula a molécula ou de corpo a corpo; 
por convecção, que acontece quando o calor é conduzido 
através de uma massa de ar aquecida, que se afasta do 
local em chamas alastrando o fogo; e, por irradiação ou 
radiação da energia, que ocorre através de ondas ou raios 
caloríficos constituídos por um corpo aquecido, que irradia 
calor em todas as direções através do espaço, idêntico à 
luz.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
34
Pontos de temperaturas importantes: 
classes e causa de incêndio 
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, iremos diagnosticar os pontos e 
temperaturas importantes, identificando as classes e 
causas de incêndio e pânico, descrevendo suas principais 
características.
Pontos de temperaturas importantes
O Manual de Prevenção e Combate a Princípios de Incêndio 
do Paraná (2013) afirma que o calor transforma os combustíveis e, por 
meio dessa transformação, eles se ajustam com o oxigênio, tendo 
como resultado a combustão. Essa transformação se desenvolve em 
temperaturas diferentes à proporção que vai acontecendo o aquecimento 
do material.
Vamos entender melhor.
Com o aquecimento de um combustível, alcança-se uma 
temperatura em que o material dá início à liberação de vapores, que 
se incendeiam se existir uma fonte externa de calor. Esse momento é 
chamado de “Ponto de fulgor” e o que ocorre é que as chamas não se 
conservam, por causa da pequena quantidade de vapores, descreve o 
Manual de Prevenção e Combate a Princípios de Incêndio do Paraná 
(2013).
Mas quando se avança com o aquecimento, se alcança uma 
temperatura em que os gases desprendidos do material, ao entrarem 
em contato com uma fonte externa de calor, iniciam uma combustão 
continuando a queimar sem a ajuda daquela fonte, esse momento chama-
se “Ponto de Combustão”, informa o Manual de Prevenção e Combate a 
Princípios de Incêndio do Paraná (2013).
Prosseguindo com o aquecimento alcança-se o chamado “Ponto de 
Ignição”, que ocorre quando se chega a um ponto em que o combustível, 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
35
exposto ao ar, entra em combustão sem que exista fonte externa de calor, 
relata o Manual de Prevenção e Combate a Princípios de Incêndio do 
Paraná (2013).
Vamos observar na tabela (Tabela 1) a seguir os principais pontos 
e temperaturas de alguns combustíveis ou inflamáveis (fulgor e ignição):
Tabela 1: Principais pontos e temperaturas de combustíveis ou inflamáveis
Combustível 
inflamável
Ponto de fulgor (°C) Temperatura de 
ignição (°C)
Acetileno Gás 335,0
Álcool etílico 12,6 371,0
Álcool metílico 11,1 426,0
Asfalto 204,0 485,5
Benzina -17,7 232,0
Enxofre 65,5 232,0
Éter -40 160,0
Gasolina -42 257,0
Querosene 38 a 73,5 254,0
Óleo de amendoim 282,0 445,0
Óleo lubrificante 168,0 417,0
Óleo diesel 55,0 300,0
Óleo de linhaça 222,0 343,0
Fonte: Elaborado pela autora com informações do Manual de Prevenção e Combate a 
Princípios de Incêndio do Paraná (2013) e de Camilo Junior (2019).]]
Camilo Junior lembra que, tomando como base esses pontos e 
essas temperaturas, os líquidos são classificados em: combustíveis (ponto 
de fulgor entre 70°C e 93,3°C) e inflamáveis (ponto de fulgor inferior a 70°C).
Classes de incêndio 
No combate a incêndios, os materiais combustíveis são identificados 
de acordo com uma ou mais classes de incêndios. Cada classe designa 
o combustível envolvido no incêndio, e essa classificação vai permitir, de 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
36
forma eficaz, a escolha do agente extintor mais adequado, explica Camilo 
Junior (2019). 
IMPORTANTE:
A classificação dos incêndios se dá por causa das variedades 
dos combustíveis, os quais reagem de maneiras diferentes 
e com características próprias, menciona Carvalho Filho 
(2019).
A classificação clássica que mais aparece na literatura é a divisão em 
cinco classes, que são A, B, C, D e K. Vejamos as principais características 
de cada uma delas.Classe A
São os fogos em materiais combustíveis (Figura 8) corriqueiros, 
ordinários, como madeiras, papéis, tecidos, entre outros; que queimam 
em superfície e em profundidade e, em razão do seu volume, deixam 
resíduos depois da combustão, como brasas e cinzas, descreve Brentano 
(2007).
Figura 8: Fogos em materiais combustíveis
Fonte: Freepik
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
37
Exemplo: O incêndio em um forro de aglomerado de madeira é um 
tipo de incêndio classe A, pois queima em superfície e em profundidade, 
deixando resíduos quando queimado, exemplifica Camilo Junior (2019).
Camilo Junior (2019) esclarece que este tipo de incêndio é extinto 
pelo método do resfriamento e, para atender às propriedades de queima 
em profundidade, deve ser empregado um agente extintor com poder 
de penetração e umidificação. Deve ser aplicada, deste modo, a ação 
resfriadora e umedecedora da água ou de outro agente que a contenha 
em quantidade, como a espuma. 
Classe B
São os fogos que acontecem na mistura do ar com os vapores que 
se desenvolvem na superfície dos líquidos combustíveis e inflamáveis, 
como óleos, gasolina etc., que queimam apenas em superfície, não 
deixando resíduos, e nos gases inflamáveis, como o gás liquefeito do 
petróleo (GLP), gás natural, acetileno, hidrogênio e outros, explicita 
Brentano (2007).
Exemplo: Aparecendo fogo em um tubo que transporta gás 
do botijão até o fogão, podemos apagá-lo cortando o abastecimento 
de combustível, ou seja, fechando o registro do botijão. Senão, é mais 
aconselhado deixá-lo queimar, sempre sob controle, para evitar que, 
apagando-se o fogo, o vazamento do gás resulte em explosão, exemplifica 
Camilo Junior (2019).
Conforme Brentano (2007), a extinção ocorre por abafamento, 
através da quebra da cadeia da reação química ou pela remoção do 
material. Os agentes extintores podem ser produtos químicos secos, 
líquidos, vaporizantes, CO2, água nebulizada e a espuma mecânica, que é 
o melhor agente extintor para essa classe de incêndio.
Classe C
São os fogos em equipamentos elétricos energizados, como 
máquinas elétricas, quadros de força, transformadores, computadores, 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
38
ou qualquer que seja o material de uso em aplicações de energia elétrica, 
informa Carvalho Junior (2019).
NOTA:
Quando o aparelho elétrico não estiver energizado, ele será 
enquadrado como Classe A (Carvalho Junior, 2019).
Os incêndios dessa classe apresentam risco de morte ao operador 
do equipamento de extinção devido à presença da corrente elétrica, 
assim, para o combate a incêndios nessa classe, é indispensável o 
emprego de um agente extintor não condutor de corrente elétrica (Figura 
9), como é o caso do pó químico seco e do gás carbônico, explana Camilo 
Junior (2019).
Figura 9: Extintor não condutor de corrente elétrica
Fonte: Freepik
Camilo Junior (2019) explica que o primeiro passo a ser tomado 
na situação de uma ocorrência de um incêndio na Classe C é desligar o 
quadro de força, pois, assim, ele se transformará em um incêndio Classe 
A ou B, não apresentando risco ao operador do equipamento de extinção 
no que diz respeito à descarga elétrica. O autor ainda lembra que não se 
deve cortar a energia de todo o prédio, mas apenas do andar ou da sala 
onde estiver ocorrendo o incêndio, visto que esse desligamento total faz 
parar os elevadores (frequentemente com pessoas dentro), assim como 
deixa tudo no escuro, dificultando o abandono da área pelas pessoas, 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
39
caso seja necessário. O corte da energia elétrica deverá ser feito caso haja 
necessidade, devendo o corte geral ser realizado depois do cumprimento 
das exigências cabíveis, como quando os elevadores estiverem vazios no 
térreo.
Classe D
De acordo com Brentano (2007), fazem parte dessa classe os fogos 
em metais combustíveis chamados de pirofóricos, como magnésio, titânio, 
zircônio, lítio, alumínio etc. Esses metais queimam de forma mais rápida 
e reagem com o oxigênio atmosférico, atingindo temperaturas mais altas 
do que outros materiais combustíveis. 
Camilo Junior (2019) afirma que os metais pirofóricos são 
caracterizados por possuírem oxigênio em sua formação molecular e 
reagirem a baixas temperaturas. 
Exemplo: Os exemplos mais comuns são o antimônio e o 
magnésio, encontrados em motores e rodas de liga leve de veículos, e a 
pedra de isqueiro (a liga de ferro-cério), que solta faísca quando atritadas, 
exemplifica Camilo Junior (2019).
Os fogos da classe D demonstram comportamentos diferentes 
das demais classes, visto que se transformam rapidamente em 
autossustentáveis e atrapalham a operação de extinção, expõe Carvalho 
Junior (2019). 
O combate exige equipamentos, técnicas e agentes extintores 
especiais, que formam uma capa protetora isolando o metal combustível 
do ar atmosférico, esclarece Brentano (2007). 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
40
Classe K
São produtos destinados a formas de cocção em cozinhas (Figura 10) 
industriais e comerciais e possuem a característica de serem resistentes 
aos meios normais de combate a incêndio, informa Carvalho Junior (2019).
Figura 10: Cocção em cozinhas:
Fonte: Freepik
A extinção jamais deverá ser feita com água, pois essa classe reage 
de forma perigosa com a água, causando explosões e ferindo quem 
estiver por perto. O método mais indicado de combater o incêndio nessa 
classe é por meio do abafamento (Manual de Prevenção e Combate a 
Princípios de Incêndio do Paraná de 2013).
Exemplo: São os fogos em óleos e gorduras em cozinhas, 
exemplifica Brentano (2007).
Esta é uma classe considerada de muita periculosidade, pois o trato 
com banha, óleos e gordura é muito comum nas cozinhas residenciais 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
41
e industriais, cita o Manual de Prevenção e Combate a Princípios de 
Incêndio do Paraná (2013).
Causas de incêndio
Para se fazer um projeto de prevenção e combate ao fogo é 
fundamental que se conheça as causas originárias de um incêndio.
Segundo Brentano (2007), para que se inicie um incêndio em uma 
edificação, deve-se ter a concorrência essencial de uma fonte de calor, de 
um combustível e um componente humano, este por meio de falhas no 
projeto e/ou execução da instalação ou negligência comportamental na 
ocupação da edificação. Além desses, os outros dois elementos, oxigênio 
e reação química em cadeia, são imprescindíveis, sobretudo para a 
manutenção do fogo, e pontos importantes que devem ser atacados para 
a sua extinção. 
Rosa (2015) considera as seguintes causas de incêndios:
 • Naturais – ocorre quando o incêndio se origina por causa de 
fenômenos da natureza, que atuam por si só, de forma independente 
da vontade humana;
 • Artificiais (acidentais e propositais) – acontece quando o incêndio 
aparece pela atuação direta do homem, ou poderia ser por ele evitado 
ao tomar as medidas necessárias de precaução;
 • Acidental – quando o incêndio é derivado da falta de cuidado do 
homem, ainda que ele não tenha o propósito de causar o acidente, 
sendo este o motivo da maioria dos incêndios;
 • Proposital – quando o incêndio é gerado de forma criminosa, isto é, 
existiu o propósito alguém em causar o incêndio (Figura 11).
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
42
Figura 11: Causar o incêndio
Fonte: Pixabay
Para Brentano (2007), o incêndio pode se originar de várias formas, 
merecendo destaque as seguintes:
 • Cigarros e assemelhados – ocorrem mais por imprudência, 
principalmente com cigarros e fósforos;
 • Forno e fogão – o mau uso desses equipamentos e o manuseio sem 
ser adequado de produtos inflamáveis, como o GLP;
 • Eletricidade – o uso inadequado de equipamentos elétricos, isto 
é, instalações elétricas com dimensão inferior ao que deveria, 
gambiarras, falta de proteção nos circuitos, tomadas elétricas 
sobrecarregadas, equipamentos elétricos funcionandode forma 
irregular, apresentando faíscas, superaquecimento etc.;
 • Atrito – acontece em máquinas e equipamentos com defeitos de 
arrefecimento;
 • Líquidos inflamáveis – acontecem principalmente em indústrias por 
meio de vazamentos acidentais;
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
43
 • Raios – além da onda de choque, causam incêndios, principalmente 
em lugares de armazenamento de líquidos inflamáveis;
 • Criminal – são os incêndios criminosos causados para esconder 
homicídios ou outros crimes, como receber dinheiro de seguros.
Para que se tenha um ambiente seguro, sem riscos de incêndios, 
faz-se necessário observar todas essas causas de incêndios, fazendo 
vistorias frequentes e orientações adequadas com o propósito de evitá-
las. 
RESUMINDO:
Neste capítulo, você deve ter compreendido que existem 
temperaturas diferentes de acordo com o avanço do 
aquecimento do calor, sendo: primeiro, o Ponto do Fulgor; 
segundo, o Ponto de Combustão; e, terceiro, o Ponto 
de Ignição. Conheceu também os principais pontos de 
temperaturas de alguns combustíveis. Além disso, viu que 
as classes de incêndios que se dividem em: Classe A, que 
são os fogos que queimam em profundidade e deixam 
resíduos após a combustão; Classe B, que queimam apenas 
em superfície e não deixam resíduos; Classe C, que são 
os fogos em equipamentos elétricos energizados; Classe 
D, os fogos em metais chamados de pirofóricos; e, Classe 
K, que são produtos destinados a formas de cocção em 
cozinhas industriais e comerciais. Por fim, você conheceu as 
causas de incêndios que poderão ser naturais ou artificiais 
(acidentais ou propositais), podendo se originar através de 
cigarros e assemelhados, forno e fogão, eletricidade, atrito, 
líquidos inflamáveis, raios ou criminal.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
44
Métodos de extinção, resistência dos 
materiais ao fogo e a explosividade
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, iremos analisar os métodos de extinção 
do fogo, conhecendo os agentes extintores, bem como 
compreender a resistência dos materiais ao fogo e a 
explosividade como causa de incêndios.
Métodos de extinção
Consoante Barsano e Barbosa (2018), para que o fogo não alcance 
o nível de um incêndio difundido por todo o ambiente, no decurso da 
sua propagação sem controle, devem ser empregados procedimentos 
e equipamentos apropriados para a extinção das chamas. Deste modo, 
é essencial que um ou mais elementos que constituem o Tetraedro de 
Fogo sejam anulados, rompendo o seu ciclo de alimentação.
O Tetraedro do Fogo é aquele que, em cada face dele, além do 
comburente, do calor e do combustível, é necessária a reação química.
O procedimento adequado para a interrupção desse ciclo contínuo 
é o emprego dos métodos de extinção de incêndio, com a utilização de 
agentes extintores apropriados, cumprindo as características de cada 
classe de incêndio e, dessa maneira, proporcionando um combate 
com maior eficiência e sem riscos adicionais ao combatente na hora do 
acontecimento, explica Barsano e Barbosa (2018).
Brentano (2007) destaca que os métodos de extinção do fogo 
(Figura 12) acontecem segundo o elemento componente que se pretende 
neutralizar, podendo ocorrer por isolamento (retirada do material), por 
abafamento (retirada do comburente), por resfriamento (retirada do calor) 
e pela extinção química (quebra da cadeia de reação química).
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
45
Figura 12: Métodos de extinção do fogo
Fonte: Elaborado pela autora com informações de Brentano (2007).
Vejamos as características de cada um desses métodos de extinção:
 • Isolamento – existem situações em que se pode remover o material, 
como no caso de tanques de combustível, pois o fogo é retirado 
pelo fundo e transferido para outro lugar por meio de drenos, 
explana Brentano (2007). Uanderley (2019) lembra, ainda, que esse 
procedimento age na base do fogo, pois um dos elementos é 
removido, de modo que a chama se elimina, assim, pode ser retirado 
o combustível (que queima) ou os combustíveis próximos ao fogo (e 
que ainda não queimaram).
NOTA:
Retira-se o material combustível que ainda não foi atingido, 
impedindo, assim, a ampliação do espaço incendiado, cita 
Barsano e Barbosa (2018).
 • Abafamento – procura-se impedir que o material em combustão seja 
sustentado por mais oxigênio do ar, diminuindo a sua concentração 
na mistura inflamável, descreve Brentano (2007). Barsano e Barbosa 
(2018) complementam lembrando que a remoção do comburente 
(oxigênio) extingue o elemento que acentua a propagação do fogo, 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
46
fazendo uso de agentes extintores naturais (areia ou terra) ou químicas 
(bicarbonato de sódio, sulfato de alumínio, grafite em pó etc.).
NOTA:
Sem o comburente não existe chama, dessa forma, no 
abafamento, o contato do oxigênio com o combustível é 
diminuído ao mínimo ou impedido totalmente, informa 
Uanderley (2019).
 • Resfriamento – baseia-se na eliminação do calor do material 
combustível, reduzindo a sua temperatura com o emprego de água, 
demonstra Barsano e Barbosa (2018). Brentano (2007) explica que, 
quando o material em combustão não tem mais capacidade de 
produzir gases e vapores em quantidade considerável para se misturar 
com o oxigênio do ar e sustentar a mistura combustível indispensável 
para conservar a reação química em cadeia, porque a perda de calor 
para o agente extintor é maior que o auferido do fogo, este começa a 
ser controlado até a sua completa extinção.
NOTA:
É a maneira mais usual de acabar com o fogo em imóveis.
 • Extinção química – esse procedimento de extinção utiliza produtos 
externos à combustão que, ao serem jogados no fogo, tem suas 
moléculas desassociadas pela ação do calor, explicita Uanderley 
(2019). Barsano e Barbosa (2018) esclarecem que esse método se 
baseia na interrupção da reação em cadeia, dificultando seu ciclo 
constante diretamente na área das chamas, com agentes extintores 
que reajam ao contato com o fogo e extingam o comburente.
Agentes extintores
Cada material combustível possui características de combustão 
próprias, demandando, com isso, maneiras particulares para que o fogo 
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seja extinto. O agente extintor a ser empregado deve ser adequado para 
que a sua ação seja rápida e eficiente, ocasionando o mínimo de danos à 
vida das pessoas, ao conteúdo e à edificação (BRENTANO, 2007).
Os principais agentes extintores utilizados são a água (Figura 13), a 
espuma aquosa ou mecânica, os gases inertes e os pós químicos secos.
Figura 13: A água
Fonte: Freepik 
Vejamos cada um deles:
A água, para Brentano (2007), é a substância mais utilizada como 
agente extintor por diversos motivos, tais como: por ser a mais divulgada 
e, logo, a que possui maior disponibilidade, abundância e a mais barata; 
por ser a mais efetiva no combate ao fogo, porque tem grande poder de 
absorção do calor e por ser um agente extintor seguro, não-tóxico, não-
corrosivo e estável. Ela atua, quando em estado líquido, sobre o fogo por 
resfriamento, absorvendo calor e se aquecendo até modificar-se em vapor 
que, então, opera por abafamento, diminuindo o percentual de oxigênio e, 
por conseguinte, sua inflamabilidade, menciona Brentano (2007).
NOTA:
O vapor é empregado como agente extintor de indústrias 
onde ele já é usado continuamente nos processos 
produtivos, relata Brentano (2007).
A espuma aquosa ou mecânica é formada por bolhas de gás, 
geralmente o ar, constituída a partir de uma solução aquosa de um 
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agente concentrado líquido especial gerador de espuma (extrato) e é feita 
com a agitação de uma mistura de água com o extrato em determinadas 
proporções com a aspiração concomitante de ar atmosférico, esclarece 
Brentano (2007), que informa, ainda, que as edificações que processam, 
condicionam ou manuseiam combustíveis ou líquidosinflamáveis, 
devem ser protegidos por sistemas de chuveiros automáticos abertos ou 
projetores que espalham espuma. 
NOTA:
Ela é utilizada na extinção do fogo em líquidos derramados 
ou contidos em tanques combustíveis (BRENTANO, 2007).
Os gases inertes mais usados nas composições são o dióxido de 
carbono, nitrogênio, argônio e outros, porém, o mais utilizado, mais barato 
e um dos mais efetivos é o dióxido de carbono. Eles são utilizados em 
equipamentos energizados eletricamente, arquivos, bibliotecas, cozinhas 
e em quase todos os materiais combustíveis, descreve Brentano (2007).
Para Brentano (2007), os pós químicos possuem como bases 
químicas principais o bicarbonato de sódio, o bicarbonato de potássio 
e o monofosfato de amônia, misturados com aditivos que oferecem 
estabilidade ao pó frente à umidade.
IMPORTANTE:
Deve-se evitar sua utilização em equipamentos eletrônicos, 
pois o pó químico em contato com a umidade do ar 
desgasta as placas dos circuitos alcançados (BRENTANO, 
2007).
Os pós químicos são eficientes em acabar com o fogo em líquidos 
inflamáveis, podendo ser usados no combate a fogos em alguns 
equipamentos elétricos energizados, assim como são uma opção ao 
dióxido de carbono na extinção dos fogos sem uso da água, elucida 
Brentano (2007).
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Resistência dos materiais ao fogo
De acordo com Bertolini (2016), no decurso de um incêndio, os 
danos aos materiais (Figura 14) podem ocasionar uma alteração estrutural 
ou permitir a propagação do fogo. Desse modo, a estabilidade de um 
elemento construtivo ou estrutural específico, em razão do tempo de 
exposição ao fogo, é uma propriedade importante tanto para os materiais 
estruturais quanto para os materiais que separam os ambientes.
Figura 14: Danos aos materiais
Fonte:Pixabay
Silva (2018) destaca que a temperatura dos gases quentes em um 
incêndio sofre variação com o tempo e precisa de algumas variáveis, 
como a carga de incêndio e o grau de ventilação. O autor define a carga 
de incêndio como a reunião dos possíveis caloríficos de todos os materiais 
internos ao compartimento, compreendendo mobiliário, revestimentos e 
outros materiais combustíveis e, possivelmente, até a estrutura (madeira); 
já o grau de ventilação do compartimento é verificado em função da área 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
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de aberturas para o exterior do compartimento, podendo ser a área total 
de janelas direcionadas para o exterior do compartimento.
Para Silva (2018, p. 89), “a resistência ao fogo é a propriedade de um 
elemento construtivo de resistir à ação do fogo, mantendo sua segurança 
estrutural, seu isolamento e sua estanqueidade”.
Já Bertolini (2016) define a resistência do fogo como a conduta de 
um componente de construção que preserva, por um tempo determinado 
durante um incêndio, a estabilidade, a capacidade resistente ou a vedação 
e o isolamento térmico.
SAIBA MAIS:
Aprofunde-se mais nesse tema lendo o artigo “Materiais de 
construção resistentes ao fogo”. Disponível em: https://bit.
ly/3497YPM 
Para garantir a estabilidade, é indispensável que as variações das 
propriedades do material e a alteração das divisões conservadas sejam 
capazes de manter a resistência mecânica e prevenir o colapso. A vedação 
é garantida se as chamas, vapores ou gases quentes não alcançarem o 
lado não exposto ao fogo, seja porque não podem transpassar o elemento 
construtivo, seja porque são emitidas pelos materiais que o compõem. O 
isolamento térmico é importante para assegurar que o calor gerado na 
zona de incêndio não seja difundido aos ambientes presentes, esclarece 
Bertolini (2016).
IMPORTANTE:
As estruturas devem ser calculadas para que se tenha uma 
resistência mínima ao fogo, denominada tempo requerido 
de resistência ao fogo, e são fornecidos pelas Instruções 
Técnicas dos Corpos de Bombeiros de cada Estado ou, 
na ausência delas, pela ABNT 14432:2001 – Exigências 
de resistência ao fogo dos elementos construtivos das 
edificações, cita Silva (2018).
Bertolini (2016) explica que determinados materiais de construção, 
além de suportar as consequências de incêndio, podem acabar 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
51
promovendo-o, pois, com a alta temperatura, podem transformar-se em 
combustíveis, o que ocorre geralmente com a madeira (Figura 15) e as 
matérias plásticas, as quais, por degradação térmica, emitem substâncias 
voláteis combustíveis. 
Figura 15: Madeira
Fonte: Pixabay
Vejamos dois exemplos de como os materiais se comportam 
durante um incêndio:
 • Os materiais metálicos não manifestam nenhuma reação ao fogo, não 
colaborando, assim, para o aumento de calor e de chamas, contudo, 
os elementos construtivos produzidos em materiais metálicos, 
quando entram em contato com o fogo, conseguem espalhar o calor 
rapidamente, explicita Bertolini (2016).
 • O gesso e uma grande quantidade de produtos comerciais que 
resultam dele possuem um bom comportamento ao fogo e são 
muitas vezes empregados para realizar elementos de suporte 
(paredes, forros etc.). Os elementos em gesso não queimam e não 
são deteriorados de forma substancial pelo fogo, assim como a 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
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microestrutura e a composição química do gesso permitem impedir a 
propagação do calor, descreve Bertolini (2016).
VOCÊ SABIA?
Em um incêndio ocorrido em uma casa de shows em Santa 
Maria – RS, no ano de 2013, considerada a segunda maior 
tragédia no Brasil em número de óbitos ocasionados por 
um incêndio, o parecer técnico emitido pelo Conselho 
Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do 
Sul – CREA/RS (2013) determinou que as prováveis causas 
para que o incêndio tenha ocorrido foram a combinação 
do uso de material de revestimento acústico inflamável, 
exposto na zona do palco, associado à realização de um 
show com componentes pirotécnicos, descreve Mohamad 
(2015).
Dessa forma, a situação ideal para planejar um edifício que possua 
resistência ao fogo é retratada pelo uso de materiais não combustíveis, 
que tenham capacidade de aquecer-se de forma lenta e de manter, 
mesmo em altas temperaturas, uma alíquota sólida de sua resistência, 
explana Bertolini (2016).
A explosividade
Outro tema de grande relevância para o nosso estudo trata da 
explosividade.
De acordo com Barsano e Barbosa (2013), os incêndios motivados 
por explosões originadas de armazenamento impróprio de produtos 
perigosos causam preocupação, dessa forma, faz-se fundamental 
conhecer as características e os perigos dos produtos usados nos 
ambientes físicos de cada área de atuação, para servir como critério na 
adoção de medidas de prevenção. 
Um dos casos em que se deve ter muito cuidado é com o gás GLP 
(o gás de cozinha), pois ele é um líquido inflamável derivado do petróleo, 
confinado em um botijão (Figura 16), composto por propano e butano, 
que são materiais mais pesados que o ar e inodoro, assim, nesses casos, 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
53
algumas medidas de segurança devem ser tomadas, como a instalação de 
detectores desses gases em cozinhas industriais e em estabelecimentos 
que se façam necessários, assim como armazenar esses produtos em 
locais externos, demonstra Barsano e Barbosa (2013).
Figura 16: Botijão
Fonte: Freepik
Qualquer método de prevenção deve ter como centro medidas 
técnicas, organizadas por profissionais com conhecimento em segurança 
do trabalho, prevenção em combate a incêndios, profissionais da área 
ambiental, assim como as normas regulamentadoras de Segurança e 
Medicina do Trabalho; as normas brasileiras da ABNT; as instruções 
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
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técnicas dos Corpos de Bombeiros; as legislações ambientais; e, outras 
leis e normas regulamentadas, explicitam Barsano e Barbosa (2013). 
RESUMINDO:
Neste capítulo, você deve ter compreendido que deve 
existir o emprego de procedimentos e equipamentosapropriados para se fazer a extinção das chamas, que 
os métodos de extinção do fogo podem ocorrer: por 
isolamento, com a retirada do material; por abafamento, com 
a retirada do comburente; por resfriamento, com a retirada 
do calor; e, pela reação química, com a quebra da cadeia 
da reação química. Além disso, conheceu os principais 
agentes extintores, que são a água, a espuma aquosa, 
os gases inertes e os pós químicos secos. Viu também: a 
resistência dos materiais ao fogo, que se trata da conduta 
de um componente de construção que preserva por um 
tempo determinado durante o incêndio; a estabilidade; 
a capacidade resistente ou a vedação; e, o isolamento 
térmico. Por fim, você conheceu a explosividade que 
pode ocorrer por armazenamento impróprio de produtos 
perigosos e que devem ser observadas as medidas de 
prevenção corretas para essas situações.
Combate e Prevenção de Incêndios e Pânicos
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