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Atividade Objetiva 3_ Antropologia_ Identidade e Diversidade

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27/09/2020 Atividade Objetiva 3: Antropologia: Identidade e Diversidade
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A�vidade Obje�va 3
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0,2 / 0,2 ptsPergunta 1
Leia o texto a seguir:
 
Os preconceitos quanto à ascendência étnica combinados com
ações discriminatórias aumentaram significativamente nos
séculos 19 e 20 com a expansão do nacionalismo. Esse novo
ambiente ideológico começou afetando a Europa e o Oriente
Médio, embora rapidamente tenha se espalhado para outras
regiões do mundo. O nacionalismo estimulou novos projetos
políticos que levariam à reinvenção ou à afirmação de
identidades, além da divisão ou fusão de Estados organizados
de acordo com a lógica imperial ou com a tradição local. A
enorme reorganização política e social do período teve o seu
impacto sobre preconceitos étnicos. A definição de inimigo ou
inimigos se assentava nas discordâncias nacionais, que
incluíam pressupostos acerca da religião e da raça.
 
Fonte: BETHENCOURT, F. Racismos: Das Cruzadas ao século
XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 291.
A propósito da relação entre nacionalismos e preconceitos, é
possível afirmar que:
 
O nacionalismo está relacionado com a própria reinvenção das
identidades modernas que, entretanto, podem apresentar
efeitos negativos no que diz respeito à identificação de grupos
étnicos diferentes, compreendidos por certos grupos
nacionalistas como inferiores.
Correto!Correto!
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De fato, como aponta Bethencourt, grupos nacionalistas 
ao longo dos séculos 19 e 20 se valeram de suas 
identidades para subjugar outros povos de origens étnicas 
distintas. O nacionalismo está relacionado com a própria 
reinvenção das identidades modernas que, entretanto, 
podem apresentar efeitos negativos no que diz respeito à 
identificação de grupos étnicos diferentes, compreendidos 
por certos grupos nacionalistas como inferiores.
 
“Religião” e “raça” não são componentes presentes nos
discursos nacionalistas modernos.
 
Nacionalismo é um sentimento natural dos povos, uma vez
que todos os indivíduos necessariamente devem se orgulhar
das conquistas de suas ações, de modo que não se trata de
uma ideologia, mas sim de um fato presente na composição
psíquica de todos os seres humanos.
 
O autor exagera ao associar o surgimento das ideologias
nacionalistas com a intensificação de preconceitos étnicos,
uma vez que na história contemporânea não ocorreram
violências étnicas respaldadas por discursos nacionalistas.
 
Durante os séculos 19 e 20, a religião e a identidade étnica
foram pouco mobilizadas para demarcar sentimentos
nacionalistas.
0,2 / 0,2 ptsPergunta 2
Leia o texto a seguir:
 
Parece simples definir quem é negro no Brasil. Mas, num país
que desenvolveu o desejo de branqueamento, não é fácil
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apresentar uma definição de quem é negro ou não. Há
pessoas negras que introjetaram o ideal de branqueamento e
não se consideram como negras. Assim, a questão da
identidade do negro é um processo doloroso. Os conceitos de
negro e de branco têm um fundamento etno-semântico,
político e ideológico, mas não um conteúdo biológico.
Politicamente, os que atuam nos movimentos negros
organizados qualificam como negra qualquer pessoa que
tenha essa aparência. É uma qualificação política que se
aproxima da definição norte-americana. Nos EUA não existe
pardo, mulato ou mestiço e qualquer descendente de negro
pode simplesmente se apresentar como negro. Portanto, por
mais que tenha uma aparência de branco, a pessoa pode se
declarar como negro.
 
MUNANGA, K. Entrevista. Revista Estudos Avançados, v.
18, n. 50, 2004.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a
relação proposta entre elas.
 
1. A população negra brasileira majoritariamente sempre
assumiu sua identidade étnica ao longo da história, a
despeito da ideologia do branqueamento que prevalece no
país.
 
PORQUE
 
2. A definição da identidade negra possui, sobretudo,
fundamento étnico-semântico, político e ideológico, de modo
que, nos Estados Unidos, a cor da pele não é o principal
elemento que demarca quem é e quem não é considerado
negro.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
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A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição
verdadeira.
Correto!Correto!
Esta alternativa está correta, pois a asserção I é uma 
proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
Embora a atuação do movimento negro brasileiro seja 
bastante forte e presente, a ideologia do branqueamento 
da qual trata Kabengele Munanga está inculcada inclusive 
entre as populações negras. Como afirma Kabengele 
Munanga, a construção da identidade negra está 
relacionada com questões sociais e culturais mais do que 
com efetivos componentes biológicos. Assim, a separação 
entre quem é considerado negro, e quem não é, varia 
conforme diferentes contextos históricos e espaços 
geográficos.
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma
proposição falsa.
  As asserções I e II são proposições falsas. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é
uma justificativa da I.
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa da I.
0,2 / 0,2 ptsPergunta 3
Veja as imagens e leia o texto a seguir:
 
Figura 1:
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Lasar Segall, Emigrante debruçado na amurada (1929),
xilogravura, 18x24,5cm.
 
Fonte:
https://artsandculture.google.com/asset/emigrante-
debru%C3%A7ado-na-amurada/VgFk2EY3rdvo_A?hl=fr
 (https://artsandculture.google.com/asset/emigrante-
debru%C3%A7ado-na-amurada/VgFk2EY3rdvo_A?hl=fr) .
Acesso em 05 jul. 2019.
 
Figura 2:
https://artsandculture.google.com/asset/emigrante-debru%C3%A7ado-na-amurada/VgFk2EY3rdvo_A?hl=fr
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Johann Moritz Rugendas. Navio Negreiro (Negres a fond de
calle) (1830), gravura, 35.50 x 51.30 cm.
 
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Navio_negreiro_-
_Rugendas_1830.jpg
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Navio_negreiro_-
_Rugendas_1830.jpg) . Acesso em 05 jul. 2019.
 
Texto:
 
Enquanto o estrangeiro via no trabalho assalariado um
simples meio para iniciar “vida nova na pátria nova”,
calculando libertar-se dessa condição o mais depressa
possível, o negro e o mulato convertiam-se em um fim em si e
para si mesmo, como se nele e por ele provassem a dignidade
e a liberdade da pessoa humana. Introduziam, portanto,
elementos morais no contrato de trabalho, altamente
desfavoráveis em uma ordem social que timbrava por
despojar a relação patrão-assalariado de obrigações e de
direitos extra econômicos.
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Navio_negreiro_-_Rugendas_1830.jpg
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FERNANDES, F. A integração do negro na sociedade de
classes. v. I. São Paulo: Ática, 1978. p. 29.
 
A primeira imagem retrata a chegada de um emigrante
europeu que possivelmente foi integrado às lavouras de café
ou ao comércio urbano no Brasil durante o final do século 19 e
início do 20. A segunda imagem apresenta as condições em
que os negros sequestrados vieram para o Brasil entre os
séculos 16 e 17 paraserem integrados ao trabalho escravo
nas lavouras de cana de açúcar. O texto de Florestan
Fernandes, por sua vez, procura diferenciar o sentido que o
trabalho livre passou a ter para os descendentes de escravos
no Brasil. A propósito da situação do negro no Brasil, assinale
as afirmativas corretas. A respeito das imagens e do texto,
analise as afirmações a seguir:
 
I. As duas imagens retratam de maneira semelhante as
dificuldades presentes na emigração europeia e na emigração
africana para o Brasil.
II. A partir da leitura do texto de Florestan Fernandes e da obra
de Rugendas é possível afirmar que os negros escravizados e
seus descendentes foram incorporados de maneira desigual
no mercado de trabalho em relação aos emigrantes europeus
que vieram para o território brasileiro.
III. Após a abolição, ocorrida em 1888, descendentes de
negros escravizados e europeus passaram a disputar posições
em pé de igualdade no mercado de trabalho então emergente.
IV. O peso do passado colonial do negro escravizado em
território brasileiro permaneceu presente quando da abolição,
resultando em precarização e desigualdades que se
estenderam mesmo quando do advento do trabalho
assalariado no país.
 
É correto apenas o que se afirma em:
  III e IV 
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  I e III. 
  I, II e III. 
  I, II e IV 
  II e IV. 
Correto!Correto!
Esta alternativa está correta, pois somente as afirmações 
II e IV são verdadeiras. A afirmação I está incorreta, pois 
na primeira imagem vemos um emigrante solitário no 
convés, enquanto a segunda apresenta a imagem de 
negros escravizados, seminus e açoitados no porão do 
navio. A afirmação II é verdadeira, pois o passado de 
escravidão vivido pelos negros africanos em território 
brasileiro teve efeitos sociais sobre seus descendentes, 
uma vez que estes foram incorporados em posições 
subalternas e precárias após a abolição. A afirmação III é 
falsa, pois, de acordo com o texto de Florestan Fernandes, 
os europeus tinham projetos particulares de ascensão na 
nova pátria, enquanto negros e mulatos tinham poucas 
perspectivas de prosperidade diante do racismo 
institucional que permaneceu fazendo parte da sociedade 
brasileira após a abolição. A afirmação IV é verdadeira, 
pois, conforme o texto de Florestan Fernandes, o 
horizonte de possibilidades de trabalho livre para os 
negros e mulatos após a abolição foi marcado por 
precarização das relações de trabalho e inseguridade 
social, marcas do passado escravista.
0,2 / 0,2 ptsPergunta 4
Leia o texto a seguir:
 
O racismo distingue-se do etnocentrismo por não se referir de
forma abstrata a bairros ou comunidades distantes
desprezadas ou temidas; em geral, aplica-se a grupos com
quem a comunidade de referência convive – grupos esses
associados a regras de sangue ou de descendência. O
etnocentrismo pode expressar desprezo por outra
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comunidade, mas aceita a inclusão de indivíduos dessa
comunidade, ao passo que o racismo considera que o sangue
afeta todos os elementos da comunidade em questão.
 
Fonte: BETHENCOURT, F. Racismos: Das Cruzadas ao século
XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p.14
Com base no texto e em seus conhecimentos sobre
etnocentrismo e racismo, analise as afirmativas a seguir:
 
I. Racismo e etnocentrismo não são sinônimos, embora ambos
definam grupos e indivíduos como inferiores em relação a
outro grupo específico.
 
II. O autor afirma que racismo e etnocentrismo são
posicionamentos que geram julgamentos apenas a
determinados indivíduos, sendo que tais julgamentos não são
passíveis de prévia generalização para grupos.
 
III. O racismo é uma posição cientificamente válida, uma vez
que é comprovada a diferença entre raças no interior da
espécie humana.
 
IV. Racismo e etnocentrismo são noções que designam
posições legítimas em sociedades democráticas, uma vez que
são meras opiniões individuais, sem qualquer relação com
violências estruturais praticadas sobre determinados grupos
humanos.
 
É correto o que se afirma apenas em:
  I, II, III e IV. 
  I 
Correto!Correto!
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Esta alternativa está correta, pois apenas a afirmação I é 
verdadeira.  Tanto o termo racismo quanto etnocentrismo 
evocam posicionamentos de antagonismo em relação a 
grupos e indivíduos específicos. Entretanto, como o autor 
apresenta no texto, não são sinônimos, uma vez que 
obedecem a processos específicos de marginalização e da 
aceitação da diferença. A afirmação II é falsa, pois 
racismo e etnocentrismo são formas de segregação de 
identidades alheias, tanto em relação a indivíduos, quanto 
a grupos. A afirmação III é falsa, pois não é possível 
comprovar a existência de raças distintas entre os seres 
humanos. A diversidade dos grupos é, antes de tudo, de 
ordem cultural e social. A afirmação IV é falsa, pois o 
racismo estrutural necessita de legitimação e 
naturalização dos posicionamentos racistas. Dessa forma, 
julgamentos racistas particulares acabam contribuindo 
indiretamente com a ampliação da marginalização de 
grupos considerados inferiores.
  II, III e IV. 
  I e II 
  III e IV. 
0,2 / 0,2 ptsPergunta 5
Leia o texto a seguir:
 
A diversidade genética é absolutamente indispensável à
sobrevivência da espécie humana. Cada indivíduo humano é o
único e se distingue de todos os indivíduos passados,
presentes e futuros, não apenas no plano morfológico,
imunológico e fisiológico, mas também no plano dos
comportamentos. É absurdo pensar que os caracteres
adaptativos sejam no absoluto “melhores” ou “menos bons”,
“superiores” ou “inferiores” que outros. Uma sociedade que
deseja maximizar as vantagens da diversidade genética de
seus membros deve ser igualitária, isto é, oferecer aos
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diferentes indivíduos a possibilidade de escolher entre
caminhos, meios e modos de vida diversos, de acordo com as
disposições naturais de cada um. A igualdade supõe também
o respeito do indivíduo naquilo que tem de único, como a
diversidade étnica e cultural e o reconhecimento do direito
que tem toda pessoa e toda cultura de cultivar sua
especificidade, pois fazendo isso elas contribuem a enriquecer
a diversidade cultural geral da humanidade.
 
Fonte: MUNANGA, K. Uma abordagem conceitual das
noções de raça, racismo, identidade e etnia. 05 nov.
2003. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-
content/uploads/2014/04/Uma-abordagem-conceitual-
das-nocoes-de-raca-racismo-dentidade-e-etnia.pdf
(https://www.geledes.org.br/wp-
content/uploads/2014/04/Uma-abordagem-conceitual-das-
nocoes-de-raca-racismo-dentidade-e-etnia.pdf) . Acesso em:
05 jul. 2019).
A partir do texto, avalie a alternativa que está de acordo com
os argumentos apresentados pelo autor:
 
De acordo com o autor, os caracteres adaptativos de cada
indivíduo podem ser considerados de acordo com padrões
únicos que enquadram a diversidade genética em gradações
inferiores e superiores.
 
A raça humana é única, portanto, a diversidade cultural deve
ser combatida.
 
A diversidade humana é uma ilusão, pois do ponto de vista
cultural há apenas uma única cultura.
 
Quando se trata de diferenças entre seres humanos, a noção
de raça não possui viabilidade científica, uma vez que o
avanço da genética comprovou a irredutibilidade de
características individuais e sociais a grupos geneticamente
específicos.
Correto!Correto!
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Alternativa A:
Esta alternativa está correta. Segundo o professor Kabengele
Munanga, a diversidade genética é tão ampla que se torna impossível
constatar a existência de grupos com padrões genéticos específicos
que os caracterizam de maneira inquestionável. Desse modo, se
compararmos dois indivíduos de uma mesma população, nascidos em
um mesmo território, verificaremos uma enorme diversidade genética
entre os dois, de maneira tal que se torna impossível afirmar que
existem padrões genéticos que rigorosamente separam grupos
humanos. Em outras palavras, as manifestações fenotípicas – por
exemplo, a cor da pele, dos olhos etc. – não são adequadas para
expressar a diversidade genética existente entre grupos humanos
variados.
 
Existe uma diversidade genética demasiadamente ampla para
que se definam poucos grupos como detentores de padrões
biológicos específicos – as “raças”. Entretanto, é possível
afirmar que as culturas humanas derivam de uma unidade
cultural primária e empiricamente constatada.
Pontuação do teste: 1 de 1

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