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PRÁTICA INTERDISCIPLINAR: PERÍCIA CRIMINAL 
 
 
ACADÊMICO(A): ELIS 
 
 
CÓDIGO DO ACADÊMICO(A): 2919309 
 
UNIDADE: SANTO ÂNGELO/RS 
	ATIVIDADE 
 
 
Agora você, com o auxílio de seu tutor local, está apto para realizar sua atividade prática. 
O objetivo é você, neste momento, aprofundar melhor seus estudos. 
Selecionamos um estudo de caso para que possa ser realizada a atividade prática quando, então, poderá aplicar em um caso concreto os conhecimentos obtidos acerca de Perícia Criminal. 
Trata-se do famoso caso “ Mércia Nakashima” cuja solução dependeu da prova pericial. 
 
Breve Relato do caso: 
No ano de 2010 a advogada Mércia Nakashima de 28 anos foi vista pela última vez em 23 de maio do mesmo ano, após um almoço na casa da avó em Guarulhos/SP. Segundo seus familiares antes de sair, Mércia havia recebido uma ligação de seu ex-namorado Mizael Bispo de Souza, advogado e policial militar reformado. Após dois dias sem notícias do paradeiro de Mércia, a família decidiu iniciar as buscas pela jovem por conta própria e registrar o desaparecimento na Polícia Civil. Durante a investigação Mizael foi dado como suspeito e chamado para prestar depoimento, entretanto nada esclareceu. Em 31 de maio foi convocado a depor e contou sua versão. Contou que ligou para Mércia, mas dizia 
	que não havia conversado com ela e que não tinha ideia do acontecido. No dia 10 de junho, através de uma denúncia anônima o carro de Mércia foi encontrado na represa de Nazaré Paulista e no dia seguinte seu corpo foi encontrado no mesmo local. O laudo necroscópico esclareceu que Mércia havia morrido no dia 23 por afogamento após ter sido baleada e desmaiado. Dias depois, um pescador que estava no local no dia do crime, prestou depoimento e foi dado novo rumo a investigação. Afirmou que enquanto pescava no dia 23 viu um carro ser abandonado na água e escutou um grito antes do carro submergir na água tendo visto um homem alto que não conseguiu identificar no local. Também outras testemunhas afirmaram ter visto Mizael conversando com Evandro Bezerra da Silva, um vigia que abandonou o emprego e fugiu após a divulgação da polícia que o carro havia sido encontrado. Preso preventivamente Mizael afirma que teria ido buscar Mizael no local do crime dia 23, mas que nada sabia sobre o ocorrido. Mizael também foi preso preventivamente em 27 de julho de 2010, mas liberado por habeas corpus e em seguida foge, se entregando apenas em fevereiro de 2011, levado a júri popular foi condenado a 20 (vinte) anos de prisão em regime fechado. 
 
	Agora que conhece rapidamente a dramática história que envolveu a morte de Mércia Nakashima você verá dois vídeos: 
 
Vídeo 1: “Deu o que Falar relembra detalhes do caso Mércia 
Nakasshima” disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=lxVwZpO3yMM 
A reportagem narra detalhes do caso. Preste atenção no desenrolar da investigação. Anote cada detalhe do caso. Observe com atenção as perícias realizadas e narradas na reportagem. 
 
Vídeo 2: “Investigação Discovery: Anatomia do Crime T01 EP06: 
Mércia Nakashima”, disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=VUXuQsdisp0 
Neste documentário é feita uma análise psiquiátrica de Mizael Bispo de Souza. As informações e esclarecimentos feitos pelos especialistas ajudam a compreender as razões do crime. Atenção aos traços psíquicos analisados pelos especialistas. 
 
Ainda, caso tenha interesse, há muito material disponível na internet para conhecer melhor o caso, inclusive todo julgamento está disponível na internet. 
 
Agora, com os conhecimentos obtidos em seus estudos e conhecendo o caso a ser analisado, vamos para a atividade prática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
		I. Descrição
Descreva os seguintes elementos do caso: 
 
1.As modalidades de perícia que foram realizadas e a conclusão de cada uma delas. 
 Partindo do pressuposto que a criminalística é uma ciência natural que se baseia no método científico, na física, na química e na biologia. 
 Devido à complexidade do caso Mércia Mikie Nakashima, foram utilizadas diversas modalidades de perícia, dentre as principais estão a botânica forense, computação forense, balística forense, perícia veicular e a própria medicina legal (Traumatologia forense e Tanatologia forense.
 - Botânica forense: foram periciados os sapatos, aspirador da casa de Mizael e materiais de algas coletadas no fundo da represa onde Mércia fora encontrada. O organismo encontrado nos sapatos de Mizael era microscópico, e uma amostra foi enviada para o professor Carlos Eduardo Bicudo, do Instituto de Botânica da USP. Segundo o biólogo, os resíduos deixados no sapato do réu eram recentes, e a alga morre rapidamente fora d'água.
 - Computação forense: Nesse caso o dispositivo utilizado foi o celular, possuidor de hardware, que possibilita o armazenamento de dados, bem como o GPS, que fora colocado no carro a pedido de Mércia e sem o conhecimento do réu, contribuindo para que o veículo fosse rastreado, e como prova circunstancial colocar Mizael por um longo tempo, período de 4 horas parado em frente a um hospital, que ele não soube explicar, se contradizendo em muitos pontos.
 O perito entra na investigação com o objetivo de procurar ligar o suspeito Mizael Bispo, ao local e hora em que o crime fora cometido, através do cruzamento de dados tanto do seu aparelho quanto do de Evandro.
 Essa prova circunstancial ajudou a condenar o suspeito após ele ter negado que estava próximo à represa no momento do crime. Também foram feitas interceptações telefônicas, quebra de sigilo bancário... Segundo o investigador Alexandre Simoni Silva houve 19 ligações entre o réu e Evandro o coautor do crime no dia do ocorrido.
 - Balística Forense: Foram apreendidas e levadas para serem periciadas no Instituto de criminalística de SP, as armas do acusado Mizael Bispo; sendo elas um revólver .38 e uma pistola .380. A vítima foi baleada no braço esquerdo, o que indica uma tentativa de defesa, e o outro tiro atingiu a mão transfixando-a até atingir o maxilar. A perícia concluiu que os tiros foram dados do banco do carona, e que a trajetória do projétil foi de cima para baixo, indicando que o assassino atirou para matar. O pescador não ouviu os tiros, o perito Renato concluiu que tanto pode ter sido um silenciador como uma jaqueta, ou mesmo um travesseiro. No entanto, não foi o tiro que a matou, mas o afogamento, visto que a mesma desmaiou em razão da lesão, antes do carro ser empurrado para dentro da represa. Tais fragmentos encontrados correspondem ao verificado nos projéteis calibre .38, encontrados na cena do crime. Não obstante o árduo trabalho da perícia os resultados foram inconclusos já que a lesão produzida foi comprometida devido o tempo que o corpo ficou submerso na água. Concluiu-se apenas que um dos projéteis é de um revólver calibre .38, porém incompatível com a arma do acusado, no entanto Pattoli também disse que os projéteis de arma de fogo encontrados na casa de Mizael têm uma liga metálica semelhante aos encontrados no carro da vítima. A marca de chamuscada na lesão da vítima mostrou que o tiro foi a curta distância.
 - Perícia veicular muitos vestígios foram comprometidos devido o modo de retirada do carro da represa, já que fora uma iniciativa da família, após saberem de um suposto pescador que no mesmo dia do crime vira um carro ser empurrado represa abaixo, já que estava pescando na hora do ocorrido. O corpo da vítima foi impulsionado para fora do carro devido manuseio do veículo na tentativa de retirá-lo da represa (Corpo de Bombeiros). O câmbio do carro estava desengatado e o freio solto para facilitar o manuseio do mesmo na tentativa frustrada de esconder ou ocultar o cadáver, bem como os vestígios do crime. 
 Além das muitas modalidades de perícia que foram importantes para elucidar esse caso. No caso de Mércia se observou um fenômeno transformativo conservador, mais conhecido como saponificação ou adipocera. Esse fenômeno transforma o cadáver a ponto de conservá-lo da decomposição, deixando-o parecido com um boneco decera. Ficando impossível reconhecer o corpo, a não ser por causa das roupas e de um exame de DNA (Genética Forense). Ainda assim o processo de saponificação ajudou a conservar as lesões produzidas por instrumento perfuro-contundente (Traumatologia Forense), um revólver calibre .38, também tendo sido encontrado um projétil referente à outra arma que não fora identificada.
 
2.A perícia determinante para a comprovação de autoria e seus resultados. 
 O perito chefe da investigação do Caso Mércia Nakashima, Renato Domingues Pattoli disse que após analisar os sapatos de Mizael Bispo concluiu que o mesmo esteve em contato direto com a água e com a vegetação do lugar, pois ficou colado na sola dos mesmos. Não existe segundo ele, outra possibilidade cabível para esse fato. Após análise minuciosa, descobriu que a alga tem pelo menos 90% de possibilidade de ser do tipo stigeoclonium, que só pode ser encontrada em água doce e parada, meio aquático e subaquático, podendo ficar a cerca de 20 a 50 cm de profundidade. Para a perícia essa foi à prova determinante para condenar Mizael Bispo de Souza a 20 anos de prisão, e que mais tarde foi aumentada para 22 anos e 8 meses devido às apelações feitas pela defesa de Mércia. Atualmente segue em regime semiaberto na penitenciaria de Tremembé II. 
 
 
3. A personalidade do criminoso segundo parecer de especialistas. 
 Mizael Bispo é considerado como o típico perfil do criminoso passional, pois os motivos que levaram ao cometimento do crime foram motivados por uma forte emoção, que tem poder de provocar no autor do crime um sentimento de paixão doentia. Mizael demonstra ser uma pessoa fria. É o perfil de um psicopata, de uma pessoa que não aceita o término do relacionamento, além de perfil psicopata ser considerado como uma pessoa sem o mínimo de empatia, ciúme doentio, possessivo, agressivo, machista, inseguro.
	
		 
II. Análise da Prática Realizada.
Encerrada a atividade e preenchido os campos de descrição, agora você fará análise relativa ao trabalho realizado respondendo as seguintes questões: 
1. Como as provas periciais contribuíram para a solução do caso? Foram provas inequívocas ou deram margem a dúvidas? 
 As provas periciais contribuíram muito para a solução do caso pois o pedaço microscópico de uma alga é a prova principal do assassinato da advogada Mércia Nakashima. Ela estava em um dos sapatos apreendidos na casa do policial aposentado Mizael Bispo e Souza. Segundo a perícia é vegetação igual a da represa de Nazaré Paulista, onde o carro e o corpo da advogada foram encontrados. No mesmo sapato havia vestígio sangue e osso. Quanto essas provas não existe dúvidas ,o perito responsável destacou que deveria ter sido feito isolamento do local antes de remover o veiculo de dentro da represa, pois provavelmente na hora de remover o carro a janela estava aberta e o cadáver deve ter saído de dentro do veiculo. Questionou-se também o porque do veículo do suposto comparsa de Mizael não ter sido periciado, mas de acordo com a polícia o veículo nunca foi encontrado.
2. Descreva a dinâmica do crime considerando as provas periciais. 
 Mércia Nakashima, 28 anos, advogada. A vítima foi vista pela última vez em 23 de maio de 2010 após sair da casa de seus familiares em Guarulhos Grande São Paulo. Uma testemunha ocular, após ver os noticiários interligou o caso e foi prestar depoimento, estava pescando e diz ter visto um veículo parecido com o dela um Honda Fit sendo empurrado para dentro da represa na Nazaré Paulista no mesmo dia do seu desaparecimento e ter ouvido gritos, acionados os bombeiros foram feitos mergulhos e localizaram o carro no dia 10 de Junho de 2010 e seu corpo no dia 11 de Junho de 2010. O laudo feito pelo Instituto Médico Legal indica que a advogada morreu afogada em 23 de maio após ter sido baleada e desmaiada. Mizael e seu suposto comparsa Evandro são acusados de participar da morte de Mércia, para a Polícia Mizael matou Mércia por ciúmes e pelo fato de não aceitar o fim do relacionamento. 
 O acusado nega ter matado a advogada, e ter estado na represa, mas Evandro em depoimento diz ter ido buscar o amigo lá neste dia. Mizael foi condenado a 22 anos de prisão, os agravantes foram motivos torpes, emprego de crueldade e impossibilidade de defesa da vítima. Evandro foi condenado a 8 anos de prisão por homicídio doloso com duas qualificações : meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Mizael nunca confessou o crime.

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