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tica-Novo-CED-4-Edição-2-Volume-Único

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Código de Ética e Disciplina da OAB | 4ª ed. 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. NOÇÕES PRELIMINARES 3 
2. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADVOCACIA, DIREITOS E 
DEVERES DO ADVOGADO 3 
a) Dos Deveres 4 
b) Sigilo Profissional 5 
c) Das Relações Com Os Colegas, Agentes Políticos, Autoridades, 
Servidores Públicos E Terceiros 6 
d) Das Relações Com O Cliente E Da Procuração 7 
3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 10 
a) Antecipação De Valores 10 
b) Diminuição Dos Honorários 11 
c) Execução De Honorários 11 
d) Fixação De Honorários E Valores Mínimos 11 
e) Advocacia Pro Bono 12 
f) Cláusula Quota Litis 12 
g) Pagamento Alternativo 13 
h) Honorários De Sucumbência 13 
i) Crédito De Honorários 13 
6. PUBLICIDADE NA ADVOCACIA 14 
a) Comunicação Social E Participações Midiáticas 15 
b) Patrocínio De Eventos Culturais E Científicos 16 
8. DA REPRESENTAÇÃO POR INFRAÇÃO DISCIPLINAR E DO 
PROCEDIMENTO 16 
 
 
 
 
 
 
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1. NOÇÕES PRELIMINARES 
 
Primeiramente, vale ressaltar que, além da Constituição Federal, há outros três institutos que 
regem a atividade advocatícia. Eles possuem algumas semelhanças, mas são distintos um do 
outro. São eles: 
● O Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94); 
● o Regulamento Geral do EAOAB; 
● o ​Código de Ética e Disciplina​. 
Juntos, legislam acerca da atividade da advocacia, da inscrição dos advogados nos quadros da 
Ordem, dos direitos dos advogados, das infrações, processo e sanções disciplinares, dos 
honorários advocatícios e das sociedades de advogados. 
Neste material, serão abordadas de forma objetiva, em ordem de relevância, as principais 
temáticas exigidas pela banca da FGV no Exame de Ordem. 
O cumprimento rigoroso do Novo Código de Ética e Disciplina ​constitui obrigação do 
advogado ​, o qual regula: 
a) Os deveres do advogado perante: a comunidade, o cliente, outro profissional, os 
agentes públicos; 
b) A publicidade, a recusa do patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de 
urbanidade e os respectivos procedimentos disciplinares. 
 
2. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADVOCACIA, DIREITOS E 
DEVERES DO ADVOGADO 
 
O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos deste Código, 
do Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os princípios da moral 
individual, social e profissional. 1
Dessa forma, o Código de Ética e Disciplina faz parte de um conjunto de normas que 
regulam a atividade advocatícia, de modo a garantir a boa imagem da profissão perante a 
sociedade, uma vez que cada advogado, ao desempenhar a atividade profissional, está 
1 Art. 1º do Novo Código de Ética e Disciplina 
 
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interligado com os demais profissionais. Sendo assim, portanto, é dever de todos os advogados 
zelar pela boa reputação da categoria. 
Não obstante, o art. 2º do Novo Código de Ética e Disciplina discorre sobre a indispensabilidade 
do profissional advogado à administração da Justiça, atuando como defensor: 
a) Do Estado Democrático de Direito; 
b) Dos Direitos Humanos e garantias fundamentais; 
c) Da Cidadania 
d) Da Moralidade; 
e) Da Justiça; 
f) Da Paz Social. 
 
Cumpre ainda a este profissional exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada 
função pública e com os valores que lhe são inerentes. 
 
DOS DEVERES 
 
O Novo Código de Ética e Disciplina discorre, nos incisos e alíneas do parágrafo único, do art. 
2º, acerca dos deveres do advogado. Em relação aos direitos, confira os art. 6º e 7º da Lei 
8.906/94 (EAOAB). 
Os​ ​deveres ​ dos advogados estão disciplinados no art. 2º do Novo Código de Ética e Disciplina: 
● Preservar a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter 
de essencialidade e indispensabilidade da advocacia; 
● Atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, 
dignidade e boa-fé; 
● Zelar por sua reputação pessoal e profissional; 
● Empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e 
profissional; 
● Contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis; 
● Estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, 
prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios; 
● Desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade 
jurídica; 
● Ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos 
necessitados; 
● Zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia; 
 
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● Cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil 
ou na representação da classe; 
● Adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à 
administração da Justiça; 
● Pugnar pela solução de problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos 
individuais, coletivos e difusos. 
 
O advogado ​deve ​abster-se​ de​: 
● Utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; 
● Vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente escusos; 
● Emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a 
dignidade da pessoa humana; 
● Entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, 
sem o assentimento deste; 
● Ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades 
com as quais tenha vínculos negociais ou familiares; 
● Contratar honorários advocatícios em valores aviltantes. 
 
SIGILO PROFISSIONAL 
O Sigilo Profissional não é um instituto presente apenas na advocacia. Em qualquer 
profissão, há uma relevância especial em relação ao sigilo profissional. 
De certa forma, um profissional possui a obrigação de manter uma conduta sigilosa 
sobre os serviços que presta ao seu cliente. 
No caso do advogado, isso é ainda mais importante, uma vez que os clientes, para garantia da 
defesa dos seus interesses, devem “confessar-se” ao causídico para que este possa 
desempenhar a plenitude das suas atribuições. 
Por essa razão, ​o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento 
no exercício da profissão​. Obrigação esta que se estende também àqueles no exercício das 
funções de mediador, conciliador e árbitro. 
Não obstante, o sigilo também se estende aos fatos de que o profissional tome conhecimento 
em razão de função ou cargo que desempenhe dentro da Ordem dos Advogados do Brasil. Ex.: 
membro do Tribunal de Ética. 
 
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É possível afirmar, por força do art. 36 do Novo CED, que o sigilo profissional do advogado é 
questão de ordempública e ​independe de solicitação do cliente para que o advogado tenha que 
observá-lo ​. Toda e qualquer comunicação entre o advogado e o cliente é sigilosa. 
Dessa forma, o advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, 
administrativo ou arbitral, sobre fatos que lhe foram confiados em razão de sua profissão. 
 
EXCEÇÃO AO SIGILO PROFISSIONAL 
O sigilo profissional cederá em face de ​circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, 
como nos casos de ​grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa própria​. 2
Exemplo: o advogado recebe ligação de seu cliente que lhe consulta sobre as penas cabíveis 
para quem pratica homicídio, e logo após relata que pretende matar sua própria sogra. Nesse 
caso, o advogado poderá informar às autoridades competentes sem que fique caracterizada a 
quebra do sigilo profissional. 
 
DAS RELAÇÕES COM OS COLEGAS, AGENTES POLÍTICOS, AUTORIDADES, SERVIDORES 
PÚBLICOS E TERCEIROS 
 
Anteriormente, este título era pautado sob a nomenclatura “Da Urbanidade”. E agora, 
com o advento do Novo Código de Ética e Disciplina, ele foi estendido e 
pormenorizado desta forma: “Das Relações com os Colegas, Agentes Políticos, 
Autoridades, Servidores Públicos e Terceiros. 
 
Muito próximo de um direito/dever do advogado, com certeza é tema de suma importância para 1ª 
fase da OAB. 
O dever de urbanidade nada mais é do que respeito e consideração com os demais, sem que, 
com isso, o profissional abra mão de sua independência, direitos e prerrogativas. 
Uma ponto que merece destaque é o §1º do art. 27, o qual determina que a observância do 
dever de urbanidade também acompanha os atos e manifestações relacionadas aos pleitos 
eleitorais no âmbito da OAB. Ou seja, o dever de urbanidade deve circundar também o 
comportamento dos advogados para com os demais colegas durante o período eleitoral da OAB. 
2 Art. 38 do Novo Código de Ética e Disciplina 
 
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No caso de ofensa à honra do advogado ou à imagem da instituição, adotar-se-ão as medidas 
cabíveis, instaurando-se processo ético-disciplinar e dando-se ciência às autoridades 
competentes para apuração de eventual ilícito penal. 
O advogado, conforme dispõe o art. 28 do Novo CED, ao se dirigir formal ou verbalmente, deve 
fazê-lo utilizando linguagem escorreita e polida, bem como observar a boa técnica jurídica. 
 
ADVOGADO CORRESPONDENTE 
Em que pese o art. 29 do Novo CED não ter o intento de tratar apenas dos advogados 
correspondentes, mas, sim, de toda relação em que um advogado precise da prestação de 
serviços de um colega, esse dispositivo visa a tratar do fenômeno de aviltamento de serviços 
dos chamados correspondentes jurídicos. 
Ou seja, de que constitui infração disciplinar, a subalternização de advogados e o aviltamento 
dos serviços prestados por colegas. 
Não obstante, quando o aviltamento de honorários for praticado por empresas ou respectivo 
departamento, ou gerência jurídica (comum em grandes escritórios ou empresas que buscam 
profissionais para realizar a correspondência de serviços), aqueles que o cometerem serão 
instados a corrigir o abuso – pagar o valor justo -, inclusive intervindo junto aos demais órgãos 
competentes e com poder de decisão da pessoa jurídica de que se trate, sem prejuízo das 
providências que a Ordem dos Advogados do Brasil possa adotar com o mesmo objetivo. 
 
DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE E DA PROCURAÇÃO 
 
A boa relação com o cliente ​é uma das premissas mais importantes da atividade 
advocatícia​. Por isso, do art. 9º ao 26º, o Novo CED esclarece como se espera que 
ela se desenvolva. Senão vejamos, a seguir. 
 
Alguns princípios norteiam essa relação, sendo um deles, e talvez o mais importante, o da 
confiança. 
O instrumento de procuração é símbolo que representa este princípio, através do qual o cliente 
outorga poderes ao profissional para que represente os seus interesses. 
Não se estabelecendo este círculo de confiança, deve o advogado renunciar ou substabelecer o 
mandato. 
 
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Além disso, cabe ao advogado informar ao cliente, de maneira cristalina, quanto aos riscos da 
demanda e possíveis consequências desta. Evita-se, assim, que o cliente acabe entrando em 
uma aventura jurídica. 
 
Também é fruto dessa confiança recíproca a determinação do art. 11, o qual estabelece que o 
profissional deverá imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se 
subordinar a intenções contrárias ditadas pelo cliente. Ou seja, ​o advogado é quem possui o 
conhecimento técnico adequado para decidir sobre a melhor solução para a lide​, devendo atuar 
de forma independente, sem, todavia, deixar de esclarecer ao cliente quanto à estratégia 
traçada. 
O art. 15 do Novo CED estabelece que o advogado não deve deixar ao abandono ou ao 
desamparo as causas sob seu patrocínio, sendo recomendável que, em face de dificuldades 
insuperáveis ou inércia do cliente quanto a providências que lhe incumbiam, renuncie ao 
mandato. 
Ou seja, ​tanto os advogados, quanto o cliente, devem estar comprometidos com a demanda​, 
cabendo a ambos o zelo por ela. Caso isso não ocorra, o cliente poderá revogar o mandato e, o 
advogado, no que lhe concerne, substabelecê-lo ou renunciar aos poderes por ele instituídos. 
 
ATENÇÃO: é importante que se diga que a relação entre advogado e cliente não é, 
nem pode ser equiparada, a uma relação de consumo. 
 
Em caso de renúncia​, esta deve ser feita sem menção do motivo que a determinou. Além 
disso, a renúncia não afasta a responsabilidade do advogado pelos atos cometidos até a sua 
renúncia. 
Com relação ao substabelecimento, notadamente o com reserva de poderes, trata-se de ato 
pessoal do advogado da causa. Em se tratando de ​substabelecimento sem reserva de poderes, 
exige-se o prévio e inequívoco conhecimento do cliente ​. 
Na hipótese de o cliente resolver pela revogação do mandato judicial, isso não o desobriga do 
pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não retira o direito do advogado de 
receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária da sucumbência, calculada 
proporcionalmente ​ em face do serviço efetivamente prestado. 
Por fim, vale ressaltar que o advogado ​não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono 
constituído sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para 
 
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adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. O mandato judicial ou extrajudicial não se 
extingue pelo decurso de tempo. 
 
PRESTAÇÃO DE CONTAS E HONORÁRIOS 
 
Caso ocorra a extinçãodo mandato ou por alguma via se extinga a lide, o advogado possui o 
dever de devolver ao cliente bens, valores e documentos, ​bem como a prestar-lhe contas​. 
 
Em relação à prestação de contas, que representa o princípio da transparência, é importante 
ressaltar que ela é obrigatória com relação às custas, serviços prestados e outros valores 
oriundos da demanda, mas não em relação aos honorários, ​sobre os quais não resta obrigação 
do advogado pormenorizar e detalhar o porquê do valor da “mão de obra” ​. 
Caso o advogado já tenha recebido algum valor a título de honorários pelos serviços até então 
prestados, estes não precisarão ser devolvidos. 
 
INTERESSES CONFLITANTES 
 
Advogados que atuem em conjunto não podem representar clientes com interesses opostos. Da 
mesma forma, o advogado deve abster-se de patrocinar a causa quando houver colaborado ou 
intervindo anteriormente. 
Algumas vezes, poderá ocorrer do caso concreto ser contrário à moral pessoal do profissional ou 
a moral social. Mesmo assim, é direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem 
considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado. 
Ou seja, a sua opinião própria não pode ser invocada para eximir-se das suas obrigações 
quando for requisitado. 
Não obstante, o advogado não está sujeito à imposição do cliente que pretenda ver com ele 
atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissional 
para com ele trabalhar no processo. 
 
 
 
 
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3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
Conceito: ​entende-se por honorários advocatícios a contraprestação paga pelos 
serviços judiciais ou extrajudiciais executados pelo advogado. 
Forma: os honorários advocatícios serão estabelecidos entre o profissional e o 
cliente, ​preferencialmente​, ​por escrito​. Todavia, o Novo Código de Ética e Disciplina 
estabelece, no §1º do art. 48, que o contrato de prestação de serviços de advocacia não exige 
forma especial, ficando a critério do profissional a convenção deles. De toda sorte, o contrato 
deverá conter: 
● A forma de pagamento; 
● A extensão do patrocínio; 
● O esclarecimento de se este abrangerá todos os atos do processo ou 
limitar-se-á a determinado grau de jurisdição; e, 
● A disposição sobre a hipótese de a causa encerrar-se mediante transação ou 
acordo. 
 
ATENÇÃO: no tocante à compensação de créditos, pelo advogado, de valores 
devidos ao cliente, esta apenas será admissível por meio de autorização expressa 
firmada por este. 3
 
ANTECIPAÇÃO DE VALORES 
 
Não é nada recomendado, mas alguns profissionais, por vezes, antecipam o pagamento de 
algumas custas, preparo ou despesas diversas para o cliente durante o processo. 
Nesses casos, o advogado poderá, ​desde que expressamente convencionado​, reter estes 
valores, atualizados, no ato da prestação de contas, mediante comprovação documental. 4
3 §2º do Novo Código de Ética e Disciplina da OAB 
4 §3º do Novo Código de Ética e Disciplina da OAB 
 
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Por fim, é importante que se diga que as disposições sobre honorários advocatícios previstas no 
Novo CED também se aplicam à mediação, à conciliação, à arbitragem ou a qualquer outro 
método adequado de solução de conflitos. 5
 
DIMINUIÇÃO DOS HONORÁRIOS 
 
O §5º do Novo CED ​veda qualquer hipótese de diminuição dos honorários contratados em 
razão de solução do litígio por vias extrajudiciais. 
Ou seja, caso o advogado ingresse com a ação em um dia e, no outro, com a devida autorização 
do cliente, consiga firmar acordo com a parte adversária, isso em nada terá influência sobre os 
valores que foram convencionados. 
 
EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS 
 
A cobrança dos honorários poderá ser promovida nos próprios autos, por meio de cumprimento 
de sentença (execução), ou de forma autônoma, tal como determina o §7º do art. 48 do Novo 
CED. 
 
FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS E VALORES MÍNIMOS 
 
Os valores dos honorários devem, obrigatoriamente, seguir o valor mínimo da Tabela de 
Honorários instituída pelo respectivo Conselho Seccional onde for realizado o serviço. A não 
observância dessa diretriz caracteriza aviltamento de honorários. 
Quando houver necessidade de fixação dos honorários através de sentença ou arbitramento, 
deverão ser observados os seguintes critérios: 
● A relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas; 
● O trabalho e o tempo a serem empregados; 
● A possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de 
se desentender com outros clientes, ou terceiros; 
5 §4º do Novo Código de Ética e Disciplina da OAB 
 
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● O valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este 
resultante do serviço profissional; 
● O caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, 
frequente ou constante; 
● O lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do advogado 
ou de outro; 
● O competência do profissional; 
● A praxe do foro sobre trabalhos análogos. 
 
ADVOCACIA PRO BONO 
 
A advocacia ​pro bono é uma inovação trazida pelo Novo Código de Ética e Disciplina, que, em 
seu art. 30, estabelece que ela pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, 
não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar um advogado. 
Vale ressaltar, todavia, que a advocacia ​pro bono ​não pode ser utilizada para fins 
político-partidários ou como ​instrumento de publicidade para captação de clientela​, nem, 
tampouco pode ser utilizada como regra. 
Ela é exceção, devendo ser praticada de forma eventual ​. 
O advogado que sempre se coloca à disposição para praticar advocacia ​pro bono​, incorre em 
infração disciplinar de captação de clientela. 
 
CLÁUSULA QUOTA LITIS 
 
Trata-se de cláusula que estipula que os honorários advocatícios sejam fixados com base na 
vantagem obtida pelo cliente, ou seja, por esta cláusula, a remuneração do advogado depende 
do seu sucesso na demanda, e em caso de derrota, nada receberá. 
Embora esta seja uma opção pouco recomendada, ​a adoção da cláusula ​quota litis é lícita​, em 
caráter excepcional, desde que contratada por escrito. 
Na hipótese de sua adoção, os honorários devem ser necessariamente representados por 
pecúnia (dinheiro) e, quando acrescidos dos de honorários da sucumbência, ​não podem ser 
 
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superiores às vantagens advindas em favor do constituinte ou do cliente (Cláusula ​quota litis​,2014). 
 
PAGAMENTO ALTERNATIVO 
 
A participação do advogado em bens particulares do cliente ​só é admitida em caráter 
excepcional ​, quando este, comprovadamente, não tiver condições pecuniárias de satisfazer o 
débito de honorários e ajustar com o seu patrono, em instrumento contratual, tal forma de 
pagamento. 
Não obstante, quando o objeto do serviço jurídico versar sobre prestações vencidas (retroativo) 
e vincendas, os honorários advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e outras, 
atendidos os requisitos da moderação e da razoabilidade. 6
 
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA 
 
Quando há substabelecimento de mandato e quando o trabalho é realizado por mais de um 
profissional, a verba relativa aos ​honorários da sucumbência será repartida entre o 
substabelecente e o substabelecido, ​respeitando a proporcionalidade da atuação de cada um no 
processo ou conforme haja sido ajustado entre eles. 
Caso haja divergência que resulte em processo disciplinar acerca da percepção de honorários 
da sucumbência entre os profissionais envolvidos, o relator deverá tentar a conciliação como 
forma de solução do conflito. 
 
CRÉDITO DE HONORÁRIOS 7
Nem o advogado e nem a sociedade de advogados podem realizar saques por meio de 
duplicatas ou qualquer título de crédito que possua natureza mercantil. Ou seja: o advogado não 
pode emitir nota promissória nem protestar os títulos. 
6 §1º e 2§ do Novo Código de Ética e Disciplina da OAB 
7 Art. 52 a 54 do Novo Código de Ética e Disciplina da OAB 
 
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Todavia, se o cliente lhe emite um ​cheque ou uma nota promissória como forma de pagamento, 
o advogado, bem como a sociedade de advogados, ​poderá realizar o protesto​. 
Vale ressaltar, ainda, que o Novo Código de Ética e Disciplina cuidou de trazer em seu corpo a 
possibilidade de o advogado, bem como de a sociedade de advogados, receberem os 
honorários através de sistema de cartão de crédito. Algo que, na prática, há muito tempo já 
ocorria. 
Não obstante, é de suma importância que o advogado, ao promover a cobrança judicial de 
honorários ou em circunstância em haja necessidade do seu arbitramento, ​observe a renúncia 
ao mandato que lhe foi firmado pelo cliente do débito ​. 
 
 
6. PUBLICIDADE NA ADVOCACIA 
 
Ao contrário do que muitos esperavam, o Novo Código de Ética e Disciplina, em vez 
de ampliar as possibilidades de exploração publicitária, restringiu ainda mais, 
contrariando uma tendência mundial. O legislador deu uma atenção especial para 
este capítulo do diploma legal. 
 
De acordo com o texto legislativo, a publicidade profissional do advogado deve ter caráter 
meramente informativo, primando pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação 
de clientela ou mercantilização da profissão. 8
Para que ficasse mais claro, o art. 40 exemplificou algumas vedações, quais sejam: 
● A veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão; 
● O uso de ​outdoors​, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade; 
● As inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço 
público; 
● A divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades 
ou a indicação de vínculos entre uns e outras; 
● O fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou 
artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, 
bem assim quando de eventual participação em programas de rádio ou 
8 Art. 39 do Novo Código de Ética e Disciplina 
 
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televisão, ou em veiculação de matérias pela ​internet​, ​sendo permitida a 
referência a ​e-mail​; 
● A utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas 
de publicidade, com o intuito de captação de clientela. 
 
Exceção: exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida a 
utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas 
as diretrizes previstas no artigo 39 do Novo CED. 
 
COMUNICAÇÃO SOCIAL E PARTICIPAÇÕES MIDIÁTICAS 
 
As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que por 
meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover, dessa forma, captação 
de clientela. 9
Ou seja, a manifestação não poderá incentivar as pessoas ao ingresso de ações, devendo 
conter caráter meramente informativo. 
É vedado ao advogado ​: 
● Responder com ​habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de 
comunicação social; 
● Debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro 
advogado; 
● Abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição 
que o congrega; 
● Divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas; 
● Insinuar-se para reportagens e declarações públicas. 
O advogado pode, eventualmente, participar de programa de televisão ou de rádio, de entrevista 
na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por objetivos exclusivamente ilustrativos, 
educacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, sendo vedados 
pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão. 
 
9 Art. 41 do Novo Código de Ética e Disciplina 
 
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APOSTILA 
 
Código de Ética e Disciplina da OAB | 4ª ed. 
 
PATROCÍNIO DE EVENTOS CULTURAIS E CIENTÍFICOS 
 
O patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a 
divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos 
advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico, 
é permitida como forma de publicidade. A sinalização do patrocínio também segue as regras 
dispostas no art. 39 deste Código, devendo restringir-se ao logo ou nome do escritório como 
apoiador do evento. 
A telefonia e a ​internet podem ser utilizadas como veículo de publicidade, inclusive para o envio 
de mensagens a ​destinatários certos​, desde que estas não impliquem o oferecimento de 
serviços ou representem forma de captação de clientela. 
 
 
8. DA REPRESENTAÇÃO POR INFRAÇÃO DISCIPLINAR E DO 
PROCEDIMENTO 
 
Por vezes, o examinador da FGV/OAB precisa “complicar” uma ou outra questão, e 
quando isso acontece, a tendência é que ele busque informações burocráticas nos 
órgãos da OAB ou em temas relativos a procedimentos. Portanto, é um tema que não 
pode ser negligenciado. 
Salvo disposição em contrário, aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar as regras da 
legislação processual penal comum e, aos demais processos, as regras gerais do procedimento 
administrativo comum e da legislação processual civil,nessa ordem. 
 
Instauração do Processo Disciplinar 
O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação do interessado. 10
O fato carece de fonte idônea para que o processo disciplinar seja instaurado, ​não sendo 
admitida a denúncia anônima. 
10 Art. 55 do Novo Código de Ética e Disciplina 
 
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APOSTILA 
 
Código de Ética e Disciplina da OAB | 4ª ed. 
 
 
Endereçamento da representação 
A representação, ​em regra​, deverá ser formulada ao Presidente do Conselho Seccional ou ao 
Presidente da Subseção. 
Quando a Seccional dispuser, em seu Regimento Interno, que a competência para instaurar os 
processos éticos disciplinares será do Tribunal de Ética, a representação poderá ser endereçada 
ao Presidente do TED, ou será para este encaminhada pelo Presidente do Conselho Seccional 
ou pelo Presidente da Subseção que a houver recebido. 
 
Forma de representação 
Ela pode ser feita ​por escrito ou verbalmente​, devendo, neste último caso, ser reduzida a termo. 
 
Requisitos da representação 
● A identificação do representante, com a sua qualificação civil e endereço (já não 
é aceita denúncia anônima); 
● A narração dos fatos que a motivam, de forma que permita verificar a existência, 
em tese, de infração disciplinar; 
● Os documentos que eventualmente a instruam e a indicação de outras provas a 
serem produzidas, bem como, se for o caso, o rol de testemunhas, até o máximo 
de cinco; 
● A assinatura do representante ou a certificação de quem a tomou por termo, na 
impossibilidade de obtê-la. 
 
Recebida a representação, o Presidente do Conselho Seccional ou o da Subseção, quando esta 
dispuser de Conselho, designa relator, ​por sorteio​, um de seus integrantes, para presidir a 
instrução processual. Se houver previsão de encaminhamento ao TED, o Presidente designará 
relator ​por sorteio ​, da mesma forma. 
Após o seu recebimento, o relator fará o saneamento do processo disciplinar analisando os 
critérios de admissibilidade e, ​em 30 dias​, emitir parecer propondo a instauração do processo ou 
o seu arquivamento liminar. 
 
 
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Código de Ética e Disciplina da OAB | 4ª ed. 
 
Competência especial 
A representação contra membros do Conselho Federal e Presidentes de Conselhos Seccionais 
é processada e julgada pelo Conselho Federal, sendo competente a ​Segunda Câmara reunida 
em sessão plenária. 
A representação contra membros ​da diretoria do Conselho Federal, Membros Honorários 
Vitalícios e ​detentores da Medalha Rui Barbosa será processada e julgada pelo Conselho 
Federal ​, sendo competente o Conselho Pleno. 
A representação ​contra dirigente de Subseção​ é processada e julgada pelo ​Conselho Seccional​. 
Após o recebimento e designação do relator, os interessados serão notificados para prestar 
esclarecimentos ou a do representado para apresentar defesa prévia no prazo de 15 dias. 
Em caso de revelia, será nomeado um defensor dativo. 
 
Testemunhas: ​ ​até o limite de 05. 
A responsabilidade pelo comparecimento e notificação das testemunhas é de quem as indicou, 
salvo se for requerido, por motivo justificado, que elas sejam notificadas a comparecer à 
audiência. 
O relator poderá indeferir, fundamentadamente, a produção de provas quando ela for: 
● Ilícita; 
● Impertinente; 
● Desnecessária ou protelatória. 
 
Concluída a instrução, o relator profere parecer preliminar, a ser submetido ao Tribunal de Ética 
e Disciplina, dando enquadramento legal aos fatos imputados ao representado. 
Abre-se, em seguida, prazo comum de 15 (quinze) dias para apresentação de razões finais. 
Durante a sessão de julgamento, após o voto do relator, é facultada a sustentação oral pelo 
tempo de 15 minutos, primeiro pelo representante e, em seguida, pelo representado. 
 
Interposição de recursos 11
11 Art. 67 do Novo Código de Ética e Disciplina 
 
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APOSTILA 
 
Código de Ética e Disciplina da OAB | 4ª ed. 
 
O CED não dispõe sobre o regramento da interposição de recursos em face de decisões do 
Tribunal de Ética e Disciplina ou do Conselho Seccional. O regimento de tal remédio encontra-se 
no Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94), no Regimento Geral e no Regimento Interno 
do Conselho Seccional. 
 
Revisão do processo disciplinar 12
A revisão da decisão será cabível a qualquer tempo, desde que tenha havido o trânsito em 
julgado e não seja uma mera reiteração recursal. 
 
Existem duas hipóteses de cabimento: ​erro de julgamento e existência de falsa prova. 
 
Legitimidade: ​o advogado punido com sanção disciplinar. 
 
Órgão revisor: a revisão será processada e julgada pelo mesmo órgão de que emanou a 
condenação final. Quando o órgão competente for o Conselho Federal, a revisão será 
processada perante a Segunda Câmara, reunida em sessão plenária. 
 
Reabilitação 13
A reabilitação objetiva a reintegração do profissional junto à comunidade de advogados. 
Voltando a ter direitos, tal como antes de ser condenado. É o meio pelo qual se reafirma que a 
pena cumpriu o seu objetivo. 
O pedido de reabilitação terá autuação própria, mas será apensado ao processo disciplinar que 
resultou na condenação do advogado, e deverá ser feito apenas após transcorrido um ano do 
cumprimento da sanção. 
O pedido deve ser instruído com provas de bom comportamento, no exercício da advocacia e na 
vida social. Cabe à Secretaria do Conselho competente certificar, nos autos, o efetivo 
cumprimento da sanção disciplinar. 
12 Art. 68 do Novo Código de Ética e Disciplina 
13 Art. 69 do Novo Código de Ética e Disciplina 
 
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