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1 Aula 13 – Obras de Contenção Prof. Paula Sant’Anna Moreira Pais paula.pais@prof.unibh.br 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 INTRODUÇÃO Obras de contenção do terreno estão presentes em projetos de estradas, de pontes, de estabilização de encostas, de canalizações, de saneamento, de metrôs etc. 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 INTRODUÇÃO Contenção é todo elemento ou estrutura destinado a contrapor- se a empuxos ou tensões geradas em maciço cuja condição de equilíbrio foi alterada por algum tipo de escavação, corte ou aterro. 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 REVISÃO DE EMPUXOS Entende-se por empuxo de terra a ação horizontal produzida por um maciço de solo sobre as obras com ele em contato. A determinação do valor do empuxo de terra é fundamental para a análise e o projeto de obras como muros de arrimo, construção de subsolos, encontro de pontes, etc. 2 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 REVISÃO DE EMPUXOS Empuxo Ativo e Passivo Quando a mobilização da resistência engloba deslocamento podemos dividir a natureza do empuxo em duas categorias. A primeira categoria verifica-se quando determinada estrutura é construída para suportar um maciço de solo. Neste caso, as forças que o solo exerce sobre as estruturas são de natureza ativa. Na segunda categoria, ao contrário, é a estrutura que é empurrada contra o solo. A força exercida pela estrutura sobre o solo é de natureza passiva. 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 REVISÃO DE EMPUXOS 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 REVISÃO DE EMPUXOS Formulação: Por Rankine, os coeficientes de empuxo são: No caso ativo: No caso passivo: 2 ' 45 '1 '1 2 o a tg sen sen k 2 ' 45 '1 '1 2 o p tg sen sen k 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 REVISÃO DE EMPUXOS Formulação Geral: A partir da equação básica da resistência ao cisalhamento obtém-se a equação de ruptura de Mohr: Da Trigonometria: NcN 231 sen sen N i i 1 1 3 1 3 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 REVISÃO DE EMPUXOS Como pode ser visto: σ1 > σ3 Formulação Geral: Após ensaio triaxial, obtém-se o círculo de Mohr: Onde a partir do ensaio triaxial: σ1= σv σ3= σh 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 REVISÃO DE EMPUXOS Formulação Geral: No caso ativo: σ1 = σv , σ3 = σh e Nɸ=1/Ka Expande: No caso passivo: σ1 = σh , σ3 = σv e Nɸ=Kp Comprime: φφ31 N2cN σσ aavh k2c'k σ 'σ ' '1 '1 '2) '1 '1 ('' sen sen c sen sen hv ppvh k2c'k σ 'σ ' '1 '1 '2) '1 '1 ('' sen sen c sen sen vh 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 REVISÃO DE EMPUXOS Formulação Geral: A resultante do empuxo é dada por: HcKHkE aaa '2 2 1 2 g HdzE h z h 0 2 1 No caso ativo: No caso passivo: HcKHkE ppp '2 2 1 2 g 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 EXERCÍCIO 1 Um muro de arrimo de 5,5 metros de altura é mostrado na figura abaixo e determine: a) O empuxo ativo de Rankine por unidade de comprimento do muro e a localização da resultante; b) O empuxo passivo de Rankine por unidade de comprimento do muro e a localização da resultante. 4 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 RESOLUÇÃO a) O empuxo ativo de Rankine por unidade de comprimento do muro e a localização da resultante; 26,0)27( 2 ' 45 22 tgtgk oa Em z=0 -> σ’h= 0 Em z=5,5m -> σ’h= 25,74 kN/m² Hkkck ahaavh g '´2'' 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 RESOLUÇÃO 2 2 1 HkE aa g a) O empuxo ativo de Rankine por unidade de comprimento do muro e a localização da resultante; 2)5,5(1826,0 2 1 xxxEa mkNEa /78,70 HcKHkE aaa '2 2 1 2 g 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 RESOLUÇÃO Em z=0 -> σ’h= 0 Em z=5,5m -> σ’h= 381,33 kN/m² Hkkck phppvh g '´2'' b) O empuxo passivo de Rankine por unidade de comprimento do muro e a localização da resultante. 85,3)63( 2 ' 45 22 tgtgk op 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 RESOLUÇÃO 2 2 1 HkE pp g 2)5,5(1885,3 2 1 xxxEp mkNEp /16,1048 b) O empuxo passivo de Rankine por unidade de comprimento do muro e a localização da resultante. HcKHkE ppp '2 2 1 2 g 5 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 REVISÃO DE EMPUXOS – ALTURA CRÍTICA Define-se a altura crítica como a altura onde a parcela de atrito do empuxo se equilibra com parcela coesiva, ou seja, a altura máxima possível de escavação sem escoramento. 0'2 2 1 2 HcKHkE aaa g HcKHk aa '2 2 1 2 g a c kγ 4c' H ga a k cK H '4 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 EXERCÍCIO 2 - RESOLUÇÃO Calcule a altura crítica de escavação para um solo com g = 18 kN/m³ ɸ’ = 30º e c’ = 10 kPa. Solução: a c kγ 4c' H 33,0) 2 30 45( 2 ' 45 22 ooa tgtgk m x x Hc 87,3 33,018 104 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO Muros de gravidade são estruturas cuja estabilidade é função apenas do seu peso próprio. Concreto; Alvenaria de pedras (secas ou argamassadas); Gabiões; ‘Crib Wall’; Sacos de solo – cimento; Pneus, etc 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS Muros de Gravidade: resiste aos empuxos horizontais pelo peso próprio. Para conter pequenos desníveis (até 5 metros). 6 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS Muros de gabiões: são estruturas formadas pela superposição de fôrmas (com formato de caixas, colchões ou sacos) de malhas metálicas ou plásticas, que são preenchidas por pedras de mão ou blocos de rocha. 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS Muros tipo ‘Crib Wall’: são estruturas formadas pela montagem, num arranjo tipo ‘fogueira’, de vigotas pré- moldadas de concreto ou de madeira, com os espaços internos preenchidos com solo granular compactado. 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS Outras variantes de muros de gravidade: muros de sacos de solo – cimento. 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS Outras variantes de muros de gravidade: muros de blocos pré-moldados de concreto. 7 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS Outras variantes de muros de gravidade: muros de pneus. 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 Muros de Flexão: seção transversal em forma de L ou T invertido, que resistem aos empuxos por flexão, utilizando parte do peso próprio do maciço que se apoia sobre a base do L ou T. Em geral são antieconômicos para alturas acima de 5 a 7 metros. TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 Muros de Contrafortes: são estruturas em concreto armado dotadas de contrafortes para aumentar a rigidez do muro. TIPOS DE CONTENÇÃO – MUROS 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 Aterros Reforçados: Terra Armada; Geossintéticos. TIPOS DE CONTENÇÃO – ATERROS REFORÇADOS 8 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – CORTINAS Cortinas de estacas – pranchas: são estruturasconstituídas por estacas-pranchas adjacentes, que são cravadas no terreno e que possuem engates laterais que permitem a conexão entre elas e a formação de uma cortina. As estacas são comumente de aço ou de concreto, podendo ser usados elementos de madeira em obras provisórias. 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 Paredes Diafragma: são estruturas contínuas de concreto armado, concretadas em módulos ou painéis antes do início da escavação, com espessuras típicas entre 0,40 e 1,00m ou mais. Os painéis são escavados por meios de ferramentas especiais, a partir da superfície do terreno, atingindo profundidades superiores a 40 metros. A estabilidade das paredes é garantida pelo preenchimento da escavação com lama bentonítica. TIPOS DE CONTENÇÃO – PAREDE DIAFRAGMA 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – SOLO GRAMPEADO 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – SOLO GRAMPEADO 1 - Escavação 2 – Instalação dos grampos 3 – Jateamento do concreto 4 - Escavação 9 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – SOLO GRAMPEADO Concreto Projetado Drenos Horizontais Profundos (DHP’s) 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 Cortinas Atirantadas: são estruturas constituídas por placas de concreto que são ancoradas no terreno por tirantes, elementos que permitem transferir, por tração, esforços para o interior do maciço. Os tirantes podem ser de barra, de fios e de cordoalha e sua instalação ocorre de cima para baixo, de acordo com o avanço da escavação (comumente com um sistema de drenagem associado). TIPOS DE CONTENÇÃO – CORTINA ATIRANTADA 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – CORTINA ATIRANTADA 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – CORTINA ATIRANTADA 10 15/06/2015Fundações e Obras de Terra - Aula 13 TIPOS DE CONTENÇÃO – CORTINA ATIRANTADA Tirante Drenos
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