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Grupo SER Educacional | Administração de Sistema Operacional Aberto (Linux) 1 Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Direção Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR DE ARRUDA Autor JEFERSON ARTUR VULCANIS Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS O Autor Jeferson Artur Vulcanis Olá, meu nome é JEFERSON ARTUR VULCANIS. Sou especialista em redes computacionais, infraestrutura de TI e sistemas operacionais, com uma vasta experiência com os ambientes Windows e Linux Server. Amo informática e, mais ainda, passar toda a minha experiência e know-how aos iniciantes nesta magnífica carreira de tecnologia da informação. Vai ser um prazer enorme ajudar você a se tornar um excelente analista de suporte técnico na área de informática. Conte comigo para lhe ajudar nessa trajetória rumo ao seu desenvolvimento profissional! Muito sucesso para você. JEFERSON ARTUR VULCANIS “ Iconográficos Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou o responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: INTRODUÇÃO para o início do desenvolvimento de uma nova competência; DEFINIÇÃO houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA quando forem necessários observações ou complementações para o seu conhecimento; IMPORTANTE as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS textos, referências bibliográficas e links para aprofundamento do seu conhecimento; REFLITA se houver a necessidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE se for preciso acessar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES quando alguma atividade de autoaprendizagem for aplicada; TESTANDO quando o desenvolvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; Sumário 1 INSTALAÇÃO DE UMA DISTRIBUIÇÃO LINUX ..................................................... 8 1.1 Ferramentas para o desenvolvimento de Software Livre ................................... 8 1.1.1 Canais de Comunicação ............................................................................. 8 1.2 Ferramentas de engenharia de software ......................................................... 8 1.2.1 Controle de versões (versionamento) ........................................................ 8 1.2.2 Rastreamento de bugs e listras de tarefas ............................................... 9 1.3 Custo Total de Propriedade (TCO) ................................................................ 12 1.4 Benefício Total de Propriedade – TBO ........................................................... 13 1.5 Instalação .................................................................................................. 14 1.5.1 Como obter?.............................................................................................. 14 1.5.2 Instalando o Ubuntu................................................................................... 15 Considerações Finais ............................................................................................ 18 Atividades de Autoaprendizagem .......................................................................... 18 Questionário Avaliativo ........................................................................................ 18 Bibliografia.......................................................................................................... 19 Trilha de Aprendizagem Olá, meu nome é ANDRÉA CÉSAR PEDROSA! Sou responsável pela direção editorial deste livro didático e de todos os demais recursos relacionados com a sua trilha de aprendizagem. Você está iniciando seus estudos sobre Administração de Sistema Operacional Aberto (Linux), o nosso objetivo é auxil iar você no desenvolvimento das competências necessárias para seu exercício profissional. Para isto, distribuímos os conteúdos didáticos deste livro em quatro semanas de estudo, onde, em cada uma delas, haverá uma competência a ser construída. Cada uma dessas competências será desenvolvida por meio de quatro atividades de estudo, que podemos chamar de “aulas”. Em cada aula, você terá uma introdução ao tema abordado, os objetivos a serem alcançados, uma atividade de autoaprendizagem proposta e uma lista de exercícios a serem respondidos. Quer saber quais serão as competências que você irá desenvolver ao longo dessas quatro semanas de estudo? Então vamos a elas: 1. Conhecer os conceitos e as definições sobre Software Livre, sua ética e a distribuição do S.O. Linux; 2. Saber fazer instalação de uma distribuição Linux, resolver problemas e ter permissões de acesso; 3. Conhecer um pouco mais sobre alguns comandos e recursos do Linux; 4. Saber como configurar o Linux, seus comandos, suas partições e emulação, gerenciar processos e direcionamentos de entrada e saída. Ao longo dessa semana, iremos desenvolver a competência de número : 1. Ao trabalho! Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 7 2ª SEMANA DE ESTUDOS INTRODUÇÃO: esenvolver software é, antes de mais nada, implementar processos. Há dois tipos processos: manuais e informatizados. A análise e projeto de software se detém aos processos informatizados, ou seja, aqueles mediados por computadores ou dispositivos móveis. Assim como o fluxograma é a ferramenta metodológica mais adequada para descrever um processo, a UML, como veremos em detalhes mais adiante, é a ferramenta ideal para descrever processos informatizados, sob a ótica dos objetos computacionais. Ao longo desta primeira etapa de estudos, iremos nos debruçar sobre os fundamentos da orientação a objetos, desta vez não mais sob a ótica da programação, mas sim sob o prisma da análise de sistemas, aplicando as normas de representação gráfica da UML sobre os processos informatizados desses sistemas. Você está preparado? Então, aperte o cinto e boa viagem! OBJETIVOS: Ao término do desenvolvimento desta semana de estudos, você terá aprendido sobre: • Instalação de uma distribuição Linux; • Ambiente Gráfico; • Resolvendo problemas; • Permissões de acesso. D Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 8 1 INSTALAÇÃO DE UMA DISTRIBUIÇÃO LINUX INTRODUÇÃO: Saber um pouco mais sobre as questões referentes a configuração do Linux, como são as ferramentas de desenvolvimento e de engenharia de software, além de rastreamento de bugs, reescrita do S.O., e mais os custos totais e os benefícios da propriedade 1.1 Ferramentas para o desenvolvimento de Software Livre 1.1.1 Canais de Comunicação Desenvolvedores e usuários de um projeto de software livre não estão todos necessariamente trabalhando próximos. Normalmente, projeto de software livre demandam alguns mecanismos eletrônicos de comunicação. As Wikis também se tornaram um meio de comunicação comum para os desenvolvedores e usuários. 1.2 Ferramentas de engenharia de software 1.2.1 Controle de versões (versionamento) No desenvolvimento de software livre, os participantes, que são em sua maioria voluntários, estão distribuídos entre diferentes regiões OBJETIVO: Ao término desta aula você compreenderáas questões das ferramentas de desenvolvimento e de controle e engenharia, do Linux, sobre as suas versões. Além disso, as ferramentas de teste que podem ser realizadas com o Sistema, e a sua devida instalação. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 9 geográficas. Por isso há a necessidade de ferramentas para ajudar no desenvolvimento colaborativo do software. Algumas das principais ferramentas de controle de versionamento estão listadas a seguir: • CVS ou Sistema de Versões Concorrentes é um exemplo de ferramenta de colaboração de código-fonte que já foi muito usada em projetos de software livre. SVN ou Subversion foi criado para substituir o CVS. Bastante difundido ainda na comunidade de desenvolvimento de software livre. Possui limitações quanto ao seu uso, principalmente relacionados ao desenvolvimento distribuído de software, amplamente difundido nos dias atuais. • Git é um sistema de controle de versão distribuído com ênfase em velocidade. O Git foi inicialmente projetado e desenvolvido também por Linus Torvalds para o desenvolvimento do kernel do Linux. O Bazaar é um sistema de revisão de versões descentralizado que serve para seguir o processo de evolução de código de software ou informação semelhante. • Mercurial é uma ferramenta multiplataforma de controle distribuído de versão para desenvolvedores de software. Todas as operações do Mercurial são chamadas através de palavras chave de opções para o programa controlador hg, uma referência para o símbolo químico do elemento Mercúrio. 1.2.2 Rastreamento de bugs e listras de tarefas A utilização de softwares livres em órgãos federais faz parte da decisão estratégica da Política de Tecnologia de Informação e Comunicação, adotada a partir de 2003 e orientada para inclusão digital e inovação por Portal Brasil Publicado: 26/08/2010, às 16:44h. Última alteração: 13/04/2012, às 18:31h. EXPLICANDO MELHOR Atualmente existe uma tendência de adotar ferramentas modernas como o Git, Bazaar e Mercurial. Exemplos de uso são o Git, usado pelo Kernel do Linux, e o Mercurial, usado pela linguagem de programação Python. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 10 A maioria dos projetos de grande porte necessitam de um Sistema de acompanhamento de bugs (geralmente baseados na Internet) para acompanhar o status de vários problemas no desenvolvimento do projeto. Alguns trackers bug: • Bugzilla - rastreador de bugs baseado na web desenvolvido pela Mozilla; • Mantis Bug Tracker - rastreador de bugs baseado na web desenvolvido em PHP com suporte ao MySQL e PostgreSQL; • Trac - ferramenta que integra um rastreador de bugs com um wiki, e uma interface para o Subversion; • GNATS - O sistema de rastreamento de bugs da GNU Operating System. 1.2.3 Ferramentas de teste Como os projetos de software livre convivem com a integração contínua, ferramentas que automatizam os testes durante a integração do sistema devem ser usadas. Ferramentas como o JUnit auxiliam nesta tarefa. O JUnit é um framework livre com suporte à criação de testes automatizados na linguagem de programação Java. Esse framework facilita a criação de código para a automação de testes com apresentação dos resultados. Desta forma, os testes verificam se códigos modificados não alteram o funcionamento do sistema de forma indesejada. Um depurador (debugger) é um programa de computador usado para executar e encontrar possíveis erros no código-fonte. O GNU Debugger (GDB) é um exemplo de um depurador usado no desenvolvimento de software livre. Este depurador oferece IMPORTANTE SourceForge e suas ramificações fornecem um rastreador de bugs, como parte de seus serviços. Como resultado muitos projetos hospedados no SourceForge.net usam a ferramenta como padrão para rastrear bugs. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 11 depuração remota, o que o torna especialmente aplicável ao desenvolvimento de software livre. Ferramentas de vazamento de memória (memory leak) são usadas para encontrar vazamento de memória e transbordamento de dados buffer overflow. Um vazamento de memória é um tipo particular de consumo de memória desnecessário por um programa de computador, onde o programa falha ao liberar memória que não é mais necessária. Um Sistema de Gerenciamento de Pacotes é uma coleção de ferramentas para automatizar o processo de instalação, atualização, configuração e remoção de pacotes de software de um computador. O Gerenciador de Pacotes Red Hat (RPM) para arquivos do tipo "RPM" e Advanced Packaging Tool (APT) para arquivos do tipo "deb", são alguns dos diversos sistemas de gestão de pacotes utilizados por distribuições Linux. 1.2.4 Refatoração, reescrita e outras modificações Muitas vezes os desenvolvedores de software livre percebem que seu código exige uma reformulação. A última razão para desenvolvedores que desejam renovar o seu código é a afirmação de Martin Fowler em seu livro de refatoração dizendo que o código “cheira mal” e não satisfaz os padrões do desenvolvedor. Existem diversos tipos de melhoria de código: • “Refatoração” implica em movimentação de código. Métodos, funções ou classes podem ser extraídos, código duplicado é eliminado e assim por diante - tudo isto mantendo a integridade do código. A Refatoração pode ser feita em pequenas quantidades (a chamada “refatoração contínua”) para justificar uma certa mudança, ou pode-se decidir sobre grandes refatorações para um código existente, que podem durar vários dias ou semanas. NOTA Ferramentas de validação são usadas para verificar se trechos de código estão em conformidade com a sintaxe especificada. Gerenciamento de pacotes. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 12 “Reescrita Parcial” envolve reescrever uma determinada parte do código a partir do zero, mantendo o resto do código. Reescritas parciais têm sido comuns no desenvolvimento do kernel do Linux, onde vários subsistemas foram reescritos ou reimplementados a partir do zero, mantendo o restante do código intacto. “Reescrita Completa” envolve iniciar o projeto a partir do zero, possivelmente, ainda fazendo uso de algum código-fonte antigo. Um bom exemplo de uma reescrita completa foi o sistema de controle de versão Subversion, cujos desenvolvedores começaram a partir do zero: eles acreditavam que a base de código do CVS, era inútil e precisava ser completamente reescrito. 1.3 Custo Total de Propriedade (TCO) O Custo Total de Propriedade - TCO (total cost of ownership) é um sistema de cálculo destinado a assistir os consumidores na avaliação dos custos, assim como os benefícios relacionados à compra de componentes para a gestão da Tecnologia da Informação - TI. De forma geral, os custos incluídos no TCO são agrupados da seguinte maneira para determinar a sua concentração ao longo do ciclo de vida de uma TI: • Custos de planejamento; • Custos de aquisição; • Custos de operação e manutenção; • Custos de alienação. De forma prática, estes custos podem ser categorizados da seguinte forma (MITRE Corp . Report 3, 2001): • Custos Diretos (aqueles que podem ser quantificáveis): o Hardware (aquisições e upgrades) e software (aquisições, upgrades, licenças) - 30%; o Suporte (remoto, treinamento, deslocamento, manuais e livros) - 15%; Figura 1 – Custo Total das Propriedades e Benefício Total quanto ao uso do Linux em computadores. Fonte: https://blog.algartelecom.com.br/fin ancas/saiba-o-que-e-o-custo-total- de-propriedade-tco-e-sua-importancia-para-o-mundo-dos- negocios/ Acesso em: 03/10/2018 https://blog.algartelecom.com.br/financas/saiba-o-que-e-o-custo-total-de-propriedade-tco-e-sua-importancia-para-o-mundo-dos-negocios/ https://blog.algartelecom.com.br/financas/saiba-o-que-e-o-custo-total-de-propriedade-tco-e-sua-importancia-para-o-mundo-dos-negocios/ https://blog.algartelecom.com.br/financas/saiba-o-que-e-o-custo-total-de-propriedade-tco-e-sua-importancia-para-o-mundo-dos-negocios/ https://blog.algartelecom.com.br/financas/saiba-o-que-e-o-custo-total-de-propriedade-tco-e-sua-importancia-para-o-mundo-dos-negocios/ https://blog.algartelecom.com.br/financas/saiba-o-que-e-o-custo-total-de-propriedade-tco-e-sua-importancia-para-o-mundo-dos-negocios/ Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 13 o Gerenciamento (redes, sistemas e armazenamento) - 5%; o Desenvolvimento (aplicações e conteúdo) - 4%; o Comunicação (infraestrutura e taxas) - 1%. • Custos Indiretos (não quantificáveis): o Custo de usuário final (suporte casual e auto aprendizado) - 35%; o Downtime (perda de produtividade devido a paradas) - 10%. 1.4 Benefício Total de Propriedade – TBO Ainda, o resultado do cálculo do TCO deve ser comparado com o Benefício Total de Propriedade - TBO (total benefit of ownership), para determinar a viabilidade de uma aquisição de TI. Assim como o TCO determina o custo da tecnologia, a TBO avalia o retorno do investimento. Para uma correta medida deste valor utiliza-se o Retorno Total de Propriedade - TRO, (total return on ownership), que quantifica o retorno líquido obtido com a utilização da tecnologia avaliada. Obviamente, o cálculo do TBO é ainda mais complexo que o do TCO. Assim, usualmente, utilizam-se sistemas de pontuação, tabelas comparativas e outros procedimentos similares, que dependem grandemente da experiência e do bom senso do avaliador. A consideração dos benefícios na adoção de uma tecnologia é uma metodologia mais abrangente e realista que a simples utilização do TCO. Esta visão contempla aspectos como custos associados, flexibilidade e riscos de implantação. Estes elementos, muitas vezes não quantificáveis, adquirem importância crescente ao longo do ciclo de vida de uma tecnologia. Assim, podemos definir esses componentes da seguinte forma: NOTA As proporções para os custos correspondem, aproximadamente, aos apresentados usualmente nos projetos de gestão espacial na realidade do Brasil. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 14 • Custos: que correspondem àqueles elementos contemplados pelo TCO; • Benefícios: aumento na produtividade e penetração de mercado; • Flexibilidade: viabilização de novos negócios e/ou mercados; • Riscos: problemas com fornecedores e componentes inadequados. 1.5 Instalação Este capítulo mostrará como instalar o Ubuntu (32 bits) através de um CD-ROM. De fato, esta é uma tarefa muito simples, pois, ao longo dos anos, os instaladores de quase todas as “distros” tornaram-se bastante amigáveis, mesmo para usuários totalmente inexperientes. 1.5.1 Como obter? O Ubuntu pode ser obtido gratuitamente através deste seguinte link, no site: http://www.ubuntu.com/getubuntu Seguem abaixo as configurações mínima e recomendada para instalação em desktop do Ubuntu. É importante salientar que, devido ao ambiente gráfico, configurações superiores podem ser necessárias. • Configuração Mínima: o Processador 300 MHz x86; o Memória: 64 MB de RAM; o Pelo menos 4 GB de espaço em Disco (para instalação completa e swap) placa de vídeo VGA com suporte para resolução de 640x480 drive CD-ROM ou placa de rede. • Configuração Recomendada: o Processador 700 MHz x86; o Memória: 384 MB de RAM; o 8 GB de espaço em Disco placa de vídeo com suporte para resolução de 1024x768, placa de som, conexão com a Internet. Figura 2 – Processo de instalação do Ubuntu Fonte: http://www.ubuntu.com/getubunt u Acesso em:03/10/2018 http://www.ubuntu.com/getubuntu http://www.ubuntu.com/getubuntu http://www.ubuntu.com/getubuntu Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 15 1.5.2 Instalando o Ubuntu A primeira tela da instalação deve ser a seleção da língua, selecione-a; A seguir, selecione a opção “Instalar o Ubuntu”; Você verá um papel de parede por alguns segundos. Quando voltar a aparecer a tela, você deverá selecionar a língua de sua preferência para o processo de instalação e para o Sistema; Após isso, você deverá selecionar sua localização, para que o horário seja ajustado pelo Sistema. Você poderá fazer isso clicando no mapa ou nas listas disponíveis; Figura 3 – Tela 01, de instalação do idioma. Figura 4 – Tela 02, de instalação do Ubuntu. Figura 5 – Tela 03, para a configuração do Sistema quanto ao idioma padrão. Figura 6 – Tela 04, para a configuração do Sistema quanto ao horário padrão. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 16 Selecione um layout para o teclado; Nesta parte o usuário deverá decidir “onde” irá instalar o Sistema. Por enquanto, apenas mostramos como instalar o Ubuntu utilizando o Disco todo; A seguir, preencha a tela de acordo com o que cada título diz. Preencha com o nome que você deseja se “logar” no Ubuntu, a senha de sua preferência e o nome do computador; Na próxima tela confira se as opções definidas para a instalação estão corretas. Se tudo ok, clique em “Instalar”; Figura 7 – Tela 05, para a configuração do teclado. Figura 8 – Tela 06, para a escolha da localização para a instalação do Ubuntu. Figura 9 – Tela 07, para o devido preenchimento aos campos de informação de login e senha. Figura 10 – Tela 08, para a confirmação dos seus dados se todos estão corretos. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 17 A seguir, o Sistema será instalado, e quando a instalação estiver completa, será necessário reiniciar o seu PC; Pronto! O seu Ubuntu está instalado. IMAGEM Figura 11 – Tela 09, finalização da instalação. Figura 12 – Site oficial da Ubuntu (Canonical Group Ltd. [GB]) Fonte: https://www.ubuntu.com/ Acesso em: 03/10/2016 https://www.ubuntu.com/ Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 18 Considerações Finais SAIBA MAIS: Quer se aprofundar no tema desta aula? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Acesse: “Instalação e Particionamento do Ubuntu 18.04 LTS ”, acessível pelos links: https://unixuniverse.com.br/linux/instalacao-e-particionamento- do-ubuntu-18-04-lts (Acesso em: 03/10/2018) Atividades de Autoaprendizagem ATIVIDADES: Pronto para consolidar seus conhecimentos? Leia atentamente o enunciado de sua atividade de autoaprendizagem proposta para esta aula. Se você está fazendo o seu curso presencialmente, é só abrir o seu caderno de atividades. Se você estiver cursando na modalidade de EAD (Educação a Distância), acesse a sua trilha de aprendizagem no seu ambiente virtual e realize a atividade de modo online. Você pode desenvolver esta atividade sozinho ou em parceria com seus colegas de turma. Dificuldades? Poste suas dúvidas no fórum de discussões em seu ambiente virtual de aprendizagem. Concluiu a sua atividade? Submeta o resultado em uma postagem diretamenteem seu ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte! Questionário Avaliativo TESTANDO: Chegou a hora de você provar que aprendeu tudo o que foi abordado ao longo desta aula. Para isto, leia e resolva atentamente as questões do seu caderno de atividades. Se você estiver fazendo este curso a distância, acesse o QUIZ (banco de questões) em seu ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte! Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 19 Bibliografia PERIARD, G. (6 de Dez de 2010). Intraempreendedorismo - Guia completo. Sobre Administração . Acesso em 4 de Nov de 2017, disponível em http://www.sobreadministracao.com/intraempreendedorismo- guia-completo/BRESNAHAM, C., & BLUM, R. (2015). Linux Essentials . Indianapolis: SYBEX . FILHO, J. E. (2012). Descobrindo o Linux. São Paulo: NOVATEC Editora. NEGUS, C. (2014). Linux - A Bíblia. Rio de Janeiro: ALTA Books Editora. TANENBAUM, A. S., & WETHERALL, D. J. (2011). Redes de Computadores. São Paulo: Pearson Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 20 Grupo SER Educacional | Administração de Sistema Operacional Aberto (Linux) 1 Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Direção Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR DE ARRUDA Autor JEFERSON ARTUR VULCANIS Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS O Autor Jeferson Artur Vulcanis Olá, meu nome é JEFERSON ARTUR VULCANIS. Sou especialista em redes computacionais, infraestrutura de TI e sistemas operacionais, com uma vasta experiência com os ambientes Windows e Linux Server. Amo informática e, mais ainda, passar toda a minha experiência e know-how aos iniciantes nesta magnífica carreira de tecnologia da informação. Vai ser um prazer enorme ajudar você a se tornar um excelente analista de suporte técnico na área de informática. Conte comigo para lhe ajudar nessa trajetória rumo ao seu desenvolvimento profissional! Muito sucesso para você. JEFERSON ARTUR VULCANIS “ Iconográficos Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou o responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: INTRODUÇÃO para o início do desenvolvimento de uma nova competência; DEFINIÇÃO houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA quando forem necessários observações ou complementações para o seu conhecimento; IMPORTANTE as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS textos, referências bibliográficas e links para aprofundamento do seu conhecimento; REFLITA se houver a necessidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE se for preciso acessar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES quando alguma atividade de autoaprendizagem for aplicada; TESTANDO quando o desenvolvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; Sumário 1 SOFTWARE LIVRE (LINUX) .............................................................................. 8 1.1 Como começou ............................................................................................. 8 1.2 As liberdades essenciais .............................................................................. 10 1.2.1 Administrador A liberdade de executar o programa como você desejar 11 1.2.2 A liberdade de estudar o código-fonte e fazer alterações .................... 11 1.2.3 A liberdade de redistribuir requisitos básicos .................................... 12 1.3 Copyleft ..................................................................................................... 12 1.4 Regras sobre detalhes de empacotamento e distribuição ............................... 13 1.5 Regulamentações de exportação .................................................................. 13 1.6 Licenças baseadas em contratos ................................................................... 14 1.7 Código aberto ............................................................................................. 15 Histórico ............................................................................................................. 16 Considerações Finais ............................................................................................ 18 Atividades de Autoaprendizagem .......................................................................... 18 Questionário Avaliativo ........................................................................................ 18 Bibliografia.......................................................................................................... 19 Trilha de Aprendizagem Olá, meu nome é ANDRÉA CÉSAR PEDROSA! Sou responsável pela direção editorial deste livro didático e de todos os demais recursos relacionados com a sua trilha de aprendizagem. Você está iniciando seus estudos sobre Administração de Sistema Operacional Aberto (Linux), o nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das competências necessárias para seu exercício profissional. Para isto, distribuímos os conteúdos didáticos deste livro em quatro semanas de estudo, onde, em cada uma delas, haverá uma competência a ser construída. Cada uma dessas competências será desenvolvida por meio de quatro atividades de estudo, que podemos chamar de “aulas”. Em cada aula, você terá uma introdução ao tema abordado, os objetivos a serem alcançados, uma atividade de autoaprendizagem proposta e uma lista de exercícios a serem respondidos. Quer saber quais serão as competências que você irá desenvolver ao longo dessas quatro semanas de estudo? Então vamos a elas: 1. Conhecer os conceitos e as definições sobre Software Livre, sua ética e a distribuição do S.O. Linux; 2. Saber fazer instalação de uma distribuição Linux, resolver problemas e ter permissões de acesso; 3. Conhecer um pouco mais sobre alguns comandos e recursos do Linux; 4. Saber como configurar o Linux, seus comandos, suas partições e emulação, gerenciar processos e direcionamentos de entrada e saída. Ao longo dessa semana, iremos desenvolver a competência de número : 1. Ao trabalho! Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 7 1ª SEMANA DE ESTUDOS INTRODUÇÃO: esenvolver software é, antes de mais nada, implementar processos. Há dois tipos processos: manuais e informatizados. A análise e projeto de software se detém aos processos informatizados, ou seja, aqueles mediados por computadores ou dispositivos móveis. Assim como o fluxograma é a ferramenta metodológica mais adequada para descrever um processo, a UML, como veremos em detalhes mais adiante, é a ferramenta ideal para descrever processos informatizados, sob a ótica dos objetos computacionais. Ao longo desta primeira etapa de estudos, iremos nos debruçar sobre os fundamentos da orientação a objetos, desta vez não mais sob a ótica da programação, mas sim sob o prisma da análise de sistemas, aplicando as normas de representação gráfica da UML sobre os processos informatizados desses sistemas. Você está preparado? Então, aperte o cinto e boa viagem! OBJETIVOS: Ao término do desenvolvimento desta semana de estudos, você terá conhecimentosobre: • Conceitos e definições sobre Software Livre; • Ética e Software Livre; • O Império Contra-Ataca; • As distribuições do Linux. D Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 8 1 SOFTWARE LIVRE (LINUX) INTRODUÇÃO: Conhecer a distribuição de Software Livre: o que é um software totalmente gratuito e como ocorre a sua distribuição pelo mundo. 1.1 Como começou Em 1985, foi fundada a Free Software Foundation (FSF), por Richard Stallman, uma organização sem finalidades lucrativas, a qual se oferece a exclusão de contenções sobre a reprodução, o estudo e a alteração de softwares de computadores. Ele também criou o Projeto GNU que, juntamente com o Kernel criado por Linus Torvalds, constituiria mais tarde o conhecido Sistema Linux. Uma vez que foi colaborador do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT (Massachusetts Institute of Technology ), identificou uma falha no software de uma impressora. Buscou corrigi-la, mas a empresa não concedeu o código-fonte. Devido a isso, ficou movido a criar uma determinada coisa boa que pudesse garantir a todos desfrutarem dos direitos de reproduzir, redistribuir e alterar software, sendo que a partir daí nascia a Licença GPL. Falando de Linus Torvalds, um acadêmico finlandês da Universidade de Helsinki, que em 1991 mostrou a versão oficial do que é hoje o Linux. Muitos desenvolvedores se incorporaram ao projeto para OBJETIVO: Ao término desta aula você será capaz de compreender os conceitos e definições acerca de Software de Distribuição Livre e regras sobre as liberdades essenciais, cópias, distribuições e código aberto. Figura 1 – Notebook com o S.O. LINUX. Fonte: https://reklamosgrupe.lt/parduotuve/inte rnetiniu-svetainiu-prieziura-2/ Acesso em: 02/10/2018 https://reklamosgrupe.lt/parduotuve/internetiniu-svetainiu-prieziura-2/ https://reklamosgrupe.lt/parduotuve/internetiniu-svetainiu-prieziura-2/ Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 9 compor todo o Sistema GNU ao redor do Linux. De acordo com isso, nascia, perante a “Licença GPL”, o Sistema Operacional GNU/Linux. A fim de garantir os mesmos privilégios de distribuição entre todos os usuários, foram criadas licenças. Hoje existem mais de trinta licenças. A mais usada é a General Public License (Licença Pública de Uso Geral). A GPL possui uma regra que restringe a adequação das alterações, portanto todas as mudanças feitas no software se tornam comuns entre todos que compartilham o programa. Vale informar que sendo o programa livre, qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica, consegue utilizar o software em quantos PCs deseja e em qualquer tipo de processo computacional, para todo tipo de trabalho ou atividade, sem nenhuma restrição imposta pelo fornecedor. Este é o princípio da liberdade deste tipo de programa. IMPORTANTE Quando se fala em propriedade de softwares, uma boa pergunta é: “Quando compro um programa eu sou o proprietário?” Figura 2 – “Tiras” (Vida de Programador), de Andre Noel Fonte: https://vidadeprogramador.com.br/ Acesso em: 02/10/2018 https://vidadeprogramador.com.br/ Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 10 1.2 As liberdades essenciais Um programa é um Software Livre se os usuários possuem as quatro liberdades essenciais: • A liberdade de executar o software como você desejar, para qualquer finalidade (liberdade 0). • A liberdade de estudar como o software funciona e adaptá-lo às suas necessidades (liberdade 1). Para tanto, acesso ao código-fonte é um pré-requisito. • A liberdade de redistribuir cópias de modo que você consiga ajudar outros (liberdade 2). • A liberdade de compartilhar cópias de suas variações alteradas a outros (liberdade 3). Desta forma, você pode dar a toda comunidade a oportunidade de beneficiar de suas mudanças. Para tanto, acesso ao código-fonte é um pré-requisito. Em qualquer cenário, estas liberdades devem ser aplicadas em qualquer código do qual planejamos fazer uso, ou que levamos outros a fazer uso. Por exemplo, analise um programa A que instantaneamente inicia um programa B para lidar com certos casos. Se nós planejamos repartir A como está, isso quer dizer que utilizadores precisarão de B, de forma que nós necessitamos analisar se tanto A quanto B são livres. Porém, se nós planejamos alterar A de forma que ele não use B, apenas A precisa ser livre; B não é favorável àquele planejamento. EXPLICANDO MELHOR Um programa é um Software Livre se ele dá aos utilizadores todas essas liberdades de forma apropriada. Do contrário, ele é não livre. Enquanto nós podemos diferenciar diversos esquemas de distribuição não livres em termos de eles falham em serem livres, consideramos todos eles igualmente antiéticos.programa é um Software Livre se ele dá aos utilizadores todas essas liberdades de forma apropriada. Do contrário, ele é não livre. Enquanto nós podemos diferenciar diversos esquemas de distribuição não livres em termos de eles falham em serem livres, consideramos todos eles igualmente antiéticos. \ Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 11 Abaixo temos certos pontos sobre o que faz as liberdades específicas adequadas ou não. 1.2.1 Administrador A liberdade de executar o programa como você desejar A liberdade de executar o programa significa que qualquer tipo de pessoa ou organização é livre para utilizá-lo em qualquer tipo de sistema computacional, ou para qualquer tipo de trabalho e objetivo sem que seja necessário comunicar ao desenvolvedor ou qualquer outra organização específica. Nessa liberdade, é o intuito do utilizador que importa, não aquele do desenvolvedor. Você, como utilizador, é livre para executar o programa para suas funções propósitos e, caso você o distribua a outra pessoa, ela também será livre para executá-lo com os propósitos dela. No entanto você não é intitulado a impor seus propósitos sobre ela. 1.2.2 A liberdade de estudar o código-fonte e fazer alterações Para que as liberdades 1 e 3 (a liberdade de alterar e a liberdade de divulgar versões alteradas) façam sentido, você deve ter acesso ao código-fonte do programa. Se um programa é fornecido em um produto planejado para executar a versão de outra pessoa, no entanto se recusa a executar a sua prática denominada como “tivoização1”, “travamento” ou ainda como “boot seguro”, a liberdade 1 se torna pretensão vazia ao contrário de realidade prática. Uma maneira importante de alterar um programa é somar a ele módulos e sub-rotinas livres. Se a licença do programa diz que você não pode somar a ele um módulo com uma licença apropriada — por exemplo, se ele exige que você seja o possuidor dos direitos autorais de qualquer código que acrescentar — então esta licença é muito restritiva para ser habilitada como livre. Se uma alteração constitui ou não um aprimoramento é uma questão particular. 1 “Tivoização” vem do inglês “tivoization”, prática utilizada pela marca de gravadores de vídeo digital TiVo que, embora utilizasse software livre, não permitia que usuários executassem versões modificadas do software em seu hardware. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 12 1.2.3 A liberdade de redistribuir requisitos básicos Se divulgar suas modificações, você não deve ser obrigado a avisar ninguém em particular, ou de qualquer modo em particular. Uma licença livre também pode permitiroutras maneiras de liberá-las, ou seja, ela não tem que ser uma licença copyleft. A liberdade de redistribuir cópias deve acrescentar formas executáveis ou binárias do programa, bem como o código-fonte, tanto da versão alterada quanto da inalterada. Não há problemas se não for possível gerar uma forma binária ou executável (porque algumas linguagens de programação não aguentam este recurso), no entanto, deve ser concedida a liberdade de se redistribuir nessas formas caso seja desenvolvido um meio de gerá-las. 1.3 Copyleft Determinadas regras sobre a maneira de compartilhar os programas que são aceitáveis, quando as mesmas não entram em divergência com as liberdades centrais. Por exemplo, o copyleft é a norma de que, quando realocando um programa, você não pode acrescentar restrições quem neguem as liberdades centrais de certas pessoas. Essa norma não entra em divergência com as liberdades centrais, na verdade, ela as protege. SAIBA MAIS No projeto GNU, nós utilizamos o copyleft para assegurar legalmente as quatro liberdades para todos. Nós compreendemos que existem motivos importantes das quais é melhor utilizar o copyleft. Porém, programas livres que não faz uso do copyleft também é ético. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 13 1.4 Regras sobre detalhes de empacotamento e distribuição Regras sobre como empacotar uma versão alterada são aceitáveis, se elas não restringem substantivamente sua liberdade de liberar versões alteradas ou sua liberdade de criar e utilizar modificações privadamente. Portanto, é aceitável que uma licença requer que você altere o nome do programa na versão alterada remova um logo ou identifique suas modificações como suas. Desde que esses requerimentos não sejam tão penosos que eles efetivamente sejam um empecilho à distribuição de suas mudanças, eles são aceitáveis. Você já está fazendo outras modificações ao programa, não terá muitos problemas em fazer algumas a mais . Regras que dizem que “se você propagar sua versão de certa maneira, deverá de publicá-la dessa outra também” podem ser também aceitáveis, na mesma condição. Um exemplo de regra aceitável é uma que diz que se você distribuiu uma versão modificada e um desenvolvedor anterior pedir por uma cópia, você deve enviar uma. (Note que tal regra ainda lhe deixa a possibilidade de fornece r ou não sua versão.) Regras que requerem a liberação do código-fonte para os usuários para versões que você fez públicas também são aceitáveis. Uma questão especial aparece quando uma licença exige a mudança do nome pelo qual o programa é invocado por outros programas. Isso efetivamente gera obstáculos à publicação de uma versão alterada que consiga trocar a original quando invocada por aqueles outros programas. Esse tipo de pedido é permitido apenas quando existe uma maneira de especificar um nome sucessor de modo que o programa modificado possa ser invocado. 1.5 Regulamentações de exportação Algumas vezes, as regulamentações de controle de exportação governamentais e penas comerciais podem reprimir sua liberdade de fornecer cópias de programas internacionalmente. Dessa maneira, restrições não vão atingir as atividades e pessoas fora da jurisdição desses governos. Portanto, licenças de software livre não devem necessitar a obediência a quaisquer regulamentações não triviais de Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 14 exportação como uma condição para executar qualquer das liberdades essenciais. 1.6 Licenças baseadas em contratos A grande parte das licenças de software livre são baseadas no copyright, e existem limites para que tipos de requerimentos possam ser impostos por meio do copyright. Se uma licença baseada no copyright respeita a liberdade nas maneiras descritas acima, é improvável que ela possua algum outro tipo de problema nunca antecipado (embora isso ocorra ocasionalmente). No entanto, algumas licenças de software livre baseadas em contratos e contratos podem impor uma lista muito maior de restrições possíveis. Isso significa que existem muitas maneiras nas quais tal licença pode ser inaceitavelmente restritiva e não livre. IMPORTANTE Se uma regulamentação de exportação é, na verdade, corriqueiro para o software livre, então exigir ela como condição não é de fato um. Porém, é um problema em potencial, já que uma modificação posterior na lei de exportação pode modificar os pedidos em não triviais e, portanto, tornar o software não livre. EXPLICANDO MELHOR Uma licença livre pode não obrigar a conformidade com a licença de um programa não livre. Então, por exemplo, se uma licença obrigar de você conformidade com as licenças de “todos os programas que você use”, no caso de um usuário que roda programas não livres isso resultaria em exigir conformidade com as licenças daqueles programas não livres. Consequentemente, isso faz da licença não livre. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 15 Finalmente, note que os critérios como aqueles exprimidos nessa definição de software livre requerem cuidadosa deliberação quanto a sua interpretação. Para decidir se uma licença de software específica se qualifica como uma licença de software livre, nós a julgamos baseado nesses critérios para determinar se ela se encaixa no espírito bem como nas palavras precisas. 1.7 Código aberto Outro grupo usa o termo “código aberto” com um significado parecido (mas não idêntico) ao de “software livre”. Nós preferimos o termo “software livre” porque, uma vez que você tenha ouvido que ele se refere à liberdade ao invés do preço, ele traz à mente a liberdade. A palavra “aberto” nunca se refere à liberdade NOTA Quando falamos sobre software livre, é melhor evitar termos como “dado” ou “de graça”, porque estes critérios implicam que a questão é o preço, não a liberdade. Figura 3 – Notebook DELL com LINUX Fonte: https://www.pcworld.com/art icle/2363780/software -games/linux-gaming-rising-7-big-name-pc-games- that-now-call-linux-home.html Acesso em: 02/10/2018 https://www.gnu.org/philosophy/open-source-misses-the-point.html https://www.gnu.org/philosophy/open-source-misses-the-point.html https://www.pcworld.com/article/2363780/software-games/linux-gaming-rising-7-big-name-pc-games-that-now-call-linux-home.html https://www.pcworld.com/article/2363780/software-games/linux-gaming-rising-7-big-name-pc-games-that-now-call-linux-home.html https://www.pcworld.com/article/2363780/software-games/linux-gaming-rising-7-big-name-pc-games-that-now-call-linux-home.html Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 16 Histórico De tempos em tempos, revisamos essa Definição de Software Livre. Aqui está uma lista de mudanças substanciais: • Versão 1.135: Deixa claro que a liberdade de executar o programa significa que nada impede você de executá-lo. • Versão 1.141: Esclarece qual código precisa ser livre. • Versão 1.135: Informa toda situação em que liberdade 0 é a liberdade de executar o programa desejado. • Versão 1.134: Liberdade 0 não é uma questão de funcionalidade do programa. • Versão 1.131: Uma licença livre pode não exigir conformidade com uma licença não livre de um outro programa. • Versão 1.129: Declara explicitamente que a escolha da lei e escolha de especificação do foro são permitidas. (Essa sempre foi nossa política.) • Versão 1.122: Um requerimento de controle de exportação é um problema rela se o requerimento for não trivial , do contrário,ele é apenas um problema potencial. • Versão 1.118: Faz o esclarecimento de que o problema são os limites do seu direito de modificar, e não quais modificações você fez. Além disso, modificações não estão limitadas a “melhorias” . • Versão 1.111: Esclarece 1.77 ao adicionar que apenas restrições retroativas são inaceitáveis. Os detentores dos direitos autorais podem sempre garantir permissões adicionais de uso do trabalho ao liberá-lo de outra maneira, em paralelo. • Versão 1.105: Reflete, numa breve afirmação da liberdade 1, a ideia (já discutida na versão 1.80) de que ela inclui realmente o ato de usar versões modificadas para seus interesses. • Versão 1.92: Esclarece que código obscurecido não se qualifica como código-fonte. • Versão 1.90: Esclarece que a liberdade 3 significa o direito de distribuir cópias que você modificou ou suas versões aperfeiçoadas, não o direito de participar no desenvolvimento do projeto de outra pessoa. • Versão 1.89: A liberdade 3 inclui o direito de liberar versões modificadas como software livre. • Versão 1.80: A liberdade 1 deve ser prática, não somente teórica. • Versão 1.77: Esclarece que todas as mudanças retroativas a uma licença são inaceitáveis, mesmo que ela não seja descrita como uma substituição total. • Versão 1.74: Quatro esclarecimentos sobre pontos não suficientemente explícitos, ou expostos em alguns lugares, mas não refletidos em todos os lugares. http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.152&r2=1.153 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.140&r2=1.141 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.134&r2=1.135 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.133&r2=1.134 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.130&r2=1.131 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.128&r2=1.129 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.121&r2=1.122 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.117&r2=1.118 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.110&r2=1.111 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.104&r2=1.105 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.91&r2=1.92 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.89&r2=1.90 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.88&r2=1.89 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.79&r2=1.80 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.76&r2=1.77 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.73&r2=1.74 Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 17 Impor uma mudança de licença constitui revogar uma licença antiga . • Versão 1.57: Adiciona a seção “Além do Software”. • Versão 1.46: Esclarece o propósito de quem é importante na liberdade de executar o programa para qualquer propósito. • Versão 1.41: Esclarece a redação sobre licenças baseadas em contratos. • Versão 1.40: Explica que uma licença livre deve permitir que você use software livre disponível para criar suas modificações. • Versão 1.39: Nota que é aceitável que uma licença requeira que você forneça o código-fonte para versões do software que você colocou em uso público. • Versão 1.31: Nota que é aceitável que uma licença requeira que você se identifique como o autor de modificações. • Versão 1.23: Discute problemas potenciais relacionados a licenças baseadas em contratos. • Versão 1.16: Explica por que a distribuição de binários é importante. • Versão 1.11: Nota que uma licença livre pode requerer que você mande uma cópia das versões que você distribui para desenvolvedores antigos ao ser requisitado. REFLITA “Melhorias” não significa que a licença pode substantivamente limitar que tipo de versões modificadas você pode liberar. A liberdade 3 inclui distribuir versões modificadas, não somente mudanças. EXPLICANDO MELHOR O direito de agregar módulos existentes se refere àqueles que são adequadamente licenciados. Explicitamente expõe a conclusão do argumento sobre o controle de exportações. http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.56&r2=1.57 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.45&r2=1.46 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.40&r2=1.41 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.39&r2=1.40 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.38&r2=1.39 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.30&r2=1.31 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.22&r2=1.23 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.15&r2=1.16 http://web.cvs.savannah.gnu.org/viewvc/www/philosophy/free-sw.html?root=www&r1=1.10&r2=1.11 Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 18 Considerações Finais SAIBA MAIS: Quer se aprofundar no tema desta aula? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Acesse: “Software Livre Brasil”, acessível pelo link: http://softwarelivre.org/ (Acesso em: 03/10/2018) Atividades de Autoaprendizagem ATIVIDADES: Pronto para consolidar seus conhecimentos? Leia atentamente o enunciado de sua atividade de autoaprendizagem proposta para esta aula. Se você está fazendo o seu curso presencialmente, é só abrir o seu caderno de atividades. Se você estiver cursando na modalidade de EAD (Educação a Distância), acesse a sua trilha de aprendizagem no seu ambiente virtual e realize a atividade de modo online . Você pode desenvolver esta atividade sozinho ou em parceria com seus colegas de turma. Dificuldades? Poste suas dúvidas no fórum de discussões em seu ambiente virtual de aprendizagem. Concluiu a sua atividade? Submeta o resultado em uma postagem diretamente em seu ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte! Questionário Avaliativo TESTANDO: Chegou a hora de você provar que aprendeu tudo o que foi abordado ao longo desta aula. Para isto, leia e resolva atentamente as questões do seu caderno de atividades. Se você estiver fazendo este curso a distância, acesse o QUIZ (banco de questões) em seu ambiente virtual de aprendizagem e boa sorte! Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 19 Bibliografia PERIARD, G. (6 de Dez de 2010). Intraempreendedorismo - Guia completo. Sobre Administração . Acesso em 4 de Nov de 2017, disponível em http://www.sobreadministracao.com/intraempreendedorismo- guia-completo/BRESNAHAM, C., & BLUM, R. (2015). Linux Essentials . Indianapolis: SYBEX . FILHO, J. E. (2012). Descobrindo o Linux. São Paulo: NOVATEC Editora. NEGUS, C. (2014). Linux - A Bíblia. Rio de Janeiro: ALTA Books Editora. TANENBAUM, A. S., & WETHERALL, D. J. (2011). Redes de Computadores. São Paulo: Pearson Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 20 Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Direção Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR DE ARRUDA Autor JEFERSON ARTUR VULCANIS Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOSO Autor Jeferson Artur Vulcanis Olá, meu nome é JEFERSON ARTUR VULCANIS. Sou especialista em redes computacionais, infraestrutura de TI e sistemas operacionais, com uma vasta experiência com os ambientes Windows e Linux Server. Amo informática e, mais ainda, passar toda a minha experiência e know-how aos iniciantes nesta magnífica carreira de tecnologia da informação. Vai ser um prazer enorme ajudar você a se tornar um excelente analista de suporte técnico na área de informática. Conte comigo para lhe ajudar nessa trajetória rumo ao seu desenvolvimento profissional! Muito sucesso para você. JEFERSON ARTUR VULCANIS “ Iconográficos Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou o responsável pelo projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: INTRODUÇÃO para o início do desenvolvimento de uma nova competência; DEFINIÇÃO houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA quando forem necessários observações ou complementações para o seu conhecimento; IMPORTANTE as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS textos, referências bibliográficas e links para aprofundamento do seu conhecimento; REFLITA se houver a necessidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE se for preciso acessar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES quando alguma atividade de autoaprendizagem for aplicada; TESTANDO quando o desenvolvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; Sumário 1 ÉTICA E SOFTWARE LIVRE ............................................................................... 6 1.1 Ética e Software............................................................................................ 6 1.2 Motivos para o país adotar o Software Livre ................................................... 8 1.3 A base do Software Livre está no seu código-fonte aberto ................................... 9 1.4 O crescimento dos Softwares Livres no planeta e a transformação do Sof tware Livre em políticas públicas .................................................................................... 11 1.5 LinEX”, o Linux de Extremadura ....................................................................... 15 Considerações Finais ............................................................................................ 17 Atividades de Autoaprendizagem .......................................................................... 17 Questionário Avaliativo ........................................................................................ 17 Bibliografia.......................................................................................................... 18 Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 6 1 ÉTICA E SOFTWARE LIVRE INTRODUÇÃO: Saber um pouco mais sobre as questões referentes às distribuições digitais de cópias de softwares, sobre a sua legalidade e das suas condições quanto a sua distribuição e a sua comercialização. 1.1 Ética e Software Um dos problemas éticos mais visíveis quando se pensa em software, atualmente, é a questão da aquisição e uso de cópias ilegais, conhecida como pirataria de software. Um dos motivos é que é muito trabalhoso fazer uma grande quantidade de cópias de livros de forma amadora. Quando tratamos com material digital, como um software, o custo da cópia torna-se muito pequeno, e cada cópia é tão perfeita quanto o original. Os fabricantes de software não perdem tempo tentando processar usuários domésticos, pois um processo judicial custaria muito dinheiro e gastaria muito tempo. Além disso, este tipo de usuário dificilmente compraria estes softwares de qualquer maneira. OBJETIVO: Ao término desta aula você será capaz de compreender sobre os conceitos e as definições referentes aos muitos termos éticos envolvidos em relação com a distribuição de softwares livres. Figura 1 – Softwares de Distribuição Livre (Open Source) Fonte: https://www.ascenty.com/open- source-o-que-e/ Acesso em: 02/10/2018 https://www.ascenty.com/open-source-o-que-e/ https://www.ascenty.com/open-source-o-que-e/ Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 7 Vejamos um exemplo, Gilberto fez um curso técnico em mecânica na Escola Técnica Tupy, em Joinville, Santa Catarina. Nessa instituição ele aprendeu a utilizar um importante software na área de projetos mecânicos. Na conclusão do curso, tornou-se estagiário em uma pequena ferramentaria, justamente na área de projetos. Quando percebeu que grande parte dos projetos era desenvolvida à mão ou em softwares inferiores, não teve dúvida, fez uma cópia dos CDs do software que havia aprendido durante o curso e passou a usá-lo na nova empresa. Quando o professor França, orientador de estágios, foi visitá-lo na empresa, ele mostrou as inovações que haviam sido feitas no setor de projeto por conta do uso do novo software. Sabendo do alto custo do software, o professor perguntou se eles haviam adquirido uma cópia de forma legal, foi aí que o professor explicou para ele as questões relacionadas à pirataria de software e as penas que a empresa poderia sofrer se a mesma fosse pega em uma fiscalização. A questão da pirataria de software vai muito além da questão ética, é uma questão legal. A lei Nº 9.609 pode ser lida integralmente a partir do site do Governo Federal, em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L9609.htm IMPORTANTE Temos visto no Brasil uma série de campanhas patrocinadas pela ABES e por grandes fabricantes de software, como a Microsoft, tentando explicar as questões relacionadas à pirataria de software, com o objetivo de diminuir esta prática em nosso país. http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/LEIS/L9609.htm Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 8 1.2 Motivos para o país adotar o Software Livre Em maio de 2003, em um dos auditórios do Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, anunciava ao Comitê de Governo Eletrônico que o governo federal iria utilizar preferencialmente o Software Livre. A adoção do Software Livre como paradigma do desenvolvimento e uso das tecnologias da informação no governo pode ser resumida em cinco argumentos: argumento macroeconômico; argumento de segurança; argumento da autonomia tecnológica; argumento da independência de fornecedores; argumento democrático. Do ponto de vista macroeconômico, a adoção do Software Livre permite reduzir drasticamente o envio de royalties pelo pagamento de licenças de software, gerando uma maior sustentabilidade do processo de inclusão digital da sociedade brasileira e de informatização e modernização das empresas e instituições. Utilizando um software proprietário, o país gastará para informatizar suas principais 100 mil escolas públicas, no mínimo, US$ 300 milhões a cada dois anos. A informatização intensiva do país realizada sobre o modelo de Software Livre é completamente viável e sustentável. Marcelo Branco, um dos coordenadores do Projeto de Software Livre Brasil, conhecido como PSL-Br, é enfático aoanalisar este cenário: Figura 2 – O uso de softwares piratas. Fonte: https://www.penso.com.br/quais- riscos-uso-software-pirata/ Acesso em: 03/10/2018 EXPLICANDO MELHOR Os países podem utilizar um software desenvolvido mundialmente, de modo compartilhado, sem ter de remeter recursos pelo pagamento do seu uso https://www.penso.com.br/quais-riscos-uso-software-pirata/ https://www.penso.com.br/quais-riscos-uso-software-pirata/ Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 9 “Nosso mercado de informática atinge somente 4% da população. Para reverter isso, o único caminho é o Software Livre” . 1.3 A base do Software Livre está no seu código-fonte aberto O software proprietário não possui auditabilidade plena. Também pode retirar rotinas duvidosas que estariam presentes no software em uso; enfim, pode alterá-lo para dar maior segurança. Fica cada vez mais evidente que a segurança lógica deve se basear no princípio da transparência, e não no obscurantismo. O maior exemplo disso ocorreu com o trabalho de desenvolvimento do kernel do próprio GNU/Linux. O trabalho colaborativo e em rede é a essência do desenvolvimento do Software Livre. Do ponto de vista da independência de fornecedores, o Software Livre é imbatível. Como não há Software Livre sem código-fonte aberto, quando o governo opta por este padrão ele se esquiva do aprisionamento posterior à empresa que tenha desenvolvido um software para seu uso. O software é cada vez mais a lei de uma sociedade em rede . Alguns softwares livres tipo notáveis são o Linux, o ambiente gráfico KDE, o compilador GCC, o servidor web Apache, o OpenOffice.org e o navegador web Firefox, entre muitos outros. Abaixo segue um resumo: • Automação de escritório: OpenOffice.org; • Navegadores Web: Firefox e Konqueror; • Mensagens instantâneas: gaim, amsn, kopete; • Cliente de correio eletrônico: thunderbird, evolution, kmail ; • Editor de imagens: Gimp; VOCÊ SABIA O modelo do software proprietário afirma-se na ausência de transparência do seu código-fonte, que deve permanecer fechado e escondido de seu usuário. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 10 • Linguagens de programação e compiladores: C, C++, Java, Perl, PHP, Python, Ruby e Tcl; • Ambientes de desenvolvimento: eclipse, cygwin, devcpp, codeblocks; • Bancos de dados relacionais: MySQL e PostgreSQL; • Programas de interface gráfica: GNOME, KDE e X Window System; • Sistemas operacionais: BSD, Darwin (Mac OS) e GNU/Linux; • CAD: QCad, Varicad; • Editores de texto avançados: vi, emacs; • Desenho vetorial: Inkscape, Sodipodi ; • Editoração eletrônica: Scribus; • EaD, Educação à distância: Moodle; • Servidores de rede: bind(DNS), sendmail, qmail, postfix, apache, samba; • Modelagem em 3D: Blender3d; • Renderização (imagem estática): Yafray, POV-Ray; • Sistema matemático: Scilab; • Sistemas de editoração: TeX e LaTeX; • Sistema wiki (Sistema wiki da Wikipédia): MediaWiki; • AMSN: Mensageiro eletrônico similar ao MSN; • Amule: versão livre do Emule (compartilhamento de arquivos); • Ark: compactador/descompactador de arquivos; • Br-Office: Suíte de escritório, mas que pode ser adaptada ao contexto educativo, com o Writer (Editor de Texto), Calc (Planilha), Impress (apresentação), Draw (Desenho), Math (Banco de Dados) ; • CmapTools: Mapas conceituais (roda no Windows e no Linux); • Linvox: Leitor de telas para cegos. (precisa ser emulado); • Gaim: Mensageiro eletrônico; • Hot Potatoes*: Programa multitarefa que permite fazer exercícios online (ligar, cloze, palavras cruzadas, correspondência, sopa de palavras); • Jclic: Para confecção de exercícios (múltipla escolha) ; • k3b: gravação de CD’s e DVD’s; • Keduca: Testes interativos com questões de múltipla escolha; • Kivio: Editor de fluxogramas; • Kmenuedit: Editor de menus do KDE; • Korganizer: Programa de calendário e agenda; • Kpackage: Gerenciador de pacotes do KDE; • Kpdf: Visualizador de arquivos pdf; Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 11 • KWordQuiz: Testes & Exames: Software com editor de questões de múltipla escolha e/ou perguntas e respostas; • Mercury: Mensageiro eletrônico similar ao MSN; • NVU: Editor de páginas HTML (para criar sites, webquest, etc.); • Samba: Programa que permite colocar os computadores em rede (compartilhar arquivos); • Thunderbird: Gerenciador de e-mail; • Wine: Emulador (permite executar programas feitos para ambiente Windows). 1.4 O crescimento dos Softwares Livres no planeta e a transformação do Software Livre em políticas públicas “A declaração do presidente da Índia, Abdul Kalam, em 2003, é inédita, visto que não se tem conhecimento de outro chefe de estado que tenha sido tão enfático na defesa do Software Livre”. Porém, no dia 10 de dezembro de 2003, no auditório principal da Cúpula da Sociedade da Informação , em Genebra, o representante oficial do governo brasileiro, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, declarava aos demais representantes de Estado que o Brasil defendia o Software Livre como um elemento derradeiro para o desenvolvimento mais equânime na sociedade da informação. O embaixador foi enfático: “O Brasil vê o Software Livre como emblemático da Sociedade da Informação e de uma nova cultura de solidariedade e compartilhamento, um instrumento para garantir o acesso e domínio por todos dessa linguagem universal. O desenvolvimento do Software Livre necessita ser estimulado pelos diferentes atores: governos, setor privado e sociedade civil .” Tão importante quanto garantir o acesso universal à rede mundial de computadores é capacitar as pessoas, e em especial as comunidades carentes, para a utilização plena das novas tecnologias de informação. O ‘software’ livre atende a tais necessidades, porquanto possibilita o trabalho em rede, permitindo a inclusão de grande número de pessoas em seu desenvolvimento, levando seus benefícios a amplos setores da sociedade. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 12 O mais interessante é que nas negociações prévias para a Declaração de Princípio da Cúpula da Sociedade da Informação a delegação norte-americana tentou evitar todas as formas a referência ao Software Livre como algo fundamental para a inserção das nações na sociedade informacional. O avanço do Apache, um Software Livre para hospedagem de páginas na web, é tão intenso que atingiu dois terços dos servidores do planeta. No mercado de servidores, o Software Livre é preferido por suas enormes vantagens de estabilidade e segurança. A NASA e a Bolsa de Valores de Nova York utilizam, em seus servidores, Software Livre. Tabela 1 – Exemplo de Tabela com os Servidores Web. COMPARAÇÃO DE WEBSERVERS (Servidores Web) Entre os Estados Norte-Americanos + o Distrito de Colúmbia Web Server Números Absolutos Percentual Apache 24 47% Microsoft 16 31% Outros 11 22% Entre os estados brasileiros e + o Distrito Federal Web Server Números Absolutos Percentual Apache 11 42% Microsoft 14 53% Outros 1 5% O avanço do Software Livre não ocorre somente na área de servidores de web ou de rede. Uma das maiores experiências de inclusão digital no país, os tele centros da cidade de São Paulo consolidam a importância do uso de Software Livre para viabilizar a alfabetização digital, destruindo o mito da impossibilidade de superar o uso de software proprietário em desktops. Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 13 No início de 2004, os tele centros,locais de acesso gratuito à Internet, mantidos pela Prefeitura de São Paulo, atendiam centenas de milhares de pessoas na periferia. Todos utilizam o sistema operacional GNU/Linux, a interface gráfica Gnome, o navegador Mozilla e o OpenOffice.org. Beatriz Tibiriçá, atual coordenadora do projeto paulistano de inclusão digital, comenta que: “O Software Livre é a principal alternativa dos países pobres para a inclusão digital. A Prefeitura tem 106 centros públicos de acesso à Internet, chamados tele centros, que atendem a 300 mil pessoas. Eles usam somente Software Livre”. Mário Teza, um dos principais integrantes do movimento de Software Livre no país, descreve a primeira experiência brasileira de tornar o Software Livre uma política pública tecnológica: “No Brasil, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, na gestão Olívio Dutra [1989-1992], introduziu o debate sobre o uso preferencial de softwares livres na área pública. Em três anos de Projeto foram cadastradas 319 empresas privadas, sendo 95 gaúchas, e 309 profissionais, dos quais 122 gaúchos (as), que trabalham com Software Livre no país.” Se considerarmos que o governo federal tem cadastradas duas mil empresas desenvolvedoras de software convencional, o Projeto do governo gaúcho foi bem além de suas fronteiras sulinas. Outro aspecto importante foi a parceria entre a Associação Brasileira de Empresas Estaduais de Processamento de Dados (ABEP) e o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, que congrega a representação de todos os governos estaduais do país. Foram diversas iniciativas no terreno tecnológico neste período, tais como: • O Projeto Rede Escolar Livre RS (Rio Grande do Sul), que reduziu em cerca de R$ 87 milhões para R$ 47 milhões os custos com a informatização de 3.100 escolas gaúchas, atingindo 1,5 milhões de alunos e cerca de 80 mil professores; • O Direto GNU, suíte de correio, agenda e catálogo corporativo, que economizou de R$ 30 milhões a R$ 60 milhões para a Rede RS (Rede Corporativa do Governo do Estado do Rio Grande do Sul), e que interliga 60 órgãos/secretarias/empresas estatais, Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 14 bem como 300 mil funcionários (as) públicos (as). Todos compatíveis com os produtos da Microsoft, padrão de mercado; • Projeto Inclusão Digital com Software Livre: nos últimos três anos atuamos em três programas de inclusão digital. O primeiro deles refere-se ao Programa Via Pública, que são pontos de acesso público à Internet, propiciando a universalização do acesso através de pontos em bibliotecas públicas, centrais de serviços e sedes da Procergs (Companhia de Processamento de Dados do estado do Rio Grande do Sul ). Ainda segundo Mário Teza: “A adoção de Software Livre pela UERGS também é uma questão de respeito aos recursos públicos. Somente com a nossa opção pelo Staroffice e pelo correio eletrônico “Direto”, economizamos, no mínimo, R$ 602.692,09. Além disso, sabemos que se tivéssemos optado pelo uso de software proprietário estes valores seriam gastos novamente para os mesmos equipamentos quase anualmente pelo custo de atualização das novas versões dos programas, além do custo de atualização permanente das memórias das máquinas”. Marcos Mazoni foi o presidente da Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul. Sua avaliação sobre a experiência gaúcha acentua não apenas as vantagens tecnológicas e econômicas, mas também o seu significado. “Como elemento instigante de um debate inovador na sociedade brasileira, tão necessitada de um modelo de negócio que priorize a inteligência nacional, estimule o surgimento de empresas e gere emprego e renda para a população” . Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 15 1.5 LinEX”, o Linux de Extremadura Um dos mais importantes exemplos de uso intensivo de Software Livre da atualidade vem da Espanha, da província de Extremadura, a mais pobre região da Espanha e a segunda menos desenvolvida da Europa ocidental. Em fevereiro de 1998, o presidente da Junta de Extremadura, Juan Carlos Rodríguez Ibarra, anunciou ao Parlamento que seu Governo apostaria suas principais fichas na inserção de sua região na SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO. A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO é um dos maiores ícones do Software Livre no mundo. Junto com o programa de tele centros de São Paulo, Extremadura é grande usuária de uma distribuição do GNU/Linux denominada Debian, a mais livre das distribuições. Buscando recursos da União Europeia, transformaram o programa da sociedade da informação em um conjunto de ações de impacto social, cultural e econômico. Enquanto o governo federal conservador de José Maria Aznar desdenhava a importância de uma clara estratégia tecnológica, Extremadura transformou o uso intensivo das tecnologias da informação em elemento central de suas políticas públicas. Também foram constituídos 33 Centros de Conhecimento, similares aos tele centros paulistanos. O conselheiro de Educação, Ciência e Tecnologia, Luís Millán Vázquez, sempre enfatiza em suas declarações públicas os motivos da opção pelo Software Livre e pela constituição de uma distribuição própria, baseada no Debian, denominada LinEX, o Linux de Extremadura. Figura 3 – Distribuição Linux baseado no Debian, o LinEX, o Linux de Extremadura, Espanha. Fonte: https://www.eldiario.es/turing/software_libre/gnu LinEx-distribucion-Linux-administracion- publica_0_404910301.html Acesso em: 03/10/2018 https://www.eldiario.es/turing/software_libre/gnuLinEx-distribucion-Linux-administracion-publica_0_404910301.html https://www.eldiario.es/turing/software_libre/gnuLinEx-distribucion-Linux-administracion-publica_0_404910301.html https://www.eldiario.es/turing/software_libre/gnuLinEx-distribucion-Linux-administracion-publica_0_404910301.html Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 16 Hoje, Extremadura possui um computador para cada dois estudantes. Todas as salas de aula estão conectadas à Internet. A partir das escolas, o Software Livre caminhou velozmente para a sociedade. A tendência é o avanço do Software Livre, pois, ao contrário do que divulgam os arautos do software proprietário, nenhum adolescente perdeu o emprego por se alfabetizar digitalmente com Software Livre. A experiência de Extremadura evidencia os motivos pelos quais a Microsoft tenta de todas as formas evitar que as escolas utilizem o Software Livre. Distribuir licenças gratuitas para a educação, como muitas vezes faz a Microsoft, visa garantir o aprisionamento da sociedade e de seu mercado ao modelo proprietário. Libertar as escolas representa criar uma massa crítica de usuários de Software Livre que pode criar um efeito em rede, uma migração em cadeia da plataforma proprietária para a plataforma aberta. NOTA Millán Vázquéz relatou que o desenvolvimento do LinEX custou 300 mil euros e que se fosse adquirir licenças de software proprietário para cada um dos 66 mil computadores que foram implantados nas escolas teria de desembolsar 66 milhões de euros. Isto tornaria o programa inviável. Figura 4 – Governo de Extremadura “migrando” para uso de Software Livre. Fonte: http://www.juntaex.es/comunicacion /noticia?idPub=8123#.W8Y5qGhKhPY Acesso em: 05/10/2018 http://www.juntaex.es/comunicacion/noticia?idPub=8123#.W8Y5qGhKhPY http://www.juntaex.es/comunicacion/noticia?idPub=8123#.W8Y5qGhKhPY Administração de Sistema Operacional Aberto(Linux) |Jeferson Artur Vulcanis | 17 Considerações Finais SAIBA MAIS: Quer se aprofundar no tema desta aula? Recomendamos o acesso
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