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Formação das Monarquias Europeias

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A consolidação das monarquias 
na Europa moderna 
A centralização do poder 
Colapso do 
feudalismo 
Ascensão da burguesia e 
decadência da nobreza 
Necessidade do rei: garantia 
de privilégios e interesses 
Ambas não tinham força 
para impor sua hegemonia 
Centralização do poder 
A centralização do poder 
Rei: centralizava o poder com recursos 
da burguesia e o apoio político da nobreza 
Burguesia: apoiou o rei 
visando à unificação de leis, 
moeda, pesos e medidas e 
impostos, atitudes que 
favoreciam o comércio. 
Nobreza: apoiou o rei para 
se proteger de revoltas 
populares e manter suas 
terras e privilégios. 
As bases do Estado moderno 
 Estado: organismo político-administrativo com poder 
sobre um território, responsável pela aplicação das leis 
e pelo controle da justiça e da força armada, assegurando 
assim a obediência ao poder soberano. 
 
 O Estado moderno superou o universalismo da Igreja 
católica e o particularismo do poder feudal durante 
a Idade Média. 
 
 Os Estados surgiram em momentos distintos, e suas funções 
se modificaram ao longo do processo histórico. 
 
 Na Europa ocidental, os Estados modernos se formaram 
entre os séculos XII e XV → Portugal, Espanha, França 
e Inglaterra. 
A formação da Espanha e de Portugal 
 A formação desses Estados se relaciona com a luta pela 
expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica a partir 
do século XI: 
 
• Portugal: depois da expulsão dos muçulmanos, formou-
se o Condado Portucalense. Em 1139, tornou-se 
independente sob liderança de Afonso Henriques → 
nascia o Reino de Portugal. 
• Espanha: os territórios reconquistados deram origem a 
quatro reinos → Leão, Castela, Navarra e Aragão. 
 
Esses territórios foram unificados por meio de guerras 
ou alianças – exemplo de aliança foi o casamento 
de Fernando de Aragão e Isabel de Castela em 1492. 
As monarquias inglesa e francesa 
A formação da monarquia inglesa 
• A Inglaterra unificou-se no século XII sob reinado de Henrique 
II. 
• Sob o reinado de Ricardo Coração de Leão, cresceu a 
insatisfação da nobreza com os custos militares do rei 
→ a nobreza impõe a Magna Carta (1215), limitando o poder 
do rei e de seus sucessores. 
• No século XIII formou-se o Parlamento inglês: Câmara 
dos Lordes (nobres leigos e eclesiásticos) e Câmara dos 
Comuns (baixa nobreza) → tinham função legislativa 
e o controle da cobrança de impostos. 
 A formação da monarquia francesa 
• Na França, a unificação se deu principalmente durante 
a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) → a França, vitoriosa, 
consolidou a monarquia e unificou o território. 
As monarquias europeias no século XVI 
Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 76-77. 
A EUROPA NO SÉCULO XVI 
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180 km 
O fortalecimento do rei 
 Várias mudanças acompanharam o processo de centralização 
do poder real: 
 
• Formação de exércitos profissionais e permanentes. 
• Sistema de cobrança de tributos. 
• Estruturação de uma burocracia estatal. 
 
 A nobreza exercia a maior parte das funções públicas 
em nome do rei, tinha privilégios fiscais e uma situação 
diferenciada na legislação. 
 
 No século XVII, com o absolutismo, o poder dos reis 
atingiu seu auge, já que se alicerçava no controle 
das atividades produtivas, na cobrança de impostos 
e na criação e aplicação das leis. 
Os teóricos do Estado absolutista 
 Cada Estado europeu desenvolveu um absolutismo com 
características próprias, e surgiram teorias filosóficas 
para justificá-lo. 
 
 Os teóricos do absolutismo elaboraram teorias políticas para 
legitimar o poder centralizado dos reis, que também 
expressavam os interesses da burguesia em ascensão e da 
nobreza enfraquecida: 
 
• Nicolau Maquiavel (1469-1527): elaborou os conceitos 
de virtú e fortuna, qualidades necessárias para o príncipe 
exercer o poder com autonomia. 
• Thomas Hobbes (1588-1679): necessidade de um Estado 
forte para proteger o homem do seu estado de natureza 
(que o conduzia à luta pela sobrevivência) por meio de um 
Contrato Social. 
O direito divino dos reis 
 Teorias religiosas → legitimavam o poder absoluto dos reis 
atribuindo-lhe origem divina: 
 
• Jean Bodin (1530-1596): só o poder do rei se legitima 
diante de Deus; o Parlamento não tem legitimidade para 
resolver nenhuma questão. 
• Jacques Bossuet (1627-1704): o poder real é o mais 
natural, o de melhor conservação do Estado e o mais digno, 
já que o trono é de Deus e não do homem. 
 
 Durante o Antigo Regime, diversos rituais relacionados ao 
monarca contribuíam para exaltar a figura do rei e legitimar 
o seu poder. 
O poder dos 
reis absolutistas 
Retrato de Luís XIV, pintura de 
Hyacinthe Rigaud, 1701. Luís XIV ficou 
conhecido como o “Rei-Sol” 
e foi o símbolo máximo do poder 
absolutista na França. 
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Luís XV curando a escrófula, gravura de 
Jean Jouvenet, século XVII. Aos reis 
franceses era atribuída a capacidade de 
fazer milagres, o que reforçava a 
crença no caráter divino de seu poder. 
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O poder dos 
reis absolutistas 
ANOTAÇÕES EM AULA 
Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes 
Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk 
Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves 
Preparação de texto: Mitsue Morrisawa 
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Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna 
 
EDITORA MODERNA 
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Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida 
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Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin 
Editor de arte: Fabio Ventura 
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini 
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres 
Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres 
 
© Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 
Todos os direitos reservados. 
 
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O Renascimento e as 
reformas religiosas 
Mudanças na Baixa Idade Média 
 A partir de meados do século XI, transformações na sociedade 
europeia levaram a uma crise dos valores medievais. 
 
• Renascimento: surgido na Península Itálica, pode ser 
caracterizado como um movimento de renovação no saber, 
nas artes, nas ciências e na política entre os séculos XIV e XVI. 
• Humanismo: pensamento que valorizava a ação, 
a liberdade, o espírito crítico, o talento e a capacidade 
do ser humano de conduzir o seu próprio destino. 
• Os humanistas queriam superar o pensamento medieval, 
retomando a cultura clássica, embora muitas de suas ideias 
fossem herdeiras da era medieval. 
 
 A invenção da prensa permitiu a difusão do pensamento 
humanista e renascentista pela Europa ocidental. 
As características do Renascimento 
 A partir do século XV, o Renascimento espalhou-se por várias 
regiões da Europa, onde apresentou as seguintes 
características: 
 
• Classicismo: retomada dos valores da Antiguidade clássica. 
• Hedonismo: valorização do corpo, dos prazeres terrenos 
e espirituais, culto à beleza e à perfeição. 
• Naturalismo: interesse em retratar o ser humano, os animais 
e a natureza de maneira realista, por meio de estudos de 
anatomia. 
• Racionalismo: busca da verdade pela pesquisa científica. 
• Antropocentrismo: oser humano no centro do universo. 
 
 Os valores renascentistas entraram em choque com os 
princípios católicos, contribuindo para a eclosão de 
movimentos reformadores. 
O desenvolvimento científico 
 O humanismo repercutiu nos campos científicos da 
astronomia, matemática, física e medicina. 
 
 Na astronomia, o grande avanço foi a formulação da 
teoria heliocêntrica pelo astrônomo e matemático 
Nicolau Copérnico. 
 
 A teoria heliocêntrica foi confirmada pelo matemático Galileu 
Galilei e aperfeiçoada pelo alemão Johannes Kepler ao 
comprovar que os planetas giravam em torno do Sol 
em uma órbita elíptica. 
 
 O alquimista e médico Paracelso criou o primeiro manual 
de cirurgia, descrevendo o papel da química na medicina. 
A pintura renascentista 
O nascimento de Adão (detalhe), pintura de 1508-1512, de Michelangelo Buonarroti. 
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A pintura renascentista 
A última ceia, 1495-1498, pintura de Leonardo da Vinci. 
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A arquitetura renascentista 
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Cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiore, em Florença, projeto de Filippo 
Brunelleschi. Foto de 2011. 
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Pietà, século XVI, escultura em mármore de Michelangelo Buonarroti. 
A escultura renascentista 
As críticas à Igreja 
 A Igreja Católica sofreu muitas críticas ao longo da Baixa Idade 
Média, motivadas, principalmente, pelas seguintes práticas: 
• Venda dos cargos eclesiásticos; 
• Despreparo dos clérigos para a vida religiosa; 
• Vida luxuosa do clero. 
Movimentos heréticos na Baixa Idade Média: mistura 
de crítica religiosa e social. 
• Nos séculos XIV e XV, intelectuais como John Wycliffe e Jan 
Huss criticavam a Igreja → eles são considerados precursores 
da Reforma. 
 A formação das monarquias nacionais, o movimento 
renascentista e o crescimento da burguesia ajudaram 
a enfraquecer o poder do papa. 
A Reforma nos principados alemães 
 O teólogo e monge agostiniano Martinho Lutero impulsionou 
a reforma religiosa na Alemanha. 
 
 As concepções de Lutero se difundiram nos principados 
alemães, onde príncipes e outros setores sociais criticavam 
os privilégios e os abusos do clero católico. 
 
 A bula de 1517, em que o papa Leão X permitia a venda de 
indulgências para financiar a construção da Basílica de São 
Pedro, provocou o rompimento → Lutero publicou as 95 Teses. 
 
 Excomungado pelo papa, Lutero foi protegido pelos príncipes 
alemães. 
 
 Lutero condenou o movimento camponês liderado por Thomas 
Münzer que defendia a abolição da servidão e a posse 
comunitária das terras. 
As Reformas calvinista e anglicana 
 Teologia calvinista 
 
• Princípio da predestinação; valorização do trabalho 
e da poupança, vida ascética. 
• Sua teologia agradou a burguesia, trazendo conforto 
espiritual para suas atividades. 
• As ideias calvinistas se espalharam pela Europa ocidental 
e deram origem a várias igrejas reformistas. 
 
 Reforma Anglicana 
 
• Na Inglaterra, o rei Henrique VIII teve apoio dos súditos 
para romper com Roma e criar a Igreja Anglicana em 1531. 
• Com o Ato de Supremacia (1534), o rei tornou-se chefe 
supremo da Igreja na Inglaterra. 
A Reforma Católica 
A Reforma Católica foi uma reação da Igreja de Roma aos 
movimentos protestantes e uma tentativa de disciplinar o 
clero católico. O papa Paulo III convocou o Concílio de 
Trento (1545-1563), que tomou as seguintes resoluções: 
 
•Reafirmação dos dogmas católicos e dos sete sacramentos. 
•Confirmação da transubstanciação, da hierarquia do clero 
e do celibato clerical. 
•Criação do Index de livros proibidos aos católicos. 
 
A Reforma Católica também promoveu a reorganização do 
Tribunal do Santo Ofício (Inquisição), visando combater as 
práticas judaizantes e as igrejas reformadas. 
 
O movimento católico também foi reforçado com a criação da 
Companhia de Jesus, por Inácio de Loyola, em 1540, 
importante na evangelização dos ameríndios. 
O massacre de São Bartolomeu 
A Noite de São Bartolomeu, de François Dubois, do século XVI. A pintura de Dubois 
representa o massacre de 3 mil calvinistas franceses, os huguenotes, por ordem da 
família real católica da França, ocorrido na noite de 24 de agosto de 1572. 
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A expansão ultramarina 
europeia e o mercantilismo 
 As viagens foram iniciadas no século XV com os seguintes 
objetivos: 
 
• Econômicos: metais preciosos e especiarias. 
• Políticos: ampliação territorial. 
• Religiosos: expansão da fé cristã. 
• Aventureiros: busca pelo desconhecido. 
 
 Os avanços técnicos, a partir do século XV, ampliaram as 
possibilidades dessas viagens: caravela, cartografia, 
bússola e astrolábio. 
As motivações para a expansão 
marítima europeia 
O expansionismo dos povos ibéricos 
 Em Portugal e Espanha, a expansão ultramarina atendia aos 
interesses de diferentes setores sociais: 
 
• Realeza: busca por novas fontes de renda. 
• Nobreza e burguesia: conquista de territórios e ampliação 
do comércio. 
• Igreja Católica: conquista de fiéis por meio da catequese. 
 
 O pioneirismo português pode ser explicado por vários fatores: 
 
• Centralização precoce do poder monárquico. 
• Escassez de recursos naturais. 
• Existência de uma burguesia mercantil enriquecida. 
• Liderança tecnológica para a navegação. 
• Expansão da fé cristã. 
• Espírito aventureiro dos navegadores. 
As viagens marítimas ibéricas 
 O pioneirismo ibérico levou a Igreja a intermediar um acordo 
entre Portugal e Espanha, o Tratado de Tordesilhas (1494), 
que dividia as terras descobertas (ou por descobrir) entre os 
dois reinos. 
As viagens marítimas ibéricas 
Fontes: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991. p. 46; PARKER, Geoffrey. Atlas de história universal. Lisboa/São Paulo: Times/Verbo, 1997. p. 74-75. 
VIAGENS MARÍTIMAS (SÉCULOS XV E XVI) 
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1.890 km 
O novo mundo e a Europa 
 A expansão ultramarina transformou a Europa e a América: 
a nova geografia revolucionou o comércio e deslocou o eixo 
econômico do Mediterrâneo para o Atlântico. 
 Na América,os europeus introduziram suas técnicas, 
instituições, religião e também levaram plantas, animais e 
doenças até então desconhecidos nessas regiões. 
Conhecimentos e produtos americanos também foram 
levados para a Europa, passando a fazer parte do cotidiano 
de muita gente. 
 O contato entre índios e europeus gerou espanto. Os índios 
eram vistos como criaturas demonizadas que deveriam ser 
catequizadas. 
 Os europeus buscaram impor a sua visão de mundo aos 
índios pois se consideravam escolhidos por Deus para 
realizar essa missão. 
Colombo chega 
à América 
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O desembarque de Cristovão 
Colombo na América, gravura de 
Theodore de Bry, 1594. 
Significado e práticas do mercantilismo 
 Os novos mercados abertos pela expansão marítima e o 
domínio de áreas na Ásia, na África e na América fizeram 
do comércio a maior fonte de riqueza dos Estados 
europeus e deram origem ao mercantilismo: 
 
• Também chamado de política econômica do capitalismo 
comercial: conjunto de práticas e ideias econômicas 
predominantes nos Estados europeus durante a Era 
Moderna (século XV ao XVIII). 
 
 Entre as práticas mercantilistas, destacam-se: 
 
• Intervenção estatal na economia. 
• Busca de uma balança comercial favorável. 
• Metalismo e elevação das tarifas alfandegárias. 
• Colonialismo e exclusivo comercial metropolitano. 
O desenvolvimento comercial sob o 
mercantilismo 
Note a intensa movimentação de barcos e pessoas no porto de Palma 
de Maiorca, Espanha, século XVI. 
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O mercantilismo nos países europeus 
Portugal Espanha 
Monopólio do comércio das 
especiarias do Oriente e, 
mais tarde, política 
colonialista na América 
Exploração dos metais da 
América com a adoção de 
medidas protecionistas para 
evitar a saída de metais 
preciosos e promover 
a indústria nacional 
Metalismo 
O mercantilismo nos países europeus 
França Inglaterra 
(Século XVIII) 
Desenvolvimento 
da manufatura 
Estímulo à manufatura 
de tecidos e ao domínio 
do comércio mundial 
(Atos de Navegação) 
Industrialismo 
ou colbertismo 
Comercialismo 
Estados germânicos Holanda 
Aumento dos impostos 
e controle das atividades 
produtivas 
•Estímulo ao comércio 
por meio da Companhia 
das Índias Orientais e a 
das Índias Ocidentais 
 
• Fornecimento de crédito 
(Banco de Amsterdã) 
 
• Manufaturas Cameralismo 
O mercantilismo nos países europeus 
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Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk 
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As culturas indígenas 
americanas 
Culturas indígenas 
da América 
pré-colombiana 
Fonte: SALMORAL, Manoel Lucena. América – 1492: retrato de 
un continente hace quinientos años. Madri: Anaya, 1990. p. 10. 
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970 km 
POVOS PRÉ-COLOMBIANOS 
Sociedades de caçadores, coletores 
e agricultores 
 Trabalho distribuído de acordo com sexo e idade. 
 
 Instrumentos e armas feitos de madeira, pedra e osso. 
 
 O fogo era fundamental para a sobrevivência do grupo. 
 
 As construções eram feitas de madeira, cipó e capim. 
 
 A liderança das aldeias era exercida pelos xamãs ou pajés, 
que tinham poderes religiosos e de cura. 
 
 Cada sociedade indígena podia se dividir em várias aldeias. 
 
 Algumas comunidades estavam organizadas em clãs, grupos de 
pessoas que acreditavam descender de um ancestral comum. 
 Essas comunidades não deixaram registros escritos: 
sua história foi reconstituída com base no estudo de 
restos arqueológicos (cerâmicas, pinturas rupestres 
e sambaquis). 
Sociedades de caçadores, coletores 
e agricultores 
Os sioux da América do Norte 
 Habitavam o norte dos atuais Estados Unidos e dividiam-se 
em três grupos: santees, yanktons e tétons. 
 
 Disputavam espaço com outras tribos, principalmente pela 
caça do bisão e do búfalo. 
 
 Cada nação indígena tinha sua própria língua. 
 
 A introdução do cavalo pelos espanhóis contribuiu para um 
processo de sedentarização, permitindo maior dedicação 
aos rituais religiosos e mágicos. 
 
Os Tupi-guarani da América do Sul 
 Dividiam-se em vários povos como Tupinambá, Caeté, 
Potiguar, entre outros. 
 Viviam em aldeias de centenas de pessoas. 
Móveis e utensílios eram feitos de madeira, pedra e osso. 
 Eram caçadores, coletores e agricultores. 
 Cultivavam especialmente mandioca, batata-doce, abóbora 
e milho. 
 Não tinham autoridade formal constituída, mas os guerreiros 
mais fortes eram prestigiados. 
 Tinham como princípios religiosos a reencarnação e a crença 
em maus espíritos. 
 Praticavam a antropofagia para adquirir a força dos 
guerreiros inimigos e vingar parentes mortos nas guerras. 
Os povos indígenas do Brasil 
Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de 
Janeiro: FAE, 1991. p. 12. 
CULTURAS INDÍGENAS DO BRASIL 
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 320 km 
As grandes civilizações pré-colombianas 
 Quando os espanhóis chegaram à América, depararam-se 
com civilizações muito complexas na Mesoamérica 
e nos Andes → eram os maias, os astecas e os incas. 
As grandes civilizações pré-colombianas 
ALGUMAS CIVILIZAÇÕES AMERICANAS 
Fonte: Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991. p. 12. 
 500 km 
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As grandes civilizações pré-colombianas 
POVOS DOS ANDES 
Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003 p. 238. 
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 470 km 
Os astecas 
 A civilização asteca formou-se em terras do atual México. 
Absorveu a cultura dos maias e dos olmecas, civilizações 
que floresceram anteriormente. 
 
 No século XVI, quando os espanhóis pisaram em terras do 
atual México, os astecas formavam um poderoso império 
na região. 
 
 Principais características da civilização asteca: 
 
• Política: império militar sob comando do imperador. 
• Social: estratificação – nobreza, comerciantes, artesãos, 
camponeses, escravos e prisioneiros de guerra. 
• Econômica: organizada em torno da agricultura, mas 
com uma atividade comercial e urbanização significativas. 
A grande cidade de 
Tenochtitlán (detalhe), 
de Diego Rivera, 1945. 
Palácio Nacional, Cidade 
do México. Tenochtitlán 
era uma das cidades 
mais desenvolvidas do 
mundona época. 
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A cidade de Tenochtitlán 
Os maias 
 A civilização maia desenvolveu-se entre os séculos IV e X 
no sul do México e na América Central. 
 
 Principais características da civilização maia: 
 
• Política: organizada em cidades-Estado independentes. 
• Social: dividida entre população comum, formada 
principalmente de camponeses, e camadas privilegiadas, 
constituídas pelos governantes, guerreiros e sacerdotes. 
• Econômica: baseada na agricultura, com destaque para 
o cultivo de milho. 
 
 Os maias desenvolveram complexos conhecimentos de 
matemática e astronomia, que lhes permitiram elaborar 
um sofisticado calendário. 
Os incas 
 O mais extenso império da América pré-colombiana ocupava 
boa parte das terras em torno da Cordilheira dos Andes. 
 
 Os incas viviam sob uma monarquia teocrática hereditária. 
O Inca (soberano) era considerado descendente do Sol. 
 
 Havia uma aristocracia de altos funcionários do Estado, da 
etnia quíchua, e de descendentes dos povos incorporados ao 
império. 
Os incas 
 A unidade de produção agrícola básica era o ayllu, constituído 
por um conjunto de famílias unidas por laços de parentesco. 
 
 O chefe do ayllu era o Kuraka, responsável por distribuir as 
terras e mediar os conflitos no grupo. 
 
 As cidades, como Cuzco e Machu Picchu, eram ricas na sua 
arquitetura. 
 
 Os incas desenvolveram a astronomia e a matemática, 
especialmente o método contábil chamado de quipu. 
ANOTAÇÕES EM AULA 
Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Claudia Fernandes 
Elaboração: Leandro Torelli e Gabriel Bandouk 
Edição de texto: Maria Raquel Apolinário, Vanderlei Orso e Gabriela Alves 
Preparação de texto: Mitsue Morrisawa 
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini 
Iconografia: Aline Reis Chiarelli, Leonardo de Sousa Klein e Daniela Baraúna 
 
EDITORA MODERNA 
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Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida 
Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio 
Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Coltri Fernandes 
Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin 
Editor de arte: Fabio Ventura 
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini 
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres 
Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres 
 
© Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 
Todos os direitos reservados. 
 
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www.moderna.com.br 
2012 
http://www.moderna.com.br/
A África dos grandes 
reinos e impérios 
 África pré-colonial: período entre os séculos IX e XIX 
→ surgimento de importantes civilizações com língua, política, 
economia, cultura e costumes diversos. 
 
 Na África subsaariana se desenvolveram importantes reinos, 
beneficiados pelo próprio comércio transaariano: 
 
• Reino de Gana → surgiu no século III graças 
ao comércio com os árabes → seu apogeu se deu entre 
os séculos VII e XI → a expansão da cultura islâmica 
e as revoltas dos povos dominados enfraqueceram o Reino de 
Gana, incorporado ao Reino do Mali no século XIII. 
• Reino do Mali → desenvolveu-se entre os séculos XIII e XVI 
→ constituiu-se no principal centro cultural da África 
subsaariana, em especial na cidade de Timbuctu: com 
universidades, bibliotecas e magníficas mesquitas. 
Os reinos sudaneses 
Iorubas → povos de língua e cultura semelhantes que 
ocupavam a região da atual Nigéria e do Benin → a maioria 
dos escravos trazidos à Bahia eram iorubas → importantes 
para a cultura afro-brasileira. 
 
Entre as sociedades dos povos iorubas, destacamos: 
 
Cidade-Estado de Ifé 
 
• Vestígios arqueológicos indicam que Ifé surgiu como um 
conjunto de aldeias por volta do século VI. 
• Ganhou importância pela posição geográfica estratégica, 
transformando-se num entreposto comercial. 
• Foi um centro religioso tradicional e tinha uma arte 
refinada com esculturas em bronze, cobre e terracota. 
Os reinos iorubas 
Reino do Benin 
 
• Surgiu a sudeste de Ifé entre os séculos XII e XIII. 
• Habitada pelos povos edos, a região do Benin se dividia 
em diversos miniestados que, aos poucos, foram unidos 
por alianças ou conquistas até surgir uma monarquia. 
• No século XV, Benin expandiu o seu território e ampliou o 
comércio com os europeus, fornecendo, em especial, 
escravos, tecidos, marfim e pimenta. 
• A riqueza do reino se traduziu na arte, com a confecção 
de esculturas em cobre e bronze. 
• O reino foi desintegrado apenas no fim do século XIX, 
pelos ingleses. 
Os reinos iorubas 
O povo banto 
 O povo banto tem origem pré-histórica e ocupou o centro-sul 
africano por volta do ano 1000 a.C. → muitos dos escravos 
trazidos para o Brasil eram bantos. 
 
 Reino do Congo 
 
• Estabeleceu fortes relações com os portugueses desde o século 
XV, quando o navegador Diogo Cão esteve na região e 
estreitou relações entre os dois reinos por meio do comércio. 
• Portugal passou a influenciar o manicongo (nome dado ao rei 
do Congo) e manteve comércio ativo com o reino congolês. 
• Os portugueses converteram o manicongo ao cristianismo, o 
Congo se tornou um reino cristão e expandiu a nova fé por 
outras partes da África. 
• Na segunda metade do século XVI, as relações entre Portugal e 
Congo entraram em declínio. 
Principais reinos africanos 
(século IX a XVII) 
PRINCIPAIS REINOS AFRICANOS (SÉCULO IX A XVII) 
Fonte: PARKER, Geoffrey. Atlas Verbo de história universal. Lisboa: Verbo, 1997. p. 54-55. 
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650 km 
A vida familiar e religiosa 
 Família 
• A fertilidade era aspecto essencial → mulheres férteis eram 
disputadas. Homens ricos podiam se casar com várias 
mulheres e ter centenas de filhos. 
 Religião 
• Muitos povos africanos cultuavam elementos da natureza, 
como os rios, as pedras, os animais, as árvores e o Sol. 
• Acreditavam na vida após a morte e alguns deles 
sepultavam os mortos com seus pertences. 
• Entre os iorubas havia os orixás, divindades vinculadas a 
elementos da natureza, aos quais se atribuíam poderes 
divinos. 
• Muitas regiões da África foram islamizadas durante 
o processo de expansão árabe → sincretismo do islã 
com as práticas e crenças das religiões tradicionais. 
 A escravidão na África era praticada desde os tempos 
mais remotos. 
 
 Os escravos eram considerados bens que podiam ser 
comprados e vendidos → a escravidão teve início na África com 
a prática das guerras → os prisioneiros eram escravizados. 
 
 Obtinham-se escravos também pelo sequestro e como pena 
pela condenação de crimes. 
A escravidão na África 
e o comércio transatlântico de escravos 
 Com a chegada dos europeus, o comércio de escravos 
se tornou o negócio fundamental do Atlântico, mudando a 
história da África. 
 
 Os portugueses, primeiros exploradores, estabeleceram acordos 
com as elites africanas para organizar o que ficou conhecido 
como tráfico negreiro. 
 
 Entre os séculos XV e XIX, milhões de africanos foram trazidos 
à América como escravos. 
A escravidão na África 
e o comércio transatlântico de escravos 
O comércio transatlântico de escravos 
Negros no porão do navio, de Johann Moritz Rugendas, gravura retirada da obra 
Viagem pitorescaatravés do Brasil, de 1835. Note as condições em que os 
africanos escravizados eram transportados para a América. 
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Desembarque de africanos 
na América (1601-1850)* 
Fonte: ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil 
no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 43. 
Antilhas 
Francesas 
América 
britânica e 
Estados 
Unidos 
América 
Espanhola 
Brasil 
1601-1625 — — 75,0 150,0 
1626-1650 2,5 20,7 52,5 50,0 
1651-1675 28,8 69,2 62,5 185,0 
1676-1700 124,5 173,8 102,5 175,0 
1701-1720 166,1 179,9 90,4 292,7 
1721-1740 191,1 249,1 90,4 312,4 
1741-1760 297,8 367,8 90,4 354,5 
1761-1780 335,8 421,1 121,9 325,9 
1781-1810 457,4 691,0 205,3 652,1 
1811-1830 76,7 12,4 281,3 759,1 
1831-1850 0,6 10,2 261,6 712,7 
* Em milhares de indivíduos 
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