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Introdução a fisiologia

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Homeostasia 
O corpo monitora seu estado interno e toma medidas 
para corrigir perturbações que ameacem a sua função 
normal. 
Para animais multicelulares, o meio interno é o 
ambiente aquoso interno que circunda as células. É um 
“mar interno”, dentro do corpo, chamado de líquido 
extracelular. O líquido extracelular (LEC) funciona 
como um meio de transição entre o ambiente externo de 
um organismo e o líquido intracelular (LIC), encontrado 
no interior das células. Como o líquido extracelular é 
uma zona de tamponamento entre as células e o mundo 
externo, os processos fisiológicos elaborados evoluíram 
para manter a composição do LEC relativamente 
estável. 
Quando a composição do líquido extracelular varia 
além do seu intervalo normal de valores, são ativados 
mecanismos compensatórios para tentar fazer o líquido 
retornar ao estado normal. Por exemplo, quando você 
ingere um grande volume de água, a diluição do seu 
líquido extracelular dispara um mecanismo que faz seus 
rins removerem o excesso de água, protegendo as suas 
células de um possível inchaço devido ao influxo de 
água. A maioria das células dos animais multicelulares 
não tolera muitas mudanças. Elas dependem da 
constância do líquido extracelular para manter a sua 
função normalizada. 
 
 
 
 
 
Introdução à Fisiologia 
Quando os fisiologistas falam sobre homeostasia eles 
estão referindo-se à estabilidade, ou constância, do meio 
interno do corpo – em outras palavras, à estabilidade do 
compartimento de líquido extracelular (LEC). O plasma 
faz parte do compartimento de líquido extracelular e sua 
composição pode ser facilmente analisada. É muito 
mais difícil acompanhar o que está acontecendo no 
compartimento de líquido intracelular (LIC), embora as 
células também mantenham uma homeostasia celular. 
Em um estado de homeostasia, a composição de ambos 
os compartimentos do corpo é relativamente estável. 
Essa condição é um estado de estabilidade dinâmica. O 
termo dinâmico indica que as substâncias estão 
constantemente se movendo de um lado para outro entre 
os dois compartimentos. 
Para manter a homeostasia, o corpo humano monitora 
certas funções-chave, como a pressão arterial e a 
glicemia, as quais devem permanecer dentro de um 
intervalo de operação específico se o corpo deseja se 
manter saudável. Essas importantes variáveis reguladas 
são mantidas dentro de seu intervalo aceitável (normal) 
por mecanismos de controle fisiológico ativados se a 
variável se distanciar muito do seu ponto de ajuste, ou 
valor ótimo. Existem dois padrões básicos de 
mecanismos de controle: controle local e controle 
reflexo de longa distância. 
Na forma mais simples, todos os sistemas de controle 
possuem três componentes: 
(1) um sinal de entrada; 
(2) um controlador, ou centro integrador, que integra a 
informação aferente e inicia uma resposta apropriada; e 
(3) um sinal de saída que produz uma resposta. 
Controle local 
Está restrito ao tecido ou à célula envolvida. No controle 
local, uma mudança relativamente isolada ocorre em um 
tecido. Uma célula próxima ou um grupo de células 
detecta a mudança em suas imediações e responde, 
normalmente com a liberação de alguma substância 
química. A resposta fica restrita à região onde a 
mudança ocorreu – por isso o termo controle local. 
Um exemplo de controle local pode ser observado 
quando a concentração de oxigênio em um tecido 
diminui. As células que revestem os pequenos vasos 
sanguíneos que levam sangue àquela área detectam a 
concentração reduzida de oxigênio e respondem, 
secretando um mensageiro químico. Esta molécula 
sinalizadora se difunde até a musculatura lisa da própria 
parede do vaso, levando uma mensagem que diz para 
essa musculatura relaxar. O relaxamento da 
musculatura aumenta o diâmetro (dilata) do vaso, 
aumentando o fluxo sanguíneo para o tecido e, 
consequentemente, levando mais oxigênio àquela área. 
O controle reflexo utiliza sinalização de longa 
distância 
O termo controle reflexo será utilizado para se referir a 
qualquer via de longa distância que utilize o sistema 
nervoso, o sistema endócrino ou ambos. Por exemplo, a 
manutenção adequada da pressão arterial para distribuir 
o sangue por todo o corpo é muito mais uma questão 
sistêmica do que local. 
Um reflexo fisiológico pode ser dividido em duas 
partes: uma alça de resposta e uma alça de 
retroalimentação. 
 
Assim como no sistema de controle simples, recém-
descrito, uma alça de resposta tem três componentes 
primários: um sinal de entrada, um centro integrador 
para integrar o sinal e um sinal de saída. 
O lado de entrada da alça de resposta começa com a 
chegada de um estímulo – a alteração que ocorre quando 
a variável regulada se afasta do intervalo desejado. Um 
sensor especializado monitora a variável. Se o sensor 
for ativado pelo estímulo, ele envia um sinal de entrada 
para o centro integrador. O centro integrador avalia a 
informação recebida do sensor e gera um sinal de saída. 
O sinal de saída direciona-se a um alvo responsável por 
produzir uma resposta. Se bem-sucedida, essa resposta 
leva a variável regulada de volta ao intervalo desejado 
de valores. 
 
Figura: etapas de uma via reflexa. 
Uma alça de retroalimentação, na qual a resposta 
“retroalimenta” o sistema, influenciando a entrada da 
via reflexa. No exemplo do aquário, ligar o aquecedor 
aumenta a temperatura da água. O sensor monitora 
continuamente a temperatura e envia essa informação 
para a caixa de controle. Quando a temperatura 
ultrapassa o valor máximo aceitável, a caixa de controle 
desliga o aquecedor, encerrando a resposta reflexa. 
Na maioria dos reflexos, as alças de retroalimentação 
são homeostáticas – isto é, são programadas para manter 
o sistema no ponto de ajuste ou próximo dele, fazendo 
a variável manter-se relativamente estável. Uma via em 
que a resposta se opõe ou remove o sinal é conhecida 
como retroalimentação negativa. As alças de 
retroalimentação negativa estabilizam a variável 
regulada e, assim, auxiliam o sistema na manutenção da 
homeostasia.

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