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UNIVERSIDADE DAS ROSAS (NOME FICTICIO) BACHARELADO EM ENFERMAGEM RAFAELA ROSA DE SOUSA PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA NOTIFICADOS NO ESTADO DO ACRE TERESINA-PI 2021 RAFAELA ROSA DE SOUSA PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA NOTIFICADOS NO ESTADO DO ACRE Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina de projeto de Trabalho do Curso de Enfermagem da Universidade das Rosas como requisito de aprovação. Orientador (a): Nome do Orientador (a) TERESINA-PI 2021 Sumário RESUMO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA..........................Erro! Indicador não definido. 1.2 HIPOTESE.....................................................................................................6 1.3 JUSTIFICATIVA............................................................................................6 2.0 OBJETIVOS..................................................................................................7 2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................7 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................7 3.0 METODOLOGIA............................................................................................7 3.1 TIPO DE ESTUDO........................................................................................7 3.2 LOCAL DE ESTUDOS..................................................................................7 3.3 POPULAÇÃO DE ETSUDO..........................................................................8 3.4 COLETA DE DADOS....................................................................................8 3.5 VARIÁVEIS DE O ESTUDO..........................................................................8 3.6 ANALISE DOS DADOS................................................................................8 3.7 ASPECTOS ÉTICOS.....................................................................................9 4 RESULTADOS ESPERADOS.........................................................................9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................11 APÊNDICES E ANEXOS..................................................................................13 1. CRONOGRAMA............................................................................................14 2. FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA DO SINAN....15 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA NOTIFICADOS NO ESTADO DO ACRE INTRODUÇÃO: As intoxicações exógenas são consideradas um problema de saúde pública que acometem anualmente cerca de 1,5% a 3,0% da população mundial. OBJETIVO GERAL: Analisar o perfil epidemiológico das notificações de intoxicação exógena ocorridas no Estado do Acre no período de 2007 a 2020. MATODOLOGIA: Esta pesquisa trata-se de um estudo observacional transversal retrospectivo descritivo, desenvolvido no Estado do Acre, os dados serão coletados no site do DataSUS, a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) entre os casos notificados nos anos de 2007 a 2020. EXPECTATIVA: Espera-se que com desenvolvimento dessa pesquisa possa-se resultar em uma análise da prevalência dos casos de intoxicações exógena ocorridos no Estado do Acre, Amazônia Ocidental, além de obter mais conhecimento sobre as intoxicações exógenas contribuindo na elaboração de mais trabalhos e consequentemente mais informações e estratégias para prevenção e manejo de tais intoxicações. Dessa forma, espera-se contribuir para otimização do número de óbitos existentes devido a tais intoxicações. PALAVRA-CHAVE: Epidemiologia; Intoxicação exógena; Agentes tóxicos; DataSUS. 5 1. INTRODUÇÃO As intoxicações exógenas acometem anualmente cerca de 1,5% a 3,0% da população mundial, sendo considerado um problema de saúde pública. No Brasil, esse número equivale a cerca de 4,8 milhões de casos a cada ano e em aproximadamente, 0,1 a 0,4% das intoxicações resultam em óbito (ALVIM, 2020; e CARVALHO, 2017). As intoxicações são efeitos deletérios de substâncias químicas no organismo que ocasiona danos a saúde dos indivíduos, sendo manifestado através dos sinais e sintomas, produzidos quando um ou mais agentes tóxicos entram em contato com o organismo (SILVA, 2020). De acordo com BATISTA, (2017) as intoxicações é a manifestação clínica de efeitos adversos em organismos vivo como resultado de balanço fisiológico causado por mudanças químicas no corpo decorrente da interação com substâncias químicas endógenas ou exógenas. Sabe-se que as substâncias químicas endógenas são aquelas ocasionadas por um desequilíbrio fisiológico do próprio organismo, já as substâncias exógenas são aquelas que surgem em decorrência de exposição a substâncias não produzidas pelo próprio organismo (BATISTA, 2017 e LIMA, 2020). Sendo assim, as exposições a substâncias químicas e toxinas que resultam em intoxicações e envenenamentos afetam todos os gêneros de todas as idades, em condições não intencionais ou intencionais, tais como os acidentes domésticos, ocupacionais e ambientais; e em circunstâncias intencionais, como, por exemplo, as lesões autoinfligidas, suicídios, homicídios e agressões (COSTA, 2019). De acordo com VALADARES (2016), as intoxicações exógenas (IE) por substâncias químicas compõem a lista de doenças e agravos de notificação compulsória (Anexo da Portaria MS/GM nº 1.271/2014), devendo a simples suspeita de exposição ou efeito nocivo à saúde humana ser notificada à autoridade de saúde pública (Anexo 01). Para todo caso notificado deverá ser realizada a investigação para definição do caso. A realização dessa investigação acontece no preenchimento da Ficha de Investigação de Intoxicação Exógena do SINAN (Anexo 01),onde são indispensável a obtenção de informações, com descrição das características do indivíduo afetado, informando período de tempo, local de ocorrência e circunstâncias da exposição, 6 entre outro dados que são solicitados, na qual todos os campos devem ser criteriosamente preenchidos (VALADARES, 2016). Sabe-se que o preenchimento da Ficha de Investigação de Intoxicação Exógena do SINAN é de suma importância, pois a partir da notificação uma serie de medidas é gerada com objetivo de determinar o local de disseminação inicial (se for caso), sua extensão, como estar sendo disseminado e o que fazer par interromper o ciclo de propagação, buscando-se a adoção de medidas de preventivas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). 1.1 CONTEXTUALIZAÇÕES DO PROBLEMA DE PESQUISA Qual o perfil epidemiológico dos casos de intoxicações exógenas no Estado do Acre? 1.2 HIPOTESE É alta a ocorrência de notificações de intoxicações exógenas no Acre. 1.3 JUSTIFICATIVA Sabe-se que as intoxicações são consideradas um problema de saúde pública, aonde varias pessoas vão a óbitos todos os anos. Sendo assim, juga-se necessário conhecer melhor a prevalência das intoxicações exógena, bem como a sua evolução nos últimos anos, sendo de fundamental importância na área da saúde. Conhecer os agentes tóxicos frequentemente envolvidos bem como as faixas etárias mais acometidas é de grande valia para planejamento de campanhas de prevenção e conscientização, com vistas a prevenção de acidentes ou mesmo um melhor treinamento para otimização do manejo desses eventos. Com a atual crise que estamos enfrentando devido a pandeia do COVID-19, onde milhares de pessoas tiveram que mudar de rotina e se isolarem em suas residências o que de fato podem aumentar a exposição acertos agentes tóxicos como produtos domésticos e medicações, em especial as crianças que deixaram de frequentar as escolas permanecendo confinadas em suas residência o que também pode ser considerado um risco. 7 Diante disso, observa-se que há uma escassez de estudos sobre intoxicações exógenas no Acre, Amazônia Ocidental brasileira, tornando-se importante ampliar o conhecimento a respeito do tema. 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL Analisar o perfil epidemiológico das notificações de intoxicação exógena ocorridas no Estado do Acre no período de 2007 a 2020. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Levantar o total de casos das intoxicações exógenas no estado do Acre no período de 2007 a 2020; - Descrever os casos de intoxicação exógenas quanto ao município de ocorrência, faixas etárias e agentes tóxicos envolvidos; - Verificar a evolução clínica dos casos e o percentual de cura e óbito. 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 INTOXICAÇÃO EXÓGENA As intoxicações exógenas (IE) também conhecidas como envenenamento exógeno são manifestações patológicas causadas pela interação do sistema biológico com substâncias tóxicas, e podem ocorrer pela ingestão ou contato do agente tóxico com a pele, os olhos ou as mucosas (FREITAS, 2020). Acredita-se que as IE de forma não intencional e ostensiva possui maior prevalência nos países desenvolvidos, com incidência anual de 0,2 a 0,9 por 1.000 pessoas. Sua etiologia pode surgir de diversas fontes, como, ingestão de alimentos contaminados, o uso de medicações sem receitas, orientação medica sem o conhecimento de dose, posologia e indicações, fatores patológicos ou fatores exógenos causados pelo ambiente (TOSCANO, 2016; CARVALHO, 2017). De acordo com a portaria numero 2.472, de 31 de agosto de 2010, define intoxicação aquela causada por substâncias químicas incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e mentais pesados, sendo agravos e envenenamento em saúde publica de notificações compulsórias em todo território nacional e registrado no Sistema de Informação de Agravos e Notificações - SINAN (MARASCHIN, 2020). 8 Dentre as classes de agentes tóxicos, os tipos de intoxicação mais comuns são o uso de medicamentos, agrotóxicos, drogas ilícitas, raticidas, saneantes, alimentos e bebidas. Tais substâncias podem ocasionar diversos danos à saúde do individuo, podendo causar sequela ou evoluírem para óbito, no Brasil a taxa de mortalidade por diferentes agentes tóxicos é inferior a 0,1% (LEÃO, 2020). E notório que o uso de substâncias tóxicas é antigo e segundo o médico e químico suíço Theophrastus Phillippus Aureolus Bombastus Von Hohenheim “… Todas as substâncias são venenos, não há nada que não seja veneno, a dose correta diferencia um veneno de um remédio...” (MEDINA, 2020). Sendo assim, as manifestações clínicas variam de acordo com o organismo de cada individuo, dependendo do principio ativo, da quantidade de substância química absorvida, do tempo de absorção, da toxidade do produto, da suscetibilidade do organismo e do tempo decorrido entre a exposição e o atendimento médico, podem ser classificadas como intoxicações aguadas ou crônicas e poderão se manifestar de forma leve, moderada e grave (MAIA, 2019). Os sinais e sintomas mais comuns são alergias, sonolência, agitação psicomotora, taquicardia, vômito, distúrbios gastrointestinais, respiratórios, endócrino, reprodutivos, neurológicos e neoplasias. (RAMOS, 2017; RODRIGUES, 2021). Os casos de intoxicação exógena desempenham um papel importante no contexto dos acidentes em geral e cabe ao médico assistente investigar não só o agente responsável pela intoxicação, mas também a via que a mesma ocorreu, a quantidade do produto, o tempo decorrido desde o contato e, principalmente, levar em consideração o exame físico (COELHO, 2018). As IE são uma preocupação no que se diz a respeito da saúde dos indivíduos, pois elas se encontram entres os três principais meios utilizados em tentativas de suicídio, no entanto a morte por intoxicação é considerada evitável, na qual a atenção à vítima de IE é de fundamental importância na recuperação. Portanto, o cuidado em saúde deve estar voltado para as medidas de prevenção e redução de novos casos (MELO, 2020; VELOSO , 2017; MIRANDA, 2020). 3.2 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENA As intoxicações é considerada um importante agravo de saúde pública e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 1,5% a 3% 9 da população é acometida por Intoxicação Exógena (IE) todos os anos (NERY, 2020). No Brasil, as intoxicações atingem cerca de 4.800.000 casos anualmente, destes, mas de 70% são agudas (ocorrem antes das primeiras 24h), e 90% são devidas as exposições a substâncias tóxicas (por via oral) onde aproximadamente 0,1 a 0,4% evoluem para óbito (PALHANO, 2020;RODRIGUES, 2021). De acordo com MARASCHIN (2020), 60% das IE no Brasil são causadas pela ingestão de medicamentos, de forma proposital por tentativas de suicídios sobressaindo-se as acidentais que têm como principais vítimas as crianças menores de três anos de idade. FREITAS (2020) relata que o Brasil é um dos principais consumidores de agrotóxicos do mundo, sendo este, uma das substâncias causadoras das Intoxicações Exógenas. De acordo com sua pesquisa foram notificados 3.122 casos suspeitos de intoxicação exógena por agrotóxicos no Rio Grande do Sul, nos anos de 2011 a 2019, sendo que a maior taxa de notificação foi verificada em 2018: 7,56 casos por 100 mil habitantes. AGUIAR (2020) descreve que na Bahia, entre os anos de 2013 a 2017 houve 18.598 casos de intoxicação exógena, tendo com um dos principais agravantes as intoxicações exógenas acidentais correspondem 3.769 casos, sendo que a população de 0 a 14 anos foi responsável por 2.494 notificações equivalentes a 13,4% de todos os casos de intoxicação exógena e 66.1% dos casos da circunstância acidental. BURITY (2019) caracteriza que os seres humanos são constantemente expostos a substâncias tóxicas encontradas no meio ambiente, decorrente do uso inadequado e abusivo pela população urbana e/ou rural em seu ambiente de trabalho, como por exemplo, os agrotóxicos utilizados na produção agrícola. Sabe- se que os agrotóxicos produzem efeitos nocivos ao manipulador que variam de acordo com o princípio ativo, a dose absorvida, a forma de exposição e as características individuais da pessoa exposta. Diante disso, é imprescindível o desenvolvimento epidemiológico para identificação e notificações de casos de Intoxicação exógena (IE), sendo de grande relevância para a saúde, pois norteia as ações de prevenção, promoção e reabilitação (RODRIGUES, 2021). 10 A Vigilância Epidemiológica (VE) é uma das ações que faz parte do conjunto de ações da vigilância em saúde. Sendo definida pela a Lei n° 8.080/90 como “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos” (LIMA, 2017). 3.3 A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃOS- SINAN As intoxicações exógenas (IE) constituem problema de saúde pública mundial, possuindo diferentes aspectos geográficos, sociais, econômicos e culturais que geram perfis diferentes entre os países (PEREIRA, 2020). Investigar o perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena notificados no Estado do Acre é possível em razão da existência do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sendo disponível em todos os municípios e estados, permitindo a consolidação dos dados, avaliação e monitoramento das ações relacionadas ao controle da doença no país (ROCHA, 2020). De acordo com MARQUES (2020) as informações disponíveis pelo SINAN possibilitam o monitoramento espaço-temporalde epidemias nos pais, subsidiando as ações para sua prevenção e controle em todo território nacional. CANTO (2020) enfatiza que os dados de notificação são coletados nos estabelecimentos de saúde, a partir do preenchimento das fichas investigação de doenças e agravos do SINAN e do boletim mensal de acompanhamento do paciente, sendo assim esses dados transmitidos e processados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). ROCHA (2020) relata que as notificações podem ser realizadas por cidadãos e profissionais da área da saúde, desde unidades básicas de saúde (UBS), secretarias municipais e estaduais até o Ministério da Saúde. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm 11 4. METODOLOGIA 4.1. TIPO DE ESTUDO Trata-se de um estudo observacional transversal retrospectivo descritivo, a partir de dados secundários referentes às intoxicações exógenas ocorridas no estado do Acre, no período de 2007 a 2020. 4.2. LOCAL DO ESTUDO O estado do Acre que se localiza no sudoeste da Região Norte e faz divisa com duas unidades federativas: Amazonas ao norte, Rondônia leste e faz fronteira com dois países: a Bolívia a sudeste, Peru ao sul e a oeste. Sua área é de 164.123,040 km², com população estimada em 829.619 habitantes. Nesse contexto, vale ressaltar que as intoxicações exógenas são consideradas um problema de grande impacto no âmbito dos serviços de saúde do Brasil. Diante disso, o Ministério da Saúde estabeleceu, em 2012, a Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA), que pressupõe ações de prevenção, proteção e promoção da saúde, e teve como indução financeira inicial para a sua implantação nos estados e no Distrito Federal a publicação da Portaria MS/GM n° 2.938, de 20 de dezembro de 2012. Para o desenvolvimento do estudo, os dados serão coletados no site do DataSUS, a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) notificados no período de 2007 a 2020, disponibilizados no sistema de informação de saúde (TABNET), a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) na opção epidemiologia e morbidades. 4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO Conforme levantamento prévio no SINAN a população será composta por 1.603 casos de intoxicação exógenas notificadas e registradas no SIANAN NET- ACRE no Banco de Dados DATASUS (http://tabnet.datasus.gov.br). 4.4 COLETA DE DADOS A coleta de dados ocorrerá em fevereiro para tanto o autor elaborou um formulário semiestruturado, contendo apenas informações de interesse do objeto do estudo (APENDICE 1). 12 4.5 VARIÁVEIS DO ESTUDO Serão consideradas as seguintes variáveis: município de notificação, faixa etária, sexo (feminino e masculino), agentes tóxicos ( Ignorado/Branco, medicamentos, agrotóxico agrícola, agrotóxico doméstico, agrotóxico saúde pública, raticida, produto veterinário, produto de uso domiciliar, cosmético, produto químico, metal, drogas de abuso, planta tóxica, alimento, bebida e outros ) e quanto a evolução clínica dos casos (Cura sem sequelas, cura com sequelas e óbitos) no intervalo de tempo de 2007 a 2020. 4.6 ANALISES DOS DADOS As frequências absolutas de cada variável serão dispostas em planilhas individuais do programa Excel 2013. As frequências referente a dado“ignorado”, “branco” e/ou não se aplica” não serão incluídas para serem avaliadas pelo numerador. A discussão dos dados será realizada com base na produção científica sobre a temática em estudo. 4.7 ASPECTOS ÉTICOS Quanto aos aspectos éticos o presente estudo não necessitou da autorização do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), pois os dados são exclusivamente secundários de acesso livre, em consonância com os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde CNS nº 466, de 12 de dezembro de 2012 e reforçado pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde CONEP nº 510/17, que trata de pesquisas envolvendo seres humanos. 5. RESULTADO ESPERADOS Espera-se que com desenvolvimento dessa pesquisa possa-se resultar em uma análise do perfil epidemiológico das notificações de intoxicações exógenas no estado do Acre no período de 2007 a 2020, além descrever os agentes tóxicos envolvidos no aumento progressivo das notificações, identificar as faixas etárias mais acometidas pelas intoxicações exógenas, sendo possível averiguar o percentual dos casos que evoluíram para cura sem sequelas, cura com sequela e óbitos. 13 Acredita-se que nesse intervalo de tempo o número de casos tenha aumentado de forma progressiva, pois as pessoas são constantemente expostas a uma grande variedade de produtos químicos de diversas formas e volumes, lhes deixando vulneráveis a acidentes, a exemplo das intoxicações (AGUIAR, 2020). Dessa forma, percebe-se a importância de obter mais conhecimento sobre as intoxicações exógenas para prestar uma assistência mais adequada e de qualidade a vitima de intoxicação, além de contribuir na elaboração de trabalhos o que consequentemente ajuda na disseminação de conhecimentos a respeito do tema e na busca por mais estratégias para auxiliar na prevenção e manejo das vitimas de intoxicações. Ainda convém lembrar, da importância de fortalecer as medidas preventivas, pelos profissionais da atenção primaria. Além da necessidade de maiores investimentos em saneamento básico, medidas de controle e em centros de controle de intoxicações. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS AGUIAR, Kaique Vinicius da Cruz Santos et al. Intoxicação exógena acidental em crianças no estado da Bahia: 2013 a 2017. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 12, n. 11, p. e3422-e3422, 2020. ALVIM, André Luiz Silva et al. Epidemiologia da intoxicação exógena no Brasil entre 2007 e 2017. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 8, p. 63915-63925, 2020. BATISTA, Lucas Abrantes et al. Perfil epidemiológico dos casos de intoxicação notificados no Estado do Maranhão. Revista de Investigação Biomédica, v. 9, n. 2, p. 129-137, 2018. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Instruções para preenchimento da Ficha de Investigação de Intoxicação Exógena Sinan – Sistema de Informação de Agravos de Notificação [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 42 p.: il. BURITY, Raquel de Albuquerque Brasil et al. Perfil epidemiológico das intoxicações exógenas no município de Moreno-PE no período de 2012 a 2015. Medicina Veterinária (UFRPE), v. 13, n. 1, p. 49-56, 2019. CARVALHO, F. S. et al. Intoxicação exógena no estado de Minas Gerais, Brasil. 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Óbitos violentos e tentativas de suicídio por intoxicação exógena em mulheres:eventos preditores da violência doméstica. Oikos: Família e Sociedade em Debate, v. 31, n. 1, p. 7-39, 2020. FREITAS, Amanda Brito de; GARIBOTTI, Vanda. Caracterização das notificações de intoxicações exógenas por agrotóxicos no Rio Grande do Sul, 2011- 2018. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 29, p. e2020061, 2020. 15 LEÃO, Marcos Lorran Paranhos; DA SILVA JÚNIOR, Flavio Manoel Rodrigues. Perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena no ano de 2017 em Pernambuco, Brasil. Research, Society and Development, v. 9, n. 6, p. e161963618- e161963618, 2020. LIMA, Amanda Miguel de et al. Patologias notificáveis, levantamento quantitativo em uma unidade de pronto atendimento em Igarassu-Pe, no ano de 2016. 2017. LIMA, Guilherme Sousa et al. Caracterização das intoxicações por produtos de uso domiciliar na cidade de Teresina Piauí. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 55, p. e666-e666, 2020. MAIA, Sheila Silva et al. Anos potenciais de vida perdidos por intoxicação exógena no Brasil no período de 2007 a 2017. Revista Enfermagem Contemporânea, v. 8, n. 2, p. 135-142, 2019. MARASCHIN, Maristela Salete et al. Vigilância Epidemiológica das Intoxicações Exógenas Atendidas em um Hospital de Ensino. Nursing (Säo Paulo), p. 4420- 4424, 2020. MARQUES, Carla Adriana; SIQUEIRA, Marluce Mechelli de; PORTUGAL, Flávia Batista. Avaliação da não completude das notificações compulsórias de dengue registradas por município de pequeno porte no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 891-900, 2020. PALHANO, Tainá. Avaliação do perfil de intoxicações medicamentosas nos anos de 2018 e 2019 no Brasil. 2020. PEREIRA, Carlos Eduardo Dias; RIBEIRO, Rayslana Lorena Chagas; BRITTO, Maria Helena Rodrigues Mesquita. Perfil das principais intoxicações exógenas no estado do piauí: análise epidemiológica de uma década. Research, Society and Development, v. 9, n. 3, p. e29932318-e29932318, 2020. PÉREZ MEDINA, Yofaidy et al. Morbilidad por intoxicaciones exógenas en un hospital pediátrico de Santiago de Cuba. Medisan, v. 24, n. 6, p. 1200-1212, 2020. RAMOS, Thiago Oliveira; COLLI, Vilma Clemi; SANCHES, Ana Cláudia Soncini. Indicadores epidemiológicos das intoxicações exógenas em crianças menores de 5 anos na região de Araçatuba-SP. Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, v. 10, n. 3, 2017. ROCHA, Marli Souza et al. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan): principais características da notificação e da análise de dados relacionada à tuberculose. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 29, p. e2019017, 2020. RODRIGUES, Flaviana Pereira Maciel et al. Intoxicação Exógena: análise epdemiológica dos casos notificados em menores de cinco anos em São Luís- MA. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 1, p. 9978-9995, 2021. SANTOS, Guidyan Anne Silva; BOING, Alexandra Crispim. Mortalidade e internações hospitalares por intoxicações e reações adversas a medicamentos no Brasil: análise de 2000 a 2014. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, p. e00100917, 2018. 16 TOSCANO, Marina Moura et al. Intoxicações exógenas agudas registradas em Centro de Assistência Toxicológica. Saúde e Pesquisa, v. 9, n. 3, p. 425-432, 2016. VALADARES, A. F. et al. SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA, PROMOÇÃO E PROTEÇÃO A SAÚDE DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL E SAÚDE DO TRABALHADOR PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA CID 10: T65.9. PALMAS – TO SETEMBRO – 2016. VELOSO, Caique et al. Violência autoinfligida por intoxicação exógena em um serviço de urgência e emergência. Revista Gaúcha de enfermagem, v. 38, n. 2, 2017. 17 APÊNDICES E ANEXOS 18 1. CRONOGRAMA Nesta seção indica-se o tempo necessário para o desenvolvimento de cada uma das etapas da pesquisa. Tabela 1: Exemplo de cronograma de execução. DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT 2020 2021 Escolha do Tema X Levanta- mento Bibliográfico X X X Elaboração do Projeto X X X Coleta de dados X Elaboração de um formulário semiestrutura do X Apresentação do projeto de TCC X X Finalização do projeto de TCC X 19 2. FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA DO SINAN Nesta seção será apresentada a ficha de notificação e Investigação de Intoxicação Exógena do SINAN.
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