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RAFAELA- PROJETO DE TCC (INTOXICAÇÃO EXÓGENA)

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UNIVERSIDADE DAS ROSAS (NOME FICTICIO) 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
RAFAELA ROSA DE SOUSA 
 
 
 
 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA 
NOTIFICADOS NO ESTADO DO ACRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA-PI 
2021 
RAFAELA ROSA DE SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA 
NOTIFICADOS NO ESTADO DO ACRE 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina de 
projeto de Trabalho do Curso de Enfermagem 
da Universidade das Rosas como requisito de 
aprovação. 
Orientador (a): Nome do Orientador (a) 
 
 
 
 
 
 
TERESINA-PI 
2021 
Sumário 
RESUMO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA..........................Erro! 
Indicador não definido. 
1.2 HIPOTESE.....................................................................................................6 
1.3 JUSTIFICATIVA............................................................................................6 
2.0 OBJETIVOS..................................................................................................7 
2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................7 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................7 
3.0 METODOLOGIA............................................................................................7 
3.1 TIPO DE ESTUDO........................................................................................7 
3.2 LOCAL DE ESTUDOS..................................................................................7 
3.3 POPULAÇÃO DE ETSUDO..........................................................................8 
3.4 COLETA DE DADOS....................................................................................8 
3.5 VARIÁVEIS DE O ESTUDO..........................................................................8 
3.6 ANALISE DOS DADOS................................................................................8 
3.7 ASPECTOS ÉTICOS.....................................................................................9 
4 RESULTADOS ESPERADOS.........................................................................9 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................11 
APÊNDICES E ANEXOS..................................................................................13 
1. CRONOGRAMA............................................................................................14 
2. FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA DO SINAN....15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA 
NOTIFICADOS NO ESTADO DO ACRE 
INTRODUÇÃO: As intoxicações exógenas são consideradas um problema de saúde 
pública que acometem anualmente cerca de 1,5% a 3,0% da população mundial. 
OBJETIVO GERAL: Analisar o perfil epidemiológico das notificações de intoxicação 
exógena ocorridas no Estado do Acre no período de 2007 a 2020. MATODOLOGIA: 
Esta pesquisa trata-se de um estudo observacional transversal retrospectivo 
descritivo, desenvolvido no Estado do Acre, os dados serão coletados no site do 
DataSUS, a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 
entre os casos notificados nos anos de 2007 a 2020. EXPECTATIVA: Espera-se que 
com desenvolvimento dessa pesquisa possa-se resultar em uma análise da 
prevalência dos casos de intoxicações exógena ocorridos no Estado do Acre, 
Amazônia Ocidental, além de obter mais conhecimento sobre as intoxicações 
exógenas contribuindo na elaboração de mais trabalhos e consequentemente mais 
informações e estratégias para prevenção e manejo de tais intoxicações. Dessa 
forma, espera-se contribuir para otimização do número de óbitos existentes devido a 
tais intoxicações. 
PALAVRA-CHAVE: Epidemiologia; Intoxicação exógena; Agentes tóxicos; DataSUS. 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 As intoxicações exógenas acometem anualmente cerca de 1,5% a 3,0% da 
população mundial, sendo considerado um problema de saúde pública. No Brasil, 
esse número equivale a cerca de 4,8 milhões de casos a cada ano e em 
aproximadamente, 0,1 a 0,4% das intoxicações resultam em óbito (ALVIM, 2020; e 
CARVALHO, 2017). 
 As intoxicações são efeitos deletérios de substâncias químicas no organismo 
que ocasiona danos a saúde dos indivíduos, sendo manifestado através dos sinais e 
sintomas, produzidos quando um ou mais agentes tóxicos entram em contato com o 
organismo (SILVA, 2020). 
 De acordo com BATISTA, (2017) as intoxicações é a manifestação clínica de 
efeitos adversos em organismos vivo como resultado de balanço fisiológico causado 
por mudanças químicas no corpo decorrente da interação com substâncias químicas 
endógenas ou exógenas. 
 Sabe-se que as substâncias químicas endógenas são aquelas ocasionadas 
por um desequilíbrio fisiológico do próprio organismo, já as substâncias exógenas 
são aquelas que surgem em decorrência de exposição a substâncias não 
produzidas pelo próprio organismo (BATISTA, 2017 e LIMA, 2020). 
 Sendo assim, as exposições a substâncias químicas e toxinas que resultam 
em intoxicações e envenenamentos afetam todos os gêneros de todas as idades, 
em condições não intencionais ou intencionais, tais como os acidentes domésticos, 
ocupacionais e ambientais; e em circunstâncias intencionais, como, por exemplo, as 
lesões autoinfligidas, suicídios, homicídios e agressões (COSTA, 2019). 
 De acordo com VALADARES (2016), as intoxicações exógenas (IE) por 
substâncias químicas compõem a lista de doenças e agravos de notificação 
compulsória (Anexo da Portaria MS/GM nº 1.271/2014), devendo a simples suspeita 
de exposição ou efeito nocivo à saúde humana ser notificada à autoridade de saúde 
pública (Anexo 01). 
 Para todo caso notificado deverá ser realizada a investigação para definição 
do caso. A realização dessa investigação acontece no preenchimento da Ficha de 
Investigação de Intoxicação Exógena do SINAN (Anexo 01),onde são indispensável 
a obtenção de informações, com descrição das características do indivíduo afetado, 
informando período de tempo, local de ocorrência e circunstâncias da exposição, 
6 
 
entre outro dados que são solicitados, na qual todos os campos devem ser 
criteriosamente preenchidos (VALADARES, 2016). 
 Sabe-se que o preenchimento da Ficha de Investigação de Intoxicação 
Exógena do SINAN é de suma importância, pois a partir da notificação uma serie de 
medidas é gerada com objetivo de determinar o local de disseminação inicial (se for 
caso), sua extensão, como estar sendo disseminado e o que fazer par interromper o 
ciclo de propagação, buscando-se a adoção de medidas de preventivas 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÕES DO PROBLEMA DE PESQUISA 
 Qual o perfil epidemiológico dos casos de intoxicações exógenas no Estado 
do Acre? 
 1.2 HIPOTESE 
É alta a ocorrência de notificações de intoxicações exógenas no Acre. 
1.3 JUSTIFICATIVA 
 Sabe-se que as intoxicações são consideradas um problema de saúde 
pública, aonde varias pessoas vão a óbitos todos os anos. Sendo assim, juga-se 
necessário conhecer melhor a prevalência das intoxicações exógena, bem como a 
sua evolução nos últimos anos, sendo de fundamental importância na área da 
saúde. 
 Conhecer os agentes tóxicos frequentemente envolvidos bem como as faixas 
etárias mais acometidas é de grande valia para planejamento de campanhas de 
prevenção e conscientização, com vistas a prevenção de acidentes ou mesmo um 
melhor treinamento para otimização do manejo desses eventos. 
 Com a atual crise que estamos enfrentando devido a pandeia do COVID-19, 
onde milhares de pessoas tiveram que mudar de rotina e se isolarem em suas 
residências o que de fato podem aumentar a exposição acertos agentes tóxicos 
como produtos domésticos e medicações, em especial as crianças que deixaram de 
frequentar as escolas permanecendo confinadas em suas residência o que também 
pode ser considerado um risco. 
7 
 
 Diante disso, observa-se que há uma escassez de estudos sobre intoxicações 
exógenas no Acre, Amazônia Ocidental brasileira, tornando-se importante ampliar o 
conhecimento a respeito do tema. 
2. OBJETIVOS 
2.1. OBJETIVO GERAL 
Analisar o perfil epidemiológico das notificações de intoxicação exógena 
ocorridas no Estado do Acre no período de 2007 a 2020. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 - Levantar o total de casos das intoxicações exógenas no estado do Acre no 
período de 2007 a 2020; 
 - Descrever os casos de intoxicação exógenas quanto ao município de 
ocorrência, faixas etárias e agentes tóxicos envolvidos; 
 - Verificar a evolução clínica dos casos e o percentual de cura e óbito. 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 INTOXICAÇÃO EXÓGENA 
As intoxicações exógenas (IE) também conhecidas como envenenamento 
exógeno são manifestações patológicas causadas pela interação do sistema 
biológico com substâncias tóxicas, e podem ocorrer pela ingestão ou contato do 
agente tóxico com a pele, os olhos ou as mucosas (FREITAS, 2020). 
Acredita-se que as IE de forma não intencional e ostensiva possui maior 
prevalência nos países desenvolvidos, com incidência anual de 0,2 a 0,9 por 1.000 
pessoas. Sua etiologia pode surgir de diversas fontes, como, ingestão de alimentos 
contaminados, o uso de medicações sem receitas, orientação medica sem o 
conhecimento de dose, posologia e indicações, fatores patológicos ou fatores 
exógenos causados pelo ambiente (TOSCANO, 2016; CARVALHO, 2017). 
De acordo com a portaria numero 2.472, de 31 de agosto de 2010, define 
intoxicação aquela causada por substâncias químicas incluindo agrotóxicos, gases 
tóxicos e mentais pesados, sendo agravos e envenenamento em saúde publica de 
notificações compulsórias em todo território nacional e registrado no Sistema de 
Informação de Agravos e Notificações - SINAN (MARASCHIN, 2020). 
8 
 
Dentre as classes de agentes tóxicos, os tipos de intoxicação mais comuns 
são o uso de medicamentos, agrotóxicos, drogas ilícitas, raticidas, saneantes, 
alimentos e bebidas. Tais substâncias podem ocasionar diversos danos à saúde do 
individuo, podendo causar sequela ou evoluírem para óbito, no Brasil a taxa de 
mortalidade por diferentes agentes tóxicos é inferior a 0,1% (LEÃO, 2020). 
E notório que o uso de substâncias tóxicas é antigo e segundo o médico e 
químico suíço Theophrastus Phillippus Aureolus Bombastus Von Hohenheim “… 
Todas as substâncias são venenos, não há nada que não seja veneno, a dose 
correta diferencia um veneno de um remédio...” (MEDINA, 2020). 
Sendo assim, as manifestações clínicas variam de acordo com o organismo 
de cada individuo, dependendo do principio ativo, da quantidade de substância 
química absorvida, do tempo de absorção, da toxidade do produto, da 
suscetibilidade do organismo e do tempo decorrido entre a exposição e o 
atendimento médico, podem ser classificadas como intoxicações aguadas ou 
crônicas e poderão se manifestar de forma leve, moderada e grave (MAIA, 2019). 
Os sinais e sintomas mais comuns são alergias, sonolência, agitação 
psicomotora, taquicardia, vômito, distúrbios gastrointestinais, respiratórios, 
endócrino, reprodutivos, neurológicos e neoplasias. (RAMOS, 2017; RODRIGUES, 
2021). 
Os casos de intoxicação exógena desempenham um papel importante no 
contexto dos acidentes em geral e cabe ao médico assistente investigar não só o 
agente responsável pela intoxicação, mas também a via que a mesma ocorreu, a 
quantidade do produto, o tempo decorrido desde o contato e, principalmente, levar 
em consideração o exame físico (COELHO, 2018). 
As IE são uma preocupação no que se diz a respeito da saúde dos indivíduos, 
pois elas se encontram entres os três principais meios utilizados em tentativas de 
suicídio, no entanto a morte por intoxicação é considerada evitável, na qual a 
atenção à vítima de IE é de fundamental importância na recuperação. Portanto, o 
cuidado em saúde deve estar voltado para as medidas de prevenção e redução de 
novos casos (MELO, 2020; VELOSO , 2017; MIRANDA, 2020). 
3.2 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENA 
As intoxicações é considerada um importante agravo de saúde pública e 
segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 1,5% a 3% 
9 
 
da população é acometida por Intoxicação Exógena (IE) todos os anos (NERY, 
2020). 
No Brasil, as intoxicações atingem cerca de 4.800.000 casos anualmente, 
destes, mas de 70% são agudas (ocorrem antes das primeiras 24h), e 90% são 
devidas as exposições a substâncias tóxicas (por via oral) onde aproximadamente 
0,1 a 0,4% evoluem para óbito (PALHANO, 2020;RODRIGUES, 2021). 
De acordo com MARASCHIN (2020), 60% das IE no Brasil são causadas pela 
ingestão de medicamentos, de forma proposital por tentativas de suicídios 
sobressaindo-se as acidentais que têm como principais vítimas as crianças menores 
de três anos de idade. 
FREITAS (2020) relata que o Brasil é um dos principais consumidores de 
agrotóxicos do mundo, sendo este, uma das substâncias causadoras das 
Intoxicações Exógenas. De acordo com sua pesquisa foram notificados 3.122 casos 
suspeitos de intoxicação exógena por agrotóxicos no Rio Grande do Sul, nos anos 
de 2011 a 2019, sendo que a maior taxa de notificação foi verificada em 2018: 7,56 
casos por 100 mil habitantes. 
AGUIAR (2020) descreve que na Bahia, entre os anos de 2013 a 2017 houve 
18.598 casos de intoxicação exógena, tendo com um dos principais agravantes as 
intoxicações exógenas acidentais correspondem 3.769 casos, sendo que a 
população de 0 a 14 anos foi responsável por 2.494 notificações equivalentes a 
13,4% de todos os casos de intoxicação exógena e 66.1% dos casos da 
circunstância acidental. 
BURITY (2019) caracteriza que os seres humanos são constantemente 
expostos a substâncias tóxicas encontradas no meio ambiente, decorrente do uso 
inadequado e abusivo pela população urbana e/ou rural em seu ambiente de 
trabalho, como por exemplo, os agrotóxicos utilizados na produção agrícola. Sabe-
se que os agrotóxicos produzem efeitos nocivos ao manipulador que variam de 
acordo com o princípio ativo, a dose absorvida, a forma de exposição e as 
características individuais da pessoa exposta. 
Diante disso, é imprescindível o desenvolvimento epidemiológico para 
identificação e notificações de casos de Intoxicação exógena (IE), sendo de grande 
relevância para a saúde, pois norteia as ações de prevenção, promoção e 
reabilitação (RODRIGUES, 2021). 
10 
 
A Vigilância Epidemiológica (VE) é uma das ações que faz parte do conjunto 
de ações da vigilância em saúde. Sendo definida pela a Lei n° 8.080/90 como “um 
conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de 
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual 
ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e 
controle das doenças ou agravos” (LIMA, 2017). 
3.3 A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃOS- SINAN 
As intoxicações exógenas (IE) constituem problema de saúde pública 
mundial, possuindo diferentes aspectos geográficos, sociais, econômicos e culturais 
que geram perfis diferentes entre os países (PEREIRA, 2020). 
Investigar o perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena 
notificados no Estado do Acre é possível em razão da existência do Sistema de 
Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sendo disponível em todos os 
municípios e estados, permitindo a consolidação dos dados, avaliação e 
monitoramento das ações relacionadas ao controle da doença no país (ROCHA, 
2020). 
De acordo com MARQUES (2020) as informações disponíveis pelo SINAN 
possibilitam o monitoramento espaço-temporalde epidemias nos pais, subsidiando 
as ações para sua prevenção e controle em todo território nacional. 
CANTO (2020) enfatiza que os dados de notificação são coletados nos 
estabelecimentos de saúde, a partir do preenchimento das fichas investigação de 
doenças e agravos do SINAN e do boletim mensal de acompanhamento do 
paciente, sendo assim esses dados transmitidos e processados pelo Sistema de 
Informação de Agravos de Notificação (SINAN). 
ROCHA (2020) relata que as notificações podem ser realizadas por cidadãos 
e profissionais da área da saúde, desde unidades básicas de saúde (UBS), 
secretarias municipais e estaduais até o Ministério da Saúde. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
11 
 
4. METODOLOGIA 
4.1. TIPO DE ESTUDO 
 Trata-se de um estudo observacional transversal retrospectivo descritivo, a 
partir de dados secundários referentes às intoxicações exógenas ocorridas no 
estado do Acre, no período de 2007 a 2020. 
4.2. LOCAL DO ESTUDO 
 O estado do Acre que se localiza no sudoeste da Região Norte e faz divisa 
com duas unidades federativas: Amazonas ao norte, Rondônia leste e faz fronteira 
com dois países: a Bolívia a sudeste, Peru ao sul e a oeste. Sua área é de 
164.123,040 km², com população estimada em 829.619 habitantes. 
 Nesse contexto, vale ressaltar que as intoxicações exógenas são 
consideradas um problema de grande impacto no âmbito dos serviços de saúde do 
Brasil. Diante disso, o Ministério da Saúde estabeleceu, em 2012, a Vigilância em 
Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA), que pressupõe ações de 
prevenção, proteção e promoção da saúde, e teve como indução financeira inicial 
para a sua implantação nos estados e no Distrito Federal a publicação da Portaria 
MS/GM n° 2.938, de 20 de dezembro de 2012. 
 Para o desenvolvimento do estudo, os dados serão coletados no site do 
DataSUS, a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 
notificados no período de 2007 a 2020, disponibilizados no sistema de informação 
de saúde (TABNET), a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
(SINAN) na opção epidemiologia e morbidades. 
4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO 
 Conforme levantamento prévio no SINAN a população será composta por 
1.603 casos de intoxicação exógenas notificadas e registradas no SIANAN NET- 
ACRE no Banco de Dados DATASUS (http://tabnet.datasus.gov.br). 
4.4 COLETA DE DADOS 
 A coleta de dados ocorrerá em fevereiro para tanto o autor elaborou um 
formulário semiestruturado, contendo apenas informações de interesse do objeto do 
estudo (APENDICE 1). 
12 
 
 
 4.5 VARIÁVEIS DO ESTUDO 
 
 Serão consideradas as seguintes variáveis: município de notificação, faixa 
etária, sexo (feminino e masculino), agentes tóxicos ( Ignorado/Branco, 
medicamentos, agrotóxico agrícola, agrotóxico doméstico, agrotóxico saúde pública, 
raticida, produto veterinário, produto de uso domiciliar, cosmético, produto químico, 
metal, drogas de abuso, planta tóxica, alimento, bebida e outros ) e quanto a 
evolução clínica dos casos (Cura sem sequelas, cura com sequelas e óbitos) no 
intervalo de tempo de 2007 a 2020. 
4.6 ANALISES DOS DADOS 
 As frequências absolutas de cada variável serão dispostas em planilhas 
individuais do programa Excel 2013. As frequências referente a dado“ignorado”, 
“branco” e/ou não se aplica” não serão incluídas para serem avaliadas pelo 
numerador. A discussão dos dados será realizada com base na produção científica 
sobre a temática em estudo. 
4.7 ASPECTOS ÉTICOS 
 Quanto aos aspectos éticos o presente estudo não necessitou da 
autorização do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), pois os dados são 
exclusivamente secundários de acesso livre, em consonância com os preceitos 
éticos estabelecidos pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde CNS nº 466, 
de 12 de dezembro de 2012 e reforçado pela Resolução do Conselho Nacional de 
Saúde CONEP nº 510/17, que trata de pesquisas envolvendo seres humanos. 
 5. RESULTADO ESPERADOS 
 Espera-se que com desenvolvimento dessa pesquisa possa-se resultar em 
uma análise do perfil epidemiológico das notificações de intoxicações exógenas no 
estado do Acre no período de 2007 a 2020, além descrever os agentes tóxicos 
envolvidos no aumento progressivo das notificações, identificar as faixas etárias 
mais acometidas pelas intoxicações exógenas, sendo possível averiguar o 
percentual dos casos que evoluíram para cura sem sequelas, cura com sequela e 
óbitos. 
13 
 
 Acredita-se que nesse intervalo de tempo o número de casos tenha 
aumentado de forma progressiva, pois as pessoas são constantemente expostas a 
uma grande variedade de produtos químicos de diversas formas e volumes, lhes 
deixando vulneráveis a acidentes, a exemplo das intoxicações (AGUIAR, 2020). 
 Dessa forma, percebe-se a importância de obter mais conhecimento sobre as 
intoxicações exógenas para prestar uma assistência mais adequada e de qualidade 
a vitima de intoxicação, além de contribuir na elaboração de trabalhos o que 
consequentemente ajuda na disseminação de conhecimentos a respeito do tema e 
na busca por mais estratégias para auxiliar na prevenção e manejo das vitimas de 
intoxicações. 
 Ainda convém lembrar, da importância de fortalecer as medidas preventivas, 
pelos profissionais da atenção primaria. Além da necessidade de maiores 
investimentos em saneamento básico, medidas de controle e em centros de controle 
de intoxicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
AGUIAR, Kaique Vinicius da Cruz Santos et al. Intoxicação exógena acidental em 
crianças no estado da Bahia: 2013 a 2017. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 
12, n. 11, p. e3422-e3422, 2020. 
ALVIM, André Luiz Silva et al. Epidemiologia da intoxicação exógena no Brasil entre 
2007 e 2017. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 8, p. 63915-63925, 2020. 
BATISTA, Lucas Abrantes et al. Perfil epidemiológico dos casos de intoxicação 
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p. 129-137, 2018. 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de 
Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Instruções para 
preenchimento da Ficha de Investigação de Intoxicação Exógena Sinan – Sistema 
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Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental 
e Saúde do Trabalhador. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018. 42 p.: il. 
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Veterinária (UFRPE), v. 13, n. 1, p. 49-56, 2019. 
CARVALHO, F. S. et al. Intoxicação exógena no estado de Minas Gerais, 
Brasil. Revista eletrônica da Fainor, v. 10, n. 1, p. 172-184, 2017. 
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Univag, n. 09, 2018. 
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15 
 
LEÃO, Marcos Lorran Paranhos; DA SILVA JÚNIOR, Flavio Manoel Rodrigues. Perfil 
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17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES E ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
1. CRONOGRAMA 
Nesta seção indica-se o tempo necessário para o desenvolvimento de cada 
uma das etapas da pesquisa. 
Tabela 1: Exemplo de cronograma de execução. 
 
 
 
 
 
 
DESCRIÇÃO 
DAS 
ETAPAS 
 
DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT 
 
2020 
 
2021 
Escolha do 
Tema 
X 
Levanta-
mento 
Bibliográfico 
 
X X X 
Elaboração do 
Projeto 
X X X 
Coleta de 
dados 
 X 
Elaboração de 
um formulário 
semiestrutura
do 
 X 
Apresentação 
do projeto de 
TCC 
 X X 
Finalização do 
projeto de 
TCC 
 X 
19 
 
2. FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE INTOXICAÇÃO EXÓGENA DO SINAN 
Nesta seção será apresentada a ficha de notificação e Investigação de 
Intoxicação Exógena do SINAN.

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