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MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA

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MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA
 As agências e sua regulação;
 Competências da Aneel;
 Regime jurídico, organização, regularização e fiscalização
 A crise de 2001
Agência Nacional de Energia Elétrica
AS AGÊNCIAS E A REGULAÇÃO
 Governo Vargas
 Período militar
 Governo de Sarney
 Governo Collor
 Nesse início da década de 1990, o panorama do setor elétrico brasileiro apresentava-se bastante precário e desgastado. 
DÉCADA DE 90
 
 
 
As agências reguladoras, inspiram-se nas regulatories agencies (ou comission), que surgiram respectivamente na Inglaterra a partir de 1834 e nos Estados Unidos desde 1887.
 ANEEL
O QUE É A ANEEL? (Lei de criação 9.427/96)
ESTRUTURA INSTITUCIONAL DO SETOR;
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ANEEL;
CARACTERÍSTICAS;
QUAIS SÃO SUAS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS?
DESCENTRALIZAÇÃO - CONVÊNIOS;
CONTROLES SOBRE A ANEEL;
 O QUE É A ANEEL
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) : É uma autarquia sob regime especial, vinculada ao MME, criada pela lei n° 9427/96 e regulamentada pelo Decreto 2.335/97. De acordo com o art. 3° do Anexo I desse Decreto, a ANEEL tem a missão de implementar ações em conformidade com os programas setoriais de forma a proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade.
 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ANEEL
Diretoria
Procuradoria-Geral
Ouvidoria
Superintendências de Processos Organizacionais
Superintendência de Processos Organizacionais: 
Superintendência de Regulação Econômica
Superintendência de Estudos de Mercado;
Superintendência de Mediação Administrativa Setorial
Superintendência de Comunicação Social;
 DESCENTRALIZAÇÃO
A Crise de Maio de 2001
A crise iniciou em Maio de 2001?
A Crise de Maio de 2001
Início em Maio de 2001 - Fim Fevereiro de 2002
Popularmente chamada de Apagão
Forte estiagem
Obras de geração não realizadas
Decisões postergadas
 90% da energia gerada fornecida por hidroelétricas
Necessidade de construção de barragens para regularizar as vazões e acionamento das turbinas
Redes de transmissão interligam as usinas compensando déficits ou excessos
A Crise de Maio de 2001
A partir dessa perspectiva, estudos técnicos concluíram que a hidrologia desfavorável, por si só, não teria levado a crise de maio de 2001 ao nível de gravidade que alcançou. Isso somente teria sido possível com a interveniência de outros fatores, ou pelo lado do consumo ou pelo lado da oferta, ou a conjugação dos dois,
CONSUMO
Diferença previsão Plano Decenal 1998-2007 avaliando o período de 98-00 foi 1% inferior
A Crise de Maio de 2001
OFERTA
Atrasos de obras de geração e transmissão 1998-2001
Não construção de obras previstas no Plano Decenal equivalente a 26% capacidade de armazenamento das regiões
58% se somado ao nível de armazenamento de maio de 2001
a geração a maior, em substituição às obras não realizadas, eliminou as defesas propiciadas pelas reservas mantidas pelas bacias de acumulação das usinas hidroelétricas – UHE’s, levando ao esvaziamento precoce dos reservatórios.
A Crise de Maio de 2001
Falha no processo de transição para novo modelo
Margem confortável entre o preço das tarifas de fornecimento, autorizado pela ANEEL, que as empresas distribuidoras cobram dos consumidores, e o preço das tarifas de suprimento, que pagam às geradoras.
Margem 60%, outros países 40%
1-falhas no processo de transição para o novo modelo. As empresas distribuidoras não foram motivadas a buscar outras fontes de suprimento para o atendimento dos consumidores de sua área de concessão porque os contratos iniciais, de demanda, assinados com as geradoras, cobriam os 100% do consumo que necessitavam atender.
2-restringir o consumo na região sudeste, enquanto, ao mesmo tempo, era vertida água na região sul e na divisa
entre essas regiões, pois a bacia do Paranapanema contava com índices plenos de reserva.
A Crise de Maio de 2001
Medidas críticas
Ministério de Minas e Energia - 99
Contratação de geração emergencial, através do aluguel de usinas térmicas
Programa prioritário de termelétricas
Leilões promovendo a compra de 2500MW de energia térmica adicional
Operador Nacional do Sistema - 03/2001
solicitação de contingenciamento de 20% da carga
ANEEL - 03/2001
Propôs Plano de Redução de Consumo e Aumento da Oferta(RECAO)
Ministério de MInas e Energia
Contratação de geração emergencial, através do aluguel de usinas térmicas montadas
em barcaças;
- Programa prioritário de termoelétricas – PPT, criado em início de 2000, previa inicialmente a construção de 49 térmicas para início de operação antes de 2003; posteriormente
foi priorizada a construção antecipada de 17 térmicas;
Conclusão
Por diversas razões, em especial de natureza administrativa (indefinição ou conflito de
competências), possivelmente, também de natureza econômico-financeira (disponibilidades
orçamentárias), e, certamente, por uma certa falta de credibilidade (poder), nenhuma dessas medidas
se concretizou.
A Crise de Maio de 2001
Imperfeições organizacionais, indefinições, conflitos e vazios de competências funcionais na estrutura administrativa, responsável pelo respaldo ao novo modelo do setor elétrico brasileiro, acabaram tornando-se determinantes no reforço das condições que, afinal, levaram à inevitabilidade da crise.
O Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, órgão superior do sistema, encarregado da definição da política energética do país, em que pese criado pela Lei no. 9.478, de 06/08/97, só veio a ser regulamentado em meados de 2000.
A Crise de Maio de 2001
Diluição de responsabilidade entre vários órgãos e autoridades do setor elétrico.
Ministério de Minas e Energia – MME, ANEEL, ONS, ELETROBRAS, PETROBRAS e Ministério da Fazenda agiram segundo interesses específicos.
agiram segundo interesses específicos, e sem coordenação. Segundo o Relatório (36), “a
somatória de ações com lógicas individuais levou à lentidão e à ineficiência do processo decisório,
impedindo que medidas corretivas pudessem ser tomadas a tempo”.
A ELETROBRAS, o ONS, a ANEEL e o Ministério de Minas e Energia - MME, já em meados
de 1999, estavam cientes, de que havia riscos muito elevados de déficit para 2000 e 2001
“No entanto, segundo o ONS, houve instruções do MME para que não se divulgassem
publicamente as avaliações de risco e severidade, com o objetivo de evitar preocupações
exageradas por parte da sociedade. Da mesma maneira, a Comissão não conhece
manifestação pública da ANEEL, sobre o tema, anterior a março de 2001”.
GCE - Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica
Foi criada em 15/05/2001 através da Medida Provisória no. 2.147
Com o objetivo de propor e implementar medidas de natureza emergencial, em face da situação hidrológica crítica, para compatibilizar a demanda e a oferta de energia elétrica, de forma a evitar interrupções intempestivas ou imprevistas do suprimento de energia elétrica.
A GCE foi instalada na Presidência da República, sob a direção do Ministro-chefe da Casa
Civil, com poderes extraordinários. Em temas da competência do Poder Executivo, decidia em última
instância, e suas solicitações e determinações aos órgãos e entidades da Administração Federal
deveriam ser atendidas em caráter prioritário, e no prazo por ela assinalado.
GCE - Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica
Regulamentar e gerenciar o programa de racionamento
Acompanhar e avaliar as conseqüênciasda crise de energia elétrica
Propor medidas para atenuar os impactos negativos da crise de energia elétrica sobre os níveis de crescimento, emprego e renda e propor o reconhecimento de situações de calamidade pública
Estabelecer limites de uso e fornecimento de energia elétrica
Estabelecer medidas compulsórias de redução, suspensão ou interrupção do fornecimento de energia elétrica
Propor alteração de tributos e tarifas sobre bens e equipamentos que produzam ou consumam energia
GCE - Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica
Decidir quanto à implementação do racionamento
Impor restrições ao uso de recursos hídricos não destinados ao consumo humano e essenciais ao funcionamento das hidrelétricas
Propor ajustamento dos limites de investimentos do setor elétrico estatal federal
Estabelecer procedimentos específicos para o funcionamento do Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE
Estabelecer diretrizes para as ações de comunicação social dos órgãos e entidades do setor energético, visando a adequada divulgação das ações da CGE
Articular-se com os poderes da União e das demais unidades da federação objetivando a implantação de programas de enfrentamento da carência de energia elétrica.
Esse amplo leque de atribuições e poderes deferidos a GCE naturalmente interferia na
competência de vários órgãos e entidades, em especial, do setor elétrico. Assim, o art. 26 da Medida
Provisória que criou e instalou a GCE declara que “não se aplicam as Leis nos. 8.987, de 13/02/95,
9.427, de 26/12/96, no que conflitarem com esta Medida Provisória”. Respectivamente a lei das
concessões e a lei de criação da ANEEL.
Acordo geral do setor elétrico
GCE - Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica
Por força desse acordo, a ANEEL procedeu a uma recomposição tarifária extraordinária, aumentando as tarifas em 2,9% para os consumidores das classes residencial e rural e em 7,9% para os demais consumidores, excluídos os consumidores residenciais de baixa renda e restrito aos consumidores situados na área geográfica abrangida pelo Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica (sudeste, centro-oeste, nordeste e parte do norte).
Representou um acerto de contas com as empresas concessionárias que, argumentando com o
princípio do equilíbrio econômico-financeiro previsto nos seus respectivos contratos de concessão,
exigiram compensação financeira pela energia vendida a menor, por força do racionamento.
O
consumo total do ano de 2001 (283.798 GWh) caiu aos níveis de 1998 devido à redução havida de
junho a dezembro.Para simples comparação, o consumo total em 2000 foi de 307.449 GWh
O montante do acordo para cobrir as perdas das concessionárias foi da ordem de R$ 9 bilhões,
financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, com base nos
recebíveis das contas de luz dos consumidores.
Acordo geral do setor elétrico
GCE - Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica
A sociedade brasileira chamada a colaborar racionando o consumo, o que fez, acabou tendo que pagar a energia elétrica que não consumiu para compensar o que as empresas não venderam, tudo com base no argumento do equilíbrio econômico-financeiro. 
Conclusão
ANEEL tem por finalidade regular e fiscalizar os serviços de energia elétrica, bem como a atuação dos agentes. 
Para a ANEEL, algumas vezes, tem sido muito difícil, senão impossível, fazer frente ao governo para cumprir sua missão de regular, fiscalizar e garantir a implementação da política de energia elétrica definida para o país. Política essa que é definida pelo próprio governo. Essa dificuldade, de fazer frente ao governo, fica evidenciada no episódio da crise de racionamento de energia elétrica, de maio de 2001, quando a ANEEL, o Operador Nacional do Sistema - ONS e o próprio Ministério de Minas e Energia não foram capazes de sensibilizar a Presidência da República para a gravidade da crise.
Conclusão
Igualmente, o chamado acordo geral do setor elétrico também ilustra a dificuldade da ANEEL de fazer frente ao governo. O acordo, de cerca de R$ 9 bilhões, suportado pelos consumidores, através de reajuste tarifário extraordinário, tomou por base a recomposição do equilíbrio econômico financeiro dos contratos de concessão.
Já o espaço ocupado pela GCE tem a ver com a falta de política pública, planejamento, coordenação, poder e legitimidade, vazios deixados – porque não ocupados, pelos órgãos representativos da autoridade governamental no setor elétrico brasileiro, principalmente o Ministério de Minas e Energia – MME e o Conselho Nacional de Política Energética – CNPE. Muito possivelmente, situa-se aí, boa parte das causas da crise de racionamento de maio de 2001, e das vicissitudes da implementação do modelo do setor elétrico brasileiro.

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