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Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos A HIDROSFERA Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 2 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos ÁGUA NO MUNDO Disponibilidade de Água por Habitante/Região (1000m3) 4,04 2,91 3,71 1,44 2,13 3,06 d e c ré s c im o 3 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 4 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 5 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Relação 0,11 Relação 0,14 Relação 0,43 Relação 9,8 Relação 2,45 6 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Principais Causas da Escassez de Água: Uso Excessivo 7 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos a) Uso excessivo na agricultura (irrigação) aspersão sulcos gotejamento 8 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos b) Uso em processos e equipamentos industriais Consumo de água por categoria de uso em indústria alimentícia (FIRJAN) Embora as torres de resfriamento reutilizem água continuamen- te, podem ainda consumir de 20% a 30% do volume total de água do sistema. 11% 6% 5% 4% 72% 2% Lavagem de reatores 72% Irrigação de áreas verdes 2% Caldeira 4% Vasos sanitários 5% Torres de resfriamento 6% Lavagem de tanques móveis 11% 9 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Fabricação de Papel Na fabricação de uma tonelada de papel são consumidos: • Papel Tradicional: cerca de 100.000 litros de água • Papel Reciclado: 2.000 litros de água Na fabricação de papel muitos poluentes de forte odor são emitidos: mercaptanas (RSH), sulfetos, terebentina* e metanol. *Terebentina= líquido incolor usado como solvente e constituído sobretudo, por terpenos 10 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 3) Uso em atividades domésticas 11 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Associados a esses fatores: 1)Poluição de mananciais de água potável pelo indevido es- coamento de detritos industriais, rurais e domésticos; 12 2) Desperdício indiscriminado Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos INTRODUÇÃO À QUÍMICA DA ÁGUA 13 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Papel da Água nas Trocas de Matéria e Energia 2. Transporta depósitos minerais para locais bem distantes de suas origens 3. Influencia o intemperismo de rochas e minerais e a partir de processos físicos e bioquímicos inicia a formação de solos 14 1. Lixivia minerais e os transporta para oceanos, rios e lagos 4. Possui elevada estabilidade térmica atuando como um agente moderador do clima mantém a temperatura terrestre praticamente constante devido ao calor específico relativamente alto Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 6. Na evaporação a energia solar absorvida é transformada em calor latente, deslocando-se e armazenando-se no interior da Terra 15 5. Transporta nutrientes do solo para as plantas através das raízes 7. Exerce importantes funções para os seres vivos, pois contro- la a temperatura corporal, favorece as reações metabólicas e a absorção de substâncias essenciais. 8. Em comparação a outros líquidos, tem maior capacidade de absorver e estocar calor, propriedade importante sob o ponto de vista de poluição térmica. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Reservas Mundiais de Água LOCAL % DE ÁGUA TEMPO MÉDIO DE RESIDÊNCIA Oceanos 97,20 Milhares de anos Águas Glaciais e Gelo 2,15 Dezenas de milhares de anos ou mais Águas Subterrâneas 0,31 Centenas a milhares de anos Águas Superficiais 0,009 Dezenas de anos Água Atmosférica 0,001 9 dias Rios e Correntes 0,0001 2 semanas 16 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos PROPRIEDADE EFEITOS E SIGNIFICADO Excelente solvente Transporte de nutrientes e rejeitos possibilitando processos biológicos no meio aquoso 17 Elevada constante dielétrica Alta solubilidade de substâncias iônicas e ionização na água Maior tensão superficial que qualquer outro líquido Fator controlador em fisiologia. Governa a gota e fenômenos superficiais Transparente à radiação visível e radiação UV de maior Por ser incolor permite que a luz necessária à fotossíntese atinja profundidades apreciáveis Densidade máxima à 4 oC O gelo flutua e a circulação vertical é restrita na zona estratificada de água Maior calor de evaporação que qualquer outro material Determina transferência de calor e de moléculas de água entre a atmosfera e corpos d’água Maior calor latente de fusão de todos os líquidos, exceto NH3 Temperatura estabilizada no ponto de congela- mento da água Maior capacidade calorífica que qualquer outro líquido, exceto NH3 Estabilização da temperatura de organismos e regiões geográficas Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Principais Processos na Água 18 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos CARACTERÍSTICAS E PARÂMETROS INDICADORES DA QUALIDADE DA ÁGUA 19 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Características e Parâmetros Físicos 20 • Relacionam-se às propriedades organolépticas. • Nem sempre prejudicam a higiene e saúde. 1. Cor Causa: impurezas minerais e orgânicas (sais de Fe, Mn, mate- riais húmicos, taninos, algas, vegetais, resíduos industriais e domésticos). Significado Sanitário: o aspecto físico influencia o consumidor, mas, em geral, tem pouca importância sanitária. Medida da cor: unidade Hazen (uH) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 2. Turbidez Causa: presença de materiais em suspensão (sólidosinsolúveis, matéria orgânica (MO, microorganismos): dispersam a radiação solar e podem interferir na fotossíntese. Significado Sanitário: turbidez natural devido à areia e argila, não tem grandes efeitos sanitários (consumidor rejeita a água). Se a turbidez resultar de atividades antrópicas pode ser devida à poluição por compostos tóxicos e organismos patogênicos. 21 Unidades de Turbidez: • Unidade Jackson de Turbidez (UJT) • Unidade nefelométrica de turbidez (UT) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 22 Em Geral, águas: • Superficiais: são turvas, podendo ter até 2000 ppm de SiO2 • Águas Subterrâneas: não são turvas. Por que? 3. Sabor e Odor Causa: presença de certos sais e gases dissolvidos, sólidos em suspensão, MO em decomposição. Origem: fontes naturais e antrópicas (resíduos industriais e do- mésticos). Significado Sanitário: mesmo não comprometendo a qualidade sanitária da água podem causar repugnância ao consumidor. O odor acentua-se com aumentos da temperatura Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 23 • Afetam a vida aquática • Aumentam as taxas de transferência gasosa maior liberação de gases pode resultar em odor desagradável 4. Temperatura (T): aumentos da T da água: • Favorecem reações químicas e processos biológicos • Causam decréscimo da solubilidade do oxigênio. morte da vida aquática aeróbia Quais as consequencias? Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Causa: despejos industriais oriundos, so- bretudo, de torres de resfriamento podem alterar a temperatura de corpos d’água. Medição: deve ser feita no local da coleta. Efeitos da Temperatura Sobre Microor- ganismos: variados, pois certas bactérias não resistem a temperaturas mais altas, mas outras proliferam nessas condições (bactérias de putrefação). 24 The solubility of some gases in water as a function of temperature at a constant pressure of 1 atm. As águas destinadas ao consumo humano devem ter temperaturas entre 4,4ºC a 10ºC Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 5. Condutividade Elétrica Causa: substâncias iônicas dissolvidas (na dissociação produ- zem cátions e ânions transportadores de corrente elétrica). É Função: 25 Expressa em: S cm-1, ohm-1 cm-1 (ou -1 cm-1). Medida in situ. Águas de alta pureza: obtidas por processos de purificação. Possuem condutividade em torno de 0,5 x 10-6 -1 cm-1. Águas Marinhas: condutividade podem atingir 50.000 -1cm-1. • Concentração de íons • Grau de dissociação • Velocidade de migração dos íons • Temperatura PARÂMETRO DE PUREZA DA ÁGUA GRAU 1 GRAU 2 GRAU 3 Condutividade Elétrica a 25 oC (mS m-1) 0,01 0,1 0,5 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Em geral, podem causar profundas modificações. 1. Dureza Causa: presença de sais de Ca2+ e Mg2+ (HCO3 -, SO4 =, Cl-, NO3 -, CO3 =). Sais de Fe, Al, Cu e Zn também podem contribuir, embora em menor extensão. Origem: dissolução natural de solos e rochas ou contaminação por atividades domésticas e industriais. Devido ao escoamento superficial e percolação, minerais solúveis são lançados para mananciais podendo tornar a água dura e alterar o pH. 26 Características e Parâmetros Químicos Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Classificação da Água Quanto a Dureza 27 • Águas Duras: encontradas em solos calcários. A água dura é capaz de produzir incrustações em tubulações e equipamentos industriais, daí ser chamada de “água dura”. Branda Dura • Águas Brandas: procedem de solos balsáticos, areníferos e graníticos. São praticamente isentas de minerais dissolvidos, mas possuem alta concentração de CO2, são ácidas e corrosivas e diminuem a vida útil de tubulações e equipamentos. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Podem ocorrer explosões com a ruptura dos tubos A pressão interna aumenta O diâmetro interno decresce Sais pouco solúveis depositam-se gradativamente no interior dos equipamentos e tubulações 28 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Além disso: As incrustações atuam como isolantes térmicos afetando a transmissão de calor em águas industriais aquecidas. 29 Redução da eficiência de detergentes, sendo preciso usar maior quantidade do produto, sobretudo em indústrias têxteis e lavanderias. Significado Sanitário da Dureza: não afeta a qualidade sanitária, mas uma água muito dura é laxativa. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Classificação da Dureza a) Temporária: causada por HCO3 - dissolvido e pode ser elimi- nada por simples ebulição da água 30 2 HCO3 - 2 CO2 + 2 OH - b) Permanente: devido à SO4 = e Cl-, e só é eliminada por proces- sos químicos (troca iônica, tratamento com superfosfatos, etc.) Em regiões de águas duras a incidência de problemas cardíacos é menor. Valor Máximo: 500 mg/L de CaCO3 (Portaria nº 518 do MS) Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos H + OH - Resina Catiônica Resina Aniônica Saída de Água Água de Alimentação Leito de Resinas (Misto) H 2 O H 2 O Na + Ca 2+ Na + H 2 O CO 3 2- Mg 2 + OH - Cl - Ca 2+ SO 4 2- K + HCO 3 - H + H + H + OH - OH - H + H + H + OH - OH - OH - OH - OH - H 2 O H 2 O H 2 O H 2 O H 2 O Cl - H 2 O Desionização da Água Troca Catiônica R- H+ + Ca2+ R- Ca2+ + H+ Troca Aniônica R+ OH- + Cl- R+ Cl- + OH- H+ + OH- H2O Desionização da Água 31 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 32 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 2. Salinidade: massa em gramas de íons inorgânicos dissolvidos em 1 kg de água. Causa: excesso de sais dissolvidos (HCO3 -, SO4 =, Cl- de Ca, Mg, Na e K). A salinidade natural depende das condições geológicas. 55,04 % 30,61 % 7,68 % 3,69 % 1,16 % 1,10 % Em geral, águas profun- das são mais salinas que as superficiais. Para fins industriais, a salinidade é inconveniente devido à ação incrustante.33 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Águas oceânicas: NaCl é o sal mais abundante e o íon Cl- re- presenta 55% dos sólidos dissolvidos. Determinação da Salinidade: refratometria ou medida de con- dutividade (método mais usado). Significado Sanitário: água salina é inadequada para consumo humano, sobretudo devido ao sabor. 34 Águas com elevado teor de SO4 = são laxativas. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 3. Alcalinidade Causa: presença de elevadas concentrações de HCO3 - de Ca e Mg, CO3 = ou OH- de Na, K, Ca e Mg e em menor extensão, NH3, e bases conjugadas de ácidos orgânicos e dos ácidos fosfórico, silícico e bórico também contribuem. Origem Natural: dissolução de rochas, reação entre H2O e CO2 atmosférico ou originado na decomposição de MO. Origem Antrópica: despejos industriais 35 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Geralmente: em águas naturais prevalecem os equilíbrios envol- vendo os íons HCO3 -, CO3 = e OH- : 36 Os equilíbrios mos- tram que em águas naturais a alcalini- dade é função do pH. HCO3 - + H3O + CO2 + 2H2O CO3 = + H3O + HCO3 - OH- + H3O + 2H2O Bicarbonatos: sempre presentes em águas naturais Carbonatos: presentes em teores menores que bicarbonatos Hidróxidos: em geral, a presença não é comum e pode resultar de poluição originada em atividades antrópicas. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Por que só podem estar presentes simultaneamente, dois tipos de alcalinidade? OH- e HCO3 - não coexistem: na presença de HCO3 - passa a CO3 = HCO3 - + OH- CO3 = + H2O 37 Significado sanitário: pequeno, exceto se for devido a OH- ou se o teor de sais alterar a salinidade, conferindo sabor. Águas muito alcalinas: Não são adequadas para consumo humano e processamento de alimentos São prejudiciais a processos e equipamentos industriais, pois são corrosivas e incrustantes: alguns sais responsáveis pela alcalinidade também conferem dureza. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Importância da Determinação da Alcalinidade Em conjunto com outras determinações, a alcalinidade informa sobre o poder corrosivo da água Fundamental no processo de tratamento químico e biológico, pois é uma medida da fertilidade da água: a alcalinidade favore- ce o crescimento de algas e outras espécies aquáticas, sobre- tudo em meio no qual um maior teor de biomassa é produzido. A determinação das concentrações dos íons alcalinizantes é importante nas dosagens dos coagulantes usados no processo de clarificação 38 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 4. pH Principais Fontes Naturais que Contribuem para o pH: dissolu- ção de solos e rochas, absorção de gases atmosféricos, oxida- ção da MO e processos fotossintéticos. Principais Agentes Antrópicos: despejos industriais e domésti- cos. pH Significado < 6,0 Águas corrosivas (pH pode ser devido à presença de CO2 livre) > 12 Muito alcalinas e favorecem a formação de incrustações em tubulações e equipamentos industriais Neutro Para águas situa-se entre 6,5 e 7,5 39 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos • pH deve ser neutro para não comprometer a vida aquática: peixes, moluscos, crustáceos, algas, fungos, bactérias. • Em solos e rochas carbonatadas: o efeito tampão neutraliza a acidez causando poucos danos. • Solos graníticos: não são tamponados e em pH ácido, nutrientes essenciais à vida são dissolvidos e podem ser perdidos quando a água escoa. Além disso, Al e metais pesados (Mn, Pb, Cd, Hg, etc.) se solubilizam em meio ácido, passando à cadeia alimentar. 40 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos RELAÇÃO ENTRE pH E ALCALINIDADE Faixa de pH Alcalinidade > 9,4 Devido a OH- e CO3 = 8,3 – 9,4 Devido a HCO3 - e CO3 = 4,4 – 8,3 Devido a HCO3 - 41 Significado Sanitário: em geral, em águas para o consumo humano o pH não tem importância, mas seu conhecimento é essencial no tratamento, sobretudo no controle da coagulação, abrandamento, desinfecção e prevenção da corrosão. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 42 5. Acidez e Dióxido de Carbono Acidez: determinada pelo teor de CO2 e outros ácidos (ex., SO2). Presença de CO2 em Águas Naturais e Esgotos: devido ao CO2 atmosférico e ao produzido na decomposição microbiológica de MO. Águas em Equilíbrio com o Ar: possuem baixo teor de CO2, pois a concentração no ar é muito pequena [CO2]ar ≈ 0,035%. Altos Teores de CO2 na Água: devido à decomposição de MO por bactérias e respiração de microorganismos. Águas Naturais Ácidas: incomuns, a menos que sejam poluídas (CO2 e, mais raro, H2PO4 -, H2S, proteínas, ácidos graxos). Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Fe3+, Al3+ e outros íons metálicos podem contribuir para a acidez: Al(H2O)6 3+ Al(H2O)5OH 2+ + H+ 43 Aumento da Solubilidade do CO2: resulta na presença de HCO3 - e CO3 =, importantes na química da água devido aos equilíbrios: a) Equilíbrio entre CO2 dissolvido na água e CO2 no ar: CO2(água) CO2(atmosfera) b) Equilíbrio entre carbonatos dissolvidos e em sedimentos: MCO3 (sedimentos: sal pouco solúvel) M 2+ + CO3 = (carbonatos dissolvidos) Teores elevados de CO2: podem afetar a respiração e a troca gasosa de espécies aquáticas (não deve exceder 25 ppm). Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Formação de Cavernas: deve-se à circulação de água em rochas calcárias dissolvendo carbonatos na presença de CO2: CaCO3(s) + CO2(aq) + H2O Ca 2+ + 2HCO3 - Na água, a dissociação de CO2 é apenas parcial: CO2 + H2O HCO3 - + H+ Estalactites Estalagmites Por que HCO3 - predomina na maioria das águas naturais? Explicado pelo equilíbrio acima. Águas Mais Ácidas: [CO2] > [HCO3 - ] CO2total = (CO2livre + CO2combinado) CO2combinado = HCO3 - e/ou CO3 = 44 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 45 Fixação de Carbono na Água: produção de biomassa {CH2O} CO2 + H2O hν {CH2O} + O2 HCO3 - + H2O hν {CH2O} + O2 + OH - Água mais Alcalina: quando a sínteseda biomassa se dá a partir de carbono inorgânico. Significado sanitário: a presença de CO2 na água não é significa- tiva para o consumo humano e em pequena concentração con- fere um sabor agradável. Águas Industriais: CO2 contribui para a corrosão, danificando tubulações e equipamentos. Portanto, águas de alimentação de caldeiras não devem conter CO2. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 6. Corrosividade O2, CO2 e H2S dissolvidos tornam a água corrosiva a materiais: ferrosos (O2), não-ferrosos (H2S) e calcários (CO2). Ácidos minerais também contribuem para a corrosividade, mas não são comuns em águas não poluídas. RELAÇÃO ENTRE ACIDEZ, CONCENTRAÇÃO DE CO2 E pH pH Característica Acidez > 8,2 Ausência de CO2 livre Orgânica 4,5 – 8,2 H2CO3 não totalmente neutralizado Carbônica < 4,5 Presença de ácidos minerais fortes Mineral 46 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Em geral, águas superficiais encontram-se saturadas com O2 que se dissolve devido ao equilíbrio com O2 atmosférico: O2(g) O2(aq) 7. Oxigênio Dissolvido (OD) Dissolução de um Gás em um Líquido (em geral): há liberação de calor (H < 0) aumentos de T causam decréscimo da solubilidade do O2. 47 Origem: dissolução de O2 atmosférico e processos fotossintéticos. É essencial aos organismos aquáticos aeróbios que o utilizam no processo respiratório. Por que sob o ponto de vista ambiental é preocupan- te o despejo de águas quentes em corpos d’água? Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Redução da concentração de OD Pode ocasionar a morte de seres aquáticos aeróbios Além disso, a degradação de biomassa também consome O2: {CH2O} + O2 CO2 + H2O Aumento da velocidade de respiração dos organismos Decréscimo da solubilidade do oxigênio 48 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 8. Relação entre O2 Dissolvido e Matéria Orgânica (MO) Na Interface Ar/Água: o O2dissolvido deve-se à troca gasosa com o ar e também devido à fotossíntese: O2(g) O2(aq) 49 Subsaturação ou Supersaturação de OD: ocorrem quando: a) o equilíbrio é deslocado; b) contaminação bacteriológica que decompõe a MO: {CH2O} + O2 CO2 + H2O 6 CO2 + 6H2O hν C6H12O6 + 6 O2 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 50 Nas camadas subterrâneas do solo o teor de OD pode ser baixo devido à oxidação natural de ácidos minerais. O que ocorre no verão? Camadas Superficiais de Água: quentes e menos densas que as águas profundas mais frias Estratificação da Densidade Trocas gasosas entre as águas superficiais oxigenadas e as águas subterrâneas com menor teor de O2: muito limitadas. Além disso: a MO produzida nas águas superficiais penetra nas águas profundas onde é oxidada havendo decréscimo ainda maior da concentração de O2. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Velocidade de Consumo do O2 aumenta com: • Demanda de MO • Descarga direta de resíduos orgânicos 51 Altos Teores de OD: indicativos de contaminação por matéria orgânica. Baixos Teores: podem indicar intensa atividade bacteriana decompondo a matéria orgânica MO. {CH2O} + O2 CO2 + H2O Em Condições Anaeróbias: a água exala odor fétido devido à putrefação de organismos mortos por deficiência de OD. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 52 9. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) Quantidade de oxigênio necessário para estabilizar bioquimica- mente a MO decomponível por processos aeróbios. Indica a quantidade de O2 requerida na respiração de microorga- nismos aeróbios durante o consumo de MO. Análise: a estabilização total da MO carbonácea demora cerca de 20 dias e corresponde à última demanda bioquímica de oxi- gênio (DBOu 20). Como esse tempo é longo, foi estabelecido como padrão o consumo de MO em 5 dias. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Determina-se OD no dia da coleta e 5 dias após a incubação da amostra a 20oC. A diferença das concentrações corresponde ao consumo em 5 dias (DBO5 ou DBO5 20). Indiretamente indica o teor de carbono orgânico biodegradável. Quanto maior o teor de MO, maior o consumo de O2. 10. Demanda Química de Oxigênio (DQO): quantidade de O2 necessária à oxidação da MO por via química. DQO: oxidação por ação de substâncias químicas DBO: oxidação por ação de bactérias 53 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Análise de DQO: • Relativamente rápida em relação a DBO • Os processos de nitrificação não interferem. • Apenas a MO carbonácea é oxidada, mas a MO nitrogenada permanece inalterada. • São oxidadas a matéria biodegradável e a fração inerte (inclu- sive espécies inorgânicas), implicando em: Maior teor de O2 54 DQO > DBO Alto teor de DQO indica o grau de poluição por despejos industriais Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Relacionam-se à presença de: Bactérias, helmintos, fungos, vírus, protozoários, provenientes, em geral, de material fecal ou do solo. 55 Características Microbiológicas da Água Alguns microorganismos são patogênicos, outros só causam gosto e odor. Muitas doenças de propagação hídrica são causadas por microorganismos. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos • Produção excessiva de lodo • Liberação de compostos orgânicos que podem ser tóxicos ou causar sabor e odor desagradáveis • Turvação da água dificultando a penetração da luz solar resultando em menor teor de O2 Algas: através da fotossíntese são, em parte, responsáveis por O2 no meio aquático. Elevado teor de algas formação de densa massa orgânica 56 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos O comportamento das algas deve ser considerado no tratamen- to da água, pois podem obstruir os filtros de areia, aderir às paredes dos reservatórios, corroer estruturas metálicas e de concreto. 57 Águas Superficiais e Subterrâneas: possuem certo teor de contaminação bacteriana. Águas Correntes com Fluxos Acentuados: os efeitos das ativi- dades biológicas são minimizados. Cursos d’água de Fluxos mais Lentos: a atividade pode alterar significativamente a qualidade da água.Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 58 A energia liberada na fotossíntese é usada na conversão de água e CO2 (ou HCO3 -) em MO: CO2 + H2O hν {CH2O} + O2 HCO3 - + H2O hν {CH2O} + OH - + O2 Responsáveis pela Fotossíntese: a) Em águas naturais superficiais: plantas superiores e fito- plâncton (algas microscópicas); b) Em oceanos e lagos profundos: fitoplâncton é o principal responsável. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Classificação Conforme o Tamanho 59 Constituintes e Impurezas da Água • Partículas Suspensas - são as maiores (diâmetros > 1m) Microorganismos (bactérias, protozoários, vírus), larvas, insetos, argila, areia, etc. Partículas Suspensas Partículas Coloidais Materiais Dissolvidos Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Características das Partículas Suspensas Sedimentam em velocidades razoáveis Podem prejudicar processos e instalações industriais São retidas por filtros comuns Absorvem radiação eletromagnética Podem causar odor, sabor, cor, efeitos patogênicos Conferem cor escura à água 60 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos • Partículas coloidais: partículas com diâmetros que variam entre 1m < < 10-3 m (resíduos vegetais, sílica, vírus). Características Sedimentam lentamente Atravessam os poros de filtros de média porosidade Podem causar turbidez, acidez, sabor e efeitos patogênicos Não são removidas por filtros comuns e nem por sedimentação 61 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos • Materiais Dissolvidos: partículas dissolvidas que possuem diâmetro < 10-3 m. Gases Dissolvidos: O2, CO2, H2S, N2, CH4, etc. Sais Dissolvidos: Ca, Mg, Na, K, Fe, Mn, Cl-, SO4 =, HCO3 -, CO3 =, F-, NO3 - e NO2 - Não Sedimentam Atravessam os poros de filtros de média porosidade Não causam turbidez Não são removidas por processos comuns de filtração 62 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 1. Matéria orgânica MO: confere cor, odor e turbidez resultando em elevado consumo de O2 dissolvido devido à estabilização ou decomposição biológica. Em consequência da decomposição de MO há também aumento da concentração de H2S. 2.Compostos nitrogenados: NO2 -,NO3 - e sais amoniacais Fonte: esgotos domésticos e industriais, drenagens de áreas fertilizadas. Nitratos e sais amoniacais são solúveis e afetam significantemen- te a vida aquática, contribuindo para o desenvolvimento de algas. 63 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 3.Sais de Cálcio e Magnésio: HCO3 -, CO3 =, SO4 = e Cl- dissolvidos tornam a água dura. Os carbonatos e os bicarbonatos conferem alcalinidade, e os cloretos, corrosividade. 4.Sais de Sódio e Potássio Dissolvidos: HCO3 -, CO3 =, SO4 =, Cl- e F- de Na e K contribuem para o sabor, alcalinidade (CO3 = e HCO3 -) e efeito laxativo (Cl- e SO4 =). 5.Sais de Ferro e Manganês: indesejáveis em muitos processos industriais, pois mancham produtos têxteis e cerâmicos e inter- ferem em processos de tinturas. Em águas para consumo huma- no dão um sabor metálico. São tóxicos se as concentrações forem muito altas. 64 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Em Altos Teores Colorem a Água Tom avermelhado: sais de ferro Tom marrom forte: sais de manganês Fe(HCO3)2: sal de ferro mais comum, sobretudo em águas sub- terrâneas profundas, limpas e incolores. Em contato com o ar Fe2+ é oxidado a Fe3+ turvando a água, pois forma-se Fe2O3, que sedimenta (depósito marrom-avermelhado): Fe(HCO3)2 + O2 + 2 H2O 4 Fe(OH)3 + 8 CO2 4 Fe(OH)3 2 Fe2O3 + 6 H2O 65 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 6. Sais de Alumínio: comuns em solos, mas águas naturais não contêm esses sais em teores apreciáveis. Não causam efeitos sanitários. Em geral, encontram-se em solos e águas na forma insolúvel, mas em valores extremos de pH (muito alto ou muito baixo) se solubilizam. Meio Ácido Al(OH)3 + 3H + Al3+(aq) + 3H2O Meio Alcalino Al(OH)3 + OH - Al(OH)4 - (aq) 66 O pH da maioria das águas naturais situa-se entre 5 e 9, faixa na qual o Al está na forma insolúvel. É importante controlar a solubilidade, pois na forma solúvel é tóxico (em águas ácidas pode causar a morte de peixes). Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 8. Compostos de Arsênio: podem ter natureza inorgânica ou orgânica na forma tri ou pentavalente. 7. Sais de Cobre: em geral, não encontram-se em altas concen- trações em águas naturais. A presença em maior teor que o habitual indica poluição. Causam sabor desagradável podendo provocar vômitos e com- plicações hepáticas. Em alto teor são tóxicos à bactérias, peixes e outras espécies aquáticas 67 Estão presentes em pequenas concentrações em águas natu- rais, sobretudo águas muito alcalinas contendo NaHCO3. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Fontes de Arsênio: principalmente aspersão de pesticidas, pro- cessos industriais, mineração e conservação da madeira. São facilmente absorvidos pelo pulmão e trato gastrointestinal po- dendo causar envenenamento grave e até mesmo a morte. Alguns casos de câncer de pele e de pulmão estão associados à ação desses sais. 9.Cloretos: em geral, são constituintes naturais na água, mas quando presentes em maiores teores podem ser indicativos de poluição industrial ou por esgotos sanitários. Interferem em cer- tos processos industriais e podem atacar tubulações e equipa- mentos, pois conferem efeito corrosivo à água. 68 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos Altos teores de Cl-: águas contendo Cl- não são apropriadas para consumo humano, pois alteram o sabor e causam complicações fisiológicas em pessoas mais susceptíveis. CaCl2, MgCl2, NaCl e KCl possuem maior ação laxativa que os demais cloretos. 69 10.Fluoretos: em geral estão presentes em maior teor em águas subterrâneas, sobretudo alcalinas. Em teores adequados previnem cáries, mas em doses altas cau- sam fluorose, cujos sintomas manifestam-se por alterações ósseas, manchas e deformações nos dentes. Nos vegetais, têm efeito cumulativo e um dos sin- tomas da absorção é a perda da cor verde. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 11. Fosfatos: sais de Na, K, Ca,Mg e NH4 + são mais comuns. Essenciais aos seres vivos e através da fotossíntese incorpo- ram-se à estrutura celular dos vegetais. Fontes: 70 Sério problema do alto teor de fosfatos em águas paradas: Eutrofização • Resíduos agrícolas e industriais. • Processos naturais de lixiviação e drenagem de mi- nerais de solos e rochas ou decomposição da MO. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 12. Sílica: águas naturais contêm SiO2 entre 3 a 50 ppm. Águas muito alcalinas podem ter valores mais altos. Em geral, a presença favorece a formação de depósitos inde- sejáveis em sistemas industriais, além de conferir turbidez. 13.Gases: mais comuns: O2, CO2, H2S, N2 e SO2. Podem tornar a água ácida, corrosiva e com forte odor (gases sulfídricos). O2: animais aquáticos usam O2 dissolvido no metabolismo dos alimentos. A solubilidade do gás é baixa (0,0084 g/L) e, portanto, ao ser removido da água não é imediatamente substituído, im- plicando em consequências dramáticas para a vida aquática. 71 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos H2S e SO2 (11,3 g/mL): muito solúveis e contribuem mais que CO2 para a acidez da água. CO2: a disponibilidade é importante, pois as plantas aquáticas o usam na fotossíntese. Elevada concentração pode decorrer de atividades biológicas. N2: gás pouco solúvel (0,018 g/L), inerte e não causa efeitos. 14.Detergentes: sobretudo os não biodegradáveis causam sabor desagradável, espumas e são tóxicos quando presentes em teores elevados. 72 Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 15. Fenóis: podem resultar de processos industriais, hidrólise e oxidação fotoquímica de pesticidas organofosforados e carba- matos e da decomposição microbiana de herbicidas. São tóxi- cos e causam odor e sabor desagradáveis à água. 73 Interferem no processo de cloração, reagindo com cloro com formação de clorofenóis. 16.Pesticidas: tóxicos acima de certas concentrações. 17.Substâncias Radioativas: quando presentes provocam graves prejuízos ao homem e ao meio ambiente. Universidade Estadual do Ceará – Química Ambiental – Profa. Dra. Nadja Vasconcelos 74 Final do Capítulo
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