Buscar

apostila_anatomia_histenfermagem_21880

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AUXILIAR DE 
ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Anatomia Humana 
 
 História da Enfermagem 
UNIDADE 1: HISTÓRIA DA ENFERMAGEM 
1.1 O que é Enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .02 
1.2 A Profissão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .02 
1.3 A História da Enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 
1.4 Enfermagem Moderna. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .03 
1.5 Período de Florence Nightingale. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .03 
1.6 Período de Ana Néri. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .05 
1.7 A Enfermagem no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .06 
1.8 Período de Wanda Horta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .07 
1.9 O símbolo da Enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .09 
1.10 Canção Símbolo da Enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 
1.11 Juramento da Enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 
 
 
UNIDADE 2: ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 
 
2.1 Definição de Anatomia ...............................................................................................11 
2.2 Definição de Citologia ...............................................................................................11 
2.3 Morfologia Celular e suas Principais Organelas .........................................................11 
2.4 Nosso Corpo ..............................................................................................................13 
2.5 Tecidos.......................................................................................................................14 
2.6 Estrutura do Corpo ....................................................................................................16 
2.7 Órgãos e Sistemas.....................................................................................................18 
2.8 Sistema Tegumentar..................................................................................................18 
2.9 Sistema Esquelético...................................................................................................20 
2.10 Sistema Muscular.....................................................................................................31 
2.11Sistema Circulatório..................................................................................................34 
2.12Sistema Nervoso.......................................................................................................43 
2.13Sistema Endócrino....................................................................................................51 
2.14Sistema Respiratório.................................................................................................53 
2.15Sistema Digestivo......................................................................................................57 
2.16 Sistema Urinário.......................................................................................................63 
2.17 Sistema Reprodutor.................................................................................................65 
2.18 Referências Bibliográficas.......................................................................................71 
 
 
 
 
 
 
2 
UNIDADE 1 - HISTÓRIA DA ENFERMAGEM 
 
1.1 O que é Enfermagem? 
 
É a Ciência e Arte de cuidar. 
Uma ciência fundamentada no cuidado e sua relação com outas ciências. Uma 
Arte de prestar um cuidado adequado e com qualidade. Objetivando a promoção de 
saúde voltada ao bem-estar biopsicossocial, ou seja, atua na prevenção, tratamento e 
recuperação da saúde, voltada ao indivíduo família e comunidade. 
 
1.2 A profissão 
 
A Enfermagem como profissão se destina a quatro níveis de formação 
regulamentados pela Lei nº 7498 de 25 de junho de 1986 que dispõe: 
Parágrafo único. 
“A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo 
Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, 
respeitados os respectivos graus de habilitação. ” 
 
Onde são definidos nos artigos: 
Art. 6º São enfermeiros: 
I -O titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de 
ensino, nos termos da lei; 
 Art. 7º São Técnicos de Enfermagem: 
I -O titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, 
expedido de acordo com a legislação e registrado pelo órgão competente; 
Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem: 
I -O titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por 
instituição de ensino, nos termos da lei e registrado no órgão competente.” 
 
1.3 HISTÓRIA DA ENFERMAGEM 
 
Desde os primórdios do tempo, o cuidar, foi tido como um ato caridoso, instintivo 
e maternal, destinado aos que necessitavam: enfermos, idosos e crianças, tais 
atitudes garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência. 
 Na era Antes de cristo (4.000 a 1.000 a.C.): A doença é tida como castigo 
divino, ou possessões malignas, portanto o cuidado era feito por curandeiros, 
sacerdotes e feiticeiros. Nessa época observou-se a utilização de plantas com “poder” 
curativo, e começou a haver diferenciação entre quem sabia como tratava e quem 
aplicava o cuidado. 
 Egito: Os cuidados eram realizados por sacerdotes usando plantas, mas 
associava o cuidado a orações, reunindo ciência e religião. 
Índia: há relatos de pequenas cirurgias como Cesárias. 
Palestina: Moisés tido como primeiro sanitarista com uso de isolamento dos 
doentes, conceitos de expurgo e desinfecção. 
Assíria e Babilônia: crendices baseadas em magias, tratava-se os enfermos 
usando senso comum: “banho, dieta, massagens”, tinham costume de “expor os 
doentes nas ruas, solicitando o conhecimento de quem passasse para trata-los” 
Pérsia: já listavam sintomas e ervas medicinais. 
 
 
https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-j2Lt6Jw7PaU/ToxlBQ4MN2I/AAAAAAAAAE4/1ecFcrKb78g/s1600/egito.gif&imgrefurl=http://dessacdias.blogspot.com/2011_10_01_archive.html&docid=CvdGYLpQGM_vCM&tbnid=WlaH0IhuGVVNvM:&vet=1&w=500&h=313&bih=651&biw=1366&q=hist%C3%B3ria%20da%20enfermagem&ved=0ahUKEwjXq5-U3YvRAhWHj5AKHR5ODI04ZBAzCBUoEzAT&iact=mrc&uact=8
https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-j2Lt6Jw7PaU/ToxlBQ4MN2I/AAAAAAAAAE4/1ecFcrKb78g/s1600/egito.gif&imgrefurl=http://dessacdias.blogspot.com/2011_10_01_archive.html&docid=CvdGYLpQGM_vCM&tbnid=WlaH0IhuGVVNvM:&vet=1&w=500&h=313&bih=651&biw=1366&q=hist%C3%B3ria%20da%20enfermagem&ved=0ahUKEwjXq5-U3YvRAhWHj5AKHR5ODI04ZBAzCBUoEzAT&iact=mrc&uact=8
 
 
 
3 
China: usava-se a homeopatia, acupuntura, anestesia a base de ópio e 
realizavam cirurgias. 
Grécia: Hipócrates considerado o pai da medicina ocidental, valorizava a 
Prevenção: “Primeiro remédio é não contrair a doença” e relacionava boas atitudes 
como “ar puro, dietas, água, sol” à saúde. 
Roma: valorizava higiene pessoal e da cidade – banhos diários, agua limpa, 
casa arejada, saneamento, cidade limpa e a Medicina era realizada por escravos 
gregos. 
Depois de Cristo: O cuidar era sinônimo de Amor e caridade, e a assistência era 
feita por diáconos e diaconisas, freiras, padre. E começam a surgir casa para 
acomodação dos necessitados que posteriormente passa a ser chamada de Hospitais. 
Na idade média esse cuidado era realizado por pessoas leigas e de moral duvidosa, e 
sem preparo para tal,as acomodações eram insalubres sem ventilação ou iluminação. 
A partir do século XVII os hospitais passaram a ser local de cura e formação 
profissional na área da saúde. 
E em meados do século XVI, a Enfermagem já começa a ser vista como uma 
atividade profissional institucionalizada e, no século XIX, vista como Enfermagem 
moderna na Inglaterra. 
A partir daí, foram catalogados definições e padrões para a profissão e a ANA 
(American Nurses Association) define a Enfermagem como "uma ciência e uma arte, 
levando em consideração que o objetivo principal do trabalho é o de cuidar dos 
problemas reais de saúde, por meio de ações interdependentes com suporte técnico – 
científico, bem como reconhecer o papel significativo do enfermeiro de educar para 
saúde, ter habilidades em prever doenças e o cuidado individual e único do paciente". 
 
1.4 ENFERMAGEM MODERNA 
 
O avanço da Medicina vem 
favorecer a reorganização dos 
hospitais. É na reorganização da 
Instituição Hospitalar e no 
posicionamento do médico como 
principal responsável por esta 
reordenação, que vamos encontrar as 
raízes do processo de disciplina e 
seus reflexos na Enfermagem. 
Naquela época, estiveram sob piores 
condições, devido a predominância de 
doenças infecto-contagiosas e a falta 
de pessoas preparadas para cuidar 
dos doentes. 
 
Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os 
pobres, além de não terem esta alternativa, tornavam-se objetos de instrução e de 
experiências que resultariam num maior conhecimentosobre as doenças em benefício 
da classe abastada. É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, quando 
Florence Nightingale é convidada pelo Ministro da Guerra de Inglaterra para trabalhar 
junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia. 
 
1.5 PERÍODO FLORENCE NIGHTINGALE 
 
 
 
 
4 
 
 
Seu nome está intimamente ligado à Cruz Vermelha, pois foi ela quem 
estabeleceu as bases da atual organização internacional voltada ao socorro de 
doentes e feridos, seja em época de paz ou de guerra. Na infância feliz que teve, ela já 
demonstrava o desejo de servir. 
Se um braço ou uma perna de uma boneca se quebrasse, ninguém tinha mais 
habilidade do que ela para reparar o dano. Ela já dava mostras de ser uma enfermeira 
nata. Um dia Nightingale conheceu uma mulher piedosa, a senhora Elizabeth Fry, 
através de quem soube de uma instituição na Alemanha voltada para a formação de 
enfermeiras, e decidiu se matricular. Mas aquele tempo, as enfermeiras eram 
conhecidas pela má conduta e ineficiência no trabalho. Os pais de Nightingale, 
naturalmente, ficaram preocupados com a idéia de sua filha tornar-se enfermeira. 
Tentaram dissuadi-la da idéia, mas sua decisão era inabalável. 
Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga 
ainda insuficiente, visita o Hospital de Dublin dirigido pelas Irmãs de Misericórdia, 
Ordem Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irmãs de 
Caridade de São Vicente de Paulo e aos 33 anos, Nightingale tornou-se 
superintendente de um sanatório de caridade em Londres. Depois de um ano de 
trabalho o sanatório, em 1854, Inglaterra, França e a Turquia declaram guerra à 
Rússia: é a Guerra da Criméia. Os soldados acham-se no maior abandono. A 
mortalidade entre os hospitalizados é de 40%. 
Nightingale foi encarregada a cuidar de um grande hospital militar em Scútari. A 
situação precária em Scútari já era conhecida dos ingleses, mas, de perto, as 
condições eram bem piores. Nightingale descobriu que o hospital estava abarrotado 
de pacientes, a ventilação era péssima e faltava material hospitalar como macas, 
talas, ataduras e remédios. 
Mesmo naquele inferno, Nightingale de maneira nenhuma perdeu a esperança. 
No início, pessoas invejosas antipatizaram-se com ela e faziam de tudo para 
atrapalhá-la. Mas Nightingale, com seu modo cortês e muita dedicação ao trabalho, 
logo se tornou indispensável ao hospital. Dias depois de Nightingale assumir o cargo, 
a sujeira e a confusão deram lugar à limpeza e à ordem. Ela e suas devotadas 
enfermeiras cuidaram dos soldados, arrumaram a cozinha e a lavanderia e, nos 
poucos momentos livres, escreveram cartas às famílias dos soldados. Todas as 
noites, Nightingale fazia a ronda, carregando uma pequena lamparina, parando para 
confortar ou cuidar dos pacientes insones. Os feridos atè “beijavam” a sombra que se 
projetava quando ela passava pelos leitos e chamavam-se de “A Dama da 
Lâmpada”. Após seis meses, ela foi para Sebastopol para ver como os doentes e 
Florence (1820 -1910) - Enfermeira que criou 
o conceito moderno de enfermagem. 
Esta mulher em particular, foi uma referência na 
enfermagem. 
Nascida a 12 de Maio de 1820, em Florença, 
Itália, era filha de ingleses. Possuía inteligência 
incomum, tenacidade de propósitos, determinação e 
perseverança, o que lhe permitia dialogar com 
políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer 
suas idéias. Dominava com facilidade o inglês, o 
francês, o alemão, o italiano, grego e latim. 
 
 
 
 
5 
feridos estavam sendo tratados. Mas, infelizmente, ela adoeceu e teve de permanecer 
num sanatório local. Nightingale recusou-se a ser dispensada e a voltar para casa. 
Regressou a Scútari e, mesmo depois de terminada a guerra – com a tomada de 
Sebastopol -, permaneceu no hospital até que o último ferido pudesse retornar ao lar. 
O povo pretendia realizar uma grande festa de boas vindas para a nobre mulher, 
mas ela se recusou a aceitar os presentes e as honras que certamente lhe cabiam. 
Mas como sinal de agradecimento de toda a nação, foi inaugurado, em 1871, a escola 
de Enfermagem no Hospital St. Thomas, que passou a servir de modelo para as 
demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo 
militar, era uma das características da escola Nightingaleana, bem como a exigência 
de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia em 
aulas diárias ministradas por médicos 
Nas primeiras escolas de Enfermagem, o médico foi de fato a única pessoa 
qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir quais das suas funções poderiam 
colocar nas mãos das enfermeiras. 
Assim, a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, 
desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem 
atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma 
prática social institucionalizada e específica. 
Apesar das dificuldades que as pioneiras da Enfermagem tiveram que enfrentar, 
devido à incompreensão dos valores necessários ao desempenho da profissão, as 
escolas se espalharam pelo mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a 
primeira Escola foi criada em 1873. Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas 
começam a prestar serviços a domicílio em Nova Iorque. 
Florence Nightingale viveu até os noventas anos, morrendo em 13 de Agosto de 1910, 
deixando florescente o ensino de Enfermagem. Na cerimônia fúnebre, estavam 
presentes alguns dos velhos soldados que haviam sido tratados por ela na Criméia, e 
que se lembravam dela com amor e gratidão. 
 
1.6 PERÍODO ANA NÉRI 
 
(13/12/1814 + 20/05/1880) 
Ana Justina Ferreira Néri 
 
Nasceu na vila de Cachoeira de Paraguaçu-BA, 
em 13 de Dezembro de 1814. Aos 51 anos de 
idade, viúva e católica praticante, a baiana Ana 
Justina Ferreira Néri tomou uma decisão 
histórica que construiu uma das mais belas 
páginas do heroísmo em meio à carnificina da 
Guerra do Paraguai (1865 -1870). Deixou 
prevalecer seu coração de mãe e decidiu 
acompanhar os filhos e os irmãos na maior luta 
armada da América Latina. Serviu de enfermeira 
voluntária, enfrentou a morte de perto para 
salvar muitas vidas, inclusive de inimigos da 
pátria, e se tornou um exemplo no mundo, como 
precursora da Cruz Vermelha no Brasil. 
. 
Hoje, Ana Néri é considerada como a Patronados Enfermeiros do Brasil. Foi em 
uma manhã fria do recôncavo baiano, de 8 de que Ana néri escreveu uma carta, cujo 
destinatário foi o presidente da Província da Bahia (equivalente a governador, na 
 
 
 
 
6 
época), Manuel Pinto de Souza Dantas: 
"Eu me chamo Ana Justina Ferreira Néri. Sou mãe de três 
rapazes que acabaram de partir para a guerra. Eles eram tudo o 
que tinha, pois o pai morreu quando eu estava com 29 anos. Não 
podendo resistir à saudade deles, suplico-lhe que me deixe 
acompanhá-los. Prometo que trabalharei como enfermeira em 
qualquer hospital e em defesa de todos aqueles que sacrificarem 
suas vidas pela honra nacional e a integridade do Império". 
Dois dias depois veio a resposta à súplica de uma mulher, o presidente da 
Província expediu ordens ao comandante do Conselho das Armas para que Ana Néri 
fosse contratada como a primeira enfermeira brasileira na Guerra do Paraguai. O 
comunicado oficial foi publicado, na edição de 13 de agosto de 1885 do Diário da 
Bahia. Com a aceitação, Ana Néri se transformaria na primeira enfermeira voluntária 
do país, na "Patrona dos Enfermeiros" e, mais ainda, na precursora da Cruz Vermelha 
no Brasil. 
A prática de cuidar dos doentes, Ana Néri adquiriu em Salvador, com as irmãs 
da Ordem de São Vicente de Paulo, considerado o "pai da caridade", pela Igreja 
Católica. Com as freiras vicentinas, aprendeu noções de higiene pessoal, primeiros-
socorros, a aplicar injeções, controlar hemorragias, dissecar feridas e fazer remédios 
caseiros, como um a base de pimentão amarelo, potente antiinflamatório. Porém, a 
habilidade ambulatorial que mais se revelaria útil nos campos de batalha foi a de 
cauterização, feita com uma lâmina quente (geralmente facão), que salvaria muitas 
pernas, braços e vidas. 
Por sua índole pacifista, antes de decidir acompanhar os filhos e os irmãos, Ana 
Néri refletiu muito sobre o sentido da guerra. 
Tendo entrado na história como nossa primeira enfermeira voluntária, numa 
época em que ainda não havia profissional de nível universitário nessa área, foi quem 
mais contribuiu para que os brasileiros se conscientizassem do quão importante é a 
Enfermagem como profissão. 
De volta ao Brasil, em 1870, Ana Néri recebeu várias homenagens: foi 
condecorada com as medalhas de prata humanitária e da campanha e recebeu do 
imperador uma pensão vitalícia, com a qual educou quatro órfãos que recolhera no 
Paraguai. Ana Néri morreu no Rio de Janeiro -RJ, no dia 20 de Maio de 1880. 
A primeira escola oficial de enfermagem de alto padrão no Brasil, fundada por 
Carlos Chagas em 1923, recebeu em 1926 o nome de "Ana Néri", em homenagem a 
primeira enfermeira brasileira. 
 
1.7 A ENFERMAGEM NO BRASIL 
 
1980 - Criação da escola de enfermagem Alfredo Pinto no Rio de Janeiro. 
1914 – Participação da crus vermelha brasileira na Primeira guerra mundial. 
1923 – Primeira escola de enfermagem no modelo “Nightgale”, Escola Ana Neri. 
1926 - Fundação da Associação de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras 
1944 – Renomeação da Associação Brasileira de enfermagem (ABEn) 
1949 – Lei nº775 exige educação de enfermagem em centros universitários 
1962 – Criação do Curso Superior de Enfermagem 
1973 – Criação do conselho federal de enfermagem, órgão disciplinador do 
exercício profissional (Cofen – Coren) 
COFEN: Normatiza as atividades de enfermagem; 
 
 
 
7 
COREN: fiscaliza o cumprimento das leis do exercício profissional (Coren de cada 
estado ou Federação) 
1975 – Reconhecimento do curso técnico de Enfermagem 
 1981 – Regularização do curso de mestrado em enfermagem. 
 1986 - Criação do Sistema Único e Descentralizado de Saúde SUDS. 
Promulgação da Lei nº 7498/86 art 23 a autorização aos agentes sem formação 
especifica legalmente regulada, mas que executam atividades compreendidas nos 
serviços de enfermagem, para exerceram as atividades por prazo de 10 anos. 
1988 - Publicada a constituição Federativa com inclusão do Capítulo de saúde, 
que institui o Sistema Único de Saúde (SUS) com nova formulação política e 
organizacional para reordenamento dos serviçoes e ações de saúde. 
Segundo o Ministério de Saúde os princípios doutrinários do SUS são: 
Universalidade: garantia de atenção a todo e qualquer cidadão. 
Integralidade: perceber o homen como ser integral (biopsicossocial) 
Equidade: garantia de ações de serviços em todos os níveis, sem privilégios e sem 
barreiras. 
Descentralização: com direção única em cada esfera do governo, porque quem está 
próximo da população tem amior probabilidade de acerto. 
Participação da comunidade por meio dos conselhos, intensificando a democracia do 
sistema. 
2004 – Resolução Cofen nº 294/2004 – institui 20 de maio como dia nacional dos 
técnicos e auxiliares de enfermagem. 
2007 – Resolução Cofen nº311/2007 – reformulação do código de ética, 
determinando que todos os profissionais devem conhecer inteiramente o código. 
2009 – Resolução Cofen nº358 dispõe sobre a Sistematização da Assistência de 
Enfermagem 
 2012 - Resolução do Cofen 422 que normatiza a atuação, dos profissionais de 
enfermagem, nos cuidados ortopédicos e precedimentos de imobilização. 
 
1.8 PERÍODO DE WANDA HORTA 
 
WANDA DE AGUIAR HORTA 
“Enfermagem è gente que cuida de gente” 
(1926 a 1981) 
 
Nasceu em 11 de agosto de 1926, natural 
de Belém do Pará, cursou Enfermagem na 
USP em 1948, formou-se em História 
Natural, fez pós-graduação em Pedagogia 
e Didática Aplicada à Enfermagem e 
obteve Doutorado em Enfermagem, 
exercendo ainda Livre Docência na USP. 
Trabalhou em diversas instituições no 
período de 1948 a 1958 entre as quais 
destacamos, Chefe de Enfermagem do 
Serviço de Enfermagem do Hospital 
Central Sorocabano, São Paulo, no 
período de 1954 a 1955 e como 
professora do Curso de Auxiliares de 
Enfermagem do Hospital Samaritano, São 
Paulo, no período de 1956 a 1958. 
 
 
 
 
8 
Na escola de enfermagem da Universidade de São Paulo no período de 1959 a 1981, 
como professora auxiliar de Ensino da cadeira de Fundamentos de Enfermagem de 
1959 a 1968, como Professor Livre Docente no período de 1970 a 1974, como 
Professor Titular das disciplinas Introdução à Enfermagem e Fundamentos de 
Enfermagem, no período de 1968 a 1974, como Professor adjunto de 1974 a 1977. 
Em 1981, ano do seu falecimento, foi proclamada Professor Emérito pela Egrégia 
Congregação da Escola de Enfermagem da USP. 
Horta buscou ao longo de sua trajetória criar e transmitir um conceito de 
enfermagem que englobasse os aspectos, muitas vezes conflitantes, de arte 
humanitária, ciência e profissão. 
Adorava dar aulas que eram sempre enriquecidas por sua cultura geral e 
científica e seu maior prazer era acompanhar os estágios dos alunos. 
Ao retornar à Escola de Enfermagem da USP, em 1959, começa a desenvolver o 
núcleo central de seu trabalho que constitui na elaboração de vasta fundamentação 
teórica para a enfermagem, culminando com a elaboração da Teoria das 
Necessidades Humanas Básicas. Essa teoria é considerada o ponto alto de seu 
trabalho e a síntese da todas as suas pesquisas. 
A obra de Horta permite ser interpretada, na enfermagem brasileira, como um 
divisor de épocas - antes de se falar em teorias de enfermagem e depois, quando se 
fala sobre teorias de enfermagem construída por enfermeiros. 
Duas questões fundamentais foram perseguidas no trabalho de Wanda Horta. A 
primeira, a quem serve a enfermagem? Respondida finalmente em sua teoria como 
uma afirmação: "a enfermagem é um serviço prestado ao ser humano", e a segunda, 
com que se ocupa a enfermagem? Respondida então que "a enfermagem é parte 
integrante da equipe de saúde e como tal se ocupa em manter o equilíbrio dinâmico, 
prevenir desequilíbrios e reverter desequilíbrios em equilíbrio do ser humano". 
Em 1968 ela publica pela primeira vez seu próprio conceito de enfermagem: 
"Enfermagem é ciência e a arte de assistiro ser humano no atendimento de suas 
necessidades básicas, de torná-lo independente desta assistência através da 
educação; de recuperar, manter e promover sua saúde, contando para isso com a 
colaboração de outros grupos profissionais". 
Suas realizações são tantas que se torna impossível enumerá-las. Participou em 
muitas conferências em diversos pontos do país e no exterior, organização de cursos 
de graduação e pós-graduação em diversos estados brasileiros, o comparecimento em 
atividades culturais no Brasil e no exterior, a orientação de diversos trabalhos de 
pesquisa, participação em inúmeras comissões de estudo e bancas examinadoras. 
Horta enfrentou muitas resistências. As idéias desta pioneira perturbaram os 
baluartes conservadores da enfermagem. Inúmeras barreiras tiveram que ser 
vencidas. Para melhor divulgar suas idéias, criou e manteve de 1975 a 1979, sem 
apoio de qualquer órgão oficial, a revista Enfermagem em Novas Dimensões, onde 
divulgou 13 artigos e 22 editoriais. 
Esta publicação se tornou um marco editorial da enfermagem brasileira. Era uma 
revista dinâmica, de diagramação moderna, voltada para a divulgação e o estímulo à 
pesquisa científica na comunidade da enfermagem. 
Suas armas nesta batalha foram sua inteligência viva, seu carisma pessoal, sua 
disposição sem limites e seu entusiasmo pela enfermagem. 
Atravessou momentos difíceis, vitima de uma doença degenerativa, a esclerose 
múltipla, tendo vivido os últimos anos de sua vida em cadeira de rodas. 
 
 
 
 
9 
Em fevereiro de 1981, quando se aposentou, o Professor Dr. Carlos da Silva Lacaz 
externou os sentimentos de todos os funcionários, professores e alunos da Escola de 
enfermagem dizendo do apreço que lhe era atribuído por dignificar a classe a que 
servia e, pela contribuição que havia dado ao desenvolvimento da enfermagem em 
nosso país, lhe outorgava o título de professor Emérito, a ser entregue posteriormente. 
Horta faleceu em 15/06/1981 deixando inúmeros estudos e contribuições à 
comunidade científica. 
 
1.9 O SÍMBOLO DA ENFERMAGEM 
 
Segundo a Resolução COFEN-218/1999, fala sobre “padronização de juramento, 
pedra, cor e símbolos a serem utilizados nas solenidades de formaturas ou 
representativas da profissão”. Considerando as diversas consultas sobre o tema, que 
constantemente são efetuadas; Resolve: 
Art. 1º Aprovar o regulamento anexo que dispõe sobre juramento a ser proferido 
nas solenidades de formatura dos cursos de Enfermagem, bem como a pedra, a cor e 
o brasão ou marca que representará a Enfermagem, em anéis e outros acessórios que 
venham a ser utilizados em nome da profissão. Esta Resolução entra em vigor na data 
de sua publicação (RJ, 09 de julho de 1999). Os significados dados aos símbolos 
utilizados na Enfermagem são os seguintes: 
Lâmpada: caminho, ambiente 
Cobra: magia, alquimia Cobra + cruz: ciência 
Seringa: técnica 
Pedra símbolo da Enfermagem: esmeralda 
Cor que representa a Enfermagem: verde esmeralda 
Cor verde: paz, tranquilidade, cura, saúde 
 
Enfermeiro: lâmpada e cobra + cruz 
 
Técnico e Auxiliar de Enfermagem: lâmpada e seringa II 
 
 
 
1.10 CANÇÃO SIMBOLO DA ENFERMAGEM 
 
Resolução COFEN-265/2001 
Institui Canção Símbolo da Enfermagem. O Conselho Federal de Enfermagem -
COFEN, CONSIDERANDO o Festival Nacional, sobre Profissionais da Vida, ocorrido 
http://www.ellusaude.com.br/enfermagem/imagem/foto_simb_enf.gif
http://www.ellusaude.com.br/enfermagem/imagem/foto_simb_enf.gif
 
 
 
10 
entre e julho e outubro/2000, sob os auspícios do COFEN, em rede nacional de 
televisão, através do Programa Raul Gil; 
RESOLVE: 
Art. 1º -Instituir a Música "Amor e Luz", vencedora do Festival Nacional sobre 
Profissionais da Vida, de autoria de W. Luz e N. Farias, como Canção Símbolo da 
Enfermagem Brasileira. 
Art. 2º-A letra da Canção citada no dispositivo anterior, é parte anexa do presente ato. 
 
Amor e Luz 
 
A mão que toca e faz A dor fica menor O seu olhar afaga Amor e Luz No silêncio 
das noites O guardião da vida Basta você chamar Vive a vida Pra tantas vidas 
Muitas vezes sem saída Nem o tempo cura as vezes essas feridas Mas um 
sedativo é sempre o ombro amigo Nem o tempo cura as vezes essas feridas, 
Mas um sedativo é sempre o ombro amigo O Enfermeiro, a Enfermeira 
Transcendem suas lutas pelos leitos O Enfermeiro, a Enfermeira Já é eleito em 
nossos corações amor e luz Amor e Luz Amor e Luz, uma bandeira branca avisa 
A vida sempre vale mais Amor e Luz Amor e Luz, chama acesa Vida em tantos 
hospitais Vive a vida... 
 
Autores: W. Luz / n. Farias 
 
 
 
1.11 JURAMENTO DA ENFERMAGEM 
 
“Solenemente, na presença de Deus e desta assembleia, juro: Dedicar minha vida 
profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa 
humana, exercendo a Enfermagem com consciência e fidelidade; guardar os segredos 
que me forem confiados; respeitar o ser humano desde a concepção até depois da 
morte; não praticar atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser 
humano; atuar junto à equipe de saúde para o alcance da melhoria do nível de vida da 
população; manter elevados os ideais de minha profissão, obedecendo aos preceitos 
da ètica, da legalidade e da mora, honrando seu prestígio e suas tradições”. 
 
 
 
 
11 
UNIDADE 2 – ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 
 
2.1 DEFINIÇÃO DE ANATOMIA: é a ciência que estuda a estrutura de um organismo 
micro e macroscopicamente e das relações entre si. 
A ANATOMIA HUMANA se divide em: 
ANATOMIA MACROSCÓPICA: é o estudo das estruturas gerais do corpo como: 
Cabeça, pescoço, tórax, abdômen e membros; 
ANATOMIA MICROSCÓPICA: estuda as estruturas que só podem ser vistas através 
do microscópio, pois, inclui a observação e estudo das células (citologia) e o estudo 
dos tecidos (histologia). 
DEFINIÇÃO DE FISIOLOGIA HUMANA: é o estudo das funções do corpo. O ser 
humano, assim como os demais organismos que possuem vida, é composto por 
estruturas altamente complexas e organizadas. O organismo é constituído por 
sistemas, como por exemplo, o respiratório, circulatório e digestório e estes sistemas 
são compostos por vários órgãos, como por exemplo, o digestivo que compreende: a 
boca, esôfago, estômago, intestino e glândulas anexas. Cada um desses órgãos é 
constituído de camadas diferentes denominadas de tecidos, como por exemplo, tecido 
epitelial do intestino que é responsável pela absorção dos alimentos. O tecido por sua 
vez é constituído por inúmeras unidades fundamentais chamadas células, que a 
menor unidade viva básica de um organismo. Cada célula possui organelas que são 
formadas por moléculas e, finalmente são compostas por átomos. 
 
 
2.2. DEFINIÇÃO CITOLOGIA: a citologia estuda as células, que são estruturas 
visíveis somente com o auxilio do microscópio, e que apresentam variações quanto a 
forma e ao tamanho. Podemos citar como exemplo: 
Células MUSCULARES, que tem desenvolvida a capacidade de contratilidade, ou 
seja, habilidade para se mover ou contrair; 
Células NERVOSAS especializadas em condutividade, ou seja, habilidade para de 
perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma 
alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso 
nervoso. 
 
 
2.3 MORFOLOGIA CELULAR E SUAS PRINCIPAIS ORGANELAS 
 
A célula é composta de duas partes principais: o núcleo e o citoplasma. O núcleo 
é centro de controle da célula, ele controla as reações químicas que ocorrem na célula 
e também controla a reprodução celular. O citoplasma corresponde ao compartimento 
líquido, entre a membrana nuclear e a membrana celular ou plasmática, onde 
podemos encontrar as organelas. 
No CITOPLASMA estão localizadas estruturas com funções específicas 
denominadas organelas. As principais organelas são: 
Átomo = molécula Célula = tecido = órgão = sistema = 
organismo 
Parte não viva Parteviva 
 
 
 
 
12 
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO: formado por uma rede de estruturas tubulares e 
vesículas achatadas, suas paredes possuem a mesma constituição lipoprotéica 
(constituída de uma combinação de lipídios e proteínas) da membrana plasmática. 
Suas principais funções são: 
 Transporte de substâncias no interior da célula; 
 Regulação de pressão osmótica; 
 Armazenamento de substâncias e 
 Facilitação das reações enzimáticas. 
 
COMPLEXO DE GOLGI: está intimamente associado ao reticulo endoplasmático, 
possuindo membranas semelhantes. É constituído por quatro ou mais camadas de 
vesículas delgadas e achatadas, situadas próximo ao núcleo. Possui inúmeras células 
secretoras 
Suas principais funções são: 
 Liberar para o citoplasma os lisossomos, as vesículas secretoras e outros 
componentes citoplasmáticos; 
 Concentra e estoca proteínas em suas vesículas; 
 Nas membranas do aparelho de Golgi contém enzimas necessárias para 
sintetizar carboidratos e acoplá-los à proteína. 
 
LISOSSOMOS: são representados por pequenas bolsas cheias de enzimas digestivas 
e envolvidas por uma membrana lipoprotéica. 
Suas principais funções são: 
 As enzimas digerem material englobado pelas células ou, em alguns casos os 
próprios constituintes celulares. 
 Também são capazes de matar as bactérias transportadas para o interior das 
células. 
 
MITOCÔNDRIAS: são consideradas as usinas das células, pois, sem elas, as células 
seriam incapazes de extrair quantidades significativas de energia a partir dos 
nutrientes e do oxigênio, sendo o local onde ocorre a respiração celular. 
 
 
 
CÉLULA 
 
 
 
 
13 
 
CENTRÍOLOS: tem a forma de bastonetes e encontram-se, geralmente, próximos à 
região do núcleo, parecem estar relacionados com certos movimentos dentro das 
células, principalmente, relacionados com a divisão celular. 
 
RIBOSSOMOS: são pequenas partículas do citoplasma que constituídas de RNA 
ribossômico (RNAr) e proteínas. Os ribossomos são o sítio onde novas proteínas são 
sintetizadas na célula para seu consumo. 
 
2.4. NOSSO CORPO 
 
O corpo é composto por cerca de 60% de liquido dentro da célula (liquido 
intracelular) e fora das células (extracelular). No liquido extracelular estão presentes 
os compostos necessários para a manutenção da vida das células; que são 
transportados pela circulação sanguínea chegando a todos os órgãos do corpo 
humano. As células serão capazes de viver, crescer e desempenhar suas funções na 
medida em que o liquido extracelular fornecer quantidades suficientes de água, 
oxigênio, carboidratos (açúcar), diferentes íons (sais minerais dissolvidos na água), 
aminoácidos (proteínas) e lipídios (gordura). 
 
ÁGUA 
A água dentro da célula funciona como um solvente dos sais e das substâncias 
orgânicas, 
Suas principais funções são: 
 Facilitar a ocorrência das reações químicas das moléculas em solução; 
 Transporte de substâncias tanto dentro quanto fora da célula e; 
 Auxiliar na regulação da temperatura corpórea através da transpiração que 
retira o excesso de calor. 
 
A presença da água para o bom funcionamento do organismo é crucial, sendo que 
uma desidratação de 10% pode ser fatal. 
 
SAIS MINERAIS 
Os sais minerais constituem os principais componentes inorgânicos (que não 
contem átomos de carbono em sua estrutura) presente na célula. Existem no 
organismo sob 
duas formas: 
 Associados aos componentes da estrutura esquelética, portanto, pouco 
disponíveis para as células e 
 Dissolvidos na água dissociados dos íons. Variações na quantidade destes 
íons modificam profundamente a permeabilidade e a viscosidade das células, 
possuindo papel no fluxo de água entre o meio extra e intracelular 
 
CARBOIDRATOS 
 Os carboidratos, também conhecidos como açúcares, são constituídos de 
moléculas orgânicas constituídas por carbono, hidrogênio, oxigênio. Sua 
função principal é o fornecimento de energia para o funcionamento das 
células 
 
 
 
14 
 
LIPÍDIOS 
Os lipídios, além de estarem presentes como componente de inúmeras estruturas 
celulares, tais como, nas membranas celulares, possuem também o papel de reserva 
energética. 
 
PROTEÍNAS 
As proteínas são formadas por moléculas grandes e de estruturas complexas 
compostas por unidades menores chamadas de aminoácidos. Elas são substâncias de 
grande importância para os seres vivos, podendo ser: 
• Estrutural: compondo matéria viva; 
• Enzimas: facilitando as reações químicas celulares ou ainda; 
• Anticorpos: funcionando como substâncias de defesa. 
 
2.5 TECIDOS 
 
Na maioria dos animais, incluindo o homem, um grupo de células similares se 
junta para formar os tecidos. Então temos: 
 
TECIDO EPITELIAL: cobre a superfície corpórea (epiderme). Sua principal função é 
revestir a superfície externa do corpo, os órgãos e as cavidades corporais 
internas. A perfeita união entre as células epiteliais fazem com que os epitélios sejam 
eficientes barreiras contra a entrada de agentes invasores e a perda de líquidos 
corporais.As células do tecido epitelial da pele são muito unidas, sendo este epitélio 
estratificado. Já o tecido epitelial que reveste os órgãos onde há trocas de 
substâncias, é simples. Essa diferença acontece, pois a função da pele é evitar que 
corpos estranhos entrem no nosso organismo, agindo como uma espécie de barreira. 
Protege também contra o atrito, efeitos solares e produtos químicos. Já no 
revestimento dos órgãos, o tecido não pode ser tão grosso, pois nele há trocas de 
substâncias. Esse tecido é avascular (não possui vasos sangüíneos), sendo a 
nutrição de suas células feita a partir do tecido conjuntivo adjacente, por difusão Esses 
tecidos podem ser classificados quanto ao seu número de camadas celulares: 
 Simples: uma única camada; 
 Estratificado: várias camadas; 
 Pseudoestratificado: células com núcleos em diferentes alturas; 
 
Transição: alteram conforme a 
necessidade 
São classificados quanto à forma das 
células presentes: 
 Pavimentoso: células achatadas; 
 Cubóide: forma de cubo; 
 Prismático: forma prisma. 
São características comuns aos tecidos 
epiteliais: 
 Pouca substância extracelular; 
 Avascular; 
 Células unidas firmemente 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pele
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_(anatomia)
 
 
 
15 
 
 
TECIDO EPITELIAL GLANDULAR OU SECRETOR: É formado por células 
justapostas, pobre em substância intercelular. Funções principais: proteção, absorção, 
secreção e sensorial. Possui glândulas. A secreção é o produto de atividade glandular, 
pode ser mucosa, serosa (fluida) ou mista (rica em muco 
e fluido). As glândulas multicelulares apresentam três 
tipos básicos: 
• Endócrinas: secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu 
local de ação pela circulação. Ex.: hipófese, testículos, ovário, tireóide. 
• Exócrinas: as secreções são eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou 
uma cavidade. 
• Anfícrinas (ou mistas): produzem sua secreção tanto para dentro quanto para 
fora do organismo. 
 
TECIDOS MUSCULARES: 
São compostos de células especializadas que são capazes de se contrair, 
ou seja, diminuir seu comprimento. Esses tecidos movimentam o 
esqueleto, propulsionam o sangue através do corpo e auxiliam na 
digestão movimentando o alimento ao longo do tubo digestivo. 
Existem três tipos de tecido muscular: 
• Esquelético: encontram-se fixado nos diversos ossos do esqueleto; 
• Cardíaco: forma a parede do coração; 
• Visceral: está localizado nas paredes internas ocas como, por exemplo, dos 
ductos, vasos sanguíneos e trato digestivo. 
 
TECIDO NERVOSO: Formam o encéfalo, a medula espinal e os nervos, 
constituem células com longos prolongamentos, também chamados de 
neurônios, que recebem e transitem mensagens rapidamente através do 
corpo. 
TECIDO CONJUNTIVO: São células usadascomo suporte (ossos e 
cartilagens) para fixação de outros tecidos (tendões, ligamentos) ou para 
outras funções como, por exemplo, o sangue. 
 
 
Liquido intracelular (dentro da célula) Liquido extracelular (fora da célula) 
O processo necessário à manutenção das boas condições das células, a fim de 
conferir o seu funcionamento ideal é chamado de HOMEOSTASE 
 
 
 
 
16 
Tipos de tecido conjuntivo: 
• Adiposo: encontramos em substância intersticial. Ex.: gordura; 
• Cartilaginoso: formam as cartilagens que formam as orelhas, traquéias etc; 
• Ósseo: substância intersticial dura e sólida. Compõem todos os ossos do 
nosso corpo; 
• Sanguíneo: denomina-se sangue o liquido vermelho que se movimenta 
através dos vasos. O tecido sanguíneo é o tecido de condução que transporta O2 e 
CO2, nutrientes, produtos tóxicos e hormônios. 
 
2.6 - ESTRUTURA DO CORPO 
 
Externamente, o corpo humano é formado por três partes principais: cabeça, tronco e 
membros. 
A CABEÇA compreende: 
• Crânio: onde se aloja o encéfalo, principal parte do sistema nervoso, e 
• Face: relaciona-se com os órgãos dos sentidos e com a parte inicial do 
aparelho digestivo. 
 
O PESCOÇO une a cabeça ao tronco e nele localizam-se órgãos importantes como: 
• Laringe; 
• Glândula tireóide; 
• Parte da traquéia e Esôfago. 
 
O TRONCO compreende tórax, abdômen e a pelve. No tórax encontra-se uma 
cavidade chamada cavidade torácica, onde se localizam os pulmões, coração, 
esôfago, traquéia, brônquios, artérias, veias e nervos e é separada do abdômen pelo 
músculo Diafragma. 
No ABDÔMEN encontra-se a cavidade abdominal, contendo a maior parte do 
aparelho digestivo (intestino, estômago, fígado e pâncreas), baço e rins. Ao tronco 
prendem-se dois membros inferiores (MMII), cada um possui uma raiz (quadril) e uma 
parte livre (coxa, perna e pé). Entre a coxa e a perna encontra-se o joelho e entre a 
perna e o pé, o tornozelo. No pé temos a parte plantar e o dorso. Os pés são 
responsáveis pela locomoção do corpo. Membros superiores (MMSS), cada membro 
possui uma raiz que se liga ao tronco (ombro) e uma parte livre (braço, antebraço e 
mão). Entre o braço e o antebraço encontramos o cotovelo e entre o antebraço e a 
mão, o punho. A mão é constituída pela palma, dorso e dedos (polegar, indicador, 
médio, anular e mínimo). Suas funções são: ataque, defesa e apreensão de objetos. 
 
PLANOS E POSIÇÕES ANATÔMICAS 
 
POSIÇÃO ANATÔMICA: é o corpo em posição ereta, com cabeça para frente, olhos 
em direção ao infinito e pés unidos e voltados para frente e os membros superiores 
estendidos ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para frente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 COMPONENTES DO CORPO HUMANO 
 
 
 
LOCALIZAÇÃO REGIONAL ABDOMINAL 
A cavidade abdominal se divide em nove regiões, a saber: 
• Região epigástrica -Hipocôndrio D Hipocôndrio E 
• Região umbilical -Flanco D Flanco E 
• Região hipogástrica -Inguinal ou ilíaca D Inguinal ou ilíaca E 
 
 
 
 
18 
2.7 ÓRGÃOS E SISTEMAS 
 
DEFINIÇÃO: A formação de tecidos capacita o corpo a realizar atividades 
fisiológicas mais complexas numa célula individualizada. Os processos fisiológicos 
mais complexos são possíveis quando dois ou mais tecidos se combinam para 
formar um órgão. O estômago, por exemplo, é formado por tecido epitelial e suas 
paredes por tecido muscular. Esses tecidos são mantidos juntos por variados tipos 
de tecido conjuntivo e são inervados por tecido nervoso. Cada um desses tecidos 
contribui de uma maneira específica para o funcionamento do estômago e sem tais 
combinações de tecidos não seria possível processar grandes partículas de 
alimentos complexos. 
SISTEMAS: é um conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo 
organizado. É uma definição que acontece em várias disciplinas, como biologia, 
medicina, informática, administração. Vindo do grego o termo "sistema" significa 
"combinar", "ajustar", "formar um conjunto". Nossos órgãos têm habilidades suficientes 
para trabalharem juntos formando assim um sistema Há dez sistemas ou aparelhos 
principais do corpo humano, cujos componentes e funções veremos a seguir. 
 
2.8 SISTEMA TEGUMENTAR 
 
DEFINIÇÃO: Esse sistema compreende a pele e suas estruturas acessórias, como, os 
pêlos, unhas e glândulas. A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano em 
termos de superfície e peso, ela é responsável pelo revestimento externo do corpo. 
Ela é composta de três camadas principais: a epiderme, a derme e hipoderme. 
EPIDERME: Constituída por tecido epitelial. Não há vasos sanguíneos na epiderme, 
mas a derme é ricamente vascularizada, por isso, o único meio pelo qual as células da 
epiderme podem obter alimento é através da difusão dos leitos capilares da derme, o 
que funciona muito bem. DERME: Formada por tecido conjuntivo, mantém a pele em 
constante tensão elástica, promove a união da epiderme, nutri a epiderme e possui 
terminações nervosas com receptores sensoriais. HIPODERME: Também conhecido 
como tecido subcutâneo, formado por tecido conjuntivo frouxo, freqüentemente tendo 
células adiposas depositadas entre as fibras. Em algumas regiões como no abdome e 
nas nádegas, o acúmulo de gordura no tecido subcutâneo pode ser muito amplo. A 
hipoderme é bem suprida de vasos sanguíneos e terminações nervosas. 
GLÂNDULAS DA PELE 
Glândulas sudoríparas: Estão distribuídas na maior arte da superfície do corpo, mas 
estão ausentes nos lábios, mamilos e partes dos órgãos genitais. As estimulações dos 
nervos simpáticos que se dirigem a essas glândulas forçam-nas a secretar uma 
solução aquosa. 
Glândulas sebáceas: Sua secreção (sebo) é ma substância oleosa que é rica em 
lipídeos, ela ocorre ao longo da haste do pêlo até a superfície da pele. O sebo não 
apenas lubrifica a pele e os pêlos prevenindo-os do ressecamento, mas também 
contém substâncias que são tóxicas para certas bactérias. 
Glândulas ceruminosas: (de cera) do meato acústico externo; 
Glândulas ciliares e as tarsais das pálpebras e 
Glândulas mamárias. 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_(biologia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_(biologia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_de_software
http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
 
 
 
19 
 
PÊLOS: Encontramos os pêlos em maior quantidade. Na cabeça, axilas e púbis, ele 
também está presente em menor quantidade em todo o resto do corpo. As únicas 
áreas sem pêlos são os lábios, as palmas das mãos, a planta dos pés. 
UNHAS: Coloração rosada por causa da rede capilar que existe abaixo dela e que se 
torna visível através das células corneificadas. Encontramos duas partes importantes 
na unha: o leito e a matriz. 
• Leito: é a parte em cima do qual a unha se encontra e é formada pela camada 
germinativa; 
• Matriz: é nela que ocorrem as mitoses, empurrando para frente às células 
previamente formadas que já se corneificaram e assim causando seu crescimento. 
 
FUNÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR 
PROTEÇÃO: a pele forma uma barreira física que protege o corpo contra a invasão de 
microrganismos e a entrada de substâncias estranhas do meio exterior. Também 
protege contra o excesso de radiação ultravioleta e reduz grandemente a perda de 
água do corpo para o meio, a superfície da pele está coberta por uma delgada película 
liquida que tende para a acidez com um pH de 4 a 6,9. Devido a sua acidez, essa 
película pode atuar como uma camada antiséptica e retardar o crescimento de 
microorganismos na superfície da pele. 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA DA PELE 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
2.9 SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
DEFINIÇÃO: O esqueleto humano está colocado entre os tecidos moles do corpo. É 
uma estrutura viva capaz de crescer, se adaptar e se reparar. Nosso esqueleto cresce 
com as demais estruturas o corpo. Ele é formado por aproximadamente 210ossos e 
inicia sua formação no segundo mês de vida intra-uterina, eles prosseguem sua 
formação e crescimento até o final da adolescência. 
Após esta fase, o tecido ósseo somente retomará o crescimento por motivos de 
reparação devido a alguma fratura. A presença de vitamina D e cálcio é imprescindível 
no processo de formação óssea. Muitos espaços ósseos internos são preenchidos por 
medula óssea vermelha, que é ricamente suprida com sangue. A principal função da 
medula é a formação de eritrócitos, leucócitos e plaquetas. A medula óssea é 
abundante nas extremidades dos ossos longos, principalmente no nascimento, sendo 
substituída aos poucos por células gordurosas denominadas medula amarela. 
 
FUNÇÃO DO ESQUELETO 
Suporte: o esqueleto atua como um arcabouço do corpo, dando suporte aos tecidos 
moles e provendo pontos de fixação para a maioria dos músculos do corpo; 
 
Movimento: o esqueleto desempenha um papel importante na determinação do tipo 
de extensão do movimento que o corpo é capaz de fazer; 
 
Proteção: o esqueleto protege muitos órgãos vitais de lesões. O encéfalo se encontra 
alojado na cavidade craniana, a medula espinhal no canal formado pelas vértebras, os 
órgãos torácicos estão protegidos pela caixa torácica, a bexiga urinária e os órgãos 
reprodutores internos estão protegidos pela pelve óssea; 
 
Reserva de minerais: cálcio, fósforo, sódio, potássio e outros minerais estão 
estocados nos ossos do esqueleto. Estes minerais podem ser mobilizados e 
distribuídos pelo sistema sanguíneo para outras regiões que o corpo necessite. 
Durante a gestação, por exemplo, o cálcio é removido do esqueleto da mãe e usado 
no desenvolvimento dos ossos da criança, se a dieta da mãe não inclui quantidades 
suficientes de cálcio; 
 
Hemopoiese (formação de células do sangue) 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
22 
OSSOS CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS 
Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: longos, curtos, planos e 
irregulares. 
 
OSSOS LONGOS 
São os ossos mais longos e menos largos, eles apresentam um corpo (diáfise) e duas 
extremidades (epífise). Na diáfise existe o canal medular, onde se encontra a medula 
óssea, nas epífises existe uma camada de cartilagem hialina. Exemplo: o úmero, 
rádio, ulna, fêmur, tíbia, fíbula e falanges; 
 
OSSOS DO PÉ 
 
 
 
 
 
 
23 
OSSOS MMII 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OSSOS MMSS 
 
 
 
 
 
24 
OSSOS CURTOS 
São os que não têm um eixo longo, são formados por tecido esponjoso e a medula 
óssea está envolvida por uma fina camada de osso compacto. Exemplo: ossos do 
carpo (mão) e do tarso (pé); 
 
OSSOS PLANOS 
Um pouco delgado e chato, são formados por duas camadas de ossos compactos 
entre as quais interpõe um osso esponjoso e a medula óssea. Exemplo: teto da 
cavidade craniana (parietal e occipital) e o esterno; 
 
 
 
 
 
OSSOS DA CABEÇA 
 
 
 
OSSOS DO CRANIO: O crânio é constituído por 8 ossos: 
 
 Parietal (2) 
 Temporal (2) 
 Frontal. 
 Occipital. 
 Esfenóide. 
 Etmóide. 
 
 
 
25 
OSSOS IRREGULARES 
Tem formas variadas que não se encaixam em nenhuma dessas categorias, são 
formados por ossos esponjosos envolvidos por uma fina camada de ossos compactos. 
Exemplo: ossos do crânio, as vértebras e alguns ossos da cintura escapular pélvica; 
 
 
 
 
OSSOS DA PELVE 
 
 
 
OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL 
 
 A coluna vertebral divide em 4 partes: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
OSSOS ALONGADOS: 
Ossos longos, porém achatados. Ex.: costela. 
 
 
 
OSSOS DA COSTELA 
 
 
OSSOS PNEUMÁTICOS 
Ossos irregulares presentes no crânio, caracterizam-se por possuir cavidades cheias 
de ar. Exemplo: maxilar, etmóide, esfenóide e frontal. 
 
CARTILAGEM 
Além dos ossos, o esqueleto também é formado por cartilagens, que é um tipo de 
tecido conjuntivo resistente, mas não duro. De acordo com as fibras cartilaginosas 
podemos classificá-las em três tipos: 
 
Cartilagem Hialina – Existem poucas fibras de colágeno nesta cartilagem, forma 
o modelo cartilaginoso do futuro osso do embrião. Exemplo: cartilagem das 
articulações, da traquéia, do nariz e da laringe; 
 
Fibrocartilagem - Há um predomínio de fibras colágenas neste tipo de cartilagem. 
Exemplo: meniscos das articulações do joelho, disco articular da articulação da 
mandíbula com o temporal e discos intervertebrais; 
 
Cartilagem Elástica – É aquela em cuja matriz encontra-se muita fibra elástica. 
Exemplo: pavilhão da orelha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
OSSOS INDIVIDUAIS DO ESQUELETO 
 
 
DIVISÕES DO ESQUELETO 
 
 
 
 
 
 
Categoria Numero de osso 
Esqueleto axial 80 
Cabeça 29 
Coluna Vertebral 26 
Tórax (costelas e esterno) 25 
 
Esqueleto apendicular 
 
126 
 Cintura escapular 4 
Membros superiores 60 
Cintura pélvica 2 
Membros inferiores 
 
 Total 
60 
 
206 ou 210 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
29 
DICIONARIO: 
 
Osteônio: Sistema organizado de canais interconectados, nas estruturas redução 
microscopia do osso compacto adulto, que pode ser chamado de sistema haversiano. 
Lacunas: Pequena depressão ou espaço. 
Osteocitos: Célula Canais ou passagens tubulares extremamente pequenas. 
Canalículos: Canais ou passagem tubulares extremamente pequenas. 
Endocontral: Relativo ao desenvolvimento de estrutura em cartilagem. 
Osteoclastos: Células grandes que reabsorvem ou provocam erosão de vitamina D no 
adulto. 
Osteoblasto: Células formadoras de ossos 
Periósteo: Dupla camada de tecido conjuntivo que recobre regenera e nutre o osso 
 
 
 
 
 
ARTICULAÇÕES 
 
 Suturas: Entalhes nas extremidades dos ossos os mantém intimamente unidos; 
fibras de conexão curtas; encontradas somente entre ossos achatados do crânio. 
 Sinostose: No adulto, fibras da sutura substituída por osso, ossos acabam por se 
fundir entre si. 
 Sindesmoses: Fibras de conexão mais longa do que nas suturas, chamados 
ligamentos, permitem algum movimento leve de deslizamentos, articulação entre as 
extremidades distais da tíbia e fíbula como exemplo. 
 
ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS: Nas articulações cartilaginosas (cartilagíneas) 
os ossos são unidos por cartilagem. Pelo fato de pequenos movimentos serem 
possíveis nestas articulações. 
 
 
 
 
30 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: As maiorias das articulações do corpo são articulações 
sinoviais, que são caracterizados por serem livremente móveis. Os movimentos das 
articulações sinoviais são limitados por ligamentos, músculos, tendões ou ossos 
adjacentes. As articulações têm quatro características distintas: uma cartilagem 
articular, uma cápsular articular, uma membrana sinovial e sinóvia (liquido sinovial) 
 
Cartilagem articular: É uma fina camada de cartilagem hialina que cobre a superfície 
articular lisa dos ossos. 
 
Cápsula articular: É uma membrana dupla que envolve e encerra a articulação. A 
camada mais externa da cápsula é composta de tecido conjuntivo fibroso denso cujas 
fibras estão firmemente aderidas ao periósteo dos ossos. 
 
Membrana sinovial: A membrana sinovial consiste de tecido conjuntivo frouxo cuja 
superfície interna é bem suprida de capilares. A membrana que se apresenta formada 
por dobras que ser projetam na cavidade articular, reveste toda a cavidade articular. A 
membrana sinovial é responsável produz um liquido espesso chamado liquido sinovial. 
 
Liquido sinovial: O liquido sinovial é responsável é responsável pela nutrição das 
cartilagens articulares e pela lubrificação das superfícies articulares. De fato, o liquido 
sinovial serve como um elemento amortecedor de peso na articulação desde que ele 
mantém as cartilagens articulares dos ossos que formam as articulações separadas, 
não permitido que as cartilagens façam contato direto entre si. Numa articulação queé lesada ou torna-se inflamada, entretanto, a produção de fluido pode ser estimulada e 
o excesso de fluido pode ser estimulado e o excesso de fluido pode se acumular 
causando inchaço e 
Além desses quatros característica, algumas articulações sinoviais têm disco articular, 
no caso do joelho, meniscos, de fibrocartilagem, que se estendem para dentro da 
articulação a partir da cápsular. 
 
BOLSAS SINOVIAIS, BAINHAS DOS 
TENDOES: As membranas sinoviais formam duas outras estruturas que, embora não 
façam realmente parte das articulações sinoviais, estão 
 
As articulações podem ainda ser 
classificadas por: 
 Móveis: encontrada nos punhos; 
 Semi-móveis: encontradas nas 
vértebras; 
 Imóveis: encontrada no crânio. 
Algumas patologias associadas às 
articulações são: 
• Entorses, 
• Subluxação, 
• Luxação, 
• Artrite traumática, 
• Artrites infecciosas, 
• Reumatismo, 
• Hernia de Disco e gota 
 
 
 
 
 
 
 
31 
2.10 SISTEMA MUSCULAR 
 
DEFINIÇÃO: O tecido muscular constitui cerca de metade do peso total do corpo. As 
funções dos músculos dependem de sua localização. Em todos os casos, entretanto, a 
ação muscular é o resultado da ação das células musculares individuais. As células 
musculares são especiais pelo fato de serem as células do corpo que melhor exibem a 
propriedade da contratilidade (que lhes permite encurtar-se e desenvolver tensão). 
Como resultado as células musculares são importantes em atividades tais como o 
movimento de várias partes do corpo, a alteração do diâmetro dos tubos do corpo, a 
propulsão de materiais através do corpo e a expulsão de resíduos do corpo. Além 
disso, a contração dos músculos esqueléticos produz significativas quantidades de 
calor que pode ser usado para a manutenção da temperatura normal do corpo. 
 
TIPOS DE MÚSCULOS 
Basicamente os músculos dividem-se em: 
• Músculo estriado; 
• Músculo liso; 
• Músculo cardíaco; 
 
No corpo humano, cerca de 40% é composto por músculo esquelético estriado e 
10% de musculatura lisa e cardíaca. E podem ser classificados em: 
• Voluntários e 
• Involuntários 
 
As contrações dos músculos voluntários estão normalmente sob controle 
consciente do indivíduo. Entretanto sob diversas condições, as contrações dos 
músculos voluntários não requerem um propósito consciente. Por exemplo, uma 
pessoa não tem que pensar na contração dos músculos envolvidos na manutenção da 
postura. As contrações dos músculos involuntários não estão geralmente sob o 
controle consciente do indivíduo. Mais propriamente, eles são governados pela porção 
do sistema nervoso conhecido como Sistema Nervoso Autônomo. 
MÚSCULO ESTRIADO (ESQUELÉTICO) 
Como o nome indica, a maioria dos músculos esqueléticos está fixada aos 
ossos do esqueleto. As contrações do músculo esquelético exercem força nos ossos e 
então eles se movem. Conseqüentemente, o músculo esquelético é responsável por 
atividades tais como: andar e manipular objetos no meio externo. Os músculos 
esqueléticos são os únicos músculos voluntários do corpo. O músculo estriado é 
composto por fibras musculares, sendo que cada fibra está associada a uma única 
terminação nervosa, que se localiza mais ou menos no seu meio. Em alguns casos 
músculos com funções semelhantes são inervados pelo mesmo nervo. 
 
 
 
32 
MÚSCULO LISO 
O músculo liso é assim denominado porque suas células não apresentam as 
estriações que são evidentes nas células musculares esqueléticas. É também de 
músculo visceral porque é encontrado nas paredes dos órgãos ocos e tubulares como 
o estômago, os intestinos e os vasos sanguíneos. O músculo liso é um músculo 
involuntário, e suas contrações governam o movimento de materiais através dos 
sistemas de órgãos do corpo. 
MÚSCULO CARDÍACO 
O músculo cardíaco é um tipo especializado de músculo que forma a parede 
do coração. Ele é involuntário, como o músculo liso. A musculatura esquelética é 
composta por uma série de grupos musculares. Cada um destes grupos é composto 
por uma infinidade de músculos, sendo que os mais importantes são: 
MÚSCULOS DA FACE 
• Bucinador: comprime a bochecha, puxa o ângulo da boca lateralmente 
• Corrugador do Supercílio: junta os supercílios como uma carranca; 
• Depressor do Lábio inferior: puxa o lábio inferior para baixo; 
• Platisma: abaixa a mandíbula, repuxa o ângulo da boca para baixo, estica e 
pregueia a pele do pescoço; 
• Risório: puxa o ângulo da boca para trás. 
 
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO 
• Temporal: localizado nas têmporas. Eleva o maxilar inferior, fechando os 
maxilares; 
• Masseter: é o músculo da bochecha e promove a elevação do maxilar inferior. 
 
MÚSCULO EXTRÍNSECO DA LÍNGUA 
 
MÚSCULOS DO PESCOÇO (ANTERIOR) 
para o lado oposto; 
MÚSCULO QUE ATUA NA ESCÁPULA 
 
MÚSCULOS DO TRONCO 
• Grande e Pequeno Peitoral: são dois músculos achatados, um sobre o outro, 
que revestem as costelas na face anterior do tórax, aproximando o braço no outro; 
• Reto abdominal: localizam na parte anterior do abdome, tem forte capacidade 
de contração, protegem as vísceras e contribuem para a micção e evacuação; 
• Grande obliquo, inclina o tórax para a frente 
• Diafragma: localiza-se entre o tórax e o abdome, sua contração promove a 
expansão da caixa torácica, estimulando os músculos intercostais externos internos. 
 
 
 
 
33 
MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES 
• Deltóide: sua contração eleva o braço; 
• Bíceps: é o músculo desenvolvido pelos halterofilistas, faz a flexão do antebraço 
sobre o braço; 
• Tríceps: situado na parte posterior do braço, é antagônico ao bíceps; 
• Flexores e extensores dos dedos: fecham e abrem os dedos da Mão. 
 
MÚSCULOS BÍCEPS E TRÍCEPS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES 
• Grande e pequeno glúteo: formam as nádegas, funcionam no ato de erguer o 
corpo sobre as pernas quando se levanta da posição sentada ou ao subir uma escada; 
• Vasto lateral: separa as pernas, é também um músculo utilizado para 
administração de medicamentos injetáveis; 
• Vasto Femural: músculo mais longo do corpo, movimenta as pernas para a 
frente no ato de andar ou correr; 
• Gastrocnêmio: formam a panturrilha (barriga da perna) e atuam na extensão 
dos pés, permitindo que o indivíduo fique nas pontas dos pés 
 
Principais termos que caracteriza os músculos: 
 
Atrofia: Redução do tamanho 
Astenia: Perda da capacidade de contração 
Mialgia: Dor muscular 
Miastenia: Fraqueza muscular 
Espasmo: Contração muscular involuntária, súbita e violenta 
Antralgia: Dor articular 
 
 
 
 
 
 
34 
 
MÚSCULOS 
 
2. 11. SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
DEFINIÇÃO: O sistema circulatório e seu componente fluido, o sangue, ligam o meio 
interno do corpo ao meio externo. O sangue transporta materiais entre esses dois 
meios e entre as diferentes células e tecidos do corpo. O volume de sangue em 
homens e mulheres magros varia aproximadamente com o peso corpóreo e em média 
é de 79 ml/Kg, ou, 4 a 5 litros em mulheres e 5 a 6 litros em homens. 
FUNÇÕES DO SANGUE 
• Transporte de gases respiratórios, pois, o sangue carrega oxigênio dos 
pulmões para as células do corpo e dióxido de carbono das células para os pulmões; 
• Transporte de materiais nutritivos dos órgãos digestivos para as células; 
• Transporte de excretas das células do corpo para os rins; 
• Transporte de produtos celulares como hormônios para as células; 
• Manutenção da homeostase através da regulação do pH dos tecidos; 
• Auxilia na regulação da temperatura corpórea, providenciando meios para a 
dissipação do calor; 
• Proteção dos tecidos contra substâncias tóxicas estranhas através das células 
fagocitárias e anticorpos no sangue; 
• Prevenção da perda excessiva de líquidos do corpo através do mecanismo de 
coagulação. 
 
 
 
 
35 
 
COMPOSIÇÃO DO SANGUE 
 
O sangue consiste tanto de componente líquido, chamado plasma,como de 
estruturas nele mergulhadas chamadas de elementos figurados que são os eritrócitos, 
as plaquetas e os leucócitos. 
 
PLASMA 
 
É constituído de aproximadamente 90% de água, perfaz cerca de 55% do total 
do volume sanguíneo. A porção do plasma que não é água consiste de diversos 
materiais dissolvidos ou coloidais que dá uma coloração amarelada. Hormônios e 
outros produtos celulares são transportados pelo plasma, bem como metabólicos finais 
como, a uréia. O plasma também contém proteínas, como a albumina onde o 
fibrinogênio está envolvido com a coagulação do sangue e globulinas onde algumas 
das quais agem como anticorpos nas respostas imunes, e outras servem como 
moléculas de transporte. 
 
 
 
 
ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE 
ERITROCITOS Transporte de O2 e auxilio no transporte de dióxido de 
carbono 
PLAQUETAS Envolvidos no processo de homeostasia e coagulação 
sanguínea 
NEUTROFILOS Células fagociticas que são capazes de movimento 
amebóides 
EOSINOFILOS Células fagociticas consideradas como capazes de 
destruir complexo antígeno-anticorpo. 
BASOFILOS Liberação de subst. Químicas: Histamina e heparina, 
envolvida em processo inflamatória 
MONOCITOS Células inflamatória macrófagos 
LINFOCITOS Produção de anticorpos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
ELEMENTOS FIGURADOS 
 
Os elementos figurados são os eritrócitos (células sanguíneas vermelhas), 
vários tipos de leucócitos (células sanguíneas brancas) e plaquetas (trombócitos). O 
processo pelo qual as células sanguíneas são formadas é chamado de hemopoiese. 
Antes do nascimento, as células sanguíneas são produzidas em alguns tecidos, 
incluindo o fígado, o baço, a medula óssea, o timo e os linfonodos. Quase todos os 
ossos do feto contêm medula vermelha, a cor indica que a medula é capaz de produzir 
células sanguíneas. Após o nascimento, o número de hemocitoblastos (células 
primitivas) diminui na maioria das áreas da medula óssea, e são substituídos por 
células adiposas. A abundância de células adiposas é responsável pela mudança de 
cor da medula de vermelha para amarela. Por isso, a medula na qual ocorreu esta 
substituição é chamada de medula óssea amarela, que é usada principalmente para 
depósito de gordura, e geralmente não é ativa na formação de células sanguíneas. No 
adulto, a maioria dos ossos contém medula amarela, estando à medula vermelha 
presente somente na extremidade de certos ossos longos, nas costelas, no esterno, 
vértebras e pelve. 
 
ERITRÓCITOS OU CÉLULAS SANGUÍNEAS VERMELHAS 
 
São pequenas, circulares e sem núcleo. São os mais numerosos tipos 
celulares no sangue. Embora seu número seja variável, um milímetro cúbico de 
sangue contém cerca de 5,1 a 5,8 milhões dessas células nos homens e cerca de 4,3 
a 5,2 milhões na mulheres. A percentagem de eritrócitos, por volume, no sangue total, 
é chamada de hematócrito. A média normal de hematócrito é de aproximadamente 
45% para homens e 42% para as mulheres. Quanto mais alto o hematócrito, mais 
viscoso fica o sangue, dificultando assim a sua circulação e exigindo maior força 
cardíaca. Os eritrócitos participam no transporte de gases pelo sangue, 
particularmente o oxigênio e o dióxido de carbono. É a hemoglobina dos eritrócitos é 
que é responsável por essa atividade. Um único glóbulo vermelho pode conter cerca 
de 300 milhões de moléculas de hemoglobina. A vida média dos eritrócitos é de 
aproximadamente 120 dias no homem e 109 dias na mulher. Os eritrócitos velhos, 
anormais e danificados são eliminados por células fagocitárias chamadas macrófagos. 
PLAQUETAS OU TROMBÓCITOS 
As plaquetas são pequenos fragmentos citoplasmáticos. São formadas na 
medula óssea vermelha. 
LEUCÓCITOS OU CÉLULAS SANGUÍNEAS BRANCAS 
São elementos figurados do sangue e estão envolvidos no sistema de defesa 
do organismo contra doenças e infecções. Por meio da fagocitose, elas defendem os 
tecidos contra invasão de organismos ou substâncias estranhas, removendo também 
os restos restantes da morte ou de ferimento celulares. Os leucócitos estão presentes 
no sangue em muito menor número que os eritrócitos, com cerca de 5.000 a 10.000 
leucócitos por milímetro cúbico de sangue. São transportados pelo sangue para todo 
corpo, a partir da medula óssea, onde são formados. Muitos leucócitos são 
encontrados nas tonsilas, timo, linfonodos, baço e linfonodos ao longo do trato 
gastrintestinal. 
GRUPO SANGUÍNEO 
Anticorpos são proteínas produzidas no corpo em resposta a presença de 
 
 
 
37 
substâncias chamadas de antígenos. Os anticorpos neutralizam ou mesmo reagem 
com os anticorpos específicos que estimulam sua produção. As superfícies dos 
eritrócitos contêm antígenos que podem reagir com anticorpos apropriados presentes 
no plasma sanguíneo. As reações entre antígenos e anticorpos formam a base das 
varias classificações sanguíneas. Os antígenos de superfície mais freqüentemente 
considerados são aqueles do sistema ABO. 
SISTEMA ABO 
Os antígenos do sistema ABO, que são herdados, são designados por A e B. 
Na ausência dos antígenos A e B nos eritrócitos, é designado por O. Uma pessoa 
pode ter antígeno A, antígeno B, ambos A e B (AB) ou nenhum deles (O). A pessoa 
tem anticorpos para aqueles antígenos que não estão nos seus eritrócitos, mas não 
tem anticorpos para os antígenos que estão presentes nos seus eritrócitos. Assim, 
pessoas com antígeno A tem anticorpos anti-B no plasma; as com antígeno B têm 
anticorpos anti-A, as que não têm antígenos A ou B (grupo O) tem anticorpos anti-A e 
anti-B e pessoas que possuem antígenos A e B nos seus eritrócitos (grupo AB), não 
tem anticorpos anti-A e anti-B no seu plasma. O tipo sanguíneo individual indica o 
antígeno que a pessoa possui e não o anticorpo. Em transfusões de sangue, podem 
surgir complicações na mistura de tipos sanguíneos incompatíveis. Se uma pessoa 
com tipo sanguíneo A (antígeno A no eritrócito e anti-B no plasma), por exemplo, 
receber uma transfusão de tipo sanguíneo B (antígeno B no eritrócito, anticorpo anti-A 
no plasma), os eritrócitos tipo B que estão entrando na circulação podem ser atacados 
e aglutinados pelo anticorpo anti-B do plasma do receptor, ocasionando, 
conseqüentemente, a liberação de hemoglobina no plasma. Ao mesmo tempo, a 
entrada do anticorpo anti-A do tipo sanguíneo B poderá atacar os eritrócitos do tipo A 
do receptor, embora este problema não seja usualmente sério, porque os anticorpos 
que entram são diluídos no plasma do receptor. Como os indivíduos do tipo AB não 
possuem anticorpos para atacar os eritrócitos que estão entrando, eles são 
freqüentemente chamados de receptores universais. Por outro lado, como os 
eritrócitos dos indivíduos do grupo O não possuem antígenos, eles não podem ser 
atacados pelos anticorpos anti-A e anti-B e são chamados de doadores universais. 
SISTEMA RH 
Tem este nome em virtude dos primeiros estudos terem sido feitos em 
macacos rhesus. O sistema Rh num grupo de antígenos eritrocitários superficiais, e o 
anticorpo componente do sistema -anticorpo anti Rh – não estão normalmente 
presente no plasma. Para que haja produção de anticorpos anti-Rh deve ocorrer à 
sensibilização pelo antígeno Rh. Assim como no sistema ABO, a pessoa com antígeno 
Rh não produz anticorpos anti-Rh contra seu próprio antígeno. Entretanto, a pessoa 
sem antígeno Rh pode produzir anticorpos anti-Rh após sensibilização por esse 
antígeno. Tal sensibilização pode ocorrer quando a mãe sem antígeno Rh nos seus 
eritrócitos (chamado de Rh negativo) está gestando um feto que possui o antígeno 
(chamado de Rh positivo) herdado do pai. Neste caso, pode ser possível que alguns 
antígenos Rh do feto entrem na circulação através da ruptura da placenta e por meio 
disso sensibilizem a mãe pela estimulação da produção de anticorpos anti-Rh no seu 
plasma. Se após tiver sido sensibilizada a mãe gerar outro feto Rh positivo, os 
anticorposmaternos podem entrar na circulação do feto, onde irão atacar e romper os 
eritrócitos fetais. Isto pode resultar na doença hemolítica do recém nascido, uma 
severa doença anêmica do feto. Na verdade apenas cerca de 5% das mães Rh 
negativas produzem anticorpos anti-Rh enquanto estão gerando um feto Rh positivo, e 
primeiro bebê está quase sempre a salvo dessa doença; em uma segunda gravidez, 
 
 
 
38 
entretanto, os riscos são maiores, porque o sistema imunitário tem, efetivamente, uma 
memória. Atualmente é possível, imediatamente após o parto, medicar as mães (prazo 
máximo de 72hs), com agentes que previnem ou limitam a sensibilização pelo 
antígenos Rh (Rhogan ou Mathergan). Deste modo, o problema de incompatibilidade 
Rh entre mãe e feto tem diminuído muito nos últimos anos. 
SISTEMA CIRCULATÓRIO: O CORAÇÃO 
O sistema circulatório pode ser dividido em duas partes: sistema cardiovascular e 
sistema linfático. 
Sistema cardiovascular: inclui o coração que funciona como uma bomba propulsora 
para o sangue, e os vasos sanguíneos, que transportam o sangue através do corpo; 
Sistema linfático: consiste de órgãos, que participam da resposta imune (tonsilas, 
timo, baço e linfonodos) e vasos, que coletam o liquido intersticial do corpo e o 
transportam para o sistema cardiovascular. sistema cardiovascular é um sistema 
circular fechado. Contido no coração e no interior dos numerosos vasos, o sangue 
percorre ininterruptamente um trajeto circular do coração para as artérias, depois para 
os capilares e em seguida para as veias, de onde retorna o coração. Normalmente o 
sangue não deixa esse sistema, embora uma porção líquida deste sangue atravesse 
as paredes dos capilares para se juntar ao liquido entra as células que constituem os 
tecidos. 
 
ANATOMIA DO CORAÇÃO 
O coração adulto é um órgão em forma de cone com o tamanho aproximado de 
uma mão fechada, e se localiza entre os pulmões, num espaço denominado 
mediastino, onde se situa obliquamente. A base do coração está voltada para cima, 
para trás e para direita, ao nível da segunda e terceira costela, é formado por quatro 
câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo. 
• Os átrios são menores e se localizam na região superior do coração; 
• Os ventrículos são maiores, localizam-se inferiormente, formando o ápice do 
coração. Vários vasos sanguíneos de grande calibre entram ou saem do coração pela 
sua base. São eles: 
• Veia cava superior e veia cava inferior, que trazem o sangue venoso do corpo 
para o átrio direito; 
• Artéria troncopulmonar, que se divide em artérias pulmonares direita e 
esquerda e que levam o sangue do ventrículo direito para os pulmões; 
• Veias pulmonares (duas direita e duas esquerda), que trazem o sangue do 
pulmão para o átrio esquerdo; 
• Artéria aorta, que leva sangue do ventrículo esquerdo para o corpo. 
 
PAREDE DO CORAÇÃO 
O coração é formado principalmente por músculo cardíaco, ancorado a um 
esqueleto fibroso. A parede do coração é constituída por três camadas: o epicárdio,o 
miocárdio eo endocárdio. 
• Epicárdio: é uma membrana serosa muito fina, que adere a superfície externa 
do órgão; 
• Miocárdio: camada mais espessa que é constituída por músculo cardíaco; 
• Endocárdio: reveste internamente o miocárdio. Dobras do endocárdio formam 
as valvas que separam os átrios dos ventrículos – as valvas atrioventriculares – e os 
ventrículos da aorta e do tronco pulmonar – as valvas arteriais, constituídas por 
válvulas semilunares. 
 
 
 
39 
 
O miocárdio varia consideravelmente em espessura de uma câmara para outra. 
Essa espessura está relacionada á resistência encontrada no bombeamento do 
sangue pelas diferentes câmaras. Uma vez que a musculatura dos átrios encontra 
pouca resistência para impelir o sangue para os ventrículos, estes podem encher-se 
demais, havendo uma sobre carga. Os ventrículos devem impelir o sangue através 
dos vasos sanguíneos que se dirigem aos pulmões e para o restante do corpo, 
possuindo dessa forma, um miocárdio mais espesso que os dois átrios. Além disso, o 
ventrículo esquerdo, responsável pelo envio de sangue para todas as estruturas do 
corpo (exige maior força) apresenta maior espessura de miocárdio em comparação ao 
ventrículo direito, que impele o sangue através de vasos que se dirigem aos pulmões 
(exige menor força). 
 
VÁLVULAS DO CORAÇÃO 
Existem quatro grupos de válvulas que direcionam o fluxo sanguíneo através 
das câmaras cardíacas: dois grupos formam as valvas atrioventriculares (localizadas 
entre os átrios e os ventrículos), e os outros dois, constituídos por válvulas 
semilunares (impedem que o sangue retorne aos ventrículos), formam as valvas da 
aorta e do tronco pulmonar. 
 
CIRCULAÇÃO ATRAVÉS DO CORAÇÃO 
Por causa da separação das câmaras cardíacas do lado direito com as do lado 
esquerdo, através dos septos e interventricular, o coração funciona como uma bomba 
dupla. Cada uma possui uma câmara de recebimento (átrio) e uma de propulsão 
(ventrículo). A bomba do lado direito recebe sangue que vem dos vasos do corpo e o 
envia aos pulmões – isto é, através do circuito pulmonar. O sangue venoso chega ao 
átrio direito através: 
• Da veia cava superior, que traz o sangue da cabeça, tórax e membros 
superiores; 
• Da veia cava inferior, que recolhe o sangue do tronco, membros inferiores e 
vísceras abdominais; 
• Do seio coronário e das veias cardíacas anteriores, que drenam o miocárdio. 
 
Do átrio direito, o sangue passa para o ventrículo direito, que o impulsiona para o 
tronco pulmonar e artérias pulmonares, até a rede de capilares dos pulmões. Nos 
pulmões o sangue deixa o gás carbônico e recebe o oxigênio. A bomba do lado 
esquerdo recebe o sangue que acabou de ser oxigenado nos pulmões e o envia para 
o corpo. O sangue dos pulmões retorna ao átrio esquerdo, pelas veias pulmonares. 
DÉBITO CARDÍACO 
CONCEITO: quantidade de sangue bombeada pelo ventrículo esquerdo para a aorta a 
cada minuto. 
PRESSÃO ARTERIAL: a força exercida pelo sangue contra a parede do vaso; 
PULSO DE PRESSÃO SISTÓLICA: em um individuo normal é de aproximadamente 
120 mmHg que corresponde a força máxima dos impulsos cardíacos; 
PULSO DE PRESSÃO DIASTÓLICA: em um individuo normal é de aproximadamente 
80 mmHg que corresponde a pressão mínima das artérias; 
PRESSÃO DE PULSO: corresponde a pulsação sentida nas artérias, ou seja, é a 
diferença entre os pulsos de pressão. No individuo normal é de 120 à 80 mmHg com 
diferença de 40 mmHg; 
 
 
 
40 
PULSO RADIAL OU BRAQUIAL: é a pressão exercida na parede dessas artérias, 
onde podemos verificar quantas vezes o coração “bate” por minuto, atravès de uma 
leve pressão sobre ela com os dedos indicador e médio. Em um individuo normal a 
freqüência cardíaca (FC) varia de 60 à 80 batimentos por minuto (60-80 bpm). Abaixo 
de 60 bpm chamamos de bradicardia e acima de 80 bpm de taquicardia. Do átrio 
esquerdo o sangue passa para o ventrículo esquerdo, que o impulsiona para o interior 
da aorta e desta para o corpo. O lado direito e o lado esquerdo do coração trabalham 
em conjunto. 
SISTEMA DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO 
O coração se contrai aproximadamente 72 vezes por minuto. No interior do 
órgão, existem algumas células musculares cardíacas especializadas que geram os 
impulsos que determinam a contração do coração. Além delas, outras células 
musculares cardíacas se especializam na condução desses impulsos através do 
miocárdio. Este sistema condutor coordena os batimentos cardíacos, produzindo uma 
ação de bombeamento de sangue bastante eficiente. 
CICLO CARDÍACO 
Período desde o começo de um batimento cardíaco até o começo do seguinte. 
Composto por: 
• Período de relaxamento (diástole) – o coração se enche de sangue; 
• Período de contração (sístole) – o sangue é lançado nas artérias. 
 
Fases do Ciclo Cardíaco 
1 Fase de contração atrial:

Outros materiais