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AUXILIAR DE ENFERMAGEM Anatomia Humana História da Enfermagem UNIDADE 1: HISTÓRIA DA ENFERMAGEM 1.1 O que é Enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .02 1.2 A Profissão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .02 1.3 A História da Enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 1.4 Enfermagem Moderna. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .03 1.5 Período de Florence Nightingale. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .03 1.6 Período de Ana Néri. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .05 1.7 A Enfermagem no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .06 1.8 Período de Wanda Horta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .07 1.9 O símbolo da Enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .09 1.10 Canção Símbolo da Enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 1.11 Juramento da Enfermagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 UNIDADE 2: ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 2.1 Definição de Anatomia ...............................................................................................11 2.2 Definição de Citologia ...............................................................................................11 2.3 Morfologia Celular e suas Principais Organelas .........................................................11 2.4 Nosso Corpo ..............................................................................................................13 2.5 Tecidos.......................................................................................................................14 2.6 Estrutura do Corpo ....................................................................................................16 2.7 Órgãos e Sistemas.....................................................................................................18 2.8 Sistema Tegumentar..................................................................................................18 2.9 Sistema Esquelético...................................................................................................20 2.10 Sistema Muscular.....................................................................................................31 2.11Sistema Circulatório..................................................................................................34 2.12Sistema Nervoso.......................................................................................................43 2.13Sistema Endócrino....................................................................................................51 2.14Sistema Respiratório.................................................................................................53 2.15Sistema Digestivo......................................................................................................57 2.16 Sistema Urinário.......................................................................................................63 2.17 Sistema Reprodutor.................................................................................................65 2.18 Referências Bibliográficas.......................................................................................71 2 UNIDADE 1 - HISTÓRIA DA ENFERMAGEM 1.1 O que é Enfermagem? É a Ciência e Arte de cuidar. Uma ciência fundamentada no cuidado e sua relação com outas ciências. Uma Arte de prestar um cuidado adequado e com qualidade. Objetivando a promoção de saúde voltada ao bem-estar biopsicossocial, ou seja, atua na prevenção, tratamento e recuperação da saúde, voltada ao indivíduo família e comunidade. 1.2 A profissão A Enfermagem como profissão se destina a quatro níveis de formação regulamentados pela Lei nº 7498 de 25 de junho de 1986 que dispõe: Parágrafo único. “A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus de habilitação. ” Onde são definidos nos artigos: Art. 6º São enfermeiros: I -O titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei; Art. 7º São Técnicos de Enfermagem: I -O titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e registrado pelo órgão competente; Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem: I -O titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensino, nos termos da lei e registrado no órgão competente.” 1.3 HISTÓRIA DA ENFERMAGEM Desde os primórdios do tempo, o cuidar, foi tido como um ato caridoso, instintivo e maternal, destinado aos que necessitavam: enfermos, idosos e crianças, tais atitudes garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência. Na era Antes de cristo (4.000 a 1.000 a.C.): A doença é tida como castigo divino, ou possessões malignas, portanto o cuidado era feito por curandeiros, sacerdotes e feiticeiros. Nessa época observou-se a utilização de plantas com “poder” curativo, e começou a haver diferenciação entre quem sabia como tratava e quem aplicava o cuidado. Egito: Os cuidados eram realizados por sacerdotes usando plantas, mas associava o cuidado a orações, reunindo ciência e religião. Índia: há relatos de pequenas cirurgias como Cesárias. Palestina: Moisés tido como primeiro sanitarista com uso de isolamento dos doentes, conceitos de expurgo e desinfecção. Assíria e Babilônia: crendices baseadas em magias, tratava-se os enfermos usando senso comum: “banho, dieta, massagens”, tinham costume de “expor os doentes nas ruas, solicitando o conhecimento de quem passasse para trata-los” Pérsia: já listavam sintomas e ervas medicinais. https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-j2Lt6Jw7PaU/ToxlBQ4MN2I/AAAAAAAAAE4/1ecFcrKb78g/s1600/egito.gif&imgrefurl=http://dessacdias.blogspot.com/2011_10_01_archive.html&docid=CvdGYLpQGM_vCM&tbnid=WlaH0IhuGVVNvM:&vet=1&w=500&h=313&bih=651&biw=1366&q=hist%C3%B3ria%20da%20enfermagem&ved=0ahUKEwjXq5-U3YvRAhWHj5AKHR5ODI04ZBAzCBUoEzAT&iact=mrc&uact=8 https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/-j2Lt6Jw7PaU/ToxlBQ4MN2I/AAAAAAAAAE4/1ecFcrKb78g/s1600/egito.gif&imgrefurl=http://dessacdias.blogspot.com/2011_10_01_archive.html&docid=CvdGYLpQGM_vCM&tbnid=WlaH0IhuGVVNvM:&vet=1&w=500&h=313&bih=651&biw=1366&q=hist%C3%B3ria%20da%20enfermagem&ved=0ahUKEwjXq5-U3YvRAhWHj5AKHR5ODI04ZBAzCBUoEzAT&iact=mrc&uact=8 3 China: usava-se a homeopatia, acupuntura, anestesia a base de ópio e realizavam cirurgias. Grécia: Hipócrates considerado o pai da medicina ocidental, valorizava a Prevenção: “Primeiro remédio é não contrair a doença” e relacionava boas atitudes como “ar puro, dietas, água, sol” à saúde. Roma: valorizava higiene pessoal e da cidade – banhos diários, agua limpa, casa arejada, saneamento, cidade limpa e a Medicina era realizada por escravos gregos. Depois de Cristo: O cuidar era sinônimo de Amor e caridade, e a assistência era feita por diáconos e diaconisas, freiras, padre. E começam a surgir casa para acomodação dos necessitados que posteriormente passa a ser chamada de Hospitais. Na idade média esse cuidado era realizado por pessoas leigas e de moral duvidosa, e sem preparo para tal,as acomodações eram insalubres sem ventilação ou iluminação. A partir do século XVII os hospitais passaram a ser local de cura e formação profissional na área da saúde. E em meados do século XVI, a Enfermagem já começa a ser vista como uma atividade profissional institucionalizada e, no século XIX, vista como Enfermagem moderna na Inglaterra. A partir daí, foram catalogados definições e padrões para a profissão e a ANA (American Nurses Association) define a Enfermagem como "uma ciência e uma arte, levando em consideração que o objetivo principal do trabalho é o de cuidar dos problemas reais de saúde, por meio de ações interdependentes com suporte técnico – científico, bem como reconhecer o papel significativo do enfermeiro de educar para saúde, ter habilidades em prever doenças e o cuidado individual e único do paciente". 1.4 ENFERMAGEM MODERNA O avanço da Medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais. É na reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de disciplina e seus reflexos na Enfermagem. Naquela época, estiveram sob piores condições, devido a predominância de doenças infecto-contagiosas e a falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem esta alternativa, tornavam-se objetos de instrução e de experiências que resultariam num maior conhecimentosobre as doenças em benefício da classe abastada. É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale é convidada pelo Ministro da Guerra de Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia. 1.5 PERÍODO FLORENCE NIGHTINGALE 4 Seu nome está intimamente ligado à Cruz Vermelha, pois foi ela quem estabeleceu as bases da atual organização internacional voltada ao socorro de doentes e feridos, seja em época de paz ou de guerra. Na infância feliz que teve, ela já demonstrava o desejo de servir. Se um braço ou uma perna de uma boneca se quebrasse, ninguém tinha mais habilidade do que ela para reparar o dano. Ela já dava mostras de ser uma enfermeira nata. Um dia Nightingale conheceu uma mulher piedosa, a senhora Elizabeth Fry, através de quem soube de uma instituição na Alemanha voltada para a formação de enfermeiras, e decidiu se matricular. Mas aquele tempo, as enfermeiras eram conhecidas pela má conduta e ineficiência no trabalho. Os pais de Nightingale, naturalmente, ficaram preocupados com a idéia de sua filha tornar-se enfermeira. Tentaram dissuadi-la da idéia, mas sua decisão era inabalável. Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficiente, visita o Hospital de Dublin dirigido pelas Irmãs de Misericórdia, Ordem Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo e aos 33 anos, Nightingale tornou-se superintendente de um sanatório de caridade em Londres. Depois de um ano de trabalho o sanatório, em 1854, Inglaterra, França e a Turquia declaram guerra à Rússia: é a Guerra da Criméia. Os soldados acham-se no maior abandono. A mortalidade entre os hospitalizados é de 40%. Nightingale foi encarregada a cuidar de um grande hospital militar em Scútari. A situação precária em Scútari já era conhecida dos ingleses, mas, de perto, as condições eram bem piores. Nightingale descobriu que o hospital estava abarrotado de pacientes, a ventilação era péssima e faltava material hospitalar como macas, talas, ataduras e remédios. Mesmo naquele inferno, Nightingale de maneira nenhuma perdeu a esperança. No início, pessoas invejosas antipatizaram-se com ela e faziam de tudo para atrapalhá-la. Mas Nightingale, com seu modo cortês e muita dedicação ao trabalho, logo se tornou indispensável ao hospital. Dias depois de Nightingale assumir o cargo, a sujeira e a confusão deram lugar à limpeza e à ordem. Ela e suas devotadas enfermeiras cuidaram dos soldados, arrumaram a cozinha e a lavanderia e, nos poucos momentos livres, escreveram cartas às famílias dos soldados. Todas as noites, Nightingale fazia a ronda, carregando uma pequena lamparina, parando para confortar ou cuidar dos pacientes insones. Os feridos atè “beijavam” a sombra que se projetava quando ela passava pelos leitos e chamavam-se de “A Dama da Lâmpada”. Após seis meses, ela foi para Sebastopol para ver como os doentes e Florence (1820 -1910) - Enfermeira que criou o conceito moderno de enfermagem. Esta mulher em particular, foi uma referência na enfermagem. Nascida a 12 de Maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança, o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias. Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, grego e latim. 5 feridos estavam sendo tratados. Mas, infelizmente, ela adoeceu e teve de permanecer num sanatório local. Nightingale recusou-se a ser dispensada e a voltar para casa. Regressou a Scútari e, mesmo depois de terminada a guerra – com a tomada de Sebastopol -, permaneceu no hospital até que o último ferido pudesse retornar ao lar. O povo pretendia realizar uma grande festa de boas vindas para a nobre mulher, mas ela se recusou a aceitar os presentes e as honras que certamente lhe cabiam. Mas como sinal de agradecimento de toda a nação, foi inaugurado, em 1871, a escola de Enfermagem no Hospital St. Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das características da escola Nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias ministradas por médicos Nas primeiras escolas de Enfermagem, o médico foi de fato a única pessoa qualificada para ensinar. A ele cabia então decidir quais das suas funções poderiam colocar nas mãos das enfermeiras. Assim, a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social institucionalizada e específica. Apesar das dificuldades que as pioneiras da Enfermagem tiveram que enfrentar, devido à incompreensão dos valores necessários ao desempenho da profissão, as escolas se espalharam pelo mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira Escola foi criada em 1873. Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas começam a prestar serviços a domicílio em Nova Iorque. Florence Nightingale viveu até os noventas anos, morrendo em 13 de Agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Na cerimônia fúnebre, estavam presentes alguns dos velhos soldados que haviam sido tratados por ela na Criméia, e que se lembravam dela com amor e gratidão. 1.6 PERÍODO ANA NÉRI (13/12/1814 + 20/05/1880) Ana Justina Ferreira Néri Nasceu na vila de Cachoeira de Paraguaçu-BA, em 13 de Dezembro de 1814. Aos 51 anos de idade, viúva e católica praticante, a baiana Ana Justina Ferreira Néri tomou uma decisão histórica que construiu uma das mais belas páginas do heroísmo em meio à carnificina da Guerra do Paraguai (1865 -1870). Deixou prevalecer seu coração de mãe e decidiu acompanhar os filhos e os irmãos na maior luta armada da América Latina. Serviu de enfermeira voluntária, enfrentou a morte de perto para salvar muitas vidas, inclusive de inimigos da pátria, e se tornou um exemplo no mundo, como precursora da Cruz Vermelha no Brasil. . Hoje, Ana Néri é considerada como a Patronados Enfermeiros do Brasil. Foi em uma manhã fria do recôncavo baiano, de 8 de que Ana néri escreveu uma carta, cujo destinatário foi o presidente da Província da Bahia (equivalente a governador, na 6 época), Manuel Pinto de Souza Dantas: "Eu me chamo Ana Justina Ferreira Néri. Sou mãe de três rapazes que acabaram de partir para a guerra. Eles eram tudo o que tinha, pois o pai morreu quando eu estava com 29 anos. Não podendo resistir à saudade deles, suplico-lhe que me deixe acompanhá-los. Prometo que trabalharei como enfermeira em qualquer hospital e em defesa de todos aqueles que sacrificarem suas vidas pela honra nacional e a integridade do Império". Dois dias depois veio a resposta à súplica de uma mulher, o presidente da Província expediu ordens ao comandante do Conselho das Armas para que Ana Néri fosse contratada como a primeira enfermeira brasileira na Guerra do Paraguai. O comunicado oficial foi publicado, na edição de 13 de agosto de 1885 do Diário da Bahia. Com a aceitação, Ana Néri se transformaria na primeira enfermeira voluntária do país, na "Patrona dos Enfermeiros" e, mais ainda, na precursora da Cruz Vermelha no Brasil. A prática de cuidar dos doentes, Ana Néri adquiriu em Salvador, com as irmãs da Ordem de São Vicente de Paulo, considerado o "pai da caridade", pela Igreja Católica. Com as freiras vicentinas, aprendeu noções de higiene pessoal, primeiros- socorros, a aplicar injeções, controlar hemorragias, dissecar feridas e fazer remédios caseiros, como um a base de pimentão amarelo, potente antiinflamatório. Porém, a habilidade ambulatorial que mais se revelaria útil nos campos de batalha foi a de cauterização, feita com uma lâmina quente (geralmente facão), que salvaria muitas pernas, braços e vidas. Por sua índole pacifista, antes de decidir acompanhar os filhos e os irmãos, Ana Néri refletiu muito sobre o sentido da guerra. Tendo entrado na história como nossa primeira enfermeira voluntária, numa época em que ainda não havia profissional de nível universitário nessa área, foi quem mais contribuiu para que os brasileiros se conscientizassem do quão importante é a Enfermagem como profissão. De volta ao Brasil, em 1870, Ana Néri recebeu várias homenagens: foi condecorada com as medalhas de prata humanitária e da campanha e recebeu do imperador uma pensão vitalícia, com a qual educou quatro órfãos que recolhera no Paraguai. Ana Néri morreu no Rio de Janeiro -RJ, no dia 20 de Maio de 1880. A primeira escola oficial de enfermagem de alto padrão no Brasil, fundada por Carlos Chagas em 1923, recebeu em 1926 o nome de "Ana Néri", em homenagem a primeira enfermeira brasileira. 1.7 A ENFERMAGEM NO BRASIL 1980 - Criação da escola de enfermagem Alfredo Pinto no Rio de Janeiro. 1914 – Participação da crus vermelha brasileira na Primeira guerra mundial. 1923 – Primeira escola de enfermagem no modelo “Nightgale”, Escola Ana Neri. 1926 - Fundação da Associação de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras 1944 – Renomeação da Associação Brasileira de enfermagem (ABEn) 1949 – Lei nº775 exige educação de enfermagem em centros universitários 1962 – Criação do Curso Superior de Enfermagem 1973 – Criação do conselho federal de enfermagem, órgão disciplinador do exercício profissional (Cofen – Coren) COFEN: Normatiza as atividades de enfermagem; 7 COREN: fiscaliza o cumprimento das leis do exercício profissional (Coren de cada estado ou Federação) 1975 – Reconhecimento do curso técnico de Enfermagem 1981 – Regularização do curso de mestrado em enfermagem. 1986 - Criação do Sistema Único e Descentralizado de Saúde SUDS. Promulgação da Lei nº 7498/86 art 23 a autorização aos agentes sem formação especifica legalmente regulada, mas que executam atividades compreendidas nos serviços de enfermagem, para exerceram as atividades por prazo de 10 anos. 1988 - Publicada a constituição Federativa com inclusão do Capítulo de saúde, que institui o Sistema Único de Saúde (SUS) com nova formulação política e organizacional para reordenamento dos serviçoes e ações de saúde. Segundo o Ministério de Saúde os princípios doutrinários do SUS são: Universalidade: garantia de atenção a todo e qualquer cidadão. Integralidade: perceber o homen como ser integral (biopsicossocial) Equidade: garantia de ações de serviços em todos os níveis, sem privilégios e sem barreiras. Descentralização: com direção única em cada esfera do governo, porque quem está próximo da população tem amior probabilidade de acerto. Participação da comunidade por meio dos conselhos, intensificando a democracia do sistema. 2004 – Resolução Cofen nº 294/2004 – institui 20 de maio como dia nacional dos técnicos e auxiliares de enfermagem. 2007 – Resolução Cofen nº311/2007 – reformulação do código de ética, determinando que todos os profissionais devem conhecer inteiramente o código. 2009 – Resolução Cofen nº358 dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem 2012 - Resolução do Cofen 422 que normatiza a atuação, dos profissionais de enfermagem, nos cuidados ortopédicos e precedimentos de imobilização. 1.8 PERÍODO DE WANDA HORTA WANDA DE AGUIAR HORTA “Enfermagem è gente que cuida de gente” (1926 a 1981) Nasceu em 11 de agosto de 1926, natural de Belém do Pará, cursou Enfermagem na USP em 1948, formou-se em História Natural, fez pós-graduação em Pedagogia e Didática Aplicada à Enfermagem e obteve Doutorado em Enfermagem, exercendo ainda Livre Docência na USP. Trabalhou em diversas instituições no período de 1948 a 1958 entre as quais destacamos, Chefe de Enfermagem do Serviço de Enfermagem do Hospital Central Sorocabano, São Paulo, no período de 1954 a 1955 e como professora do Curso de Auxiliares de Enfermagem do Hospital Samaritano, São Paulo, no período de 1956 a 1958. 8 Na escola de enfermagem da Universidade de São Paulo no período de 1959 a 1981, como professora auxiliar de Ensino da cadeira de Fundamentos de Enfermagem de 1959 a 1968, como Professor Livre Docente no período de 1970 a 1974, como Professor Titular das disciplinas Introdução à Enfermagem e Fundamentos de Enfermagem, no período de 1968 a 1974, como Professor adjunto de 1974 a 1977. Em 1981, ano do seu falecimento, foi proclamada Professor Emérito pela Egrégia Congregação da Escola de Enfermagem da USP. Horta buscou ao longo de sua trajetória criar e transmitir um conceito de enfermagem que englobasse os aspectos, muitas vezes conflitantes, de arte humanitária, ciência e profissão. Adorava dar aulas que eram sempre enriquecidas por sua cultura geral e científica e seu maior prazer era acompanhar os estágios dos alunos. Ao retornar à Escola de Enfermagem da USP, em 1959, começa a desenvolver o núcleo central de seu trabalho que constitui na elaboração de vasta fundamentação teórica para a enfermagem, culminando com a elaboração da Teoria das Necessidades Humanas Básicas. Essa teoria é considerada o ponto alto de seu trabalho e a síntese da todas as suas pesquisas. A obra de Horta permite ser interpretada, na enfermagem brasileira, como um divisor de épocas - antes de se falar em teorias de enfermagem e depois, quando se fala sobre teorias de enfermagem construída por enfermeiros. Duas questões fundamentais foram perseguidas no trabalho de Wanda Horta. A primeira, a quem serve a enfermagem? Respondida finalmente em sua teoria como uma afirmação: "a enfermagem é um serviço prestado ao ser humano", e a segunda, com que se ocupa a enfermagem? Respondida então que "a enfermagem é parte integrante da equipe de saúde e como tal se ocupa em manter o equilíbrio dinâmico, prevenir desequilíbrios e reverter desequilíbrios em equilíbrio do ser humano". Em 1968 ela publica pela primeira vez seu próprio conceito de enfermagem: "Enfermagem é ciência e a arte de assistiro ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente desta assistência através da educação; de recuperar, manter e promover sua saúde, contando para isso com a colaboração de outros grupos profissionais". Suas realizações são tantas que se torna impossível enumerá-las. Participou em muitas conferências em diversos pontos do país e no exterior, organização de cursos de graduação e pós-graduação em diversos estados brasileiros, o comparecimento em atividades culturais no Brasil e no exterior, a orientação de diversos trabalhos de pesquisa, participação em inúmeras comissões de estudo e bancas examinadoras. Horta enfrentou muitas resistências. As idéias desta pioneira perturbaram os baluartes conservadores da enfermagem. Inúmeras barreiras tiveram que ser vencidas. Para melhor divulgar suas idéias, criou e manteve de 1975 a 1979, sem apoio de qualquer órgão oficial, a revista Enfermagem em Novas Dimensões, onde divulgou 13 artigos e 22 editoriais. Esta publicação se tornou um marco editorial da enfermagem brasileira. Era uma revista dinâmica, de diagramação moderna, voltada para a divulgação e o estímulo à pesquisa científica na comunidade da enfermagem. Suas armas nesta batalha foram sua inteligência viva, seu carisma pessoal, sua disposição sem limites e seu entusiasmo pela enfermagem. Atravessou momentos difíceis, vitima de uma doença degenerativa, a esclerose múltipla, tendo vivido os últimos anos de sua vida em cadeira de rodas. 9 Em fevereiro de 1981, quando se aposentou, o Professor Dr. Carlos da Silva Lacaz externou os sentimentos de todos os funcionários, professores e alunos da Escola de enfermagem dizendo do apreço que lhe era atribuído por dignificar a classe a que servia e, pela contribuição que havia dado ao desenvolvimento da enfermagem em nosso país, lhe outorgava o título de professor Emérito, a ser entregue posteriormente. Horta faleceu em 15/06/1981 deixando inúmeros estudos e contribuições à comunidade científica. 1.9 O SÍMBOLO DA ENFERMAGEM Segundo a Resolução COFEN-218/1999, fala sobre “padronização de juramento, pedra, cor e símbolos a serem utilizados nas solenidades de formaturas ou representativas da profissão”. Considerando as diversas consultas sobre o tema, que constantemente são efetuadas; Resolve: Art. 1º Aprovar o regulamento anexo que dispõe sobre juramento a ser proferido nas solenidades de formatura dos cursos de Enfermagem, bem como a pedra, a cor e o brasão ou marca que representará a Enfermagem, em anéis e outros acessórios que venham a ser utilizados em nome da profissão. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação (RJ, 09 de julho de 1999). Os significados dados aos símbolos utilizados na Enfermagem são os seguintes: Lâmpada: caminho, ambiente Cobra: magia, alquimia Cobra + cruz: ciência Seringa: técnica Pedra símbolo da Enfermagem: esmeralda Cor que representa a Enfermagem: verde esmeralda Cor verde: paz, tranquilidade, cura, saúde Enfermeiro: lâmpada e cobra + cruz Técnico e Auxiliar de Enfermagem: lâmpada e seringa II 1.10 CANÇÃO SIMBOLO DA ENFERMAGEM Resolução COFEN-265/2001 Institui Canção Símbolo da Enfermagem. O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, CONSIDERANDO o Festival Nacional, sobre Profissionais da Vida, ocorrido http://www.ellusaude.com.br/enfermagem/imagem/foto_simb_enf.gif http://www.ellusaude.com.br/enfermagem/imagem/foto_simb_enf.gif 10 entre e julho e outubro/2000, sob os auspícios do COFEN, em rede nacional de televisão, através do Programa Raul Gil; RESOLVE: Art. 1º -Instituir a Música "Amor e Luz", vencedora do Festival Nacional sobre Profissionais da Vida, de autoria de W. Luz e N. Farias, como Canção Símbolo da Enfermagem Brasileira. Art. 2º-A letra da Canção citada no dispositivo anterior, é parte anexa do presente ato. Amor e Luz A mão que toca e faz A dor fica menor O seu olhar afaga Amor e Luz No silêncio das noites O guardião da vida Basta você chamar Vive a vida Pra tantas vidas Muitas vezes sem saída Nem o tempo cura as vezes essas feridas Mas um sedativo é sempre o ombro amigo Nem o tempo cura as vezes essas feridas, Mas um sedativo é sempre o ombro amigo O Enfermeiro, a Enfermeira Transcendem suas lutas pelos leitos O Enfermeiro, a Enfermeira Já é eleito em nossos corações amor e luz Amor e Luz Amor e Luz, uma bandeira branca avisa A vida sempre vale mais Amor e Luz Amor e Luz, chama acesa Vida em tantos hospitais Vive a vida... Autores: W. Luz / n. Farias 1.11 JURAMENTO DA ENFERMAGEM “Solenemente, na presença de Deus e desta assembleia, juro: Dedicar minha vida profissional a serviço da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, exercendo a Enfermagem com consciência e fidelidade; guardar os segredos que me forem confiados; respeitar o ser humano desde a concepção até depois da morte; não praticar atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; atuar junto à equipe de saúde para o alcance da melhoria do nível de vida da população; manter elevados os ideais de minha profissão, obedecendo aos preceitos da ètica, da legalidade e da mora, honrando seu prestígio e suas tradições”. 11 UNIDADE 2 – ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 2.1 DEFINIÇÃO DE ANATOMIA: é a ciência que estuda a estrutura de um organismo micro e macroscopicamente e das relações entre si. A ANATOMIA HUMANA se divide em: ANATOMIA MACROSCÓPICA: é o estudo das estruturas gerais do corpo como: Cabeça, pescoço, tórax, abdômen e membros; ANATOMIA MICROSCÓPICA: estuda as estruturas que só podem ser vistas através do microscópio, pois, inclui a observação e estudo das células (citologia) e o estudo dos tecidos (histologia). DEFINIÇÃO DE FISIOLOGIA HUMANA: é o estudo das funções do corpo. O ser humano, assim como os demais organismos que possuem vida, é composto por estruturas altamente complexas e organizadas. O organismo é constituído por sistemas, como por exemplo, o respiratório, circulatório e digestório e estes sistemas são compostos por vários órgãos, como por exemplo, o digestivo que compreende: a boca, esôfago, estômago, intestino e glândulas anexas. Cada um desses órgãos é constituído de camadas diferentes denominadas de tecidos, como por exemplo, tecido epitelial do intestino que é responsável pela absorção dos alimentos. O tecido por sua vez é constituído por inúmeras unidades fundamentais chamadas células, que a menor unidade viva básica de um organismo. Cada célula possui organelas que são formadas por moléculas e, finalmente são compostas por átomos. 2.2. DEFINIÇÃO CITOLOGIA: a citologia estuda as células, que são estruturas visíveis somente com o auxilio do microscópio, e que apresentam variações quanto a forma e ao tamanho. Podemos citar como exemplo: Células MUSCULARES, que tem desenvolvida a capacidade de contratilidade, ou seja, habilidade para se mover ou contrair; Células NERVOSAS especializadas em condutividade, ou seja, habilidade para de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso. 2.3 MORFOLOGIA CELULAR E SUAS PRINCIPAIS ORGANELAS A célula é composta de duas partes principais: o núcleo e o citoplasma. O núcleo é centro de controle da célula, ele controla as reações químicas que ocorrem na célula e também controla a reprodução celular. O citoplasma corresponde ao compartimento líquido, entre a membrana nuclear e a membrana celular ou plasmática, onde podemos encontrar as organelas. No CITOPLASMA estão localizadas estruturas com funções específicas denominadas organelas. As principais organelas são: Átomo = molécula Célula = tecido = órgão = sistema = organismo Parte não viva Parteviva 12 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO: formado por uma rede de estruturas tubulares e vesículas achatadas, suas paredes possuem a mesma constituição lipoprotéica (constituída de uma combinação de lipídios e proteínas) da membrana plasmática. Suas principais funções são: Transporte de substâncias no interior da célula; Regulação de pressão osmótica; Armazenamento de substâncias e Facilitação das reações enzimáticas. COMPLEXO DE GOLGI: está intimamente associado ao reticulo endoplasmático, possuindo membranas semelhantes. É constituído por quatro ou mais camadas de vesículas delgadas e achatadas, situadas próximo ao núcleo. Possui inúmeras células secretoras Suas principais funções são: Liberar para o citoplasma os lisossomos, as vesículas secretoras e outros componentes citoplasmáticos; Concentra e estoca proteínas em suas vesículas; Nas membranas do aparelho de Golgi contém enzimas necessárias para sintetizar carboidratos e acoplá-los à proteína. LISOSSOMOS: são representados por pequenas bolsas cheias de enzimas digestivas e envolvidas por uma membrana lipoprotéica. Suas principais funções são: As enzimas digerem material englobado pelas células ou, em alguns casos os próprios constituintes celulares. Também são capazes de matar as bactérias transportadas para o interior das células. MITOCÔNDRIAS: são consideradas as usinas das células, pois, sem elas, as células seriam incapazes de extrair quantidades significativas de energia a partir dos nutrientes e do oxigênio, sendo o local onde ocorre a respiração celular. CÉLULA 13 CENTRÍOLOS: tem a forma de bastonetes e encontram-se, geralmente, próximos à região do núcleo, parecem estar relacionados com certos movimentos dentro das células, principalmente, relacionados com a divisão celular. RIBOSSOMOS: são pequenas partículas do citoplasma que constituídas de RNA ribossômico (RNAr) e proteínas. Os ribossomos são o sítio onde novas proteínas são sintetizadas na célula para seu consumo. 2.4. NOSSO CORPO O corpo é composto por cerca de 60% de liquido dentro da célula (liquido intracelular) e fora das células (extracelular). No liquido extracelular estão presentes os compostos necessários para a manutenção da vida das células; que são transportados pela circulação sanguínea chegando a todos os órgãos do corpo humano. As células serão capazes de viver, crescer e desempenhar suas funções na medida em que o liquido extracelular fornecer quantidades suficientes de água, oxigênio, carboidratos (açúcar), diferentes íons (sais minerais dissolvidos na água), aminoácidos (proteínas) e lipídios (gordura). ÁGUA A água dentro da célula funciona como um solvente dos sais e das substâncias orgânicas, Suas principais funções são: Facilitar a ocorrência das reações químicas das moléculas em solução; Transporte de substâncias tanto dentro quanto fora da célula e; Auxiliar na regulação da temperatura corpórea através da transpiração que retira o excesso de calor. A presença da água para o bom funcionamento do organismo é crucial, sendo que uma desidratação de 10% pode ser fatal. SAIS MINERAIS Os sais minerais constituem os principais componentes inorgânicos (que não contem átomos de carbono em sua estrutura) presente na célula. Existem no organismo sob duas formas: Associados aos componentes da estrutura esquelética, portanto, pouco disponíveis para as células e Dissolvidos na água dissociados dos íons. Variações na quantidade destes íons modificam profundamente a permeabilidade e a viscosidade das células, possuindo papel no fluxo de água entre o meio extra e intracelular CARBOIDRATOS Os carboidratos, também conhecidos como açúcares, são constituídos de moléculas orgânicas constituídas por carbono, hidrogênio, oxigênio. Sua função principal é o fornecimento de energia para o funcionamento das células 14 LIPÍDIOS Os lipídios, além de estarem presentes como componente de inúmeras estruturas celulares, tais como, nas membranas celulares, possuem também o papel de reserva energética. PROTEÍNAS As proteínas são formadas por moléculas grandes e de estruturas complexas compostas por unidades menores chamadas de aminoácidos. Elas são substâncias de grande importância para os seres vivos, podendo ser: • Estrutural: compondo matéria viva; • Enzimas: facilitando as reações químicas celulares ou ainda; • Anticorpos: funcionando como substâncias de defesa. 2.5 TECIDOS Na maioria dos animais, incluindo o homem, um grupo de células similares se junta para formar os tecidos. Então temos: TECIDO EPITELIAL: cobre a superfície corpórea (epiderme). Sua principal função é revestir a superfície externa do corpo, os órgãos e as cavidades corporais internas. A perfeita união entre as células epiteliais fazem com que os epitélios sejam eficientes barreiras contra a entrada de agentes invasores e a perda de líquidos corporais.As células do tecido epitelial da pele são muito unidas, sendo este epitélio estratificado. Já o tecido epitelial que reveste os órgãos onde há trocas de substâncias, é simples. Essa diferença acontece, pois a função da pele é evitar que corpos estranhos entrem no nosso organismo, agindo como uma espécie de barreira. Protege também contra o atrito, efeitos solares e produtos químicos. Já no revestimento dos órgãos, o tecido não pode ser tão grosso, pois nele há trocas de substâncias. Esse tecido é avascular (não possui vasos sangüíneos), sendo a nutrição de suas células feita a partir do tecido conjuntivo adjacente, por difusão Esses tecidos podem ser classificados quanto ao seu número de camadas celulares: Simples: uma única camada; Estratificado: várias camadas; Pseudoestratificado: células com núcleos em diferentes alturas; Transição: alteram conforme a necessidade São classificados quanto à forma das células presentes: Pavimentoso: células achatadas; Cubóide: forma de cubo; Prismático: forma prisma. São características comuns aos tecidos epiteliais: Pouca substância extracelular; Avascular; Células unidas firmemente http://pt.wikipedia.org/wiki/Pele http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_(anatomia) 15 TECIDO EPITELIAL GLANDULAR OU SECRETOR: É formado por células justapostas, pobre em substância intercelular. Funções principais: proteção, absorção, secreção e sensorial. Possui glândulas. A secreção é o produto de atividade glandular, pode ser mucosa, serosa (fluida) ou mista (rica em muco e fluido). As glândulas multicelulares apresentam três tipos básicos: • Endócrinas: secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu local de ação pela circulação. Ex.: hipófese, testículos, ovário, tireóide. • Exócrinas: as secreções são eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade. • Anfícrinas (ou mistas): produzem sua secreção tanto para dentro quanto para fora do organismo. TECIDOS MUSCULARES: São compostos de células especializadas que são capazes de se contrair, ou seja, diminuir seu comprimento. Esses tecidos movimentam o esqueleto, propulsionam o sangue através do corpo e auxiliam na digestão movimentando o alimento ao longo do tubo digestivo. Existem três tipos de tecido muscular: • Esquelético: encontram-se fixado nos diversos ossos do esqueleto; • Cardíaco: forma a parede do coração; • Visceral: está localizado nas paredes internas ocas como, por exemplo, dos ductos, vasos sanguíneos e trato digestivo. TECIDO NERVOSO: Formam o encéfalo, a medula espinal e os nervos, constituem células com longos prolongamentos, também chamados de neurônios, que recebem e transitem mensagens rapidamente através do corpo. TECIDO CONJUNTIVO: São células usadascomo suporte (ossos e cartilagens) para fixação de outros tecidos (tendões, ligamentos) ou para outras funções como, por exemplo, o sangue. Liquido intracelular (dentro da célula) Liquido extracelular (fora da célula) O processo necessário à manutenção das boas condições das células, a fim de conferir o seu funcionamento ideal é chamado de HOMEOSTASE 16 Tipos de tecido conjuntivo: • Adiposo: encontramos em substância intersticial. Ex.: gordura; • Cartilaginoso: formam as cartilagens que formam as orelhas, traquéias etc; • Ósseo: substância intersticial dura e sólida. Compõem todos os ossos do nosso corpo; • Sanguíneo: denomina-se sangue o liquido vermelho que se movimenta através dos vasos. O tecido sanguíneo é o tecido de condução que transporta O2 e CO2, nutrientes, produtos tóxicos e hormônios. 2.6 - ESTRUTURA DO CORPO Externamente, o corpo humano é formado por três partes principais: cabeça, tronco e membros. A CABEÇA compreende: • Crânio: onde se aloja o encéfalo, principal parte do sistema nervoso, e • Face: relaciona-se com os órgãos dos sentidos e com a parte inicial do aparelho digestivo. O PESCOÇO une a cabeça ao tronco e nele localizam-se órgãos importantes como: • Laringe; • Glândula tireóide; • Parte da traquéia e Esôfago. O TRONCO compreende tórax, abdômen e a pelve. No tórax encontra-se uma cavidade chamada cavidade torácica, onde se localizam os pulmões, coração, esôfago, traquéia, brônquios, artérias, veias e nervos e é separada do abdômen pelo músculo Diafragma. No ABDÔMEN encontra-se a cavidade abdominal, contendo a maior parte do aparelho digestivo (intestino, estômago, fígado e pâncreas), baço e rins. Ao tronco prendem-se dois membros inferiores (MMII), cada um possui uma raiz (quadril) e uma parte livre (coxa, perna e pé). Entre a coxa e a perna encontra-se o joelho e entre a perna e o pé, o tornozelo. No pé temos a parte plantar e o dorso. Os pés são responsáveis pela locomoção do corpo. Membros superiores (MMSS), cada membro possui uma raiz que se liga ao tronco (ombro) e uma parte livre (braço, antebraço e mão). Entre o braço e o antebraço encontramos o cotovelo e entre o antebraço e a mão, o punho. A mão é constituída pela palma, dorso e dedos (polegar, indicador, médio, anular e mínimo). Suas funções são: ataque, defesa e apreensão de objetos. PLANOS E POSIÇÕES ANATÔMICAS POSIÇÃO ANATÔMICA: é o corpo em posição ereta, com cabeça para frente, olhos em direção ao infinito e pés unidos e voltados para frente e os membros superiores estendidos ao lado do corpo, com as palmas das mãos voltadas para frente. 17 COMPONENTES DO CORPO HUMANO LOCALIZAÇÃO REGIONAL ABDOMINAL A cavidade abdominal se divide em nove regiões, a saber: • Região epigástrica -Hipocôndrio D Hipocôndrio E • Região umbilical -Flanco D Flanco E • Região hipogástrica -Inguinal ou ilíaca D Inguinal ou ilíaca E 18 2.7 ÓRGÃOS E SISTEMAS DEFINIÇÃO: A formação de tecidos capacita o corpo a realizar atividades fisiológicas mais complexas numa célula individualizada. Os processos fisiológicos mais complexos são possíveis quando dois ou mais tecidos se combinam para formar um órgão. O estômago, por exemplo, é formado por tecido epitelial e suas paredes por tecido muscular. Esses tecidos são mantidos juntos por variados tipos de tecido conjuntivo e são inervados por tecido nervoso. Cada um desses tecidos contribui de uma maneira específica para o funcionamento do estômago e sem tais combinações de tecidos não seria possível processar grandes partículas de alimentos complexos. SISTEMAS: é um conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo organizado. É uma definição que acontece em várias disciplinas, como biologia, medicina, informática, administração. Vindo do grego o termo "sistema" significa "combinar", "ajustar", "formar um conjunto". Nossos órgãos têm habilidades suficientes para trabalharem juntos formando assim um sistema Há dez sistemas ou aparelhos principais do corpo humano, cujos componentes e funções veremos a seguir. 2.8 SISTEMA TEGUMENTAR DEFINIÇÃO: Esse sistema compreende a pele e suas estruturas acessórias, como, os pêlos, unhas e glândulas. A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano em termos de superfície e peso, ela é responsável pelo revestimento externo do corpo. Ela é composta de três camadas principais: a epiderme, a derme e hipoderme. EPIDERME: Constituída por tecido epitelial. Não há vasos sanguíneos na epiderme, mas a derme é ricamente vascularizada, por isso, o único meio pelo qual as células da epiderme podem obter alimento é através da difusão dos leitos capilares da derme, o que funciona muito bem. DERME: Formada por tecido conjuntivo, mantém a pele em constante tensão elástica, promove a união da epiderme, nutri a epiderme e possui terminações nervosas com receptores sensoriais. HIPODERME: Também conhecido como tecido subcutâneo, formado por tecido conjuntivo frouxo, freqüentemente tendo células adiposas depositadas entre as fibras. Em algumas regiões como no abdome e nas nádegas, o acúmulo de gordura no tecido subcutâneo pode ser muito amplo. A hipoderme é bem suprida de vasos sanguíneos e terminações nervosas. GLÂNDULAS DA PELE Glândulas sudoríparas: Estão distribuídas na maior arte da superfície do corpo, mas estão ausentes nos lábios, mamilos e partes dos órgãos genitais. As estimulações dos nervos simpáticos que se dirigem a essas glândulas forçam-nas a secretar uma solução aquosa. Glândulas sebáceas: Sua secreção (sebo) é ma substância oleosa que é rica em lipídeos, ela ocorre ao longo da haste do pêlo até a superfície da pele. O sebo não apenas lubrifica a pele e os pêlos prevenindo-os do ressecamento, mas também contém substâncias que são tóxicas para certas bactérias. Glândulas ceruminosas: (de cera) do meato acústico externo; Glândulas ciliares e as tarsais das pálpebras e Glândulas mamárias. http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_(biologia) http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_(biologia) http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_de_software http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega 19 PÊLOS: Encontramos os pêlos em maior quantidade. Na cabeça, axilas e púbis, ele também está presente em menor quantidade em todo o resto do corpo. As únicas áreas sem pêlos são os lábios, as palmas das mãos, a planta dos pés. UNHAS: Coloração rosada por causa da rede capilar que existe abaixo dela e que se torna visível através das células corneificadas. Encontramos duas partes importantes na unha: o leito e a matriz. • Leito: é a parte em cima do qual a unha se encontra e é formada pela camada germinativa; • Matriz: é nela que ocorrem as mitoses, empurrando para frente às células previamente formadas que já se corneificaram e assim causando seu crescimento. FUNÇÕES DO SISTEMA TEGUMENTAR PROTEÇÃO: a pele forma uma barreira física que protege o corpo contra a invasão de microrganismos e a entrada de substâncias estranhas do meio exterior. Também protege contra o excesso de radiação ultravioleta e reduz grandemente a perda de água do corpo para o meio, a superfície da pele está coberta por uma delgada película liquida que tende para a acidez com um pH de 4 a 6,9. Devido a sua acidez, essa película pode atuar como uma camada antiséptica e retardar o crescimento de microorganismos na superfície da pele. ESTRUTURA DA PELE 20 2.9 SISTEMA ESQUELÉTICO DEFINIÇÃO: O esqueleto humano está colocado entre os tecidos moles do corpo. É uma estrutura viva capaz de crescer, se adaptar e se reparar. Nosso esqueleto cresce com as demais estruturas o corpo. Ele é formado por aproximadamente 210ossos e inicia sua formação no segundo mês de vida intra-uterina, eles prosseguem sua formação e crescimento até o final da adolescência. Após esta fase, o tecido ósseo somente retomará o crescimento por motivos de reparação devido a alguma fratura. A presença de vitamina D e cálcio é imprescindível no processo de formação óssea. Muitos espaços ósseos internos são preenchidos por medula óssea vermelha, que é ricamente suprida com sangue. A principal função da medula é a formação de eritrócitos, leucócitos e plaquetas. A medula óssea é abundante nas extremidades dos ossos longos, principalmente no nascimento, sendo substituída aos poucos por células gordurosas denominadas medula amarela. FUNÇÃO DO ESQUELETO Suporte: o esqueleto atua como um arcabouço do corpo, dando suporte aos tecidos moles e provendo pontos de fixação para a maioria dos músculos do corpo; Movimento: o esqueleto desempenha um papel importante na determinação do tipo de extensão do movimento que o corpo é capaz de fazer; Proteção: o esqueleto protege muitos órgãos vitais de lesões. O encéfalo se encontra alojado na cavidade craniana, a medula espinhal no canal formado pelas vértebras, os órgãos torácicos estão protegidos pela caixa torácica, a bexiga urinária e os órgãos reprodutores internos estão protegidos pela pelve óssea; Reserva de minerais: cálcio, fósforo, sódio, potássio e outros minerais estão estocados nos ossos do esqueleto. Estes minerais podem ser mobilizados e distribuídos pelo sistema sanguíneo para outras regiões que o corpo necessite. Durante a gestação, por exemplo, o cálcio é removido do esqueleto da mãe e usado no desenvolvimento dos ossos da criança, se a dieta da mãe não inclui quantidades suficientes de cálcio; Hemopoiese (formação de células do sangue) 21 22 OSSOS CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: longos, curtos, planos e irregulares. OSSOS LONGOS São os ossos mais longos e menos largos, eles apresentam um corpo (diáfise) e duas extremidades (epífise). Na diáfise existe o canal medular, onde se encontra a medula óssea, nas epífises existe uma camada de cartilagem hialina. Exemplo: o úmero, rádio, ulna, fêmur, tíbia, fíbula e falanges; OSSOS DO PÉ 23 OSSOS MMII OSSOS MMSS 24 OSSOS CURTOS São os que não têm um eixo longo, são formados por tecido esponjoso e a medula óssea está envolvida por uma fina camada de osso compacto. Exemplo: ossos do carpo (mão) e do tarso (pé); OSSOS PLANOS Um pouco delgado e chato, são formados por duas camadas de ossos compactos entre as quais interpõe um osso esponjoso e a medula óssea. Exemplo: teto da cavidade craniana (parietal e occipital) e o esterno; OSSOS DA CABEÇA OSSOS DO CRANIO: O crânio é constituído por 8 ossos: Parietal (2) Temporal (2) Frontal. Occipital. Esfenóide. Etmóide. 25 OSSOS IRREGULARES Tem formas variadas que não se encaixam em nenhuma dessas categorias, são formados por ossos esponjosos envolvidos por uma fina camada de ossos compactos. Exemplo: ossos do crânio, as vértebras e alguns ossos da cintura escapular pélvica; OSSOS DA PELVE OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral divide em 4 partes: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea 26 OSSOS ALONGADOS: Ossos longos, porém achatados. Ex.: costela. OSSOS DA COSTELA OSSOS PNEUMÁTICOS Ossos irregulares presentes no crânio, caracterizam-se por possuir cavidades cheias de ar. Exemplo: maxilar, etmóide, esfenóide e frontal. CARTILAGEM Além dos ossos, o esqueleto também é formado por cartilagens, que é um tipo de tecido conjuntivo resistente, mas não duro. De acordo com as fibras cartilaginosas podemos classificá-las em três tipos: Cartilagem Hialina – Existem poucas fibras de colágeno nesta cartilagem, forma o modelo cartilaginoso do futuro osso do embrião. Exemplo: cartilagem das articulações, da traquéia, do nariz e da laringe; Fibrocartilagem - Há um predomínio de fibras colágenas neste tipo de cartilagem. Exemplo: meniscos das articulações do joelho, disco articular da articulação da mandíbula com o temporal e discos intervertebrais; Cartilagem Elástica – É aquela em cuja matriz encontra-se muita fibra elástica. Exemplo: pavilhão da orelha. 27 OSSOS INDIVIDUAIS DO ESQUELETO DIVISÕES DO ESQUELETO Categoria Numero de osso Esqueleto axial 80 Cabeça 29 Coluna Vertebral 26 Tórax (costelas e esterno) 25 Esqueleto apendicular 126 Cintura escapular 4 Membros superiores 60 Cintura pélvica 2 Membros inferiores Total 60 206 ou 210 28 29 DICIONARIO: Osteônio: Sistema organizado de canais interconectados, nas estruturas redução microscopia do osso compacto adulto, que pode ser chamado de sistema haversiano. Lacunas: Pequena depressão ou espaço. Osteocitos: Célula Canais ou passagens tubulares extremamente pequenas. Canalículos: Canais ou passagem tubulares extremamente pequenas. Endocontral: Relativo ao desenvolvimento de estrutura em cartilagem. Osteoclastos: Células grandes que reabsorvem ou provocam erosão de vitamina D no adulto. Osteoblasto: Células formadoras de ossos Periósteo: Dupla camada de tecido conjuntivo que recobre regenera e nutre o osso ARTICULAÇÕES Suturas: Entalhes nas extremidades dos ossos os mantém intimamente unidos; fibras de conexão curtas; encontradas somente entre ossos achatados do crânio. Sinostose: No adulto, fibras da sutura substituída por osso, ossos acabam por se fundir entre si. Sindesmoses: Fibras de conexão mais longa do que nas suturas, chamados ligamentos, permitem algum movimento leve de deslizamentos, articulação entre as extremidades distais da tíbia e fíbula como exemplo. ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS: Nas articulações cartilaginosas (cartilagíneas) os ossos são unidos por cartilagem. Pelo fato de pequenos movimentos serem possíveis nestas articulações. 30 ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: As maiorias das articulações do corpo são articulações sinoviais, que são caracterizados por serem livremente móveis. Os movimentos das articulações sinoviais são limitados por ligamentos, músculos, tendões ou ossos adjacentes. As articulações têm quatro características distintas: uma cartilagem articular, uma cápsular articular, uma membrana sinovial e sinóvia (liquido sinovial) Cartilagem articular: É uma fina camada de cartilagem hialina que cobre a superfície articular lisa dos ossos. Cápsula articular: É uma membrana dupla que envolve e encerra a articulação. A camada mais externa da cápsula é composta de tecido conjuntivo fibroso denso cujas fibras estão firmemente aderidas ao periósteo dos ossos. Membrana sinovial: A membrana sinovial consiste de tecido conjuntivo frouxo cuja superfície interna é bem suprida de capilares. A membrana que se apresenta formada por dobras que ser projetam na cavidade articular, reveste toda a cavidade articular. A membrana sinovial é responsável produz um liquido espesso chamado liquido sinovial. Liquido sinovial: O liquido sinovial é responsável é responsável pela nutrição das cartilagens articulares e pela lubrificação das superfícies articulares. De fato, o liquido sinovial serve como um elemento amortecedor de peso na articulação desde que ele mantém as cartilagens articulares dos ossos que formam as articulações separadas, não permitido que as cartilagens façam contato direto entre si. Numa articulação queé lesada ou torna-se inflamada, entretanto, a produção de fluido pode ser estimulada e o excesso de fluido pode ser estimulado e o excesso de fluido pode se acumular causando inchaço e Além desses quatros característica, algumas articulações sinoviais têm disco articular, no caso do joelho, meniscos, de fibrocartilagem, que se estendem para dentro da articulação a partir da cápsular. BOLSAS SINOVIAIS, BAINHAS DOS TENDOES: As membranas sinoviais formam duas outras estruturas que, embora não façam realmente parte das articulações sinoviais, estão As articulações podem ainda ser classificadas por: Móveis: encontrada nos punhos; Semi-móveis: encontradas nas vértebras; Imóveis: encontrada no crânio. Algumas patologias associadas às articulações são: • Entorses, • Subluxação, • Luxação, • Artrite traumática, • Artrites infecciosas, • Reumatismo, • Hernia de Disco e gota 31 2.10 SISTEMA MUSCULAR DEFINIÇÃO: O tecido muscular constitui cerca de metade do peso total do corpo. As funções dos músculos dependem de sua localização. Em todos os casos, entretanto, a ação muscular é o resultado da ação das células musculares individuais. As células musculares são especiais pelo fato de serem as células do corpo que melhor exibem a propriedade da contratilidade (que lhes permite encurtar-se e desenvolver tensão). Como resultado as células musculares são importantes em atividades tais como o movimento de várias partes do corpo, a alteração do diâmetro dos tubos do corpo, a propulsão de materiais através do corpo e a expulsão de resíduos do corpo. Além disso, a contração dos músculos esqueléticos produz significativas quantidades de calor que pode ser usado para a manutenção da temperatura normal do corpo. TIPOS DE MÚSCULOS Basicamente os músculos dividem-se em: • Músculo estriado; • Músculo liso; • Músculo cardíaco; No corpo humano, cerca de 40% é composto por músculo esquelético estriado e 10% de musculatura lisa e cardíaca. E podem ser classificados em: • Voluntários e • Involuntários As contrações dos músculos voluntários estão normalmente sob controle consciente do indivíduo. Entretanto sob diversas condições, as contrações dos músculos voluntários não requerem um propósito consciente. Por exemplo, uma pessoa não tem que pensar na contração dos músculos envolvidos na manutenção da postura. As contrações dos músculos involuntários não estão geralmente sob o controle consciente do indivíduo. Mais propriamente, eles são governados pela porção do sistema nervoso conhecido como Sistema Nervoso Autônomo. MÚSCULO ESTRIADO (ESQUELÉTICO) Como o nome indica, a maioria dos músculos esqueléticos está fixada aos ossos do esqueleto. As contrações do músculo esquelético exercem força nos ossos e então eles se movem. Conseqüentemente, o músculo esquelético é responsável por atividades tais como: andar e manipular objetos no meio externo. Os músculos esqueléticos são os únicos músculos voluntários do corpo. O músculo estriado é composto por fibras musculares, sendo que cada fibra está associada a uma única terminação nervosa, que se localiza mais ou menos no seu meio. Em alguns casos músculos com funções semelhantes são inervados pelo mesmo nervo. 32 MÚSCULO LISO O músculo liso é assim denominado porque suas células não apresentam as estriações que são evidentes nas células musculares esqueléticas. É também de músculo visceral porque é encontrado nas paredes dos órgãos ocos e tubulares como o estômago, os intestinos e os vasos sanguíneos. O músculo liso é um músculo involuntário, e suas contrações governam o movimento de materiais através dos sistemas de órgãos do corpo. MÚSCULO CARDÍACO O músculo cardíaco é um tipo especializado de músculo que forma a parede do coração. Ele é involuntário, como o músculo liso. A musculatura esquelética é composta por uma série de grupos musculares. Cada um destes grupos é composto por uma infinidade de músculos, sendo que os mais importantes são: MÚSCULOS DA FACE • Bucinador: comprime a bochecha, puxa o ângulo da boca lateralmente • Corrugador do Supercílio: junta os supercílios como uma carranca; • Depressor do Lábio inferior: puxa o lábio inferior para baixo; • Platisma: abaixa a mandíbula, repuxa o ângulo da boca para baixo, estica e pregueia a pele do pescoço; • Risório: puxa o ângulo da boca para trás. MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO • Temporal: localizado nas têmporas. Eleva o maxilar inferior, fechando os maxilares; • Masseter: é o músculo da bochecha e promove a elevação do maxilar inferior. MÚSCULO EXTRÍNSECO DA LÍNGUA MÚSCULOS DO PESCOÇO (ANTERIOR) para o lado oposto; MÚSCULO QUE ATUA NA ESCÁPULA MÚSCULOS DO TRONCO • Grande e Pequeno Peitoral: são dois músculos achatados, um sobre o outro, que revestem as costelas na face anterior do tórax, aproximando o braço no outro; • Reto abdominal: localizam na parte anterior do abdome, tem forte capacidade de contração, protegem as vísceras e contribuem para a micção e evacuação; • Grande obliquo, inclina o tórax para a frente • Diafragma: localiza-se entre o tórax e o abdome, sua contração promove a expansão da caixa torácica, estimulando os músculos intercostais externos internos. 33 MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES • Deltóide: sua contração eleva o braço; • Bíceps: é o músculo desenvolvido pelos halterofilistas, faz a flexão do antebraço sobre o braço; • Tríceps: situado na parte posterior do braço, é antagônico ao bíceps; • Flexores e extensores dos dedos: fecham e abrem os dedos da Mão. MÚSCULOS BÍCEPS E TRÍCEPS MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES • Grande e pequeno glúteo: formam as nádegas, funcionam no ato de erguer o corpo sobre as pernas quando se levanta da posição sentada ou ao subir uma escada; • Vasto lateral: separa as pernas, é também um músculo utilizado para administração de medicamentos injetáveis; • Vasto Femural: músculo mais longo do corpo, movimenta as pernas para a frente no ato de andar ou correr; • Gastrocnêmio: formam a panturrilha (barriga da perna) e atuam na extensão dos pés, permitindo que o indivíduo fique nas pontas dos pés Principais termos que caracteriza os músculos: Atrofia: Redução do tamanho Astenia: Perda da capacidade de contração Mialgia: Dor muscular Miastenia: Fraqueza muscular Espasmo: Contração muscular involuntária, súbita e violenta Antralgia: Dor articular 34 MÚSCULOS 2. 11. SISTEMA CIRCULATÓRIO DEFINIÇÃO: O sistema circulatório e seu componente fluido, o sangue, ligam o meio interno do corpo ao meio externo. O sangue transporta materiais entre esses dois meios e entre as diferentes células e tecidos do corpo. O volume de sangue em homens e mulheres magros varia aproximadamente com o peso corpóreo e em média é de 79 ml/Kg, ou, 4 a 5 litros em mulheres e 5 a 6 litros em homens. FUNÇÕES DO SANGUE • Transporte de gases respiratórios, pois, o sangue carrega oxigênio dos pulmões para as células do corpo e dióxido de carbono das células para os pulmões; • Transporte de materiais nutritivos dos órgãos digestivos para as células; • Transporte de excretas das células do corpo para os rins; • Transporte de produtos celulares como hormônios para as células; • Manutenção da homeostase através da regulação do pH dos tecidos; • Auxilia na regulação da temperatura corpórea, providenciando meios para a dissipação do calor; • Proteção dos tecidos contra substâncias tóxicas estranhas através das células fagocitárias e anticorpos no sangue; • Prevenção da perda excessiva de líquidos do corpo através do mecanismo de coagulação. 35 COMPOSIÇÃO DO SANGUE O sangue consiste tanto de componente líquido, chamado plasma,como de estruturas nele mergulhadas chamadas de elementos figurados que são os eritrócitos, as plaquetas e os leucócitos. PLASMA É constituído de aproximadamente 90% de água, perfaz cerca de 55% do total do volume sanguíneo. A porção do plasma que não é água consiste de diversos materiais dissolvidos ou coloidais que dá uma coloração amarelada. Hormônios e outros produtos celulares são transportados pelo plasma, bem como metabólicos finais como, a uréia. O plasma também contém proteínas, como a albumina onde o fibrinogênio está envolvido com a coagulação do sangue e globulinas onde algumas das quais agem como anticorpos nas respostas imunes, e outras servem como moléculas de transporte. ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE ERITROCITOS Transporte de O2 e auxilio no transporte de dióxido de carbono PLAQUETAS Envolvidos no processo de homeostasia e coagulação sanguínea NEUTROFILOS Células fagociticas que são capazes de movimento amebóides EOSINOFILOS Células fagociticas consideradas como capazes de destruir complexo antígeno-anticorpo. BASOFILOS Liberação de subst. Químicas: Histamina e heparina, envolvida em processo inflamatória MONOCITOS Células inflamatória macrófagos LINFOCITOS Produção de anticorpos 36 ELEMENTOS FIGURADOS Os elementos figurados são os eritrócitos (células sanguíneas vermelhas), vários tipos de leucócitos (células sanguíneas brancas) e plaquetas (trombócitos). O processo pelo qual as células sanguíneas são formadas é chamado de hemopoiese. Antes do nascimento, as células sanguíneas são produzidas em alguns tecidos, incluindo o fígado, o baço, a medula óssea, o timo e os linfonodos. Quase todos os ossos do feto contêm medula vermelha, a cor indica que a medula é capaz de produzir células sanguíneas. Após o nascimento, o número de hemocitoblastos (células primitivas) diminui na maioria das áreas da medula óssea, e são substituídos por células adiposas. A abundância de células adiposas é responsável pela mudança de cor da medula de vermelha para amarela. Por isso, a medula na qual ocorreu esta substituição é chamada de medula óssea amarela, que é usada principalmente para depósito de gordura, e geralmente não é ativa na formação de células sanguíneas. No adulto, a maioria dos ossos contém medula amarela, estando à medula vermelha presente somente na extremidade de certos ossos longos, nas costelas, no esterno, vértebras e pelve. ERITRÓCITOS OU CÉLULAS SANGUÍNEAS VERMELHAS São pequenas, circulares e sem núcleo. São os mais numerosos tipos celulares no sangue. Embora seu número seja variável, um milímetro cúbico de sangue contém cerca de 5,1 a 5,8 milhões dessas células nos homens e cerca de 4,3 a 5,2 milhões na mulheres. A percentagem de eritrócitos, por volume, no sangue total, é chamada de hematócrito. A média normal de hematócrito é de aproximadamente 45% para homens e 42% para as mulheres. Quanto mais alto o hematócrito, mais viscoso fica o sangue, dificultando assim a sua circulação e exigindo maior força cardíaca. Os eritrócitos participam no transporte de gases pelo sangue, particularmente o oxigênio e o dióxido de carbono. É a hemoglobina dos eritrócitos é que é responsável por essa atividade. Um único glóbulo vermelho pode conter cerca de 300 milhões de moléculas de hemoglobina. A vida média dos eritrócitos é de aproximadamente 120 dias no homem e 109 dias na mulher. Os eritrócitos velhos, anormais e danificados são eliminados por células fagocitárias chamadas macrófagos. PLAQUETAS OU TROMBÓCITOS As plaquetas são pequenos fragmentos citoplasmáticos. São formadas na medula óssea vermelha. LEUCÓCITOS OU CÉLULAS SANGUÍNEAS BRANCAS São elementos figurados do sangue e estão envolvidos no sistema de defesa do organismo contra doenças e infecções. Por meio da fagocitose, elas defendem os tecidos contra invasão de organismos ou substâncias estranhas, removendo também os restos restantes da morte ou de ferimento celulares. Os leucócitos estão presentes no sangue em muito menor número que os eritrócitos, com cerca de 5.000 a 10.000 leucócitos por milímetro cúbico de sangue. São transportados pelo sangue para todo corpo, a partir da medula óssea, onde são formados. Muitos leucócitos são encontrados nas tonsilas, timo, linfonodos, baço e linfonodos ao longo do trato gastrintestinal. GRUPO SANGUÍNEO Anticorpos são proteínas produzidas no corpo em resposta a presença de 37 substâncias chamadas de antígenos. Os anticorpos neutralizam ou mesmo reagem com os anticorpos específicos que estimulam sua produção. As superfícies dos eritrócitos contêm antígenos que podem reagir com anticorpos apropriados presentes no plasma sanguíneo. As reações entre antígenos e anticorpos formam a base das varias classificações sanguíneas. Os antígenos de superfície mais freqüentemente considerados são aqueles do sistema ABO. SISTEMA ABO Os antígenos do sistema ABO, que são herdados, são designados por A e B. Na ausência dos antígenos A e B nos eritrócitos, é designado por O. Uma pessoa pode ter antígeno A, antígeno B, ambos A e B (AB) ou nenhum deles (O). A pessoa tem anticorpos para aqueles antígenos que não estão nos seus eritrócitos, mas não tem anticorpos para os antígenos que estão presentes nos seus eritrócitos. Assim, pessoas com antígeno A tem anticorpos anti-B no plasma; as com antígeno B têm anticorpos anti-A, as que não têm antígenos A ou B (grupo O) tem anticorpos anti-A e anti-B e pessoas que possuem antígenos A e B nos seus eritrócitos (grupo AB), não tem anticorpos anti-A e anti-B no seu plasma. O tipo sanguíneo individual indica o antígeno que a pessoa possui e não o anticorpo. Em transfusões de sangue, podem surgir complicações na mistura de tipos sanguíneos incompatíveis. Se uma pessoa com tipo sanguíneo A (antígeno A no eritrócito e anti-B no plasma), por exemplo, receber uma transfusão de tipo sanguíneo B (antígeno B no eritrócito, anticorpo anti-A no plasma), os eritrócitos tipo B que estão entrando na circulação podem ser atacados e aglutinados pelo anticorpo anti-B do plasma do receptor, ocasionando, conseqüentemente, a liberação de hemoglobina no plasma. Ao mesmo tempo, a entrada do anticorpo anti-A do tipo sanguíneo B poderá atacar os eritrócitos do tipo A do receptor, embora este problema não seja usualmente sério, porque os anticorpos que entram são diluídos no plasma do receptor. Como os indivíduos do tipo AB não possuem anticorpos para atacar os eritrócitos que estão entrando, eles são freqüentemente chamados de receptores universais. Por outro lado, como os eritrócitos dos indivíduos do grupo O não possuem antígenos, eles não podem ser atacados pelos anticorpos anti-A e anti-B e são chamados de doadores universais. SISTEMA RH Tem este nome em virtude dos primeiros estudos terem sido feitos em macacos rhesus. O sistema Rh num grupo de antígenos eritrocitários superficiais, e o anticorpo componente do sistema -anticorpo anti Rh – não estão normalmente presente no plasma. Para que haja produção de anticorpos anti-Rh deve ocorrer à sensibilização pelo antígeno Rh. Assim como no sistema ABO, a pessoa com antígeno Rh não produz anticorpos anti-Rh contra seu próprio antígeno. Entretanto, a pessoa sem antígeno Rh pode produzir anticorpos anti-Rh após sensibilização por esse antígeno. Tal sensibilização pode ocorrer quando a mãe sem antígeno Rh nos seus eritrócitos (chamado de Rh negativo) está gestando um feto que possui o antígeno (chamado de Rh positivo) herdado do pai. Neste caso, pode ser possível que alguns antígenos Rh do feto entrem na circulação através da ruptura da placenta e por meio disso sensibilizem a mãe pela estimulação da produção de anticorpos anti-Rh no seu plasma. Se após tiver sido sensibilizada a mãe gerar outro feto Rh positivo, os anticorposmaternos podem entrar na circulação do feto, onde irão atacar e romper os eritrócitos fetais. Isto pode resultar na doença hemolítica do recém nascido, uma severa doença anêmica do feto. Na verdade apenas cerca de 5% das mães Rh negativas produzem anticorpos anti-Rh enquanto estão gerando um feto Rh positivo, e primeiro bebê está quase sempre a salvo dessa doença; em uma segunda gravidez, 38 entretanto, os riscos são maiores, porque o sistema imunitário tem, efetivamente, uma memória. Atualmente é possível, imediatamente após o parto, medicar as mães (prazo máximo de 72hs), com agentes que previnem ou limitam a sensibilização pelo antígenos Rh (Rhogan ou Mathergan). Deste modo, o problema de incompatibilidade Rh entre mãe e feto tem diminuído muito nos últimos anos. SISTEMA CIRCULATÓRIO: O CORAÇÃO O sistema circulatório pode ser dividido em duas partes: sistema cardiovascular e sistema linfático. Sistema cardiovascular: inclui o coração que funciona como uma bomba propulsora para o sangue, e os vasos sanguíneos, que transportam o sangue através do corpo; Sistema linfático: consiste de órgãos, que participam da resposta imune (tonsilas, timo, baço e linfonodos) e vasos, que coletam o liquido intersticial do corpo e o transportam para o sistema cardiovascular. sistema cardiovascular é um sistema circular fechado. Contido no coração e no interior dos numerosos vasos, o sangue percorre ininterruptamente um trajeto circular do coração para as artérias, depois para os capilares e em seguida para as veias, de onde retorna o coração. Normalmente o sangue não deixa esse sistema, embora uma porção líquida deste sangue atravesse as paredes dos capilares para se juntar ao liquido entra as células que constituem os tecidos. ANATOMIA DO CORAÇÃO O coração adulto é um órgão em forma de cone com o tamanho aproximado de uma mão fechada, e se localiza entre os pulmões, num espaço denominado mediastino, onde se situa obliquamente. A base do coração está voltada para cima, para trás e para direita, ao nível da segunda e terceira costela, é formado por quatro câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo. • Os átrios são menores e se localizam na região superior do coração; • Os ventrículos são maiores, localizam-se inferiormente, formando o ápice do coração. Vários vasos sanguíneos de grande calibre entram ou saem do coração pela sua base. São eles: • Veia cava superior e veia cava inferior, que trazem o sangue venoso do corpo para o átrio direito; • Artéria troncopulmonar, que se divide em artérias pulmonares direita e esquerda e que levam o sangue do ventrículo direito para os pulmões; • Veias pulmonares (duas direita e duas esquerda), que trazem o sangue do pulmão para o átrio esquerdo; • Artéria aorta, que leva sangue do ventrículo esquerdo para o corpo. PAREDE DO CORAÇÃO O coração é formado principalmente por músculo cardíaco, ancorado a um esqueleto fibroso. A parede do coração é constituída por três camadas: o epicárdio,o miocárdio eo endocárdio. • Epicárdio: é uma membrana serosa muito fina, que adere a superfície externa do órgão; • Miocárdio: camada mais espessa que é constituída por músculo cardíaco; • Endocárdio: reveste internamente o miocárdio. Dobras do endocárdio formam as valvas que separam os átrios dos ventrículos – as valvas atrioventriculares – e os ventrículos da aorta e do tronco pulmonar – as valvas arteriais, constituídas por válvulas semilunares. 39 O miocárdio varia consideravelmente em espessura de uma câmara para outra. Essa espessura está relacionada á resistência encontrada no bombeamento do sangue pelas diferentes câmaras. Uma vez que a musculatura dos átrios encontra pouca resistência para impelir o sangue para os ventrículos, estes podem encher-se demais, havendo uma sobre carga. Os ventrículos devem impelir o sangue através dos vasos sanguíneos que se dirigem aos pulmões e para o restante do corpo, possuindo dessa forma, um miocárdio mais espesso que os dois átrios. Além disso, o ventrículo esquerdo, responsável pelo envio de sangue para todas as estruturas do corpo (exige maior força) apresenta maior espessura de miocárdio em comparação ao ventrículo direito, que impele o sangue através de vasos que se dirigem aos pulmões (exige menor força). VÁLVULAS DO CORAÇÃO Existem quatro grupos de válvulas que direcionam o fluxo sanguíneo através das câmaras cardíacas: dois grupos formam as valvas atrioventriculares (localizadas entre os átrios e os ventrículos), e os outros dois, constituídos por válvulas semilunares (impedem que o sangue retorne aos ventrículos), formam as valvas da aorta e do tronco pulmonar. CIRCULAÇÃO ATRAVÉS DO CORAÇÃO Por causa da separação das câmaras cardíacas do lado direito com as do lado esquerdo, através dos septos e interventricular, o coração funciona como uma bomba dupla. Cada uma possui uma câmara de recebimento (átrio) e uma de propulsão (ventrículo). A bomba do lado direito recebe sangue que vem dos vasos do corpo e o envia aos pulmões – isto é, através do circuito pulmonar. O sangue venoso chega ao átrio direito através: • Da veia cava superior, que traz o sangue da cabeça, tórax e membros superiores; • Da veia cava inferior, que recolhe o sangue do tronco, membros inferiores e vísceras abdominais; • Do seio coronário e das veias cardíacas anteriores, que drenam o miocárdio. Do átrio direito, o sangue passa para o ventrículo direito, que o impulsiona para o tronco pulmonar e artérias pulmonares, até a rede de capilares dos pulmões. Nos pulmões o sangue deixa o gás carbônico e recebe o oxigênio. A bomba do lado esquerdo recebe o sangue que acabou de ser oxigenado nos pulmões e o envia para o corpo. O sangue dos pulmões retorna ao átrio esquerdo, pelas veias pulmonares. DÉBITO CARDÍACO CONCEITO: quantidade de sangue bombeada pelo ventrículo esquerdo para a aorta a cada minuto. PRESSÃO ARTERIAL: a força exercida pelo sangue contra a parede do vaso; PULSO DE PRESSÃO SISTÓLICA: em um individuo normal é de aproximadamente 120 mmHg que corresponde a força máxima dos impulsos cardíacos; PULSO DE PRESSÃO DIASTÓLICA: em um individuo normal é de aproximadamente 80 mmHg que corresponde a pressão mínima das artérias; PRESSÃO DE PULSO: corresponde a pulsação sentida nas artérias, ou seja, é a diferença entre os pulsos de pressão. No individuo normal é de 120 à 80 mmHg com diferença de 40 mmHg; 40 PULSO RADIAL OU BRAQUIAL: é a pressão exercida na parede dessas artérias, onde podemos verificar quantas vezes o coração “bate” por minuto, atravès de uma leve pressão sobre ela com os dedos indicador e médio. Em um individuo normal a freqüência cardíaca (FC) varia de 60 à 80 batimentos por minuto (60-80 bpm). Abaixo de 60 bpm chamamos de bradicardia e acima de 80 bpm de taquicardia. Do átrio esquerdo o sangue passa para o ventrículo esquerdo, que o impulsiona para o interior da aorta e desta para o corpo. O lado direito e o lado esquerdo do coração trabalham em conjunto. SISTEMA DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO O coração se contrai aproximadamente 72 vezes por minuto. No interior do órgão, existem algumas células musculares cardíacas especializadas que geram os impulsos que determinam a contração do coração. Além delas, outras células musculares cardíacas se especializam na condução desses impulsos através do miocárdio. Este sistema condutor coordena os batimentos cardíacos, produzindo uma ação de bombeamento de sangue bastante eficiente. CICLO CARDÍACO Período desde o começo de um batimento cardíaco até o começo do seguinte. Composto por: • Período de relaxamento (diástole) – o coração se enche de sangue; • Período de contração (sístole) – o sangue é lançado nas artérias. Fases do Ciclo Cardíaco 1 Fase de contração atrial:
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