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apostila pcc3- segurança do trabalho v 2

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FATEC – SP - Faculdade de Tecnologia de São Paulo – Edifícios 
 
 
 
PCC III - SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Prof. José Luiz de Godoy e Vasconcellos 
 
SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
Segurança do Trabalho é entendida como prevenção de acidentes, de um lado deve visar a 
prevenção da integridade física do trabalhador, de outro deve ser considerada como fator de 
produção, pois os acidentes tenham ou não provocado lesão no trabalhador, influirão negativamente 
na produção através da perda de tempo que acarretam e das outras consequências que provocam, tais 
como eventuais perdas materiais (máquinas, ferramentas, matérias primas, produtos acabados, etc.) e 
a diminuição da eficiência do trabalhador acidentado ao retornar ao trabalho e de seus companheiros, 
devido ao impacto produzido pelo acidente, etc. 
Os Acidentes e as responsabilidades legais 
 A Constituição Federal atribui aos empregadores as seguintes obrigações: 
- Segurar seus empregados 
- Responsabilizar-se com pagamento de indenizações quando incorrendo em dolo ou culpa, 
com ato ou omissão, contribuir para ocorrência do infortúnio. 
 O seguro é feito por determinação constitucional e legal perante a Previdência Social, mas a 
lei define que o trabalhador poderá pleitear, além do seguro acidentário, uma indenização do seu 
empregador quando este tiver contribuído com ação ou omissão culposa ou dolosa, para a ocorrência 
do acidente do trabalho. 
 Portanto, o sistema jurídico admite dois tipos de indenizações, as quais cumulativamente o 
trabalhador poderá pleitear: 
 1-Indenização acidentária- correlacionada como seguro obrigatório, junto à Previdência 
Social (INSS) e; 
 2- Indenização civil- vinculada à responsabilidade civil do empregador, quando esse 
contribuir com culpa ou dolo, para ocorrência do infortúnio. 
 
 HISTÓRICO SOBRE OS ACIDENTES DO TRABALHO E DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
Os acidentes do trabalho sempre foram um problema para a humanidade, seus relatos remontam à Grécia 
antiga, Hipócrates e Plínio já apontavam problemas de saúde gerados pelas condições adversas de trabalho. 
Hipócrates (o pai de medicina) identificou a origem das doenças relacionadas ao trabalho com as minas de 
estanho. 
 Somente no século XVI surgiram estudos sobre doenças profissionais com o relato da “Asma dos 
Mineiros” que atacava trabalhadores de extração e fundição do ouro e da prata, Bernardus Ramazzini (o pai 
da medicina do trabalho) publicou sua obra "As doenças dos trabalhadores”. 
 Em 1802 o parlamento inglês através de uma comissão de inquérito, aprovou a 1° lei de proteção 
aos trabalhadores: Lei de saúde e moral dos aprendizes, estabelecendo limite de 12 horas de 
trabalho/dia, proibindo o trabalho noturno, obrigava os empregadores a lavarem as paredes das fábricas 
duas vezes ao ano e, tornava obrigatória a ventilação desses locais. Com o início da Revolução 
Industrial na Inglaterra em 1780, surgem as primeiras fábricas e, com elas a concentração de mão de 
obra em instalações precárias desprovidas de iluminação, lay-out, isolação de ruídos, ventilação 
adequadas, além das extensas jornadas de trabalho sem descansos semanais. 
 Por volta de 1840 o Parlamento inglês promulgou a “Lei das Fábricas” que estabelecia, entre 
outros direitos dos trabalhadores, a idade mínima para o trabalho de 9 anos e a jornada máxima semanal 
de 69 horas. 
 Entre 1844 e 1848 a Grã - Bretanha aprova as primeiras Leis específicas de Segurança do 
Trabalho e Saúde pública. 
 
 
 Cerca de trinta anos depois uma nova lei instituía as inspeções médicas, proibição de alimentar-se 
em ambientes nocivos para a saúde e melhoria nas instalações fabris. 
 Na virada do século XIX surgem na Europa e nos Estados Unidos a obrigatoriedade da criação 
dos Serviços de Segurança e Saúde Ocupacional e a legislação sobre indenizações. 
 O ano de 1919 é marcado pela criação da OIT (Organização Internacional do Trabalho) da qual o Brasil 
é membro fundador. 
 
 
 
 No Brasil a industrialização tomou vulto a partir da primeira década do século XX e, já em 1919 é 
promulgada a primeira lei de acidentes do trabalho, seguindo-se da lei das férias em 1926, da lei de 
proteção ao trabalho de menores em 1932 e do decreto 24637/34 que conceituava o acidente do 
trabalho e fixava indenizações por acidentes de um a três anos de salários, além da obrigação, por parte 
do empregador, de arcar com todos os gastos com assistência médica, farmacêutica e hospitalar das 
vítimas. Outro benefício instituído era a obrigação das empresas contratarem seguros contra acidentes 
com seguradoras ou com os próprios sindicatos profissionais. 
 Em 1944, um ano após a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) o seguro de acidentes do trabalho 
era transformado em seguro social e o Brasil instituía as CIPAS, cerca de vinte anos após a sua 
recomendação pela OIT (Organização Internacional do Trabalho). A SPAT (Semana de Prevenção de 
Acidentes do Trabalho) foi instituída em 1953 e, o uso dos EPI é regulamentado em 1960. 
 A partir de 1967 com a criação do INPS (fusão dos diversos Institutos Classistas de Pensões e 
Previdência) a indenização deixa de ser tarifada de acordo com o infortúnio causado ao trabalhador, 
passando a ser mais um benefício previdenciário oficial. 
 Em 1972 institui-se a obrigatoriedade dos Serviços Especiais de Engenharia de Segurança e 
Medicina do Trabalho (SESMT), implementando os cursos de formação destes profissionais a partir de 
1974. Outro grande passo no sentido do contínuo e eficaz trabalho na redução de acidentes e das 
condições insalubres foi a edição da Portaria 3214/78 com suas normas regulamentadoras. 
 A Lei 8.213/91 estabelece o conceito legal de Acidente de Trabalho e de Trajeto e nos artigos 19 a 21 e 
no artigo 22 também estabelece a obrigação da empresa em comunicar os Acidentes do Trabalho as 
autoridades competentes. Essa lei foi posteriormente alterada pelo Decreto nº 611/92. 
 Em 1970 o Brasil tinha 1 acidente para cada 6 trabalhadores e hoje há somente 1 para cada 60. 
A construção civil responde por 25% do total de acidentes e por cerca de 50% das mortes das 
estatísticas oficiais. 
 Os números reais são maiores porque há subnotificação de acidentes, devido a uma grande parcela 
de trabalhadores informais sem carteira assinada e sem preenchimento da CAT - Comunicação de 
Acidente do Trabalho. 
 Dados de 2010 indicam a ocorrência de 27123 mortes e 701.436 acidentes, destes 525.206 
acidentes houve o preenchimento da CAT e 94.789 foram classificados como acidentes de trajeto. 
 A Segurança do Trabalho é um benefício social e econômico para a empresa, para os 
empregados e para a sociedade como um todo. 
 A Segurança do Trabalho visa a preservação da integridade física do trabalhador, preocupando-
se com a prevenção de acidentes. 
 Do ponto de vista funcional, Segurança do Trabalho é um conjunto de medidas e ações aplicadas 
para prevenir acidentes nasatividades da empresa. 
 Tais medidas são de caráter técnico, educacional, médico, psicológico e motivacional, com o 
indispensável embasamento de medidas e decisões administrativas favoráveis. 
 
 Incidentes- são tidos como quase acidentes, contêm características e potencial para causar acidentes, 
porém difere destes por não causarem lesões, mas há o prejuízo material tais: como danos às máquinas, 
matéria prima, produtos acabados ou somente perda de tempo pela interrupção da produção. 
 
CONCEITOS DE ACIDENTE DE TRABALHO 
 Lei 8213/91 (Artigo 19) - Acidente de Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do 
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, que cause a 
morte, ou perda, ou redução permanente ou temporária de capacidade para o trabalho. 
 Considera-se acidente de trabalho as seguintes entidades mórbidas: 
Doença Profissional ou do Trabalho - assim entendida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do 
Trabalho (relação do INSS). 
Acidente de Trajeto - aquele que ocorre na ida ou na volta do trabalho, ou o ocorrido no mesmo 
trajeto, quando o trabalhador efetua suas refeições em casa. Deixa de caracterizar-se acidente, 
quando o empregado, por interesse próprio interrompa ou altere o percurso normal. 
Ato de Terceiro - ato culposo ou doloso (mesmo que relacionado à disputa de trabalho) quando 
ocorrer no local de trabalho. 
Por Força Maior - desde que ocorrido no local e horário de trabalho, nos casos de incêndio, 
inundação, desabamento ou qualquer outro motivo de força maior. 
Fora do Local e Horário de Trabalho - desde que à serviço da empresa. 
 
CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO 
 Os antecedentes próximos ou remotos do acidente do trabalho, que fazem o acidente 
acontecer devem ser investigados no sentido de identificarem-se as causas dos acidentes. 
 Podemos associar as causas de acidentes a dois grandes grupos: 
Atos Inseguros - maneira errada, negligente, descuidada consciente ou não de fazer o serviço. 
Estes atos podem ter causas anteriores devido às características físico/psicológicas do 
trabalhador. 
Condições Inseguras - inerente ao ambiente de trabalho. 
 Os acidentes normalmente ocorrem não só pelos atos inseguros e condições inseguras 
isoladamente mas, pela combinação destes fatores. 
 São características pessoais para propensão de acidentes (características físico / psicológicas 
do trabalhador): agressividade, acrofobia (medo de altura), claustrofobia (medo de lugares fechados), 
teimosia (excesso de peso - obesidade, baixa estatura (para determinadas funções), etc. 
 Os atos inseguros podem advir das seguintes atividades comportamentais: nervosismo, 
desatenção, fadiga, falta de ritmo, brincadeiras, excesso de confiança, preconceito, indecisão, 
exibicionismo, indisciplina, falta de treinamento, etc. 
 
IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS DOS ACIDENTES 
(Relatório de Investigação dos Acidentes) 
O relatório deverá apontar : 
1. Agente do Acidente: podem ser riscos locais, riscos ambientais ou de operação. 
 Riscos Locais: pisos irregulares, pisos escorregadios, buracos, etc. 
 Riscos Ambientais: agentes físicos, agentes químicos, agentes biológicos, agentes 
ergonômicos e agentes de acidente. 
 Riscos de Operação: equipamentos defeituosos, equipamentos inadequados, etc. 
2. Fonte de Lesão: é o objeto, material, substância, energia que entra em contato com pessoa 
provida de lesão. 
3. Natureza da Lesão: os tipos mais comuns são: entorse, luxação, contusão, fratura, ferimento, 
queimadura, etc. 
4. Localização da Lesão: parte do corpo atingido pelo acidente. 
5. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES QUANTO AS SUAS CONSEQUÊNCIAS 
 
Podem ser de dois tipos:Acidentes com afastamento e Acidentes sem afastamento 
 Acidentes sem afastamento: o acidentado pode exercer sua função normal no mesmo dia 
do acidente ou no dia seguinte, no horário regulamentar (não entra no cálculo dos coeficientes de 
frequência ou gravidade). 
 Acidentes com afastamento: provoca incapacitação temporária, permanente ou morte do 
acidentado podendo dividir-se em: 
Incapacidade Temporária - perda da capacidade de trabalho por um período limitado de tempo, 
nunca superior a um ano. O acidentado retorna para as suas mesmas funções. 
Incapacidade Permanente Parcial - é a diminuição por toda vida da capacidade de trabalho 
devido à lesão permanente. 
Incapacidade Permanente Total - é a invalidez definitiva, incapacidade total para o trabalho. 
 
COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO – CAT 
 
 É obrigatório, por lei, o preenchimento da CAT e seu envio ao INSS, de dentro de 24 
horas. Na falta da comunicação por parte da empresa, o próprio trabalhador, seus dependentes, o 
sindicato ao qual seja filiado ou o médico que o atendeu poderão fazê-lo. O trabalhador que sofre 
acidente de trabalho tem direito a receber benefício da Previdência Social enquanto estiver afastado 
de suas atividades. Para isso, a empresa deve informar o acidente ao INSS por meio da Comunicação 
de Acidente de Trabalho- CAT, que é o documento oficial de registro de acidentes. Havendo ou não 
afastamento do trabalho, a CAT deverá ser entregue no INSS até o primeiro dia útil após a 
ocorrência do acidente. Em caso de morte do segurado, a comunicação deverá ser feita 
imediatamente. Na falta de aviso por parte da empresa, o próprio trabalhador, seus dependentes, o 
sindicato ao qual seja filiado ou o médico que o atendeu poderão fazê-lo. 
 O segurado que sofre acidente do trabalho e necessita ficar afastado de suas atividades por 
mais de 15 dias consecutivos têm direito ao auxílio-doença por acidente do trabalho. Esse benefício 
deve ser requerido nas agências da Previdência e será pago até que o segurado recupere sua 
capacidade laborativa. O segurado da previdência terá direito a este auxílio a partir do décimo sexto 
dia seguinte ao do afastamento. O dia do acidente, bem como os 15 dias subsequentes de 
afastamento, serão pagos pela empresa, correspondente a 91% do salário de contribuição do 
empregado, vigente no dia do acidente. Aposentadoria por invalidez acidentária: devida ao 
acidentado que está definitivamente incapacitado para o trabalho. O valor mensal da aposentadoria 
corresponde ao salário de contribuição do segurado, vigente no dia do acidente. Pensão por morte 
acidentária: devida aos dependentes do segurado falecido em decorrência de acidente, a contar da 
data do óbito. O valor mensal é igual ao salário de contribuição, vigente no dia do acidente. Auxilio 
Acidente: devido ao acidentado quando o mesmo não tem mais condições de trabalhar na mesma 
função. O valor será de 50% do valor da aposentadoria por invalidez acidentária. 
 Para a concessão dos benefícios acidentários, o INSS não exige o cumprimento de carência, ou 
seja, não há um número mínimo de contribuições para que os segurado tenha direito ao benefício 
 A CAT deverá ser preenchida com todos os dados informados nos seus respectivos campos, em 
seis vias,com a seguinte destinação: I – 1º via ao INSS; II – 2ª via: ao segurado ou dependente; III – 
3ª via: ao sindicato dos trabalhadores; IV – 4º via: à empresa; V – 5ª via: ao SUS; VI – 6ª via: à DRT 
(Ministério do Trabalho e Empregado). 
 O SAT- seguro acidente do trabalho tem seu custeio atendido pelas contribuições 
previdenciária a cargo do segurando, da empresa e da união. O encargo das empresas (ou das 
entidades) varia em função dos riscos, que são classificados em leves (1%), médios (2%), e graves 
(3%), percentuais que incidem sobre o total da folha de pagamento. 
ESTATÍSTICAS SOBRE ACIDENTES DO TRABALHOAs Estatísticas sobre acidentes deverão ser apuradas mensalmente e anualmente, com base nos 
acidentes com afastamentos ocorridos a cada mês, os quais servirão para calcular os coeficientes de 
frequência e gravidade da empresa, da obra, do setor, etc. 
 Para o cálculo do coeficiente de frequência (CF) e do coeficiente de gravidade (CG) é 
necessário levantar os dias perdidos e os dias debitados dos acidentes ocorridos e o total de horas 
trabalhadas no período. 
Dias Perdidos: trata-se dos dias não trabalhados devido a um acidente que causou uma 
incapacitação temporária. Conta-se de forma corrida, inclusive domingos e feriados, a partir do dia 
seguinte ao acidente até o dia da alta médica ou do retorno ao trabalho. 
Dias Debitados: nos casos de incapacidade permanente total ou parcial ou morte, surgem os dias 
debitados (definidos no Quadro I A da NR 5). 
Dias Transportados: são os dias perdidos que passam de um mês para outro. Assim, uma pessoa 
que perde 40 dias, dependendo do dia do acidente, uma parte entra no mês em curso e outra parte no 
outro, até o dia do retorno ao trabalho. 
Tabela de dias debitados de acordo com a natureza da incapacidade permanente 
Quadro I NR5 
Natureza Dias Debitados 
Morte 6000 
Incapacidade total permanente 6000 
Perda da visão de ambos os olhos 6000 
Perda da visão de um olho 1800 
Perda do braço acima do cotovelo 4500 
Perda do braço abaixo do cotovelo 3600 
Perda da mão 3000 
Perda do polegar 600 
Perda de qualquer outro dedo 300 
Perda de dois outros dedos 750 
Perda de três outros dedos 1200 
Perda de quatro outros dedos 1800 
Perda do polegar e qualquer outro dedo 1200 
Perda do polegar e dois outros dedos 1500 
Perda do polegar e três outros dedos 2000 
Perda do polegar e quatro outros dedos 2400 
Perda da perna acima do joelho 4500 
Perda da perna no joelho ou abaixo dele 3000 
Perda do pé 2400 
Perda do dedo grande do pé ou de dois ou mais dedos do pé 300 
Perda de qualquer outro dedo do pé 0 
Perda do dedo grande de ambos os pés 600 
Perda da audição de um ouvido 600 
Perda da audição de ambos os ouvidos 3000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NR-4 - SESMT - SERVIÇO ESPECIALIZADO EM MEDICINA DO TRABALHO 
 Pode ser composto pelos seguintes profissionais legalmente habilitados: 
 Médico do trabalho 
 Engenheiro de Segurança Nível Superior + Especialização 
 Enfermeiro do Trabalho 
 Auxiliar de Enfermagem Nível Médio 
 Técnico de Segurança 
 Esses profissionais são contratados especificamente para atividades de segurança e higiene 
do trabalho, não podendo ter outra atividade na empresa. 
 O dimensionamento da categoria e quantidade destes profissionais na empresa depende do 
número de funcionários e do grau de risco da atividade da empresa. 
 A construção civil é classificada como risco 3 ou risco 4, os dois mais elevados de todas as 
atividades cadastradas. Os profissionais de nível superior: Engenheiro de Segurança, Médico do 
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho tem jornada completa de 6 horas/dia e a meia jornada é de 3 
horas/dia. Os demais profissionais do SESMT devem ter jornadas de 8 horas/dia. 
Na construção civil, 50 funcionários ou mais já requer Técnico de Segurança do Trabalho. 
 
 
 
 
 
C F = n
o 
de acidentes com afastamento x 10 
6
 
 Homens hora trabalhadas 
C G = (dias perdidos + dias debitados + dias transportados) x 10 
6
 
 Homens hora trabalhadas 
DIMENSIONAMENTO DO SESMT pela NR-4. D em 
 
Grau 
de 
Risco 
Profissionais / nº de empregados 
50 a 
100 
101 a 
250 
251 a 
500 
501 a 
1000 
1001 a 
2000 
2001 a 
3500 
3501 a 
5000 
Acima de 
5000** 
3 
Técnico de Segurança 
 
1 2 3 4 6 8 3 
Engenheiro de Segurança 
 
1* 1 1 2 1 
Aux. em Enferm. do 
Trabalho 
1 2 1 1 
Enfermeiro do Trabalho 
 
1 
 
Médico do Trabalho 
 
1* 1 1 2 1 
4 
Técnico de Segurança 1 2 3 4 5 8 10 3 
Engenheiro de Segurança 
 
1* 1* 1 1 2 3 1 
Aux. em Enferm. do 
Trabalho 
1 1 2 1 1 
Enfermeiro do Trabalho 
 
1 
 
Médico do Trabalho 
 
1* 1* 1 1 2 3 12 
(*)Tempo parcial (mínimo de três horas) 
(**) O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento de faixas de 3501 a 5000 mais o dimensionamento 
 do(s) grupo(s) de 4000 ou fração acima de 2000 
 
 
CIPA - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES- NR-5 
 
 É uma comissão bipartite com igual número de representantes dos trabalhadores e 
empregador. Os membros representantes dos trabalhadores são escolhidos em eleição secreta. 
 Os membros representantes do empregador são indicados por este. Os mandatos são de um 
ano permitida uma reeleição consecutiva. O período de estabilidade dos eleitos é de um ano após o 
término do mandato. 
 Dentre os indicados pelo empregador é escolhido o presidente e dentre os eleitos é 
escolhido o vice-presidente. As reuniões ordinárias da CIPA são mensais dentro do horário normal 
de trabalho (proibido no horário das refeições ou em hora extra). 
 As CIPAS para Construção Civil são obrigatórias para empresas com mais de 51 
trabalhadores. 
 A comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA – tem como objetivo a prevenção 
de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o 
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. Datas a serem observadas 
quando na montagem da CIPA: posse da CIPA será no primeiro dia útil após o término do mandato 
anterior a primeira reunião será 30 (trinta) dias após a posse. Empossados os membros da CIPA, a 
empresa deverá protocolizar em até 10 (dez) dia no ministério do trabalho, cópias das atas de 
eleição, posse e calendário. A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, 
titulares e suplentes, antes da posse. O treinamento da CIPA em primeiro mandato, será realizado 
em prazo máximo de 30 (trinta dias), contados a partir do dia da posse. O treinamento terá carga 
horária de 20 (vinte horas), distribuídas em no máximo 8 (oito) horas diárias e será realizado durante 
o expediente normal da empresa. O presidente e o vice-presidente da CIPA, constituirão dentre os 
seus membros, com no mínimo de 55 (cinquenta e cinco) dias do inicio de pleito, a comissão 
eleitoral – CE, que será responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral. . 
Publicação e divulgação de edital em locais de fácil acesso e visualização, no mínimo 45 (quarenta e 
cinco dias) antes do término do mandado anterior. 
 Inscrição de eleição individual, sendo que o período mínimo de 15 (quinze dias). . 
Eleição no mínimo 30 (trinta dias) antes do termino do mandado da CIPA, quando houver. 
 O presidente e o vice - presidente da CIPA terão como atribuição: a – acompanhar as 
reuniões da CIPA, e seus trabalhos; b – coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando 
para que os objetivos propostos sejam alcançados; c – delegar atribuições aos membros da CIPA; d – 
promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver; e – divulgar as decisões da 
CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento; f – encaminhar os pedidos de reconsideração das 
decisões da CIPA; constituir a comissão eleitoral. O secretário da CIPA terá por atribuição: a – 
acompanhar as reuniões da CIPA, e redigir as atas apresentando-as para aprovação e assinatura dos 
membros presentes; b – preparar correspondências; c – outras que lhe forem conferidas. 
 O treinamento da CIPA abordará os seguintes itens: a estudo do ambiente, das condições 
de trabalho, bem como os riscos originados do processoprodutivo; b metodologia de investigação e 
análise de acidentes e doenças do trabalho; c noções sobre acidentes e doenças do trabalho 
decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa; d noções sobre a síndrome da 
imunodeficiência adquirida – aids, e medidas de prevenção; f princípios gerais de higiene do 
trabalho e de controle dos riscos; g organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício 
das atribuições da comissão atribuições da CIPA: a) identificar os riscos do processo de trabalho, 
elaborar o mapa de risco, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do 
SESMT, onde houver; b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de 
problemas de segurança e saúde no trabalho; c) participar da implementação e do controle da 
qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos 
locais de trabalho; d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes de condições de trabalho 
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos 
trabalhadores; e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano 
de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; f) divulgar aos trabalhadores 
informações relativas à segurança e saúde do trabalho; g) participar com o SESMT, onde houver, das 
discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e 
processo de trabalho, relacionado a segurança e saúde dos trabalhadores; h) requerer ao SESMT, 
quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco 
grave e iminente contra a segurança e saúde dos trabalhadores; i) colaborar no desenvolvimento e 
implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados a segurança e saúde no 
trabalho; j) divulgar e promover o cumprimento das normas regulamentadoras, bem como cláusulas 
de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; k) 
participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das 
doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; l) 
requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na 
segurança e saúde dos trabalhadores; m) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; n) 
promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a semana interna de prevenção de 
acidentes do trabalho –SIPAT; o) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de campanha 
de prevenção a aids. 
 As atividades da construção civil enquadram-se no itens C18 e C18a de classificação de 
riscos.. 
 
DIMENSIONAMENTO DA CIPA PARA ATIVIDADES DA CONSTRUÇÃO CIVIL - NR4 
*GRUPOS 
N° de 
Empregados no 
Estabelecimento 
 
 
0 
a 
19 
20 
a 
29 
30 a 
50 
51 a 
80 
81 
a 
100 
101 
a 
120 
121 
a 
140 
141 
a 
300 
301 
a 
500 
501 
a 
1000 
1001 
a 
2500 
2501 
a 
5000 
5001 
a 
10.000 
Acima de 
10.000 para 
cada grupo 
de 2.500 
acrescentarmos 
N° de Membros 
da CIPA 
 
C-18 
Efetivos 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2 
Suplentes 2 2 3 3 3 4 5 7 8 10 2 
C-18a 
Efetivos 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2 
Suplentes 3 3 3 3 3 4 5 7 9 12 2 
 Obs: Nos grupos C-18 e C18-a constituir CIPA por estabelecimento a partir de 70 trabalhadores e quando o 
 estabelecimento possuir menos de 70 trabalhadores observar o dimensionamento descrito na NR 18 - subitem 18.33.1. 
 Obs.: Os membros efetivos e suplentes terão representantes dos Empregadores e Empregados. As atividades econômicas 
 integrantes dos grupos estão especificadas por CNAE. Na construção civil temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CNAE ATIVIDADES GRAU DE RISCO 
 GRUPOS 
DE RISCO 
 
42.11-1 Construção de rodovias e ferrovias 4 C 18a 
42.12-0 Construção de obras de arte especiais 4 C 18a 
42.13-8 Obras de urbanização - ruas, praças e calçadas 3 C 18 
42.21-9 Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações 4 C 18a 
42.22-7 
Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções 
correlatas 
4 
C 18a 
42.23-5 Construção de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto 4 C 18a 
42.91-0 Obras portuárias, marítimas e fluviais 4 C 18a 
42.92-8 Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas 4 C 18a 
42.99-5 Obras de engenharia civil não especificadas anteriormente 3 C 18 
43.11-8 Demolição e preparação de canteiros de obras 4 C 18a 
43.12-6 Perfurações e sondagens 4 C 18a 
43.13-4 Obras de terraplenagem 3 C 18 
43.19-3 Serviços de preparação do terreno não especificados anteriormente 3 C 18 
43.21-5 Instalações elétricas 3 C 18 
43.22-3 Instalações hidráulicas, de sistemas de ventilação e refrigeração 3 C 18 
43.29-1 Obras de instalações em construções não especificadas anteriormente 3 C 18 
43.30-4 Obras de acabamento 3 C 18 
43.91-6 Obras de fundações 4 C 18a 
43.99-1 Serviços especializados para construção não especificados anteriormente 3 C 18 
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL -PCMSO- NR-7 
 
 O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional- PCMSO estabelece a obrigatoriedade de 
elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores 
como empregados, do Programa de controle Médico de saúde Ocupacional – PCMSO, com objetivo de 
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Compete ao médico coordenador: a) 
realizar os exames médicos previstos descritos abaixo ou encarregar os mesmos a profissional médico 
familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as 
condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado; b) 
encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos desta NR profissionais e/ou 
entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados. . 
 O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: 
a) admissional; 
b) periódico; 
c) de retorno ao trabalho; 
d) de mudança de função; 
e) demissional. 
 Os exames compreendem: 
a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental; 
b) exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos nesta NR e seus anexos. 
 Para os trabalhadores cujas atividades envolvem os riscos discriminados nos Quadros I e II desta NR, 
os exames médicos complementares deverão ser executados e interpretados com base nos critérios constantes 
dos referidos quadros e seus anexos. A periodicidade de avaliação dos indicadores biológicos do Quadro I 
deverá ser, no mínimo, semestral, podendo ser reduzida a critério do médico coordenador, ou por notificação 
do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação coletiva de trabalho. 
 Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros 
socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse material guardado em 
local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. 
 A caixa de primeiros socorros deve conter: 
a- Instrumentos - termômetro; tesoura e pinça 
b- Material de curativo- algodão hidrófilo; gaze esterilizada; atadura de crepe; caixa de curativo adesivo 
e esparadrapoc- Antissépticos- solução de iodo; álcool; água boricada; água oxigenada (10 volumes) e mertiolate 
d- Medicamentos- analgésicos (em gotas e comprimidos); colírio neutro; soro fisiológico e 
antiespasmódicos (em gotas e comprimidos) 
MEDIDAS DE CONTROLE DOS ACIDENTES 
 Com base na análise de como ocorreram os acidentes deve-se propor: 
Eliminação do Risco: medida preferencial em relação às demais. 
Neutralização do Risco: na impossibilidade temporária ou definitiva de eliminação do risco. 
 Sinalização do Risco: última opção, admite-se como alerta de determinados perigos e riscos ou 
 em caráter temporário enquanto tomam-se medidas definitivas. 
 Como medidas neutralizadoras / eliminadoras temos: os EPI’s ( Equipamentos de Proteção 
Individual) e os EPC’s ( Equipamentos de Proteção Coletiva). 
 Alguns dos EPC1s em Obras: tapumes, escoramentos de valas, biombos contra raios de 
solda, coifas, aterramentos, guarda corpos, redes de fachada, cabos de segurança, proteção das partes 
móveis das máquinas. 
NR6 – EPI 
 
 Os EPI’s são usados nas seguintes situações: 
a- Quando os fatores agressivos não são controláveis, por EPC ou medidas definitivas 
(exemplo: luva de borracha para trabalho com linha eletrificada). 
b- Quando os EPC’s e outros métodos controlam somente parte dos riscos (exemplo: cabine 
de pintura e máscara para pintor). 
c- Em casos de emergência por anormalidades no local de trabalho (exemplo: máscara 
autônoma de O2 para incêndio). 
d- Provisoriamente durante a instalação, reparos e substituição dos EPC’s (exemplo: protetor 
auricular, para salas enclausuradas e em manutenção). 
Os EPI’s para serem utilizados dentro das normas devem ter seu CA - Certificado de Aprovação (no 
Ministério do Trabalho) e o CRF - Certificado de Registro do Fabricante ou CRI - 
Certificado de Registro do Importador . 
 Lembramos que : “O FORNECIMENTO DO EPI É GRATUITO” 
 As obrigações do empregador com relação aos EPI’s são: 
 adquirir o tipo adequado à atividade do empregado; 
 fornecer ao empregado somente EPI aprovado (CA); 
 treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado; 
 tornar obrigatório o seu uso; 
 substituí-lo imediatamente , quando danificado ou extraviado; 
 responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica ; 
 comunicar ao ministério do trabalho obre qualquer irregularidade observada no EPI adquirido; 
 As obrigações do empregado com relação aos EPI’s são: 
 usá-la apenas para a finalidade a que se destina; 
 responsabilizar-se por sua guarda e conservação; 
 comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso. 
 Relação de EPI’s mais usuais na construção civil: capacete; máscara respiratória contra pó 
ou gases; óculos de segurança contra gases ou vapores, impactos, poeiras ou neblinas; calçados de 
proteção ( com ou sem biqueira de aço); luvas de raspa de couro ou PVC ou borracha; botas de 
borracha; abafadores de ruídos ( plug ou concha); cinto de segurança; blusão e calça plástica; 
máscara para soldadores; pomadas protetoras; protetores faciais com visor plástico e aventais de 
raspa de couro ou de PVC. 
. 
NR15 - CONDIÇÕES INSALUBRES, ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 
 
 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: 
 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos nº
s
 1, 2, 3, 5, 11 e 12; nas atividades mencionadas 
nos Anexos n.ºs 6, 13 e 14 e as comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes 
dos Anexos nºs 7, 8, 9 e 10. 
 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima 
ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do 
trabalhador, durante a sua vida laboral. 
 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, 
assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: 
 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; 
 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio; 
 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo; 
 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais 
elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa 
 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do 
adicional respectivo. 
 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer: 
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho 
dentro dos limites de tolerância; 
b) com a utilização de equipamento de proteção individual. 
 
TABELA CONTENDO OS ANEXOS E RESPECTIVOS GRAUS DE INSALUBRIDADE 
Anexos da NR 15 Grau de Insalubridade 
Anexo 1 ruído contínuo (≥86 dB (A) ) 20% SM 
Anexo 2 ruído de impacto 20% SM 
Anexo 3 exposição ao calor 20% SM 
Anexo 4 iluminação revogado 
Anexo 5 radiação ionizante 40% SM 
Anexo 6 ar comprimido (pressão / descompressão) 40% SM 
Anexo 7 radiação não ionizante (laser, UV, micro ondas) 20% SM 
Anexo 8 vibração 20% SM 
Anexo 9 frio 20% SM 
Anexo 10 umidade 20% SM 
Anexo 11 agentes químicos (depende da concentração) 10%, 20% ou 40% SM 
Anexo 12 poeiras 40% SM 
Anexo 13 agentes químicos (independe da concentração) 10%, 20% ou 40% SM 
Anexo 14 agentes biológicos 20% e 40% SM 
 SM- Salário mínimo 
 
NR16- CONDIÇÕES E ATIVIDADES PERIGOSAS 
 
 Os trabalhos desenvolvidos nas áreas de influencia das condições perigosas descritas na 
NR16 e no Decreto 93412/86 garantem aos trabalhadores a percepção de adicional de periculosidade 
correspondente a 30 % do salário base sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou 
participação nos lucros da empresa. 
 São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos 1 e 2 desta NR: 
inflamáveis. explosivos, materiais radioativos e também nos trabalhos em sistemas de eletricidade e potência 
segundo o decreto 93412/86. 
 Para os fins desta Norma Regulamentadora - NR são consideradas atividades ou operações perigosas 
as executadas com explosivos sujeitos a: 
 a) degradação química ou autocatalítica; 
 b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e 
 atritos. 
 As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames e 
a granel, são consideradas em condições de periculosidade, exclusão para o transporte em pequenas 
quantidades, até o limite de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) 
quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos. 
 As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques deconsumo próprio dos veículos, não serão 
consideradas para efeito desta Norma. 
 Para efeito desta - NR considera-se líquido combustível todo aquele que possua ponto de fulgor igual 
ou superior a 70ºC (setenta graus centígrados) e inferior a 93,3ºC (noventa e três graus e três décimos de 
graus centígrados). 
 As atividades com radiações ionizantes ou substâncias radioativas são consideradas perigosas bem como 
insalubres. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. 
 Atividades com eletricidade segundo o Decreto Nº 93.412/86: 
 É exclusivamente suscetível de gerar direito à percepção da remuneração adicional de, o exercício das 
atividades constantes do Quadro abaixo, desde que o empregado, independentemente do cargo, categoria ou 
ramo da empresa: 
 I- permaneça habitualmente em área de risco, executando ou aguardando ordens, e em situação de 
exposição continua, caso em que o pagamento do adicional incidirá sobre o salário da jornada de trabalho 
integral; 
 II- ingresse, de modo intermitente e habitual, em área de risco, caso em que o adicional incidirá sobre o 
salário do tempo despendido pelo empregado na execução de atividade em condições de periculosidade ou do 
tempo à disposição do empregador, na forma do inciso I deste artigo. 
 São equipamentos ou instalações elétricas em situação de risco aqueles de cujo contato físico ou 
exposição aos efeitos da eletricidade possam resultar incapacitação, invalidez permanente ou morte. 
 Cessado o exercício da atividade ou eliminado o risco, o adicional de periculosidade poderá deixar de 
ser pago. 
 
ATIVIDADES PERIGOSAS EM ELETRICIDADE 
1 - Atividades de construção, operação e manutenção de redes e linhas aéreas de alta e baixa tensão 
integrantes de sistemas elétricos de potência, energizados ou desenergizados mas, com possibilidade de 
energização, acidental ou por falha operacional, incluindo: 
2 - Atividades de construção, operação e manutenção de redes e linhas subterrâneas de alta e baixa tensão 
integrantes de sistemas elétricos de potência, energizados ou desenergizados, mas com possibilidade de 
energização acidental ou por falha operacional, incluindo: 
3 - Atividades de inspeção, testes, ensaios, calibração, medição e reparos em equipamentos e materiais 
elétricos, eletrônicos, eletromecânicos e de segurança individual e coletiva em sistemas elétricos de 
potência de alta e baixa tensão. 
4 - Atividades de construção, operação e manutenção nas usinas, unidades geradoras, subestações e cabines 
de distribuição em operações, integrantes de sistemas de potência, energizados ou desenergizados com 
possibilidade de voltar a funcionar ou energizar-se acidentalmente ou por falha operacional, incluindo: 
5 - Atividades de treinamento em equipamentos ou instalações energizadas ou desenergizadas descritas nos 
itens mas, com possibilidade de energização acidental ou por falha operacional. 
 
 
 
 
 
NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS- PPRA 
 
 Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os 
empregadores, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e 
da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle 
da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em 
consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
 As ações do PPRA devem ser desenvolvidas sob a responsabilidade do empregador, com a 
participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos 
riscos e das necessidades de controle. 
 Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes 
de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes 
de causar danos à saúde do trabalhador. 
 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura: 
a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; 
b) estratégia e metodologia de ação; 
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; 
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. 
 Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do 
PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de 
novas metas e prioridades. 
 O PPRA deverá estar descrito num documento-base contendo todos os aspectos estruturais e suas 
alterações e complementações deverão ser apresentados e discutidos na CIPA, quando existente na empresa, 
de acordo com a NR 5, sendo sua cópia anexada ao livro de atas desta Comissão. 
 O cronograma previsto deverá indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e 
cumprimento das metas do PPRA. 
 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas: 
a) antecipação e reconhecimento dos riscos; 
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; 
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; 
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; 
e) monitoramento da exposição aos riscos; 
f) registro e divulgação dos dados. 
 A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser feitas pelo Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de 
pessoas que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR. 
 A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de 
trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais e introduzir medidas 
de proteção para sua redução ou eliminação. 
 O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando aplicáveis: 
a) a sua identificação; 
b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; 
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; 
d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; 
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; 
f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente 
do trabalho; 
g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; 
h) a descrição das medidas de controle já existentes. 
 O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de trabalho e dos riscos 
ambientais presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR 5, deverão ser 
considerados para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAPA DE RISCOS 
 
 O Mapa de Riscos é uma forma de representação dos riscos e intensidade do ambiente de 
trabalho sob a ótica dos membros da CIPA. 
 Essa representação consiste em assinalar numa planta baixa círculos, em três tamanhos 
conforme a gravidade e coloridos conforme o tipo de risco (segundo a classificação do quadro 
acima). A gravidade do risco é classificada em: risco grave, risco médio, risco pequeno. Os 
círculos receberão as cores dos respectivos riscos podendo ter círculos com dois ou mais cores. 
Dentro dos círculos escreve-se onúmero de funcionários sujeitos a cada tipo de risco. A planta de 
representação dos riscos do ambiente bem como o relatório do levantamento dos riscos com a 
identificação das medidas propostas para melhorar essas condições deverão ser fixadas em local 
visível para todos trabalhadores. Esse mapa de riscos é feito pela CIPA e, portanto renovado 
anualmente. 
 Segundo a NBR 10152 sobre níveis de ruídos o nível de conforto é abaixo de 65 dB(A). 
 
 
NR 11 -TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS 
 Denomina-se, para fins de aplicação da presente regulamentação a expressão "Transporte manual 
de sacos" toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua, essencial ao transporte manual de 
sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador, compreendendo também o 
levantamento e sua deposição. 
 Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte manual de um 
saco, além desse limite, o transporte descarga deverá ser realizado mediante impulsão de vagonetes, carros, 
carretas, carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração mecanizada. 
 É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a 1,00m (um 
metro) ou mais de extensão. As pranchas deverão ter a largura mínima de 0,50m (cinquenta centímetros). 
 Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador terá o 
auxílio de ajudante. 
 A altura máxima das pilhas de sacos será correspondente a 20 (vinte) fiadas quando for usado 
processo manual de empilhamento. 
 O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos 
contra incêndio, saídas de emergências, etc. e, deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma 
distância de pelo menos 0,50m (cinquenta centímetros). 
 
 Segundo o artigo 198 da CLT a carga máxima que um trabalhador deve manusear é de 60 kg. 
 
 
 
RISCOS OCUPACIONAIS 
GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 GRUPO 4 GRUPO 5 
Riscos QUÍMICOS 
Riscos 
FÍSICOS 
Riscos 
BIOLÓGICOS 
Riscos ERGONÔMICOS Riscos de ACIDENTES 
poeiras ruídos vírus 
monotonia e 
repetitividade 
arranjo físico inadequado 
fumos vibrações bactérias falta de limpeza eletricidade 
névoas pressões anormais protozoários 
Exigência de postura 
inadequada 
máquinas e equipamentos 
sem proteção 
vapores umidade fungos 
Imposição de ritmos 
excessivos 
sinalização 
gases frio bacilos Esforço físico intenso transporte de materiais 
Substâncias, 
compostos ou produtos 
químicos 
radiações 
ionizantes 
parasitas 
trabalho em turnos e 
noturno 
Probabilidade de incêndio ou 
explosão 
neblinas 
radiações não 
ionizantes 
 
Jornadas de trabalho 
prolongadas 
iluminação inadequada 
 calor 
Controle rígido de 
produtividade 
armazenamento inadequado 
 
Outras situações 
causadoras de stress físico 
e/ou psíquico 
ferramentas defeituosas ou 
inadequadas ou inexistentes 
 
Levantamento e 
transporte manual de peso 
Animais peçonhentos 
VERMELHO VERDE MARROM AAAMMMAAARRREEELLLOOO AZUL 
NR- 26 -SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
 Esta NR tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de 
acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações 
empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos. 
 Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e 
advertir acerca dos riscos existentes. 
 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. 
 O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga 
ao trabalhador. 
 A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área de trânsito para pessoas 
estranhas ao trabalho, será acompanhada dos sinais convencionais ou da identificação por palavras. 
 Lembramos que há também a NBR- 07195- Cores para Sinalização regulamentando esta matéria. 
 Vermelho. 
 O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a 
incêndio. Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em 
comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa Alerta). 
 É empregado para identificar: 
- caixa de alarme de incêndio; 
- hidrantes; 
- bombas de incêndio; 
- sirenes de alarme de incêndio; 
- caixas com cobertores para abafar chamas; 
- extintores e sua localização; 
- indicações de extintores (visível a distância, dentro da área de uso do extintor); 
- localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, 
 moldura da caixa ou nicho); 
- baldes de areia ou água, para extinção de incêndio; 
- tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água; 
- transporte com equipamentos de combate a incêndio; 
- portas de saídas de emergência; 
- rede de água para incêndio (sprinklers); 
- mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica). 
 A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo: 
- nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções 
temporárias; 
- em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência. 
Amarelo. 
 Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos. 
 O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando: 
- partes baixas de escadas portáteis; 
- corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco; 
- espelhos de degraus de escadas; 
- bordas desguarnecidos de aberturas no solo (poços, entradas subterrâneas, etc.) e de plataformas que não 
possam ter corrimões; 
- bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente; 
- faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento; 
- meios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção; 
- paredes de fundo de corredores sem saída; 
- vigas colocadas a baixa altura; 
- cabines, caçambas e gatos de pontes rolantes, guindastes, escavadeiras, etc.; 
- equipamentos de transporte e manipulação de material, tais como empilhadeiras, tratores industriais, 
pontes-rolantes, vagonetes, reboques, etc.; 
- fundos de letreiros e avisos de advertência; 
- pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e equipamentos em que se possa esbarrar; 
- cavaletes, porteiras e lanças de cancelas; 
- bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto); 
- comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco; 
- para-choques para veículos de transporte pesados, com listras pretas. 
 Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver 
necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização. 
Branco. 
 O branco será empregado em: 
- passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura); 
- direção e circulação, por meio de sinais; 
- localização e coletores de resíduos; 
- localização de bebedouros; 
- áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de 
emergência; 
- áreas destinadas à armazenagem; 
- zonas de segurança. 
 Preto. 
 O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade 
(ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão,piche, etc.). 
 O preto poderá ser usado em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições especiais o 
exigirem. 
 Azul. 
 O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e 
movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço. 
- empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, de 
partida, ou fontes de energia dos equipamentos. 
 Será também empregado em: 
- canalizações de ar comprimido; 
- prevenção contra movimento acidental de qualquer equipamento em manutenção; 
- avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência. 
 Verde. 
 O verde é a cor que caracteriza "segurança". 
 Deverá ser empregado para identificar: 
- canalizações de água; 
- caixas de equipamento de socorro de urgência; 
- caixas contendo máscaras contra gases; 
- chuveiros de segurança; 
- macas; 
- fontes lavadoras de olhos; 
- quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.; 
- porta de entrada de salas de curativos de urgência; 
- localização de EPI; caixas contendo EPI; 
- emblemas de segurança; 
- dispositivos de segurança; 
- mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica). 
 Laranja. 
 O laranja deverá ser empregado para identificar: 
- canalizações contendo ácidos; 
- partes móveis de máquinas e equipamentos; 
- partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas; 
- faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; 
- faces externas de polias e engrenagens; 
- botões de arranque de segurança; 
- dispositivos de corte, borda de serras, prensas. 
Cinza. 
 a) Cinza claro - deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo; 
 b) Cinza escuro - deverá ser usado para identificar eletrodutos. 
 Alumínio. 
 O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de 
baixa viscosidade (ex. óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.). 
 
 
NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO 
 
 
18.1. Objetivo e campo de aplicação. 
18.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e 
de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança 
nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. 
18.1.2. Consideram-se atividades da Indústria da Construção as constantes do Quadro I, Código da Atividade 
Específica, da NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e as 
atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer 
número de pavimentos o u tipo de construção, inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo. 
18.1.3. É vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam 
assegurados pelas medidas previstas nesta NR e compatíveis com a fase da obra. 
18.1.4. A observância do estabelecido nesta NR não desobriga os empregadores do cumprimento das 
disposições relativas às condições e meio ambiente de trabalho, determinadas na legislação federal, estadual 
e/ou municipal, e em outras estabelecidas em negociações coletivas de trabalho. 
18.2. Comunicação prévia. 
18.2.1. É obrigatória a comunicação à Delegacia Regional do Trabalho, antes do início das atividades, das 
seguintes informações: 
a) endereço correto da obra; 
b) endereço correto e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, empregador ou 
condomínio; 
c) tipo de obra; 
d) datas previstas do início e conclusão da obra; 
e) número máximo previsto de trabalhadores na obra. 
18.3. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT. 
18.3.1. São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte) 
trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de 
segurança. 
18.3.1.1. O PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa de Prevenção e Riscos 
Ambientais. 
18.3.1.2. O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional do Ministério do 
Trabalho - MTb. 
18.3.2. O PCMAT deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na área de 
segurança do trabalho. 
18.3.3. A implementação do PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade do empregador ou 
condomínio. 
18.3.4. Documentos que integram o PCMAT: 
a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em 
consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas; 
b) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra; 
c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; 
d) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT; 
e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de 
vivência; 
f) programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua 
carga horária. 
18.4. Áreas de vivência. 
18.4.1. Os canteiros de obras devem dispor de: 
a) instalações sanitárias; 
b) vestiário; 
c) alojamento; 
d) local de refeições; 
e) cozinha, quando houver preparo de refeições; 
f) lavanderia; 
g) área de lazer; 
h) ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais trabalhadores. 
18.4.1.1. O cumprimento do disposto nas alíneas "c", "f" e "g" é obrigatório nos casos onde houver 
trabalhadores alojados. 
18.4.1.2. As áreas de vivência devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza. 
18.4.1.3. Instalações móveis, inclusive contêineres, serão aceitas em áreas de vivência de canteiro de obras e 
frentes de trabalho, desde que, cada módulo: 
a) possua área de ventilação natural, efetiva, de no mínimo 15% (quinze por cento) da área do piso, composta 
por, no mínimo, duas aberturas adequadamente dispostas para permitir eficaz ventilação interna; 
b) garanta condições de conforto térmico; 
c) possua pé direito mínimo de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros); 
d) garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene estabelecidos nesta NR; 
e) possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do aterramento elétrico. 
18.4.1.3.1 Nas instalações móveis, inclusive contêineres, destinadas a alojamentos com camas duplas, tipo 
beliche, a altura livre entre uma cama e outra é, no mínimo, de 0,90m (noventa centímetros). 
18.4.1.3.2 Tratando-se de adaptação de contêineres, originalmente utilizados no transporte ou 
acondicionamento de cargas, deverá ser mantido no canteiro de obras, à disposição da fiscalização do 
trabalho e do sindicato profissional, laudo técnico elaborado por profissional legalmente habilitado, relativo a 
ausência de riscos químicos, biológicos e físicos (especificamente para radiações) com a identificação da 
empresa responsável pela adaptação. 
18.4.2. Instalações sanitárias. 
18.4.2.1. Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao atendimento das 
necessidades fisiológicas de excreção. 
18.4.2.2. É proibida a utilização das instalações sanitárias para outros fins que não aqueles previstos no 
subitem 18.4.2.1. 
18.4.2.3. As instalações sanitárias devem: 
a) ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene; 
b) ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construídasde modo a manter o resguardo 
conveniente; 
c) ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira; 
 d) ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante; 
e) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições; 
f) ser independente para homens e mulheres, quando necessário; 
g) ter ventilação e iluminação adequadas; 
h) ter instalações elétricas adequadamente protegidas; 
i) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o 
Código de Obras do Município da obra; 
j) estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento superior a 150 
(cento e cinquenta) metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. 
18.4.2.4. A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção de 1 
(um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção de 
1 (uma) unidade para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração. 
18.4.2.5. Lavatórios. 
18.4.2.5.1. Os lavatórios devem: 
a) ser individual ou coletivo, tipo calha; 
b) possuir torneira de metal ou de plástico; 
c) ficar a uma altura de 0,90m (noventa centímetros); 
d) ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver; 
e) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável; 
f) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m (sessenta centímetros), quando coletivos; 
g) dispor de recipiente para coleta de papéis usados. 
18.4.2.6. Vasos sanitários. 
18.4.2.6.1. O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve: 
a) ter área mínima de 1,00m2 (um metro quadrado); 
b) ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo, 0,15m (quinze centímetros) de 
altura; 
c) ter divisórias com altura mínima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros); 
d) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o fornecimento de papel 
higiênico. 
18.4.2.6.2. Os vasos sanitários devem: 
a) ser do tipo bacia turca ou sifonado; 
b) ter caixa de descarga ou válvula automática; 
c) ser ligado à rede geral de esgotos ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos. 
18.4.2.7. Mictórios. 
18.4.2.7.1. Os mictórios devem: 
a) ser individual ou coletivo, tipo calha; 
b) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável; 
c) ser providos de descarga provocada ou automática; 
d) ficar a uma altura máxima de 0,50m (cinquenta centímetros) do piso; 
e) ser ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos. 
18.4.2.7.2. No mictório tipo calha, cada segmento de 0,60m (sessenta centímetros) deve corresponder a um 
mictório tipo cuba. 
18.4.2.8. Chuveiros. 
18.4.2.8.1. A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80m2 (oitenta centímetros 
quadrados), com altura de 2,10m (dois metros e dez centímetros) do piso. 
18.4.2.8.2. Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter caimento que assegure o 
escoamento da água para a rede de esgoto, quando houver, e ser de material antiderrapante ou provido de 
estrados de madeira. 
18.4.2.8.3. Os chuveiros devem ser de metal ou plástico, individuais ou coletivos, dispondo de água quente. 
18.4.2.8.4. Deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro. 
18.4.2.8.5. Os chuveiros elétricos devem ser aterrados adequadamente. 
18.4.2.9. Vestiário. 
18.4.2.9.1. Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que não 
residem no local. 
18.4.2.9.2. A localização do vestiário deve ser próxima aos alojamentos e/ou à entrada da obra, sem ligação 
direta com o local destinado às refeições. 
18.4.2.9.3. Os vestiários devem: 
a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente; 
b) ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente; 
c) ter cobertura que proteja contra as intempéries; 
d) ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) de área do piso; 
e) ter iluminação natural e/ou artificial; 
f) ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado; 
g) ter pé-direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o 
Código de Obras do Município, da obra; 
h) ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza; 
i) ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de 0,30m (trinta 
centímetros). 
18.4.2.10. Alojamento. 
18.4.2.10.1. Os alojamentos dos canteiros de obra devem: 
a. ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente; 
b. ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente; 
c. ter cobertura que proteja das intempéries; 
d. ter área de ventilação de no mínimo 1/10 (um décimo) da área do piso; 
e. ter iluminação natural e/ou artificial; 
f. ter área mínima de 3,00 (três metros) quadrados por módulo cama/armário, incluindo a área de circulação; 
g. ter pé-direito de 2,50 (dois metros e cinquenta centímetros) para cama simples e de 3,00m (três metros) 
para camas duplas; 
h. não estar situados em subsolos ou porões das edificações; 
i. ter instalações elétricas adequadamente protegidas. 
18.4.2.10.2. É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na mesma vertical. 
18.4.2.10.3. A altura livre permitida entre uma cama e outra e entre a última e o teto é de, no mínimo, 1,20m 
(um metro e vinte centímetros). 
18.4.2.10.4. A cama superior do beliche deve ter proteção lateral e escada. 
18.4.2.10.5. As dimensões mínimas das camas devem ser de 0,80m (oitenta centímetros) por 1,90m (um 
metro e noventa centímetros) e distância entre o ripamento do estrado de 0,05m (cinco centímetros), 
dispondo ainda de colchão com densidade 26 (vinte e seis) e espessura mínima de 0,10m (dez centímetros). 
18.4.2.10.6. As camas devem dispor de lençol, fronha e travesseiro em condições adequadas de higiene, bem 
como cobertor, quando as condições climáticas assim o exigirem. 
18.4.2.10.7. Os alojamentos devem ter armários duplos individuais com as seguintes dimensões mínimas: 
a. 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura por 0,30m (trinta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta 
centímetros) de profundidade, com separação ou prateleira, de modo que um compartimento, com a altura de 
0,80m (oitenta centímetros), se destine a abrigar a roupa de uso comum e o outro compartimento, com a 
altura de 0,40m (quarenta centímetros), a guardar a roupa de trabalho; ou 
b. 0,80m (oitenta centímetros) de altura por 0,50m (cinquenta centímetros) de largura e 0,40m (quarenta 
centímetros) de profundidade com divisão no sentido vertical, de forma que os compartimentos, com largura 
de 0,25m (vinte e cinco centímetros), estabeleçam rigorosamente o isolamento das roupas de uso comum e de 
trabalho. 
18.4.2.10.8. É proibido cozinhar e aquecer qualquer tipo de refeição dentro do alojamento. 
18.4.2.10.9. O alojamento deve ser mantido em permanente estado de conservação, higiene e limpeza. 
18.4.2.10.10. É obrigatório no alojamento o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os 
trabalhadores por meio de bebedouros de jato inclinado ou equipamento similar que garanta as mesmas 
condições, na proporção de 1 (um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou fração. 
18.4.2.10.11. É vedada a permanência de pessoas com moléstia infectocontagiosa nos alojamentos. 
18.4.2.11. Local para refeições. 
18.4.2.11.1. Nos canteiros de obra é obrigatória a existência de local adequado para refeições. 
18.4.2.11.2. O local para refeições deve: 
a) terparedes que permitam o isolamento durante as refeições; 
b) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável; 
c) ter cobertura que proteja das intempéries; 
d) ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições; 
e) ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial; 
f) ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior; 
g) ter mesas com tampos lisos e laváveis; 
h) ter assentos em número suficiente para atender aos usuários; 
i) ter depósito, com tampa, para detritos; 
j) não estar situado em subsolos ou porões das edificações; 
k) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias; 
l) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o 
Código de Obras do Município, da obra. 
18.4.2.11.3. Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em todo 
canteiro de obra deve haver local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento 
adequado e seguro para o aquecimento. 
18.4.2.11.3.1. É proibido preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais estabelecidos neste subitem. 
18.4.2.11.4. É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os trabalhadores, por meio 
de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo equivalente, sendo proibido o uso de copos coletivos. 
18.4.2.12. Cozinha. 
18.4.2.12.1. Quando houver cozinha no canteiro de obra, ela deve: 
a) ter ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão; 
b) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se o Código de Obras 
do Município da obra; 
c) ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material equivalente; 
d) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material de fácil limpeza; 
e) ter cobertura de material resistente ao fogo; 
f) ter iluminação natural e/ou artificial; 
g) ter pia para lavar os alimentos e utensílios; 
h) possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos encarregados 
de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não devendo ser ligadas à caixa de gordura; 
i) dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo; 
j) possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos; 
k) ficar adjacente ao local para refeições; 
l) ter instalações elétricas adequadamente protegidas; 
m) quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de utilização, em área 
permanentemente ventilada e coberta. 
18.4.2.12.2. É obrigatório o uso de aventais e gorros para os que trabalham na cozinha. 
18.4.2.13. Lavanderia. 
18.4.2.13.1. As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado para que o 
trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal. 
18.4.2.13.2. Este local deve ser dotado de tanques individuais ou coletivos em número adequado. 
18.4.2.13.3. A empresa poderá contratar serviços de terceiros para atender ao disposto no item 18.4.2.13.1, 
sem ônus para o trabalhador. 
18.4.2.14. Área de lazer. 
18.4.2.14.1. Nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação dos trabalhadores alojados, 
podendo ser utilizado o local de refeições para este fim. 
18.5. Demolição 
18.5.1. Antes de se iniciar a demolição, as linhas de fornecimento de energia elétrica, água, inflamáveis 
líquidos e gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas, canalizações de esgoto e de escoamento de água devem 
ser desligadas, retiradas, protegidas ou isoladas, respeitando-se as normas e determinações em vigor. 
18.5.2. As construções vizinhas à obra de demolição devem ser examinadas, prévia e periodicamente, no 
sentido de ser preservada sua estabilidade e a integridade física de terceiros. 
18.5.3. Toda demolição deve ser programada e dirigida por profissional legalmente habilitado. 
18.5.4. Antes de se iniciar a demolição, devem ser removidos os vidros, ripados, estuques e outros elementos 
frágeis. 
18.5.5. Antes de se iniciar a demolição de um pavimento, devem ser fechadas todas as aberturas existentes no 
piso, salvo as que forem utilizadas para escoamento de materiais, ficando proibida a permanência de pessoas 
nos pavimentos que possam ter sua estabilidade comprometida no processo de demolição. 
18.5.6. As escadas devem ser mantidas desimpedidas e livres para a circulação de emergência e somente 
serão demolidas à medida em que forem sendo retirados os materiais dos pavimentos superiores. 
18.5.7. Objetos pesados ou volumosos devem ser removidos mediante o emprego de dispositivos mecânicos, 
ficando proibido o lançamento em queda livre de qualquer material. 
18.5.8. A remoção dos entulhos, por gravidade, deve ser feita em calhas fechadas de material resistente, com 
inclinação máxima de 45º (quarenta e cinco graus), fixadas à edificação em todos os pavimentos. 
18.5.9. No ponto de descarga da calha, deve existir dispositivo de fechamento. 
18.5.10. Durante a execução de serviços de demolição, devem ser instaladas, no máximo, a 2 (dois) 
pavimentos abaixo do que será demolido, plataformas de retenção de entulhos, com dimensão mínima de 
2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) e inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), em todo o 
perímetro da obra. 
18.5.11. Os elementos da construção em demolição não devem ser abandonados em posição que torne 
possível o seu desabamento. 
18.5.12. Os materiais das edificações, durante a demolição e remoção, devem ser previamente umedecidos. 
18.5.13. As paredes somente podem ser demolidas antes da estrutura, quando esta for metálica ou de 
concreto armado. 
18.6. Escavações, fundações e desmonte de rochas. 
18.6.1. A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados solidamente 
árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando houver risco de 
comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços. 
18.6.2. Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação devem ser 
escorados. 
18.6.3. Os serviços de escavação, fundação e desmonte de rochas devem ter responsável técnico legalmente 
habilitado. 
18.6.4. Quando existir cabo subterrâneo de energia elétrica nas proximidades das escavações, as mesas só 
poderão ser iniciadas quando o cabo estiver desligado. 
18.6.4.1. Na impossibilidade de desligar o cabo, devem ser tomadas medidas especiais junto à 
concessionária. 
18.6.5. Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,25m ( um metro e vinte e cinco 
centímetros) devem ter sua estabilidade garantida por meio de estruturas dimensionadas para este fim. 
18.6.6. Para elaboração do projeto e execução das escavações a céu aberto, serão observadas as condições 
exigidas na NBR 9061/85 - Segurança de Escavação a Céu Aberto da ABNT. 
18.6.7. As escavações com mais de 1,25m (um metro e vinte e cinco centímetros) de profundidade devem 
dispor de escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de 
emergência, a saída rápida dos trabalhadores, independentemente do previsto no subitem 18.6.5. 
18.6.8. Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância superior à metade da 
profundidade, medida a partir da borda do talude. 
18.6.9. Os taludes com altura superior a 1,75m (um metro e setenta e cinco centímetros) devem ter 
estabilidade garantida. 
18.6.10. Quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, o local deve ser devidamente 
ventilado e monitorado. 
18.6.10.1. O monitoramento deve ser efetivado enquanto o trabalho estiver sendo realizado para, em caso de 
vazamento, ser acionado

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