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COLEÇÃO LIT - SÉRIE EU PASSO BARROCO VOLUME 2

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Lit. Semana 5Diogo Mendes(Maria Carolina)
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cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por 
escrito. Todos os direitos reservados.
Romantismo
01. Resumo 
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
16
jun
Poesia e prosa
74
Li
t.
RESUMO
O Romantismo – a 1ª geração 
- Indianista ou nacionalista 
A primeira geração romântica é caracterizada como 
Nacionalista ou Indianista e tinha o intuito de des-
pertar o sentimento de amor à pátria, uma vez que, 
após tantos anos de Brasil-Colônia, era necessário 
implantar um apego à terra tupiniquim e valorizar as 
belezas e os valores da região, ainda que de forma 
idealizada. Além disso, a imagem do índio é resgata-
da como a representação do herói nacional.
Contexto histórica da 1ª geração 
→ Instalação da Corte Portuguesa no Brasil (1808);
→ Abertura dos Portos;
→ Chegadas das missões estrangeiras (científicas e 
culturais);
→ Revolução Industrial;
→ Era Napoleônica;
→ Revolução Francesa.
 
Características da 1ª geração
→ Sentimento nacionalista, culto à pátria;
→ Fuga à realidade;
→ Índio abordado de forma superficial, salvador da 
pátria;
→ Linguagem subjetiva;
→ Maior liberdade formal;
→ Vocabulário mais simples;
→ Natureza mais real, deixa de ser pano de fundo e 
interage com o eu lírico.
Na poesia, os nomes que mais se destacam são 
Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.
 
2ª geração – ultrarromântica 
ou mal do século
Com inspiração nas obras dos poetas Lord Byron 
e Goethe, a 2ª geração do Romantismo, conhecida 
também como “mal do século” é caracterizada pelo 
alto sentimentalismo. Algumas décadas depois da 
independência do Brasil, os poetas começaram a se 
desvincular do compromisso com a nacionalidade, 
exaltado na geração anterior e, com isso, há uma ex-
pressão maior de seus sentimentos, numa posição 
egocêntrica de desinteresse ao contexto histórico.
Os ideais da Revolução Francesa - grande marco 
para o início do Romantismo na Europa -, “liberdade, 
igualdade e fraternidade” já não eram mais propaga-
dos com a mesma força e, nesse período, o homem 
passa a desacreditar nesses valores. Há um enorme 
sentimento de insatisfação com o mundo, um “de-
sencaixe” do ser humano com a vida, uma sensa-
ção de falta de conexão com a realidade. Tudo isso 
provoca um pessimismo no eu-lírico, causando uma 
aproximação com a morte e atração pelo elemento 
noturno/obscuro.
 
Características da 2ª geração
→ Pessimismo;
→ Atração pela noite/noturno;
→ Sentimentalismo;
→ Fuga à realidade;
→ Idealização amorosa;
→ A amada/musa inatingível;
→ Figura feminina representando a pureza - anjo, 
criança, virgem;
→ Idealização do amor x medo de amar.
 
Dentre os principais autores da época, podemos ci-
tar: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagun-
des Varela e Junqueira Freire.
 
3ª geração – condoreira ou 
poesia social
A 3ª geração do Romantismo - conhecida como 
Geração Condoreira - exibia um desejo de reno-
vação da sociedade brasileira. Questionadora dos 
ideais da primeira geração, o condoreirismo teve 
muito engajamento político-social, denunciando as 
condições dos escravos. Os poetas desse momen-
to reivindicavam uma poesia social com valores de 
igualdade, justiça e liberdade. Além disso, na poesia 
amorosa, o eu lírico afasta-se de caracterizar a mu-
lher como algo inatingível, promovendo uma lírica 
de cunho mais sensual, junto à presença de uma mu-
lher mais concreta.
 
Características da 3ª geração 
→ Poesia social e libertária;
75
Li
t.
→ Geração “hugoana/hugoniana”;
→ Identidade nacional;
→ Abolicionismo;
→ Identidade africana como parte da identidade 
brasileira;
→ Negação ao amor platônico;
→ Erotismo e pecado.
 
Dentre os principais autores da época, podemos ci-
tar: Castro Alves (o poeta dos escravos) e Sousân-
drade.
 
A prosa romântica 
A prosa romântica, em especial, se subdivide em 
quatro tipos de romance: o regionalista, o indianista, 
o urbano e o histórico. A valorização da individuali-
dade permitiu que inúmeros autores retratassem as 
diferentes características do Brasil, que estava mar-
cado tanto pelas diversidades locais pelo país (lín-
gua, cultura e valores regionais) quanto pelo cenário 
urbano que atendia às necessidades da burguesia. 
Além disso, é importante dizer que, na prosa, não 
há a divisão entre gerações (como ocorre na poe-
sia), pois muitas obras eram publicadas quase que, 
simultaneamente, e, o maior nome da prosa român-
tica é o escritor José de Alencar.
O romance indianista
No romance indianista, é comum vermos a constru-
ção da imagem de índio de forma heroica, como o 
salvador da nação a fim de implantar um sentimen-
to de amor à pátria. Sua imagem é aproximada a de 
um cavaleiro medieval, ideal propagado na Europa 
durante a Idade Média. Além disso, a natureza não 
atua como plano de fundo e ganha vitalidade, força, 
fazendo com que muitas das vezes haja uma noção 
de personificação do ambiente natural, como tam-
bém a associação ao meio selvagem.
O choque cultural entre colonizadores e índios 
sempre será apresentado nas prosas indianistas, 
tal como a apresentação de suas diferenças, como 
costumes, linguagens, hábitos, entre outros. Algu-
mas obras de destaque são “O Guarani”, “Iracema” e 
“Ubirajara”, todas de José de Alencar. 
O romance regionalista 
O romance regional foi primordial para o incentivo 
de uma literatura que abordasse acerca das diver-
sidades locais. Entre suas características, há a valo-
rização de aspectos étnicos, linguísticos, sociais e 
culturais sobre várias regiões do país. Ademais, as 
principais regiões abordadas foram o Rio de Janeiro 
(que era a capital do Brasil naquele período) e as re-
giões Sul, Nordeste e Centro-Oeste.
O contraste de valores e costumes será abordado 
nos romances, em geral, propagados por persona-
gens que passam a conviver recentemente em um 
mesmo ambiente, mostrando determinadas distin-
ções entre o meio urbano e o meio rural. Entre as 
principais obras, temos “Inocência”, de Visconde de 
Tauany, “O gaúcho”, de José de Alencar, e “O Cabe-
leira”, de Franklin Távora.
 
O romance urbano 
O romance urbano foi o que melhor atendeu às ne-
cessidades da burguesia, pois retratava sobre a vida 
cotidiana e seus costumes, pondo em discussão os 
valores morais vividos na época, entre eles, o casa-
mento promovido de acordo com a classe social.
Entre as obras, podemos destacar: “A Moreninha”, 
de Joaquim Manuel de Macedo, “Memórias de um 
sargento de milícias”; de Manuel Antônio de Almei-
da e “Lucíola” e “Senhora”, de José de Alencar. Além 
disso, o autor Álvares de Azevedo também teve 
papel importantíssimo na prosa, e desenvolveu as 
obras “O Macário” e “Noites na Taverna”.
 
O romance histórico 
O romance histórico, como o própria nome já nos 
ajuda a explicar, marcava em sua narrativa os prin-
cipais acontecimentos históricos do século XIX no 
Brasil. A composição da narrativa é feita a partir de 
relatos e documentos informativos sobre uma deter-
minada época ou movimento social. Há dois roman-
ces de destaque: “As Minas de Prata” e “Guerra dos 
Mascates”, ambos de José de Alencar.
76
Li
t.
Texto 1
A canção do africano
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão …
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar…
E à meia voz lá respondeAo canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!
“Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!
“O sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!
“Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar …
“Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro”.
O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!
……………………….
O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.
E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!
ALVES, Castro. Os escravos. São Paulo: Mar-
tins, 1972.
Texto 2
– O senhor não retribuiu meu amor e nem o 
compreendeu. Supôs que eu lhe dava apenas a 
preferência entre outros namorados, e o esco-
lhia para herói de meus romances, até apare-
cer algum casamento, que o senhor, moço ho-
nesto, estimaria para colher à sombra o fruto 
de suas flores poéticas. Bem vê que eu o distin-
go dos outros, que ofereciam brutalmente mas 
com franqueza e sem rebuço, a perdição e a 
vergonha.
Seixas abaixou a cabeça.
– Conheci que não amava-me, como eu dese-
java e merecia ser amada. Mas não era sua a 
culpa e só minha que não soube inspirar-lhe a 
paixão, que eu sentia. Mais tarde, o senhor re-
tirou-me essa mesma afeição com que me con-
solava e transportou-a para outra, em quem 
não podia encontrar o que eu lhe dera, um co-
ração virgem e cheio de paixão com que o ado-
rava. Entretanto, ainda tive forças para perdo-
ar-lhe e amá-lo.
A moça agitou então a fronte com uma vibra-
ção altiva:
– Mas o senhor não me abandonou pelo amor 
de Adelaide e sim por seu dote, um mesquinho 
dote de trinta contos! Eis o que não tinha o di-
reito de fazer, e que jamais lhe podia perdoar! 
Desprezasse-me embora, mas não descesse da 
altura em que o havia colocado dentro de mi-
nha alma. Eu tinha um ídolo; o senhor abateu-o 
de seu pedestal, e atirou-o no pó. Essa degra-
TEXTOS DE APOIO
77
Li
t.
dação do homem a quem eu adorava, eis o seu 
crime; a sociedade não tem leis para puni-lo, 
mas há um remorso para ele. Não se assassina 
assim um coração que Deus criou para amar, 
incutindo-lhe a descrença e o ódio.
Seixas que tinha curvado a fronte, ergueu-a de 
novo, e fitou os olhos na moça. Conservava ain-
da as feições contraídas, e gotas de suor bor-
bulhavam na raiz de seus belos cabelos negros.
– A riqueza que Deus me concedeu chegou tar-
de; nem ao menos permitiu-me o prazer da ilu-
são, que têm as mulheres enganadas. Quando a 
recebi, já conhecia o mundo e suas misérias; já 
sabia que a moça rica é um arranjo e não uma 
esposa; pois bem, disse eu, essa riqueza ser-
virá para dar-me a única satisfação que ainda 
posso ter neste mundo. Mostrar a esse homem 
que não soube me compreender, que mulher o 
amava, e que alma perdeu. Entretanto ainda eu 
afagava uma esperança. Se ele recusa nobre-
mente a proposta aviltante, eu irei lançar-me a 
seus pés. Suplicar-lhe-ei que aceite a minha ri-
queza, que a dissipe se quiser; mas consinta-me 
que eu o ame. Essa última consolação, o senhor 
a arrebatou. Que me restava? Outrora atava-se 
o cadáver ao homicida, para expiação da cul-
pa; o senhor matou-me o coração; era justo que 
o prendesse ao despojo de sua vítima. Mas não 
desespere, o suplício não pode ser longo: este 
constante martírio a que estamos condenados 
acabará por extinguir-me o último alento; o se-
nhor ficará livre e rico.
(ALENCAR, José de. Senhora. 23 ed. São Pau-
lo: Ática, 1992)
EXERCÍCIOS DE AULA
1.
2.
O indianismo de nossos poetas românticos é:
a) uma forma de apresentar o índio em toda a sua realidade objetiva; o índio 
como elemento étnico da futura raça brasileira.
b) um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a ins-
talação da capitania de São Vicente.
c) um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que em 
nada difere do modelo europeu.
d) um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização 
que se instalava.
e) uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com sim-
patia e piedade; exaltação da bravura, do heroísmo e de todas as qualidades mo-
rais superiores.
 
A - Canção do exílio
 
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
 
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
 
78
Li
t.
[...]
 
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, a noite -
Mais prazer eu encontro la;
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá.
 
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o Sabiá.
 
DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.
 
TEXTO B - Canto de regresso à Pátria
 
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
 
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
 
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita
Deus que eu morra
Sem que volte para lá
 
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo
 
ANDRADE, O. Cadernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: Círculo do 
Livro. s/d.
 
Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam 
o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisan-
do-os, conclui-se que:
a) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nas-
ceu, e o tom de que se revestem os dois textos.
b) a exaltação da natureza é a principal característica do texto B, que valoriza a 
paisagem tropical realçada no texto A.
c) o texto B aborda o tema da nação, como o texto A, mas sem perder a visão crí-
tica da realidade brasileira.
79
Li
t.
3.
d) o texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento geográfico do poeta 
em relação à pátria.
e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.
 
 
TEXTO I
A canção do africano
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia-voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez p’ra não o escutar!
“Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem.”
 
ALVES, C. Poesias completas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995 (fragmento).
 
TEXTO II
 
No caso da Literatura Brasileira, se é verdade que prevalecem as reformas 
radicais, elas têm acontecido mais no âmbito de movimentos literários do 
que de gerações literárias. A poesia de Castro Alves em relação à de Gon-
çalves Dias não é a de negação radical, mas de superação, dentro do mes-
mo espírito romântico.MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003 
(fragmento).
 
O fragmento do poema de Castro Alves exemplifica a afirmação de João Cabral 
de Melo Neto porque:
a) inova na abordagem de aspecto social, mas mantém a visão lírica da terra pátria.
b) exalta o nacionalismo, embora lhe imprima um fundo ideológico retórico.
c) canta a paisagem local, no entanto, defende ideais do liberalismo.
d) mantém o canto saudosista da terra pátria, mas renova o tema amoroso.
e) explora a subjetividade do eu lírico, ainda que tematize a injustiça social.
80
Li
t.
4.
5.
Teu romantismo bebo, ó minha lua,
A teus raios divinos me abandono,
Torno-me vaporoso... e só de ver-te
Eu sinto os lábios meus se abrir de sono.
 
 Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que fala, 
mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico manifes-
ta a:
 
a) ironia romântica
b) tendência romântica
c) melancolia romântica
d) aversão dos românticos à natureza
e) fuga romântica para o sonho
O movimento romântico, cujas origens estão na Alemanha e na Inglaterra, adqui-
riu na literatura brasileira um reflexo extraordinário porque:
a) nossas letras contavam, à época, com artistas do talento de um Machado de 
Assis e de um Raul Pompéia;
b) coincidiu com o momento decisivo de definição da nossa nacionalidade e de 
valorização do nosso passado histórico;
c) prosperavam, entre nós, os sentimentos nativistas elevados ao mais alto plano 
estético, como demonstram os poemas "O Uruguai" e "Caramuru";
d) nosso complexo cultural de colonizadores encontrava na prosa intimista sua 
expressão mais adequada e natural;
e) nossos homens de letras e de ciências criaram teorias em que se demonstra-
va a flagrante superioridade do pensamento anglo-germânico sobre o de outros 
povos.
O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico 
Castro Alves:
“Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh’alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n’amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma…
Nos seus beijos de fogo há tanta vida…
– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.”
 
(ALVES, Castro. Os melhores poemas de Castro Alves. Seleção de Lêdo 
Ivo. São Paulo: Global, 1983.)
 
Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta 
com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte 
6.
81
Li
t.
 na palavra
 a) embalsama.
 b) infinito.
 c) amplidão.
 d) dormir.
 e) sono.
 
“Sombras do vale, noites da montanha
Que minh’alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!
Mas quando preludia ave d’aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos…
Deixai a lua prantear-me a lousa!”
 
O que dominantemente aflora nos versos acima e caracteriza o poeta Álvares de 
Azevedo como ultrarromântico é:
a) a devoção pela noite e por ambientes lúgubres e sombrios.
b) o sentimento de autodestruição e a valorização da natureza tropical.
c) o acentuado pessimismo e a valorização da religiosidade mística.
d) o sentimento byroniano de tom elegíaco e humorístico-satânico.
e) o sonho adolescente e a supervalorização da vida.
7.
8. "O indianismo dos românticos [...] denota tendência para particularizar os grandes temas, as grandes atitudes de que se nutria a literatura ocidental, 
inserindo-as na realidade local, tratando-as como próprias de uma tradição 
brasileira."
Antônio Candido, Formação da Literatura Brasileira
 
Considerando-se o texto acima, pode-se dizer que o indianismo, na literatura ro-
mântica brasileira:
a) procurou ser uma cópia dos modelos europeus.
b) adaptou a realidade brasileira aos modelos europeus.
c) ignorou a literatura ocidental para valorizar a tradição brasileira.
d) deformou a tradição brasileira para adaptá-la à literatura ocidental.
e) procurou adaptar os modelos europeus à realidade local.
82
Li
t.
9. O sertão e o sertanejo
“Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, tão diversos pelo ma-
tiz das cores, o capim crescido e ressecado pelo ardor do sol transforma-se 
em vicejante tapete de relva, quando lavra o incêndio que algum tropeiro, 
por acaso ou mero desenfado, ateia com uma faúlha do seu isqueiro. Mi-
nando à surda na touceira, queda a vívida centelha. Corra daí a instantes 
qualquer aragem, por débil que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e 
trêmula, como que a contemplar medrosa e vacilante os espaços imensos 
que se alongam diante dela. O fogo, detido em pontos, aqui, ali, a consumir 
com mais lentidão algum estorvo, vai aos poucos morrendo até se extinguir 
de todo, deixando como sinal da avassaladora passagem o alvacento lençol, 
que lhe foi seguindo os velozes passos. Por toda a parte melancolia; de to-
dos os lados tétricas perspectivas. É cair, porém, daí a dias copiosa chuva, 
e parece que uma varinha de fada andou por aqueles sombrios recantos a 
traçar às pressas jardins encantados e nunca vistos. Entra tudo num traba-
lho íntimo de espantosa atividade.”
TAUNAY, Visconde de. Inocência.
O romance romântico teve fundamental importância na formação da ideia de na-
ção. Considerando o trecho acima, é possível reconhecer que uma das principais 
e permanentes contribuições do Romantismo para construção da identidade da 
nação é a:
a) possibilidade de apresentar uma dimensão desconhecida da natureza nacio-
nal, marcada pelo subdesenvolvimento e pela falta de perspectiva de renovação. 
b) consciência da exploração da terra pelos colonizadores e pela classe domi-
nante local, o que coibiu a exploração desenfreada das riquezas naturais do país.
c) construção, em linguagem simples, realista e documental, sem fantasia ou 
exaltação, de uma imagem da terra que revelou o quanto é grandiosa a natureza 
brasileira.
d) expansão dos limites geográficos da terra, que promoveu o sentimento de uni-
dade do território nacional e deu a conhecer os lugares mais distantes do Brasil 
aos brasileiros. 
e) valorização da vida urbana e do progresso, em detrimento do interior do Brasil, 
formulando um conceito de nação centrado nos modelos da nascente burguesia 
brasileira.
“Vocês mulheres têm isso de comum com as flores, que umas são filhas da 
sombra e abrem com a noite, e outras são filhas da luz e carecem do Sol. 
Aurélia é como estas; nasceu para a riqueza. Quando admirava a sua for-
mosura naquela salinha térrea de Santa Tereza, parecia-me que ela vivia 
ali exilada. Faltava o diadema, o trono, as galas, a multidão submissa; mas 
a rainha ali estava em todo o seu esplendor. Deus a destinara à opulência.” 
Do texto depreende-se que:
a) romances românticos regionalistas, como Senhora, exaltam a beleza natural 
feminina.
10.
83
Li
t.
EXERCÍCIOS DE CASA
1.
b) os romances realistas de Aluísio Azevedo denunciam o artificialismo da bele-
za feminina.
c) as obras modernistas têm, entre outros, o objetivo de criticar a submissão da 
mulher à riqueza material.
d) a linguagem descritiva dos escritores naturalistas caracteriza a sensualidade 
e a espiritualidade da mulher.
e) a personagem feminina foi caracterizada sob a perspectiva idealizadora típica 
dos autores românticos.
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá.
 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores.
 
Emcismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.
 
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar sozinho, à noite
Mais prazer eu encontro lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.
 
Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que disfrute os primores 
Que não encontro por cá; 
Sem qu'inda aviste as palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.
 
Gonçalves Dias
 
Gonçalves Dias consolidou o romantismo no Brasil. Sua “Canção do exílio” pode 
ser considerada tipicamente romântica porque:
a) apoia-se nos cânones formais da poesia clássica greco-romana; emprega fi-
guras de ornamento, até com certo exagero; evidencia a musicalidade do verso 
pelo uso de aliterações.
84
Li
t.
3.
2.
b) exalta terra natal; é nostálgica e saudosista; o tema é tratado de modo senti-
mental, emotivo.
c) utiliza-se do verso livre, como ideal de liberdade criativa; sua linguagem é her-
mética, erudita; glorifica o canto dos pássaros e a vida selvagem.
d) poesia e música se confundem, como artifício simbólico; a natureza e o tema 
bucólico são tratados com objetividade; usa com parcimônia as formas pronomi-
nais de primeira pessoa.
e) refere-se à vida com descrença e tristeza; expõe o tema na ordem sucessiva, 
cronológica; utiliza-se do exílio como o meio adequado de referir-se à evasão da 
realidade.
 
Em relação ao Romantismo brasileiro, todas as afirmações são verdadeiras, ex-
ceto:
a) expressões do nacionalismo através da descrição de costumes e regiões do 
brasil.
b) análise crítica e científica dos fenômenos da sociedade brasileira.
c) desenvolvimento do teatro nacional.
d) expressão poética de temas confessionais, indianistas e humanistas.
e) caracterização do romance como forma de entretenimento e moralização.
 
 SABIÁ - Tom Jobim e Chico Buarque
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir 
Uma sabiá
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra de uma palmeira
Que já não há
Colher a flor que já não dá
E algum amor talvez possa espantar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos de me enganar
Como fiz enganos de me encontrar
Como fiz estradas de me perder
Fiz de tudo e nada de te esquecer (...)
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5.
4.
A canção “Sabiá” é apenas uma das inúmeras releituras e citações que o poema 
de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio” recebeu a partir do Modernismo. Esse 
poeta pertenceu à 1ª geração do Romantismo Brasileiro. Nas opções abaixo, as-
sinale a única que não apresenta características desse estilo de época.
a) Nacionalismo, onde a exaltação da pátria somente enaltece as qualidades
b) Exaltação da natureza
c) Sentimentalismo e religiosidade
d) Indianismo
e) Conceptismo (jogo de ideias) e cultismo (jogo de palavras)
No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um 
outro estilo de época: o romantismo.
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a 
mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. 
Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do 
tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade 
e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe macu-
lasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das 
mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo 
passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: 
Jackson,1957.
 
A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está 
transcrita na alternativa:
a)“... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ...”
b)“... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...”
c)“Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário 
e eterno, ...”
d)“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos ... “
e)“... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”
 “Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei...que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!”
Álvares de Azevedo
 
A característica do Romantismo mais evidente nesta quadra é:
a) o espiritualismo
b) o pessimismo
c) a idealização da mulher
d) o confessionalismo
e) a presença do sonho
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6.
7.
8.
 Tomadas em conjunto, as obras de Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Cas-
tro Alves demonstram que, no Brasil, a poesia romântica:
a) Pouco deveu às literaturas estrangeiras, consolidando de forma homogênea a 
inclinação sentimental e o anseio nacionalista dos escritores da época.
b) Repercutiu, com efeitos locais, diferentes valores e tonalidades da literatura 
europeia: a dignidade do homem natural, a exacerbação das paixões e a crença 
em lutas libertárias.
c) Constituiu um painel de estilos diversificados, cada um dos poetas criando 
livremente sua linguagem, mas preocupados todos com a afirmação dos ideais 
abolicionistas e republicanos.
d) Refletiu as tendências ao intimismo e à morbidez de alguns poetas europeus, 
evitando ocupar-se com temas sociais e históricos, tidos como prosaicos.
e) Cultuou sobretudo o satanismo, inspirado no poeta inglês Byron, e a memó-
ria nostálgica das civilizações da Antiguidade clássica, representadas por suas 
ruínas.
 
"Então passou-se sobre este vasto deserto d'água e céu uma cena estupen-
da, heroica, sobre-humana; um espetáculo grandioso, uma sublime loucura.
Peri alucinado suspendeu-se aos cipós que se entrelaçavam pelos ramos 
das árvores já cobertas d'água, e com esforço desesperado cingindo o tron-
co da palmeira nos seus braços hirtos, abalou-os até as raízes."
O Guarani – José de Alencar
O texto acima exemplifica uma característica romântica de José de Alencar, que 
é a:
a) imaginação criadora.
b) consciência da solidão.
c) ânsia de glória.
d) idealização do personagem.
e) valorização da natureza
Iracema
“Além, muito além daquela serra que ainda azula no horizonte, nasceu Ira-
cema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais ne-
gros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo 
da jati não era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque 
como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as ma-
tas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. 
O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a 
terra com as primeiras águas.”
José de Alencar
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Ao caracterizar Iracema, José de Alencar relaciona-a a elementos da natureza, 
pondo aquela em relação a esta em uma posição de:
a) equilíbrio
b) dependência
c) complementaridade
d) vantagem
Leia o trecho a seguir, de José de Alencar.
Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção 
de um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa 
afronta, aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão. Assim costumava 
ela indicar o merecimento relativo de cada um dos pretendentes, dando-
-lhes certo valor monetário. Em linguagem financeira, Aurélia contava os 
seus adoradores pelo preço que razoavelmente poderiam obter no mercado 
matrimonial.
O romance Senhora, ilustrado pelo trecho,
a) representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo comque Aurélia trata seus pretendentes, vistos sob a ótica do mercado matrimonial, 
tematiza o casamento como forma de ascensão social.
b) mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar. 
Nele, o escritor tematiza, com escárnio, as relações sentimentais entre pessoas 
de classes sociais distintas, em que o pretendente é considerado pelo seu valor 
monetário.
c) é obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e 
de seus pretendentes mostra a concepção do amor, em linguagem financeira, 
como forma de privilégio monetário, além de explorar as relações extraconju-
gais.
d) denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como responsáveis 
por levar as pessoas à tristeza e à solidão dada a superficialidade e ao interesse 
com que elas se estabelecem. Trata-se de um romance urbano de Alencar.
e) tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse 
financeiro como forma de se ascender socialmente. Essa obra explora tanto as-
pectos do regionalismo nacional como os valores da vida urbana.
 
Assinale a alternativa que caracteriza o Romantismo:
a) valorização do eu. O assunto passa a ser manifestado a partir do artista, que 
traz à tona o seu mundo interior, com plena liberdade; esta liberdade se impõe 
na forma. Sentimentalismo.
b) literatura multifacetada: valorização da palavra e do ritmo: temática humana 
e universal.
c) literatura intrinsecamente brasileira; linguagem direta, coloquial, livre das re-
gras gramaticais, imagens diretas; inspiração a partir da burguesia, da civilização 
industrial, da máquina.
d) literatura que busca inspiração no subconsciente, nas regiões inexploradas da 
alma: para isso, usa meios indiretos a fim de sugerir ou representar as sensações; 
funde figura, música e cor.
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QUESTÕES CONTEXTO
e) literatura que visa à perfeição da forma, à objetividade, ao equilíbrio, à perfei-
ção absoluta da linguagem; prefere os temas novos e exóticos.
Observe atentamente a charge abaixo:
 
No Romantismo brasileiro, criou-se uma imagem do índio como símbolo da iden-
tidade nacional, no entanto, nos dias atuais, o que se percebe é uma intensa des-
valorização da figura indígena. De acordo com seus conhecimentos, diga como 
a charge em questão aponta criticamente um problema social.
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01.
Exercício de aula
1. d
2. c
3. e
4. a
5. b
6. e
7. a
8. e
9. d
10. e
02.
Exercício de casa
1. b
2. b
3. e
4. a 
5. c
6. b
7. d
8. d
9. a
10. a
 03. 
Questão Contexto
A charge mostra a marginalização da figura indíge-
na, fazendo referência ao “Dia do índio”, como se 
fosse a única data em que a sociedade lembrasse e 
respeitasse os indígenas e o seu espaço. É importan-
te ressaltar que os índios são parte de nossa cultu-
ra e da nossa formação nacional e, muitas vezes, as 
pessoas tentam afastá-las de seus direitos e omiti-
-las do âmbito social, problema esse que precisa ser 
alterado com urgência. 
 
GABARITO

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