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03 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

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CONTROLE DE 
CONSTITUCIONALIDADE 
ÍNDICE
1. CONCEITOS PRELIMINARES ............................................................................................4
O que é Controle de Constitucionalidade? ................................................................................................................4
Pressuposto ...........................................................................................................................................................................4
Quem criou o controle de constitucionalidade?  ....................................................................................................5
A Inconstitucionalidade .....................................................................................................................................................5
Para saber mais ....................................................................................................................................................................6
2. ESPÉCIES ............................................................................................................................7
Quanto ao momento em que é realizado ...................................................................................................................7
Quanto à natureza do órgão que o exerce .................................................................................................................7
Quanto ao número de órgãos .........................................................................................................................................8
Quanto à posição da inconstitucionalidade .............................................................................................................8
3. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL ...............................................10
Como diferenciar o controle difuso do controle concentrado? ..................................................................... 10
4. CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE ......................................................11
Objeto ....................................................................................................................................................................................... 11
Competência ........................................................................................................................................................................ 11
Legitimidade Ativa .............................................................................................................................................................. 11
Quórum ................................................................................................................................................................................... 11
Efeitos do controle difuso de constitucionalidade ...............................................................................................12
5.  CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE – ADIN.........................14
Objeto ...................................................................................................................................................................................... 14
Competência ....................................................................................................................................................................... 14
Legitimidade ativa .............................................................................................................................................................. 14
Modo ........................................................................................................................................................................................ 15
Quórum .................................................................................................................................................................................. 15
Efeitos ..................................................................................................................................................................................... 15
Efeito vinculante ................................................................................................................................................................. 16
6.  CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE – ADC .......................... 17
Objeto .......................................................................................................................................................................................17
Competência ........................................................................................................................................................................17
Legitimidade ativa ...............................................................................................................................................................17
Modo ........................................................................................................................................................................................ 18
Quórum .................................................................................................................................................................................. 18
Efeitos ..................................................................................................................................................................................... 18
Efeito dúplice ou caráter ambivalente ...................................................................................................................... 18
7.  CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE – ADPF ........................19
Objeto ...................................................................................................................................................................................... 19
Competência ....................................................................................................................................................................... 19
Legitimidade ativa .............................................................................................................................................................. 19
Modo ....................................................................................................................................................................................... 20
Quórum ................................................................................................................................................................................. 20
Efeitos .................................................................................................................................................................................... 20
www.trilhante.com.br 4
1. Conceitos Preliminares
O que é Controle de Constitucionalidade?
Uma dica para nunca nos esquecermos da lógica que existe por trás do controle de 
constitucionalidade é pensarmos no corpo humano e em como ele funciona. Todas as vezes 
em que ficamos doentes, nosso próprio organismo fabrica uma determinada quantidade de 
anticorpos para tentar expulsar o micro-organismo causador dessa situação.
O controle de constitucionalidade não foge a essa ideia: o ordenamento jurídico é o corpo, e a 
inconstitucionalidade é a doença. E como faremos para expulsar essa inconstitucionalidade de 
um ordenamento que, em regra, deve comportar somente normas adequadas à Constituição? 
Fabricando “anticorpos”, ou seja, o controle de constitucionalidade das normas. 
Assim, o controle de constitucionalidade é um instrumento pelo qual se verifica a 
conformidade das normas infraconstitucionais com a Constituição Federal. Havendo 
inconformidade, retira-se do ordenamento esta norma inconstitucional. 
Essalógica se baseia na ideia de supremacia constitucional, tanto em sua faceta material 
quanto formal. Sob o aspecto material, a Constituição possui supremacia de seu conteúdo 
em relação às normas infraconstitucionais, o que é totalmente esperado, já que o objeto 
das constituições é a consagração dos fundamentos do Estado de Direito: os direitos 
fundamentais, a estrutura do Estado e a organização dos poderes. Isso quer dizer, em outras 
palavras, que as normas contidas na Constituição precisam ser observadas no momento 
de elaboração de outras normas, para que estas não sejam incompatíveis com o conteúdo 
constitucional. 
E isso ocorre em razão da supremacia formal da Constituição, que existe porque as normas 
constitucionais, para serem formadas e alteradas, precisam de um processo muito 
mais complexo do que é necessário para as leis. Assim, as normas da Constituição são 
hierarquicamente superiores porque sua forma de elaboração e modificação é bem mais 
burocrática. Cria-se uma lei muito mais rapidamente e com menos burocracia do que se cria 
uma Constituição ou uma emenda. 
A conclusão disso tudo é que, no controle de constitucionalidade, a norma a ser “atacada” 
pelo ordenamento jurídico é aquela que não observou essa hierarquia e está em desacordo 
com a forma que a Constituição determina para ela ou em desacordo com o conteúdo das 
normas constitucionais.
Pressuposto
Como vimos, só podemos falar em controle de constitucionalidade em um ordenamento 
jurídico cuja Constituição detenha essa supremacia, essa hierarquia superior em relação às 
demais normas, e também seja rígida, ou seja, seu procedimento de alteração seja muito mais 
www.trilhante.com.br 5
complexo do que as normas infraconstitucional, como é o caso do Brasil – onde precisamos 
de emendas constitucionais. 
Quem criou o controle de constitucionalidade? 
Considera-se que o controle de constitucionalidade foi criado nos Estados Unidos, no ano 
de 1803, no caso Marbury x Madison, em que o juiz Marshall se baseou na Constituição 
estadunidense para dar sua decisão na Suprema Corte dos Estados Unidos da América. 
Podemos citar outros precedentes estadunidenses nos quais o controle de constitucionalidade 
foi exercido: Hayburn’s Case (1792) e Hylton’s Case (1796). Na Inglaterra, há quem mencione 
o caso do juiz Sir Edward Coke que, em 1610, já exercia o controle de constitucionalidade 
difuso – “Common Pleas” (espécie de tribunal). De qualquer forma, o caso mais marcante é 
o Marbury x Madison, e é isso que vocês precisam ter em mente! 
A Inconstitucionalidade
INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO
A inconstitucionalidade por ação decorre de condutas comissivas (facere), um fazer, 
contrárias a preceitos constitucionais. Portanto, quando o Poder Público age de forma 
incompatível com a Constituição, ele está praticando uma inconstitucionalidade por ação. 
Ela pode ser de dois tipos: 
• Formal: é aquela que viola um procedimento previsto na Constituição para a formação de uma 
norma. Por exemplo: se, para uma lei ser aprovada, a Constituição determina que é preciso um quó-
rum de X congressistas e, no momento de aprovação, o quórum era a metade de X, há um vício de 
procedimento que torna essa lei inconstitucional. 
• Material: essa inconstitucionalidade é aquela que viola um princípio constitucional, o coração da 
constituição. Por exemplo: a Constituição determina que todos são iguais perante a lei, não havendo 
qualquer distinção por conta de raça, gênero, orientação sexual, classe social, etc. Se uma lei deter-
mina que pessoas negras não poderão adentrar um estabelecimento comercial, pois ele é exclusivo 
para pessoas brancas, essa lei possui um vício material e é inconstitucional. 
INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
Ocorre quando não são adotadas (non facere ou non praestare), ou adotadas de 
modo insuficiente, as medidas necessárias para tornar plenamente aplicáveis normas 
constitucionais carentes de intermediação. Essa inconstitucionalidade é um fenômeno 
novo, que surgiu no Brasil apenas com a CF/88. Basicamente, estamos diante de uma 
inconstitucionalidade por omissão quando há um dispositivo constitucional de eficácia 
limitada que não tenha sido regulamentado posteriormente. Mas o que isso quer dizer? 
Vamos entender com um exemplo: o art. 37, VII da Constituição Federal dispõe sobre o 
exercício do direito de greve dos servidores públicos:
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Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
Dá pra ver que o constituinte repassou ao legislador ordinário a tarefa de regulamentar, em 
lei específica, como se dará o exercício do direito de greve dos servidores públicos. Acontece 
que, até hoje, essa norma não existe. Estamos diante, portanto, de uma inconstitucionalidade 
por omissão. 
Para saber mais
Você sabe o que é erosão da consciência constitucional? Criada por Karl Loewestein, essa 
erosão ocorre quando o legislador se abstém de cumprir o dever de legislar, assim 
violando a integridade da constituição. É um fenômeno no qual a indiferença dos Poderes 
Públicos em relação à Constituição cria um efeito psicológico na sociedade. Cria-se uma 
espécie de atrofia da consciência constitucional. É como se fosse retirada a força normativa 
da Constituição Federal, pois o legislador não cumpriu seu papel. Dá uma olhada nesse trecho 
da jurisprudência: 
Quando o parlamento se abstém de cumprir, total ou parcialmente, o dever de legislar, viola a própria integridade 
da constituição, estimulando o preocupante ‘fenômeno da erosão da consciência constitucional’. A indiferença 
dos destinatários do poder perante a Lei Fundamental, anota Karl Loewenstein (1970), consiste em uma atitude 
psicológica capaz de conduzir à atrofia dessa consciência. (STF – ADI 1484 DF, Relator: Min. Celso de Mello; Data 
de Julgamento: 21/08/2001; Data de Publicação DJ 28/08/2001). 
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2. Espécies
Nesta aula, estudaremos algumas das classificações que podem ser feitas quanto às espécies 
do controle de constitucionalidade.
Quanto ao momento em que é realizado
CONTROLE PREVENTIVO
Se o controle é exercido antes de o ato se tornar um ato propriamente dito ou antes de uma 
lei se tornar uma lei propriamente dita, o controle é repressivo. Tomemos como exemplo a lei: 
antes de ser aprovada, publicada e passar a produzir efeitos no ordenamento jurídico, a lei é, 
na verdade, um projeto de lei. Assim, se o controle de constitucionalidade recai sobre esse 
projeto, estamos diante da modalidade preventiva. Isso também ocorre quando a Comissão 
de Cidadania e Justiça (CCJ) faz um juízo prévio acerca da constitucionalidade da lei durante 
a fase de tramitação ou quando o Presidente da República apresenta seu veto.
Trata-se de uma forma de controle que visa evitar lesões a direitos. 
CONTROLE REPRESSIVO OU REPARATÓRIO
É o controle feito após o ato se tornar ato, após a lei se tornar lei. Ou seja, ocorre em um 
momento posterior, quando tais normas já existem no mundo jurídico e estão violando a 
Constituição. 
Curiosidade: a partir de que momento controle deixa de ser preventivo e passa a ser 
repressivo? A jurisprudência do STF tem entendido que, em regra, esse momento é o da 
publicação. Assim, quando o ato é publicado, o controle passa a ser repressivo. 
ADI 466 MC/DF: “A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem refletido claramente essa posição em tema 
de controle normativo abstrato, exigindo [...] que a ação direta tenha, e só possa ter, como objeto juridicamente 
idôneo, apenas leis e atos normativos, federais ou estaduais, já promulgados, editados e publicados”. (STF – ADI 
466 DF, Rel: Min. Celso de Mello; Data de Julgamento: 03/04/1991; Tribunal Pleno; Data de Publicação: DJ 
10/05/1991).Em regra, no Brasil, o Poder Executivo e o Poder Legislativo realizam o controle preventivo de 
constitucionalidade e o Poder Judiciário realiza o controle repressivo. 
Quanto à natureza do órgão que o exerce
Controle Político: Trata-se do controle que é exercido por um órgão que não faz parte do 
Poder Judiciário. 
Controle Judicial: É o controle exercido pelos órgãos do Poder Judiciário. 
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Tomando o exemplo da CCJ: quando ela exerce o controle de constitucionalidade, além de 
ser preventivo, trata-se de um controle político, porque ela não faz parte do Poder Judiciário. 
Neste curso, estudaremos o controle de constitucionalidade repressivo judicial. Ou seja, 
a partir de agora, tudo se aplicará a este tipo de controle, que é feito depois da lei se tornar 
uma lei propriamente dita, e realizado por órgão do Poder Judiciário. 
Quanto ao número de órgãos
CONTROLE DIFUSO (OU AMERICANO)
Nesse caso, todo e qualquer juiz ou tribunal tem competência para declarar a 
inconstitucionalidade da lei ou de ato normativo. Esse controle surgiu nos Estados Unidos 
(lembra do caso Marbury x Madison?), por isso é conhecido como controle americano. No 
direito brasileiro, o controle difuso foi introduzido na Constituição de 1891 (primeira Constituição 
republicana), que adotou o modelo estadunidense - o Poder Judiciário como guardião da 
Constituição. 
CONTROLE CONCENTRADO
Nesse caso, apenas um órgão é capaz de realizar o controle de constitucionalidade da lei 
ou do ato normativo. No Brasil: STF ou Tribunais de Justiça, a depender de qual Constituição 
estamos falando (Federal ou Estadual). Esse tipo de controle foi criado por Hans Kelsen no 
começo do século XX, com as Cortes Constitucionais, e também é conhecido como controle 
europeu, controle alemão ou austríaco. No direito brasileiro, o controle concentrado foi 
introduzido pela Constituição de 1934, em seu art. 12, por meio da figura da representação 
interventiva. 
Quanto à posição da inconstitucionalidade
CONTROLE INCIDENTAL
Aqui, estamos diante de um caso concreto, e a inconstitucionalidade é levantada por uma 
das partes (autor ou réu) em seu benefício. Assim, a inconstitucionalidade é apenas uma 
parte, um pedaço do processo, é uma das causas de pedir – um incidente. Trata-se de um 
processo constitucional subjetivo, pois sua principal finalidade é solucionar a controvérsia 
entre as partes. Contudo, o incidente da inconstitucionalidade precisa ser resolvido para tanto. 
CONTROLE DIRETO
Nesse tipo, não existe um caso concreto, pois o único objeto da demanda levada ao 
órgão é a própria lei ou ato normativo, perguntando a ele: essa lei (ou esse ato normativo) é 
inconstitucional ou não? Não há partes, não há réu. O controle é exercido diretamente e não 
atinge nenhum caso concreto. Aqui, a finalidade principal é a proteção da supremacia da 
Constituição Federal, visando, indiretamente, à proteção de direitos subjetivos. 
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Atenção: controle difuso não é o mesmo que controle concreto ou incidental. Da mesma 
forma, controle concentrado também não é o mesmo que controle abstrato ou controle 
feito pela via principal. Em regra, o controle é difuso incidental (concreto) ou concentra-
do abstrato. No entanto, existem exceções a essa regra.
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3. Controle de Constitucionalidade no Brasil
A partir de agora, veremos como essas premissas que aprendemos nas primeiras aulas se 
aplicam no Brasil. 
Um primeiro ponto que precisamos analisar é que o controle de constitucionalidade no 
Brasil é do tipo misto, ou seja, ele pode ser feito tanto de forma difusa quanto de forma 
concentrada. 
Em regra, no Brasil, o controle difuso é exercido de modo incidental e concreto e o controle 
concentrado é exercido de modo direto ou abstrato. Por isso, importante guardar seus 
sinônimos:
• Controle difuso = incidental = concreto = indireto
• Controle concentrado = abstrato = direto
Como diferenciar o controle difuso do controle concentrado?
É muito importante identificar com precisão de qual tipo de controle se trata, pois o tipo difuso 
e o tipo concentrado são formas muito diferentes de controle de constitucionalidade. Por 
isso, precisamos nos atentar para as seguintes observações quando nos depararmos com 
uma realidade que demande essa identificação:
1. A competência do STF não resolve o problema. Não é porque é o STF o órgão 
responsável pelo julgamento da questão que o tipo de controle será, necessariamente, 
concentrado, pois ele também é competente para realizar o controle difuso. 
2. Se estivermos diante de uma Ação Direta de Constitucionalidade (ADI), de uma 
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) ou de uma Arguição de Descum-
primento de Preceito Fundamental (ADPF), o controle será do tipo concentrado. 
3. Se a questão tratar de um caso concreto, envolvendo partes (autor e réu) e um pro-
cesso, trata-se de um controle difuso. Como vimos anteriormente, o controle difuso/
concreto/incidental, ele acontece dentro de um processo constitucional subjetivo. 
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4. Controle Difuso de Constitucionalidade
Como vimos, o controle difuso de constitucionalidade é aquele que qualquer órgão do Poder 
Judiciário pode fazer, em casos concretos, como incidente de um processo. 
Objeto
Podem ser objeto do controle difuso de constitucionalidade as leis ou atos normativos 
federais, estaduais, distritais e municipais, após a Constituição Federal de 1988. 
Competência
Podem realizar o controle difuso de constitucionalidade todo e qualquer juiz ou tribunal. 
Assim, são competentes o juiz cível, o juiz criminal, o juiz trabalhista, eleitoral, etc., desde que 
seja juiz. 
Em relação aos tribunais, precisamos nos lembrar de que o STF (Supremo Tribunal de Federal) 
é também um tribunal, motivo pelo qual ele pode realizar esse tipo de controle. 
Legitimidade Ativa
Quem pode provocar a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo pela via 
difusa? 
Para isso, olhemos para o processo, para o caso concreto: qualquer pessoa que compuser 
um dos polos da relação jurídica processual de forma legítima, ou seja, qualquer pessoa que 
puder ser parte, é também legítima para suscitar o controle difuso. 
Quórum
Quem declara a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo no âmbito difuso? 
Se estamos diante de um processo que tramita em primeira instância, quem decidirá sobre 
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo será o próprio juiz da causa. 
Contudo, se estamos diante de um processo que está tramitando nos Tribunais, é preciso 
observar a cláusula de reserva de plenário, que consta do art. 97 da CF/88: 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial 
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Por esse dispositivo, órgãos fracionários dos tribunais (câmaras, seções, turmas) não podem 
declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos. 
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Na prática, o que ocorre é que o órgão fracionário recebe o processo e, no caso de entender 
que a norma em debate é inconstitucional, ele deve remeter essa questão ao Plenário do 
tribunal, que é formado por todos os seus membros (desembargadores ou ministros), ou ao 
Órgão Especial, no caso de tribunais muito grandes que demandam esse tipo de organização.
Assim, é o Órgão Especial ou o Plenário que declarará, por sua maioria absoluta de membros, 
a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos no controle difuso de constitucionalidade 
relativo a processos que tramitam nos tribunais. 
Existem, contudo, duas situações excepcionais em que o órgão fracionário pode, sozinho, 
fazer essa declaração de inconstitucionalidade: 
• Quando o próprio tribunal já possuir um entendimento nesse sentido (ou seja, essa questão já foi 
debatida pelos membros do tribunal em momento anterior);
• Quando o STF já tiver um entendimento consolidado nesse sentido. 
Efeitos do controledifuso de constitucionalidade
O que ocorre depois que o juiz ou o tribunal declarou que a lei ou ato normativo em discussão 
é inconstitucional? Podemos destacar dois tipos de efeitos mais relevantes: temporais e 
subjetivos. 
EFEITOS TEMPORAIS
Em regra, o efeito da decisão que declara a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo é ex 
tunc, ou seja, é retroativo à data da edição do ato inconstitucional. Por exemplo, se uma 
lei de 2015 é julgada inconstitucional em 2020, os efeitos retroagem ao ano de 2015 e é como 
se ela fosse inconstitucional desde então. 
Contudo, há precedentes no sentido de permitir que o juiz ou o tribunal recorra à modulação 
dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade, que nada mais é do que optar pelo 
efeito ex nunc (“daqui para frente”, a contar da data da declaração) ou até mesmo pelo efeito 
pró-futuro, que analisaremos com mais calma nas próximas aulas. 
EFEITOS SUBJETIVOS
Para quem vale essa declaração de inconstitucionalidade?
Em regra, essa decisão tem efeito inter partes, ou seja, a decisão vale apenas para as partes 
que compõem o processo. Como o controle difuso é exercido no âmbito de um caso concreto, 
essa declaração não produzirá efeitos para outras partes além daquelas que constem do 
feito. 
Se, eventualmente, João figura como parte em um processo e tem a seu favor declarada a 
inconstitucionalidade de uma norma que lhe cobra determinado imposto, isso não significa 
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que seu vizinho, Paulo, estará desincumbido do dever de recolher aquele mesmo imposto, 
pois a decisão, a princípio, aplica-se apenas a João. 
Existe, contudo, a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal, ao declarar determinada 
norma inconstitucional, remeter ao Senado um ofício informando a situação. A partir de então, 
o Senado pode, nos termos do art. 52, X, da Constituição Federal, suspender a execução 
daquela norma em âmbito nacional, ocasião em que os efeitos passarão a ser erga 
omnes, ou seja, aplicáveis a todas as pessoas, indistintamente. 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do 
Supremo Tribunal Federal;
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5. Controle Concentrado de Constitucionalidade – 
ADIN
Objeto
As normas que podem ter sua constitucionalidade questionada perante o STF no controle 
concentrado feito pela ADI são as leis ou atos normativos federais, estaduais ou distritais, 
posteriores à CF/88. 
Vale dar uma atenção extra às normas distritais, pois, no âmbito do Distrito Federal, existem 
normas provenientes da competência legislativa estadual (o DF como estado) e da competência 
legislativa municipal (o DF como município). Assim, para fins de controle de constitucionalidade 
concentrado, as normas distritais com fulcro em competências municipais não podem ser 
objeto de ADI, mas apenas as normas distritais com fulcro em competência estadual.
Competência
A competência é do Supremo Tribunal Federal (STF). Uma dica válida é pensar que o controle 
concentrado é assim chamado porque ele se concentra em um único órgão, ou seja, apenas 
o STF. 
Legitimidade ativa
São legitimados ativos aqueles constantes do art. 103 da Constituição Federal, que são os 
mesmos para a ADC e a ADPF. Assim, há um rol taxativo de legitimados específicos para 
propor o controle concentrado de constitucionalidade, motivo pelo qual não é qualquer 
pessoa do povo que pode provocar o STF nesse sentido. 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
V a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
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Atenção: a jurisprudência do STF faz distinção entre duas espécies de legitimados: ativos 
universais e ativos especiais.
• Legitimados ativos especiais: precisam demonstrar pertinência temática, ou seja, precisam de-
monstrar o nexo entre o conteúdo do objeto impugnado e suas finalidades ou interesses (pertinência 
temática). Quando o legitimado ativo é especial, ele precisa demonstrar que o objeto que está sendo 
impugnado viola, de alguma forma, o interesse que ele representa. Governador de Estado ou do DF, 
Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal e confederação sindical 
ou entidade de classe de âmbito nacional são legitimados ativos especiais. 
• Legitimados ativos universais: não precisam demonstrar pertinência temática. Poderão ques-
tionar qualquer lei ou ato normativo sem ter que demonstrar para o STF o nexo de causalidade entre 
o conteúdo do objeto impugnado e o interesse por ele representado. O Presidente da República, Mesa 
do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados, Procurador-Geral da República, Conselho Fe-
deral da Ordem dos Advogados do Brasil e partido político com representação no Congresso Nacional 
são legitimados ativos universais. 
Modo
O modo de exercício do controle concentrado de constitucionalidade é feito de forma abstrata 
e direta. Não há um caso concreto, não se fala em partes, não há um litígio subjacente. Em 
abstrato, todos os atingidos, mas não se fala em lide, em autor e réu. 
Quórum
É necessária a maioria absoluta dos membros do STF. Hoje, o STF é composto por 11 
ministros, então, para que uma lei ou ato normativo seja declarado inconstitucional em sede 
de ADI, é necessário o voto de 6 (seis) membros nesse sentido. 
Efeitos
Os efeitos dessa decisão são erga omnes, ou seja, para todos, indistintamente. Diferentemente 
do controle difuso, onde o efeito da declaração era restrito às partes, neste caso, o efeito se 
amplia. 
Quanto aos efeitos temporais, em regra, são ex tunc, ou seja, retroagem à data de edição 
do ato inconstitucional. Contudo, o art. 27 da Lei nº 9.868/1999 permite a possibilidade de 
modulação dos efeitos da decisão proferida em sede de ADI: 
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança 
jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de 
seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu 
trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 
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O que acontece, basicamente, é que há a possibilidade de o STF se deparar com uma 
questão extremamente relevante e delicada em sede de controle concentrado, de forma que 
a declaração de inconstitucionalidade causaria diversos problemas à população, sobretudo 
porque os efeitos dessa decisão retroagiriam à data de edição da lei ou ato, podendo prejudicar 
a segurança jurídica daqueles que agiram de boa-fé.
Além disso, pode-se estar diante de uma questão que versa sobre excepcional interesse 
social, o que justificaria, em ambos os casos, a adoção do efeito ex nunc (daqui para frente) 
ou do efeito pró-futuro (em uma data futura que será designada – ex: a partir de 2021). Isso 
ocorrerá caso 08 (oito) dos 11 (onze) ministros do STF votarem dessa forma. 
Sobre o tema, a ADI 875: 
ADI 875/DF: [...] “o princípio da nulidade continua a ser a regra também no direito brasileiro. O afastamento 
de sua incidência dependerá de um severo juízo de ponderação que, tendo em vista análise fundada no 
princípio da proporcionalidade, faça prevalecer a ideia de segurança jurídica ou outro princípio constitucional 
manifestado sob a forma de interesse social relevante.” (STF – ADI 875 DF, Rel. Min. Gilmar Mendes; Data de 
Julgamento: 24/02/2010; Tribunal Pleno; Data de Publicação: DJe 29/02/2010). 
Efeitovinculante
As declarações de inconstitucionalidade proferidas pelo STF em sede de controle de 
constitucionalidade concentrado são dotadas de efeito vinculante, ou seja, todo o Poder 
Judiciário e também o Poder Executivo está obrigado a observar o quanto foi decidido 
pelo STF em relação ao tema. O Poder Legislativo, contudo, não está adstrito ao efeito 
vinculante, de tal modo que ele pode editar uma norma novamente inconstitucional, idêntica 
à anterior. 
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6. Controle Concentrado de Constitucionalidade – ADC
Como vimos lá no começo, as três ações do controle concentrado de constitucionalidade são 
muito semelhantes, então precisaremos dos conteúdos anteriores para entender melhor a 
ADC. 
Objeto
A ADC tem como objeto leis ou atos normativos federais, posteriores à CF/88 e que 
tenham constitucionalidade duvidosa, recorrentemente arguida. Tomemos por exemplo 
uma lei federal que esteja, em âmbito difuso, sendo reiteradamente declarada inconstitucional 
por juízes e/ou tribunais. Não há sobre essa norma, ainda, uma palavra final dada pelo STF, 
motivo pelo qual essa constitucionalidade duvidosa pode ser levada a este órgão. 
Vale ressaltar que apenas normas federais podem ser objeto de ADC, não compreendendo 
normas estaduais, distritais e municipais. 
Competência
A competência, nesse caso, também é do Supremo Tribunal Federal (STF).
Legitimidade ativa
Aqui, como vimos, aplica-se o rol de legitimados do art. 103 da CF/88 aos três tipos de ação do 
controle concentrado. Como nunca é demais ler a letra da lei, aqui vai o artigo! Ah, lembrando 
que existem diferenças sutis entre legitimados universais e legitimados especiais, ok? 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:  
 I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
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Modo
O modo como se dá o julgamento da ADC é abstrato ou direto. 
Quórum
O quórum para o julgamento da ADC também é de maioria absoluta dos membros do STF. 
Efeitos
São os mesmos efeitos da ADI: erga omnes, ex tunc, com possibilidade de modulação de 
efeitos dada pelo art. 27 da Lei nº 9.868/99, a fim de consagrar ou o efeito ex nunc ou o efeito 
pró-futuro. 
Além disso, também se aplica a mesma ideia quanto aos efeitos vinculantes dessa declaração, 
que submetem todo o Poder Judiciário e o Poder Executivo a este entendimento. 
Efeito dúplice ou caráter ambivalente
É um efeito específico que ocorre entre as Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC) 
e as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI). 
Se estou em dúvidas quanto à constitucionalidade de uma norma federal, qual instrumento 
é o mais adequado para utilizar, a ADI ou ADC? Estas ações são praticamente idênticas, 
mas enquanto uma delas visa declarar a constitucionalidade, a outra visa declarar a 
inconstitucionalidade. Assim, ambas as ações, ADI ou ADC, podem levar à conclusão de 
constitucionalidade ou inconstitucionalidade da lei. A procedência da ADI equivale à 
improcedência da ADC, enquanto a improcedência da ADI equivale à procedência da ADC. 
Em ambos os casos, é possível averiguar a constitucionalidade da norma. 
Se uma mesma lei for objeto de uma ADI e de uma ADC, o STF vai reunir as duas ações e 
elas serão julgadas conjuntamente, pois o objeto é o mesmo. Neste caso, se a ADC é julgada 
improcedente, a ADI é julgada procedente. De outro lado, se a ADC é julgada procedente, a 
ADI é julgada improcedente, pois são ações de mesma natureza, mas com sinal trocado. O 
caráter dúplice ou ambivalente fica evidenciado no art. 24 da Lei 9.868/99: 
Art. 24: “Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual 
ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente 
eventual ação declaratória”.
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7. Controle Concentrado de Constitucionalidade – 
ADPF
À Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) aplicam-se as disposições 
e regras vistas para a ADI, como já foi adiantado. Essa ação possui, contudo, algumas 
peculiaridades que observaremos nesta aula.
Objeto
O objeto da ADP são as leis ou atos normativos federais, estaduais, distritais e municipais, 
anteriores ou posteriores à CF/88. Essa ação é a que possui o objeto mais amplo dentre 
todas, pois engloba também as normas municipais e as normas anteriores à CF/88. 
Em razão disso, a ADPF é também conhecida pelo seu caráter subsidiário: não cabendo ADI 
ou ADC, provavelmente caberá ADPF (princípio da subsidiariedade). Esse caráter subsidiário 
está previsto no art. 4º, §1º da Lei 9.882/99: 
Art. 4º, §1º: “Não será admitida arguição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer 
outro meio eficaz de sanar a lesividade”.
Ok, mas o que seria, então, “outro meio eficaz de sanar a lesividade”? 
Segundo o STF, “outro meio eficaz” é aquele que possui a mesma efetividade, imediaticidade 
e amplitude da ADPF.
Exemplo: se é cabível mandado de segurança no mesmo caso em que cabe uma ADPF, 
isso não afasta a possibilidade de manejo da ADPF, pois o mandado de segurança é um 
instrumento muito mais restrito, não tendo efeito erga omnes e vinculante. Entretanto, se é 
cabível uma ADI (que também tem efeito erga omnes e vinculante), não caberá ADPF. 
Curiosidade: sobre o tema, o STF possui precedente sobre a possibilidade de a Súmula 
Vinculante ser objeto da ADPF. Contudo, como a Lei da Súmula Vinculante prevê outro meio 
igualmente efetivo, imediato e capaz para sanar eventual lesividade – que é o pedido de 
revisão ou cancelamento da Súmula Vinculante -, não deve ser cabível a ADPF. 
Competência
Novamente, o órgão competente para julgamento da ADPF é o Supremo Tribunal Federal.
Legitimidade ativa
Aplica-se à ADPF o mesmo rol de legitimados do art. 103 da CF/88. 
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Modo
O modo como se dá o julgamento da ADPF é abstrato ou direto. 
Quórum
O quórum para julgamento da ADPF também é a maioria absoluta dos membros do STF. 
Efeitos
Os efeitos são idênticos, ou seja, erga omnes, ex tunc, com possibilidade de modulação de 
efeitos (ex nunc ou pró-futuro)¸ com a diferença de que a lei que regula a ADPF e estabelece 
essa possibilidade é a Lei 9.882/1999. Também se mantém o efeito vinculante, ou seja, a 
necessidade de observância do quanto decidido em sede de ADPF pelo Poder Judiciário e 
pelo Poder Executivo. 
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