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11 PODER LEGISLATIVO

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PODER LEGISLATIVO
ÍNDICE
1. ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO .........................................................................3
2. CONGRESSO NACIONAL .................................................................................................5
3. CÂMARA DOS DEPUTADOS ............................................................................................8
Eleições para Deputados ..................................................................................................................................................8
Mandato ...................................................................................................................................................................................9
Requisitos para se candidatar ao cargo de Deputado Federal ........................................................................9
Competências da Câmara dos Deputados ...............................................................................................................9
4. SENADO FEDERAL ..........................................................................................................11
Eleições para o Cargo de Senador ............................................................................................................................... 11
Mandato .................................................................................................................................................................................. 11
Requisitos para se Candidatar ao Cargo de Senador .......................................................................................... 11
Competências Privativas do Senado Federal .........................................................................................................12
5. SESSÕES LEGISLATIVAS ..............................................................................................14
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA ............................................................................................................................. 14
SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA ............................................................................................................... 14
SESSÃO CONJUNTA ......................................................................................................................................................... 14
SESSÃO PREPARATÓRIA ................................................................................................................................................ 15
6. COMISSÕES PARLAMENTARES ..................................................................................16
COMISSÕES TEMÁTICAS ................................................................................................................................................. 16
COMISSÕES TEMPORÁRIAS .......................................................................................................................................... 16
COMISSÕES REPRESENTATIVAS .................................................................................................................................17
7. COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO .......................................................18
CPI – COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO ............................................................................................... 18
www.trilhante.com.br 3
1. Estrutura do Poder Legislativo
O federalismo é a forma de organização de Estado adotada pelo Brasil, na qual há separação 
dos poderes em Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário.
O Poder Legislativo é tratado na Constituição Federal, dos artigos 44 ao 69, sendo conside-
rado um dos poderes mais importantes da federação.
A organização do Poder Legislativo, em âmbito Federal, estrutura-se pela forma bicameral. 
Isso significa que é composto por duas Casas: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. 
Já nas esferas estaduais e municipais, vigora o sistema denominado unicameralismo, 
uma vez que o Poder Legislativo é exercido por apenas uma Casa Legislativa. Nos estados, 
as Casas que representam o poder em questão são as Assembleias Legislativas e Câmara do 
Distrito Federal. Nos municípios, as Câmaras Municipais são responsáveis por desempenhar 
as atividades legislativas.
Quanto às Casas Legislativas de competência da União, a Câmara dos Deputados é composta 
pelos deputados federais, os quais somam-se, atualmente, no país, em 513. Cada estado 
possui de 8 a 70 representantes, regra presente no art. 45, §1º, da Constituição Federal. 
CF, Art 45, §1° O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, 
no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais 
de setenta Deputados.
A variação na quantidade de deputados federais de um estado para o outro é diretamente 
proporcional ao número de habitantes. Ou seja, estados mais populosos possuem mais 
deputados, podendo ter até 70 representantes, e estados menos populosos, 8 deputados.
Por sua vez, o Senado Federal é composto pelas figuras dos senadores. Essa Casa Legislativa 
é composta por 81 membros, sendo 3 representantes de cada Unidade Federativa, incluindo-
se o Distrito Federal, cada um dos senadores dispondo de 2 suplentes.
Diferentemente do que ocorre na Câmara dos Deputados, não há diferenciação no nú-
mero de senadores por estado, mas equidade entre eles, uma vez que não depende do 
tamanho da população de cada um. Há, então, número fixo de representantes para o 
cargo de senador.
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Ainda, a doutrina denomina a Câmara dos Deputados como Casa Iniciadora e o Senado Federal 
como Casa Revisora. Na grande maioria das vezes ocorre dessa forma, mas há exceções!
Apesar de tais intitulações darem uma falsa impressão de hierarquia entre o Senado 
Federal e a Câmara dos Deputados, já que, em tese, o Senado revisaria os atos exercidos 
pela Câmara dos Deputados, não existe predominância de uma Casa para a outra. Tanto a 
Câmara dos Deputados como o Senado Federal possuem igual importância no exercício do 
Poder Legislativo. Assim, chama-se o Senado Federal de Casa Revisora porque, em regra, a 
elaboração de um projeto de lei inicia-se na Câmara dos Deputados e, após ser aprovado por 
essa Casa Legislativa, é encaminhado para o Senado Federal. Nada impede, contudo, que 
um projeto de lei inicie-se no Senado, ocupando, este, o lugar de Casa Iniciadora, e a Câmara 
ocupe o papel de Casa Revisora.
A união das duas Casas legislativas (Senado e Câmara) configura o Congresso Nacional. Nos 
termos do art. 44 da CF, o Poder Legislativo seria exercido, dessa forma, pelo Congresso 
Nacional.
Cumpre-se destacar que, apesar de o Congresso Nacional ser formado pela união da 
Câmara dos Deputados e do Senado, cada um desses três organismos, responsáveis por 
exercer o Poder Legislativo, possuem competências próprias e bem delimitadas pelo texto 
constitucional.
ATENÇÃO!
No que tange ao processo eleitoral, o número de deputados estaduais depende do núme-
ro de deputados federais eleitos para a correspondente unidade federativa (fórmula de 
cálculo no art. 27, “caput”, da CF.)
Como já visto, o número de deputados federais varia de estado para estado. Dessa forma, é 
esse o critério definidor para que seja calculado, também, o número de deputados estaduais.
Nos estados com até 12 deputados federais, o cálculo é direto: multiplica-se o número de 
deputados federais por três e tem-se o número de vagas na Assembleia Legislativa; já nos 
estados com mais de 12 deputados federais, cada deputado federal equivale a um estadual.
Daí conclui-se que, para qualquer estado da federação cujo número de deputados federais 
exceda a 12, basta adicionar 24 a esse número e tem-se o total de deputados estaduais”.
Exemplo:
São Paulo tem 70 deputadosfederais -> 70 - 12 resulta em 58 -> que somado a 36 dá 94 
deputados estaduais (70 +24) -> Assim, o mínimo de parlamentares estaduais é 24 (3 
multiplicado por 8) e o máximo é de 94.
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2. Congresso Nacional
Órgão do Poder Legislativo, o Congresso Nacional, nos termos do art. 44 da CF, é composto 
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. A despeito disso, tem funções que devem 
ser exercidas só por ele, previstas na CF. Isto é, a Constituição designou competências que 
devem ser única e exclusivamente atribuídas ao Congresso.
As atribuições do Congresso Nacional estão discriminadas nos incisos do art. 48, da CF:
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o 
especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente 
sobre:
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões 
de curso forçado;
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas 
Assembleias Legislativas;
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
VIII - concessão de anistia;
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios 
e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; 
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o 
art. 84, VI, b; 
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; 
XII - telecomunicações e radiodifusão;
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 
150, II; 153, III; e 153, § 2º, I.
Além do art. 48 da CF, o art. 49, do mesmo texto legal, dispõe sobre as competências 
exclusivas do Congresso:
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Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou 
compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras 
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei 
complementar;
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder 
a quinze dias;
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma 
dessas medidas;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de 
delegação legislativa;
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 
39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o 
que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a 
execução dos planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os 
da administração indireta;
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra 
de riquezas minerais;
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e 
quinhentos hectares.
XVIII - decretar o estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 
167-F e 167-G desta Constituição.
Dentre as várias atribuições reservadas ao Congresso Nacional, destaca-se uma para melhor 
explicação. O art. 49, I da CF, define que compete única e exclusivamente ao Congresso Nacional 
aprovar tratados internacionais na forma do art. 5, §3, da CF. Destarte, não é suficiente a 
assinatura de um tratado internacional para que este seja integrado ao ordenamento jurídico 
brasileiro. É necessário, além da assinatura, a ratificação do tratado pelo Congresso Nacional, 
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por meio de um decreto legislativo, para que o tratado internacional firmado passe a fazer 
parte do ordenamento jurídico do país.
ATENÇÃO!
As atribuições do Congresso Nacional, previstas no art. 48 da CF, dependem de sanção 
presidencial para o seu aperfeiçoamento. Ou seja, é necessário que o Presidente da 
República referende as questões aprovadas pelo Congresso Nacional para que aquelas 
passem a produzir efeitos. Enquanto isso, as competências exclusivas do Congresso, 
descritas no art. 49, da CF, não dependem de manifestação do Presidente da República 
para se consumar, materializando-se por meio de decreto legislativo.
Ainda em relação ao art. 48, da CF, nota-se uma aparente oposição em seus incisos X e XI, em 
relação ao art. 84, VI, “b”, da Carga Magna. Entretanto, enquanto o art. 48, X e XI delibera que 
cabe ao Congresso Nacional a criação, transformação e extinção de cargos, empregos 
e funções públicas, o art. 84, VI, “b”, da CF, designa ao Presidente da República a função 
privativa de decidir quando a organização e funcionamento da administração federal, desde 
que, não haja implicação no aumento de despesas, nem criação e/ou extinção de órgãos 
públicos.
Em síntese, as funções do Congresso Nacional estão dispostas em dois artigos da Carta 
Magna, o art. 48 e o art. 49. No art. 48, estão descritas as competências que se sujeitam 
à sanções presidenciais, ou seja, que só se materializam após ratificação do Presidente da 
República. Já no art. 49, estão presentes as funções que devem ser exercidas tão somente 
pelo Congresso Nacional, não sendo necessário o aval presidencial, concretizadas mediante 
decreto legislativo.
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3. Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados é formada pelos deputados federais, classificados como 
“representantes do povo”. Os deputados recebem tal denominação pois são eleitos de 
acordo com as causas/bandeiras que defendem e não de acordo com o estado a que estão 
vinculados. Logo, quando eleitos, passam a ser representantes da parcela da população que 
os elegeram, sendo a Câmara dos Deputados o ramo popular do Poder Legislativo.
IMPORTANTE!
Apesar de não existir hierarquia entre a Câmara dos Deputados e o Senado Federal for-
malmente, a Câmara desfruta de certa primazia referente à iniciativa legislativa, pois 
é diante dela que o Presidente da República, o Supremo Tribunal Federal, o Superior 
Tribunal de Justiça e os cidadãos promovem a iniciativa do processo de elaboração das 
leis (art. 61 §2º e art. 64, ambos da CF).
Eleições para Deputados
As eleições para o cargo de deputado federal ocorrem pelo sistema proporcional (art. 45 §1º, 
da CF), pelo qual não necessariamente o deputado mais votado de fato será eleito.
Pelo sistema proporcional, surge a figura dos “puxadores devotos”. Alguns deputados 
recebem este nome pois conseguem, durante as eleições, muitos votos e, assim, ajudam a 
eleger companheiros de partido ou coligação que não atingiram a quantidade suficiente de 
votos para serem eleitos. Esses “puxadores de votos” geralmente são político conhecidos 
e, dessa forma, cobiçados por diferentes partidos, pois suas participações nas eleições 
garantem que outros deputados do mesmo partido venham a ser eleitos juntos. Existem 
vários exemplos de eleições anteriores que mostram esse tipo de situação. Caso conhecido 
ocorreu em 2002, com o deputado Enéas Carneiro, que conquistou 1,5 milhão de votos na 
eleição para deputado federal em São Paulo e levou para a Câmara outros quatro deputados 
do Prona, partido ao qual era filiado. O último eleito do Prona, naquela ocasião, recebeu 382 
votos. Em outras chapas no estado, candidatos que alcançaram mais de 100 mil votos não 
conseguiram se eleger devido à concorrência interna.
Em suma, não necessariamente os deputados mais votados serão eleitos, existindo 
uma combinação de cálculos de coeficientes eleitorais, nos quais consideram-se os votos 
atribuídos ao deputado votado, mais também ao seu partido político. Trata-se de sistema 
muito criticado pelos brasileiros.
A partir do sistema proporcional adotado nas eleições dos deputados federais, o número de 
deputados eleitos será proporcional à população de casa: estado ou distrito federal, e não 
pode nunca esse número ser menor que 8 ou maior que 70. Assim, estados muito populosos, 
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como o de São Paulo, possuem 70 deputados federais, já Roraima, menos populosa, tem 
apenas 8.
IMPORTANTE!
Apesar de, atualmente, o Brasil não apresentar nenhum Território Federal, caso algum seja 
criado, a este serão atribuídos quatro deputados.
Mandato
O mandato de cada deputado federal é de 4 anos, correspondente a uma legislatura. A 
renovação da candidatura é permitida de maneira irrestrita, ou seja, a cada quatro anos um 
deputado pode se candidatar novamente e ser eleito.
Requisitos para se candidatar ao cargo de Deputado Federal
Para se candidatar ao cargo de deputado federal existem requisitos a serem cumpridos:
1. Ser brasileiro(a), nato(a) ou naturalizado(a). Para o cargo de Presidente da Câmara, 
é necessário que o candidato(a) seja brasileiro(a) nato(a), uma vez que o presidente da 
Câmara pode vir a substituir o Presidente da República;
2. Ser maior de 21 anos;
3. Estar do exercício dos direitos políticos;
4. Possuir alistamento eleitoral;
5. Ter domicílio eleitoral da circunscrição. Ou seja, se o indivíduo quiser se candidatar a 
deputado federal de determinado estado, deve ter seu domicílio eleitoral no estado em 
questão;
6. Ser filiado a um partido político. O Brasil, ao contrário de alguns países, não admite as 
chamadas candidaturas independentes.
Competências da Câmara dos Deputados
O art. 51 da CF dispõe sobre as competências privativas da Câmara dos Deputados. Essas 
funções exclusivas dos deputados federais não dependem da manifestação do Presidente 
da República, ou seja, de sanção presidencial para produzir os efeitos esperados. Os atos 
praticados pelos deputados federais, descritos no art. 51 da CF, materializam-se em resoluções.
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Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente 
da República e os Ministros de Estado;
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional 
dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
III - elaborar seu regimento interno;
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, 
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados 
os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
Um caso exemplificativo do exercício de uma das funções desempenhadas única e 
exclusivamente pela Câmara dos Deputados foi o processo de Impeachment contra a ex-
presidente Dilma Rousseff. Foram os deputados federais, na função de julgar a admissibilidade 
dos crimes políticos praticados pelo Presidente da República, competência expressamente 
prevista no art. 51, I, da CF, que executaram a primeira fase do julgamento de Dilma Rousseff, 
materializado por meio de uma resolução. 
ATENÇÃO!
Quando se fala de competência única e exclusivamente desempenhada pela Câmara dos 
Deputados, não se está referindo a processos legislativos que passam pela Câmara e 
pelo Senado Federal.
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4. Senado Federal
O Senado Federal é composto por senadores. Estes não representam a parcela da população 
que os elegeram, mas sim o estado ou Distrito Federal em que foi eleito.
Apesar de ser chamado de Casa Revisional, o Senado Federal encontra-se hierarquicamente 
no mesmo nível em relação a Câmera dos Deputados, como visto em aula anterior. As 
duas Casas Legislativas são, portanto, igualmente importantes no desempenho do Poder 
Legislativo, em âmbito Federal, possuindo cada uma suas determinadas funções.
Eleições para o Cargo de Senador
As eleições para o cargo de senador não se dão pelo sistema proporcional adotado nas eleições 
do deputados federais. Utiliza-se, nesse caso, o sistema majoritário, a partir do cálculo 
simples dos votos, ou seja, os candidatos a senadores mais votados, em turnos únicos de 
votação, são eleitos. Não há segundo turno nas eleições para senadores. Pelo contrário, um 
candidato ao cargo de senador pode ser eleito com apenas 11% dos votos se for o candidato 
mais votado, por exemplo. Isso quer dizer que o mais votado é eleito, independentemente 
do número de votos que recebeu.
Como o Senado Federal representa os estados membros e o Distrito Federal, cada Unidade 
Federativa apresenta 3 senadores. Portanto, um total de 81 senadores. Cada um dos 
senadores eleitos apresenta 2 suplentes para seu cargo.
Mandato
O mandato do senador é de 8 anos, que corresponde a duas legislaturas, e não de 4 anos 
como a dos deputados federais. A renovação dos senadores ocorre a cada 4 anos, nas 
proporções de 1/3 e 2/3. Ou seja, em determinada eleição elege-se 1 senador e, na seguinte, 
2.
Um exemplo ilustrativo para elucidar a forma como os senadores são eleitos: se, hoje, eu elejo 
João para o cargo de senador de determinado estado, daqui a 4 anos, na próxima eleição, 
eu elejo Maria e Joana. Passando-se mais 4 anos, o mandato de João finaliza-se, e este 
precisará candidatar-se novamente caso queira concorrer para ocupar o cargo de senador 
mais uma vez, já que seu cargo será objeto de um novo pleito, uma nova eleição.
Requisitos para se Candidatar ao Cargo de Senador
Para candidatar-se ao cargo de senador, o indivíduo deve cumprir alguns requisitos pré-
determinados:
1. Ser brasileiro(a), nato(a) ou naturalizado(a). Para o cargo de Presidente do Senado 
também é necessário que o candidato(a) seja brasileiro(a) nato(a), uma vez que o este 
pode vir a substituir o Presidente da República;
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2. Ser maior de 35 anos. Essa é a mesma idade exigida para se candidatar à Presidência 
da República. 35 anos é a maioridade exigida para ocupar determinados cargos políti-
cos;
3. Estar no exercício dos direitos políticos;
4. Possuir alistamento eleitoral;
5. Ter domicílio eleitoral da circunscrição. Ou seja, se o indivíduo quiser se candidatar a 
senador de determinado estado, deve ter seu domicílio eleitoral no estado em questão;
6. Ser filiado a um partido político. O Brasil, ao contrário de países como os EUA, não 
admite as chamadas “candidaturas independentes”, nas quais o indivíduo se candidata 
sem estar filiado a qualquer partido político.
Competências Privativas do Senado Federal
As competências privativas do Senado Federal estão determinadas no art. 52 da CF.Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como 
os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma 
natureza conexos com aqueles; 
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e 
do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos 
crimes de responsabilidade;
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão 
diplomática de caráter permanente;
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Territórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder 
Público federal;
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I VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo 
e interno;
X - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios;
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do 
Supremo Tribunal Federal;
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República 
antes do término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, 
empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados 
os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus 
componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e 
dos Municípios. 
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal 
Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, 
à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais 
sanções judiciais cabíveis.
As funções referidas no artigo supracitado não dizem respeito às atribuições exercidas tanto 
pelo Senado como pela Câmera dos Deputados. O art. 52 da CF apenas dispõe sobre 
aquelas funções que apenas podem ser executadas pelos senadores. Um exemplo 
retirado do art. 52 da CF, é ser de competência do Senado a aprovação da nomeação de 
determinadas autoridades, como Ministros do STF, realizada pelo Presidente da República. 
Ou seja, o Presidente da República nomeia e o Senado Federal sabatina e aprova.
Tais competências, de iniciativa única e privativa dos senadores, não dependem de 
manifestação do Presidente da República para produzir os efeitos esperados. Essas funções 
se materializam por meio de resoluções.
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5. Sessões legislativas
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
O art. 57 da CF, estabelece que o Congresso Nacional   reunir-se-á anualmente, em 
Brasília, nos períodos de 2 de Fevereiro a 17 de Julho e de 1º de Agosto a 22 de Dezembro. 
Esses períodos do ano em que o Congresso Nacional se reúne são chamados de Sessão 
Legislativa Ordinária. Essa sessão ordinária é relativa ao ano legislativo em que o exercício do 
poder de legislar é exercido pela Câmara dos Deputados e Senado Federal.
As épocas do ano que não estão compreendidas nos períodos acima referidos são chamadas 
de recessos parlamentares. Durante o recesso parlamentar, é eleita uma comissão 
representativa do Congresso Nacional, com atribuições definidas em regimento comum (vide 
art. 57, §2ºda CF). Essas comissões representativas respondem pelo Congresso Nacional no 
período em que os membros desde estão sob recesso. De maneira bastante exemplificativa, 
as comissões representativas seriam um grupo de deputados e senadores selecionados para 
exercerem o papel do Congresso Nacional, ficando, estes, de “plantão” em Brasília enquanto 
os demais estariam de “férias” durante os períodos de recesso parlamentar.
SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA
Já a Sessão Legislativa Extraordinária ocorre mediante convocação, nos termos do art. 57, 
§6º da CF. A sessão extraordinária ocorre apenas em situações muito específicas em que 
o Congresso somente pode deliberar sobre matérias para as quais fora convocado (art. 57, 
§8ºda CF).
Não se admite o pagamento de parcela indenizatória a deputados federais 
ou senadores que tenham sido convocados a comparecer e participar de 
sessões extraordinárias. Assim, fica o senador e/ou deputado obrigados, em 
tese, a comparecer à Brasília, se convocados para sessão extraordinária, 
independentemente de onde estejam, sem receberem por isso qualquer 
quantia extra. O risco de eventualmente serem chamados para esse tipo de 
sessão já está previsto e calculado no salário dos senadores e deputados, 
não sendo permitido o pagamento de quantia aquém desse salário.
SESSÃO CONJUNTA
As Sessões Conjuntas são aquelas em que se verifica a reunião do Senado Federal e da 
Câmara dos Deputados para discutir sobre assuntos dispostos no art. 57, §3ºda CF. Entre as 
causas a serem discutidas nesse tipo de sessão legislativa estão: a inauguração de sessão 
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legislativa, elaboração de regimento comum das duas Casas (Câmara e Senado), recebimento 
de compromisso do Presidente da República e do Vice Presidente e o conhecimento do veto, 
e sobre ele deliberar (refere-se ao veto que o Presidente do país pode se opor à projetos de 
lei).  
SESSÃO PREPARATÓRIA
No dia 1º de Fevereiro de cada ano, ou seja, no dia que antecede o início da Sessão Legislativa 
Ordinária, cada uma das duas Casas Legislativas se reúnem em Sessão Preparatória para 
que seus membros tomem posse e para que ocorra a eleição das Mesas Diretoras. As Mesas 
do Senado e da Câmara têm mandato de 2 anos, sendo vedada a recondução para o 
mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.
As Mesas são órgão de direção da atividade legislativa desenvolvidas pela Câmara dos 
Deputados, Senado Federal e Congresso Nacional. Deve-se levar em conta que a com-
posição de tais Mesas deve exteriorizar a representação proporcional dos partidos ou 
blocos parlamentares que participam do Poder Legislativo.
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6. Comissões Parlamentares
Foi estudado anteriormente que o Poder Legislativo é composto, atualmente, por 513 
deputados e 81 senadores. Para que fosse dispensada a deliberação de todas as questões 
levadas a discussão por todos os membros do Poder Legislativo, foram criadas as Comissões 
Parlamentares. Essas comissões são compostas por um número geralmente restrito de 
membros, deputados e/ou senadores, encarregados de estudar e examinar as proposições 
legislativas e apresentar pareceres.
É por meio dessas comissões que o Congresso Nacional, Senado e Câmera exercem, direta e 
indiretamente, a função de legislar e de deliberar. Por exemplo: um projeto de lei que, paraser aprovado, necessite de aprovação da Câmera e do Senado, é apreciado, preliminarmente, 
por uma comissão parlamentar.
De acordo com o art. 58 da CF, as comissões parlamentares podem ser dividas em:
1. Comissões temáticas;
2. Comissões temporárias;
3. CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito);
4. Comissões mistas;
5. Comissões representativas.
COMISSÕES TEMÁTICAS
As comissões temáticas são permanentes, ou seja, não se extinguem com o cumprimento 
de sua finalidade. Essa comissões são organizadas em função da matéria a ser deliberada. 
São exemplos de comissões temáticas: Comissão de Direitos Humanos, Comissão de 
Constituição e Justiça. As competências atribuídas a esse tipo de comissão estão previstas 
no art. 58, §2º da CF.
COMISSÕES TEMPORÁRIAS
As comissões temporárias são criadas para a apreciação de matéria específica. Extinguem-
se com o término da legislatura (período de 4 anos) ou, antes dela, quando tenham cumprido 
a finalidade a que foram destinadas. As CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) são 
espécies de comissões temporárias.
COMISSÕES MISTAS
As comissões mistas são aquelas que se formam de Deputados e Senadores. Sua 
finalidade é estudar assuntos expressamente fixados, com destaque para aqueles que 
devam ser decididos pelo Congresso Nacional em sessão conjunta de suas Casas. Podem 
ser permanentes ou temporárias.
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COMISSÕES REPRESENTATIVAS
As comissões representativas são constituídas durante o recesso parlamentar, tendo 
como função representar o Congresso Nacional durante tal período.
Os parlamentares elegem na última sessão legislativa, para cada um dos períodos já estudados 
anteriormente (a sessão legislativa ordinária é constituída nos períodos de 2 de Fevereiro à 17 
de Julho e de 1º de Agosto à 22 de Dezembro), os membros que representarão o Congresso 
durante o recesso parlamentar. Por esse motivo chama-se comissão, pois, durante os 
períodos de recesso parlamentar, determinados parlamentares eleitos pelos seus próprios 
pares passaram a representar o Congresso Nacional como um todo, sem prejuízo das sessões 
extraordinárias que podem vir a ocorrer (as quais são convocados todos os parlamentares, 
sejam eles senadores e/ou deputados).
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7. Comissões parlamentares de inquérito
CPI – COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO
As Comissões Parlamentares de Inquérito são um tipo de comissão parlamentar temporária 
do Poder Legislativo. As CPIs podem ser criadas tanto pela Câmera dos Deputados como 
pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de pelo 
menos um terço de membros de cada Casa, o que corresponde a 171 deputados e 27 
senadores.
A formação de uma CPI tem como finalidade a apuração de um fato determinado, ou seja, 
não se pode criar uma CPI para investigar qualquer fato. As CPIs, dessa forma, não possui 
poderes universais, mas limitados à fatos determinados. Exemplo: não é permitido instaurar-
se uma CPI para iniciar uma apuração da corrupção no país. Esse fato não é considerado 
um fato determinado, mas sim genérico. Entretanto, pode-se criar uma CPI com o intuito de 
investigar a corrupção praticada por determinados agentes públicos em um determinado 
momento e em uma determinada repartição da administração pública.
O prazo para a conclusão de uma CPI também deve ser determinado, certo. Assim, a 
investigação realizada por meio de uma CPI não pode se estender por prazo indeterminado. 
Uma vez que a CPI é classificada como uma comissão parlamentar temporária, deve ter um 
prazo certo para concluir-se, não podendo ultrapassar, contudo, o período de uma legislatura 
(4 anos).
Ainda, a Comissão Parlamentar de Inquérito é instaurada para que seja realizada uma 
apuração de determinado fato e que, ao seu término, é redigido relatório final. Esse relatório é 
encaminhado para um membro do Ministério Público que poderá, eventualmente, de acordo 
com as circunstâncias do caso, buscar a responsabilização civil e/ou criminal dos infratores 
em questão.
Quanto aos poderes de atuação conferidos a uma CPI, estão relacionados a tudo que é permitido 
e possível no âmbito de um inquérito. Assim, as CPIs tem poderes de atos investigativos, não 
podendo, contudo, oferecer denúncia, uma vez que este é um procedimento de competência 
do Ministério Público. Além do mais, os atos de jurisdição reservados exclusivamente ao poder 
judiciário ficam vedados de serem realizados no contexto de uma CPI. A seguir, uma lista de 
atos impossíveis de serem praticados por uma comissão de inquérito:
1. Diligência de busca domiciliar;
2. Quebra de sigilo das comunicações telefônicas (o chamado “grampo”);
3. Ordem de prisão, salvo no caso de flagrante delito, situação em que qualquer cidadão pode decretar a prisão;
4. Medidas assecuratórias (Exemplos: sequestro de bens, arresto, etc.).
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Diante desses impedimentos, as CPIs tem poderes para efetuar:
1. Quebra de sigilo fiscal;
2. Quebra de sigilo bancário;
3. Quebra de sigilo de dados telefônicos. Como elencado acima, as CPIs não podem quebrar o sigilo das 
comunicações telefônicas, ou seja, ter acesso ao conteúdo das conversas travadas pelas pessoas as quais 
investiga, no entanto, elas podem quebrar o sigilo dos dados telefônicos do indivíduo investigado, ou seja, 
buscar informações, tais como: para quem a pessoa investigada telefonou, com quem ela se comunicou, etc.;
4. Ouvir testemunhas, sob pena de condução coercitiva;
5. Ouvir investigados ou indiciados.
Em suma, para se instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito é necessário o 
requerimento de, pelo menos, um terço dos membros das duas Casas Legislativas, ter por 
objeto de apuração um fato determinado e ter um prazo certo de funcionamento.
Por fim, as CPIs devem ser consideradas instrumentos políticos que desempenham papel 
de grande relevância na fiscalização e controle da Administração Pública, sendo bastante 
benéficas para a sociedade.  Dentre as CPIs que receberam grande destaque no país, está 
aquela que resultou no processo de Impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
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