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12 PODER EXECUTIVO

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PODER EXECUTIVO
ÍNDICE
1. ESTRUTURA .......................................................................................................................3
Apresentação do curso...................................................................................................................................................... 3
2. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ................................................................................. 4
Quais são as Funções do Presidente da República? ..............................................................4
3. RESPONSABILIDADE POLÍTICA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................5
4. VACÂNCIA E IMPEDIMENTO .......................................................................................7
Diferença entre vacância e impedimento? ............................................................................................................7
Quem pode substituir temporariamente o presidente da República em caso de impedi-
mento? .............................................................................................................................................................................................7
E quem pode suceder o presidente da República?........................................................................................7
5. RESPONSABILIDADE JURÍDICA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ................8
6. OUTROS ÓRGÃOS DO PODER EXECUTIVO ...........................................................9
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1. Estrutura
Apresentação do curso
Será feita uma análise do Poder Executivo nos diferentes entes federativos do Brasil: 
União, estados, Distrito Federal e municípios. Após, o foco se direcionará para a figura 
do presidente da República, suas funções, as hipóteses de vacância e impedimento, e 
as formas de responsabilização do presidente. Por fim, o curso se voltará ao estudo dos 
demais órgãos que integram o Poder Executivo, o Conselho da República, o Conselho da 
Defesa Nacional e os Ministérios.
ESTRUTURA DO PODER EXECUTIVO
Uma das características mais relevantes do Poder Executivo brasileiro é a sua hipertrofia. 
O chefe do Poder Executivo, no âmbito da União, é o presidente e o vice-presidente da 
República. O sistema de eleição para tais cargos é o voto direto do povo, observando-se 
o sistema majoritário absoluto para definição do resultado. Isso significa que para que 
um candidato seja eleito presidente da República ele precisa obter mais da metade dos 
votos válidos, por isso quando nenhum candidato alcança esses números no primeiro 
turno (que sempre ocorre no primeiro domingo de outubro do ano eleitoral), realiza-se 
um segundo turno (que sempre ocorre no último domingo de outubro do ano eleitoral).
A idade mínima para que alguém se torne presidente da República é 35 anos e o mandato 
é de 4 anos, sendo admitida uma reeleição para o período imediatamente subsequente.
Nos estados e no Distrito Federal, o chefe do Poder Executivo é o governador e o vice-
governador. O sistema de eleição é o mesmo daquele do presidente da República, voto 
direto do povo, seguindo-se o sistema majoritário absoluto. A idade mínima, contudo, é 
de 30 anos.
Quanto aos municípios, o chefe do executivo é o prefeito e o vice-prefeito, e o sistema 
de eleição dependerá da dimensão do município. Aqueles municípios que possuem 
menos de 200 mil eleitores (não habitantes, eleitores!) seguirão o sistema majoritário 
simples, ou seja, será eleito o candidato que receber mais votos válidos, mesmo que esse 
número não seja igual a mais da metade desses votos, não existindo, portanto, segundo 
turno. Para os municípios que possuem mais de 200 mil eleitores, segue-se o sistema 
majoritário absoluto, idêntico ao sistema de eleição do governador e do presidente da 
República. A idade mínima é bem menor do que para governador e presidente, sendo 
de 21 anos.
Em todos os cargos, presidente, governador e prefeito, o mandato é de 4 anos, sendo 
admitida uma reeleição para o período imediatamente subsequente, todavia, caso o 
candidato que já ocupou algum desses cargos esteja fora do governo por certo período, 
em âmbito de qualquer dos entes federativos, não há restrição para nova candidatura à 
eleição.
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2. O Presidente da República
Conforme já verificado, o presidente da República é eleito por meio do sistema majoritário 
absoluto, ou seja, é necessário que o candidato obtenha mais da metade dos votos 
válidos para ocupar o cargo, sendo realizado um segundo turno disputado entre os dois 
candidatos mais votados caso nenhum deles atinja o número necessário no primeiro 
turno, ressaltando-se que não são computados os votos brancos e nulos. Em caso de 
empate, será eleito o candidato mais velho. A posse do presidente da República ocorre 
em 1º de janeiro do ano seguinte ao da eleição.
É importante ressaltar que, no Brasil, a eleição de presidente e vice-presidente é 
vinculada, vota-se na chapa, presidente e vice-presidente, não há eleição independente, 
como ocorre em alguns países. A reeleição é permitida para o período imediatamente 
subsequente, sem prejuízo de concorrência a outras eleições após já estar o candidato 
afastado a uma legislatura. Nos Estados Unidos, por exemplo, isso não é possível, uma 
vez eleito presidente, o candidato nunca mais poderá se candidatar.
Quais são as Funções do Presidente da República?
O presidente da República tem suas funções definidas no art. 84 da Constituição Federal. 
Dentre as várias atribuições, é importante que se destaque:
 " Participação no processo legislativo, tanto iniciativa de um projeto de lei quanto deliberação, 
sendo-lhe possível a oposição do veto total ou parcial a um projeto de lei;
 " Edição de decretos e regulamentos para melhor execução das leis;
 " Atuação no plano internacional, por ser chefe de Estado (autoridade máxima em âmbito exter-
no);
 " Exercício da direção superior da administração federal, por ser chefe de Governo (autoridade 
máxima em âmbito interno);
 " Comando das Forças Armadas;
 " Nomeação de autoridades como Ministros do STF, Procurador Geral da República, Conselheiros 
do TCU, entre outros.
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3. Responsabilidade Política do Presidente da República
A responsabilidade política do presidente da República se dá pela ocorrência do 
impeachment. Isso ocorre quando o Poder Legislativo pune a conduta do presidente da 
República que cometeu crime de responsabilidade, ou seja, é o Poder Legislativo quem 
julga nesse caso, e não o Poder Judiciário. Os crimes de responsabilidade estão previstos 
no art. 85 da Constituição Federal:
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a 
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes 
constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e 
julgamento.
É a Lei 1.079/1950 que define os crimes de responsabilidade.
Se o presidente da República cometer um crime comum, ele não sofrerá processo de 
impeachment. Apenas na ocorrência de crimes de responsabilidade que desencadeia 
um processo de impeachment.
Ademais, não é apenas o presidente da república que sofre impeachment, outras 
autoridades também podem passar por esse processo, tais como governadores, prefeitos 
e ministros do Supremo Tribunal Federal.
O impeachment é um procedimento bifásico:
 " 1ª fase: qualquer cidadão poderá oferecer denúncia acerca da ocorrência de crime de respon-
sabilidade, e será feito um juízo de admissibilidade na Câmara dos Deputados, sendo necessária 
maioria de 2/3de seus membros para admiti-la;
 " 2ª fase: é feito um juízo de mérito no Senado Federal, pela maioria de 2/3 de seus membros, 
decide pela realização do impeachment, em uma verdadeira atividade judicial, e a sessão é presidida 
pelo ministro presidente do Supremo Tribunal Federal.
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O presidente fica suspenso de suas funções após a instauração do processo pelo 
Senado Federal. Se decorridos 180 dias e o julgamento não estiver concluído, cessa-se o 
afastamento e o presidente retornará ao cargo, sem prejuízo do regular prosseguimento 
do processo.
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4. Vacância e Impedimento
A vacância e o impedimento são ambos conceitos relacionados a situações nas quais o 
presidente da República fica impossibilitado de exercer o cargo.
Diferença entre vacância e impedimento?
Nas hipóteses de impedimento, trata-se de uma impossibilidade temporária, por exemplo, 
férias, problemas de saúde, saída do país, etc. Já as hipóteses de vacância tratam-se de 
impossibilidades definitivas, por exemplo em caso de renúncia, impeachment, morte, 
etc.
Outrossim, a consequência do impedimento do presidente é apenas a sua substituição.
Quem pode substituir temporariamente o presidente da República em 
caso de impedimento?
Serão substitutos, nessa ordem:
 " O vice-presidente;
 " O presidente da Câmara dos Deputados;
 " O presidente do Senado Federal;
 " O ministro presidente do Supremo Tribunal Federal.
Quando ocorre a vacância, a consequência é a sucessão do presidente da República.
E quem pode suceder o presidente da República?
Apenas o vice-presidente da República pode suceder o presidente da República!
Quando ocorre a dupla vacância, ou seja, tanto presidente quanto vice-presidente estão 
definitivamente impossibilitados de exercer seus cargos, são convocadas novas eleições, 
que podem se dar de duas maneiras:
 " Diretas, se a segunda vacância ocorreu nos dois primeiros anos do mandato presidencial, con-
vocadas 90 dias após a dupla vacância;
 " Indiretas, se a segunda vacância ocorreu nos dois últimos anos do mandato presidencial, convo-
cadas 30 dias após a dupla vacância.
Em ambos os casos, o mandato será o chamado “tampão”, ou seja, o candidato eleito 
apenas completa o mandato do presidente antecessor.
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5. Responsabilidade Jurídica do Presidente da República
A responsabilidade jurídica do presidente da República não está atrelada ao cometimento 
dos crimes de responsabilidade, mas ao cometimento de crimes comuns. A competência 
para julgamento do presidente nesses casos é do Supremo Tribunal Federal.
Deve ser ressaltado o enunciado do art. 86, § 4º 
Art. 86. O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos 
estranhos ao exercício de suas funções”
Isso significa que para que o presidente da República seja responsabilizado juridicamente 
e julgado pelo STF por infrações penais comuns, é necessário que essas infrações 
estejam relacionadas ao cargo de presidente da República. Caso o presidente cometa 
alguma infração penal que não possui relação com o cargo, não significa que não haverá 
responsabilização, mas esta ficará suspensa até o final de seu mandato. 
O procedimento para responsabilização jurídica do presidente é semelhante ao 
procedimento de responsabilização política. Divide-se em duas fases:
 " 1ª fase: assim como na responsabilização política, é a Câmara dos Deputados quem fará um 
juízo de admissibilidade da denúncia ou queixa, sendo necessária maioria de 2/3 de seus membros 
para admissão;
 " 2ª fase: quem fará o juízo de mérito é o Supremo Tribunal Federal, pela maioria qualificada de 
2/3 de seus membros.
Após a instauração do processo pelo Supremo Tribunal Federal o presidente ficará 
suspenso de todas as suas funções e, se decorrido o prazo de 180 dias, o julgamento 
não estiver concluído, o afastamento do presidente cessa, sem prejuízo do regular 
prosseguimento do processo.
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6. Outros Órgãos do Poder Executivo
O Conselho da República, o Conselho de Defesa Nacional e os Ministérios são os demais 
órgãos que fazem parte do Poder Executivo.
O Conselho da República é um órgão consultivo que necessariamente deve ser ouvido na 
tomada de decisão do presidente da República em caso de intervenção federal, estado 
de sítio, estado de defesa e questões relevantes para a estabilidade das instituições 
democráticas, mas não vincula essa decisão. O Conselho da República é composto 
pelo vice-presidente da República, presidente da Câmara dos Deputados, presidente do 
Senado Federal, líderes da maioria e da minoria da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal e seis brasileiros natos (devem possuir mais de 35 anos, reputação ilibada, e 
ocupam o cargo por três anos).
O Conselho de Defesa Nacional também é um órgão consultivo, o presidente da 
República é obrigado a conhecer o parecer do órgão, mas não a segui-lo, em caso 
de declaração de guerra ou celebração da paz, estado de sítio, estado de defesa e 
intervenção federal, e qualquer questão relacionada à defesa nacional. O Conselho de 
Defesa Nacional é formado pelo vice-presidente da República, presidente da Câmara 
dos Deputados, presidente do Senado Federal, ministro da Justiça, ministro da Defesa, 
ministro das Relações Exteriores, ministro do Planejamento e comandantes da Marinha, 
Exército e Aeronáutica.
Por fim, os Ministérios são órgãos que possuem a função de orientação, coordenação e 
supervisão dos órgãos e entidades da Administração Pública na área de sua competência 
(Ministério do Transporte, Ministério da Cultura, etc.). Os ministros devem ser sempre 
brasileiros, maiores de 21 anos e no pleno exercício de seus direitos políticos, e podem 
expedir instruções para regulamentar a execução das leis, decretos e regulamentos.
Deve-se ressaltar que não é necessário ser brasileiro nato para ocupar um cargo de 
ministro, é possível que um brasileiro naturalizado seja ministro de Estado, salvo para o 
cargo de ministro da Defesa, para o qual existe a exigência de ser brasileiro nato.
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