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www.trilhante.com.br PODER EXECUTIVO ÍNDICE 1. ESTRUTURA .......................................................................................................................3 Apresentação do curso...................................................................................................................................................... 3 2. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ................................................................................. 4 Quais são as Funções do Presidente da República? ..............................................................4 3. RESPONSABILIDADE POLÍTICA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................5 4. VACÂNCIA E IMPEDIMENTO .......................................................................................7 Diferença entre vacância e impedimento? ............................................................................................................7 Quem pode substituir temporariamente o presidente da República em caso de impedi- mento? .............................................................................................................................................................................................7 E quem pode suceder o presidente da República?........................................................................................7 5. RESPONSABILIDADE JURÍDICA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ................8 6. OUTROS ÓRGÃOS DO PODER EXECUTIVO ...........................................................9 www.trilhante.com.br 3 1. Estrutura Apresentação do curso Será feita uma análise do Poder Executivo nos diferentes entes federativos do Brasil: União, estados, Distrito Federal e municípios. Após, o foco se direcionará para a figura do presidente da República, suas funções, as hipóteses de vacância e impedimento, e as formas de responsabilização do presidente. Por fim, o curso se voltará ao estudo dos demais órgãos que integram o Poder Executivo, o Conselho da República, o Conselho da Defesa Nacional e os Ministérios. ESTRUTURA DO PODER EXECUTIVO Uma das características mais relevantes do Poder Executivo brasileiro é a sua hipertrofia. O chefe do Poder Executivo, no âmbito da União, é o presidente e o vice-presidente da República. O sistema de eleição para tais cargos é o voto direto do povo, observando-se o sistema majoritário absoluto para definição do resultado. Isso significa que para que um candidato seja eleito presidente da República ele precisa obter mais da metade dos votos válidos, por isso quando nenhum candidato alcança esses números no primeiro turno (que sempre ocorre no primeiro domingo de outubro do ano eleitoral), realiza-se um segundo turno (que sempre ocorre no último domingo de outubro do ano eleitoral). A idade mínima para que alguém se torne presidente da República é 35 anos e o mandato é de 4 anos, sendo admitida uma reeleição para o período imediatamente subsequente. Nos estados e no Distrito Federal, o chefe do Poder Executivo é o governador e o vice- governador. O sistema de eleição é o mesmo daquele do presidente da República, voto direto do povo, seguindo-se o sistema majoritário absoluto. A idade mínima, contudo, é de 30 anos. Quanto aos municípios, o chefe do executivo é o prefeito e o vice-prefeito, e o sistema de eleição dependerá da dimensão do município. Aqueles municípios que possuem menos de 200 mil eleitores (não habitantes, eleitores!) seguirão o sistema majoritário simples, ou seja, será eleito o candidato que receber mais votos válidos, mesmo que esse número não seja igual a mais da metade desses votos, não existindo, portanto, segundo turno. Para os municípios que possuem mais de 200 mil eleitores, segue-se o sistema majoritário absoluto, idêntico ao sistema de eleição do governador e do presidente da República. A idade mínima é bem menor do que para governador e presidente, sendo de 21 anos. Em todos os cargos, presidente, governador e prefeito, o mandato é de 4 anos, sendo admitida uma reeleição para o período imediatamente subsequente, todavia, caso o candidato que já ocupou algum desses cargos esteja fora do governo por certo período, em âmbito de qualquer dos entes federativos, não há restrição para nova candidatura à eleição. www.trilhante.com.br 4 2. O Presidente da República Conforme já verificado, o presidente da República é eleito por meio do sistema majoritário absoluto, ou seja, é necessário que o candidato obtenha mais da metade dos votos válidos para ocupar o cargo, sendo realizado um segundo turno disputado entre os dois candidatos mais votados caso nenhum deles atinja o número necessário no primeiro turno, ressaltando-se que não são computados os votos brancos e nulos. Em caso de empate, será eleito o candidato mais velho. A posse do presidente da República ocorre em 1º de janeiro do ano seguinte ao da eleição. É importante ressaltar que, no Brasil, a eleição de presidente e vice-presidente é vinculada, vota-se na chapa, presidente e vice-presidente, não há eleição independente, como ocorre em alguns países. A reeleição é permitida para o período imediatamente subsequente, sem prejuízo de concorrência a outras eleições após já estar o candidato afastado a uma legislatura. Nos Estados Unidos, por exemplo, isso não é possível, uma vez eleito presidente, o candidato nunca mais poderá se candidatar. Quais são as Funções do Presidente da República? O presidente da República tem suas funções definidas no art. 84 da Constituição Federal. Dentre as várias atribuições, é importante que se destaque: " Participação no processo legislativo, tanto iniciativa de um projeto de lei quanto deliberação, sendo-lhe possível a oposição do veto total ou parcial a um projeto de lei; " Edição de decretos e regulamentos para melhor execução das leis; " Atuação no plano internacional, por ser chefe de Estado (autoridade máxima em âmbito exter- no); " Exercício da direção superior da administração federal, por ser chefe de Governo (autoridade máxima em âmbito interno); " Comando das Forças Armadas; " Nomeação de autoridades como Ministros do STF, Procurador Geral da República, Conselheiros do TCU, entre outros. www.trilhante.com.br 5 3. Responsabilidade Política do Presidente da República A responsabilidade política do presidente da República se dá pela ocorrência do impeachment. Isso ocorre quando o Poder Legislativo pune a conduta do presidente da República que cometeu crime de responsabilidade, ou seja, é o Poder Legislativo quem julga nesse caso, e não o Poder Judiciário. Os crimes de responsabilidade estão previstos no art. 85 da Constituição Federal: Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. É a Lei 1.079/1950 que define os crimes de responsabilidade. Se o presidente da República cometer um crime comum, ele não sofrerá processo de impeachment. Apenas na ocorrência de crimes de responsabilidade que desencadeia um processo de impeachment. Ademais, não é apenas o presidente da república que sofre impeachment, outras autoridades também podem passar por esse processo, tais como governadores, prefeitos e ministros do Supremo Tribunal Federal. O impeachment é um procedimento bifásico: " 1ª fase: qualquer cidadão poderá oferecer denúncia acerca da ocorrência de crime de respon- sabilidade, e será feito um juízo de admissibilidade na Câmara dos Deputados, sendo necessária maioria de 2/3de seus membros para admiti-la; " 2ª fase: é feito um juízo de mérito no Senado Federal, pela maioria de 2/3 de seus membros, decide pela realização do impeachment, em uma verdadeira atividade judicial, e a sessão é presidida pelo ministro presidente do Supremo Tribunal Federal. www.trilhante.com.br 6 O presidente fica suspenso de suas funções após a instauração do processo pelo Senado Federal. Se decorridos 180 dias e o julgamento não estiver concluído, cessa-se o afastamento e o presidente retornará ao cargo, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. www.trilhante.com.br 7 4. Vacância e Impedimento A vacância e o impedimento são ambos conceitos relacionados a situações nas quais o presidente da República fica impossibilitado de exercer o cargo. Diferença entre vacância e impedimento? Nas hipóteses de impedimento, trata-se de uma impossibilidade temporária, por exemplo, férias, problemas de saúde, saída do país, etc. Já as hipóteses de vacância tratam-se de impossibilidades definitivas, por exemplo em caso de renúncia, impeachment, morte, etc. Outrossim, a consequência do impedimento do presidente é apenas a sua substituição. Quem pode substituir temporariamente o presidente da República em caso de impedimento? Serão substitutos, nessa ordem: " O vice-presidente; " O presidente da Câmara dos Deputados; " O presidente do Senado Federal; " O ministro presidente do Supremo Tribunal Federal. Quando ocorre a vacância, a consequência é a sucessão do presidente da República. E quem pode suceder o presidente da República? Apenas o vice-presidente da República pode suceder o presidente da República! Quando ocorre a dupla vacância, ou seja, tanto presidente quanto vice-presidente estão definitivamente impossibilitados de exercer seus cargos, são convocadas novas eleições, que podem se dar de duas maneiras: " Diretas, se a segunda vacância ocorreu nos dois primeiros anos do mandato presidencial, con- vocadas 90 dias após a dupla vacância; " Indiretas, se a segunda vacância ocorreu nos dois últimos anos do mandato presidencial, convo- cadas 30 dias após a dupla vacância. Em ambos os casos, o mandato será o chamado “tampão”, ou seja, o candidato eleito apenas completa o mandato do presidente antecessor. www.trilhante.com.br 8 5. Responsabilidade Jurídica do Presidente da República A responsabilidade jurídica do presidente da República não está atrelada ao cometimento dos crimes de responsabilidade, mas ao cometimento de crimes comuns. A competência para julgamento do presidente nesses casos é do Supremo Tribunal Federal. Deve ser ressaltado o enunciado do art. 86, § 4º Art. 86. O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções” Isso significa que para que o presidente da República seja responsabilizado juridicamente e julgado pelo STF por infrações penais comuns, é necessário que essas infrações estejam relacionadas ao cargo de presidente da República. Caso o presidente cometa alguma infração penal que não possui relação com o cargo, não significa que não haverá responsabilização, mas esta ficará suspensa até o final de seu mandato. O procedimento para responsabilização jurídica do presidente é semelhante ao procedimento de responsabilização política. Divide-se em duas fases: " 1ª fase: assim como na responsabilização política, é a Câmara dos Deputados quem fará um juízo de admissibilidade da denúncia ou queixa, sendo necessária maioria de 2/3 de seus membros para admissão; " 2ª fase: quem fará o juízo de mérito é o Supremo Tribunal Federal, pela maioria qualificada de 2/3 de seus membros. Após a instauração do processo pelo Supremo Tribunal Federal o presidente ficará suspenso de todas as suas funções e, se decorrido o prazo de 180 dias, o julgamento não estiver concluído, o afastamento do presidente cessa, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. www.trilhante.com.br 9 6. Outros Órgãos do Poder Executivo O Conselho da República, o Conselho de Defesa Nacional e os Ministérios são os demais órgãos que fazem parte do Poder Executivo. O Conselho da República é um órgão consultivo que necessariamente deve ser ouvido na tomada de decisão do presidente da República em caso de intervenção federal, estado de sítio, estado de defesa e questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas, mas não vincula essa decisão. O Conselho da República é composto pelo vice-presidente da República, presidente da Câmara dos Deputados, presidente do Senado Federal, líderes da maioria e da minoria da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e seis brasileiros natos (devem possuir mais de 35 anos, reputação ilibada, e ocupam o cargo por três anos). O Conselho de Defesa Nacional também é um órgão consultivo, o presidente da República é obrigado a conhecer o parecer do órgão, mas não a segui-lo, em caso de declaração de guerra ou celebração da paz, estado de sítio, estado de defesa e intervenção federal, e qualquer questão relacionada à defesa nacional. O Conselho de Defesa Nacional é formado pelo vice-presidente da República, presidente da Câmara dos Deputados, presidente do Senado Federal, ministro da Justiça, ministro da Defesa, ministro das Relações Exteriores, ministro do Planejamento e comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica. Por fim, os Ministérios são órgãos que possuem a função de orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da Administração Pública na área de sua competência (Ministério do Transporte, Ministério da Cultura, etc.). Os ministros devem ser sempre brasileiros, maiores de 21 anos e no pleno exercício de seus direitos políticos, e podem expedir instruções para regulamentar a execução das leis, decretos e regulamentos. Deve-se ressaltar que não é necessário ser brasileiro nato para ocupar um cargo de ministro, é possível que um brasileiro naturalizado seja ministro de Estado, salvo para o cargo de ministro da Defesa, para o qual existe a exigência de ser brasileiro nato. www.trilhante.com.br /trilhante /trilhante /trilhante Poder Executivo http://www.facebook.com/trilhante http://www.instagram.com/trilhante http://www.facebook.com/trilhante http://instagram.com/trilhante http://www.youtube.com/trilhante
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