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25 PRÁTICA - MANDADO DE SEGURANÇA

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www.trilhante.com.br
MANDADO DE 
SEGURANÇA - PEÇA 
PRÁTICA
ÍNDICE
1. MANDADO DE SEGURANÇA ........................................................................................3
Fundamentação ...................................................................................................................................................................... 3
Procedimento .............................................................................................................................................................................7
Medida Cautelar........................................................................................................................................................................7
Apontamentos finais ............................................................................................................................................................9
2. MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO ................................................................10
Previsão legal ........................................................................................................................................................................... 10
Medida Cautelar......................................................................................................................................................................12
Pedidos .........................................................................................................................................................................................12
Recursos ......................................................................................................................................................................................13
Diferenças entre Mandado de Segurança Individual e Coletivo ..........................................................13
Objetivo do Mandado de Segurança Coletivo .................................................................................................14
Mandado de Segurança Coletivo ou Ação Civil Pública? .........................................................................15
3. IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA ......................................................................................... 17
Caso 1 – OAB/FGV XV - 2015 .......................................................................................................................................17
Caso 2 – OAB/FGV 2010.2 ..............................................................................................................................................18
Caso 3 – OAB/CESPE 2010.1 .........................................................................................................................................19
4. MODELO DE MANDADO DE SEGURANÇA ............................................................21
Como redigir um Mandado de Segurança? .......................................................................................................21
www.trilhante.com.br 3
1. Mandado de Segurança
Fundamentação
O Mandado de Segurança é um Remédio Constitucional, ou seja, ele deve ser utilizado 
para assegurar o cumprimento de direitos garantidos na constituição, remediando 
quaisquer inobservâncias deles.
Cabe dizer que o objetivo de Mandado de Segurança é promover a garantia de direitos 
líquidos e certos.
Estes direitos líquidos e certos podem ser pleiteados através do mandado de segurança 
quando forem transgredidos por autoridade pública ou pessoa jurídica que pratique 
atividade pública. A transgressão destes direitos deve ter ocorrido com ilegaligade ou 
abuso de poder.
Para que? Por quem? Como?
Pleitear direito 
líquido e certo
Transgredidos por autoridade pública ou pessoa 
jurídica no exercício das atribuições do Poder 
Público
Por ilegalidade ou 
abuso de poder
O Mandado de Segurança tem caráter residual, ou seja, é utilizado quando não for 
possível pleitear o direito através de outro remédio constitucional (como habeas corpus 
e habeas data). Em outras palavras, é residual porque utilizado em último caso.
PREVISÃO LEGISLATIVA
Art. 5º, LXIX da Constituição Federal.
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
O Mandado de Segurança é regulado por lei específica: Lei 12.016/09.
Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física 
ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria 
for e sejam quais forem as funções que exerça.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12016.htm
www.trilhante.com.br 4
NATUREZA CIVIL
O Mandado de Segurança protegerá o direito líquido e certo independentemente do 
âmbito em que este foi transgredido (judicial ou administrativo).
Cumpre destacar que o Mandado de Segurança, por ter natureza civil, não questiona/
apura a hipótese de o ato constituir crime ou não, tampouco atribui indenização a quem 
sofreu lesão ao direito.
O objetivo do Mandado de Segurança, então, é somente de invalidar atos de autoridade 
ou suprimir efeitos da omissão administrativa que causem lesão a direito líquido e certo, 
por ilegalidade ou abuso de poder.
Exemplo 1: João deseja fechar a sua empresa. A documentação e pagamento de 
tributos da sua empresa estão em dia, não havendo qualquer irregularidade ou óbice ao 
fechamento dela. Ao comparecer ao órgão competente para promover a extinção de 
sua empresa, referido órgão denega o pedido sem justificativas legais, obrigando João a 
manter a empresa ativa pagando tributos, etc.
João pode impetrar Mandado de Segurança requerendo que seu direito líquido e certo 
(de fechar a sua empresa quando quiser) seja protegido. Isto porque, ao denegar o 
fechamento, a autoridade competente agiu com ilegalidade/abuso de poder (uma vez 
cumpridos os necessários requisitos, não há que se falar em discricionariedade do Poder 
Público em manter a empresa privada aberta).
Exemplo 2: Maria fez curso de Direito em uma universidade privada. Ao concluir o curso, 
tendo cumprido todas as matérias da grade curricular e ter sido aprovada em seu trabalho 
de conclusão, a Universidade se negou a expedir seu diploma.
Desta feita, Maria pode impetrar Mandado de Segurança requerendo a efetivação do seu 
direito líquido e certo de ter seu diploma expedido, pois a autoridade (neste caso, pessoa 
jurídica de direito privado exercendo atividade do Pode Público – educação) agiu com 
ilegalidade/abuso de poder ao negar injustamente a expedição do diploma à aluna.
REQUISITOS DO MANDADO DE SEGURANÇA
Direito líquido e certo: aquele que pode ser demonstrado mediante prova pré-constituída, 
sem necessidade de dilação probatória.
• Não há instrução probatória no procedimento do Mandado de Segurança! Ora, se 
ele só remedia inobservância de direito líquido e certo, se direito líquido é aquele 
auferível, e certo é aquele sobre o qual já se tem certeza, não há porque se falar 
em instrução probatória.
Ilegalidade ou abuso de poder: ato administrativo vinculado ou discricionário, perpetrado 
por autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de função pública.
https://www.perguntedireito.com.br/550/diferenca-administrativo-administrativo-discricionario
www.trilhante.com.br 5
LEGITIMIDADE ATIVA
Será daquele que demonstrar ser titular do direito líquido e certo transgredido (o qual 
não pode ser amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data).
• Pessoa física (brasileira ou estrangeira)
• Pessoa jurídica (pública ou privada)
• Órgãos públicos despersonalizados, mas com capacidade processual (mesas do 
Legislativo, chefias doExecutivo, etc.)
• Universalidade de bens (espólio, herança, massa falida, condomínio)
• Ministério Público.
Art. 1º, § 3o Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá 
requerer o mandado de segurança.
Atenção: este caso não se confunde com o mandado de segurança coletivo, que 
veremos mais adiante (art. 21 da Lei 12.016/09).
LEGITIMIDADE PASSIVA
Deve figurar no polo passivo do Mandado de Segurança a autoridade ou agente de 
pessoa jurídica que agiu com ilegalidade ou abuso de poder.
Art. 6º, §3º Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual 
emane a ordem para a sua prática.
Art. 1º, §1º Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos 
políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou 
as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas 
atribuições.
COMPETÊNCIA
A competência para julgamento do Mandado de Segurança depende da autoridade 
coatora.
Competência Dispositivo Legal Hipóteses
www.trilhante.com.br 6
Supremo 
Tribunal Federal
Art. 102, I, “d” 
da Constituição 
Federal
Atos do Presidente da República, das Mesas da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do 
Tribunal de Contas da União, do Procurador Geral da 
República e do próprio Supremo Tribunal Federal.
Superior 
Tribunal de 
Justiça
Art. 105, I, “b” 
da Constituição 
Federal
Atos de Ministros de Estado, dos Comandantes da 
Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio 
Superior Tribunal de Justiça.
Tribunal 
Regional Federal
Art. 108, I, “c” 
da Constituição 
Federal
Ato de Juiz Federal ou do próprio Tribunal Regional 
Federal.
Juiz Federal
Art. 109, VIII da 
Constituição 
Federal
Atos de autoridade federal, excetuados os casos de 
competência dos Tribunais Federais.
Tribunais
Súmula 41/STJ e 
Súmula 624/STF
Atos dos próprios Tribunais
Súmula 41/STJ: O Superior Tribunal de Justiça não tem competência para processar 
e julgar, originariamente, mandado de segurança contra ato de outros tribunais ou dos 
Respectivos órgãos.
Súmula 624/STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente 
de mandado de segurança contra atos de outros tribunais.
Se a autoridade coatora for Estadual ou Municipal: a competência dependerá da 
Constituição do Estado.
Caso a prova não descreva a disposição da constituição do Estado, usa-se a simetria 
constitucional. Consiste esta no dever de se buscar a similaridade, nos modelos normativos 
dos estados, com o constitucionalmente estabelecido para a União.
Se o ato ilegal for emanado por Governador, órgãos Estaduais: competência do Tribunal 
de Justiça.
Se o ato ilegal for emanado por Prefeito, órgãos Municipais: competência da Vara Cível 
ou Vara da Fazenda Pública.
Se a autoridade coatora for Federal: competência das Varas Federais/juízes federais.
Art. 2º Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem patrimonial do ato 
contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela controlada. 
Lei 12.016/09
http://emporiododireito.com.br/produto/livros/o-principio-da-simetria-constitucional-e-a-autonomia-dos-estados-membros-uma-analise-a-partir-da-constituicao-do-estado-do-maranhao
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www.trilhante.com.br 7
Procedimento
PETIÇÃO INICIAL
1. Deve preencher os requisitos descritos no artigo 319 do Código de Processo 
Civil
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição 
no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o 
domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
2. Deve indicar o órgão e a pessoa jurídica a ele vinculada.
Exemplo: Presidente da República -> União Federal
3. Caso o direito líquido e certo possa ser provado apenas por documento que 
está em posse de autoridade ou de terceiro, se este recusar-se a fornecer o do-
cumento, o juiz requisitará sua exibição em 10 dias.
Se a autoridade que se estiver negando a fornecer o documento for a própria autoridade 
coatora (autoridade do polo passivo do Mandado de Segurança), o juiz fará a requisição 
na notificação (citação).
Art. 6º, § 1º No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou 
estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de 
terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia 
autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias 
do documento para juntá-las à segunda via da petição. Lei 12.016/09
§ 2º Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio 
instrumento da notificação. Lei 12.016/09
Medida Cautelar
É possível requerer medida cautelar no Mandado de Segurança!
Requisitos: fumus boni iuris -> plausibilidade do direito
http://www.normaslegais.com.br/juridico/medida-cautelar.htm
www.trilhante.com.br 8
periculum in mora -> “perigo na demora”: possibilidade de que a medida torne-se ineficaz 
se for atendida apenas ao final do processo.
Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato 
impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do 
impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. Lei 
12.016/09
Se a liminar for concedida e, consequentemente, o ato impugnado for suspenso, as 
autoridades devem ser avisadas dentro de 48 horas sobre a suspensão.
Art. 9º As autoridades administrativas, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da notificação da medida 
liminar, remeterão ao Ministério ou órgão a que se acham subordinadas e ao Advogado-Geral da União 
ou a quem tiver a representação judicial da União, do Estado, do Município ou da entidade apontada 
como coatora cópia autenticada do mandado notificatório, assim como indicações e elementos outros 
necessários às providências a serem tomadas para a eventual suspensão da medida e defesa do ato 
apontado como ilegal ou abusivo de poder Lei 12.016/09
Hipótese de não concessão de liminar: Art. 7º, §2º da Lei 12.016/09
• Compensação de créditos tributários
• Entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior
• Reclassificação ou equiparação de servidores públicos
• Concessão de aumento ou a extensão de vantagens, ou pagamento de qualquer 
natureza
O pedido na petição do Mandado de Segurança deve destrinchar o artigo 7º da Lei 
12.016/09, requerendo:
1. Notificação da autoridade coatora para prestar informações em 10 dias
2. Seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da autoridade 
coatora, para que ingresse no feito
3. Suspensão do ato coator, caso seja relevante requerer a liminar.
 " Se concedida liminar, que se cumpram as determinações do artigo 9º (aviso em 48 horas)
4. Intimação do Ministério Público para opinar em 10 dias (art. 12)
5. Exibição de documento, se autoridade se negar a fornecer (art. 6º, §§ 1º e 2º)
6. Concessão definitiva da segurança para anular o ato coator e proteger defini-
tivamente o direito líquido e certo transgredido.
www.trilhante.com.br 9
Apontamentos finais
• Prazo decadencialde 120 dias para impetrar o Mandado de Segurança, contados 
da ciência do interessado sobre o ato.
• Contra decisão que negar ou deferir o pedido liminar, cabe recurso de agravo de 
instrumento (art. 7º, §1º).
• Da decisão que indeferir a petição inicial, denegar ou conceder a segurança 
(sentença), cabe recurso de apelação (art. 14).
https://www.trilhante.com.br/curso/recursos-no-processo-civil/aula/agravo-de-instrumento-4
https://www.trilhante.com.br/curso/recursos-no-processo-civil/aula/agravo-de-instrumento-4
https://www.trilhante.com.br/curso/recursos-no-processo-civil/aula/apelacao-3
www.trilhante.com.br 10
2. Mandado de Segurança Coletivo
Previsão legal
Art. 5º, LXX da Constituição Federal
Também é regulamentado pela Lei do Mandado de Segurança (Lei 12.016/09), previsto 
mais especificamente no artigo 21 da referida lei.
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação 
no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade 
partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de 
parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas 
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
LEGITIMIDADE ATIVA
O Mandado de Segurança coletivo pode ser impetrado por:
1. Partido Político com representação no Congresso Nacional – pelo menos um 
senador no Senado OU um deputado federal na Câmara.
2. Organização sindical – o mesmo que Sindicatos
3. Entidade de classe – representantes de categorias. Ex: Coren (enfermeiros), 
CREA (engenheiros), etc.
4. Associações – devem ter sido constituídas e estarem em funcionamento a, 
pelo menos, um ano
Semelhanças entre Mandado de Segurança Individual e Coletivo
1. Requisitos: reivindicar direito líquido e certo; tenha havido ato cometido com 
abuso de poder ou ilegalidade; seja a maneira residual de se pleitear a obser-
vância do direito (direito não amparado por habeas corpus ou habeas data)
2. Legitimidade passiva: autoridade coatora que praticou ato impugnado.
Art. 6º, §3º Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual 
emane a ordem para a sua prática. Lei 12.016/09
Art. 1º, § 1º Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos 
políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou 
as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas 
atribuições. Lei 12.016/09
1. Competência: A competência para julgamento do Mandado de Segurança 
depende da autoridade coatora.
www.trilhante.com.br 11
Competência
Dispositivo 
Legal
Hipóteses
Supremo 
Tribunal Federal
Art. 102, I, “d” 
da Constituição 
Federal
Atos do Presidente da República, das Mesas da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do 
Tribunal de Contas da União, do Procurador Geral da 
República e do próprio Supremo Tribunal Federal.
Superior 
Tribunal de 
Justiça
Art. 105, I, “b” 
da Constituição 
Federal
Atos de Ministros de Estado, dos Comandantes da 
Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio 
Superior Tribunal de Justiça.
Tribunal 
Regional Federal
Art. 108, I, “c” 
da Constituição 
Federal
Ato de Juiz Federal ou do próprio Tribunal Regional 
Federal.
Juiz Federal
Art. 109, VIII da 
Constituição 
Federal
Atos de autoridade federal, excetuados os casos de 
competência dos Tribunais Federais.
Tribunais
Súmula 41/STJ e 
Súmula 624/STF
Atos dos próprios Tribunais
Súmula 41/STJ: O Superior Tribunal de Justiça não tem competência para processar e julgar, originariamente, 
mandado de segurança contra ato de outros tribunais ou dos Respectivos órgãos.
Súmula 624/STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de mandado de 
segurança contra atos de outros tribunais.
Se a autoridade coatora for Estadual ou Municipal: a competência dependerá da 
Constituição do Estado.
Caso a prova não descreva a disposição da constituição do Estado, usa-se a já mencionada 
simetria constitucional.
Se o ato ilegal for emanado por Governador, órgãos Estaduais: competência do Tribunal 
de Justiça.
Se o ato ilegal for emanado por Prefeito, órgãos Municipais: competência da Vara Cível 
ou Vara da Fazenda Pública.
Se a autoridade coatora for Federal: competência das Varas Federais/juízes federais.
Art. 2º Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem patrimonial do ato 
contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela controlada. 
Lei 12.016/09
www.trilhante.com.br 12
PROCEDIMENTO
Art. 6º A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será 
apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda 
e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da 
qual exerce atribuições.
§ 1o No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento 
público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, 
preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, 
para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para 
juntá-las à segunda via da petição.
§ 2o Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio 
instrumento da notificação.
§ 3o Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a 
ordem para a sua prática.
§ 4o (VETADO)
§ 5o Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo art. 267 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro 
de 1973 - Código de Processo Civil.
§ 6o O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão 
denegatória não lhe houver apreciado o mérito. Lei12.016/09
Medida Cautelar
Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato 
impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do 
impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. Lei 
12.016/09
Art. 9º As autoridades administrativas, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da notificação da medida 
liminar, remeterão ao Ministério ou órgão a que se acham subordinadas e ao Advogado-Geral da União 
ou a quem tiver a representação judicial da União, do Estado, do Município ou da entidade apontada 
como coatora cópia autenticada do mandado notificatório, assim como indicações e elementos outros 
necessários às providências a serem tomadas para a eventual suspensão da medida e defesa do ato 
apontado como ilegal ou abusivo de poder. Lei 12.016/09
Pedidos
Art. 6º, § § 1º e 2º - supratranscritos
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Msg/VEP-642-09.htm
www.trilhante.com.br 13
Recursos
Contra decisão sobre pedido liminar cabe agravo de instrumento (art. 7º, § 1º da Lei 
12.016/09)
Contra decisão final que denega ou concede a segurança cabe apelação (art. 10, §1º e art. 
14 da Lei 12.016/09)
Diferenças entre Mandado de Segurança Individual e Coletivo
As diferenças são, basicamente, quanto à legitimidade e objeto/objetivo.
Legitimidade ativa
• Partido Político com representação no Congresso Nacional
Para que um partido político tenha representação no Congresso, ele deve ter pelo menos 
um senador no Senado OU um deputado federal na Câmara. Não há necessidade de 
haver um representante em cada casa do Congresso.
Eles devem defender interesses legítimosde seus integrantes ou da finalidade partidária.
Partido político não pode impetrar Mandado de Segurança Coletiva defendendo direito 
de toda a população, deve entrar defendendo seus filiados ou relacionados e fazer 
pedidos relativos apenas a questões políticas.
• Organização sindical – o mesmo que Sindicatos
• Entidade de classe – representantes de categorias. Ex: Coren (enfermeiros), CREA 
(engenheiros), etc.
• Associações – devem ter sido constituídas e estarem em funcionamento a, pelo 
menos, um ano
Quanto às organizações sindicais, entidades de classe e associações:
Devem estar legalmente constituídas
Podem impetrar Mandado de Segurança para defender os direitos apenas dos seus 
membros/associados.
A matéria do Mandado de Segurança Coletivo deve ser pertinente à finalidade do 
respectivo ente (isto é denominado de pertinência temática).
Os direitos líquidos e certos podem ser defendidos em sua totalidade ou parcialmente, 
na forma do estatuto do respectivo ente.
Não precisam de autorização especial de seus membros para impetrar o Mandado de 
Segurança Coletivo.
www.trilhante.com.br 14
Apenas as Associações precisam estar em funcionamento há um ano, as organizações 
sindicais e entidades de classe não precisam obedecer a este requisito.
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação 
no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade 
partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de 
parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas 
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. Lei 12.016/09
Objetivo do Mandado de Segurança Coletivo
Defender Direitos Coletivos, entendidos como coletivos e individuais homogêneos.
Art. 21, I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de 
que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação 
jurídica básica;
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e 
da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante. 
Lei 12.016/09
1. Direitos Coletivos
Característica Definição da característica
Indivisível
Todos são titulares em conjunto e simultaneamente. Não é possível 
dividir o direito por pessoa nem auferir “quantidades” dele.
Titularidade de 
grupo
Um grupo todo é titular do mesmo direito. Nem sempre será 
possível determinar exatamente quem são os titulares do direito, são 
designados de forma genérica (ex: todos que pagam o imposto X)
Ligação por relação 
jurídica base
As pessoas tornam-se um grupo titular de um mesmo direito quando 
têm uma ligação jurídica entre si ou com a parte contrária
Exemplos:
(i) várias pessoas fazem um consórcio e o valor da prestação deste é aumentado 
abusivamente – todos os que pagam o consórcio tem direito à revisão do valor e 
reembolso do que foi pago a mais;
(ii) direito dos alunos de uma escola ter a mesma qualidade de ensino – a qualidade do 
ensino deve ser igual a todos, de forma que todos os alunos têm o mesmo direito em 
razão da relação que possuem com a parte contrária, a escola.
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(iii) acionistas de uma sociedade; signatários de contrato de adesão, contribuintes de 
impostos; condôminos de um edifício, trabalhadores da mesma categoria, filiados do 
mesmo partido – qualquer ilegalidade que atingir a todos será de um direito coletivo.
2. Direitos Individuais Homogêneos
Característica Definição da característica
Origem comum ou 
situação específica
O direito de todos os titulares tem a mesma origem
Titularidade 
de pessoas 
determinadas
É possível determinar/especificar todos os que são titulares do direito 
(ex: todos que compraram determinada máquina impressora cujo lote 
veio com defeito de fábrica)
Direito individual
Cada pessoa tem o seu direito, que é igual para todas. Isso quer dizer 
que a pessoa poderia impetrar um Mandado de Segurança Individual, 
porém é dado tratamento coletivo para evitar várias ações idênticas, 
já que o mesmo direito de várias pessoas foi transgredido.
Exemplo:
(i) adquirentes de produtos do mesmo lote com defeito de fabricação;
(ii) investidores de determinada aplicação financeira;
(iii) falta de acessibilidade para portadores de deficiência em concurso público; etc.
No caso “i”, por exemplo, cada consumidor que adquiriu o produto defeituoso poderia 
ajuizar sua ação reclamando do produto, porém, é mais fácil que uma associação ajuíze 
apenas uma ação em prol de todos seus associados que sofreram o mesmo dano/
prejuízo.
Se fosse um dano causado a todos os consumidores, indeterminavelmente (como um 
caso de propaganda indevida), o direito seria coletivo.
Mandado de Segurança Coletivo ou Ação Civil Pública?
A Ação Civil Pública também pode tutelar direitos coletivos e individuais homogêneos, 
inclusive por meio de associação legalmente constituída há pelo menos um ano.
O truque para saber se o correto a ser ajuizado é um Mandado de Segurança Coletivo ou 
uma Ação Civil Pública é verificar a necessidade de dilação probatória!
Se precisar de dilação probatória, deve ser ajuizada a Ação Civil Pública.
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/81222-cnj-servico-entenda-a-diferenca-entre-acao-popular-e-acao-civil-publica
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Se não precisar de dilação probatória, deve ser ajuizado o Mandado de Segurança 
Coletivo.
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3. Identificação da Peça
Remédios constitucionais, em geral, inclusive o Mandado de Segurança, não se prestam 
a discussão de direitos em abstrato, mas apenas a garantir a fruição do direito no caso 
concreto.
Já vimos que o Mandado de Segurança tem característica residual, ou seja, apenas 
discute direitos não amparados por habeas corpus ou habeas data.
Requisitos para impetrá-lo: direito líquido e certo (dispensam dilação probatória, existe 
prova pré-constituída); ilegalidade ou abuso de poder; respeito ao prazo decadencial de 
120 dias após conhecimento do ato praticado com ilegalidade ou abuso de poder.
Como identificar que a peça que devo escrever é o Mandado de Segurança?
Caso 1 – OAB/FGV XV - 2015
João, sócio-diretor da empresa MM Ltda., foi surpreendido com uma notificação do 
Município X para pagar multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e encerrar as atividades 
empresariais na cidade em um período de até 90 (noventa) dias. Atônito, João, ao ler a 
notificação, descobre que foi aberto um processo administrativo para apurar denúncia 
de violação ao Decreto Municipal nº 5.678, de 2014, sem lastro em prévia lei municipal, 
que veda a instalação de lojas de produtos eletrônicos em bairros de perfil residencial, 
determina a aplicação de multa e estabelece um prazo de até 90 (noventa) dias para o 
encerramento das atividades empresariais no Município. Após a abertura do processo e 
instrução com registro fotográfico, foi proferida decisão, pelo Secretário de Posturas do 
Município, sem prévia oitiva da empresa, determinando a aplicação da multa, no valor 
indicado, bem como fixando o prazo de 90 (noventa) dias para o encerramento das 
atividades empresariais, sob pena de interdição e lacre do estabelecimento, na forma do 
Decreto Municipal. A notificação vem acompanhada de cópia integral daquele processo 
administrativo. 
Você foi contratado como advogado para ajuizar a medida necessária à defesa dos 
interesses do cliente – afastar a exigência da multa e garantir a permanência das atividades 
empresariais. 
Elabore a peça adequada, considerando-se aquela que tem, em tese, o rito mais célere 
e considerando que, desde o recebimento da notificação, já se passaram 60 (sessenta) 
dias, tendo transcorrido in albiso prazo para eventual recurso administrativo.
OBSERVAÇÕES QUE DEVEM SER FEITAS SOBRE O CASO 1:
1. Processo administrativo apurou violação a Decreto Municipal, o qual não tem 
lastro na lei. Sabe-se que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, 
se não em virtude da lei.
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Desta forma, o Decreto e a notificação recebida ferem o princípio da legalidade, 
portanto, ferindo o direito líquido e certo de praticar atividade empresarial.
2. Durante o processo administrativo, não houve oitiva da empresa – violação 
ao direito de ampla defesa e contraditório, feriu-se o princípio do devido pro-
cesso legal.
3. Notificação vem acompanhada de processo administrativo – provas pré-
-constituídas de violação do princípio da legalidade e dos direitos de ampla 
defesa e contraditório.
4. Passaram-se 60 dias – está-se dentro do prazo decadencial de 120 do Man-
dado de Segurança, o qual é o rito mais célere.
Caso 2 – OAB/FGV 2010.2
Mévio de Tal, com quarenta e dois anos de idade, pretende candidatar-se a cargo 
vago, mediante concurso público, organizado pelo Estado X, tendo, inclusive, se 
matriculado em escola preparatória. Com a publicação do edital, é surpreendido com 
a limitação, para inscrição, dos candidatos com idade de, no máximo, vinte e cinco 
anos. Inconformado, apresenta requerimento ao responsável pelo concurso, que aduz 
o interesse público, tendo em vista que, quando mais jovem, maior tempo permanecerá 
no serviço público o aprovado no certame, o que permiti rá um menor défi cit nas 
prestações previdenciárias, um dos problemas centrais do orçamento do Estado na 
contemporaneidade. O responsável pelo concurso é o Governador do Estado X. Não 
há previsão legal para o estabelecimento de idade mínima, sendo norma constante do 
edital do concurso. 
Não há necessidade de produção de provas e o prazo entre a publicação do edital e da 
impetração da ação foi menor que 120 (cento e vinte) dias. 
Na qualidade de advogado contratado por Mévio, redigir a peça cabível ao tema, 
observando: 
a) competência do Juízo; 
b) legitimidade ativa e passiva; 
c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; 
d) os requisitos formais da peça inaugural; 
e) necessidade de tutela de urgência.
OBSERVAÇÕES QUE DEVEM SER FEITAS SOBRE O CASO 2:
1. Edital traz exigência não exigida em lei, a qual não é razoável ao cargo – vio-
lação ao princípio da legalidade.
2. Não há necessidade de produzir provas – característica básica de mandado 
https://www.trilhante.com.br/curso/teoria-geral-e-principios-do-processo/aula/devido-processo-legal-2
https://www.trilhante.com.br/curso/teoria-geral-e-principios-do-processo/aula/devido-processo-legal-2
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de segurança.
3. Prazo menor que 120 dias – dentro do prazo decadencial do Mandado de 
Segurança.
Caso 3 – OAB/CESPE 2010.1
O secretário de administração do estado-membro Y, com a finalidade de incentivar o 
aprimoramento profissional de certa categoria de servidores públicos, criou, por meio de 
lei específica, tabela de referências salariais com incremento de 10% entre uma e outra, 
estando a mudança de referência baseada em critérios de antiguidade e merecimento. 
O pagamento do mencionado percentual seria feito em seis parcelas mensais e 
sucessivas. Os servidores que adquiriram todas as condições para o posicionamento 
na referência salarial subsequente já haviam recebido o pagamento de três parcelas 
quando sobreveio a edição de medida provisória revogando a sistemática estabelecida 
na lei. Assim, no mês seguinte à edição dessa medida, o valor correspondente à quarta 
parcela foi excluído da folha de pagamento. Em decorrência dessa exclusão, os servidores 
requereram à Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão a respectiva inserção na 
folha de pagamento, sob pena de submeter a questão ao Poder Judiciário. 
Em resposta, o secretário indeferiu o pedido, fundado nos seguintes argumentos: 
a) em razão da revogação da lei, promovida pela medida provisória, os servidores não 
mais teriam direito ao recebimento do percentual; 
b) seria possível a alteração do regime remuneratório, em face da ausência de direito 
adquirido a regime jurídico, conforme já reconhecido pelo Supremo Tribuna Federal; 
c) os servidores teriam, na hipótese, mera expectativa de direito, e não, direito adquirido; 
d) não cabe ao Poder Judiciário atuar em área própria do Poder Executivo e conceder 
o reajuste pleiteado, sob pena de ofensa ao princípio constitucional da separação dos 
poderes. 
Em face da situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) contratado(a) 
pelo sindicato dos servidores, redija a medida judicial cabível para impugnação do ato da 
autoridade que determinou a exclusão do pagamento dos servidores dos percentuais 
previstos em lei, destacando os argumentos necessários à adequada defesa dos interesses 
de seus clientes.
OBSERVAÇÕES QUE DEVEM SER FEITAS SOBRE O CASO 3:
1. Direito adquirido de percentual previsto em lei, tanto que o pagamento co-
meçou a ser feito e de forma parcelada. O direito ao recebimento já integrava o 
patrimônio dos servidores quando foi editada a medida provisória – foi ferido o 
direito adquirido.
2. Direito à irredutibilidade do salário.
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3. Resposta do secretário caracteriza prova pré-constituída.
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4. Modelo de Mandado de Segurança
Como redigir um Mandado de Segurança?
PARTE 1 – IDENTIFICAR A PEÇA E DESTACAR INFORMAÇÕES
OAB/FGV – Exame XXIII – 2017.2
Edson, idoso aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recebe 
um salário mínimo por mês. Durante mais de três décadas, esteve exposto a agentes 
nocivos à saúde, foi acometido por doença que exige o uso contínuo de medicamento 
controlado, cuja ministração fora da forma exigida pode colocar em risco a sua vida.
Em razão de sua situação pessoal, todo dia 5 comparece ao posto de saúde existente na 
localidade em que reside, retirando a quantidade necessária do medicamento para os 
próximos trinta dias. No último dia 5, foi informado, pelo Diretor do referido posto, que 
a central de distribuição não entregara o medicamento, já que o Município, em razão da 
crise financeira, não pagava os fornecedores havia cerca de seis meses.
Inconformado com a informação recebida, Edson formulou, logo no dia seguinte, 
requerimento endereçado ao Secretário Municipal de Saúde, autoridade responsável 
pela administração das dotações orçamentárias destinadas à área de saúde e pela 
aquisição dos medicamentos encaminhados à central de distribuição, órgão por ele 
dirigido. Na ocasião, esclareceu que a ausência do medicamento poderia colocar em 
risco sua própria vida.
Em resposta escrita, o Secretário reconheceu que Edson tinha necessidade do 
medicamento, o que fora documentado pelos médicos do posto de saúde, e informou 
que estavam sendo adotadas as providências necessárias à solução da questão, mas 
que tal somente ocorreria dali a 160 (cento e sessenta) dias, quando o governador do 
Estado prometera repassar receitas a serem aplicadas à saúde municipal. Nesse meio-
tempo, sugeriu que Edson procurasse o serviço de emergência sempre que o seu estado 
de saúde apresentasse alguma piora.
Edson, de posse de toda a prova documental que por si só basta para demonstrar 
os fatos narrados, em especial a resposta do Secretário Municipal de Saúde, procura 
você, uma semana depois, para contratar seus serviços como advogado(a), solicitando 
o ajuizamento da medida judicial que ofereça resultados mais céleres, sem necessidade 
de longa instrução probatória, para que consiga obter o medicamento de que necessita.
Levando em consideração as informações expostas, ciente da desnecessidade da dilação 
probatória, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que 
conferem sustentação ao direito de Edson.
OBSERVAÇÕES:
1. Direito líquido e certo à saúde – documentado por médicos e reconhecido 
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pelo Secretário!2. Decisão do Secretário que impede que se faça jus ao seu direito à saúde e à 
vida de forma adequada.
3. Edson procura advogado uma semana após a decisão do secretário – esteve 
dentro do prazo decadencial de 120 dias para impetrar MS.
4. O próprio problema diz que deve ser ajuizada ação mais célere, pois não há 
necessidade de dilação probatória – características próprias de Mandado de 
Segurança!
PARTE 2 – IDENTIFICAR INFORMAÇÕES RELEVANTES E REDIGIR A PARTE INICIAL 
(ENDEREÇAMENTO, QUALIFICAÇÕES, NOME DA PEÇA).
OAB/FGV – Exame XXIII – 2017.2
Edson, idoso aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recebe 
um salário mínimo por mês. Durante mais de três décadas, esteve exposto a agentes 
nocivos à saúde, foi acometido por doença que exige o uso contínuo de medicamento 
controlado, cuja ministração fora da forma exigida pode colocar em risco a sua vida.
Em razão de sua situação pessoal, todo dia 5 comparece ao posto de saúde existente na 
localidade em que reside, retirando a quantidade necessária do medicamento para os 
próximos trinta dias. No último dia 5, foi informado, pelo Diretor do referido posto, que 
a central de distribuição não entregara o medicamento, já que o Município, em razão da 
crise financeira, não pagava os fornecedores havia cerca de seis meses.
Inconformado com a informação recebida, Edson formulou, logo no dia seguinte, 
requerimento endereçado ao Secretário Municipal de Saúde, autoridade responsável 
pela administração das dotações orçamentárias destinadas à área de saúde e pela 
aquisição dos medicamentos encaminhados à central de distribuição, órgão por ele 
dirigido. Na ocasião, esclareceu que a ausência do medicamento poderia colocar em 
risco sua própria vida.
Em resposta escrita, o Secretário reconheceu que Edson tinha necessidade do 
medicamento, o que fora documentado pelos médicos do posto de saúde, e informou 
que estavam sendo adotadas as providências necessárias à solução da questão, mas 
que tal somente ocorreria dali a 160 (cento e sessenta) dias, quando o governador do 
Estado prometera repassar receitas a serem aplicadas à saúde municipal. Nesse meio-
tempo, sugeriu que Edson procurasse o serviço de emergência sempre que o seu estado 
de saúde apresentasse alguma piora.
Edson, de posse de toda a prova documental que por si só basta para demonstrar 
os fatos narrados, em especial a resposta do Secretário Municipal de Saúde, procura 
você, uma semana depois, para contratar seus serviços como advogado(a), solicitando 
o ajuizamento da medida judicial que ofereça resultados mais céleres, sem necessidade 
de longa instrução probatória, para que consiga obter o medicamento de que necessita.
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Levando em consideração as informações expostas, ciente da desnecessidade da dilação 
probatória, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que 
conferem sustentação ao direito de Edson.
A redação de uma peça processual deve ser dividida em três partes:
(i) parte inicial: aspectos processuais;
(ii) desenvolvimento: fatos e fundamentos de direito, e
(iii) pedidos e requerimentos.
Parte Inicial:
1.Endereçamento/competência
Necessário verificar as hipóteses de competência.
No caso em tela, o Mandado de Segurança deve ser endereçado à Vara Cível, ou à Vara 
da Fazenda Pública da comarca, de forma residual, pois a autoridade coatora é um 
Secretário Municipal.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA FAZENDA 
PÚBLICA DA COMARCA X.
(Entre o endereçamento e a qualificação do impetrante deve ser respeitado certo 
espaço).
2. Qualificação do legitimado ativo
(Qualificar o impetrante e indicar o fundamento legal, genérico, de embasamento da 
peça).
Edson, brasileiro, aposentado, inscrito no RG n.: ____; e CPF n.: ______; residente e 
domiciliado à rua _______; município X, do Estado _____; com endereço eletrônico 
constante de ______; doravante denominado Autor (ou impetrante); vem, mui 
respeitosamente perante V. Exa., por meio do seu advogado que a esta subscreve, com 
procuração e endereço anexos, nos termos do art. 5º, LXIX, da Constituição Federal e 
na Lei 12.016/2009, impetrar o presente:
3. Nome da peça
MANDADO DE SEGURANÇA
4. Qualificação do Legitimado passivo
(Qualificar o agente que proferiu o ato coator do direito).
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Em face do SECRETÁRIO MUNICIAPL DE SAÚDE, que para fins do art. 6º da Lei 
12.016/2009, está vinculado ao MUNICÍPIO X, Pessoa Jurídica de Direito Público, pelas 
razões de fato e de direito que se passa a expor.
Considerando os passos da Parte Inicial, a primeira folha da peça processual ficará da 
seguinte forma:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA FAZENDA 
PÚBLICA DA COMARCA X.
Edson, brasileiro, aposentado, inscrito no RG n.: ____; e CPF n.: ______; residente e 
domiciliado à rua _______; município X, do Estado _____; com endereço eletrônico 
constante de ______; doravante denominado Autor (ou impetrante); vem, mui 
respeitosamente perante V. Exa., por meio do seu advogado que a esta subscreve, com 
procuração e endereço anexos, nos termos do art. 5º, LXIX, da Constituição Federal e 
na Lei 12.016/2009, impetrar o presente:
MANDADO DE SEGURANÇA
Em face do SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, que para fins do art. 6º da Lei 
12.016/2009, está vinculado ao MUNICÍPIO X, Pessoa Jurídica de Direito Público, pelas 
razões de fato e de direito que se passa a expor. [...]
PARTE 3 – REDIGIR OS FATOS, E TÓPICOS PRELIMINARES (LEGITIMIDADE E 
CABIMENTO).
OAB/FGV – Exame XXIII – 2017.2
Edson, idoso aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recebe 
um salário mínimo por mês. Durante mais de três décadas, esteve exposto a agentes 
nocivos à saúde, foi acometido por doença que exige o uso contínuo de medicamento 
controlado, cuja ministração fora da forma exigida pode colocar em risco a sua vida.
Em razão de sua situação pessoal, todo dia 5 comparece ao posto de saúde existente na 
localidade em que reside, retirando a quantidade necessária do medicamento para os 
próximos trinta dias. No último dia 5, foi informado, pelo Diretor do referido posto, que 
a central de distribuição não entregara o medicamento, já que o Município, em razão da 
crise financeira, não pagava os fornecedores havia cerca de seis meses.
Inconformado com a informação recebida, Edson formulou, logo no dia seguinte, 
requerimento endereçado ao Secretário Municipal de Saúde, autoridade responsável 
pela administração das dotações orçamentárias destinadas à área de saúde e pela 
aquisição dos medicamentos encaminhados à central de distribuição, órgão por ele 
dirigido. Na ocasião, esclareceu que a ausência do medicamento poderia colocar em 
risco sua própria vida.
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Em resposta escrita, o Secretário reconheceu que Edson tinha necessidade do 
medicamento, o que fora documentado pelos médicos do posto de saúde, e informou 
que estavam sendo adotadas as providências necessárias à solução da questão, mas 
que tal somente ocorreria dali a 160 (cento e sessenta) dias, quando o governador do 
Estado prometera repassar receitas a serem aplicadas à saúde municipal. Nesse meio-
tempo, sugeriu que Edson procurasse o serviço de emergência sempre que o seu estado 
de saúde apresentasse alguma piora.
Edson, de posse de toda a prova documental que por si só basta para demonstrar 
os fatos narrados, em especial a resposta do Secretário Municipal de Saúde, procura 
você, uma semana depois, para contratar seus serviços como advogado(a), solicitando 
o ajuizamento da medida judicial que ofereça resultados mais céleres, sem necessidade 
de longa instrução probatória, para que consiga obter o medicamento de que necessita.
Levando em consideração as informações expostas, ciente da desnecessidade da dilação 
probatória, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que 
conferem sustentação ao direito de Edson.
Já vimos que a redação de uma peça processual deve ser divididaem três partes:
(i) parte inicial: aspectos processuais;
(ii) desenvolvimento: fatos e fundamentos de direito, e
(iii) pedidos e requerimentos.
Desenvolvimento:
1. Fatos
Reescrever os fatos de acordo com o problema narrado na prova.
DICA: Não perder tempo e espaço nos fatos, pois não valem pontos na prova!
2. Legitimidade ativa e passiva
A legitimidade conta pontos na prova. Uma vez qualificado corretamente na parte inicial, 
os pontos ficam garantidos. No entanto, para que não haja dúvidas, pode ser bom abrir 
um tópico explicando a legitimidade ativa e passiva.
Necessário sempre apontar a teoria e o fundamento legal (artigo de lei) conjuntamente. 
Colocar um e não colocar o outro faz com que os pontos não sejam atribuídos.
3. Cabimento
Explicar porque o Mandado de Segurança é a peça adequada para defender o direito 
ofendido no caso em tela.
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Repetir a fundamentação genérica, bem como outras mais específicas, tanto da 
Constituição quanto o da Lei do Mandado de Segurança.
Pode copiar o texto da lei, mas não é necessário. No entanto, é necessário que seja 
explicado o cabimento. A mera transcrição de artigo não garante os pontos.
Devem ser evidenciados os requisitos: direito líquido e certo, ato proferido com ilegalidade/
abuso de poder; impetração dentro do prazo decadencial; autoridade do Poder Público 
ou particular no exercício de atribuição pública.
PARTE 4 – INDICAR OS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS QUE EMBASAM O DIREITO 
QUE SE PRETENDE TUTELAR E EXPLICÁ-LOS. VERIFICAR A NECESSIDADE DE 
REQUERIMENTO DE LIMINAR, EMBASANDO-A DE ACORDO COM SEUS REQUISITOS 
LEGAIS.
OAB/FGV – Exame XXIII – 2017.2
Edson, idoso aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recebe 
um salário mínimo por mês. Durante mais de três décadas, esteve exposto a agentes 
nocivos à saúde, foi acometido por doença que exige o uso contínuo de medicamento 
controlado, cuja ministração fora da forma exigida pode colocar em risco a sua vida.
Em razão de sua situação pessoal, todo dia 5 comparece ao posto de saúde existente na 
localidade em que reside, retirando a quantidade necessária do medicamento para os 
próximos trinta dias. No último dia 5, foi informado, pelo Diretor do referido posto, que 
a central de distribuição não entregara o medicamento, já que o Município, em razão da 
crise financeira, não pagava os fornecedores havia cerca de seis meses.
Inconformado com a informação recebida, Edson formulou, logo no dia seguinte, 
requerimento endereçado ao Secretário Municipal de Saúde, autoridade responsável 
pela administração das dotações orçamentárias destinadas à área de saúde e pela 
aquisição dos medicamentos encaminhados à central de distribuição, órgão por ele 
dirigido. Na ocasião, esclareceu que a ausência do medicamento poderia colocar em 
risco sua própria vida.
Em resposta escrita, o Secretário reconheceu que Edson tinha necessidade do 
medicamento, o que fora documentado pelos médicos do posto de saúde, e informou 
que estavam sendo adotadas as providências necessárias à solução da questão, mas 
que tal somente ocorreria dali a 160 (cento e sessenta) dias, quando o governador do 
Estado prometera repassar receitas a serem aplicadas à saúde municipal. Nesse meio-
tempo, sugeriu que Edson procurasse o serviço de emergência sempre que o seu estado 
de saúde apresentasse alguma piora.
Edson, de posse de toda a prova documental que por si só basta para demonstrar 
os fatos narrados, em especial a resposta do Secretário Municipal de Saúde, procura 
você, uma semana depois, para contratar seus serviços como advogado(a), solicitando 
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o ajuizamento da medida judicial que ofereça resultados mais céleres, sem necessidade 
de longa instrução probatória, para que consiga obter o medicamento de que necessita.
Levando em consideração as informações expostas, ciente da desnecessidade da dilação 
probatória, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos 
que conferem sustentação ao direito de Edson.
Lembrando que a redação de uma peça processual deve ser dividida nas três partes já 
citadas:
(i) parte inicial: aspectos processuais;
(ii) desenvolvimento: fatos e fundamentos de direito, e
(iii) pedidos e requerimentos.
Desenvolvimento:
Direito
Art. 5º e 6º, caput, da Constituição Federal consagram direitos à saúde e à vida. Tais 
direitos implicam o mínimo a ser garantido para se resguardar a dignidade da pessoa 
humana.
A dignidade da pessoa humana pode sempre ser utilizada quando possível, pois é bem 
provável que garanta pontuação na prova.
Discorrer um pouco sobre o direito à saúde e à vida como direitos fundamentais deve 
valer a pena.
Mencionar o artigo 196 da Constituição, o qual trata mais especificamente sobre o direito 
à saúde, também é essencial.
O artigo 198, II da Constituição traz que uma das diretrizes da concretização do direito 
à saúde pelo Estado é o atendimento integral das necessidades da população. No caso 
concreto, a entrega do medicamento faz parte deste atendimento integral que deve ser 
atendido.
Indique quais as provas (informar anexo), dizendo que não há necessidade de dilação 
probatória, tendo em vista que as provas juntadas são suficientes para provar o direito 
líquido e certo.
Reforce a recorrente transgressão do direito ocorrida em razão da suspensão do 
fornecimento do medicamento, bem como o iminente risco à vida do impetrante.
Medida Cautelar
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Considerando que o direito já está sendo infringido, é de interesse do impetrante que a 
transgressão cesse tão logo seja possível, por este motivo deve ser requerida a medida 
cautelar!
Indique os requisitos legais: fumus boni juris e periculum in mora.
 → - Secretário informa que a concessão do remédio só retornará em 160 dias, o que 
evidencia o perigo da demora, considerando que, sem tal medicamento, o impetrante 
corre risco de vida.
Previsão legal no artigo 7º, III da Lei 12.016/09.
PARTE 5 – FORMULAR OS PEDIDOS DE ACORDO COM O ARTIGO 7º, 9º E 12 DA LEI 
12.016/09. CUMPRIR AS FORMALIDADES LEGAIS DA PETIÇÃO INICIAL, CONFORME 
ARTIGO 319 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
OAB/FGV – Exame XXIII – 2017.2
Edson, idoso aposentado por invalidez pelo regime geral de previdência social, recebe 
um salário mínimo por mês. Durante mais de três décadas, esteve exposto a agentes 
nocivos à saúde, foi acometido por doença que exige o uso contínuo de medicamento 
controlado, cuja ministração fora da forma exigida pode colocar em risco a sua vida.
Em razão de sua situação pessoal, todo dia 5 comparece ao posto de saúde existente na 
localidade em que reside, retirando a quantidade necessária do medicamento para os 
próximos trinta dias. No último dia 5, foi informado, pelo Diretor do referido posto, que 
a central de distribuição não entregara o medicamento, já que o Município, em razão da 
crise financeira, não pagava os fornecedores havia cerca de seis meses.
Inconformado com a informação recebida, Edson formulou, logo no dia seguinte, 
requerimento endereçado ao Secretário Municipal de Saúde, autoridade responsável 
pela administração das dotações orçamentárias destinadas à área de saúde e pela 
aquisição dos medicamentos encaminhados à central de distribuição, órgão por ele 
dirigido. Na ocasião, esclareceu que a ausência do medicamento poderia colocar em 
risco sua própria vida.
Em resposta escrita, o Secretário reconheceu que Edson tinha necessidade do 
medicamento, o que fora documentado pelos médicos do posto de saúde, e informou 
que estavam sendo adotadas as providências necessárias à solução da questão, mas 
que tal somente ocorreria dali a 160 (cento e sessenta) dias, quando o governador do 
Estado prometera repassar receitas a serem aplicadas à saúde municipal. Nesse meio-
tempo, sugeriu que Edson procurasse o serviço de emergência sempre que o seu estado 
de saúde apresentasse alguma piora.
Edson, de posse de toda a prova documental que por si só basta para demonstrar 
os fatos narrados,em especial a resposta do Secretário Municipal de Saúde, procura 
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você, uma semana depois, para contratar seus serviços como advogado(a), solicitando 
o ajuizamento da medida judicial que ofereça resultados mais céleres, sem necessidade 
de longa instrução probatória, para que consiga obter o medicamento de que necessita.
Levando em consideração as informações expostas, ciente da desnecessidade da dilação 
probatória, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que 
conferem sustentação ao direito de Edson.
Concluiremos, agora, o contemplar das três conhecidas partes:
(i) aspectos processuais;
(ii) fatos e fundamentos de direito, e
(iii) pedidos e requerimentos.
Pedidos e requerimentos:
Para facilitar, os pedidos seguem a ordem do artigo 7º da Lei 12.016/09, mas isto não é 
necessário de se seguir na prova.
1. Notificação da autoridade coatora do conteúdo da inicial, para que preste 
informações em 10 dias, conforme artigo 7º, I, da Lei 12.016/09;
2. Ciência do feito à autoridade de representação judicial da pessoa jurídica 
interessada (aquela a qual se vincula à autoridade coatora), conforme artigo 7º, 
II, da Lei 12.016/09;
3. Concessão liminar da segurança, ou seja, a medida cautelar. Requerendo ex-
pedição de ofício à autoridade coatora para suspensão do ato lesivo, conforme 
disposto no artigo 7º, III, da Lei 12.016/09. Por consequência, requerer o cumpri-
mento do artigo 9º da Lei 12.016/09, ou seja, a imediata concessão dos medica-
mentos;
4. Intimação do Ministério Público, no prazo improrrogável de 10 dias, conforme 
artigo 12 da Lei 12.016/09;
Concessão definitiva da segurança, garantindo ao autor os medicamentos necessários à 
sua saúde, vida e dignidade, nos termos médicos prescritos.
Formalidades
1. Para fins de formalidade, do artigo 319 do Código de Processo Civil, dar à 
causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) – valor de alçada.
2. Requerer a juntada dos documentos.
3. Finalização:
Nestes termos,
Pede deferimento.
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Local e Data
Advogado/OAB
Não se esqueça: não coloque local, data, nome, número, etc. Qualquer dado que possa 
ser entendido como identificação causará eliminação do candidato!
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Mandado de Segurança
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