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DESENHO DE OBSERVAÇÃO AULA 2 Prof. Péricles Varella Gomes 2 CONVERSA INICIAL Como visto anteriormente, o desenho tem sido uma ferramenta poderosa para a expressão do homem ao longo do tempo. Todos podem desenhar suas ideias, pois esta forma de expressão é um meio muito democrático de comunicação. Parsons (1992) argumenta este papel da arte como meio de demonstrar o interior do ser humano: “A arte não se limita a ser um conjunto de objetos bonitos, constituindo antes uma das formas de que dispomos para articular a nossa vida interior [...] que a arte exprime mais do que aquilo que um indivíduo tem em mente num determinado momento”. O começo do curso de desenho pode carregar incertezas quanto à capacidade artística de cada um, mas o importante é não desistir e praticar todas as técnicas e exercícios aqui propostos. O desenho de observação (DO) é estabelecido por quatro conceitos básicos – enquadramento, volumetria, perspectiva e proporções, e é considerado um meio para aquisição do domínio sobre os fundamentos do desenho, sobre a percepção visual e sobre o espaço no qual se desenvolve, seja bidimensional, seja tridimensional. Nesta aula vamos avançar nos exercícios de desenvoltura dos traços. Praticando retas em direções e posições variadas, conhecendo alguns artistas e seus famosos traços, exercitando a técnica do desenho de círculos e ovais e, por fim, um exercício. Vale lembrar que a interação entre os colegas de curso também será necessária para a evolução individual e coletiva nesta disciplina. CONTEXTUALIZANDO Para chegarmos a um traço de precisão e valor artístico aceitável, e para seu aprimoramento e entendimento, é necessária a prática constante. Cada artista ou designer possui seu próprio traço, com suas características e peculiaridades. Esses fatores são desenvolvidos com o tempo e com muito treino. O traçado à mão livre, ou seja, sem réguas, compassos ou outros materiais que auxiliem em seu desenho, é uma técnica importante para o desenho de observação. Com ela você pode desenhar em qualquer lugar e expressar suas ideias. O desenho é uma linguagem universal. 3 O DO consiste em desenhar o que vemos. Segundo Molliere (2017), as pessoas têm dificuldade em separar o que pensam e o que veem: Você sabe, por exemplo, que as folhas do pinheiro têm a forma de agulhas quando essa conífera está longe e quando ela está perto. Na realidade, porém, a partir de certa distância você não consegue enxergar agulhas, apenas uma massa verde. Outro exemplo muito comum: você desenha os vidros de uma janela de perfil mesmo quando está num lugar onde não pode vê-los. Desta forma ficaremos atentos aos exercícios da aula e suas características. Agora vamos descobrir qual o seu nível no desenho, e para isto vamos precisar de: • Papel; • Lápis preto número 2; • Borracha; • Local firme para desenhar, como uma mesa ou prancheta; • Um copo para observação ao final da aula. Com estes materiais poderemos iniciar a prática. Você não deve ter medo do resultado, até porque se não ficar bom, você pode tentar outras vezes. Fazer esta aula é fundamental, mas devemos ter consciência da importância do treino diário. Volte sempre aos exercícios anteriores, aulas e temas. Mesmo após o término do curso você sempre deve procurar revisar o conteúdo. Vamos começar? TEMA 1 – EXERCÍCIOS INICIAIS Os exercícios iniciais consistem em aprender as técnicas usadas ao longo da aula. Treinar vários tipos de traços e ter controle sobre seus estilos e formas é imprescindível para obter resultados satisfatórios em seus desenhos. Figura 1 – Começando seu desenho Crédito: Andrej Sevkovskij/Shutterstock. 4 Para o aquecimento, antes de começar a desenhar é importante fazer desenhos aleatórios, de modo que você tenha noção de espaço e de sua fluidez. Estudar traços rápidos é importante para sua desenvoltura na hora de desenhar. Eles auxiliarão o seu entendimento da visão em relação à sua mão e o lápis. Após realizar os primeiros traços livres, tente copiá-los para você perceber a diferença entre o desenho livre e o desenho por cópia. Figuras 2 e 3 – Tipos de exercícios Crédito: Profartshop/Shutterstock; Adelart/Shutterstock. É importante ficar atento ao seu desenvolvimento durante o desenho. No primeiro momento você está apenas desenhando uma linha imaginária, com desenhos rápidos e fluidos. Ao longo do curso você verá que estaremos observando objetos e as linhas devem sair naturalmente. 1.1 Texturas É possível observar na Figura 3 a formação de padrões e texturas por causa dos traços rápidos e próximos. Mais para frente iremos estudá-los mais aprofundadamente e entender a importância de dominar o traçado com eficiência. TEMA 2 – PRATICANDO RETAS SEM RÉGUA Podemos começar este tema indagando: o que é uma linha reta? A linha reta é a união de pontos, sem curvas ou ângulos. O desenho de observação tem como característica principal a sua fluidez e espontaneidade. Deste modo o seu processo de criação é artístico e sem muitos instrumentos, mantendo a característica humana do traço à mão 5 livre. Ao longo do curso será exercitado o potencial do aluno sem o uso de ferramentas como o esquadro, réguas ou compassos. Para desenhar uma linha reta sem régua é necessário manusear de maneira correta o lápis, de forma que haja espontaneidade. A Figura 4 mostra a maneira correta de manuseio. Figura 4 – Posição Crédito: Irina Zholudeva/Shutterstock. Em uma folha, estabeleça pontos guia para servirem de referência. A margem da folha pode ser um exemplo. Tente desenhar de maneira contínua linhas horizontais, verticais e diagonais. Por exemplo: Figuras 5, 6, 7 e 8 – Linhas Créditos: Magnia/Shutterstock; Magnia/Shutterstock; Fire_Fly/Shutterstock. 6 As linhas nunca são iguais no desenho à mão livre. Há diversos tipos de traços: linhas suaves, em gradação, com pressão, oscilantes e pesadas. E podemos diferenciar no traçado do lápis: com movimentos suaves, deslizando e parando bruscamente, ziguezague, girando e deslizando, e assim por diante. TEMA 3 – EXEMPLOS DE TRAÇOS Com estudo e prática, os artistas, designers e arquitetos desenvolvem suas identidades por meio de seus desenhos. Neste tema veremos alguns exemplos famosos de personalidades que perpetuaram sua arte em seus traços característicos. 3.1 Candido Portinari No Brasil temos como exemplo Candido Portinari, nascido em 1903 em Minas Gerais. Ele retratava em sua arte o Brasil da época, a história dos trabalhadores e a fauna brasileira (Figura 9). Suas técnicas variavam entre pintura, gravura e murais. Esta característica de Portinari é universal em todo tipo de arte – a expressão de um povo, de uma cultura e suas ideias – como esclarece Lara (2011) a respeito da temática carnavalesca de Portinari: As telas de Portinari apresentam tons de brincadeira, espontaneidade, permissividade, que revelam sentidos da festa. Daí ter sido nosso foco nessa investigação. Embora o Brasil não possa ser delineado apenas como país do futebol, do carnaval (samba) e da mulata, porque tais categorias, em si, não são suficientes para descrever um país tão diverso e múltiplo, não há como desconsiderar que essa temática mobiliza muitas pessoas em ações coletivas para que alcancem os objetivos que elegem para si e para o grupo (Lara, 2011, p. 500) A Figura 9 mostra um desenho de Portinari retratando um morador de Brodowski, cidade onde nasceu. 7 Figura 9 – Menino de Brodowski, de Candido Portinari Crédito: Rook76/Shutterstock. 3.2 Leonardo da Vinci Leonardo da Vinci nasceu em 1452, perto de Florença, na Itália. Foi um pintor, cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Foi um dos maiores nomes do Renascimentoe um dos maiores artistas que já existiu. Sua arte transcende gerações e estilos, sempre uma referência universal para toda a humanidade. Figura 10 – Leonardo da Vinci Crédito: Kwirry/Shutterstock. 8 Para expressar suas criações, Da Vinci recorre ao esboço, com desenhos rápidos, denominados croquis. Ele observava a natureza e suas formas para mimetizar suas criações técnicas. Os artistas do Renascimento retratavam o espaço de uma forma realista, e usavam a perspectiva e a geometria para se aproximarem da profundidade e da realidade. O Renascimento foi um dos movimentos que mais influenciaram o período, não só na arte moderna como em áreas científicas, filosóficas, literárias, urbanas, além do comércio. Com a descoberta e sistematização da perspectiva, o desenho passou a ser visto como uma forma de ciência, sendo tratado como tal por muitos artistas e arquitetos desde então. Simon Worrall (2018) um pesquisador da vida e obra de Da Vinci descreve uma característica importante do artista e que deve ser seguida por todos que querem aprender o desenho de observação: “Nas ruas de Florença e de Milão, Da Vinci carregava o seu caderno para todo lado. Esboçava as expressões das pessoas com que se deparava, tentando capturar-lhes as emoções e o que lhes ia no espírito. Isso está bem patente, por exemplo na ‘A Última Ceia’”. Da Vinci foi um exemplo de como o desenho de observação pode ser usado para representação em vários níveis de dificuldade e necessidade. Na Figura 10 podemos ver um de seus desenhos mais famosos, o Homem Vitruviano, que estabelece proporções do corpo humano masculino ideal. 3.3 Pablo Picasso O próximo exemplo é o espanhol Pablo Picasso. Nascido em 1881 em Málaga, foi um dos criadores do Cubismo, um movimento artístico mundialmente famoso por suas obras geométricas e abstratas de caráter moderno. Apesar do nome, este estilo artístico se alimentava da observação do artista. Rocha (1981) descreve o movimento e suas características estéticas: O cubismo consistia em representar pessoas e figuras em formatos de triângulos, cubos e quadrados e buscava a geometria dos motivos representados. Tudo se reduzia a formas geométricas. Picasso monta a imagem em facetas múltiplas e deforma a realidade tal qual a conhecemos, criando figuras que causam estranhamento, como a representação de uma face, por exemplo, uma metade frontal e outra metade de lado. Tenta-se representar no plano uma figura em três dimensões. 9 Seus desenhos representavam o dia a dia da vida espanhola. Suas obras mais famosas são os quadros Guernica, de caráter político, Les Demoiselles d’Avignon, e Pomba da Paz (Figura 11). Figura 11 – A Pomba da Paz, de Picasso Crédito: Eli_Oz/Shutterstock. 3.4 Michelangelo Michelangelo nasceu em 1475, na Itália, e assim como Da Vinci, foi um dos expoentes do Renascimento italiano. Seus desenhos são reconhecidos mundialmente. Figura 12 – Desenho de Michelangelo Crédito: Aleisha/Shutterstock. 10 Neste momento importante da arte mundial, o Renascimento e Michelangelo retratam com perfeição em suas pinturas, esculturas e obras arquitetônicas as características principais que foram um divisor de águas na arte. Prêto (2016) enfatiza o surgimento da perspectiva como parte principal das obras: Na arte foi criado um sistema de proporções ideais para a arquitetura e para a representação do corpo, e se cristalizou o sistema da perspectiva para a definição da representação bidimensional. O Renascimento associou ainda o idealismo clássico com um intenso interesse pelo estudo científico do mundo natural, produzindo uma arte que era uma generalização universal mal capaz de se deter no particular para descrever caracteres individuais. Ao mesmo tempo, era uma arte de índole ética, pois se considerava possuir uma função social da qual não podia escapar, e almejava, sobretudo, a cura das almas e a instrução do público para a condução da vida pelos caminhos da virtude. Michelangelo foi pintor, arquiteto e escultor. Dentre suas obras principais está “A Criação de Adão”. A Figura 12 retrata um estudo de uma parte da obra, a qual demorou quarenta anos para ser concluída; este detalhe faz parte do afresco Juízo Final, no altar da Capela Sistina. 3.5 Vincent Van Gogh Vincent Van Gogh nasceu na Holanda em 1853, e foi um pintor pós- impressionista com temáticas ligadas à natureza e às pessoas. É possível perceber que o desenho de observação faz parte constante da obra de Van Gogh. A alma do pintor e sua perspicácia de captar o momento sempre estão expressas em sua obra de uma maneira lúdica e ao mesmo tempo profunda. Aur (2017) descreve que o artista e seu grupo exercitavam práticas importantes para um desenho mais preciso; além da observação e da troca de ideias em relação ao trabalho realizado: “Ele e seus amigos pintores posavam uns para os outros em vez de contratar modelos, com a finalidade de economizar despesas. Van Gogh conversava muito e trocava ideias sobre arte e suas obras com outros pintores”. 11 Figura 14 – Girassóis de Van Gogh Crédito: Shirley Ren/Shutterstock. Mais adiante nesta aula vamos praticar a transferência de ideias entre colegas do curso e exercitar o espirito crítico. Ao longo das aulas da disciplina estas atividades vão acontecer de forma recorrente. TEMA 4 – PRATICANDO CÍRCULOS E OVAIS Quando vamos desenhar figuras geométricas, geralmente recorremos a esquadros, compassos e réguas. Os círculos e ovais são as figuras que possuímos mais insegurança na hora de desenhar à mão livre. Isto é natural, pois o percurso da mão deve seguir uma harmonia para chegarmos ao ponto de encontro para fazer curvas corretamente. Devemos lembrar que sem a prática nunca chegaremos ao resultado esperado, por isso vale a pena persistir e não desistir logo nos primeiros desenhos. Evidentemente você não vai usar nenhuma destas ferramentas no nosso curso de DO. 4.1 Desenhando curvas Para praticar círculos e ovais comece desenhando de uma forma livre e despretensiosa, sempre buscando o entendimento do movimento de sua mão. 12 Figuras 15 e 16 – Tipos de ovais e círculos Crédito: Lazerko Art/Shutterstock; Mayrisio/Shutterstock. Não se cobre muito para atingir um desenho perfeito logo nas primeiras tentativas. Você deverá ter paciência e estar consciente de que suas habilidades no desenho serão aprimoradas ao longo do tempo. Figura 17 – Direção de traço Crédito: Rolandtopor/Shutterstock. Divida uma circunferência em quatro partes e faça com atenção cada divisão. Este exercício ajudará seu entendimento das dimensões do círculo. 13 Figura 18 – Divisão para desenhar TEMA 5 – DESENHANDO UM COPO Como vimos anteriormente, o desenho à mão livre tem como característica ser rápido e solto. Gildo Montenegro (2007) descreve esta linguagem da seguinte maneira: A liberdade de traço, a linha solta e rápida, é [sic] essencial e depende fundamentalmente de prática, de muita prática. Recomendamos que o leitor esboce tudo aquilo que está na sua frente: outra pessoa, uma garrafa, um copo, uma cadeira, tudo. A mão livre deve ter também assunto livre. Em qualquer lugar, com qualquer coisa que risque: caneta esferográfica, lápis, um pedaço de carvão, batom etc... Levando em consideração as dicas do autor, faremos o nosso primeiro desenho de observação da aula. Neste exercício colocaremos em prática as técnicas vistas até o momento. 5.1 Desenhando Observe as linhas que constituem o desenho do copo: a perspectiva do ponto de vista em que estamos fazem os círculos se transformarem em ovais, e as linhas retas verticais também ficam inclinadas. A perspectiva nada mais é do que um modo tridimensional de representação. Ela cria uma ilusão de profundidade bidimensional que, neste caso, é o papel. Vamos explicar isso maisaprofundadamente em breve. Vamos começar: • Passo 1: Desenhe de forma despretensiosa e solta as linhas-base do copo que você está observando. Elas o auxiliarão em todo o processo. E 14 não as apague: lembre-se de não fazer linhas muito fortes no começo, pois elas são apenas linhas-base. • Passo 2: Veja se a proporção está aproximadamente parecida com o que você está observando. Sem usar a borracha você pode redesenhar as linhas que estão fugindo da harmonia do desenho. É um desenho rápido e com movimentos de linha; chamamos isso de caráter de croqui. • Passo 3: Tente fazer a textura do copo acompanhando sua geometria. Você já pode começar a treinar as sombras também. Figura 19 – Copos e taças Crédito: Rolandtopor/Shutterstock. • Passo 4: Observe de onde vem a luz e, portanto, a direção da sombra. Uma dica é sempre identificar a fonte principal da luz no ambiente. Com esses quatro passos você deu início ao seu estudo de desenho figurativo e verá que desenhar não é um “bicho de sete cabeças”. Não se esqueça de praticar sempre – todos os dias se possível. TROCANDO IDEIAS O desafio desta seção nesta aula é fazer uma pesquisa sobre os traços de dois artistas. Atenção, não devem ser os mesmos artistas sobre os quais tratamos no Tema 3 desta aula. 15 Após a pesquisa deve haver a troca de informações no fórum da matéria. Tente analisar o traço dos artistas e ser crítico em relação ao tema. Se quiser, avalie a perspectiva e o ponto de observação do artista ao realizar o quadro, suas linhas e formas. Não comente sobre as cores. O fato de você ser um estudante analisando um artista experiente mostrará os pontos aos quais você deve ficar atento quando for buscar desenvolver a sua técnica. Comece a escolher os seus “heróis” do desenho. Espirito crítico, repertório e autoconhecimento são importantes na arte. O texto deve conter no mínimo 200 e no máximo 300 palavras por artista estudado, e tenha em vista a análise dos pontos principais vistos nesta aula. Saiba mais Aqui vão alguns sites confiáveis e ótimos como fontes de referência. Use-os sempre que você estiver pesquisando ou melhorando seu repertório. O Urban Sketchers é um site do movimento que acontece em cidades do mundo inteiro no qual pessoas com estilos, idades e formações diferentes se reúnem para desenhar o espaço urbano e suas peculiaridades. Disponível em: <http://brasil.urbansketchers.org/>. Outra fonte muito democrática e rica em informações é o Google Art & Culture, com diversos temas e notícias sobre o mundo das artes. Possui acervo de obras do mundo todo em alta resolução. Disponível em: <https://artsandculture.google.com/>. NA PRÁTICA Após o exercício de troca de ideias sobre os artistas, você e seus colegas deverão compartilhar os desenhos feitos nos exercícios durante a aula no fórum. A prática consiste na interação e percepção de traços diferentes e comentários construtivos. Parsons (1992) ressalta que a arte é formadora de espírito crítico e tem papel fundamental na construção da comunicação entre os seres humanos: Constatamos, assim, que a arte é necessária para desenvolver o raciocínio visual e perceptivo, para nos referenciar como seres humanos capazes de compreender códigos diferentes de linguagem para além do conceito de beleza. De forma atemporal, a arte comunica, expressa visões díspares e se constitui em área de conhecimento, passível de ser ensinada e apreendida. 16 Deste modo vamos aumentando o nosso repertório sempre indagando os estilos de todas as artes e extraindo os pontos positivos para o próprio estilo de desenhar. FINALIZANDO Agora você já possui um panorama básico sobre o desenho de observação. Você deve juntar as informações da aula e começar a perceber seu estilo. Com a pesquisa proposta aqui você terá uma base de qualidade para tal. Montenegro (2017) explica este conceito da referência nos desenhos: Nada se cria do nada. Veja, leia sobre todos os assuntos; bagagem cultural faz a diferença nesta hora. É possível amplificar pelo subconsciente uma coisa que você propôs através do consciente. Mas a resposta não é imediata; você precisará se alimentar de dados (pesquisas) o consciente. Em algum momento imprevisto, a resposta virá. E não adianta procurar obsessivamente a solução, pois isto perturba o trabalho da intuição. Pesquisando você ficará mais seguro do que está fazendo em seus desenhos e terá uma referência sobre outros artistas, arquitetos e designers. Nesta aula revisamos os pontos principais para você iniciar seus estudos no desenho de observação. Com dedicação e atenção você será capaz de: • Desenhar traços mais precisos; • Entender retas e círculos; • Ter resultados mais satisfatórios em suas criações; • Avançar nas próximas etapas do curso. 17 REFERÊNCIAS AUR, D. Van Gogh: a biografia resumida e as principais obras. Green Me, 26 out. 2017. Disponível em: <https://www.greenme.com.br/viver/arte-e- cultura/5981-van-gogh-biografia-principais-obras>. Acesso em: 26 jul. 2019. FRASÃO, D. Leonardo da Vinci. E-biografia, 11 jun. 2019. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/leonardo_vinci/>. Acesso em: 26 jul. 2019. _____. Pablo Picasso. E-biografia, 25 jul 2019. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/pablo_picasso/>. Acesso em: 26 jul. 2019. _____. Michelangelo: Pintor e escultor italiano. E-biografia, 11 jun. 2019. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/michelangelo/>. Acesso em: 26 jul. 2019. _____. Caravaggio: Pintor e escultor italiano. E-biografia, 29 abr. 2019. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/caravaggio/>. Acesso em: 26 jul. 2019. LARA, L. M. et al. Iconografia das festas populares em Cândido Portinari: sentidos/significados das expressões carnavalescas. Motriz: Revista de Educação Física, vol. 17, n. 3, Rio Claro, jul./set. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?frbrVersion=2&script=sci_arttext&pid=S1980- 65742011000300013&lng=en&tlng=en>. Acesso em: 26 jul. 2019. MOLLIERE, B. A perspectiva em urban skerching: truques e técnicas para desenhistas. 1. ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2017. MONTENEGRO, G. Desenho de projetos. São Paulo: Blucher, 2007. PORTAL PORTINARI. Disponível em: <http://www.portinari.org.br/>. Acesso em: 26 jul. 2019. PRÊTO, A. A obra de Michelangelo. Estúdio Anilton Prêto, 16 jan. 2016. Disponível em: <https://aniltonpreto.com.br/blog/11-historia-da-arte/44-a-obra- de-michelangelo.html>. Acesso em: 26 jul. 2019. ROCHA, A. do A. Pablo Picasso. UOL Educação. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/biografias/pablo-picasso.htm>. Acesso em: 26 jul. 2019. 18 WORRALL, S. O que faz de Leonardo Da Vinci um génio? National Geographic, 21 nov. 2017. Disponível em: <https://www.natgeo.pt/historia/2017/11/o-que-faz-de-leonardo-da-vinci-um- genio>. Acesso em: 26 jul. 2019. ZYLBERKAN, M. Caravaggio e sua arte de contrastes. Veja, 22 maio 2012. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/entretenimento/caravaggio-e-sua-arte- de-contrastes/>. Acesso em: 26 jul. 2019. Conversa inicial Contextualizando TEMA 1 – EXERCÍCIOS INICIAIS 1.1 Texturas TEMA 2 – PRATICANDO RETAS SEM RÉGUA TEMA 3 – EXEMPLOS DE TRAÇOS 3.1 Candido Portinari 3.2 Leonardo da Vinci 3.3 Pablo Picasso 3.4 Michelangelo 3.5 Vincent Van Gogh TEMA 4 – PRATICANDO CÍRCULOS E OVAIS 4.1 Desenhando curvas TEMA 5 – DESENHANDO UM COPO 5.1 Desenhando TROCANDO IDEIAS NA PRÁTICA FINALIZANDO REFERÊNCIAS
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