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Aula 06 Dependentes

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Aula 06 
Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico 
do Seguro Social) - Prof. Rubens 
Maurício-2021-Pré-Edital 
 
 
Autores: 
Rubens Mauricio Corrêa, Equipe 
Rubens Mauricio 
Aula 06 
22 de Fevereiro de 2021 
 
 
Dependentes do RGPS 
 
Prestações do RGPS 
Introdução aos Benefícios e Serviços 
 
Carência das Prestações do RGPS 
 
 
 
- 
 
 
 
 
enteado e menor sob tutela 
(precisam comprovar dependência econômica) 
 cônjuge, companheira (o) 
3.1 - INTRODUÇÃO 
 
 3. DEPENDENTES DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA 
 
 
Como já estudado, os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social – RGPS são os 
segurados e seus dependentes. 
Após termos feito o estudo detalhado de cada uma das espécies de segurados, vamos 
agora estudar cada um dos dependentes. 
Os dependentes são beneficiários do RGPS independentemente de qualquer contribuição, 
pois seu vínculo com a Previdência Social decorre da contribuição do segurado com o qual 
mantenha vínculo de dependência. 
Nos termos do art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes dividem-se em três classes, 
conforme segue: 
 Classe I (1ª Classe) - também conhecido como dependentes preferenciais: o cônjuge, 
a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, 
menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, 
mental ou deficiência grave; 
 Classe II (2ª Classe): os pais; 
 Classe III (3ª Classe): o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou 
deficiência grave. 
 
não comprovam dependência 
 econômica 
 
Classe 1 
 
preferenciais 
 
Dependentes 
 
 
filho não emancipado de qualquer 
condição, menor de 21 anos 
filho inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave, 
nos termos do regulamento (de qualquer idade) 
 
Classe 2 
 
 (precisam comprova 
pais 
r dependência econômica) 
 
Classe 3 
irmão de qualquer condição, menor de 21 anos 
 (precisam comprovar dependência econômica) 
irmão inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave, 
nos termos do regulamento (de qualquer idade) 
(precisam comprovar dependência econômica) 
 
 
Direitos dos 
Dependentes 
Benefícios Serviços 
 
 
 
 
 
Os dependentes têm direito apenas a dois benefícios previdenciários, quais sejam: 
 pensão por morte e 
 auxílio-reclusão. 
Além destes benefícios, os dependentes também terão direito aos serviços oferecidos pela 
Previdência Social, conforme segue: 
 Habilitação e reabilitação profissional. 
Tais benefícios e serviços serão estudados em detalhes, junto com as demais prestações 
previdenciárias, durante nosso curso. 
 
 
 
 
 
 
Habilitação e 
Reabilitação Profissional 
Obs.: A MP 905/2019 
excluiu o Serviço Social 
do rol de serviços 
prestados pelo RGPS 
Pensão por morte 
Auxílio-reclusão 
3.2. PRESTAÇÕES DEVIDAS AOS DEPENDENTES 
 
 
4.1. CÔNJUGE 
Obs.: Equipara-se à percepção de pensão alimentícia o recebimento de ajuda 
econômica ou financeira sob qualquer forma. 
 
 4. DEPENDENTES DE PRIMEIRA CLASSE (PREFERENCIAIS) 
 
 
Consideram-se cônjuges aqueles matrimonialmente vinculados pelo casamento. Assim 
sendo, cada um dos cônjuges é beneficiário do RGPS, na condição de dependente, em 
relação ao outro cônjuge, quando estes forem segurados. 
Como exemplo podemos afirmar que o marido é dependente da esposa, se ela for 
segurada. Da mesma forma, a esposa será dependente do marido, se ele for segurado. 
O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, bem como o ex-companheiro, 
que recebia pensão de alimentos, concorrerá em igualdade de condições com os 
dependentes de 1ª Classe. 
 
 
Apesar da legislação previdenciária considerar o recebimento da pensão de alimentos ou 
ajuda econômica/financeira como fator determinante para a manutenção da qualidade de 
dependente para o ex-cônjuge e ex-companheiro, o STJ tem o seguinte entendimento: 
 
 
Súmula 336 – STJ: “A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão 
previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.” 
 
Apesar da súmula mencionar apenas a separação judicial, tal entendimento aplica-se 
também aos casos de divórcio. 
Para corroborar com tal entendimento, podemos citar parte da ementa de Julgamento do 
STJ do Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial 101062/RJ: 
STJ: “Consoante jurisprudência desta Corte, comprovada a dependência econômica em relação ao 
de cujus, o cônjuge separado judicialmente faz jus ao benefício de pensão pós-morte do ex-cônjuge, 
ainda que não receba pensão alimentícia.” 
 
 
4.2. COMPANHEIROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união 
estável com o segurado ou com a segurada. 
Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e 
duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de 
família, exceto nos casos de impedimento legal de casamento, que também impedem a 
constituição de união estável. 
Outrossim, no caso em que um dos companheiros ou ambos sejam separados apenas de 
fato, tal situação, apesar de impedir casamento, não impedirá a união estável. 
Assim sendo, podemos resumir as condições para que se reste caracterizada a união 
estável em dois itens: 
 convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida 
com intenção de constituição de família; 
 ambos os companheiros sejam solteiros, separados judicialmente, divorciados, 
viúvos ou separados de fato. 
Consideram-se cônjuges aqueles matrimonialmente vinculados pelo 
casamento. Assim sendo, cada um dos cônjuges é beneficiário do RGPS, 
na condição de dependente, em relação ao outro cônjuge, quando estes 
forem segurados. 
O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, bem como 
o ex-companheiro(a), que recebia pensão de alimentos, concorrerá em 
igualdade de condições com os dependentes de 1ª Classe. 
 
Súmula 336 – STJ: “A mulher que renunciou aos alimentos na separação 
judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, 
comprovada a necessidade econômica superveniente.”. 
CÔNJUGE 
 
 
Obs.: Não é possível o reconhecimento da união estável, bem como dos efeitos 
previdenciários correspondentes, quando um ou ambos os pretensos 
companheiros forem menores de dezesseis anos. 
COMPANHEIRO / COMPANHEIRA 
As condições para que se reste caracterizada a união estável são: 
1) convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a 
mulher, estabelecida com intenção de constituição de família; 
2) 
judicialmente, divorciados, viúvos ou separados de fato. 
ambos os companheiros sejam solteiros, separados 
Obs.: A MP 871/2019, convertida na lei 13.846/19, trouxe expressa a 
regra de que, para comprovação de dependência econômica ou união 
estável, exige-se início de prova material contemporânea dos fatos, 
produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses 
anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não 
admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência 
de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no 
regulamento. 
 
 
 
 
 
Em se tratando de companheiro(a) maior de dezesseis e menor de dezoito anos, dada a 
incapacidade relativa, o reconhecimento da união estável está condicionado à 
apresentação de declaração expressa dos pais ou representantes legais, atestando que 
conheciam e autorizavam a convivência marital do menor. 
 
 
 
 
 
Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem 
ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a 
segurada. 
Obs.: A MP 871/2019, convertida na lei 13.846/19, trouxe expressa a regra de 
que, para comprovação de dependência econômica ou união estável, exige-seinício de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não 
superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento 
à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto 
na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no 
regulamento. 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
As Classes de dependentes são definidas em três, e companheiros, desde que comprovem 
união estável, são considerados como dependentes Classe I, portanto automaticamente 
considerados como financeiramente dependentes do segurado, não existindo um prazo 
legal para configurar uma união considerada estável, conforme podemos ver no art. 16 da 
Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; 
(...) 
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável 
com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. 
(Destaques Nossos). 
Vamos conferir o Art. 226 da Constituição federal: 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
[...] 
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher 
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 
(Destaques Nossos). 
(CESPE - Analista de Gestão Educacional – SEDF - 2017). Relativamente a segurados, 
cumulação de benefícios e previdência complementar, julgue o item a seguir. 
Entende-se como companheiro ou companheira para efeito de proteção 
previdenciária a pessoa com quem o segurado mantém união estável por período 
superior a cinco anos, independentemente da existência de prole em comum. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
 
 
(CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - 2017). A respeito da carência e da 
condição de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), 
julgue o item subsequente. 
Para a concessão da pensão por morte na condição de companheira ou companheiro, 
exige-se do interessado a prova da existência de filhos em comum ou da convivência 
por, no mínimo, dois anos com o segurado falecido. 
( ) Certo 
( ) Errado 
Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. 
 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Assertiva incorreta. As Classes de dependentes, conforme estudamos, são definidas em 
três e companheiros, desde que comprovem união estável, são considerados como 
dependentes Classe I, sendo automaticamente considerados como financeiramente 
dependentes do segurado, e não existindo um prazo legal para configurar uma união 
considerada estável e, menos ainda a necessidade da existência de filhos em comum, 
conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; 
(...) 
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável 
com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. 
(Destaques Nossos). 
 
 
Vejamos o Art. 226 da Constituição federal: 
 
 
4.3. COMPANHEIROS HOMOSSEXUAIS 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
[...] 
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher 
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 
(Destaques Nossos). 
Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. 
 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
 
 
 
No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, as normas que tratam de 
dependentes para fins previdenciários devem ser interpretadas de forma a abranger a 
união estável entre pessoas do mesmo sexo. 
O companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado inscrito no RGPS integra 
o rol dos dependentes e, desde que comprovada a união estável, concorre com os 
dependentes preferenciais (dependentes de 1ª Classe), para fins de recebimento de 
pensão por morte e de auxílio-reclusão, independentemente de comprovação de 
dependência econômica. 
 
 
 
 
 
O STF já se posicionou reconhecendo a legitimidade da união homoafetiva como entidade 
familiar. Vejamos o julgado a seguir: 
 
 
RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO ENTIDADE FAMILIAR 
. - O Supremo Tribunal Federal - apoiando-se em valiosa hermenêutica construtiva e invocando 
princípios essenciais (como os da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da autodeterminação, 
 
 
COMPANHEIROS HOMOSSEXUAIS 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
da igualdade, do pluralismo, da intimidade, da não discriminação e da busca da felicidade) - 
reconhece assistir, a qualquer pessoa, o direito fundamental à orientação sexual, havendo 
proclamado, por isso mesmo, a plena legitimidade ético-jurídica da união homoafetiva como 
entidade familiar, atribuindo-lhe, em consequência, verdadeiro estatuto de cidadania, em ordem a 
permitir que se extraiam, em favor de parceiros homossexuais, relevantes consequências no plano 
do Direito, notadamente no campo previdenciário, e, também, na esfera das relações sociais e 
familiares . - A extensão, às uniões homoafetivas, do mesmo regime jurídico aplicável à união estável 
entre pessoas de gênero distinto justifica-se e legitima-se pela direta incidência, dentre outros, dos 
princípios constitucionais da igualdade, da liberdade, da dignidade, da segurança jurídica e do 
postulado constitucional implícito que consagra o direito à busca da felicidade, os quais configuram, 
numa estrita dimensão que privilegia o sentido de inclusão decorrente da própria Constituição da 
República (art. 1º, III, e art. 3º, IV), fundamentos autônomos e suficientes aptos a conferir suporte 
legitimador à qualificação das conjugalidades entre pessoas do mesmo sexo como espécie do 
gênero entidade familiar .(STF, RE 477554 AgR/MG, DJe-164, de 25/08/2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo - TCE-SC – 2016). A seguridade social 
compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da 
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social. Acerca da seguridade social, julgue o item subsequente. 
No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, as normas que 
tratam de dependentes para fins previdenciários devem ser interpretadas 
de forma a abranger a união estável entre pessoas do mesmo sexo. 
O companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado inscrito 
no RGPS integra o rol dos dependentes e, desde que comprovada a união 
estável, concorre com os dependentes preferenciais (dependentes de 
Classe I), para fins de recebimento de pensão por morte e de auxílio- 
reclusão, independentemente de comprovação de dependência 
econômica. 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Sabemos que os dependentes são divididos em 3 classes, segundo o Art. 16 da Lei 
8.213/91, senão vejamos: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; 
II - os pais; 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou 
que tenhadeficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
Na análise literal do dispositivo, podemos notar que nada se aborda na lei sobre os 
relacionamentos homoafetivos. Contudo, o STF publicou diversas decisões neste sentido, 
conforme segue: 
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. UNIÃO 
HOMOAFETIVA. LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO 
DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO COMO ENTIDADE FAMILIAR. DIREITO À 
PERCEPÇÃO DO BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE. RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DAS 
REGRAS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL HETEROAFETIVA. 
ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DESTA 
CORTE. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 
1. O preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — “é reconhecida como entidade familiar a 
união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura 
e estabelecida com o objetivo de constituição de família” – não obsta que a união de pessoas do 
mesmo sexo possa ser reconhecida como entidade familiar apta a merecer proteção estatal. O Pleno 
do Supremo Tribunal Federal, proferiu esse entendimento no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 
132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sessão de 5.5.11, utilizando a técnica da 
O STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, 
assegura ao(à) companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para 
fins previdenciários. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
interpretação conforme a Constituição do referido preceito do Código Civil, para excluir qualquer 
significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do 
mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. 
Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas consequências 
da união estável heteroafetiva. 
2. Em recente pronunciamento, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar caso análogo ao presente, 
o RE n. 477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 26.08.11, em que se discutia o direito 
do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de 
seu parceiro, enfatizou que “ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem 
sofrer quaisquer restrições de ordem jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, 
por tal razão, têm direito de receber a igual proteção tanto das leis quanto do sistema político- 
jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer 
estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o 
desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. (…) A família resultante 
da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas, 
benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões 
heteroafetivas.” (Precedentes: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 
643.229, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo 
Lewandowski, DJe de 15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; 
RE n. 437.100, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros). 
(...) 
(STF – RE 607562 AgR/PE – Relator Ministro LUIZ FUX – Primeira Turma – Julgamento em 18.09.2012 
– Publicação em 03.10.2012) 
(Destaques Nossos). 
Portanto podemos concluir que a assertiva está correta, pois o STF reconhece a união 
homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura ao companheiro(a) 
da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins previdenciários. 
Estudar a Jurisprudência é essencial para diferenciar o candidato bem preparado. 
Sobretudo em casos de assuntos que possuem uma razoável projeção na mídia. Estes 
assuntos, o candidato tem que saber. 
Gabarito: CERTO. 
 
 
CONCUBINATO 
 
 
 
Considera-se concubinato a relação não eventual entre o homem e a mulher, impedidos 
de casar. Trata-se de uma relação impedida e que não pode ser considerada como 
entidade familiar. No entanto, exclui-se da noção de concubinato a relação de pessoas 
separadas judicialmente ou de fato que, apesar de serem impedidas para novo casamento, 
podem estabelecer união estável, conforme previsão expressa em lei. 
Também se considera concubina a mulher com quem o cônjuge adúltero tem encontros 
periódicos fora do lar. 
A doutrina e a jurisprudência consideram as relações de concubinato excluídas do conceito 
de união estável, por considerá-las ilegítimas, não alcançando a proteção do Estado. 
Vejamos decisão do STF sobre o assunto: 
 
 
 
STF - COMPANHEIRA E CONCUBINA - DISTINÇÃO. Sendo o Direito uma verdadeira ciência, 
impossível é confundir institutos, expressões e vocábulos, sob pena de prevalecer a babel. UNIÃO 
ESTÁVEL - PROTEÇÃO DO ESTADO. A proteção do Estado à união estável alcança apenas as 
situações legítimas e nestas não está incluído o concubinato. PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO - 
MULHER - CONCUBINA - DIREITO. A titularidade da pensão decorrente do falecimento de servidor 
público pressupõe vínculo agasalhado pelo ordenamento jurídico, mostrando-se impróprio o 
implemento de divisão a beneficiar, em detrimento da família, a concubina. (STF - RE: 397762 BA, 
Relator: MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 03/06/2008) 
 
 
 
Considera-se concubinato a relação não eventual entre o homem e a mulher, 
impedidos de casar. Trata-se de uma relação impedida e que não pode ser 
considerada como entidade familiar. Também se considera concubino(a) aquele 
com quem o cônjuge adúltero tem encontros periódicos fora do lar. 
 
A doutrina e a jurisprudência consideram as relações de concubinato excluídas 
do conceito de união estável, por considera-las ilegítimas, não alcançando a 
proteção do Estado. 
 
No entanto, exclui-se da noção de concubinato a relação de pessoas separadas 
judicialmente ou de fato que, apesar de serem impedidas para novo 
casamento, podem estabelecer união estável, conforme previsão em lei. 
4.4. CONCUBINATO 
 
 
 
 
 
 
 
Os filhos também estão incluídos no rol de dependentes de Classe I (dependentes 
preferenciais), quando não emancipados, de qualquer condição, quando menores de 21 
anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual, mental 
ou deficiência grave. 
Destaco aqui que os filhos adotados não são apenas equiparados a filhos... Filhos adotados 
SÃO FILHOS, sem qualquer distinção (não por equiparação, mas por definição). A 
Constituição Federal de 1988 unificou o direito de igualdade entre os filhos. 
Muitos alunos costumam confundir a dependência dos filhos para efeitos previdenciários 
com a dependência para efeito de imposto de renda. Os filhos que tenham entre 21 e 24 
anos, quando universitários ou estejam cursando escola técnica de 2º grau, apesar de 
dependentes para efeito de imposto de renda, não são considerados dependentes para 
efeitos previdenciários. 
O filho maior de 21 anos somente manterá a condição de dependente quando inválido ou 
se tiver deficiência intelectual, mental ou deficiência grave. 
Outro ponto que costuma causar confusão ocorreu após a redução da maioridade 
promovida pelo Novo Código Civil, de 21 anos para 18 anos, para aquisição de plena 
capacidade civil. Essa redução de maioridade civil para 18 anos em nada altera a idade dos 
filhos, equiparados a filhos e irmãos para fins previdenciários, que manterão a qualidade 
de dependente, quando não emancipados, até completar 21 anos de idade. 
A emancipação, cujo conceito jurídico é a aquisição de capacidade civil antes da idade 
mínima definida em lei, ou seja, é a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil, 
poderá antecipar a perdada qualidade de dependente para idades anteriores a 21 anos. 
Vejamos abaixo as causas de emancipação: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o 
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
4.5. FILHOS 
 
 
Obs.: Se a emancipação decorrer da colação de grau científico em curso de 
ensino superior, apesar de emancipado, o filho não perde a condição de 
dependente. 
Exemplo 1: Abelardo , segurado do RGPS, faleceu deixando um filho de 25 anos 
chamado Paulo. Seis meses após a morte de Abelardo, Paulo sofreu um acidente e ficou 
inválido. Nesta situação, apesar de inválido, Paulo não terá direito à pensão por morte, 
pois sua invalidez ocorreu após a morte de seu pai Abelardo e quando Paulo já possuía 
mais de 21 anos. 
Exemplo 2: Agora vamos imaginar que Paulo, quando do falecimento de seu pai 
Abelardo, tivesse 16 anos. Caso Paulo fique inválido antes de completar 21 anos, terá 
direito à manutenção dos benefícios de pensão por morte, enquanto durar a invalidez, 
independentemente de ter ficado inválido antes ou após o óbito do segurado. 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, 
desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia 
própria. 
 
 
Para efeitos de dependência previdenciária sem limite de idade, a invalidez tem que existir 
quando o requisito exigido como condição para concessão do benefício for implementado. 
Assim sendo, a pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez 
tenha ocorrido antes da emancipação ou antes de completar a idade de vinte e um anos, 
desde que reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da 
invalidez até a data do óbito do segurado. 
 
 
 
 
 
O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor 
individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do 
dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave. 
 
 
 
(CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue o item 
a seguir. 
De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, filho maior de vinte e um anos de 
idade não portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a condição de 
dependente do segurado do RGPS até completar vinte e quatro anos, desde que seja 
estudante universitário. 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Filhos, com exceção dos inválidos ou deficientes, são dependentes Classe I e possuem 
direito a pensão até os 21 anos, não sendo o exercício de tal direito prorrogável pelo fato 
de estarem matriculados em universidade. 
Conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; (...) 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve 
ser comprovada. 
(Destaques Nossos). 
Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. 
 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
 
(CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA). 
Ao filho maior de vinte e um anos de idade será garantida a prestação de benefícios 
e serviços da previdência social, desde que comprove a matrícula em instituição de 
ensino superior, até a data da sua formatura. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
(Questão Inédita) Julgue o item a seguir: De acordo com o disposto na Lei n.º 
8.213/1991, o filho, ainda não emancipado, quando adquire a maioridade civil e não 
é portador de invalidez ou qualquer deficiência, automaticamente perde a condição 
de dependente do segurado do RGPS. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Filhos fazem parte de dependentes da Classe I, como podemos ver no art. 16 da Lei 
8.213/91, mas como sabemos, há algumas condições para isto. Vejamos o referido artigo: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; 
(...) 
(Destaques Nossos). 
Podemos ver que nada se fala sobre o filho ser estudante universitário ou não. A lei apenas 
diz que filhos menores de 21 anos são considerados como dependentes, com exceção aos 
filhos inválidos ou portadores de deficiências intelectuais ou mentais, portanto assertiva 
incorreta. 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
4.6. EQUIPARADOS A FILHOS 
Filhos fazem parte de dependentes da Classe I e perdem tal condição quando chegam a 
determinada idade. Mas será que esta idade coincide com a maioridade civil? Vejamos o 
art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; (...) 
(Destaques Nossos). 
Podemos ver, neste caso, que a idade considerada pela legislação previdenciária para a 
perda da condição de dependente é de 21 anos. Isto é diferente da perda da menoridade 
que, segundo o artigo 5º do Código Civil, cessa aos 18 anos. 
Calma... Você não precisa saber todo o Código Civil para realizar uma prova de direito 
previdenciário. Mas, neste tipo de contexto, uma informação que pode ser considerada 
senso comum (a maioridade no Brasil inicia-se após os 18 anos completos), pode cair na 
sua prova. Mas não confunda maioridade civil (18 anos) com idade padrão para cessar a 
dependência do filho no RGPS (21 anos). 
 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equiparam-se aos filhos, desde que comprovada a dependência econômica na forma 
estabelecida no § 3º do art. 22, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e desde 
que não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação. 
 
 
Lei 8.213/91: Menor sob guarda não é dependente do RGPS. 
Lei 8.090/90: Menor sob guarda é dependente do RGPS. 
 
 
 
Os enteados e menores sob tutela serão beneficiários do RGPS na qualidade de 
dependente casos preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos: 
 declaração escrita do segurado; 
 comprovação de dependência econômica; 
 não possuir bens suficientes para garantir seu sustento e educação 
Os equipados a filhos, quando cumprirem os requisitos exigidos, também estão incluídos 
no rol de dependentes de Classe I (dependentes preferenciais), desde que sejam menores 
de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual, 
mental ou deficiência grave. 
A maior polêmica está na exclusão dos “menores sob guarda” do rol de dependentes 
equiparados a filhos, conforme podemos verificar no art. 16, § 2º,da Lei 8.213/91, com a 
redação dada pela Lei nº 9.528/97. Após a exclusão dos menores sob guarda, restaram 
como equiparados a filhos apenas o enteado e o menor tutelado. 
No entanto, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.090/90), em seu art. 33, §1º, 
determina que: 
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e 
efeitos de direito, inclusive previdenciários. 
Como podemos perceber, existe um conflito entre a norma mais específica (Lei 8.213/91) 
e a norma mais genérica (Estatutoda Criança e do Adolescente) acerca da equiparação a 
filho do “menor sob guarda”, para efeitos previdenciários. Vejamos, resumidamente, cada 
entendimento: 
 
Enteado: considera-se enteado o filho de seu cônjuge ou companheiro atual, 
proveniente de um relacionamento anterior. 
 
Tutela: considera-se tutela um encargo conferido a uma pessoa civilmente capaz, 
para que esta administre os bens e/ou a conduta de um menor de idade, 
decorrente de falecimento dos pais ou estes decaírem dom poder familiar. 
 
 
Para resolver tal conflito, a Emenda Constitucional 103/19 (Reforma da Previdência), norma 
supralegal, determinou que se equiparam a filho, para fins de recebimento da pensão por 
morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a 
dependência econômica. Nesse caso, como a Constituição Federal prevalece sobre as leis, 
podemos concluir que o menor sob guarda não é dependente do RGPS. 
 
 
Vamos ver o que a jurisprudência entendia antes da publicação da Emenda Constitucional 
103/19: 
 
 
Vejamos uma decisão favorável ao Estatuto da Criança e Adolescente, mantendo o menor 
sob guarda no rol dos dependentes do RGPS: 
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO EM MANDADO 
DE SEGURANÇA. PENSÃO POR MORTE. MENOR SOB GUARDA 
JUDICIAL. APLICABILIDADE DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE - ECA. INTERPRETAÇÃO COMPATÍVEL COM A 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E COM O PRINCÍPIO DE 
PROTEÇÃO INTEGRAL DO MENOR. 1. Caso em que se discute a 
possibilidade de assegurar benefício de pensão por morte a menor sob 
guarda judicial, em face da prevalência do disposto no artigo 33, § 3º, 
do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, sobre norma 
previdenciária de natureza específica. 2. Os direitos fundamentais da 
criança e do adolescente têm seu campo de incidência amparado pelo 
status de prioridade absoluta, requerendo, assim, uma hermenêutica 
própria comprometida com as regras protetivas estabelecidas na 
Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. 3. A 
Lei 8.069/90 representa política pública de proteção à criança e ao 
adolescente, verdadeiro cumprimento da ordem constitucional, haja 
vista o artigo 227 da Constituição Federal de 1988 dispor que é dever 
do Estado assegurar com absoluta prioridade à criança e ao adolescente 
o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda 
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e 
opressão. 4. Não é dado ao intérprete atribuir à norma jurídica 
 
 
conteúdo que atente contra a dignidade da pessoa humana e, 
consequentemente, contra o princípio de proteção integral e 
preferencial a crianças e adolescentes, já que esses postulados são a 
base do Estado Democrático de Direito e devem orientar a 
interpretação de todo o ordenamento jurídico. 5. Embora a lei 
complementar estadual previdenciária do Estado de Mato Grosso seja 
lei específica da previdência social, não menos certo é que a criança e 
adolescente tem norma específica, o Estatuto da Criança e do 
Adolescente que confere ao menor sob guarda a condição de 
dependente para todos os efeitos, inclusive previdenciários (art. 33, § 
3º, Lei n.º 8.069/90), norma que representa a política de proteção ao 
menor, embasada na Constituição Federal que estabelece o dever do 
poder público e da sociedade na proteção da criança e do adolescente 
(art. 227, caput, e § 3º, inciso II). 6. Havendo plano de proteção alocado 
em arcabouço sistêmico constitucional e, comprovada a guarda, deve 
ser garantido o benefício para quem dependa economicamente do 
instituidor. 7. Recurso ordinário provido. 
(STJ - RMS: 36034 MT 2011/0227834-9, Relator: Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, Data de Julgamento: 26/02/2014, S1 - PRIMEIRA 
SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 15/04/2014) 
Vejamos agora uma decisão favorável ao entendimento da Lei 8.213/91, excluindo o menor 
sob guarda no rol dos dependentes do RGPS: 
PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. 
PENSÃO POR MORTE. MENOR SOB GUARDA. ANÁLISE DE 
DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. 1. É pacífica a 
jurisprudência desta Corte no sentido de ser indevida pensão por morte 
a menor sob guarda se o óbito do segurado tiver ocorrido sob a vigência 
da MP n. 1.523/96, posteriormente convertida na Lei n. 9.528/97. 
Precedentes (...) - (AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.141.788 – RS) 
Em recente decisão, o STJ confirmou o entendimento de que o Estatuto da Criança e 
Adolescente deve prevalecer sobre a modificação legislativa promovida na lei geral da 
Previdência Social, mantendo o menor sob guarda no rol dos dependentes do RGPS: 
PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. MENOR SOB GUARDA. 
ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS. ART. 16 DA LEI N. 8.213/90. 
MODIFICAÇÃO PELA MP N. 1.523/96, CONVERTIDA NA LEI N. 
 
 
MENOR SOB GUARDA 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
(CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - Auditoria de Contas Públicas – 
2017). 
Acerca da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios de previdência social, 
julgue o item a seguir. 
9.528/97. CONFRONTO COM O ART. 33, § 3º, DO ECA. ART. 227 DA 
CONSTITUIÇÃO. INTERPRETAÇÃO CONFORME. PRINCÍPIO DA 
PROTEÇÃO INTEGRAL E PREFERENCIAL DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE. 1. Ao menor sob guarda deve ser assegurado o direito 
ao benefício da pensão por morte mesmo se o falecimento se deu após 
a modificação legislativa promovida pela Lei n. 9.528/97 na Lei n. 
8.213/90. 2. O art. 33, § 3º da Lei n. 8.069/90 deve prevalecer sobre a 
modificação legislativa promovida na lei geral da previdência social 
porquanto, nos termos do art. 227 da Constituição, é norma 
fundamental o princípio da proteção integral e preferência da criança e 
do adolescente. 3. Embargos de divergência acolhidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com o §3º do art. 33 da lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do 
Adolescente - ECA), “a guarda confere à criança ou adolescente a condição de 
dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários”. 
No entanto, há um conflito entre as normas estabelecidas no art. 16, §2º, da lei 
8.213/91 e o §3º do art. 33 da lei 8.069/90 (ECA). 
 
Para resolver tal conflito, a Emenda Constitucional 103/19, norma supralegal, 
determinou que se equiparam a filho, para fins de recebimento da pensão por 
morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que 
comprovada a dependência econômica. Nesse caso, como a Constituição 
Federal prevalece sobre as leis, podemos concluir que o menor sob guarda 
não é dependente do RGPS. 
 
 
(CESPE - Defensor Público Federal – 2015). 
Em relação aos segurados do RGPS e seus dependentes, julgue o item subsecutivo. 
A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob guarda do 
segurado filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão jurisprudencial a 
respeito do tema, dada a existência de normas contrárias no ordenamento jurídico 
nacional. 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
As Classes de dependentes são definidas em três, e vimos que apenas os dependentes de 
1ª Classe são considerados como financeiramente dependentes do segurado. O enteado 
do segurado é equiparado aos filhos, mas precisa comprovar dependência econômica para 
ser considerado dependente e receber os benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da 
Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; (...) 
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde 
que comprovada a dependência econômica naforma estabelecida no Regulamento. 
(Destaques Nossos). 
 
 
Sendo assim podemos concluir que a assertiva é verdadeira. 
 
 
Gabarito: CERTO. 
 
 
 
 
O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada do 
RGPS, poderá ser inscrito no INSS como dependente desta. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
4.7. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
A assertiva está incorreta, pois diferentemente do afirmado, a lei de benefícios 
previdenciários NÃO prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado filiado 
ao RGPS é seu dependente (não confundir menor sob guarda com menor sob tutela). Esse 
também é o disposto no texto constitucional, conforme art. 28 do ADCT, equiparam-se a 
filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o menor 
tutelado, desde que comprovada a dependência econômica. 
 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
 
 
 
 
Os dependentes de Classe I, também conhecidos como dependentes preferenciais, em 
regra, não precisam comprovar dependência econômica, uma vez que tal dependência é 
presumida. 
Os únicos dependentes de Classe I que precisam comprovar dependência econômica são 
os equiparados a filhos, conforme segue: 
 Enteado; 
 Menor sob Tutela; 
 Menor sob Guarda (se aceito como dependente) 
Os enteados e menores sob tutela serão beneficiários do RGPS na qualidade de 
dependente casos preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos: 
 declaração escrita do segurado; 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
 comprovação de dependência econômica; 
 não possuir bens suficientes para garantir seu sustento e educação. 
No caso dos demais dependentes de Classe I, mesmo que possuam bens suficientes para 
garantir seu sustento e educação e não dependam economicamente do segurado, farão 
jus às prestações previdenciárias na qualidade de dependentes. 
Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, quando for o caso, devem ser 
apresentados no mínimo três dos seguintes documentos: 
 certidão de nascimento de filho havido em comum; 
 certidão de casamento religioso; 
 declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como 
seu dependente; 
 disposições testamentárias; 
 declaração especial feita perante tabelião; 
 prova de mesmo domicílio; 
 prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão 
nos atos da vida civil; 
 procuração ou fiança reciprocamente outorgada; 
 conta bancária conjunta; 
 registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como 
dependente do segurado; 
 anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; 
 apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa 
interessada como sua beneficiária; 
 ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado 
como responsável; 
 escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente; 
 declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou 
 quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. 
 
 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
 
A MP 871/2019, convertida na lei 13.846/19, trouxe expressa a regra de que, 
para comprovação de dependência econômica ou união estável, exige-se início 
de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior 
a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão 
do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto na 
ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no 
regulamento. 
 
No caso de pagamento da cota individual da pensão por morte para 
companheiro(a), quando se enquadrem na tabela de idades que será estudada 
na próxima aula (alínea c, do inciso V, do § 2º, do art. 77, da Lei 8.213/91), deverá 
ser apresentado, ainda, início de prova material que comprove união estável por 
pelo menos 2 (dois) anos antes do óbito do segurado. 
 
Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver sido 
condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como autor, 
coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido 
contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os 
inimputáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
(CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB – 2018) (QUESTÃO ADAPTADA). 
Julgue a assertiva a seguir. 
A prestação de benefícios e serviços da previdência social será garantida ao cônjuge 
supérstite, desde que este comprove a dependência econômica do cônjuge segurado 
que tiver falecido. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
(CESPE - Analista Judiciário - TRT 7ª Região – 2017) (QUESTÃO ADAPTADA). João, 
segurado obrigatório no RGPS, é casado com Fabiana, pelo regime da separação total 
de bens, com quem tem dois filhos, Marcos, de dezesseis anos de idade, e Felipe, de 
vinte e cinco anos de idade, portador de deficiência mental grave desde criança. 
Nessa situação hipotética, à luz da Lei n.º 8.213/1991, considera(m)-se dependente(s) 
previdenciário(s) de João: Fabiana, Marcos e Felipe. 
( ) Certo 
( ) Errado 
Cônjuge, como você sabe, são pertencentes à Classe I. Não se assuste com as palavras 
que você não conheça, caso isto ocorra na prova. No caso, cônjuge supérstite significa 
cônjuge sobrevivente (viúvo), pertence à Classe I. Sabemos que dependentes Classe I, são 
considerados como financeiramente dependentes, conforme podemos ver no art. 16 da 
Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; (...) 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve 
ser comprovada. 
(Destaques Nossos). 
 
 
Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o cônjuge não deverá 
comprovar dependência econômica, uma vez que ela é presumida. 
 
 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Cônjuges, filhos menores de 21 anos não emancipados ou filhos inválidos ou que tenham 
deficiência intelectual ou mental (independentemente da idade), são considerados como 
 
 
(CESPE - Juiz Federal - TRF 1ª Região – 2015) (QUESTÃO ADAPTADA). Com relação 
aos beneficiários do RGPS, julgue o item a seguir: 
Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos de vinte 
e um anos são economicamente dependentes do segurado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
dependentes de 1ª Classe. Automaticamente, tais dependentes têm sua dependência 
econômica presumida, conforme podemos conferir no art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; 
(...) 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve 
ser comprovada. 
(Destaques Nossos). 
O fato de João ser casado com Fabiana pelo regime da separação total de bens em nada 
altera a condição de dependente preferencial de Fabiana. Sendo assim podemos concluir 
que a assertiva é verdadeira. 
Gabarito: CERTO. 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
O enteado do segurado, é equiparado aos filhos, mas precisa comprovar dependência 
econômica para receber os benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menorde 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; 
(...) 
 
 
(CESPE - Defensor Público do Distrito Federal – 2013). Acerca do RGPS, julgue o item 
a seguir. 
É presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos 
de vinte e um anos de idade em relação ao segurado da previdência social, não sendo 
necessária a comprovação dessa dependência para que ele se torne beneficiário do 
RGPS na condição de dependente do segurado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde 
que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. 
(Destaques Nossos). 
Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o enteado, apesar de ser 
dependente de 1ª Classe, deverá comprovar a dependência econômica. 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Estudamos que os filhos são pertencentes à Classe I, no rol de dependentes (que possui 3 
classes). Dependentes Classe I são considerados como financeiramente dependente, como 
podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; 
(...) 
(Destaques Nossos). 
 
 
Note que a menção à idade é de 21 anos e não 18. Não confunda a maioridade civil com 
a perda da condição de dependente. 
 
 
5.1. PAIS 
5.2. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA 
Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta, pois é presumida a 
dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e um anos 
de idade em relação ao segurado da previdência social. O fato de ser presumida também 
a dependência econômica para os filhos menores de 18 anos, não modifica a verdade 
contida na afirmação. 
Gabarito: CERTO. 
 
 
 
 
 5. DEPENDENTES DE SEGUNDA CLASSE 
 
 
Os pais (pai e a mãe) do segurado são seus dependentes de Classe II. 
Importante lembrar que os dependentes de Classe II somente terão direito às prestações 
previdenciárias (benefícios e serviços) caso não exista nenhum dependente de Classe I 
(preferencial), uma vez que a existência de dependente de qualquer das classes anteriores 
exclui do direito às prestações os das classes seguintes. 
 
 
 
Para fins de concessão de benefícios previdenciários, os pais (dependentes de Classe II) 
devem comprovar dependência econômica, bem como a inexistência de dependentes de 
1ª Classe (preferenciais). 
 
 
 
 
 
"PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. DEPENDENTES. PAIS. COMPROVAÇÃO DE 
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. LEI 8.213/91. 1. Conforme firme jurisprudência desta Corte, a 
dependência econômica da mãe do segurado falecido, para fins de percepção de pensão por morte, 
 
 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
não é presumida, devendo ser comprovada”. (AgRg no AREsp 136451 / MG, RELATOR MINISTRAO 
CASTRO MEIRA, T2 - SEGUNDA TURMA, 19/06/2012, DJe 03/08/2012). 
 
O Superior Tribunal de Justiça – STJ vinha se pronunciando no sentido de que testemunhos 
coerentes e idôneos merecem crédito, no tocante à demonstração da dependência 
econômica dos pais em relação aos filhos, uma vez que nem a lei nem o regulamento da 
Previdência Social exigiam que a dependência econômica dos pais em relação aos filhos 
seja comprovada por início de prova documental, tal como ocorre para a demonstração 
do tempo de serviço. Neste sentido: 
"PROCESSUAL E PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. DEPENDÊNCIA. ECONÔMICA. 
COMPROVAÇÃO. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. INEXIGÊNCIA. A legislação previdenciária não 
exige início de prova material para comprovação da dependência econômica de mãe para com o 
filho segurado, sendo bastante a prova testemunhal lícita e idônea." (RESP 296128/SE, RELATOR 
MINISTRO GILSON DIPP, DJ 04/02/2002, p.475) 
 
Realmente não existia regra expressa na legislação previdenciária sobre o assunto. 
Entretanto, a situação se alterou com a publicação da Medida Provisória 871 em 
18/01/2019, que acrescentou à lei 8.213/91 a regra de que, para comprovação de 
dependência econômica ou união estável, é necessária a apresentação de prova material 
(prova documental) contemporânea aos fatos, não admitida a prova exclusivamente 
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, que ainda 
serão definidos em regulamento. 
 
 
 
(CESPE - Defensor Público Federal - 2017). A respeito da condição de segurados e 
dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue o item 
subsequente. 
Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência econômica 
dos genitores do segurado é considerada presumida. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
(CESPE - Analista de Administração Pública - TC-DF - 2014). No que se refere ao 
regime geral de previdência social, julgue o item a seguir. 
É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado para 
fins de atribuição da qualidade de dependentes. 
( ) Certo 
( ) Errado 
COMENTÁRIOS: 
As Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes Classe I, em 
regra, são considerados, de forma presumida, como economicamente dependentes do 
segurado. Os genitores do segurado (pai e mãe) são considerados como dependentes de 
Classe II, precisando comprovar dependência econômica para receber pensão, conforme 
podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave 
II - os pais; (...) 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve 
ser comprovada. (Destaques Nossos). 
Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Não é bem assim. Os pais do segurado são considerados como dependentes Classe II, 
precisando comprovar dependência financeira para receber pensão, conforme podemos 
ver no art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
 
 
(CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho – 2013). No que se refere às normas que 
regulamentam a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente. 
Apesar de integrarem a segunda classe de dependentes, os pais poderão fazer jus ao 
recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a dependência econômica 
do segurado a eles, ainda que existam dependentes que integrem a primeira classe. 
( ) Certo 
( ) Errado 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave 
II - os pais; (...) 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve 
ser comprovada. (Destaques Nossos). 
Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois a dependência econômica dos 
pais do segurado para fins de atribuição da qualidade de dependentes deverá ser 
comprovada. 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Conforme estudamos, as Classes de dependentes são definidas em três e apenas os 
dependentes Classe I são, em regra, automaticamente considerados como 
economicamente dependentes do segurado. Os pais do segurado são considerados como 
dependentes de Classe II, precisando comprovar dependência financeira para receber 
pensão, porém só poderão receber essa pensão caso não exista nenhum beneficiário 
Classe I, conforme podemosver no art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave 
II - os pais; 
 
 
6.1. IRMÃOS 
(...) 
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações 
os das classes seguintes. (...) 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve 
ser comprovada. 
(Destaques Nossos). 
 
 
Além do erro apontado acima, outro erro está inserido na questão. Quando a assertiva 
afirma que os pais poderão fazer jus ao recebimento de pensão por morte, desde que 
comprovem a dependência econômica do segurado a eles, temos uma inversão técnica, 
pois não se deve comprovar a dependência econômica do segurado aos pais, mas sim dos 
pais em relação aos segurados. 
Portanto, podemos concluir que a assertiva está duplamente incorreta. 
Gabarito: ERRADO. 
 
 
 
 
 6. DEPENDENTES DE TERCEIRA CLASSE 
 
 
Os irmãos são dependentes de Classe III, quando não emancipados, de qualquer condição, 
quando menores de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha 
deficiência intelectual, mental ou deficiência grave. 
Obs.: Se a emancipação decorrer da colação de grau científico em curso de ensino 
superior, o irmão (assim como o filho do segurado) não perderá a condição de 
dependente. 
Importante lembrar que os dependentes de 3ª classe somente terão direito às prestações 
previdenciárias (benefícios e serviços) caso não exista qualquer dependente de 1ª classe 
(preferencial), nem tampouco qualquer de pendente de 2ª Classe, uma vez que a existência 
de dependente de qualquer das classes anteriores exclui do direito às prestações os das 
classes seguintes. 
 
 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
 
 
 
Como vimos, para fins de concessão de benefícios previdenciários, os irmãos (dependentes 
de 3ª classe) devem comprovar dependência econômica, bem como a inexistência de 
dependentes de 1ª Classe (preferenciais) e de 2ª Classe. 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Para responder a esta questão, recorramos ao art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; 
II - os pais; 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou 
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve 
ser comprovada. 
(Destaques Nossos). 
 
 
Portanto assertiva incorreta, pois a dependência dos irmãos, que são dependentes da 
Classe III, não é presumida, devendo ser comprovada. 
Gabarito: ERRADO. 
(CESPE - Auditor Governamental - CGE PI –2015). A respeito do regime geral de 
previdência social, julgue o item a seguir. 
A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na condição 
de dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de benefício 
previdenciário. 
( ) Certo 
( ) Errado 
6.2. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Como estudamos, temos três classes de dependentes. Irmãos pertencem a Classe III, 
portanto, conforme podemos ver na legislação, transcrita abaixo, precisam comprovar a 
dependência econômica. Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; 
II - os pais; 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou 
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
(Destaques Nossos). 
Nesse caso em específico, o irmão (José) tem 16 anos de idade, não é emancipado e é 
economicamente dependente de seu irmão mais velho (João, que é segurado RGPS). 
Portanto, José é considerado como beneficiário dependente de João, se não houver 
dependentes de classes anteriores. 
 
 
Gabarito: CERTO. 
(CESPE - Analista Judiciário - TRT 10ª Região – 2013). O item a seguir apresenta uma 
situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições 
do direito previdenciário. 
José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão 
mais velho, João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é 
considerado beneficiário do regime geral da previdência social, na condição de 
dependente de João. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
 
 7. REGRAS APLICÁVEIS AOS DEPENDENTES 
 
Em relação aos dependentes, temos algumas regras básicas para que sejam considerados 
beneficiários do RGPS, conforme segue: 
 A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às prestações 
os das classes seguintes. 
o Exemplo: Se houver algum cônjuge, companheiro, filho ou equiparado a filho 
como dependentes, os pais e irmão não terão qualquer direito ao benefício 
previdenciário. 
 Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições. 
Assim sendo, os benefícios dos dependentes (pensão por morte e auxílio-reclusão), 
quando devidos, serão divididos em cotas iguais entre cada um dos dependentes. 
o Exemplo: Imaginemos uma pensão por morte a ser paga para cinco 
dependentes, sendo uma esposa e quatro filhos menores. Se o valor da renda 
mensal inicial da pensão por morte for R$ 2.000,00, cada um dos cinco 
dependentes receberá R$ 400,00. 
 Reverterá em favor dos demais dependentes a parte daquele cujo direito à pensão 
cessar. 
o No exemplo acima, assim que um dos filhos completar 21 anos, deixará de ser 
dependente (exceto se for inválido ou tiver deficiência intelectual, mental ou 
deficiência grave). Neste caso, deixando um filho de ser dependente, os R$ 
2.000,00 passarão a ser divididos entre os quatro dependentes restantes, 
pagando-se R$ 500,00 para cada dependente. E assim por diante. 
 Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, e comprovada a 
dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e desde 
que não possuam bens suficientes para o próprio sustento e educação. 
o Enteado: considera-se enteado o filho de seu cônjuge ou companheiro atual, 
proveniente de um matrimônio anterior. 
 
 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
(FCC - Analista Judiciário (TST)/Judiciária/2012). São beneficiários do Regime Geral 
da Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: 
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência 
econômica. 
b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação 
da dependência econômica. 
c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência 
econômica. 
d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica. 
e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de 
dependência econômica. 
o Tutela: considera-se tutela um encargo conferido a uma pessoa civilmente 
capaz, para que esta administre os bens e/ou a conduta de um menor de 
idade, decorrente de falecimento dos pais ou estes decaírem dom poder 
familiar. 
 O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado 
mediante apresentação de termo de tutela. 
 Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenhaunião estável 
com o segurado ou segurada. 
o Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, 
contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção 
de constituição de família, inclusive na relação homoafetiva. 
 A dependência econômica dos dependentes de 1ª Classe é presumida e a das 
demais deve ser comprovada. 
o Obs.: O enteado e menor sob tutela, apesar de considerados dependentes de 
1ª Classe, deverão comprovar a dependência econômica. 
 
 
 
 
 
 
b) o irmão até completar 18 anos ou inválido, independentemente de comprovação da 
dependência econômica. 
COMENTÁRIOS: 
A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91, conforme segue: 
“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; 
II - os pais; 
III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do regulamento. 
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações 
os das classes seguintes. 
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde 
que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. 
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável 
com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve 
ser comprovada.” 
 
 
Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa: 
 
 
a) os ascendentes até o terceiro grau, desde que comprovada a dependência econômica. 
Ascendentes até o terceiro grau não são dependentes, mesmo que comprovada 
dependência econômica. Apenas os pais, desde que comprovem dependência econômica 
(ERRADA). 
 
 
O irmão de qualquer condição será dependente quando menor de 21 (vinte e um) anos ou 
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do 
regulamento, desde que comprovem dependência econômica. (ERRADA). 
 
 
e) o filho não emancipado inválido independentemente de comprovação de dependência 
econômica. 
(FCC - Analista Judiciário (TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2012). Nos 
termos da Lei no 8.213/1991, NÃO são beneficiários do Regime Geral de Previdência 
Social, na condição de dependentes do segurado: 
a) os seus pais. 
b) o seu irmão inválido de 30 anos. 
c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos. 
d) o companheiro que mantém união estável. 
e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do 
segurado. 
c) o menor tutelado independentemente de comprovação da dependência econômica. 
O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e 
desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. 
(ERRADA). 
 
 
d) o cônjuge e a companheira, desde que comprovada a dependência econômica. 
Cônjuge e companheira não precisam comprovar dependência econômica. (ERRADA). 
 
 
O filho não emancipado inválido será dependente independentemente da idade e de 
qualquer comprovação de dependência econômica. (CORRETA). 
 
 
RESPOSTA: E 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
A resolução da presente questão tem por base o art. 16 da Lei 8.213/91. 
Tomando por base o texto legal citado, vamos à análise de cada alternativa: 
 
 
b) o seu irmão inválido de 30 anos. 
c) o seu irmão não emancipado menor de 21 anos. 
d) o companheiro que mantém união estável. 
 
 
 
 
Os pais poderão ser dependentes, desde que comprovada dependência econômica. 
 
 
 
Irmão inválido poderá ser dependente qualquer que seja sua idade, desde que 
comprovada dependência econômica. 
 
 
Irmão não emancipado, menor de 21 anos, poderá ser dependente, desde que 
comprovada dependência econômica. 
 
 
Companheiro que mantém união estável é dependente econômico. 
 
 
e) o enteado menor ainda que não comprovada a dependência econômica do segurado. 
O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado, 
desde que comprovada a dependência econômica. Se não for comprovada a dependência 
econômica, não será dependente. Como a questão pede para assinalarmos a questão 
onde aparece alguém que NÃO é beneficiários do RGPS, esta é a alternativa que deverá 
ser marcada. 
 
 
RESPOSTA: E 
a) os seus pais. 
 
 
Regra 3 
Dependentes 
A pensão por morte, havendo mais de um 
pensionista, será rateada em partes iguais. 
 
Regra 1 
 
Dependentes 
 
Os dependentes de uma mesma classe 
concorrem com igualdade de condições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regra 4 
A dependência econômica das pessoas da 
Dependentes Classe I é presumida* e das demais deve ser 
comprovada. (*Exceção: enteado e menor sob 
tutela devem comprovar dependência 
econômica, apesar de ser de Classe I). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regra 5 
 
Dependentes 
A MP 871/2019, convertida na lei 13.846/19, trouxe expressa 
a regra de que, para comprovação de dependência 
econômica ou união estável, exige-se início de prova 
material contemporânea dos fatos, produzido em período 
não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do 
óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida 
a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência 
de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme 
disposto no regulamento. 
Regra 2 
Dependentes 
A existência de dependentes de qualquer 
das classes exclui do direito às prestações os 
das classes seguintes. 
 
 
(FCC - Procurador Autárquico – MANAUSPREV – 2015). Após o falecimento de Isis, 
seus familiares procuraram a Previdência Social a fim de requerer os benefícios como 
dependentes do de cujus. Nessa situação, a dependência econômica não será 
presumida, devendo ser comprovada para: 
a) filho inválido com 30 anos. 
b) companheiro que mantinha união estável com a segurada. 
c) enteado menor de 21 anos. 
d) filho não emancipado de 19 anos. 
e) cônjuge. 
 
Regra 6 
 
 
Dependentes 
 
Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do 
segurado, comprovada a dependência econômica, o 
enteado e o menor que esteja sob sua tutela, desde 
que não possuam bens suficientes para o próprio sustento 
e educação. 
 
 
 
 
 
Regra 8 
 
Dependentes 
 
Considera-se companheira ou companheiro a 
pessoa que mantenha união estável com o 
segurado ou segurada, inclusive relação 
homoafetiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 
Regra 7 
Dependentes 
O menor sob tutela somente poderá 
equiparar-se aos filhos do segurado mediante 
apresentação de termo de tutela. 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Os dependentes estão divididos em três classes, conforme podemos verificar no Art. 16 
da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave 
II - os pais; 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou 
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações 
os das classes seguintes. 
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde 
que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. 
§3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável 
com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve 
ser comprovada. 
A partir destas informações, analisemos as assertivas: 
a) filho inválido com 30 anos. 
Incorreta, pois filho inválido, independentemente da idade, não precisa comprovar 
dependência econômica. 
b) companheiro que mantinha união estável com a segurada. 
Incorreta, pois companheiro não precisa comprovar dependência econômica e sim a união 
estável. 
c) enteado menor de 21 anos. 
Essa é a alternativa correta, pois enteado, apesar de ser equiparado ao filho, precisa 
comprovar a dependência econômica, conforme vimos na legislação acima. 
d) filho não emancipado de 19 anos. 
 
 
(FCC - Auditor - TCE-CE – 2015). Afrodite é segurada do Regime Geral da Previdência 
Social. Mantém união estável como entidade familiar com Thor e possui um filho 
Hermes de 27 anos. Em sua residência também habitam o seu pai Ulisses de 64 anos 
e a sua irmã Medusa, não emancipada, de 17 anos. Considerando as regras contidas 
no Plano de Benefícios da Previdência Social, será considerado segurado de primeira 
classe e será presumida a dependência econômica, respectivamente, de 
a) Thor e Thor. 
b) Thor e Ulisses. 
c) Ulisses e Medusa. 
d) Hermes e Medusa. 
e) Hermes e Hermes. 
Incorreta, pois na realidade o filho até 21 anos, desde que não emancipado, é dependente 
de 1ª Classe e não precisa comprovar dependência econômica. 
e) cônjuge. 
Incorreta, pois cônjuge pertence a 1ª Classe e sua dependência econômica é presumida. 
Gabarito: C. 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira classe, nos 
termos da lei, são aqueles mais próximos do segurado, senão vejamos: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave 
 
 
(FCC - Procurador do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro – 2015). 
Dependente é toda pessoa física filiada ao Regime Geral da Previdência Social em 
razão do seu vínculo com o segurado principal. Quanto aos dependentes, não é 
necessária a comprovação dessa condição, em razão de presunção legal de 
dependência econômica: 
a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade. 
b) os pais desde que inválidos. 
c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários. 
d) os irmãos desde que inválidos. 
e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou inválido. 
Sendo assim, só temos como possibilidade a “alternativa A”, pois Thor é o cônjuge, 
dependente de primeira classe e sua dependência econômica é presumida. Ulisses é o pai, 
portanto dependente de classe II; Medusa é a irmã, portanto dependente de classe III. 
Ademais, Ulisses e Medusa dependem de comprovação da dependência econômica. 
 
 
Gabarito: A. 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes de primeira classe são 
aqueles que, em regra, se presume a dependência financeira, conforme segue: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave. (...) 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve 
ser comprovada. 
 
 
a) os filhos, enteados e tutelados até 25 anos de idade. 
b) os pais desde que inválidos. 
c) os netos, filhos ou enteados de qualquer idade, desde que universitários. 
d) os irmãos desde que inválidos. 
e) o cônjuge, companheiro ou filho não emancipado, menor de 21 anos ou inválido. 
Visto isso, vamos às assertivas: 
 
 
Incorreto, pois apenas os filhos menores de 21 anos ou inválidos ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave fariam parte deste rol. Enteados e tutelados, 
apesar de ser dependente de 1ª Classe, deverão comprovar sua dependência econômica. 
 
 
 
 
Incorreta, pois os pais fazem parte da Classe II e a dependência econômica deve ser 
comprovada. 
 
 
 
 
Incorreto. Filhos são dependentes, independentemente de comprovação de dependência 
econômica, apenas até 21 anos de idade, salvo se inválidos ou que tenham deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave. Netos não fazem parte do rol de dependentes. 
Enteados precisam comprovar dependência econômica. O fato de ser universitário não 
altera em nada as regras de dependência no direito previdenciário. 
 
 
 
 
Incorreta, irmãos devem comprovar dependência econômica, ainda que inválidos. 
 
 
 
 
 
Correto, pois esses fazem parte da Classe I e sua dependência econômica é presumida, 
não precisando, portanto, ser comprovada. 
Gabarito: E. 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Segundo podemos ver no Art. 16 da Lei 8.213/91: 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave 
II - os pais; 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou 
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações 
os das classes seguintes. 
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde 
que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. 
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável 
com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve 
ser comprovada. 
(FCC - Auditor Substituto de Conselheiro do TCM-RJ – 2015). Em relação aos 
dependentes dos segurados, nos termos previstos no Plano de Benefícios do Regime 
Geral da Previdência Social, 
a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica 
legalmente presumida. 
b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação 
profissional e o salário-maternidade. 
c) o menor tutelado e o enteado não se equiparam aos filhos para efeitos 
previdenciários. 
d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às 
prestações os das classes seguintes. 
e) os irmãos menores de 21 anos, ainda que emancipados, são dependentes de 
segunda classe. 
 
 
a) os avós constam do rol dos dependentes que têm dependência econômica legalmente 
presumida. 
b) são benefícios previstos aos dependentes a pensão por morte, a reabilitação profissional 
e o salário-maternidade. 
d) a existência de dependentes de quaisquer das classes exclui do direito às prestações os 
das classes seguintes. 
Agora, vamos às assertivas: 
 
Incorreta, pois avós não fazem parte do rol dos dependentes. 
 
 
 
Incorreta, conforme podemos verificar no Art. 18 Lei 8.213/91. Tal assunto ainda será 
estudado em detalhes nesta aula. 
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas 
inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e 
serviços: 
II - quanto ao dependente: 
a) pensão por morte; 
b) auxílio-reclusão;

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