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ANAIS VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” De 6 a 8 de julho de 2012 Rio Claro/SP – Brasil ORGANIZAÇÃO: PATROCÍNIO: APOIOS: VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ANAIS VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura 6 a 8 de julho de 2011 – Rio Claro /SP - Brasil AVENTURAS... PRATIQUE ESSA EMOÇÃO! PAIXÃO POR SALTOS MALUCOS E OUTROS ATRIBUTOS LOUCURA COM ESPORTES RADICAIS E MERGULHOS ANIMAIS PESSOAS MALUCAS POR ESTE TIPO DE ESPORTE COM ALTO GRAU DE RISCO SÃO AS PESSOAS QUE MAIS CURTEM A VIDA 14 ANOS VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL APRESENTAÇÃO As atividades de aventura têm merecido atenção, tanto em decorrência do crescimento da demanda por vivências diferenciadas, quanto do forte apelo emocional advindo das experiências nestas práticas. Assim também, o contexto acadêmico tem se apropriado desta temática em diversos campos do conhecimento, no sentido de compreender as inúmeras variáveis subjetivas, objetivas, de caráter técnico, de formação profissional e de minimização de situações perigosas, entre diversos outras, as quais já estão presentes em alguns estudos realizados. Entretanto, muitas outras possibilidades de enfoques encontram-se ainda inexploradas, suscitando o interesse do LEL- LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER, do Departamento de Educação Física da UNESP- Campus de Rio Claro, em ampliar as perspectivas de compreensão deste universo temático. Para atender à necessidade de ampliação dessas reflexões acerca das atividades de aventura, foi proposta a criação do CBAA – CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADES DE AVENTURA. Este evento científico, de caráter itinerante, tem como objetivo ampliar as reflexões sobre esta temática nas diversas regiões do país, congregando pesquisadores, estudiosos, alunos de pós-graduação e de graduação, além de órgãos públicos municipais, estaduais e federais, empresas, terceiro setor e praticantes diversos, interessados na disseminação de seus estudos e pesquisas. Uma variedade de temas e um crescente número de participantes têm ratificado o interesse destes pesquisadores sobre as atividades de aventura, fazendo a história do CBAA. Sua criação e primeira versão se deu em 2006, com uma parceria entre o LEL e a Federação Catarinense de Mountain Bike , sendo desenvolvido na região sul, em Balneário Camboriú , no estado de Santa Catarina, com o tema: A aventura no Brasil, no qual estiveram presentes cerca de 70 participantes. A segunda versão deste evento contou com 142 participantes e foi realizada no estado de Minas Gerais, mais precisamente, em Governador Valadares , com parceria entre o LEL e a UNIVALE – Universidade Vale do Rio Doce, Curso de Educação Física. A temática desenvolvida foi referente à Atividades de Aventura e Desenvolvimento Regional. Permanecendo na região sudeste, porém, esta terceira versão do evento se deu no estado do Espírito Santo, o III CBAA foi realizado em uma parceria entre o LEL, o NUAr - Núcleo Universitário de Ar Livre e a ESFA - Escola Superior São Francisco de Assis. Estiveram presentes cerca de 230 participantes, sendo desenvolvida a temática: Conquistando Novas Vias. Para o desenvolvimento do IV CBAA, nesta quarta versão houve a parceria entre o LEL e a Rede de Ensino FTC – Faculdade de Tecnologia e Ciências, pólo de Mucugê, na Chapada Diamantina, estado da Bahia. O tema foi: Nas Trilhas do Conhecimento Sobre Aventura e participaram cerca de 250 congressistas. O tema: Entre o Urbano e a Natureza: a Inclusão na Aventura foi desenvolvido da quinta versão do V CBAA, o qual foi realizado em São Bernardo do Campo, estado de VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL São Paulo, com a parceria entre o LEL e a Prefeitura de São Bernardo do Campo. Este evento recebeu cerca de 272 participantes, os quais tiveram a oportunidade, inclusive, de ouvir David Le Breton, antropólogo francês, que enriqueceu o evento com sua presença marcante. Na sexta versão, o CBAA focalizou a temática: Esporte e Turismo: Parceiros da Sustentabilidade nas Atividades de Aventura. O evento contou com a parceria do LEL e de um mix de entidades de ensino da cidade de Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul, entre elas a UFPEL – Universidade Federal de Pelotas, UCPEL – Universidade Católica de Pelotas, Faculdade Anhanguera de Pelotas, FURG – Universidade Federal do Rio Grande, IFSul – CAVG – Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, estando presentes mais de 320 congressistas. Uma das temáticas que vem crescendo em termos de enfoque em diversas áreas do conhecimento é referente à evolução tecnológica e seus impactos na sociedade contemporânea. Tendo em vista a relevância de reflexões sobre este tema e a perspectiva de apropriação e adequação das tecnologias no contexto dos estudos sobre as atividades de aventura no Brasil e no Exterior, esta sétima versão do CBAA tem como tema: Tecnologias e Atividades de Aventura. Concomitante a esta sétima ediçao do CBAA será realizado o CIAA - CONGRESSO INTERNACIONAL DE ATIVIDADES DE AVENTURA , para o qual está prevista a ampliação da participaçao de pesquisadores estrangeiros, como intuito de viabilizar a propagação de novas informações advindas de outras culturas. Estes eventos são organizados pelo LEL- LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER, ocorrendo nas dependências do Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências da UNESP- Universidade Estadual Paulista, Campus de Rio Claro, estado de São Paulo. O interesse crescente na disseminação de estudos, pesquisas e projetos veiculados neste evento reitera a relevância desta iniciativa, voltada a ser um pólo de reflexões conjuntas envolvendo as atividades de aventura em âmbito científico. Sintam-se todos convidados a serem protagonistas desta história de sucesso. Saudações! Gisele Maria Schwartz LEL - LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER Departamento de Educação Física – Instituto de Biociências Universidade Estadual Paulista – Campus Rio Claro, SP, Brasil VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ORGANIZAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA F ILHO” CÂMPUS DE RIO CLARO PROF.DR. RICARDO SAMIH GEORGES ABI RACHED PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO NO EXERCÍCIO DA REITORIA INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS (IB) PROF. DR. JONAS CONTIERO DIRETOR DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA (DEF) PROFA. DRA. CYNTHIA YUKIKO HIRAGA CHEFE DO DEPARTAMENTO LEL – LABORATÓRIO DE ESTUDOS DO LAZER GISELE MARIA SCHWARTZ COORDENADORA SERVIÇO SOCIAL DO TRANSPORTE (SEST) E O SERVIÇO NAC IONAL DE APRENDIZAGEM DO TRANSPORTE (SENAT) CRISTIANE GOBESSO COORDENADORA DE PROMOÇÃO SOCIAL PATROCÍNIO COORDENAÇÃODE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL COORDENAÇÃO GERAL Gisele Maria Schwartz COMISSÃO CIENTÍFICA Cristiane Naomi Kawaguti (Presidente) – UNESP – Rio Claro/ UVV Alcyane Marinho– UDESC Ana Cristina Pimentel Carneiro de Almeida - UFPA Ana Paula Evaristo Guizarde Teodoro - UNESP – Rio Claro Danilo Roberto Pereira Santiago – UVV/ UNESP – Rio Claro Giselle Helena Tavares - UNESP – Rio Claro Gisele Maria Schwartz - UNESP – Rio Claro Jossett Campagna - UNIDERP Raquel Magalhães Borges - UFPA Salvador Inácio da Silva - UVV Sandro Carnicelli Filho - UWS University of the West of Scotland Tereza Luiza de França - UFPE APOIO Carla de Oliveira Taioqui Caroline Sanches Felipe Abate Morgato Fernando Carlos Rochel Corrêa Gabriella Andreeta Figueiredo Iara Tedeschi Novais Maria Isabel Vicentini Ivana de Campos Ribeiro Murilo Eduardo dos Santos Nazário Nara Heloisa Rodrigues Natalia Camargo Moreira Odair Antonio Mariano Leite Paulo Roberto Gimenez Priscila Botelho Raquel Sampaio Pires Iannoni Samira Garcia de Oliveira Thais Maldonado Rabelo Tiago Aquino da Costa Tiago dias Provenzano Vanderlei José de Oliveira VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL SECRETARIA Ana Paula Evaristo Guizarde Teodoro COMISSÃO DE PATROCÍNIO Juliana de Paula Figueiredo Danielle Ferreira Auriemo Christofoletti Jossett Campagna Giselle Helena Tavares COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO Danilo Roberto Pereira Santiago Leonardo Madeira Pereira COMISSÃO DE CRIAÇÃO/LOGOMARCA/SITE Danielle Ferreira Auriemo Christofoletti Amanda Mayara do Nascimento Tiago dias Provenzano COMISSÃO CULTURAL Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan Norma Ornelas Montebugnoli Catib COMISSÃO DE AVALIAÇÃO Amanda Mayara do Nascimento Viviane Kawano Dias Rodolfo Zagui COMISSÃO DE OFICINAS Leonardo Madeira Pereira Dimitri Wuo Pereira Igor Armbrust VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL COMISSÃO DE CERIMONIAL Norma Ornelas Montebugnoli Catib Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan COMISSÃO DE RECEPÇÃO Viviane Kawano Dias Juliana de Paula Figueiredo TRANSPORTE Giselle Helena Tavares COMISSÃO DE ALOJAMENTO Rodolfo Zagui Leonardo Madeira Pereira Marcelo Fadori Soares Palhares Danilo Roberto Pereira Santiago AUDIOVISUAL Marcelo Fadori Soares Palhares VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL PALESTRANTES CARLOS ALBERTO TAVARES DE TOLEDO CARMEM MARIA AGUIAR EDMUNDO DE DRUMMOND ALVES JÚNIOR GUSTAVO DA SILVA FREITAS IVANA DE CAMPOS RIBEIRO SALVADOR INÁCIO DA SILVA SANDRO CARNICELLI FILHO TEREZA LUIZA DE FRANÇA VIVIANE KAWANO DIAS MINISTRANTES DE OFICINAS CARLOS EDUARDO FONSECA DIMITRI WUO PEREIRA EDILSON LAURENTINO FLÁVIO ANTÔNIO ASCÂNIO LAURO FULVIO RODRIGUES VALERIANO IGOR ARMBRUST JOSÉ RICARDO AURICCHIO LEONARDO MADEIRA PEREIRA SANDRA CRISTHIANNE FRANÇA TEREZA LUIZA DE FRANÇA ATIVIDADES CULTURAIS CARLA BARSOTTI (VIOLINO) COMPANHIA DE DANÇA ÉXCITON CONSERVATÓRIO MUNICIPAL CACILDA BECKER GRUPO CONTRATEMPO JONATHAN FAGANELLO (HARPA) JORGE SOARES E BANDA NORMA ORNELAS MONTEBUGNOLI CATIB VLADIMIR SOBRAL (SAXOFONE) VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL HOMENAGEADOS PRÊMIO DE RECONHECIMENTO PELA DIFUSÃO DAS ATIVIDADE S DE AVENTURA ALCYANE MARINHO ANA CRISTINA CARNEIRO DE ALMEIDA ANDRÉIA SILVA DIMITRI WUO PEREIRA EDUARDO TADEU COSTA ENIO ARAUJO PEREIRA GISELE MARIA SCHWARTZ GIULIANO PIMENTEL GUSTAVO DA SILVA FREITAS IGOR ARMBRUST JOSSETT CAMPAGNA KÁSSIO VINÍCIUS CASTRO GOMES MARIO AZEVEDO JUNIOR RAQUEL DE MAGALHÃES BORGES SANDRO CARNICELLI FILHO SÉRGIO SOUZA MAGALHÃES TEREZA LUIZA DE FRANÇA VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL HOMENAGEADOS PRÊMIO DE RECONHECIMENTO PELO ENVOLVIMENTO E DEDICAÇÃO À ORGANIZAÇÃO DOS EVENTOS VII CBAA/ I CIAA AMANDA MAYARA DO NASCIMENTO CRISTIANE NAOMI KAWAGUTI DANIELLE FERREIRA AURIEMO CHRISTOFOLETTI DANILO ROBERTO PEREIRA SANTIAGO GABRIELLA ANDREETA FIGUEIREDO GISELE MARIA SCHWARTZ GISELLE HELENA TAVARES JOSSETT CAMPAGNA JULIANA DE PAULA FIGUEIREDO LEONARDO MADEIRA PEREIRA MARCELO FADORI SOARES PALHARES MURILO EDUARDO DOS SANTOS NAZÁRIO NORMA ORNELAS MONTEBUGNOLI CATIB PRISCILA RAQUEL TEDESCO DA COSTA TREVISAN RODOLFO ZAGUI SALVADOR INÁCIO DA SILVA VIVIANE KAWANO DIAS VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL PROGRAMAÇÃO 06/07 – Sexta-feira 8h30min as 9h Abertura oficial PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: VLADIMIR SOBRAL (SAXOFONE) CARLA BARSOTTI (VIOLINO) CONSERVATÓRIO MUNICIPAL CACILDA BECKER 9h as 9h30min Palestra de abertura: Lazer, aventura e tecnologia na cultura popular - CARMEM MARIA AGUIAR (UNESP) 9h30min as 10h Coffee break PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: VLADIMIR SOBRAL (SAXOFONE) CARLA BARSOTTI (VIOLINO) ALUNAS DE DANÇA CONSERVATÓRIO MUNICIPAL CACILDA BECKER 10h as 11h30min Mesa redonda 1: Tecnologias e aventuras participativas - TEREZA LUIZA DE FRANÇA (UFPE) - CARLOS ALBERTO TAVARES DE TOLEDO (SECRETARIA DE TURISMO DE SOCORRO/SP) 11h30min as 13h30min Almoço PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: JORGE SOARES E BANDA 13h30min as 16h30min Oficinas no parque de aventura COORDENAÇÃO GERAL: LEONARDO MADEIRA PEREIRA - OFICINA DE SLACKLINE - PROF. IGOR ARMBRUST - OFICINA DE ESCALADA - PROF. DIMITRI WUO PEREIRA - OFICINA DE SKATE - PROF. FLÁVIO ASCÂNIO - OFICINA DE TÉCNICAS VERTICAIS - PROF. JOSÉ RICARDO AURICCHIO - OFICINA DE ORIENTAÇÃO - PROF. FULVIO RODRIGUES VALERIANO - OFICINA DE CORRIDA DE AVENTURA - PROF. CARLOS EDUARDO FONSECA - OFICINA PARKOUR: CORPO VIDA URBANA E A ARTE DO DESLOCAMENTO - PROF. EDILSON LAURENTINO DOS SANTOS - TRILHAS ECOLÓGICO-POÉTICAS: PRÁTICAS LÚDICAS NA NATUREZA - PROFA. TEREZA LUIZA DE FRANÇA/ PROFA. SANDRA CRISTHIANNE FRANÇA VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL 16h30min as 17h Coffee break FIXAÇÃO DE PÔSTERES PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: GRUPO CONTRATEMPO 17h as 18h30min Mesa redonda 2: Tecnologias e educação pela aventura - GUSTAVO DA SILVA FREITAS (FURG) - SANDRO CARNICELLI FILHO – (UWS UNIVERSITY OF THE WEST OF SCOTLAND) 18h30min as 20h30min Atividade cultural PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: COMPANHIA DE DANÇA ÉXCITON A partir das 20h30min CONFRATERNIZAÇÃO LANÇAMENTO DOS LIVROS: LAZER EM CRUZEIROS MARÍTIMOS Autores: Olívia Cristina Ferreira Ribeiro e Felipe Lauro Montanari VI CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADES DE AVENTURA ESPORTE E TURISMO: PARCEIROS DA SUSTENTABILIDADE NAS ATIVIDADES DE AVENTURA Autores: Enio Araujo Pereira Gustavo Da Silva Freitas e Gisele Maria Schwartz 07/07 – Sábado 8h30min as 10h Mesa redonda 3: Atividades de aventura, tecnologias e envelhecimento - VIVIANE KAWANO DIAS (UNIJALES) - EDMUNDO DE DRUMMOND ALVES JÚNIOR (UFF) 10h as 10h30min Coffee break - PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: CAMERATA DE VIOLINOS - CONSERVATÓRIO MUNICIPAL CACILDA BECKER - APRESENTAÇÃO DE FOTOS: TURISMO E ATIVIDADES DE AVENTURA EM SAN LUIS POSTOSI – MÉXICO - GUILLERMO CASTRO 10h30min as 12h COMUNICAÇÕES ORAIS 12h as 14h Almoço PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: HARPISTA JONATHAN FAGANELLO VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL 14h as 16h CONVERSAS SOBRE SEGURANÇA NAS MODALIDADES DAS OFICINAS 16h as 17h Coffee break - APRESENTAÇÃO DE PÔSTERES - ENTREGA DOS CERTIFICADOS DOS PÔSTERES 17h as 18h30min Mesa redonda 4: tecnologias, marketing e projetos sociais na aventura - IVANA DE CAMPOS RIBEIRO (IBEV – INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO PARA A VIDA) - SALVADOR INÁCIO DA SILVA (UVV) 18h30min as 18h45min Escolha da cidade sede 2014 18h45min as 19h Encerramento dos congressos científicos A partir das 19h Atividade cultural A partir das 23h Atividade social livre 08/07 – Domingo 7h30min as 17h Vivências de atividades na natureza em Rio Claro e região PARA TODAS AS ATIVIDADES CONTATAR DIRETAMENTE A EMPRESA QUINTO ELEMENTO ESPORTES DE AVENTURA OU NO STAND DA EMPRESA DURANTE O EVENTO VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL MINI-CURRÍCULO DOS PALESTRANTES E CONVIDADOS Conferência de Abertura Prof. Dra. Carmem Maria Aguiar (UNESP) Graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Campinas -- UNICAMP (1985); Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas -- UNICAMP (1991); Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo -- USP (1998); Livre-Docência em Sociologia do Lazer e Cultura Popular pela Universidade Estadual Paulista -- UNESP (2007). Atualmente é professora adjunta da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" -- UNESP. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Antropologia Educacional, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura, educação, comunidade, arte popular e corpo Mesa-Redonda 1 - Prof. Dra. Tereza Luiza de França (UFPE) Possui graduação em Curso de Licenciatura Em Educação Física e Técnico pela Universidade Federal de Pernambuco (1975), graduação em Curso de Educação Física Infantil pela Universidade de Pernambuco (1972), mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (1990) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2003). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco na graduação em Educação Física-DEF-CCS e no Programa de Pós-Graduação em Educação - Núcleo de Formação de professores e Prática Pedagógica. Desenvolve e orienta pesquisas sobre processos de profissionalização e saberes docente - formação inicial e continuada; estudos acerca da corporeidade, lazer-lúdico e educação física; estudos com abordagem etnometodologica; concepções e políticas de formação acerca das proposições e práticas curriculares. - Carlos Alberto Tavares de Toledo (Secretaria de T urismo de Socorro/SP) Economista. Professor de Marketing da FAQ - Faculdade de Administração Quinze de Agosto. Diretor Desenvolvimento Econômico da Cidade de Socorro, sendo responsável por: Turismo; Cultura; Indústria e Comércio e Agricultura. Mesa-Redonda 2 Prof. Drando.Gustavo da Silva Freitas (FURG) Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Especialização em Educação Física Escolar pela Fundação Universidade do Rio Grande (FURG), Mestrado em Educação Física pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) na linha de Memória, Corpo e Esporte tendo sido bolsista CAPES, e atualmente é doutorando em Educação em Ciências (FURG). Professor Assistente no Curso de Educação Física da FURG, com ênfase em atuação e pesquisa nos seguintes temas: Escola, Esportes, Ginásticas, Meio Ambiente, Memória e Mídia. VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Prof. Dr. Sandro Carnicelli Filho – (UWS University of the West of Scotland) Bacharel em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005) - Bolsa de iniciação científica CNpq. Mestre em Pedagogia da Motricidade Humana pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2007) - Bolsista Mestrado CNPq. Doutor em Filosofia (PhD) pelo Departamento de Turismo da University of Otago - New Zealand - Bolsista de Doutorado University of Otago. Mesa-Redonda 3 Prof. Ms. Viviane Kawano Dias (UNIJALES) Possui graduação em Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP, campus de Rio Claro/SP (2001), especialização em Atividade Física e Qualidade de Vida, pela Universidade de Campinas - UNICAMP (2003) e mestrado em Ciências da Motricidade, na área de Pedagogia da Motricidade Humana, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP, Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências, campus de Rio Claro/SP (2006). Atualmente é Coordenadora dos Cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Fisica do Centro Universitário de Jales (UNIJALES), onde também ministra as disciplinas de Recreação e Lazer, Metodologia do trabalho científico e Trabalho de Conclusão de Curso; Docente da Fundação Municipal de Educação e Cultura da Estância Turística de Santa Fé do Sul (FUNEC), do curso de Licenciatura em Educação Física, ministrando a disciplina de Monografia. É membro pesquisador do LABORATÓRIO de estudos do LAZER (LEL), do Departamento de Educação Física, Instituto de Biociências, da UNESP/ Rio Claro-SP. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Lazer e Envelhecimento, Atividade Física e Qualidade de Vida atuando principalmente nos seguintes temas: Recreação, Lazer, Envelhecimento e Atividades de Aventura na Natureza. - Edmundo de Drummond Alves Júnior (UFF) Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1973), Diploma de Estudos Aprofundados(Dea) Histoire Civilisations et Sociétés - Université Rennes 2 Haute Bretagne (1994), mestrado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991) e doutorado em Educação Física pela Universidade Gama Filho (2004). É do quadro de professores permanentes do programa de Mestrado Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde, oferecido pela Escola de Enfermagem da UFF. Coordena tanto o grupo de pesquisa envelhecimento e ativitade física (GPEAF) como o Grupo de pesquisa Esporte Lazer e Natureza (GPELN). Atualmente faz parte do corpo editorial de diversas revistas e é professor associado 4 da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Atividade Fisica e Envelhecimento, atuando principalmente nos seguintes temas: envelhecimento, lazer, atividade fisica, promoção da saúde e educação física. Coordena desde o ano de 2007 a rede CEDES de pesquisas na UFF, que é um projeto do Ministerio do Esporte. Ainda com o Ministério do Esporte é desde o ano de 2007 o responsável técnico pelo Projeto Vida Saudável em Niterói e São Gonçalo, atrelado ao PELC e, na gerência deste projeto, coordena atualmente 27 bolsistas que atuam em 09 núcleos situados nos municípios. Desde o ano de 2001 é responsável pelo projeto Prev-Quedas que desenvolve estudos sobre quedas de idosos e métodos que possam diminuir a incidencia de quedas. Neste projeto é responsável por dois bolsistas de extensão da UFF, e desde o ano de 2008 vem sendo contemplado com bolsas PIBIC. Atuou durante o verão de 2007 na Université du Quebec à Montreal como professor no curso de VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL kineantropologia. Com esta universidade estabelece parcerias que possibilitam pesquisas e intercâmbios diversos. Mesa-Redonda 4 Ivana de Campos Ribeiro (IBEV – Instituto Brasileir o de Educação para a Vida) Possui graduação em Jornalismo, mestre em Motricidade Humana (área de concentração: Filosofia e Sociologia da Motricidade Humana), doutorado em Ciências (área de Ecologia e Recursos Hídricos) e formação complementar em Abordagem de Arte Expressão Para Intervenção Psicossocial. A proposta metodológica desenvolvida durante o mestrado, Educação (Ambiental) de Corpo&Alma, foi premiado pela SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (1997) e considerada "inovadora" durante o VI Congresso en la Didáctica de la Ciência (Barcelona - Espanha - 2001) . Possui larga experiência como consultora e coordenadora de projetos socioambientais para empresas, principalmente intervenções relacionadas a formação continuada de educadores, com vários prêmios e publicações na área de interface Educação, Sustentabillidade e Valores Humanos, bem como nas áreas que envolvem qualidade de vida, atividades recreativas, lazer e natureza. Desde 2000 atua como professora em cursos de pós- graduação e como palestrante em vários estados do Brasil e países como Portugal e Espanha. É coordenadora de projetos do Instituto Brasileiro de Educação para a Vida (IBEV) e membro do LEL - Laboratório de Estudos do Lazer, Dept. Educação Física, I.B. UNESP - Rio Claro. - Salvador Inácio da Silva (UVV) Possui graduação em licenciatura em educação física pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1991). Especialização em psicomotricidade e pedagogia do movimento humano pela Universidade Gama Filho, UGF, Brasil. Mestrado em Educação, Administração e Comunicação pela Universidade São Marcos, UNIMARCO, Brasil. Atualmente é coordenador do Núcleo de Recreação e Lazer da Universidade Vila Velha – ES e membro do LEL - Laboratório de Estudos do Lazer, Dept. Educação Física, I.B. UNESP - Rio Claro. OFICINAS 01- Oficina de Slackline Prof. Ms. Igor Armbrust Graduado em Educação Física (2005), com Especialização em Ciências Aplicadas aos Esportes de Prancha (2008). Mestrado em Educação Física: Educação Física, Escola e Sociedade (2011). Trabalha no Instituto Esporte e Educação com formação de professores na temática do esporte educacional. Atua como professor universitário nas disciplinas de Esportes de Aventura, Psicologia da Aprendizagem, Projetos Interdisciplinares, Lutas e Atividades Aquáticas. Também coordena eventos relacionados aos Esportes de Aventura nos âmbitos do lazer, da educação e do treinamento empresarial. 02 - Oficina de Escalada Prof. Ms. Dimitri Wuo Pereira (UNINOVE-SP) Mestre em Educação Física pela Universidade São Judas Tadeu, especialista em Administração Esportiva pela FMU e graduado em Educação Física pela USP, participa do Grupo de Estudos e VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Pesquisa em Educação Física Escolar da USJT, projeto Observatório da Educação - INEP. Professor universitário com enfoque nos estudos sobre esportes radicais e de aventura. Proprietário da Rumo Aventura, empresa que atua com esportes de aventura no campo educacional. 03 - Oficina de Skate Prof. Ms. Flávio Antônio Ascânio Lauro Possui graduação de Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade de Santo Amaro (1990), especialização em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Paulo (1992) e mestrado em Reabilitação pela Universidade Federal de São Paulo (1997). Tem experiência na área de Fisiologia Humana com ênfase em Fisiologia do Exercício (principalmente em Avaliações Funcionais) e, experiência no desenvolvimento de metodologias para o ensino de esportes de prancha. 04 – Oficina de Técnicas Verticais Prof. Msdo. José Ricardo Auricchio Mestrando em Educação Física na Unimep, Especialista em Educação Física Escolar pela Uninove-SP, Especialista em Esportes e Atividades de Aventura pela Unifmu-SP, possui graduação em Licenciatura em Educação Física pela Universidade Nove de Julho (2009) e também em Gestão de Clubes e Eventos Esportivos pela Universidade Nove de Julho (2009) .Tem experiência na área de Educação Física, Esportes e Atividades de aventura, Lazer, Lutas e Primeiros Socorros. 05 - Oficina de Orientação Prof. Ms. Fulvio Rodrigues Valeriano Possiu STRICTU SENSU em Psicologia 2011 (UFSJ) LATU SENSU - Treinamento Esportivo - UFMG BACHARELADO e LICENCIADO - Educação Física - UFV Coordenador do curso de Educação Física UNIPAC / NEVES (2005 a 2008). Presidente do conselho de arbitragem da Federação Mineira de Orientação. Treinador do Esporte Orientação Pedestres da Equipe da ACADEMIA DE POLICIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS. 06 - Oficina de Corrida de Aventura Prof. Carlos Eduardo Fonseca 07- Oficina Parkour: corpo vida urbana e a arte do deslocamento Prof. Edilson Laurentino dos Santos Graduado em Educação Física (2009) - Licenciatura Plena- pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE . Mestre em Educação (2012) pelo Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Educação da UFPE, junto a Linha de Pesquisa de Teoria e História da Educação. Tem experiência na área de Educação Física Escolar e História da Educação, atuando em temas como: Educação Física Escolar, Atividade Física de Aventura na Natureza - AFAN e História da Educação Física. Atua na gestão de projetos sociais como Coordenador Geral da Instituição Centro Macambira que tem como foco a Educação, a Cultura, a Saúde e Atividades de Esporte e Lazer, com projetos aprovados no MINC e PETROBRAS. VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividadesd e Aventura” RIO CLARO/SP - BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL 08 – Trilhas ecológico-poéticas: práticas lúdicas n a natureza Profa. Dr. Tereza Luiza de França Possui graduação em Curso de Licenciatura Em Educação Física e Técnico pela Universidade Federal de Pernambuco (1975), graduação em Curso de Educação Física Infantil pela Universidade de Pernambuco (1972), mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (1990) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2003). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco na graduação em Educação Física-DEF-CCS e no Programa de Pós-Graduação em Educação - Núcleo de Formação de professores e Prática Pedagógica. Desenvolve e orienta pesquisas sobre processos de profissionalização e saberes docente - formação inicial e continuada; estudos acerca da corporeidade, lazer-lúdico e educação física; estudos com abordagem etnometodologica; concepções e políticas de formação acerca das proposições e práticas curriculares. Profa. Ms. Sandra Cristhianne França Possui graduação em Licenciatura Em Educação Física pela Universidade Federal de Pernambuco (2004) e mestrado em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco (2007). Atualmente é professor-pesquisador - Núcleo Interdisciplinar de Estudos do Lazer e Coordenadora de Esporte Comunitário da Secretaria Executiva de Esporte e Lazer-Prefeitura Municipal de Jaboatão dos Guararapes. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação física, formação continuada, prática pedagógica, políticas públicas, dança, idoso, corporeidade, lazer e yoga. VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividade s de Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL SUMÁRIO POSTER TECNOLOGIAS E DIFUSÃO DAS EXPERIÊNCIAS SIGNIFICATIV AS, NO CONTEXTO DAS ATIVIDADES DE AVENTURA Jossett Campagna, Gisele M. Schwartz……………………………………………..…………...………… 1 ENDURO A PÉ: CAMINHADA E ESTRATÉGIA – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Satie Marina Watanabe…………………………….…………………...……………………............……… 2 TRABALHANDO COM AVENTURA: UM ESTUDO DE CASO ENVOLVE NDO PROFISSIONAIS DO RAMO DE AVENTURA Marcelo Guidi………………………….…………………...……………………............……....................... 3 RESPOSTA PSICOFISIOLÓGICA DA FREQUENCIA CARDÍADA EM PRATICANTES AMADORES DE RAPEL Sergio Vinícius Trautmann Machado, Geisse Quelle Mendes Cunha, Nathalia Maria Resende, Anibal Monteiro de Magalhães Neto………………………….…………………...…………….................. 4 REFLETINDO SOBRE MANIFESTAÇÕES DE COMPETÊNCIAS NO R AFTING Alcyane Marinho, Priscila Mari dos Santos………………………….…………………...………………… 5 SENSAÇÕES E EMOÇÕES NO RAFTING: UM RELATO DE EXPERI ÊNCIA Alcyane Marinho, Priscila Mari dos Santos………………………….…………………......…............…… 7 ATIVIDADE DE AVENTURA NA TERCEIRA IDADE: UMA ANÁLIS E DOS ANAIS DO CBAA Raquel Sampaio Pires Iannoni, Giselle Helena Tavares, Iara Tedeschi Novais, Ana Paula Evaristo Guizarde Teodoro, Danilo Roberto Pereira Santiago, Gisele Maria Schwartz..................................... 9 ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA, CURRÍCULO E CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO: POSSIBILIDADES PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Tamires Freitas, Luiz Rufino………………………….…………………...……………………............…… 10 BEM RECEBER COPA ECOTURISMO E AVENTURA: INVESTINDO NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS CONDUTORES Juliana de Paula Figueiredo, Amanda Mayara do Nascimento, Rodolfo Antonio Zagui Filho, Raquel Sampaio Pires Iannoni, Marcelo Fadori Soares Palhares, Gisele Maria Schwartz.............................. 11 ESPORTE DE AVENTURA COMO CONTEÚDO INTERDISCIPLINAR NA EDUCAÇÃO FÍSICA Michelli Luciana Massolini Laureano………………………….…………………...……………………...... 13 APLICABILIDADE DOS ESPORTES DE AVENTURA NA ESCOLA A TRAVÉS DOS ANAIS DO CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDAES DE AVENTURA Danilo Silva dos Santos, Denis Rocha Gomes, Dimitri Wuo Pereira………………………….………… 15 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividade s de Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL EMOÇÕES DE JEEPEIROS PRATICANTES DE ESPORTE DE AVEN TURA EM EVENTO OFF ROAD EM AVARÉ Norma Ornelas Montebugnoli Catib, Gisele Maria Schwartz, Fernando Carlos Rochel Corrêa, Victor Hugo Aparecido de Paschoal Castro, Priscila Galvão de Almeida Leme, Marisa Cortez de Souza………………………….…………………...……………………............……................................... 16 SEMPRE ALERTA: UMA AVENTURA PELOS JOGOS E BRINCADEI RAS ESCOTEIRAS Marcio Ferreira de Souza, Cinthia Lopes da Silva………………………….…………………...……….... 18 JOGOS ELETRÔNICOS DE ATIVIDADES DE AVENTURA Iara Tedeschi Novais, Cristiane Naomi Kawaguti, Juliana de Paula Figueiredo, Danielle Ferreira Auriemo Christofoletti, Leonardo Madeira Pereira, Gisele Maria Schwartz.......................................... 19 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AVENTURA: ANÁLISE DOS TRABALHO S APRESENTADOS NO CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADES DE AVENTURA DE 2 006 A 2008 Melissa de Carvalho Souza, Camila da Cruz Ramos de Araujo, Leonessa Boing, Alcyane Marinho, Jóris Pazin………………………….…………………...……………………............……........................... 20 ESCALADA EM ROCHA E SEU IMPACTO NO AMBIENTE NATURAL : ABERTURA DE VIAS DE ESCALADA Bruno Alberto Severian, Victor Lopez Richard………………………….…………………....................... 22 LIMITES E POSSIBILIDADES DAS PRÁTICAS DE AVENTURA E M RELAÇÃO AO LAZER: A EXPERIÊNCIA DA ESCOLINHA DE SKATE DO GRUPO DE ESTUD OS DO LAZER (GEL) EM MARINGÁ Claudio Alexandre Celestino, Silvana dos Santos, Filipe Bossa Alves, Amilton Bertazo Junior, Giuliano Gomes de Assis Pimentel………………………….…………………...……………………......... 23 MOTIVAÇÃO: ESTUDO COMPARATIVO DE AMBIENTES IN E OUT DOOR NO ESPORTE DE AVENTURA Luciana Botelho Ribeiro, Cláudio Gomes Barbosa, Afonso Antonio Machado.................................... 24 PIBID: EXPERIÊNCIA DE UMA INTERVAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍ SICA ESCOLAR PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL Raoni Perrucci Toledo Machado, Débora Cássia Carvalho, Fernanda de Sá Carvalho...................... 25 PRÁTICAS DE ATIVIDADES DE AVENTURA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE RELATO DE VIVÊNCIA PRÁTICA EM AVENTURA NO CAMPUS Aline da Silva Rodrigues, Ilbert Silveira de Azevedo, Carlos Roberto Teixeira Ferreira...................... 26 ATIVIDADE DE AVENTURA E AS TECNOLOGIAS: ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES DAS REVISTAS MOTRIZ E MOVIMENTO Amanda Mayara do Nascimento, Viviane Kawano Dias, Juliana de Paula Figueiredo, Cristiane Naomi Kawaguti, Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan, Gisele Maria Schwartz....................... 27 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AVENTURA: ANÁLISE DOS TRABALHO S APRESENTADOS NO CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADES DE AVENTURA DE 2 009 A 2011 28 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividade s de Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Camila da Cruz Ramos de Araujo, Melissa de Carvalho Souza, Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães, Alcyane Marinho, Sílvia Rosane Parcias.......................................................................... ESCALADA COM SEGURANÇA NA ESCOLA Almir Aguiar dos Santos Silva, Gustavo Ramos, Dimitri Wuo Pereira.................................................. 29 REPRESENTAÇÕES SOCIAISSOBRE ATIVIDADES DE AVENTURA NA CIDADE DE ARAPONGAS Jean Cléverson Moraes………………………….…………………...……………………............……....... 30 SLACKLINE NA ESCOLA Jonas de Jesus Carvalho Poli, Adamor Oliveira da Silva, Anderson Alves, Carlos Gonçalves Costa, Gustavo Ramos Monteiro de Silva………………………….…………………...……………………......... 31 NATAL DA URI : CULTURA, AVENTURA E MAGIA Flavio Zambonato, Auria de Oliveira Carneiro Coldebella, José Luis Dalla Costa............................... 32 ATIVIDADES DE AVENTURA DISSEMINADAS PELA MÍDIA PARA ESCOLARES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE CUIA BÁ – MT Talita Ferreira………………………….…………………...……………………............……...................... 33 PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E NA NATUREZA, PROPO STA PARA UM CADERNO PEDAGÓGICO NO ENSINO MÉDIO Gabriela Araujo Goes da Mota, Edmundo Drummond Alves Junior, Cilene Lima de Oliveira, Ramon Diniz Teixeira………………………….…………………...……………………............……....................... 34 O AUXÍLIO DA MOTIVAÇÃO NAS COMPETIÇÕES DE MOUNTAIN BIKE Eric Matheus Rocha Lima, Lucas Ribeiro Cecarelli, Guilherme Bagni, Kauan Galvão Morão, Renato Henrique Verzani, Afonso Antonio Machado........................................................................... 36 O TEMPO LIVRE NA MODERNIDADE Liliane Marinho da Silva de Sousa, Carmen Maria Aguiar...................................... ............................ 37 ATIVIDADES DE AVENTURA: UMA FORMA DE LAZER NO ACAMP AMENTO TOCA DO LOBO André Eduardo Silveira Mazaron, Tatiana Iuri Yamassaki da Silva...................................................... 38 A PATINAÇÃO ARTÍSTICA PODE SER ESTUDADA A PARTIR DE UMA PERAPECTIVA CONCEITUAL DE ATIVIDADE DE AVENTURA? André Eduardo Gobeti, Luana Mari Noda, Guilherme Arana Demitto, Nadine do Amaral Luvizetto, Guilherme Futoshi Nakashima Amaro.................................................................................................. 39 MANIFESTAÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM UMA VIVÊNCIA DE SUR FE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Lauren Dallarosa Lima, Almir Schmitt Netto, Bruna Carli de Souza, Letícia Alves Aguiar, Caroline Ruschel, Alcyane Marinho.................................................................................................................... 40 RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA RELACIONADA ÀS SENSAÇÕES E EMOÇÕES MANIFESTADAS EM UMA VIVÊNCIA DE SURFE 42 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividade s de Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Lauren Dallarosa Lima, Priscila Mari dos Santos, Simone Teske, Micael Alexandre Jorge Godinho, Caroline Ruschel, Alcyane Marinho...................................................................................................... AVALIAÇÃO DO PERFIL DE APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA A O DESEMPENHO DE SKATISTAS DE UMA CIDADE DO INTERIOR DO NORDESTE Paulo Tiago Oliveira Alves, Cicero Emerson Da Silva Santana, Paulo Felipe Ribeiro Bandeira......... 44 ATIVIDADES DE AVENTURA NA NATUREZA E INVESTIMENTOS COM EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA Samira Garcia de Oliveira, Ana Paula Evaristo Guizarde Teodoro, Gisele Maria Schwartz................ 46 ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE UM RASTREADOR PESSOAL EM E XPEDIÇÃO DE ALTA MONTANHA: UM ESTUDO DE CASO Marcelo José Anghinoni Nava, Juliano Jessé Anghinoni Nava............................................................ 47 EMPREGO DE EQUIPAMENTO DE INCENTIVO RESPIRATÓRIO COMO TREINAMENTO PULMONAR PARA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO EM ALTA MONTANHA Marcelo José Anghinoni Nava.............................................................................................................. 48 ATIVIDADES DE AVENTURA, QUAL A PREFERIDA? Lucas Ribeiro Cecarelli, Eric Matheus Rocha Lima, Guilherme Bagni, Kauan Galvão Morão, Renato Henrique Verzani, Afonso Antonio Machado........................................................................... 49 BENEFÍCIOS DO TREKKING: OLHARES DA PSICOSSOCIOLOGIA DO ESPORTE Lucas Ribeiro Cecarelli, Gustavo Lima Isler, Matheus Ribeiro Cecarelli, Afonso Antonio Machado.... 50 ATIVIDADE FÍSICA DE AVENTURA NA NATUREZA E ESTADOS EMOCIONAIS: DIFERENÇAS ENTRE GÊNEROS NO BOIA-CROSS Fernanda Carolina Pereira, Giselle Helena Tavares, Juliana de Paula Figueiredo, Leonardo Madeira Pereira, Gisele Maria Schwartz.............................................................................................. 52 O SKATE NA HISTÓRIA DE VIDA DE SEUS PRATICANTES Mariana Ferreira, Caroline Ferraz Simões............................................................................................ 53 A HISTÓRIA DO SLACKLINE E OS BENEFÍCIOS QUE ELE PRO PORCIONA Mariana Ferreira, Jean Miranda Euflausino.......................................................................................... 54 AVENTURA, AFFORDANCES E EMOÇÕES Pedro Fernando Viana Felicio.............................................................................................................. 55 INFLUENCIA DO RAPEL NA RESPOSTA AGUDA CARDIOVASCULA R Pedro Fernando Viana Felicio, João Marcelo de Queiroz Miranda, Rogério Brandão Wichi............... 56 UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE OS CRITÉRIOS DE JULGAM ENTO NO SKATE STREET E A INFLUÊNCIA DOS EQUIPAMENTOS NO DESEMPENH O DE SKATISTAS BAHIANOS Leonardo Madeira Pereira, Charlene Pessoa da Silva, Patrícia Gomes Costa, José Carlos Ribeiro Oliveira, Gisele Maria Schwartz............................................................................................................ 57 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividade s de Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL AFAN, LAZER E EDUCAÇÃO FÍSICA: RELAÇÕES POSSÍVEIS N A FORMAÇÃO PROFISSIONAL Evandro Antonio Corrêa....................................................................................................................... 59 MOVIMENTO ESCOTEIRO: CONTRIBUIÇÕES AO DEBATE ACERCA DAS ATIVIDADES DE AVENTURA Fernando Azeredo Varoto, Cinthia Lopes da Silva............................................................................... 60 PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO DA CIDADE D E AREIA SOBRE OS ESPORTES DE AVENTURA COM ANIMAIS Natália Caroline Nascimento, Edlainne Pinheiro Ferreira, Joycimary Filgueira Gomes, Maria da Conceição Gonçalves, Thiago Siqueira Paiva de Souza...................................................................... 62 NÍVEIS DE CONHECIMENTO SOBRE A PRÁTICA DE ESPORTES COM CÃES Isadora Thalita Filgueira Bezerra, Rayene Maria da Silva Araújo, Josué Fiel da Silva, Luã Le carré Melo Lima, Thiago Siqueira Paiva de Souza........................................................................................ 63 A AVENTURA NAS DANÇAS DE UMBIGADA Ana Carolina Sales Pacheco, Daniel Bidia Olmedo Tejera, Carmen Maria Aguiar.............................. 64 A ESCALADA PARA DEFICIENTES VISUAIS: REFLEXÕES E PR OPOSTAS PARA A REALIDADE MARINGAENSE Karina dos Santos Passarelli, Luana Mari Noda.................................................................................. 65 O USO E CONSERVAÇÃO NOS ESPORTES DE AVENTURA: UM OL HAR SOB A PERSPECTIVA DOS ESCALADORES Pedro Alex de Sá Pereira , João Luiz Barros Torres, Allana Joyce Soares Gomes............................. 66 LAZER DE AVENTURA NO UNIVERSO ACADÊMICO Salvador Inácio da Silva, Lívia Quirino de Melo Medeiros, Monique Fernandes Moraes, Rayra Possatto Gaudio Barbosa..................................................................................................................... 67 O LAZER DE AVENTURA E NOVAS TECNOLOGIAS Lívia Quirino de Melo Medeiros, Monique FernandesMoraes, Rayra Possatto Gaudio Barbosa, Salvador Inácio da Silva....................................................................................................................... 68 OS INTERESSES DA POPULAÇÃO VISITANTE DO PARQUE MUNI CIPAL MORRO DA PESCARIA – GUARAPARI – ES Monique Fernandes Moraes, Lívia Quirino de Melo Medeiros, Rayra Possatto Gaudio Barbosa, Salvador Inácio da Silva....................................................................................................................... 69 VISÃO DA POPULAÇÃO ACERCA DOS BENEFÍCIOS TRAZIDOS A OS PRATICANTES DE ATIVIDADES DE AVENTURA Rayra Possatto Gaudio Barbosa, Lívia Quirino de Melo Medeiros, Monique Fernandes Moraes, Salvador Inácio da Silva....................................................................................................................... 70 ESTUDOS SOBRE SURFE: ANÁLISE TEMÁTICA A PARTIR DOS ANAIS DO CBAA 71 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividade s de Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Vinicius Zeilmann Brasil, Valmor Ramos, Ciro Goda, Jeferson Rodrigues de Souza.......................... PSICOMOTRICIDADE E SKATE: A DESCOBERTA DE CONTRIBUIÇÕES RECÍPROCAS Douglas Costa Ferreira......................................................................................................................... 72 PARKOUR: DO MÉTODO NATURAL À TÉCNICA DE SI Jean Miranda Euflausino,,Amilton Bertazo Junior, Claudio Alexandre Celestino, Silvana dos Santos 73 A PRÁTICA DO MOUNTAIN BIKE NO CONTEXTO DAS AFAN Leandro Dri Manfiolete, Marcelo Roberto Andrade Augusti, Daniel Bidia Olmedo Tejera, Carmen Maria Aguiar.......................................................................................................................................... 74 A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS AULAS DE EDUCAÇ ÃO FÍSICA Newton Porfirio Moraes Soares, Thayane dos Santos Visintainer, Katia Mariele do Amaral Rolim, Marcos Wuintt da Silva, Adiovan Marques e Rainer de Almeida Padilha............................................. 75 A CIDADE COMO AVENTURA PEDAGÓGICA Álvaro Luís Ávila da Cunha, Vera Lúcia Gainssa Balinhas, Katia do Amaral Rolim, Newton Porfirio Moraes Soares, Eduardo Massoco Rios, Patricia Becker Engers........................................................ 76 A APRENDIZAGEM AMBIENTAL PROMOVIDA PELA CAMINHADA Katia Mariele do Amaral Rolim, Newton Porfirio Moraes Soares, Thayane Visintainer........................ 77 CONHECENDO O INTERIOR DO MUNICÍPIO DE URUGUAIANA – RS: UM POTENCIAL PARA A PRÁTICA DE TURISMO E ATIVIDADES DE AVENTURA Eduardo Massoco Rios......................................................................................................................... 78 A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICA VISANDO CONHECER AS BELEZAS NATURAIS DE URUGUAIANA – RS Eduardo Massoco Rios......................................................................................................................... 79 COMUNICAÇÃO ORAL TURISMO RURAL X TURISMO DE AVENTURA: BREVE REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA GALEGA Luciana Pereira de Moura Carneiro, Rosângela Custódio Cortez Thomaz, Xosé Manuel Santos Solla...................................................................................................................................................... 80 87 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividade s de Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL “O SURFE DE ASFALTO” NAS ONDAS DA PRODUÇÃO ACADÊMIC A: UMA REVISÃO DE LITERATURA Juliana Cotting Teixeira, Gustavo da Silva Freitas............................................................................... A PSICOLOGIA DAS EXPERIÊNCIAS SAGRADAS DE AVENTURA NA NATUREZA: EXAMINANDO OS “LIVROS DE MONTANHA” Marcelo Guidi........................................................................................................................................ 95 UMA VISÃO REAL DA PRÁTICA DE ESPORTES RADICAIS E DE AVENTURA NOS MUNICÍPIOS DE BARRA DO GARÇAS-MT, PONTAL DO ARAGUAI A-MT E ARAGARÇAS-GO Sergio Vinícius Trautmann Machado, Geovani Ferreira Pundrich, Cassio de Souza Chagas, Minéia Carvalho Rodrigues, Aníbal Monteiro de Magalhães Neto, Nathália Maria Resende.......................... 101 PROGRAMAS DE AVENTURA EM ATIVIDADES DE TREINAMENTO E FACILITAÇÃO: VIVENCIAS DE ESCALADA, UM ESTUDO DE CASO Victor Lopez Richard............................................................................................................................. 107 ATIVIDADES DE AVENTURA ASSOCIADAS A PERCEPÇÃO DE QU ALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE Vagner Custódio, Jéssica Luz............................................................................................................... 114 FATORES DETERMINANTES NA ADERÊNCIA DE PRÁTICAS ESPO RTIVAS DE AVENTURA NA NATUREZA Ana Cláudia Gomes de Amorim Pinto, Silvia Deutsch, Afonso Antônio Machado............................... 121 LAZER EM FOCO: CONCEPÇÕES ADOTADAS NOS ANAIS DO CON GRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADES DE AVENTURA DE 2006 A 2011 Priscila Mari dos Santos, Raysa Silva Venâncio, Fabiano Augusto Teixeira, Alcyane Marinho........... 126 CAMINHAR NA MATA, CONHECER A NATUREZA E TECNOLOGIA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES E REFLEXÕES Marcelo Roberto Andrade Augusti, Carmen Maria Aguiar, Leandro Dri Manfiolete............................. 134 AS ATIVIDADES FÍSICAS NA NATUREZA NA UNIVERSIDADE F EDERAL DE LAVRAS Raoni Perrucci Toledo Machado........................................................................................................... 140 ATIVIDADES DE AVENTURA COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA Glaucia Guiulia Costa Pereira, Alex Fabiano Santos Bezerra.............................................................. 146 ESPORTE DE AVENTURA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Paulo Tiago Oliveira Alves, Raimundo Erick de Sousa Agapto, Jonas Jandson Alves Oliveira, Luciano das Neves Carvalho................................................................................................................ 153 FATORES MOTIVACIONAIS PARA A PRÁTICA DE ESCALADA ES PORTIVA ENTRE ALUNOS DO ENSINO TÉCNICO INTEGRADO DO IFCE- JUAZEIRO DO NO RTE – CE Victor Hugo Sátero Balbino, Raimundo Erick de Sousa Agapto, Francisca Liliany Feitosa Ferreira, Grayce Gonçalves Valdevino, Luciano das Neves Carvalho................................................................ 159 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividade s de Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL A COMPLEXIDADE BIOPSICOSSOCIAL DOS ESPORTES DE AVEN TURA Péricles Saremba Vieira, André Baggio................................................................................................ 165 ESTADO EMOCIONAL TENSÃO E AS ATIVIDADE DE AVENTURA Rodolfo Antonio Zagui Filho, Kleber Tüxen Carneiro, Ana Paula Evaristo Guizarde Teodoro, Gisele Maria Schwartz..................................................................................................................................... 170 DE CORPO E ALMA NA PAREDE DE ESCALADA: DESAFIOS DE UMA PROFUNDA IM ERSÃO NA PESQUISA DE CAMPO Gabriel Rocha Vargas, Silvia Cristina Franco Amaral.......................................................................... 176 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E LAZER EM UNIDADES DE CONSERVAÇ ÃO: A FOTOGRAFIACOMO INSTRUMENTO DE AÇÃO JUNTO AO PÚBLICO ADULTO Sara Monise de Oliveira, Haydée Torres de Oliveira............................................................................ 181 ANÁLISE DO TURISMO DE AVENTURA EM ÁGUAS NA PRAIA DO LARANJAL, ATRAVÉS DOS SITES DE PELOTAS, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL Guilherme de Oliveira Lopez de Ávila, Laura Rudzewicz, Rita Gabriela Araújo Carvalho, Jéssika dos Santos Garcia................................................................................................................................. 189 ANÁLISE DO ÂNGULO ABSOLUTO DO TRONCO NA ESCALADA AR TIFICIAL EM INDIVÍDUOS COM DESENVOLVIMENTO TÍPICO E COM SÍNDROME DE DOWN Isabela Gouveia Marques, Thiago Bassani Bellusci, Luisa de Oliveira Demarchi Costa, Raphael Delfino................................................................................................................................................... 195 A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO NA ÁREA DE ATIVIDADES NA NAT UREZA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OFERECIDAS NO ESTADO DE SÃO PAULO Felipe Morgato, Paulo Roveri, Fernanda Salvi Santos, Jamille Berbare, Gustavo Murata, Tiago Dias Provenzano................................................................................................................................... 202 A BOIA, O REMO E A CORDA: UM ESTUDO ANTROPOLÓGICO S OBRE BROTAS, A CAPITAL BRASILEIRA DA AVENTURA Marília Martins Bandeira....................................................................................................................... 206 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PRÁTICAS CORPORAIS EM AMBIENTE S NATURAIS: UMA PROPOSTA PARA SENSIBILIZAÇÃO ECOLÓGICA Cilene Lima de Oliveira, Gabriela Araujo Goes da Mota, Edmundo Drummond Alves Junior, Ramon Diniz Teixeira........................................................................................................................................ 213 ATIVIDADES DE AVENTURA: DIFERENTES OLHARES Fernando Azeredo Varoto, Cinthia Lopes da Silva............................................................................... 218 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PRATICANTES DE SKATE EM S ÃO PAULO, PARANÁ E RIO GRANDE DO SUL Luana Mari Noda, Giuliano Gomes de Assis Pimentel......................................................................... 226 ESPORTES DE AVENTURA NA ESCOLA 232 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividade s de Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Fernanda de Paula Diogo, Gounnersomn Luiz Fernandes, Fúlvio Rodrigues Valeriano..................... INCLUSÃO SOCIAL NO TURISMO ACESSÍVEL DE AVENTURA NA CIDADE DE SOCORRO-SP Márcia Danielly Cavalcanti Silva, Kerley dos Santos Alves.................................................................. 239 APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVENTURA EM ESCOLA MILI TAR DE ENSINO MÉDIO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES Orlando Costa Ribeiro Júnior, Alex Fabiano Santos Bezerra............................................................... 246 A AVENTURA DE CRIAR VERSOS DE IMPROVISO Daniel Bidia Olmedo Tejera, Carmem Maria Aguiar, Ana Carolina Sales Pacheco............................. 251 TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE NA FORMA ÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ESTADO DO PARÁ Raquel de Magalhães Borges............................................................................................................... 258 A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO CONGRESSO BRASILEIRO DE AT IVIDADES DE AVENTURA (2006-2011) SOB A PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Diego Ulacco Moreno, Luiz Afonso Vaz de Figueiredo......................................................................... 264 1 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL PÔSTER TECNOLOGIAS E DIFUSÃO DAS EXPERIÊNCIAS SIGNIFICATIV AS, NO CONTEXTO DAS ATIVIDADES DE AVENTURA Jossett Campagna, Gisele M. Schwartz LEL – Laboratório de Estudos do Lazer/ DEF/IB/UNESP – Rio Claro/SP – Brasil jossett_c@yahoo.com.br Na sociedade tecnológica contemporânea, as trocas de experiências e/ou informação ganham magnitude e velocidade nunca antes constatadas ao longo do processo de acumulação do conhecimento humano. O objetivo deste estudo qualitativo foi o de destacar a contribuição dos relatos nacionais de experiências significativas demandadas no contexto das atividades de aventura como veículo e objeto educativos corresponsáveis no processo de desenvolvimento humano. A pesquisa exploratória qualitativa, ilustrada quantitativamente, elegeu categorias de análise documental dos anais dos CBAAs de 2006 a 2011. Os resultados, revelando as mais curiosas demandas na área, apontaram expressivo interesse no debate de idéias oportunizado pelas trocas de experiências interpessoais acadêmicas, como também aliadas na construção, estruturação e consolidação do conhecimento pertinente às atividades de aventura, uma dentre as opções no universo do lazer. Na abordagem total dos 386 estudos analisados no referido período predominaram em 119 (61,08%) os relatos, sendo 92 (31,08%) pôsteres e 27 (30,00%) comunicações orais. Com os dados coletados, esse estudo reiterou a efervescência e inquietações existentes nas práticas de aventura instigadas pelas tecnologias de informação e comunicação atuais, seja pela sua diversidade, orientações sobre os locais mais adequados e próximos para vivenciá-las, seja pelos itens de segurança e cuidados a elas necessários, seja pela socialização dos benefícios biopsicosociopedagógicos e culturais que propiciam aos seus adeptos. Estreitar a relação entre as experiências relatadas e oportunizar políticas públicas e/ou privadas nessa direção foi outro desafio que se instalou. Palavras-chave: atividades aventura, relatos de experiência, CBAA. 2 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ENDURO A PÉ: CAMINHADA E ESTRATÉGIA – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Satie Marina Watanabe SESC São Caetano – São Caetano do Sul – São Paulo – Brasil satie@scaetano.sescsp.org.br O enduro a pé é uma modalidade esportiva pouco conhecida e praticada. É uma prova de regularidade realizada em equipe, composta geralmente de 3 a 6 integrantes, cujo objetivo é passar por pontos em um percurso pré-determinado, valendo-se de uma planilha de navegação (mapa) e bússola. O objetivo deste trabalho é relatar uma experiência, do ponto de vista do participante que vivenciou a modalidade e registrar suas impressões. A atividade foi realizada por uma empresa privada, em uma data única, de forma gratuita ao participante. Na programação da atividade houve uma palestra explicativa sobre a origem, regras e curiosidades do enduro pé, bem como informações sobre as funções de cada integrante, como quem fica responsável pela leitura da bússola, contagem dos passos e controle das distâncias. As equipes foram compostas de 3 a 6 pessoas, sem faixa etária pré determinada, no entanto o requisito geral foi ser alfabetizado. Houve cerca de 35 equipes inscritas. O perfil deste público foi variado, mas com predominância de famílias, ou seja, destaca-se uma participação intergeracional onde o encontro de diversas gerações. Assim, podemos afirmar que o enduro a pé é um esporte que integra pessoas, favorece a prática de atividade física em grupo, despertando interessesvariados, como questões de geografia humana, arquitetura local, topografia urbana e cuidados com a saúde. Também estimula a cognição, uma vez que é necessário o uso de estratégias e cálculos para melhor aproveitamento da atividade. No entanto, vale destacar que é fundamental o acompanhamento de uma equipe de apoio para garantir a segurança dos participantes que ficam expostos a situações diversas, como travessia de ruas e avenidas movimentadas, bem como informações educativas como minimizar a exposição ao sol e hidratação. Contata-se mais uma vez que o esporte é um elemento fundamental na formação do individuo e a condução de pesquisas e divulgação de novas práticas, diante de uma sociedade cada vez mais sedentária, é fundamental para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. Palavras-chave: caminhada, enduro a pé, trekking. 3 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL TRABALHANDO COM AVENTURA: UM ESTUDO DE CASO ENVOLVE NDO PROFISSIONAIS DO RAMO DE AVENTURA Marcelo Guidi Centro de Atividades Desenvolvimento e Estudos (CADE) - São José dos Campos – SP marcguidi@yahoo.com.br Ao prever ou rever um caminho profissional alguns sujeitos podem recorrer a aspirações pessoais para organizar ou reorganizar o seu rumo no mercado de trabalho. Este (re)manejamento profissional pode ter como inspiração as atividades de lazer, onde o prazer e a satisfação destas atividades foram marcantes. Esta pesquisa buscou caracterizar o percurso profissional de seis sujeitos que optaram por trabalhar na área de lazer, mais especificamente no ramo de “aventura”. Este estudo considerou que as escolhas profissionais são mediadas por fatores pessoais, econômicos e sociais. Na medida em que se consolidam os conceitos, valores e interesses, o efeito das experiências de lazer podem permitir um leitura mais crítica da escolha profissional onde o bem-estar no lazer tende a ser desejado também no trabalho, na perspectiva de um sujeito indissociável. Especificamente o lazer de aventura permite a expressão de uma identidade que carrega valores de exploração, desafio e superação. Todos os entrevistados definiram o trabalho como fonte de sofrimento, obtendo no lazer um sentido de realização. Ao repassar este sentido para o trabalho a satisfação provém do diálogo com o cliente e das práticas em si. As condições de renda da família nuclear, as oportunidades no mercado, o “network” e a capacidade de ousar e persistir foram aspectos importantes na manutenção desta trajetória profissional. Entre as dificuldades destacam-se a falta de consenso nos padrões que regulamentam a qualidade dos serviços na área, a sazonalidade das modalidades, o elevado custo e a durabilidade dos equipamentos e a banalização da aventura pelos próprios profissionais autônomos. Para os entrevistados, as vivências de lazer em aventura promoveram um novo significado ao trabalho. Palavras-chave: Trabalho, Lazer de aventura, realização pessoal. 4 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL RESPOSTA PSICOFISIOLÓGICA DA FREQUENCIA CARDÍADA EM PRATICANTES AMADORES DE RAPEL Sergio Vinícius Trautmann Machado, Geisse Quelle Mendes Cunha, Nathalia Maria Resende, Anibal Monteiro de Magalhães Neto Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia, Pontal do Araguaia, Mato Grosso, Brasil sergiotrautmann@hotmail.com Introdução: O rapel é um termo que vem do francês "rappel", que significa "chamar" ou "recuperar", para designar uma técnica do montanhismo, onde é realizado descidas de forma controlada através de cordas ou cabos, com o uso de uma cadeirinha especial (baudrier) e alguns acessórios como mosquetões, descensores (freio oito, ATC dentre outros), vencendo obstáculos naturais e artificiais. Fazer rapel pode parecer extremamente simples. E é por isso que ele se difundiu tanto. Qualquer pessoa que vença o medo da altura, coloque o equipamento necessário e tenham alguns poucos minutos de instrução pode realizar o rapel. As emoções são o principal determinante de como será o desempenho nos praticantes do rapel. O impacto das emoções sobre o desempenho atlético é tão poderoso que afeta cada aspecto da pratica de descida. Existem vários marcadores fisiológicos capazes de mensurar alterações provocadas pelas emoções, e uma delas é a frequência cardíaca. Porém pesquisas com enfoque nos fatores emocionais provocados pelo rapel são escassas na literatura. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo principal mensurar a freqüência cardíaca de praticantes amadores de rapel em dois momentos distintos, os quais são: (1) no estado de calmaria (repouso) e (2) no estado de estresse (no decorrer da descida). Método: Fizeram parte desta pesquisa, 32 participantes sendo 14 do gênero feminino e 18 do gênero masculino. Para mensurar a frequência cardíaca foi utilizado o instrumento de mensuração portátil ajustável da marca Polar. Utilizou-se como método estatístico o t de Student para variáveis dependentes tendo como margem de significância 0,05%, e os resultados foram expressos em média ± erro padrão. Resultados: Após a mensuração da frequência cardíaca foi obtido às seguintes médias no estado de repouso (86 ± 2,3 bpm). No decorrer da descida do rapel a frequência cardíaca elevou-se em 70% tendo como média (148 ± 3,2 bpm). A variação do componente fisiológico mostrou haver diferença significativa entre os dois momentos avaliados neste trabalho. Conclusão: Os resultados encontrados neste trabalho mostraram que o ato de descida é um momento de estresse emocional muito grande, porém com características controladas. As emoções são uma parte das experiências esportivas, tanto quanto as condições físicas. No entanto, apesar da importância do estudo das emoções no esporte, ele ainda é pouco explorado na área dos esportes radicais. Portanto, pode-se concluir que as emoções provocam impacto sobre o desempenho durante a atividade do rapel, fazendo assim com que ocorram reações psicológicas que estimulam a ocorrência de modificações fisiológicas. Palavras-chave: Batimentos cardíacos, Esporte radical, Medo. 5 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL REFLETINDO SOBRE MANIFESTAÇÕES DE COMPETÊNCIAS NO R AFTING Alcyane Marinho, Priscila Mari dos Santos Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física (LAPLAF), Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil alcyane.marinho@hotmail.com Este trabalho se reporta a uma das fases do projeto de ensino “Meio ambiente por inteiro: ciclo de oficinas sobre educação ambiental e qualidade de vida” (em andamento no Curso de Educação Física do CEFID/UDESC), o qual tem como objetivo sensibilizar a comunidade acadêmica para questões socioambientais e suas relações com a qualidade de vida. Trata-se de uma vivência de rafting, a qual foi oportunizada à comissão organizadora do referido projeto, em Santo Amaro da Imperatriz (SC). Após a vivência, nove participantes (oito mulheres e um homem) foram convidados a responder um questionário com perguntas abertas acerca das competências manifestadas durantea atividade. As informações coletadas foram organizadas no software NVivo 9, o qual vem sendo empregado em estudos qualitativos. Após a organização e a leitura dos resultados, as categorias de análise foram elaboradas por meio da técnica de análise de conteúdo. Dois participantes identificaram que as competências mais exigidas pelo contexto da atividade foram a flexibilidade, a capacidade de comunicação, a liderança e a criatividade. Um participante atribuiu as manifestações de competências às próprias exigências da atividade, e outro à rapidez em que todas as ações ocorreram. Os participantes citaram a flexibilidade, como necessidade para a coesão do grupo; cinco citaram a capacidade de comunicação e dois a de negociação, para facilitar a atividade, as decisões, e a sincronia; e dois citaram a criatividade, manifestada para superar certos obstáculos. Sete não perceberam a manifestação da liderança, atribuída a dificuldades pessoais, medo, insegurança, e “acomodação” com a liderança do “guia” e com aqueles que estavam à frente do bote. Neste sentido, parece que os participantes tiveram certa dificuldade em perceber que, apesar do sucesso individual depender do desempenho e da boa determinação do grupo, a liderança era um aspecto fundamental para o bom desenvolvimento da atividade, não sendo restrita a manifestação por determinados participantes. Relacionando as competências à gestão de projetos, cinco participantes apontaram que, por meio das competências, os indivíduos estão sendo preparados e se alertando para a importância do trabalho em grupo, do planejamento e da iniciativa, ainda que esta seja uma tarefa difícil. Quatro participantes apontaram o contato com a natureza como um importante fator que pode contribuir para a gestão de projetos. Além disso, o prazer compartilhado proveniente do rafting adquiriu magnitude, atuando como elemento de coesão do grupo e de satisfação das necessidades individuais no coletivo. Os participantes estabeleceram referenciais comuns e, por isso, a soma das competências individuais repercutiu positivamente na competência coletiva. Oportunidades como estas possibilitam visualizar, estimular e potencializar competências para mobilizar, integrar e 6 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL transferir conhecimentos, recursos e habilidades, em um contexto profissional determinado, além de oportunizar a reflexão sobre as ações na gestão do próprio projeto em que se está inserido. Palavras-chave: Rafting, Competências, Projetos. 7 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL SENSAÇÕES E EMOÇÕES NO RAFTING: UM RELATO DE EXPERI ÊNCIA Alcyane Marinho, Priscila Mari dos Santos Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física (LAPLAF), Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil alcyane.marinho@hotmail.com Este trabalho se reporta a uma das fases do projeto de ensino “Meio ambiente por inteiro: ciclo de oficinas sobre educação ambiental e qualidade de vida” (em andamento no Curso de Educação Física do CEFID/UDESC), o qual tem como objetivo sensibilizar a comunidade acadêmica para questões socioambientais e suas relações com a qualidade de vida. Trata-se de uma vivência de rafting, a qual foi oportunizada à comissão organizadora do referido projeto, em Santo Amaro da Imperatriz (SC). Após a vivência, nove participantes (oito mulheres e um homem) foram convidados a responder um questionário com perguntas abertas acerca das sensações e emoções vivenciadas no rafting e do significado de tal experiência. As informações coletadas foram organizadas no software NVivo 9, o qual vem sendo empregado em estudos qualitativos. Após a organização e a leitura dos resultados encontrados, as categorias de análise foram elaboradas por meio da técnica de análise de conteúdo. No que se refere às sensações e emoções, sete participantes relataram sentir medo e ansiedade, principalmente no início da atividade, em que as expectativas tomavam conta dos pensamentos. Entretanto, destes, seis apontaram que, com o passar do tempo, os sentimentos “negativos” iniciais davam lugar a sensações prazerosas, à diversão, ao gosto pela atividade, à confiança, ao despertar das curiosidades, à alegria, à euforia, à tranquilidade e sensação de paz, à realização e renovação pessoal e à sensação de liberdade pelo contato direto com a natureza. Os outros dois investigados relataram sensações e emoções “positivas”, agradáveis, e sentimentos de satisfação por conseguir superar obstáculos (por exemplo, as quedas na água, a correnteza), e de felicidade por estar compartilhando bons momentos com amigos em meio à natureza. Três participantes relacionaram o significado da experiência à sensação de bem estar e prazer; cinco relacionaram a sensações de alegria e diversão; sete relacionaram a sentimentos de coragem, confiança, superação, sucesso, adrenalina e emoção. Quatro participantes ainda aproximaram a experiência a situações indescritíveis, inesquecíveis, atreladas à interdependência, à aventura e à natureza. Principalmente a associação da vivência ao sentido de diversão, que agrupa outros significados, indica que a atividade foi prazerosa mesmo com o cansaço físico, percebido em alguns dos participantes. A menção aos significados da experiência, traduzidos em palavras, permite a aproximação a um processo de ensino-aprendizagem qualitativo, uma vez que, em seu interdito, agrega o lúdico ao conhecimento. Diante da oportunidade de experimentar novas situações, sensações e emoções, em um contexto diferenciado do ambiente acadêmico, em meio à natureza, com desafios a serem 8 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL superados, bem como limites pessoais, físicos e/ou psicológicos, tal iniciativa foi percebida como uma possibilidade fértil de desenvolvimento humano, sensibilizando os participantes para questões socioambientais. Isto indica que a vivência foi percebida como educativa, e, em alguns casos, transformadora. Palavras-chave: Rafting, Sensações, Emoções. 9 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ATIVIDADE DE AVENTURA NA TERCEIRA IDADE: UMA ANÁLIS E DOS ANAIS DO CBAA Raquel Sampaio Pires Iannoni, Giselle Helena Tavares, Iara Tedeschi Novais, Ana Paula Evaristo Guizarde Teodoro, Danilo Roberto Pereira Santiago, Gisele Maria Schwartz LEL – Laboratório de Estudos do Lazer/ DEF/IB/UNESP – Rio Claro/SP – Brasil raquel_iannoni@yahoo.com.br Os estudos relacionados ao contexto das atividades de aventura vêm ganhando cada vez mais espaço no Brasil e no mundo, com abordagens temáticas variadas. Com base nesse crescimento, a partir de 2006, foi criado pelo LEL-Laboratório de Estudos do Lazer, Departamento de Educação Física da UNESP - Campus de Rio Claro, o CBAA - Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura. Esteevento possui uma característica itinerante e foi criado a fim de atender às necessidades de congregar estudiosos, sendo um pólo de reflexões sobre esta temática, ampliando as possibilidades de gestão e difusão das informações acerca das atividades de aventura nas diversas regiões do país. Porém, apesar do aumento das discussões e dos estudos sobre as atividades de aventura, é possível notar a existência de muitas possibilidades de enfoques ainda inexplorados. Parece haver uma defasagem no que concerne à abordagem da temática terceira idade, suscitando o interesse em se pesquisar, nos anais do CBAA, a incidência de trabalhos que abordem esta população, ampliando as perspectivas de compreensão deste universo temático. Para tanto, o presente estudo teve por objetivo investigar os temas referentes à terceira idade abordados nos trabalhos apresentados no CBAA, no período de 2006 a 2011. Este estudo, de natureza qualitativa, foi realizado por meio da união de pesquisa bibliográfica e pesquisa exploratória, sendo esta última desenvolvida com base na análise dos anais de todas as edições do CBAA. A busca foi feita a partir da incidência dos termos “terceira idade” e “idosos”, presentes nos títulos dos trabalhos apresentados. Os dados foram analisados descritivamente pela Técnica de Análise de Conteúdo Temático. Os resultados apontam 6 (seis) trabalhos que abordam este tema no período analisado, sendo 2 (dois) sobre as possibilidades de vivência, 2 (dois) que trataram o aprendizado sobre aventura, 1 (um) que abordou os significados das atividades e 1 (um) sobre o perfil dos praticantes. Com base nos resultados da pesquisa, foi possível evidenciar que o tema da terceira idade ainda é pouco explorado nos estudos referentes às atividades de aventura. Verifica-se um número relativamente pequeno de abordagens sobre terceira idade, quando analisados todos os anais. A ampliação de estudos sobre esta temática é de grande valia para o subsídio teórico dos profissionais que atuam nesta área e, além disso, a população idosa está em alto crescimento no Brasil, merecendo atenção dos estudiosos. Portando, torna-se importante o desenvolvimento de outros estudos que potencializem a necessidade de abordar a temática terceira idade e atividades de aventura, a fim de subsidiar este campo de estudos. Palavras-chave: Terceira Idade, Atividade de Aventura, CBAA. 10 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ATIVIDADES FÍSICAS DE AVENTURA, CURRÍCULO E CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO: POSSIBILIDADES PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Tamires Freitas, Luiz Rufino Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio CLARO, São Paulo, Brasil thamy-alvarado@hotmail.com A Educação Física escolar é responsável por proporcionar ao aluno o conhecimento da cultura corporal de movimento, que é entendida como as diferentes manifestações corporais, como lutas, ginásticas, danças, entre outras. As Atividades Físicas de Aventura (AFAs) são realizadas em meio natural, urbano ou artificial, podem ser adaptadas para o contexto escolar, envolvem o risco controlado e proporcionam diferentes sensações, além de serem atividades existentes há muito tempo e que estão ganhando cada vez mais espaço nos dias atuais. Dessa forma, o objetivo desse estudo é compreender a importância das AFAs nas aulas de Educação Física a partir da compreensão de cultura corporal de movimento, e tratar sobre a falta de publicações sobre o tema, por meio de um levantamento bibliográfico em livros, artigos, sites e revistas. Concluiu-se com o estudo que, sendo as Atividades Físicas de Aventura pertencentes à cultura corporal de movimento, é necessário e importante que esta seja introduzida na escola, proporcionando assim a vivência de uma nova manifestação corporal aos alunos, o aprendizado de valores relacionados ao meio ambiente em geral, que estão atrelados a essa prática, além de aumentar os conteúdos da Educação Física. De acordo com Marinho (2005) é crescente o interesse de diferentes adeptos, jovens, crianças, e adultos, de diversos níveis sociais e de diferentes ocupações. Ainda de acordo com a autora, são poucos os estudos na área, se tornando assim um foco crescente de interesse também nas universidades, pois se torna necessário o aprendizado das Atividades Físicas de Aventura para que a atuação profissional seja significativa (MARINHO, 2005). Palavras-chave: Educação Física escolar, Atividade Física de Aventura e cultura corporal de movimento. 11 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL BEM RECEBER COPA ECOTURISMO E AVENTURA: INVESTINDO NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS CONDUTORES Juliana de Paula Figueiredo, Amanda Mayara do Nascimento, Rodolfo Antonio Zagui Filho, Raquel Sampaio Pires Iannoni, Marcelo Fadori Soares Palhares, Gisele Maria Schwartz LEL – Laboratório de Estudos do Lazer/ DEF/IB/UNESP – Rio Claro/SP - Brasil julianapfig@hotmail.com Apoio financeiro: CAPES Tendo em vista os megaeventos esportivos que ocorrerão nos próximos anos no Brasil, o Ministério do Turismo lançou o projeto Bem Receber Copa, com o objetivo de qualificar os profissionais que atuam na área do Turismo. A fim de fortalecer o mercado da aventura e qualificar os profissionais atuantes neste segmento, a ABETA – Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura, participa deste projeto do Ministério do Turismo e lidera o projeto Bem Receber Copa Ecoturismo e Aventura, oferecendo diversos cursos presenciais e à distância aos envolvidos, entre eles os condutores. Entretanto, diante do grande fluxo de turistas internacionais e da diversidade do público que se espera, as empresas que atuam com atividades de aventura precisam investir com mais profundidade na formação de seus profissionais. Sendo assim, este estudo, de natureza qualitativa, teve por objetivo investigar se as empresas que atuam com atividades de aventura estão preparadas para trabalhar com grupos especiais e se investem na formação de condutores bilíngues. O estudo foi desenvolvido por meio de pesquisas bibliográfica e exploratória, utilizando um questionário misto como instrumento para a coleta de dados, aplicado online a uma amostra intencional composta por 39 empresas associadas à ABETA. Os dados foram analisados descritivamente e os resultados indicaram que, em relação à preparação para trabalhar com os diferentes grupos especiais, 46,15% das empresas apontam que seus condutores estão aptos a atuarem com deficientes; 87,18% afirmam que seus condutores estão preparados para atuarem com idosos; e 97,44% declaram que os condutores estão capacitados para trabalharem com crianças. Algumas empresas (2,56%) ainda ressaltam que estão preparadas para atuarem com outros grupos específicos, entre eles: grupos de turismo pedagógico, grupos empresariais e GLBT – Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais. No que se refere ao investimento do ensino de língua estrangeira para formar condutores bilíngues, apenas 41,03% das empresas afirmaram que se atentam a esta formação, sendo que algumas alegam que deve ser obrigação do próprio profissional buscar esta qualificação. Pode-se concluir que ainda existe a necessidade de maior atenção à formação para atuação com públicos específicos, como os deficientes e idosos, a fim de possibilitar que as atividades de aventura sejam acessíveis a todos. Além disso, torna-se premente a preocupação coma formação em outros idiomas, para que o segmento da aventura realmente possa se beneficiar dos megaeventos e difundir os seus produtos aos 12 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL inúmeros turistas que virão ao Brasil durante estas ocasiões, devendo o condutor estar efetivamente preparado para recebê-los. Palavras-chave: Formação profissional, Atividades de Aventura, Megaeventos. 13 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ESPORTE DE AVENTURA COMO CONTEÚDO INTERDISCIPLINAR NA EDUCAÇÃO FÍSICA Michelli Luciana Massolini Laureano Universidade Federal do Amazonas - Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (UFAM/ICSEZ), Parintins, Amazonas, Brasil. mix_rc@hotmail.com Este relato visa apresentar a experiência vivida por uma turma de graduandos do curso de Licenciatura em Educação Física na UFAM de Parintins, na disciplina Prática Interdisciplinar, ministrada no terceiro período de 2010, que tinha por objetivo oportunizar, aos estudantes em formação, a vivência e conhecimento – e talvez a descoberta – de diferentes conteúdos para aulas de Educação Física. Na referida disciplina, foi proposto aos discentes que pesquisassem sobre conteúdos pouco convencionais e modalidades não hegemônicas para que, posteriormente, fosse apresentada a turma em forma de trabalho prático. Os alunos foram orientados pela professora responsável da disciplina durante todo o processo de desenvolvimento da pesquisa solicitada, bem como na organização da apresentação que se caracterizava como uma aula prática, onde todos os presentes vivenciariam a atividade proposta. Um dos grupos apresentou os esportes de aventura e a atividade proposta foi uma minicorrida de aventura, composta por: trilha de bike no areal, travessia a nado de uma pequena lagoa e corrida por uma trilha na mata que cerca o areal. Os materiais utilizados foram bicicletas de cada aluno participante, caixa de primeiros socorros, sacos plásticos para recolhimento de lixos e placas indicadoras de percurso. A atividade foi vivenciada por 98 alunos do curso de Licenciatura em Educação Física do ICSEZ/UFAM e teve duração de 15 dias com frequência de uma vez na semana, sempre as quintas-feiras. A primeira prática foi apenas de conhecimento do território e a segunda constituiu-se de uma competição dividida por grupos separados por bandanas coloridas, onde a regra era todos os integrantes da equipe (juntos) terminar o percurso em menos tempo. Durante toda a atividade, o grupo proponente – composto por 10 alunos – dividiram-se pela trilha para garantir a segurança dos participantes, ficando em pontos onde a dificuldade era maior, principalmente no lago. Além dessa questão “risco”, a preservação do local foi trabalhada intensamente. No término da vivência, todos deram seus depoimentos sobre o que fora realizado e o que sentiram ao experimentar tais possibilidades. Tudo foi surpreendente já que, no Amazonas, essas pessoas jamais tinham observado o que estava ao seu redor, vislumbrado tais possibilidades e vivenciado a natureza local desta maneira, mesmo com tantas zonas que oferecem o turismo de aventura nesta região, principalmente em Manaus. Com esta atividade, conseguimos verificar o que o autor Félix Guattari (1990) chama de “ecosofia” (relações sociais, subjetividade humana e relações com o meio ambiente), pois foram trabalhadas questões multidisciplinares como preservação do meio ambiente, segurança em locais de mata, orientação, solidariedade e reflexões a cerca da Amazônia e o ecoturismo, a sustentabilidade, a formação de uma consciência ambientalista, o respeito 14 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ao patrimônio ambiental e sociocultural entre outros, configurando um conteúdo riquíssimo para ser trabalhado por educadores. Palavras- chave: esporte de aventura, conteúdo, interdisciplinaridade. 15 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL APLICABILIDADE DOS ESPORTES DE AVENTURA NA ESCOLA A TRAVÉS DOS ANAIS DO CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDAES DE AVENT URA Danilo Silva dos Santos, Denis Rocha Gomes, Dimitri Wuo Pereira UNINOVE – São Paulo, SP, Brasil daniloss@uninove.edu.br Os esportes de aventura são um conteúdo da Educação Física e são propostos nos PCN. Mas será que os professores conseguem explorá-los em seu dia a dia? Será que mesmo não tendo os materiais e formação adequada, o professor consegue aplicar em suas aulas? E o mais importante, Será que o professor tem vontade de aprender este novo conceito de aula para aplicá-la com seus alunos? Essa revisão literária tem como objetivo explorar o assunto para levar os professores de Educação Física a uma relfexão. Algumas problemáticas a serem discutidas neste trabalho são o interesse e capacidade do professor em aplicar uma aula diferente; o espaço físico e os materiais adequados; e o conhecimento prévio. O objetivo desse estudo é verificar como a literatura apresenta a aplicação de aulas de esportes radicais. Mostrar quais são as modalidades de esportes de aventura e como podem ser desenvolvidos nas aulas de educação física. A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica em livros, revistas, periódicos sobre os esportes de aventura e a análise dos anais do CBAA de 2006 a 2010, para compreender a evolução dos esportes de aventura no âmbito escolar. Os esportes de aventura podem sim ser inseridos no contexto escolar, sendo adaptados os espaços de prática e seus materiais. O conhecimento do professor sobre as regras de segurança das modalidades e as técnicas adequadas também é fator preponderante. Lavoura e Silva (2008), por exemplo, adaptaram uma aula de canoagem fora do meio liquido para que o aluno tenha a vivencia do esporte de aventura no contexto escolar. Muitas propostas aparecem nos anais do CBAA, apontando um grande interesse pelo assunto entre os professores de Educação Física escolar. As dificuldades como a aceitação de atividades de risco na escola pelos pais, professores e diretores é um fator apontado como limitante. Sugere-se a capacitação dos professores para desenvolverem aulas com conteúdo significativo e de forma segura nas escolas para diminuir essas barreiras. Palavras-chave: esportes de aventura, Educação Física, escola. 16 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL EMOÇÕES DE JEEPEIROS PRATICANTES DE ESPORTE DE AVEN TURA EM EVENTO OFF ROAD EM AVARÉ Norma Ornelas Montebugnoli Catib1,2, Gisele Maria Schwartz1, Fernando Carlos Rochel Corrêa2, Victor Hugo Aparecido de Paschoal Castro2, Priscila Galvão de Almeida Leme2, Marisa Cortez de Souza2 1LEL – Laboratório de Estudosdo Lazer/ DEF/IB/UNESP – Rio Claro/SP – Brasil 2FREA/FIRA - Faculdades Integradas Regionais de Avaré normacatib@gmail.com Na sociedade contemporânea, parece haver, cada vez mais, a necessidade de o ser humano usufruir seu tempo disponível de modo qualitativo, juntamente com seus inúmeros afazeres e exigências cotidianas, com intuito de encontrar, nos momentos destinados ao lazer, diferentes elementos capazes de estimular ações e emoções que sejam positivas em suas vidas. Assim, vivenciar experiências em atividades de aventura automobilísticas praticadas fora da estrada pode ser uma atividade coadjuvante nesse processo de aquisição de novos estilos de vida, merecendo a atenção nesta pesquisa. Este estudo teve como objetivo investigar as emoções vivenciadas pelos jeepeiros participantes do evento esportivo de aventura off road. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, caracterizado por pesquisa exploratória, desenvolvida por meio de questionário contendo questões abertas como instrumento para a coleta de dados, aplicado após os jeepeiros terem participado do 1º Evento Off Road (4x4) promovido no município da Avaré. A amostra intencional foi composta por 11 (onze) sujeitos adultos, de ambos os sexos. Os dados foram analisados descritivamente, por intermédio da Técnica de Análise de Conteúdo Temático e indicam que, entre as principais expressões apontadas pelos indivíduos na questão referente ao que levou a prática dessa atividade de aventura ressaltaram-se aspectos como “contato com a natureza”, “adrenalina”, “aliviar o estresse” “diversão”, “aventura”, “companheirismo”. Os praticantes evidenciaram que a aderência a essa atividade de aventura propicia vivenciarem com qualidade o lazer, tendo em vista perceberem a sensação de bem-estar nos diferentes níveis social, físico e psíquico. No que se refere ao tipo de emoção que essa atividade propicia enfatizou-se “trabalho em equipe”, “satisfação”, “prazer”, “emoção”, “ansiedade”, “realização”, “felicidade”, “transpor obstáculos”, “liberdade”. Nesse sentido, pode-se evidenciar a existência de uma intensa motivação com relação à prática dessa atividade e diversas possibilidades de manifestar espontaneamente sentimentos e emoções considerados altamente positivos. Com base nos resultados pode-se enfatizar que as atividades de aventura automobilísticas off road, podem culminar nas mais diferentes emoções, levando esses praticantes a vivenciarem sentimentos significativos, ao interagirem e integrarem coletivamente nessa prática esportiva, além da oportunidade de estarem em pleno contato com a natureza. Sendo assim, torna-se relevante que outras reflexões sejam 17 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL estimuladas acerca dessa temática, como forma de enriquecimento do universo da área em questão. Palavras-chave: Atividades de aventura, Off Road, Jeepeiros. 18 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL SEMPRE ALERTA: UMA AVENTURA PELOS JOGOS E BRINCADEI RAS ESCOTEIRAS Marcio Ferreira de Souza, Cinthia Lopes da Silva UNIMEP – Universidade Metodista de Piracicaba – SP, Brasil marcio_fsza@yahoo.com.br O Movimento Escoteiro surgiu na Inglaterra no início do século XX, sendo divulgado posteriormente por todo mundo. Os ideais políticos, patrióticos, morais e sociais presentes no Escotismo foram os responsáveis por criar uma cultura normatizadora por meio de seus preceitos físicos e sociais. Este estudo em andamento tem o objetivo de analisar e compreender uma suposta versão de construção de uma educação social e disciplinadora e destacar uma possível leitura lúdica desses jogos a partir de uma análise dos conteúdos presentes nos jogos e brincadeiras escoteiras vivenciados principalmente pelos mais jovens e a partir das atividades ao ar livre, além de aventuras delineadas na natureza e por meio da arte do reconhecimento, observação e exploração do meio natural. Assim, efetuaremos análises dos conteúdos presentes nos jogos e brincadeiras escoteiras (realizadas ao ar livre, no meio natural ou em espaços fechados), particularmente descritas nos manuais de escotismo e, ou publicações relacionadas. A partir dessa proposição será possível delinear o processo de construção dessas brincadeiras e destacar uma possível leitura lúdica desses jogos. Como procedimento metodológico será realizada uma pesquisa bibliográfica, fundamentada em autores que recorrem a referenciais socioculturais e do lazer, caracterizando uma discussão eminentemente qualitativa. Dessa forma, a análise tomará por base bibliografia concernente ao lúdico, lazer e recreação em suas diferentes expressões, assim como estudos, pesquisas e fontes complementares que possam criar diálogos e aproximações ao tema sugerido. O problema a ser investigado propõe a criança como criadora de um mundo próprio, onde seu desenvolvimento físico mantém-se pelo tempo ao ar livre e pela vida em contato com a natureza. Outro objeto de análise será a educação sugerida por meio do desenvolvimento corporal, dos sentidos, do caráter, da lealdade, da obediência, do respeito etc. Assim, a investigação da educação pelos jogos coletivos e outras brincadeiras escoteiras desenvolve a inteligência e a formação do caráter e da moral e também contribui no encontro de vestígios que permitam uma investigação vinculada ao lúdico (ou à falta dele) nesses jogos e brincadeiras, contribuindo e trazendo elementos novos ao campo de estudo do lúdico e do lazer. Palavras-chave : Educação Física, Lazer, Escotismo. 19 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL JOGOS ELETRÔNICOS DE ATIVIDADES DE AVENTURA Iara Tedeschi Novais, Cristiane Naomi Kawaguti, Juliana de Paula Figueiredo, Danielle Ferreira Auriemo Christofoletti, Leonardo Madeira Pereira, Gisele Maria Schwartz LEL – Laboratório de Estudos do Lazer/ DEF/IB/UNESP – Rio Claro/SP – Brasil iara.tn@gmail.com As atividades de aventura têm atraído cada vez mais adeptos, seja como forma de fuga da realidade, seja como uma possibilidade de diversão. Entretanto, muitas vezes essa vivência é limitada pela falta de tempo, pela dificuldade de acesso a algumas dessas atividades, ou ainda, pela própria falta de segurança. Dessa forma, uma possibilidade de se sanar esses empecilhos é por meio da vivência de jogos eletrônicos que simulam essas experiências, os quais também se encontram em crescente expansão. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi investigar os jogos eletrônicos com abordagem sobre atividades de aventura, desenvolvidos para os consoles Playstation 3 e Xbox 360. Este estudo, de natureza qualitativa, constou de uma pesquisa bibliográfica, com posterior pesquisa exploratória, desenvolvida por meio de um levantamento dos jogos de Playstation 3 e Xbox 360 disponibilizados em forma de imagens, vídeos e/ou descrição no site http://jogos.uol.com.br/, encontrando-se um total de 1845 jogos, os quais foram analisados por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Como critério de inclusão foram considerados apenas os jogos com explícita comparação às atividades de aventura, sendo excluídos aqueles os quais continham tais atividades somente como elementos de partede suas histórias. Assim, 52 jogos atenderam aos critérios estabelecidos, tendo sido categorizados em aéreos (1,9%), aquáticos (13,5%) e terrestres (80,8%), havendo, ainda, aqueles que atendiam a mais de uma categoria (3,8%). Os resultados indicam que, de forma semelhante ao que ocorre na prática de tais vivências na natureza, no ambiente virtual as atividades terrestres também são as mais recorrentes. Esse fato talvez possa ser explicado pela facilidade de simulação dessas atividades por meio de acessórios, como por exemplo, plataformas muito próximas ao próprio skate, onde as pessoas realizam os movimentos corporais. Já os jogos aéreos não possibilitam uma sensação tão próxima da vivência do ambiente natural, pela dificuldade de simulação de queda livre ou voo, como em uma atividade de paraquedismo, por exemplo. Da mesma forma, nas atividades aquáticas, a sensação da água no corpo e a execução da apneia não foram vivenciadas como em uma atividade de mergulho em ambiente natural. Diante dos resultados, pode-se concluir que existe um número considerável de jogos eletrônicos relacionados à temática das atividades de aventura, refletindo um crescente mercado de ambos os ambientes, natural e virtual, para a vivência dessas atividades. Ainda, embora os jogos eletrônicos possam não estimular exatamente as mesmas sensações das atividades vivenciadas no ambiente natural, eles podem apresentar-se como uma ferramenta tecnológica para disseminar as práticas de aventura, pois permitem que as pessoas conheçam um pouco mais sobre essas atividades, as quais, muitas vezes por medo do desconhecido, nunca praticariam. Palavras chave: Atividade de Aventura, Jogos Eletrônicos, Lazer. 20 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AVENTURA: ANÁLISE DOS TRABALHO S APRESENTADOS NO CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADES DE AVENTURA DE 2006 A 2008 Melissa de Carvalho Souza, Camila da Cruz Ramos de Araujo, Leonessa Boing, Alcyane Marinho, Jóris Pazin Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC Centro de Ciências da Saúde e do Esporte – CEFID Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física – LAPLAF Florianópolis, SC, Brasil mecarvalho.s@gmail.com Nos dias atuais as atividades realizadas na natureza vêm ao encontro da necessidade do ser humano em vivenciar experiências no ambiente natural (BAHIA; SAMPAIO, 2005). Situação esta que requer um redirecionamento referente às questões educacionais envolvidas Neste contexto, pode-se destacar a educação ambiental, entendida como espaço privilegiado no constante movimento de mudanças para melhores condições de vida, reforçando a participação e o engajamento crítico e criativo dos sujeitos (MARINHO, 2004). Dessa forma, este estudo teve como objetivo investigar a concepção de educação ambiental adotada nos trabalhos apresentados no Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura (CBAA) no período de 2006 a 2008. Optou-se pela pesquisa exploratória, realizada por meio de análise documental feita nos anais do I, II e III CBAA, que ocorreram no período de 2006 a 2008. A busca nos anais foi realizada tanto para a modalidade pôster quanto para comunicação oral, utilizando-se a palavra-chave: educação ambiental. Foi considerado o número total de trabalhos que apresentou no título ou no corpo do texto o termo educação ambiental. Os dados foram analisados descritivamente, com base na técnica de análise de conteúdo temático e classificados em da seguinte forma: concepção implícita de educação ambiental; concepção explícita de educação ambiental e não aborda a educação ambiental. Os resultados demonstraram que, dos 143 trabalhos apresentados nas três primeiras edições do Congresso, ocorreram 52 incidências de concepção implícita de educação ambiental, e apenas sete para concepção explícita de educação ambiental. Dentre os trabalhos que apresentaram concepção explícita, um abordou a educação ambiental no contexto da educação física escolar, dois no âmbito universitário, em projetos ou disciplinas relacionados à temática e quatro no ambiente do lazer, seja em trilhas ecológicas, parques ou praças, corroborando dessa forma com o tratado de educação ambiental para sociedades sustentáveis, em que é abordada a educação ambiental como um ato político, fundamentada em valores para a transformação social, e ainda baseada em um pensamento crítico e inovador, devendo ser discutida em todos os espaços de educação formal, informal e não formal, para todas as faixas etárias. Ainda 84 trabalhos não abordaram essa temática, o que permite a constatação da necessidade de serem propiciadas novas discussões por parte do campo acadêmico a respeito da educação voltada às questões ambientais, independentemente 21 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL da nomenclatura adotada, uma vez que cuidados, ética e respeito aos elementos naturais se fazem necessários para o desenvolvimento das atividades de aventura na natureza. Palavras-chave: Educação Ambiental, CBAA, Aventura. 22 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ESCALADA EM ROCHA E SEU IMPACTO NO AMBIENTE NATURAL : ABERTURA DE VIAS DE ESCALADA Bruno Alberto Severian, Victor Lopez Richard UFSCar – São Carlos, São Paulo, Brasil phexado@yahoo.com.br Apoio financeiro: projeto 23112.000956/1999-62 – Esporte para a cidadania PROEX- UFSCar Os eventos ao ar livre ganham hoje uma dimensão importante dentro das alternativas de lazer e descanso. Com o tempo, atividades consideradas exclusivas de poucos montanhistas tornaram-se atrativas para um público mais heterogêneo que começou a gravitar em direção a formas de lazer em contato com a natureza. Os conceitos de descanso e recreação, e em particular os destinos turísticos, começaram a apropriar-se de métodos e técnicas do montanhismo e dos marcos naturais onde estas se desenvolvem. Assim surgiram conceitos como o turismo natural, o turismo de aventura e o ecoturismo. O interior do Estado de São Paulo tornou-se assim um polo de convergência de atividades de montanha e em particular de desenvolvimento e promoção da Escalada em Rocha. A proliferação e evolução da prática da Escalada em Rocha continua a colocar novos desafios perante os indivíduos envolvidos: tanto dos gestores, operadores e organizadores, como dos praticantes. Desafortunadamente, devido à rapidez em que acontece esta transformação, é possível prever fatores de descontrole que provoquem falhas tais como o aumento de acidentes e de danos ambientais. Certamente a gestão do impacto ambiental nos programas e eventos de aventura pode fundamentar-se em elementos éticos, logísticos e jurídicos; todos eles imbricados. Assim, dentro do Projeto de Extensão Universitária, “Vivências em Escalada”, da UFSCar nos propusemos discutir os procedimentos de abertura de vias de Escalada em Rocha, procurando entendê-los quanto à ética de mínimo impacto em ambientes naturais adotada pela comunidade. Para isso, analisaremos o modus operandi do passado e do presente no âmbito nacional e internacional, suas origens, sua evolução e suas ramificações, buscando esclarecer conceitos relacionados à prática da escalada, como:segurança, materiais empregados, ética na escalada, respeito ao ambiente natural, mínimo impacto, técnicas e métodos de abertura de vias de escalada, e suas diversas modalidades. A compilação do histórico regional da sistemática de abertura de vias de Escalada em Rocha e seu potencial impacto dentro das Areas de Preservação Permanente, onde necessariamente se executa esta modalidade esportiva, tornou-se assim um dos objetivos deste trabalho. Tais resultados devem contribuir à elaboração de protocolos otimizados para abertura de vias de Escalada em Rocha dentro do marco ético do mínimo impacto e da legislação vigente. Palavras-chave: Montanhismo, abertura de vias, ética de mínimo impacto. 23 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL LIMITES E POSSIBILIDADES DAS PRÁTICAS DE AVENTURA E M RELAÇÃO AO LAZER: A EXPERIÊNCIA DA ESCOLINHA DE SKATE DO GRUPO DE ESTUDOS DO LAZER (GEL) EM MARINGÁ Claudio Alexandre Celestino, Silvana dos Santos, Filipe Bossa Alves, Amilton Bertazo Junior, Giuliano Gomes de Assis Pimentel GEL - Grupo de Estudos do Lazer, UEM,Maringá, Paraná, Brasil claudioalexandrecelestino@hotmail.com A escola de iniciação ao skate do Grupo de Estudos do Lazer (GEL) tem por finalidade, oportunizar a vivencia do skate para crianças de toda comunidade local, especialmente na inclusão de sujeitos (meninas, obesos, entre outros) que sofrem barreiras para aprender o skate em sua forma naturalizada: na rua. O presente texto apresenta as experiências direcionadas ao esporte por meio do curso semestral de iniciação à prática do skate. A ‘escolinha’ se materializou em virtude da parceria entre o GEL, o Projeto Ser Atleta, Museu Dinâmico Interdisciplinar (MUDI) e Associação de Skatistas de Maringá (ASKM), em uma quadra ociosa, no Departamento de Educação Física (DEF) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Em 2010, o MUDI, disponibiliza uma quadra para essas práticas, oferecendo mais segurança às aulas. Em 27 de novembro de 2010 esse novo local é nomeado Pista de Skate Chabelo, em homenagem a Matheus Martins Lopes dos Santos, skatista e integrante do grupo GEL, desaparecido em acidente de carro. No início de 2011 são construídos os primeiros obstáculos fixos pelos skatistas frequentadores, juntamente com a ASKM e o GEL. Em abril de 2011, ocorre o primeiro campeonato de skate Chapelo, contando com mais de 100 competidores da região. É neste ambiente associativo entre skatistas e projeto universitário que ocorrem as aulas de iniciação ao skate, considerando também os conflitos do GEL com esses grupos no tocante ao modo de uso do espaço (por exemplo, aspectos como não fumar no local, manter a limpeza do local ou reservar um espaço aos alunos). A prática do skate, em um determinado período da história, foi muito marginalizada, pois seus praticantes eram tratados como “jovens drogados ou de caráter desviante” (BRANDÃO, 2008). Por outro lado, esse debate se amplia por que as preocupações direcionadas às práticas de lazer vêm crescendo (MELO et al, 2009). Assim, as múltiplas organizações do espaço seguem uma tensão permanente entre visões de skate. A presença dos pais nas aulas é outro fator complexo, pois atua como fiscalização do trabalho concomitante ao incentivo ao aprendizado das crianças. Enfim, como equipamento de lazer, a pista Chabelo representa tanto o aprendizado pedagogicamente mediado como a possibilidade de contato com outras experiências de aventura por meio do skate. Em conclusão, se espera que a presença de familiares e skatistas – não obstante os embates que venham a gerar – potencializem elementos representativos da ‘casa’ e da ‘rua’, marcando a transição do aprendizado singular da criança por meio de processos pedagógicos (portanto, seguros) para a prática em outros tempos e espaços. Palavras-Chave: Lazer, skate, ensino de skate. 24 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL MOTIVAÇÃO: ESTUDO COMPARATIVO DE AMBIENTES IN E OUT DOOR NO ESPORTE DE AVENTURA Luciana Botelho Ribeiro¹, Cláudio Gomes Barbosa², Afonso Antonio Machado³ 1Universidade Federal de Lavras - Lavras/MG - Brasil 2Universidade Federal de Uberlândia - Uberlândia/MG - Brasil 3Unesp - LEPESPE - Rio Claro/SP- Brasil lulu_bribeiro@hotmail.com O trabalho busca analisar a interferência do contexto da prática da Atividade de Aventura em ambientes in e outdoor. A motivação é um fator que proporciona mais ou menos engajamento na atividade física proposta e favorece que outras emoções coadjuvantes sejam manejadas com igual vigor. Dentre estas, o medo, o prazer, a ansiedade e a alegria encontram fluxos representativos, já estudados por renomados autores, e convergem para uma adesão mais (ou menos) motivada. Nosso resultado, de natureza qualitativa, entrevistou 40 participantes das modalidades rapel e escalada in e outdoor, da cidade de Uberlândia-MG, por meio de contatos da rede social Facebook, componentes de um grupo de estudos relativo à “Motivação em Esportes de Aventura”, e os dados coletados foram analisados por um grupamento temático. A partir disto, podemos antever que os atletas sentem-se motivados pela atividade praticada, independente do local (in ou outdoor); no entanto há forte indício que a aventura indoor seja preferida por grande número de atletas devido à facilidade de acesso ao local da prática. De maneira conclusiva podemos apontar que a motivação é um estado que flui em conjunto com o manejo do medo, da euforia e da ansiedade. Palavras-chave: Motivação, Esporte de Aventura, Ambiente. 25 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL PIBID: EXPERIÊNCIA DE UMA INTERVAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍ SICA ESCOLAR PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL Raoni Perrucci Toledo Machado, Débora Cássia Carvalho, Fernanda de Sá Carvalho Departamento de Educação Física, Universidade Federal de Lavras, Lavras, Minas Gerais, Brasil raoni@def.ufla.br Apoio: CAPES Durante o primeiro semestre letivo de 2011, os integrantes do grupo PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência) do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Lavras (DEF/UFLA), que tem como objetivo o incentivo a prática pedagógica e a melhoria no ensino das escolas da rede pública do município de Lavras, fizeram uma intervenção em uma escola da rede pública tendo como temática a inter- relação entre a Educação Ambiental e a Educação Física. Para isso, estabeleceram um cronograma dividindo as atividades em ações tais como uma palestra sobre o meio- ambiente proferida por um professor do DEF, uma visita à escola por funcionários da ACAMAR que é associação dos catadores de matérias recicláveis de Lavras, proporcionando aos estudantes um conhecimento do processo de reciclagem, assim como sua importância, foi feita oficinas junto aos alunos para a confecção de uma árvore- mural que pudesse ser nela afixadas frases sobre o meio-ambiente, e educação ambiental, e por fim, foi feita uma caminhada ecológica nas trilhas da Universidade Federal Lavras. Além destas ações, foi feita uma apresentação de teatro na praça pública de Lavras durante a semana do meio-ambiente, utilizando-se de roupas confeccionadas demateriais recicláveis, e juntamente com o teatro fizemos a exposição da árvore-mural que foi elaborado pelos alunos. Estas atividades tiveram como meta educar as crianças em prol de uma melhor conscientização ambiental, utilizando-se da semana do meio ambiente como norteadora deste trabalho, e a partir da mesma procuramos levar as crianças a vivenciar as experiências em meio a natureza para que elas entrassem em contato direto com o meio-ambiente, fazendo com que sintam parte do ecossistema em que vivem e tendo elas um maior conhecimento sobre Educação Ambiental, sabendo que podem interferir nele enquanto seres vivos, daí o papel do educador físico. Nós, futuros docentes, tivemos uma grande experiência a partir deste trabalho, pois pudemos mesclar a prática corporal com o meio-ambiente, jogando fora a padronização que a aula de Educação Física deve ser feita em uma quadra totalmente fechada e sim colocar as crianças em contato com outro ambiente, ressaltando que as crianças tinham maior entusiasmo para estar participando destas aulas do que nas aulas convencionais e as meninas não eram discriminadas como é comum em algumas aulas de Educação Física onde o menino é que tem o privilégio em jogar o futebol e as meninas simplesmente olham a aula, nossa idéia era unir todos para estar participando das ações feitas no decorrer dos meses. Palavras-chave: Educação Física, Educação Ambiental, Escola. 26 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL PRÁTICAS DE ATIVIDADES DE AVENTURA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE RELATO DE VIVÊNCIA PRÁTICA EM AVENTURA NO CAMPUS Aline da Silva Rodrigues, Ilbert Silveira de Azevedo, Carlos Roberto Teixeira Ferreira Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Acre, Brasil carlostferreira@yahoo.com.br O interesse por elaborar o presente projeto está na necessidade repassar experiências e conhecimentos práticos em atividades de aventura. As “Práticas de Atividades de Aventura na UFAC” caracteriza-se por ser um projeto de extensão que tem por objetivo proporcionar aos acadêmicos de vários cursos da universidade a vivência em atividades de contato com a natureza. Neste projeto, os acadêmicos têm a possibilidade de ampliar seus conhecimentos em atividades que interage o homem com a natureza e de práticas que contribuem para o desenvolvimento do ser humano. A UFAC é um lugar privilegiado porque propicia atividades em ambientes de mata. Nesse sentido, o projeto abrange os seguintes conteúdos: 1) estágio básico de selva; 2) orientação e navegação com bússola; 3) rapel; 4) arborismo. As práticas referentes às atividades em ambiente de selva contaram com a parceria do 4ºBatalhão de Infantaria de Selva da capital. Através deste projeto foi possível discutir e implantar no eixo curricular do curso de Educação Física Bacharelado a disciplina “Esportes Radicais e Atividades de Aventura” e no curso de Licenciatura em Educação Física da zona rural o projeto de extensão “Atividades Interativas em Educação Física”, com um dos conteúdos, a oficina teórico e prático de bússola e navegação. Um fato importante é que a prática dessas atividades possibilitou o fortalecimento das relações sociais, o que é possível devido à integração entre os praticantes nas experiências práticas. Finalmente, pudemos perceber que este projeto é um veículo de participação e integração entre a comunidade acadêmica e o meio ambiente, possibilitando a formação de cidadãos com atitudes e valores de preservação do meio ambiente e na qualidade de vida. 27 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ATIVIDADE DE AVENTURA E AS TECNOLOGIAS: ANÁLISE DAS PUBLICAÇÕES DAS REVISTAS MOTRIZ E MOVIMENTO Amanda Mayara do Nascimento, Viviane Kawano Dias, Juliana de Paula Figueiredo, Cristiane Naomi Kawaguti, Priscila Raquel Tedesco da Costa Trevisan, Gisele Maria Schwartz LEL – Laboratório de Estudos do Lazer/ DEF/IB/UNESP – Rio Claro/SP – Brasil amandinhamn@yahoo.com.br As temáticas relacionadas à prática de atividades de aventura vêm despertando interesse crescente no Brasil e no mundo, tanto por parte da população como de estudiosos. Entretanto, ainda que estas temáticas já sejam foco de diversos estudos, não se conhece tem dados concretos evidenciado o impacto da evolução tecnológica para estas vivências, merecendo a atenção nesta pesquisa. Este estudo, de natureza qualitativa tem por objetivo investigar os temas referentes às tecnologias e as atividades de aventura nos periódicos nacionais da área de Educação Física, classificados no Qualis-CAPES na área 21 constantes no extrato A. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica a respeito das temáticas propostas e uma pesquisa exploratória, a qual analisou as revistas Motriz da UNESP de Rio Claro/SP e Movimento da ESEF/UFRGS, únicas nacionais com conceito A2. A busca foi feita a partir da incidência dos termos “atividades de aventura” e “tecnologias”, presentes nos artigos publicados de ambos os periódicos, no período de 2006 até 2011. Os dados analisados descritivamente pela Técnica de Análise de Conteúdo Temático apontam 07 (sete) trabalhos que abordam este tema nos periódicos da Motriz, sendo 04 (quatro) associados às tecnologias dos equipamentos para a prática das atividades, 03 (três) à fuga da rotina urbana. Já na revista Movimento, foram encontrados 03 (três) trabalhos, destes 02 (dois) associados às tecnologias dos equipamentos para a prática das atividades e 01 (um) às características das atividades de aventura. Com base nos resultados da pesquisa, foi possível evidenciar que, embora o tema esteja despertando interesse, os estudos nessa área ainda são escassos, comparados ao total de publicações das revistas analisadas. Diante do exposto, observa- se a necessidade de ampliar os estudos que envolvam essas temáticas, promovendo acessibilidade à informação e a gestão desse conhecimento, bem como, de instigar o olhar da academia, no sentido de compreender melhor este universo. Espera-se, também, o reconhecimento e valorização dessas práticas, aprimorando os aspectos que permeiam as atividades de aventura, gerando novas perspectivas de reflexões. Palavras-chave: Atividade de aventura, tecnologias, publicações. 28 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AVENTURA: ANÁLISE DOS TRABALHO S APRESENTADOS NO CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADES DE AVENTURA DE 2009 A 2011 Camila da Cruz Ramos de Araujo, Melissa de Carvalho Souza, Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães, Alcyane Marinho, Sílvia Rosane Parcias Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC Centro de Ciências da Saúde e do Esporte – CEFID Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física – LAPLAF Florianópolis, SC, Brasil cami.ramosdearaujo@hotmail.com O quadro socioambiental que caracteriza as sociedades contemporâneas revela que o impacto dos seres humanos sobre o ambiente tem tido consequências cada vez mais complexas, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. Desta forma, a educação ambiental torna-se condição necessária para modificar esta crescente degradação (JACOBI, 2003). Com base nesse argumento, este estudo de natureza qualitativateve por objetivo investigar a educação ambiental como temática divulgada nos trabalhos apresentados no Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura (CBAA). Optou-se pela pesquisa exploratória, realizada por meio de análise documental feita nos anais do IV, V e VI CBAA, os quais ocorreram no período de 2009 a 2011. A busca nos anais foi realizada em pôsteres e temas livres, utilizando-se a palavra-chave educação ambiental. Foi considerado o número total de trabalhos que apresentou no título ou no corpo do texto o termo educação ambiental. Os dados foram analisados descritivamente, com base na técnica de análise de conteúdo temático e classificados da seguinte forma: concepção explícita de educação ambiental; concepção implícita de educação ambiental e não aborda a educação ambiental. Os resultados demonstraram que dos 216 trabalhos apresentados nas três últimas versões do congresso, ocorreram 32 incidências explícitas com a palavra-chave educação ambiental relacionadas ao contexto do lazer, escola, social, esportivo, formação profissional e no campo acadêmico. É importante destacar que mesmo em diferentes contextos, os trabalhos abordaram a educação ambiental com base no pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal, não formal e informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade, seguindo os princípios do tratado de educação ambiental. Encontrou-se também 35 trabalhos que abordaram a educação ambiental de forma implícita e ainda 149 que não abordaram esta temática. Desta forma, vale ressaltar a necessidade de uma maior abordagem da educação ambiental no que diz respeito às atividades de aventura no campo científico, pois segundo o tratado de educação ambiental, a mesma deve estimular e potencializar o poder das diversas populações, promovendo ainda oportunidades para as mudanças democráticas de base que estimulem os setores populares da sociedade, incentivando as comunidades a retomarem a condução de seus próprios destinos. Palavras-chave: Educação Ambiental, CBAA, Aventura. 29 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ESCALADA COM SEGURANÇA NA ESCOLA Almir Aguiar dos Santos Silva, Gustavo Ramos, Dimitri Wuo Pereira Universidade Nove de Julho, São Paulo-SP, Brasil almir@aguiaradventure.tur.br Com aumento de praticantes da escalada e com algum apoio na divulgação pela mídia, as crianças estão sendo atraídas para esse esporte. Apesar da prática de escalar e trepar já fazer parte do desenvolvimento natural dessa criança, ela geralmente não é sistematizada na escola, pois assim que começamos a engatinhar já tentamos subir em sofás e cadeiras (PEREIRA, 2007). Toda criança utiliza a escalada para interagir com o mundo. O objetivo desse trabalho é mostrar para o professor de educação física a possibilidade de forma simples e segura a aplicar uma aula de escalada na escola mesmo não tendo uma vivência em esportes de aventura, e, assim ajudar a quebrar o paradigma de que a escalada não é uma prática segura para se aplicar dentro da aula de educação física. Segundo (AURICCHIO, 2009) propor aulas diferentes ligada aos esportes radicais é uma forma de atrair o interesse do grupo, mesmo que os alunos não tenham o material próprio, a escola pode fornecer para uso coletivo, uma forma simples para realizar a vivência para os alunos. Segundo Pereira (2007) é possível transformar paredes comuns de tijolos em paredes de escalada apenas fazendo buracos, que servirão de agarras. Outra forma de adaptar uma parede de escalada é também furando a parede, com parafusos e buchas comuns, fixar agarras artificiais que podem ser feitas com pedaço de madeira e pedras (PEREIRA, 2007). Esse trabalho esta sendo elaborado através de revisão de literatura e de um estudo exploratório de um grupo de estudantes de educação física que a partir do estágio em escolas pretende criar uma parede de escalada e oportunizar os alunos a aprender sobre essa atividade. Esse trabalho pretende mostrar para os professores que aplicar escalada na escola pode ser simples e seguro, adaptando materiais e locais proporcionando novas vivências corporais para seus alunos. Esse trabalho, que está em andamento, pretende juntamente com o professor da escola, construir a parede de escalada com os alunos e ensinar as técnicas de segurança e de movimentação para que possam desfrutar dessa modalidade. Pretende-se montar uma parede de Boulder que segundo Pereira e Armbrust (2007) é a opção mais adequada para a iniciação escolar. O uso de técnicas com cordas, cadeirinhas e mosquetões também será objeto desse estudo desenvolvendo habilidades de rapel, falsa baiana, top rope entre outras técnicas de segurança. Palavras-chave: escalada, segurança, escola. 30 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE ATIVIDADES DE AVENTURA NA CIDADE DE ARAPONGAS Jean Cléverson Moraes GEL – Grupo de Estudos do Lazer Universidade Estadual de Maringá - Maringá, Paraná, Brasil jeancleverson@yahoo.com.br As atividades de aventura apresentam notoriedade e crescimento em função do surgimento de novas modalidades e, consequentemente, do número de adeptos a essas práticas. De fato, há um sentimento de ampliação tanto no número de modalidades quanto no volume de praticantes. Mas será que esse tipo de prática é algo desejado e difundido entre todos os grupos e perfis? Este estudo abordou sujeitos da região metropolitana da cidade de Arapongas, Paraná, com o objetivo de caracterizar a demanda potencial e o interesse pela prática de atividades de aventura. Trata-se de uma pesquisa exploratória, tipo survey, replicando metodologicamente o estudo de Pimentel e Saito (2010). A amostra foi composta por 50 pessoas com idades entre 14 e 45 anos, apresentando perfil diversificado. Destes 25% afirmaram ter experiência em, pelo menos, uma atividade de aventura. A seleção foi de forma aleatória no centro da cidade e nos bairros. A análise dos dados se estabeleceu através de correlações entre as respostas e os eixos cidade/região, faixa etária, profissão e escolaridade. No campo esportivo o rapel foi o mais lembrado com 75%, seguido pelo paraquedismo com 58%, motocross com 48%, skate e montain bike com 44%. Entre as características marcantes dos praticantes de esporte de aventura encontra-se: pessoas entediadas com a rotina com 66% dos entrevistados, classe social com 34%, desequilibrados/loucos/malucos com 8%, condicionamento físico 8%, turistas e indivíduos de férias com 8%, corajosos e aventureiros com 4%, e em busca de autoconhecimento 2%. Porém, existem diferenças entre o perfil imaginado pelo não-praticante e aquele representado pelo praticante. Concluiu-se por meio dos resultados obtidos que o perfil dos consumidores deste mercado de aventura concentra-se na maioria homens, pertencentes a um grupo social de classe média, preocupados principalmente com a qualidade de vida. 31 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL SLACKLINE NA ESCOLA Jonas de Jesus Carvalho Poli, Adamor Oliveira da Silva, Anderson Alves, Carlos Gonçalves Costa, Gustavo Ramos Monteiro de Silva UniversidadeNove de Julho – São Paulo – SP – Brasil jonaspoly@hotmail.com Geralmente a Educação Física é vista como uma disciplina complementar, mas na verdade ela é muito importante no currículo escolar, pois apresenta características distintas das demais, por tratar do corpo em movimento. Mas apesar disso, muitas vezes as aulas se concentram em esportes com bola apenas (voleibol, basquetebol, futebol e handebol). Há necessidade de propor uma nova atividade nas aulas de Educação Física escolar, e uma opção são os Esportes Radicais, algo que está conquistando os brasileiros, Entre eles o slackline é uma atividade que está se popularizando no Brasil, por isso é importante conhece-lo e inclui-lo nas aulas de Educação Física. O slackline está ligado à natureza e essa proximidade com o meio ambiente é uma forma de atrair o interesse dos alunos. Ele foi criado por escaladores que nos momentos de descanso colocavam fitas de escalada entre árvores nos EUA para se divertir e treinar suas habilidades. Com esta modalidade podemos destacar alguns benefícios físicos e mentais, como: equilíbrio, concentração, resistência etc. O objetivo deste estudo é verificar as dificuldades dos praticantes iniciantes de slackline e analisar as possíveis estratégias de aprendizagem. Este estudo trata-se de uma pesquisa exploratória na qual participaram 4 indivíduos sem experiência no esporte mencionado, que praticaram por 30 minutos de forma livre e sem orientação o slackline. Os indivíduos relataram suas dificuldades, e os mesmos sugeriram estratégias que consideram importantes para melhorar o desempenho no esporte. Todos os indivíduos são estudantes de Educação Física de uma Universidade de São Paulo e usaram o diário de campo para registrar suas informações. Os resultados encontrados foram: Dificuldades - 2 sujeitos apontaram que a grande dificuldade é se equilibrar na fita, os outros 2, além disso, apontaram o medo de cair como bloqueador do desempenho. Estratégias - 2 sujeitos afirmaram que com o acompanhamento de um professor, que oferecesse informações e apoio, a aprendizagem seria facilitada, 1 sujeito sugerir começar sentado na fita e descalço, 1 sujeito aplicaria uma atividade de equilibrar- se no banco sueco e depois colocaria uma corda no chão, para depois usar a fita propriamente dita. Conclui-se que o medo interfere na prática, e que o controle do equilíbrio é essencial para a para permanecer na fita. As sugestões dos sujeitos mostram a importância de um profissional para auxiliar na aprendizagem e que o uso de estratégias variadas pode melhorar o processo de ensino aprendizagem do slackline. Palavras-chave: educação física, escola, slackline. 32 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL NATAL DA URI : CULTURA, AVENTURA E MAGIA Flavio Zambonato, Auria de Oliveira Carneiro Coldebella, José Luis Dalla Costa Universidade Regional do Alto Uruguai e das Missões URI-Campus de Erechim-RS-Brasil zambonatto@hotmail.com Podemos observar que na última década o desenvolvimento das atividades de aventura na natureza teve uma expansão considerável entre seus praticantes, impulsionando os mesmos em suas praticas tanto em meio à natureza como também em ambientes urbanos, promovendo assim importantes valores e atitudes. Dessa maneira buscar formas para proporcionar aos cidadãos o conhecimento e a prática destas diferenciadas manifestações da nossa cultura corporal apresenta-se como desafio em nossos dias. Considerar o prazer alcançado em suas práticas, o potencial educativo implícito e o valor que se pode agregar à qualidade de vida das pessoas, nos faz pensar na pertinência da inclusão da população em geral nas atividades de aventura. O presente trabalho visou apresentar alguns elementos sobre a realização de uma proposta de natal diferenciada, desenvolvida pela Universidade Regional Integrada (URI)-Erechim-RS numa perspectiva multidisciplinar entre os cursos de Ciências Biológicas, Educação Física e Letras, supervisionados pela Escola de Educação Básica vinculada a URI-Erechim-RS. Esta proposta teve contação de história “Natal: Partilha e Magia” orientada pelo curso de Letras, visitação da Floresta Encantada junto ao Museu de Ciências sob a coordenação do curso de Ciências Biológicas e a vivência do arvorismo e da mini tirolesa proporcionou aventura e diversão aos participantes sob a responsabilidade da Educação Física. A nova proposição de uma programação de Natal, centralizada na cultura e na aventura, levou milhares de pessoas à URI-Erechim-RS. As atrações foram montadas junto à Casa de Natal, construída nos jardins da Universidade. Com o objetivo de divulgar os esportes de aventura escolheu-se dois esportes radicais (arvorismo e mini tirolesa) que possibilitou aos participantes adentrarem no mundo mágico do Natal criado na Universidade: A prática do arvorismo desenvolveu-se numa plataforma montada com postes, entre as arvores existentes no campus, com diferentes obstáculos como escadas e pontes suspensas. O grande final da aventura mágica do natal acontecia na mini tirolesa, essa descida radical de um ponto a outro, suspenso através de um cabo de aço, contemplando a paisagem em volta e muita adrenalina neste percurso. Desta forma, buscamos aproximar a prática de esportes de aventura com a Educação Física sem a intenção de descaracterizar o Natal, e sim visando aflorar o sentimento de uma consciência significativa propiciada pela prática destes esportes. Palavras-chave: Arvorismo, Cultura, Aventura. 33 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ATIVIDADES DE AVENTURA DISSEMINADAS PELA MÍDIA PARA ESCOLARES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ – MT Talita Ferreira Faculdade de Educação Física/UFMT, Cuiabá-MT, Brasil tali-gabi@hotmail.com Na comunidade escolar atual, percebe-se que os alunos vêm sofrendo influências dos meios de comunicação sob vários aspectos. Entretanto, nessa pesquisa, a abordagem se deu no âmbito das atividades de aventura. Questionou-se a influência da mídia/tecnologia nas aulas de Educação Física quanto à disseminação do conhecimento e prática das atividades de aventura. Neste estudo procurou-se identificar o conceito de tais atividades para escolares dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma escola particular no município de Cuiabá – MT e de onde advém esse conhecimento, através de quais canais comunicativos. Para uma melhor compreensão do assunto, através da revisão de literatura, definiu-se o que são atividades/esportes de aventura, o que é mídia e seu papel diante do crescente avanço tecnológico e suas contribuições na propagação da prática, bem como uma associação entre os objetivos da Educação Física Escolar e seus conteúdos que abrangem os esportes em geral. Quanto à metodologia, a pesquisa de caráter descritivo, com abordagem qualitativa, utilizou um questionário aberto como instrumento de coleta de dados para identificar a compreensão de 136 alunos sobre atividades que envolvem a aventura e quais os meios de comunicação pelos quais as notícias destes chegam/chegaram até eles. Constatou-se, através da análise interpretativa dos resultados, que os alunos dessa faixa etária (07 a 10 anos) caracterizam esse tipo de atividade através das sensações de prazer e diversão que ela proporciona, utilizando para isso palavras e expressões, como: “legal”, “emocionante”, “desafio”, “frio na barriga”, “aquele que se fazno mato”, “que acontece em lugares altos”, etc. Quanto aos canais de comunicação, a televisão aparece em primeiro lugar nos meios de propagação, seguida pela internet. Os “joguinhos de computador”, como via de acesso ao conhecimento sobre as atividades de aventura, destacaram-se entre as respostas, causando certa surpresa à pesquisa, ainda que seja notório o quão comum e presente sejam esses jogos na vida dos escolares. Dessa maneira, entende-se que os meios de comunicação contribuem de forma decisiva para fazer com que as atividades de aventura possam chegar à escola através dos professores e dos próprios alunos, como observado na pesquisa. Entretanto, a mídia apresenta uma visão fragmentada dessa atividade, fazendo com que os alunos se interessem pelos esportes que estejam na moda e, muitas vezes, não deem valor aos aspectos de sensibilização ambiental nos quais as atividades de aventura estão inseridas. Por isso, ainda que essas atividades tragam sensações de bem estar e satisfação apreciadas pelos alunos, é inegável que ambos devam ser objetos de reflexão da Educação Física para que a comunidade escolar não seja movida apenas pelo modismo das práticas esportivas de aventura. Palavras-chave: Atividades de Aventura, Mídia, Educação Física. 34 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E NA NATUREZA, PROPO STA PARA UM CADERNO PEDAGÓGICO NO ENSINO MÉDIO Gabriela Araujo Goes da Mota, Edmundo Drummond Alves Junior, Cilene Lima de Oliveira, Ramon Diniz Teixeira Universidade Federal Fluminense – Niterói – Rio de Janeiro - Brasil gabriela_agm7@hotmail.com Apoio Financeiro: Universidade Federal Fluminense (UFF) Atividades de aventura e esportes realizadas em ambientes naturais, tem se destacado como símbolos de identificação coletiva e de cultura esportiva que se relacionam com ecologia, aventura, e coragem. No curso de Licenciatura em Educação Física da UFF, é ministrada a disciplina Extra Muros, que tem como objetivo fazer com que os estudantes do curso reflitam sobre as atividades que são desenvolvidas fora do espaço formal de uma sala de aula. O foco central desta disciplina é o de utilizar os equipamentos públicos urbanos para a prática de suas atividades pedagógicas. Privilegiam-se espaços onde acontecem práticas corporais como as consideradas como esportes de aventura e na natureza e discute-se a ocupação da cidade para este tipo de prática. A geografia da cidade do Rio de Janeiro e de Niterói propiciam um sem número de atividades e a caminhada em trilha é uma realidade mais presente no programa da disciplina que apresenta a cada semestre um cronograma variado. O desafio desta proposta é transportar os conteúdos nela trabalhados para as escolas visto que se trata de um curso de licenciatura de educação física. Assim propomos estabelecer estratégias que possibilitem esta inclusão através da criação de ferramentas que permitam o melhor conhecimento do que se pode fazer na educação física escolar. Neste sentido elaborar página web destinada a discutir o que se propõe na disciplina, catalogar e colocar a disposição material didático, através de um caderno didático denominado Esporte de Aventura e na Natureza que contem: textos sobre o tema; possibilidades de vivências dentro e fora do ambiente escolar; formas de avaliação. Como metodologia, revisão bibliográfica no que toca os textos produzidos e catalogação dos registros fotográficos dos locais que serviram de espaços pedagógicos, bem como dos relatos dos participantes das atividades propostas, que já se encontra a disposição no endereço www.wix.com/projetouff/esportelazerenatureza. Sua alimentação será constante, permitindo, através dos registros coletados fazer um mapeamento dos principais locais que possibilitam uma prática incluída na educação física escolar considerando o acesso e o grau de esforço demandado. Entendemos que os esportes de aventura e na natureza abrangem o conteúdo disponível pela Educação Física que acontece na escola, engloba/trabalha com a cultura corporal de movimentos, sendo assim importante para o desenvolvimento dos alunos. A elaboração do que pode vir a ser um caderno didático contribuirá aos professores, pois serve como dicas e exemplos para suas aulas. Apropriar 35 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL a cidade como equipamento de lazer, levar uma nova alternativa de vida, criar uma consciência ambiental e formar cidadãos conscientes e responsáveis são medidas que são trabalhadas nesta proposta. Palavras-chave : Esporte de Aventura, Educação Física, Ensino Médio. 36 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL O AUXÍLIO DA MOTIVAÇÃO NAS COMPETIÇÕES DE MOUNTAIN BIKE Eric Matheus Rocha Lima, Lucas Ribeiro Cecarelli, Guilherme Bagni, Kauan Galvão Morão, Renato Henrique Verzani, Afonso Antonio Machado Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho” – UNESP Rio Claro Rio Claro, SP, Brasil ericmrl@hotmail.com O Mountain Bike é praticado em trajetos de variados terrenos e demanda adequado grau de condicionamento físico e força muscular, além de eficiente manuseio da bicicleta. Trata-se de uma modalidade que, por ocorrer em ambiente natural, apresenta elevada imprevisibilidade e inúmeros fatores que podem interferir no desempenho do atleta. Além do tipo de terreno em que se dá a prática, os obstáculos naturais e o clima são fatores que possibilitam interferências no rendimento, além do estado psicológico. Este esporte de aventura proporciona diversas emoções durante seus trajetos, e caso o atleta não esteja devidamente concentrado, deixando possíveis problemas pessoais – como problemas matrimoniais, familiares, econômicos, de saúde, lesões anteriores e insatisfação com o próprio rendimento - afetarem sua participação, existe a probabilidade que sua performance regrida. Portanto, o trabalho com foco na motivação do atleta para as competições de Mountain Bike pode ser uma alternativa interessante para auxiliá-lo na obtenção de resultados e no afastamento dos efeitos de agentes externos. Este trabalho tem como objetivo, obter informações sobre a interferência da motivação no desempenho de atletas de Mountain Bike e fornecer possibilidades de intervenção, com foco na maximização do rendimento dos mesmos. A metodologia consiste em uma revisão de literatura, tendo como base artigos científicos, livros e tese de mestrado, com o auxílio de relatos de experiência anteriores. A presente pesquisa encontra-se em andamento, sendo que já foi realizado um levantamento bibliográfico acerca do tema, que já comprova a importância do fator motivacional para atingir objetivos positivos dentro de competições, apresentando também, inicialmente, proximidade de amigos e familiares e conversas particulares, com o apoio de músicas e materiais audiovisuais, como adequadas e possíveis formas de intervenção na referida modalidade esportiva. Palavras-chave: Mountain Bike, Motivação, Rendimento. 37 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura”RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL O TEMPO LIVRE NA MODERNIDADE Liliane Marinho da Silva de Sousa, Carmen Maria Aguiar Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Instituto de Biociências – UNESP, Rio Claro, São Paulo, Brasil. lilianemarinho@gmail.com Esse trabalho foi realizado a fim de que, a partir do movimento de perda do tempo livre, pudéssemos refletir sobre este na sociedade em que vivemos. Sociedade essa que disciplinou os corpos através de um conjunto de tecnologias, e transformou em consumidores para agirem como mola propulsora para o capitalismo. Em decorrência da visão consumista esse trabalho foi pensado como ferramenta para que possamos repensar a prática capitalista transformadora, até mesmo do direito ao lazer, em mercadoria. Buscou-se um resgate histórico de alguns conceitos relacionados ao tempo livre. Tentamos fazer o levantamento de conceitos como, capitalismo, consumo e também identificar no tempo livre o espaço de lazer e ócio. Para que essa pesquisa fosse possível, foi elaborada uma análise bibliográfica, que pretendeu estabelecer uma reflexão acerca do que tempo livre no mundo capitalista, e sobre as atividades de lazer sendo transformadas em mercadorias, integrando o lazer completamente ao sistema econômico do qual ele faz parte, ponderando pensamentos de vários estudiosos que se ocupam com pesquisas acerca dos temas do capitalismo e a sociedade do trabalho na modernidade, como Berman e outros. O objetivo desse trabalho era provocar o que deve ser apenas o início de uma reflexão acerca do tempo livre, capitalismo e modernidade, e através deles identificar como as jornadas de trabalho influenciam o crescimento da indústria do lazer, e pensar em como o tempo livre e o lazer acabam sendo vinculados ao consumo facilmente nesse sistema. Também se ansiou observar trabalho como o papel que a escola poderia exercer na formação das ideias, por vezes, essa acaba por simplesmente reproduzir as ideologias midiatizadas deixando de lado o papel fundamental da instituição, pregado por tantos projetos político-pedagógicos, que é o de formar o cidadão crítico e participante da sociedade em que vive. A partir da elaboração desse trabalho, o que na verdade podemos concluir é que, a discussão acerca do Tempo Livre, seja ela onde e quando for, está apenas começando, e a universidade, em seus cursos mais reflexivos, devia propor discussões teóricas mais aprofundadas sobre o impacto do fenômeno do lazer em nossas vidas e na nossa saúde, pois é esse fenômeno que na maioria das vezes vai refletir no nosso cotidiano, em como lidamos com a família e nossas relações sociais, ou seja, é o tratamento e a importância que damos ao nosso tempo livre que vai influenciar nossa vida muito mais do que pensamos até aqui. Palavras-chave: Tempo livre, Modernidade, Capitalismo. 38 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ATIVIDADES DE AVENTURA: UMA FORMA DE LAZER NO ACAMP AMENTO TOCA DO LOBO André Eduardo Silveira Mazaron, Tatiana Iuri Yamassaki da Silva Centro Universitário de Franca (Uni-FACEF)- Franca, São Paulo Universidade Barão de Mauá - Ribeirão Preto, São Paulo deh_timao@hotmail.com Para a realização da pesquisa “Atividades de Aventura: uma forma de lazer no Acampamento Toca do Lobo” o presente trabalho teve de estabelecer uma base teórica sobre esportes de aventura, recreação, lazer, teorias essas que contribuíram no estudo sobre os esportes de aventura realizado no Acampamento Toca do Lobo, próximo à Franca – São Paulo. “Os esportes de aventura constituem um conjunto de práticas recreativas” (Betrán, 2003), onde a maioria dessas práticas necessita da utilização de florestas, cachoeiras, rios, montanhas. Podemos dizer que esse tipo de esporte usa certo espaço para promover o lazer das pessoas, e não é um espaço comum, mas o próprio meio ambiente, como citado acima, fazendo desse espaço uma área protegida. Uma criança ou adolescente sai da sua cidade e tem como principal objetivo esquecer a vida da cidade e dentro do acampamento utilizar os recursos lá oferecidos para se divertir e aprender. Unindo o fugir da rotina, que podemos dizer da ‘cidade grande’ e a necessidade de um tempo para si, às atividades de aventura, são como uma ‘válvula de escape’, elas propiciam ao indivíduo um momento de lazer, aquele momento onde se faz o que deseja, porém sem ter a obrigação de fazer, fazer apenas por gosto e vontade. No Acampamento as trilhas e a tirolesa contam com o meio ambiente propício para tal realização. A Trilha do Cascão é uma trilha radical, onde se está em contato constante e direto com a natureza, escalando e passando por cachoeiras, rios, observando a fauna e flora local. É uma trilha onde se passa por muitos obstáculos, isso ajuda a superar limites. A outra trilha é a Trilha do Labirinto, uma trilha mais calma onde a criança ou adolescente passa entre duas grandes paredes de argila, um canyon, e ao finalizar esse percurso chega a uma grande represa onde pode se passar por uma Ponte do Rio que Cai, e uma Falsa Baiana. Assim a pesquisa relata atividades de aventura oferecidas no Acampamento Toca do Lobo que são atividades físicas e pedagógicas de caráter educativo como também recreativo. Palavras-Chave: Atividades de aventura, lazer, meio ambiente. 39 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL A PATINAÇÃO ARTÍSTICA PODE SER ESTUDADA A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA CONCEITUAL DE ATIVIDADE DE AVENTURA? André Eduardo Gobeti, Luana Mari Noda, Guilherme Arana Demitto, Nadine do Amaral Luvizetto, Guilherme Futoshi Nakashima Amaro GEL/DEF/UEM; Maringá; Paraná; Brasil gobetiforever@hotmail.com “Pode-se pensar que a patinagem sobre rodas é um desporto recente, porém, a história desta modalidade tem tido muitos altos e baixos e caía por vezes no esquecimento durante anos. O primeiro patinador de que se tem noticia parece ter sido um holandês anônimo, que não quis renunciar à pratica do seu desporto favorito, a patinagem no gelo, quando já não havia mais gelo, adaptou então rodas nos seus patins”. (CHRISTA MARIA; KELER, 1980) Segundo Pereira (2010), a patinação começa nos países frios europeus, nos quais as pessoas fixavam ossos de animais aos calçados para deslizar sobre o gelo. Na Inglaterra, no século XVIII, foi criado o primeiro modelo de patins com rodas. Para Tang (2008), a patinação artística é um esporte que integra os seguintes fatores, competição, saúde, recreação, arte e aventura. Considerando aventura algo que não seja tangível em um primeiro momento o que é muito comum aos praticantes de modalidades na natureza, dessa forma, questiona-se seria possível considerarmos a patinação artística como uma atividade de aventura? Segundo Pimentel (2010), parte do entendimento mais abrangente de “atividades de aventura” como toda experiência invulgar de risco (real ou imaginado) e incerteza, podendo ser procurada em diferentes ambientes, os quais estão associados a novas descobertas. Logo, a aventura pode estar presente tanto em um acampamento quanto em um mergulho submarino. A presente pesquisa possui natureza qualitativa, sendo seu tipo exploratório com o procedimento de pesquisa de campo. Para os instrumentos de coleta de dados utilizaremos a entrevista semi-estruturada, aplicação de questionário e a observaçãoparticipante. A amostra será constituída por praticantes, atletas competidores das etapas do calendário da Liga Paulista de Patinação Artística, pesquisadores e professores da área. A discussão dos dados será realizada mediante a análise de conteúdos. A pesquisa atualmente encontra-se em fase de construção da discussão teórica e na sistematização dos instrumentos que comporão as entrevistas e as observações. Palavras-Chave: Patinação Artística, Atividade de Aventura, Integração de Fatores. 40 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL MANIFESTAÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM UMA VIVÊNCIA DE SUR FE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Lauren Dallarosa Lima¹; Almir Schmitt Netto¹; Bruna Carli de Souza¹; Letícia Alves Aguiar¹; Caroline Ruschel²; Alcyane Marinho¹ ¹Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física (LAPLAF), ²Laboratório de Pesquisas em Biomecânica Aquática (BIOAQUA), 1,2Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis (SC), Brasil alcyane.marinho@hotmail.com Este trabalho se refere a uma vivência de surfe oportunizada a acadêmicos do curso de Bacharelado em Educação Física de uma Universidade pública do estado de Santa Catarina, por intermédio das disciplinas "Tópicos Especiais em Esportes de Aventura e na Natureza", "Tópicos Especiais em Esportes Náuticos e Aquáticos" e "Empreendedorismo Profissional e Empresarial". O objetivo deste trabalho foi identificar as competências manifestadas pelos participantes durante a vivência do surfe. Tal vivência foi constituída por uma sessão de 60 minutos, orientada por um profissional com experiência no ensino do surfe, na qual foram abordadas técnicas elementares da modalidade. Após a prática da atividade os participantes foram convidados a responder a um questionário com perguntas acerca da manifestação de competências. Treze acadêmicos (10 do sexo masculino e 3 do sexo feminino), com média de idade de 23±2 anos, responderam ao questionário. As informações coletadas foram organizadas no software Microsoft Excel 2003 para a condução de uma análise estatística (frequência simples e porcentagem). Como resultados, no que se refere às competências, sete participantes (53,8%) consideram que manifestaram a capacidade de se relacionar em todos os momentos da vivência, e quatro (30,8%) em muitos momentos. Sobre a competência da flexibilidade, a maioria (61,5%) percebeu a sua manifestação em muitos momentos. A iniciativa foi referida pela maioria dos alunos como sendo manifestada em todos (38,5%) ou em muitos momentos (38%). Apesar disso, a competência da liderança foi percebida pela maioria dos alunos (61,5%) somente em alguns momentos da situação de prática. Apenas dois alunos (15,4%) consideram que foram capazes de manifestar essa competência em todos os momentos. Da mesma forma, a competência da criatividade foi manifestada em poucos (31%) ou em apenas alguns momentos (30,8%), pela maioria dos alunos, além daqueles que não perceberam a manifestação dessa competência (15,4%) em si próprios durante a vivência do surfe. Em contrapartida, a competência da persistência foi percebida como sendo manifestada em todos (84,6%) ou em muitos dos momentos (15,4%) da aula de surfe, o que parece indicar que os participantes dedicaram-se efetivamente à prática proposta, buscando alcançar metas e objetivos, como por exemplo, o de se equilibrar em pé na prancha, independentemente dos obstáculos e das dificuldades, tais como o medo, a insegurança, a pouca afinidade com a água, etc. Para além de oportunizar a reflexão sobre as ações relacionadas ao ambiente em que 41 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL atividades como o surfe são desenvolvidas, oportunidades como a aqui relatada possibilitam a observação, o estímulo e a potencialização de competências para mobilizar, integrar e transferir conhecimentos, recursos e habilidades, em um contexto profissional determinado. Neste caso, enfatiza-se a existência de um recente e amplo mercado de trabalho aberto aos profissionais, aqui, especialmente, da Educação Física. Palavras-chave: Surfe, Competências, Experiência. 42 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA RELACIONADA ÀS SENSAÇÕES E EMOÇÕES MANIFESTADAS EM UMA VIVÊNCIA DE SURFE Lauren Dallarosa Lima¹; Priscila Mari dos Santos¹; Simone Teske², Micael Alexandre Jorge Godinho³, Caroline Ruschel4; Alcyane Marinho¹ ¹Laboratório de Pesquisa em Lazer e Atividade Física (LAPLAF), 4Laboratório de Pesquisas em Biomecânica Aquática (BIOAQUA), 1,2,4Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis (SC), Brasil 3Instituto Politécnico de Santarém (IPS), Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM), Rio Maior, Portugal. alcyane.marinho@hotmail.com Este trabalho se reporta a uma vivência prática de surfe oportunizada a acadêmicos do curso de Bacharelado em Educação Física de uma Universidade pública do estado de Santa Catarina, por intermédio das disciplinas "Tópicos Especiais em Esportes de Aventura e na Natureza", "Tópicos Especiais em Esportes Náuticos e Aquáticos" e "Empreendedorismo Profissional e Empresarial". O objetivo do estudo foi identificar as sensações e emoções experimentadas pelos participantes da vivência e analisar o significado de tal experiência. Treze acadêmicos (10 do sexo masculino e 3 do sexo feminino), com média de idade de 23±2 anos, responderam a um questionário misto, composto por quatro perguntas acerca da autopercepção da participação na vivência prática do surfe. A prática consistiu de uma sessão de 60 minutos, orientada por um profissional com experiência no ensino do surfe, na qual foram abordadas técnicas elementares da modalidade. Após a vivência prática os participantes foram convidados a responder ao questionário. As informações coletadas foram organizadas no software NVivo 9 para a condução de uma análise de conteúdo (abordagem qualitativa). A maioria dos acadêmicos (53,8%) nunca tinha participado de uma experiência prática no surfe; quatro (30,8%) haviam praticado a modalidade como lazer; e dois (15,4%) já haviam participado de aulas de surfe. No que se refere às sensações e emoções, aspectos negativos como o medo (n=3), a ansiedade (n=2) e o desespero (n=1) foram pouco citados. A maioria dos participantes relatou grande satisfação decorrente da prática, relacionando a experiência com o bem estar, a alegria, ao prazer e à diversão. Superar o desafio de equilibrar-se em pé sobre a prancha em movimento foi um aspecto bastante citado pelos participantes (n=6). Além da motivação individual decorrente principalmente do fato de se tratar de uma prática, até então, desconhecida para a maioria, dois participantes mencionaram que o incentivo e a motivação dos colegas foram importantes para a superação dos desafios. Um dos participantes mencionou a paciência e a força de vontade como aspectos fundamentais para o sucesso na execução da atividade. Os participantes relacionaram o significado da experiência as mais variadas sensações e emoções, tais como: novas experiências,à aventura, ao prazer, à diversão, à superação, ao aprendizado, à liberdade, entre outras. A tradução do significado da experiência em 43 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL palavras pode se aproximar de um processo de ensino-aprendizagem qualitativo, especialmente, por trazer em seu interdito, componentes que envolvem o lúdico ao conhecimento. Pode-se concluir que, para além de vivenciarem situações novas, quando comparadas ao ambiente universitário propriamente dito, a manifestação de sensações e emoções vividas junto à natureza, oportunizou aos acadêmicos perceber diferentes significados para as disciplinas envolvidas, multidisciplinarmente, e implementar seus conhecimentos técnicos sobre uma nova modalidade esportiva; e conhecimentos humanos, referentes ao aspecto coletivo e à sensibilização socioambiental. Palavras-chave: Surfe, Sensações, Emoções. 44 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL AVALIAÇÃO DO PERFIL DE APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA A O DESEMPENHO DE SKATISTAS DE UMA CIDADE DO INTERIOR DO NORDESTE Paulo Tiago Oliveira Alves¹, Cicero Emerson Da Silva Santana², Paulo Felipe Ribeiro Bandeira¹ ¹ Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Ceará – IFCE – Campus Juazeiro do Norte/ Ceará, Brasil ²Faculdade Ciências aplicadas Leão Sampaio – Juazeiro do Norte/ Ceará, Brasil paulo-numsei@hotmail.com Os esportes, assim como a dança e as lutas fazem parte de uma cultura corporal complexa. No entanto em nosso país existe a imposição midiática de uma modalidade sobre as outras. Resumindo os esportes à monocultura do futebol. Frente a essa realidade, o interesse dos jovens por outros esportes vem crescendo desde a segunda metade do século XX, como o surf, skate, patins e etc. Dentre estes o esportes o mais praticado no Brasil é o skate. Atualmente com mais de três milhões e oitocentos mil praticantes, mesmo com essa população a quantidade de pesquisas cientificas sobre o tema são pequenas. E diante do quadro preocupante dos níveis de aptidão física de população em geral e principalmente as crianças e adolescentes, faz-se necessário conhecer os níveis de aptidão física destes praticantes para poder melhor desenvolver a prática do skate tanto para saúde quanto para o desempenho esportivo. O objetivo geral deste trabalho é descrever perfil morfológico e de aptidão física relacionada ao desempenho de praticantes de skate, de adolescentes do sexo masculino, de idade entre 11 a 14 anos da cidade de Juazeiro do Norte – Ceará. O estudo caracteriza-se como descritivo exploratório, de corte transversal. Os participantes da pesquisa foram 07 praticantes de skate com um mínimo de tempo de prática de seis meses, na maioria com nível socioeconômico baixo, freqüentadores da pista de skate da referida cidade. Os aspectos éticos da pesquisa envolveram o preenchimento do termo de livre consentimento esclarecido TCLE pelos pais dos skatistas. Os aspectos analisados foram: para traçar o perfil funcional dos jovens skatistas foram utilizados os testes e classificação da Aptidão Física Relacionada ao Desempenho (AFRD) da bateria do projeto esporte Brasil PROESP-BR (2007). Foi feita a distribuição de freqüência, e a partir dos resultados observou-se que Referente ao perfil desempenho motor mostrou-se com resultados significativos para Agilidade (42,9% “Muito Bom” e 28,6% “Razoável”) e de força de membros inferiores “FMMI” (28,6% “Bom”, 57,2% “muito bom” e 14,3% “Excelente”). Resultados estimados por pressupor que para a realização das manobras com o skate, são necessários determinados níveis de FMMI e agilidade, por no desenvolvimento das manobras são realizados saltos e mudanças de direção nos gestos motores habituais. Já os resultados de força de membros superiores, velocidade de deslocamento e resistência aeróbica, foram abaixo dos níveis recomendados pelo protocolo do PROESP. Inferindo que devem ser desenvolvidos trabalhos com profissionais de educação física para o 45 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL desenvolvimento das qualidades físicas, como no caso da resistência aeróbica para o desenvolvimento dos seus adeptos e também do esporte. Palavras-Chave: skate, perfil, aptidão física. 46 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ATIVIDADES DE AVENTURA NA NATUREZA E INVESTIMENTOS COM EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA Samira Garcia de Oliveira, Ana Paula Evaristo Guizarde Teodoro, Gisele Maria Schwartz LEL – Laboratório de Estudos do Lazer/ DEF/IB/UNESP – Rio Claro/SP – Brasil mimica_go@hotmail.com Apoio financeiro: CNPq As atividades de aventura na natureza surgiram na década de 70 atendendo à necessidade de uma sociedade que se encontrava influenciada pelo modelo higienista, o qual prezava pela qualidade de vida sem doenças e práticas corporais em ambientes abertos, em contato com o ar puro. As modalidades esportivas praticadas nesse ambiente ascendem, principalmente, em países ‘desenvolvidos’, onde características urbanas como doenças e excesso de trabalho motivaram e encorajaram essa população a “fugir” desse cotidiano. O avanço da tecnologia e a busca por novas sensações possibilitou que a qualidade dos equipamentos de segurança melhorasse, contribuindo para a ampliação do mercado das atividades de aventura na natureza. A grande quantidade e variedade de locais naturais como praias, montanhas, chapadas, matas, cerrados e cavernas, comporta a expansão do mercado de atividades de aventura na natureza de caráter turístico no Brasil. Assim sendo, este trabalho buscou identificar, no ramo das atividades de aventura na natureza, o aumento na procura por essas nas empresas de turismo da cidade de Brotas-SP e como ocorrem os investimentos com equipamentos de segurança. Para tanto, o estudo constitui-se da união da pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, por meio da aplicação de uma entrevista, aplicada a uma amostra intencional de proprietários de duas empresas de atividades de aventura da cidade de Brotas-SP, que, prontamente, se dispuseram a responder à entrevista. Os dados foram analisados descritivamente, por meio da Técnica de Análise de Conteúdo Temático e revelaram que existe um aumento significativo no número de pessoas que buscam as atividades de aventura na natureza em Brotas-SP, considerando os últimos dez anos. Contudo, devido esse crescimento, a concorrência também aumentou, dissipando os turistas entre as agências. O investimento anual com equipamentos de segurança é grande e isso se explica pelo fato de ser indispensável para a prática dessas atividades e pelo alto custo dos mesmos. São necessários maiores estudos sobre o mercado das atividades de aventura com foco nos equipamentos de segurança, para que assim seja possível ampliar as reflexões na área. Palavras-chave: atividade de aventura na natureza, mercado, equipamentos de segurança. 47 VII CBAA – CongressoBrasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DE UM RASTREADOR PESSOAL EM E XPEDIÇÃO DE ALTA MONTANHA: UM ESTUDO DE CASO Marcelo José Anghinoni Nava, Juliano Jessé Anghinoni Nava Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil Associação Caxiense de Montanhismo, Caxias do Sul (ACM), RS, Brasil mjanava@gmail.com Sistemas de rastreamento são ferramentas indispensáveis para garantir a segurança e o acompanhamento remoto de expedições em ambientes isolados, onde a cobertura da telefonia móvel convencional é limitada. Como alternativa aos telefones satelitais, relativamente caros e dispendiosos, aparelhos de rastreamento pessoal estão se tornando mais populares com o passar dos dias. Esse trabalho analisa o emprego de um rastreador pessoal Spot Personal Tracker, quanto aos seguintes aspectos: a) eficiência da transmissão dos dados, demonstrando seu grau de confiabilidade como ferramenta de rastreamento; b) a capacidade de se traçar uma rota a partir dos dados recebidos; c) a capacidade de se construir um diagrama altimétrico de ascensão, com o uso associado de softwares de mapeamento. Esses dados foram comparados aos coletados pelo sensor barométrico de um GPS Garmin Etrex Vista HCx. Para isso, o equipamento foi empregado na Cordilheira dos Andes, em uma expedição em alta montanha de 9 dias. Foram enviadas oito amostras de sinais por dia (seis para confirmar o bom andamento da expedição e duas para solicitar resgate), correlacionando a transmissão do sinal com as condições ambientais do momento. Os dados transmitidos foram recebidos a mais de 4 mil quilômetros de distância, através de um computador pessoal. Resultados mostraram diversas limitações na transmissão, não sendo uma ferramenta totalmente confiável, principalmente quando o céu encontra-se muito encoberto ou o sinal é transmitido em movimento. Dessa forma seu grau de confiabilidade não é alto, mesmo porque o usuário não recebe um feedback instantâneo se o sinal foi enviado ou não. Porém, analisando-se um grupo de pontos envolvendo uma área maior, as informações recebidas remotamente, mesmo que incompletas, mostraram-se suficientes para traçar uma rota da expedição, garantindo o acompanhamento em tempo real. Sinais de resgate também apresentaram limitações sob certas condições. O diagrama de ascensão mostrou-se bastante semelhante ao produzido pelas informações do GPS, apenas de mais incompleto e limitado. Conclui-se que o aparelho, apesar de relativamente barato e acessível, não é ideal para garantir a completa segurança do usuário em condições de ambiente extremo. Da mesma forma, recomenda-se o envio de pelo menos três sinais de resgate para garantir o recebimento. Entretanto, ele pode ser usado como ferramenta científica para obtenção de gráficos altimétricos e traçado global de rota. Palavras-chave: rastreamento pessoal; expedição alta montanha; tecnologia outdoor. 48 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL EMPREGO DE EQUIPAMENTO DE INCENTIVO RESPIRATÓRIO COMO TREINAMENTO PULMONAR PARA PRIMEIRA EXPOSIÇÃO EM ALT A MONTANHA Marcelo José Anghinoni Nava Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil mjanava@gmail.com O treinamento muscular Inspiratório (TMI) é um recurso fisioterapêutico que pode trazer benefícios, como o aumento da força e da resistência muscular respiratória, resultando em maior qualidade de vida. Trata-se de um recurso utilizado junto ao tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca Crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Além disso, o TMI pode causar atenuação do reflexo metabólico da musculatura inspiratória e proporcionar melhora das respostas cardiovasculares ao exercício físico. O TMI se traduz em maiores benefícios principalmente para os pacientes com fraqueza dos músculos inspiratórios. Porém, nenhum estudo avaliou os efeitos dessa técnica junto ao treinamento de atletas. Assim, o objetivo deste estudo será avaliar os efeitos do TMI sobre a função pulmonar e força muscular respiratória em um montanhista. As avaliações foram realizadas antes, durante e ao final do treinamento de quatro semanas por meio de incentivador respiratório NCS Respiron Athtletic 3, com alto nível de resistência. Foi analisado um estudo de caso em um indivíduo saudável, 32 anos, atleta de esportes outdoor, não fumante, não fazendo uso de nenhuma medicação. Realiza treino de corrida em trilha, corrida em montanha, caminhada equipada de longa distância, musculação funcional, ioga e pedalada. O voluntário realizou o TMI 12 vezes por semana durante três semanas, totalizando 32 sessões. O treino foi dividido em 2 sessões diárias de 5 minutos de duração cada, o que corresponde a uma sequência ininterrupta de 30 inspirações, uma seção pela manhã e outra pela tarde, perfazendo 10 minutos diários. A carga do dispositivo de treino inspiratório foi reajustada semanalmente, começando com 30% da pressão inspiratória máxima do indivíduo. O voluntário experimentou uma rápida evolução nas primeiras sessões, passando rapidamente de 50 para 80 cmH2O. Mais tarde, porém, percebeu-se uma dificuldade crescente em aumentar a carga em tempos curtos, exigindo um período maior de adaptação. Na primeira fase (primeiras 10 sessões) observou-se o primeiro ciclo de aumento rápido de carga (de 50 para 80 cmH2O) até o pico máximo (95 cmH2O), seguido de uma recuperação até cargas mais reduzidas em relação ao normal (de 95 para 65 cmH2O). O treinamento com Respiron Athletic 3 revelou-se como um excelente complemente aos exercícios aeróbicos. Sua principal vantagem foi proporcionar ao atleta um exercício localizado, recrutando grupos musculares do diafragma e intercostais que dificilmente poderiam ser devidamente exercitados através dos exercícios convencionais. Palavras-chave: incentivador respiratório, treinamento físico, alto desempenho. 49 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ATIVIDADES DE AVENTURA, QUAL A PREFERIDA? Lucas Ribeiro Cecarelli, Eric Matheus Rocha Lima, Guilherme Bagni, Kauan Galvão Morão, Renato Henrique Verzani, Afonso Antonio Machado Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, SP, Brasil lucas_cecarelli@lepespe.com.br Apoio: Cnpq/PIBITI As atividades de aventura foram, inicialmente, uma maneira prazerosa de estar em contato com a natureza. Em seu princípio eram praticadas, ainda com certo estranhamento, por pequenos grupos de pessoas espalhadas por todo o país, das mais variadas faixas etárias e classes sociais, que começaram a desenvolver atividades junto à natureza. A partir da década de 80 merece destaque o significativo crescimento no número de praticantes destas atividades e, principalmente, nos dias atuais com a grande procura pela prática de atividades físicas em meio à natureza. O objetivo deste estudo foi decidir, juntamente com os alunos do 1º ano do Ensino Médio de uma escola particular da cidade de Rio Claro, qual atividade de aventura seria praticada pelo grupo em uma futura excursão. Para a realização do trabalho foi solicitado aos 34 alunos da turma que buscassem informaçõese trouxessem duas atividades de sua preferência para que, juntamente com o professor, decidissem qual faria parte das atividades na excursão. A partir da resposta e escolha dos alunos, pode-se perceber que as atividades mais destacadas foram: arvorismo, rafting, boia-cross, rapel e trekking (caminhada). Após a discussão e votação, decidiu-se pela prática do trekking (caminhada) que permitiria ao grupo uma maior gama de experiências, menor evasão, assim como uma análise mais próxima do ambiente e reflexões acerca de valores, atitudes e fortalecimento dos laços de união entre os componentes do grupo. Palavras-chave: Natureza, Lazer, Atividades de aventura. 50 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL BENEFÍCIOS DO TREKKING: OLHARES DA PSICOSSOCIOLOGIA DO ESPORTE Lucas Ribeiro Cecarelli1, Gustavo Lima Isler2, Matheus Ribeiro Cecarelli3, Afonso Antonio Machado1 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, SP, Brasil 2 Faculdades Claretianas de Rio Claro, Rio Claro, SP, Brasil 3 Fundação Hermínio Ometto, Araras, SP, Brasil lucas_cecarelli@lepespe.com.br Apoio: Cnpq/PIBITI Nas últimas décadas é notório o crescimento da prática de atividades físicas de aventura e, principalmente, a busca destas em meio à natureza e fora dos centros urbanos. Uma das modalidades que mais vem conquistando adeptos é o Trekking. Com aproximadamente 300 equipes cadastradas na Confederação Brasileira de Trekking, mas ainda sem uma regularização no esporte e sem registros oficiais, estudos e análises apontam para mais de 7.000 praticantes regulares, entre o campo esportivo e a esfera do lazer. O Trekking consiste de uma caminhada por trilhas naturais. Em sua esfera do lazer pode ter o intuito de buscar lugares interessantes e pouco visitados, belas paisagens e maior contato com a natureza além da auto superação, o contato social e a fuga do stress do dia-a-dia. Os percursos variam, podendo ser longos ou curtos de acordo com o objetivo do grupo, mas com o principal valor estando no prazer em caminhar. Este esporte tem grande papel na difusão do turismo das regiões onde é praticado, abrangendo grande parte dos pacotes de ecoturismo, por não exigir preparo específico, poder ser praticado por indivíduos de diferentes sexos e faixas etárias, além de não oferecer grande risco e permitir ser planejado de acordo com o grupo praticante. O objetivo deste estudo foi analisar quais os benefícios notados e destacados pelos praticantes da modalidade sem cunho competitivo. Para a realização do trabalho foi aplicado a 30 praticantes da modalidade, de ambos os sexos, com idade entre 17 e 45 anos, um questionário com perguntas abertas. Baseado na estrutura das pesquisas qualitativas foi feita uma análise exploratória e descritiva dos dados. Por meio da categorização dos discursos foi possível o agrupamento das respostas e identificação dos benefícios da prática desta atividade física de aventura para os participantes. A partir da análise das respostas foi possível identificar apontamentos recorrentes que podem ser divididos em psicológicos, fisiológicos e sociológicos. Dentre os psicológicos: Redução do sentimento de depressão; da ansiedade e do estresse; aumento do bem estar e da autoconfiança. Quanto aos fisiológicos: aumento da capacidade cardiorrespiratória e aeróbia; fortalecimento dos membros inferiores; melhoria do sono; do reflexo; do equilíbrio; da coordenação motora; do senso de espaço e direção. Em relação aos sociológicos: Melhora no relacionamento social; na integração e na iniciativa/tomada de decisões; aumento no circulo de amizades e aumento do respeito às diferenças. Assim, nota-se que a prática desta atividade pode ser muito importante e útil para indivíduos que apresentam alto indicie de estresse, gostam do contato com a natureza e precisam desenvolver maior autonomia e 51 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL autoconfiança. Também destaca-se a necessidade do aprofundamento de estudos a cerca desta modalidade para confirmar os apontamentos feitos pelos praticantes, assim como, expor outros benefícios propiciados aos praticantes do Trekking. Palavras-chave: Trekking, Psicologia do Esporte, Atividades de Aventura. 52 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ATIVIDADE FÍSICA DE AVENTURA NA NATUREZA E ESTADOS EMOCIONAIS: DIFERENÇAS ENTRE GÊNEROS NO BOIA-CROSS Fernanda Carolina Pereira, Giselle Helena Tavares, Juliana de Paula Figueiredo, Leonardo Madeira Pereira, Gisele Maria Schwartz LEL – Laboratório de Estudos do Lazer/ DEF/IB/UNESP – Rio Claro/SP – Brasil fernanda@rc.unesp.br Ao se pensar na interferência dos estados emocionais no campo esportivo, pressupõe-se que, nos esportes de aventura, esses mesmos sentimentos e emoções sejam mais exacerbados, devido às características destes esportes, realizados em ambiente natural, e diferenciados com relação ao gênero dos participantes. Entretanto estas variáveis subjetivas não estão ainda devidamente esclarecidas na literatura, devido à escassez de estudos que relacionem a ansiedade e Atividades Físicas de Aventura na Natureza (AFAN). Sendo assim, o objetivo deste estudo foi o de comparar os níveis de ansiedade- estado entre gêneros de praticantes de atividades de aventura na natureza, na cidade de Brotas-SP, focalizando o boia-cross. O estudo, de natureza qualitativa, foi desenvolvido por meio de pesquisa exploratória, utilizando o IDATE (Inventário de Ansiedade Traço e Estado), referente à ansiedade-estado. Participou do estudo uma amostra intencional composta por 8 participantes, 4 do sexo masculino e 4 do sexo feminino, com idades entre 18 e 28 anos, estudantes de graduação em Educação Física de Universidade Pública, no estado de São Paulo, Brasil. O instrumento foi aplicado de modo bifásico, antes (Pré) da realização da atividade e após (Pós) sua realização. Com base na Técnica de Análise de Conteúdo Temático, as respostas foram categorizadas, de forma a agrupar as questões com a mesma temática na mesma categoria. Os resultados apontam que existe uma diferença na percepção da ansiedade entre homens e mulheres, quando praticam atividades de aventura na natureza. Os homens expressam níveis mais elevados de estados emocionais negativos, como ansiedade, tensão, preocupação e, também, de aspectos positivos, tais como calma, confiança, descontração e alegria. As atividades físicas de aventura na natureza são interpretadas e geram emoções voltadas aos aspectos da ansiedade, de forma diferente em homens e mulheres. Sugerem-se novos estudos, no sentido de se ampliar a compreensão sobre os aspectos subjetivos envolvidos nas vivências com as atividades de aventura na natureza. Palavras-chave: Atividades de aventura, Estados emocionais, Gênero. 53 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL O SKATE NA HISTÓRIA DE VIDA DE SEUS PRATICANTESMariana Ferreira, Caroline Ferraz Simões Grupo de Estudos do Lazer da Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil mah.ferreira1@hotmail.com Desde o sidewalk surfing (surf de calçada) nos anos 1950, o skate vem passando por fases que expressam seu desenvolvimento como prática social. Entre os aspectos mais determinantes dessas fases estão o controle do risco, a aceitação social do skate como esporte, o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de novas modalidades. Mas esses aspectos foram percebidos e vividos homogeneamente pelos praticantes? Como eles situam-se frente aos principais aspectos de desenvolvimento do skate? O objetivo do estudo foi situar histórias de vida de praticantes de skate em diferentes gerações em paralelo à evolução do skate, de sua introdução até a atualidade, apontando os principais destaques e acontecimentos. Para tanto, o estudo realizou periodização com base em revisão bibliográfica, apontando as principais mudanças em cada década. Posteriormente, realizou-se amostra intencional com praticantes e ex-praticantes, na perspectiva da História Oral. Por fim, as lembranças foram organizadas por década e analisadas comparativamente às fontes bibliográficas. A pesquisa está em desenvolvimento e vem apontando que o skate fascina por sua capacidade adaptativa, com mudanças e diversificações. Cada década apresenta características marcantes, que vão refletir na evolução da modalidade e suas adaptações ao contexto urbano. Palavras-chave: Skate, Evolução, Características. 54 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL A HISTÓRIA DO SLACKLINE E OS BENEFÍCIOS QUE ELE PRO PORCIONA Mariana Ferreira, Jean Miranda Euflausino Grupo de Estudos do Lazer da Universidade Estadual de Maringá, Maringá/PR, Brasil mah.ferreira1@hotmail.com O slackline é um esporte de equilíbrio, praticado sobre uma fita de nylon, estreita e flexível, geralmente em uma altura de 30 cm do chão. A prática do slackline começou nos anos 80, nos campos de escalada do Vale de Yosemine, na Califórnia, EUA. Alpinistas se reuniam para praticar escalada e, passavam dias acampados, em busca de novas vias, entre uma escalada e outra eles esticavam as suas fitas de escalada através de equipamentos para se equilibrar e caminhar. Ou até mesmo, nas correntes dos estacionamentos, se divertiam treinando suas técnicas de equilíbrio. O esporte surge então, quando eles passam a amarrar as fitas em árvores para fazer a travessia, de um lado para o outro. O slackline, também conhecido como corda bamba, significa “linha folgada” e pode ser comparado ao cabo de aço dos circenses, entretanto, a sua flexibilidade permite que sejam feitas manobras e saltos mais inusitados. São muitos os benefícios de quem pratica o slackline como, a melhora do equilíbrio, o desenvolvimento da coordenação, aumento da resistência muscular, consciência corporal, agilidade, condicionamento cardiovascular, diminuição do percentual de gordura, além das capacidades motoras – mais força, velocidade, resistência, flexibilidade – e, as habilidades psicomotoras – maior velocidade de reação, velocidade de deslocação, percepção espaço temporal e ritmo. A pesquisa tem como objetivo, obter conhecimento sobre a história e as habilidades proporcionadas por este novo esporte que vem conquistando cada dia mais adeptos. A metodologia usada foi uma pesquisa do tipo exploratória em forma de resumo de pesquisa sobre o assunto em questão, em vários meios de pesquisa disponíveis. Ao término o trabalho mostra que, o slackline foi criado a partir da escalada, tomando as suas próprias características e se aperfeiçoando para si. Como esporte, ele pode ser considerado muito recente, afinal ele foi realmente denominado prática esportiva há apenas três décadas e, independente se, é praticado por esporte, competição ou por lazer, o slackline está atraindo cada vez mais olhares. Instigando aqueles que veem e, motivando aqueles que praticam, pelas suas várias possibilidades de execução e benefícios proporcionados. Palavras-chave: Slackline, esporte, habilidades. 55 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL AVENTURA, AFFORDANCES E EMOÇÕES Pedro Fernando Viana Felicio Grupo de estudos do comportamento motor – GECOM - Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) brpedrofernando@ig.com.br Neste estudo, a partir de uma revisão de literatura, discutiremos as implicações evolutivas entre tarefa, ambiente e sujeito e suas relações com a felicidade. Além do pano de fundo da neurociência, da auto-organização e das teoria cientifica do treinamento físico, tomaremos como base os trabalhos de Gibson, 1979 e de Csikszentmihalyi, 1992 para discutir como a intensidade e densidade das demandas ambientais podem implicar na sensação de felicidade. Qual o envolvimento do sujeito na ação praticada quando precisa de uma interpretação múltipla ou simples do ambiente e quando para obter sucesso precisa usar suas amplas possibilidades motoras ou apenas movimentos simples. Adaptar-se ao ambiente, pressupõe a analise de affordances possíveis, versus affordances desejáveis, versus riscos, versus autonomia e energia disponível. O ser humano assim como os demais animais apresentam um comportamento que relaciona-se a sua interpretação da realidade e de sua motricidade. Assim uma pessoa ao executar uma ação precisa acoplar suas possibilidades motoras as possibilidades oferecidas pelo ambiente de acordo com suas intenções próprias. Sistemas vivos e seus habitats co- evoluem juntos (Mithen, 2002; Ricklefs, 2011; Saraiva, 2003). O conjunto ser e seu habitat chamamos de nicho. No nicho atualizam-se as complexidades envolvidas neste processo simultâneo entre o homem e ambiente. Pakenas, Junior e Pereira, 2007 argumentam que as atividades físicas monótonas ou de especialização podem levar a diminuição da complexidade do organismo e leva-lo a apresentar doenças. O termo condicionamento bastante utilizado na Educação Física, por si só já induz a ideia de diminuição da complexidade uma vez que estaríamos condicionados a tal ação em tal situação, o condicionamento diminui a variabilidade em relação à ação. Csikszentmihalyi, 1992 argumenta que para se obter prazer nas atividades é necessário um acoplamento ótimo entre as habilidades e as demandas da tarefa, assim devemos optar por práticas que estimulem a utilização de nosso amplo repertório perceptivo e motor e consideramos que as atividades de aventura apresentam características privilegiadas para este ótimo acoplamento, pois geralmente ocorrem em ambientes de múltiplos estímulos sensoriais, dependem da percepção e interpretação simultânea desses estímulos e geralmente precisam de variadas e complexas respostas motoras para uma pratica satisfatória. Palavras-chave: Aventura, Affordances, Emoções. 56 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL INFLUËNCIA DO RAPEL NA RESPOSTA AGUDA CARDIOVASCULA R Pedro Fernando Viana Felicio1, João Marcelo de Queiroz Miranda1,²,; Rogério Brandão Wichi³ 1 Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) – Laboratório de Pesquisa em Fisiologia e Metabolismo Aplicados à AtividadeFísica ²Universidade Nove de Julho (UNINOVE) – Grupo de Estudos em Biodinâmica do Exercício e da Saúde ³Programa de Mestrado em Educação Física da Universidade Federal de Sergipe brpedrofernando@ig.com.br O rapel é um esporte de aventura que vem sendo bastante difundido e procurado por pessoas que querem entrar em contato com a natureza e melhorar sua qualidade de vida. Tal prática promove ajustes fisiológicos que ainda não são compreendidos. Assim, o presente estudo analisou a resposta de frequência cardíaca (FC) e a modulação vagal à uma sessão de rapel. A amostra foi composta de 13 sujeitos de ambos os sexos e iniciantes na modalidade. A sessão experimental consistiu de uma descida de rapel na parede de escalada com monitoramento contínuo de batimento-a-batimento da FC. A resposta de FC e da variabilidade da FC nos seguintes momentos: cinco minutos antes, durante e cinco minutos após a descida de rapel. Anova de um fator foi usado para análise estatística, com p<0.05. Foi observado que a FC aumentou durante a descida de rapel e permaneceu elevada quando comparado ao valor basal mesmo após o término da sessão (88±4, 144±4 e 92±5 bpm antes, durante e após). A modulação vagal apresentou- se diminuída durante a descida e após o término da sessão (36±4, 13±9 e 26±5 ms antes, durante e após). Tais dados permitem concluir que a prática do rapel determina ajustes sobre o sistema cardiovascular, com aumento da FC provavelmente modulada por menor modulação vagal. Palavras-chave: Rapel, Sistema Cardiovascular, Respostas agudas. 57 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE OS CRITÉRIOS DE JULGAM ENTO NO SKATE STREET E A INFLUÊNCIA DOS EQUIPAMENTOS NO DESEMPENH O DE SKATISTAS BAHIANOS Leonardo Madeira Pereira 1,2, Charlene Pessoa da Silva 2, Patrícia Gomes Costa 2, José Carlos Ribeiro Oliveira 2, Gisele Maria Schwartz 1 1 LEL – Laboratório de Estudos do Lazer/ DEF/IB/UNESP – Rio Claro/SP – Brasil 2 Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física GEPEF/FTC, Vitória da Conquista/ BA, Brasil lelmadeira@yahoo.com.br Apoio Financeiro: CAPES, FTC Os critérios de julgamento utilizados pelos juízes em campeonatos de skate apresentam falhas e são, muitas vezes, desconhecidos pelos atletas, que acabam se sentindo prejudicados. O skatista, para obter um bom resultado em campeonatos, deveria utilizar equipamentos de boa qualidade e resistência elevada. Empiricamente, valorizam-se os equipamentos de origem importada sob a ótica de serem mais resistentes e de melhor qualidade quando comparado com os nacionais. Investiga-se o nível de conhecimento dos critérios de julgamentos adotados pelos juízes em um campeonato de skate street e verifica-se na percepção dos atletas, comparando-se os equipamentos nacionais e importados, qual seria o melhor, em termos de resistência e qualidade. De natureza quantitativa, a pesquisa exploratória foi realizada por meio de questionário estruturado, aplicado em Vitória da Conquista/BA, em março de 2012, em participantes amadores, inscritos na primeira etapa do circuito regional. A amostra foi composta por nove atletas, com faixa etária média de 18 ± 4,8, tempo de prática no esporte de 5,9 ± 2,2, o critério de inclusão foi ter participado de mais de três campeonatos na categoria. Os resultados indicam que 66,7% dos atletas não conhecem os critérios de julgamento utilizados pelos juízes em um campeonato e apenas 33,3% conhecem. Metade dos atletas já se sentiu prejudicada com o seu resultado em um campeonato. A maioria dos atletas (77,8%) acredita que, se houvesse uma seleção prévia, com relação ao nível técnico dos atletas, para enquadrá-los em determinadas categorias, o nível dos campeonatos seria melhor. A maioria dos atletas concorda que os juízes mostrem as notas ao final de cada apresentação. Equipamentos importados são preferencialmente utilizados por 55,6% dos atletas e 44,4% utilizam equipamentos nacionais. Em termos de qualidade e durabilidade, os atletas consideram o shape importado melhor (88,9%) e 11,1% dizem que não faz diferença na performance utilizar um shape nacional ou importado. Com relação aos trucks, 77,8% consideram o importado melhor, 11,1% consideram o nacional e 11,1% salientam não fazer diferença. As rodas importadas são consideradas por 77,8% dos atletas como melhores que as nacionais, as quais foram consideradas melhores por apenas 22,2%. Quanto aos rolamentos, 66,7% consideram os importados melhores, 22,2% os nacionais e 11,1% não percebem diferença. Com relação ao tênis, 77,8% consideram os importados melhores e 22,8% não observam diferença entre importados e nacionais. Pode-se concluir com o presente estudo que a maioria dos atletas amadores 58 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL de Vitória da Conquista não conhece os critérios utilizados pelos juízes e considera os equipamentos importados melhores que os nacionais. Sugere-se que os organizadores de campeonatos se baseiem em estudos para melhorarem os critérios de avaliação, assim como, que as empresas do setor possam investigar os motivos que levam suas marcas a não possuírem credibilidade junto ao mercado consumidor brasileiro. Palavras-chave: skate, equipamentos, campeonatos. 59 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL AFAN, LAZER E EDUCAÇÃO FÍSICA: RELAÇÕES POSSÍVEIS N A FORMAÇÃO PROFISSIONAL Evandro Antonio Corrêa Faculdade de Educação Física de Barra Bonita, Jaú/ SP – Brasil evandrocorrealazer@yahoo.com.br A associação de atividade física e lazer na natureza não é nova, porém as formas atuais como estas atividades estão se desenvolvendo tem chamado a atenção e o profissional de Educação Física deve atentar aos acontecimentos da área. Nesse contexto, torna-se relevante a abordagem dessas temáticas na formação dos profissionais de Educação Física uma vez que o mercado vem oferecer possibilidades de atuação com as atividades de aventura. Dessa forma, o presente estudo procurou identificar possíveis relações entre as Atividade Física de Aventura na Natureza (AFAN), Lazer e Educação Física. Na busca de respostas ao objetivo traçado escolheu-se como caminho a pesquisa de natureza qualitativa, no trabalho de campo se utilizou como técnicas a fonte documental, questionário e a análise de conteúdo. Na pesquisa de campo perguntou-se se há relações entre a AFAN, o Lazer e a Educação Física. Participaram da pesquisa 14 (quatorze) profissionais de Educação Física. As respostas apontaram para as AFAN como uma opção de lazer de diferentes formas, enfocando, principalmente, o respeito à natureza e a sua relação com a Educação Física. Entre as respostas destacou-se que ao praticar atividades na natureza o campo do lazer poder estar associado enquanto manifestação humana e a Educação Física deve estar atenta a isso, em especial ao que se refere aos conteúdos físico-esportivos do lazer. As atividades de aventura como busca de prazer e crescimento pessoal está intimamente ligada aos objetivos do lazer e da Educação Física que são o desenvolvimento humano. Na formação em Educação Física passam discussões envolvendo lazer (conceitos, políticaspúblicas, direito, disponibilidade de espaços públicos), e as AFAN vem resgatar a natureza, a liberdade, o desafio, a cooperação e a solidariedade, a beleza, a ajuda, a realização, o espírito de grupo. Portanto, as AFAN são modalidades da Educação Física que exige o conhecimento do profissional em relação ao movimento e seus envolvimentos. Por fim, as AFAN ganham conotação constante no âmbito do lazer, dentro de seus conteúdos culturais (físico- esportivos e turísticos), e a Educação Física está relacionada nestas duas vertentes, sendo necessário compreender tais atividades de aventura sob está ótica. No geral as descrições apontam para a perspectiva de uma mediação entre a Educação Física, Lazer e AFAN na dimensão de uma abordagem sociocultural ecológica, tendo como conteúdos as capacidades físicas e a habilidade motora, a geografia física, o meio ambiente, a cultura, enfim, o lúdico e o agonístico no desafio da aventura. Da mesma forma a reflexão emergiu como prática a ser valorizada. Assim, a natureza enquanto meio deve ser compreendida como um todo, evolvendo questões biológicas, sociais, culturais etc., pois o ser humano carregado de comportamentos, valores e saberes está envolvido e em constante troca com o meio ambiente. Palavras-chave: Atividades físicas de aventura na Natureza, Educação Física, Lazer. 60 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL MOVIMENTO ESCOTEIRO: CONTRIBUIÇÕES AO DEBATE ACERCA DAS ATIVIDADES DE AVENTURA Fernando Azeredo Varoto, Cinthia Lopes da Silva UNIFAFIBE, Bebedouro/SP; UNIMEP, Piracicaba/SP, Brasil varotaum@hotmail.com Este trabalho tem objetivo analisar o Movimento Escoteiro, de modo a identificar sua contribuição para os estudos relacionados às atividades de aventura. O Movimento Escoteiro surgiu em 1907 na Inglaterra, como uma proposta de educação não-formal para jovens e crianças, e essa proposta foi desenvolvida por Baden Powell (BP), que convidou 16 jovens estudantes entre 11 e 17 anos a passar alguns dias acampando na Ilha de Brownsea, O acampamento aconteceu nos padrões militares, visto que Baden Powell era militar e que anos anteriores havia escrito o livro “AIDS TO SCOUTING” (Auxílios para exploradores), no qual havia diversas técnicas para sobrevivência em meios naturais, assim, as atividades do acampamento eram simulações e atividades práticas de diversas técnicas de sobrevivência, comunicação, nós, amarras, construções, cozinha. Após isso, BP escreveu “Scouting for Boys” (Escotismo para Rapazes), no qual fez adaptações para os jovens. Como procedimentos metodológicos foi realizada revisão de literatura a partir de autores estudiosos do Movimento Escoteiro e do lazer, utilizando como ferramenta de busca o google acadêmico. O Movimento Escoteiro tem como propósito fundamental instituído no início do século XX, incentivar e contribuir com o desenvolvimento físico, afetivo, intelectual, espiritual, social e, especialmente, do caráter da juventude, com o intuito dos jovens terem uma formação humana orientada pelos princípios de cidadania e participação. Para alcançar essa finalidade, o Escotismo tem uma metodologia, denominada “Método Escoteiro”, que é baseada em cinco pontos fundamentais: 1) Aceitação da Lei e da Promessa, 2) Aprender fazendo, 3) Vida em equipe, 4) Atividades progressivas, atraentes e variadas e 5) Desenvolvimento pessoal com orientação individual. Dizemos que o ponto alto das atividades Escoteiras são as atividades ao ar livre, geralmente acampamentos e atividades como acantonamento, bivaques, jornadas etc. Nessas atividades, o “Método Escoteiro” é colocado à prova, por meio de atividades de aprendizado e vivência, sempre em forma de atividades lúdicas, podendo ser competitivas também. No Brasil, o Escotismo é organizado pela União dos Escoteiros do Brasil (UEB), conta com cerca de 60 mil pessoas, e estima-se que no mundo sejam 28 milhões, sendo assim, o maior movimento jovem do planeta. O “Movimento Escoteiro”, por alcançar um número expressivo de jovens no Brasil e no mundo, e por ser um complemento à educação formal (escola) e a informal (família, religião, entre outros) contribui com os estudos relacionados às atividades de aventura por: 1) constituir-se em uma ferramenta educacional que viabiliza o contato entre o ser humano e a natureza, sem gerar danos para a mesma e 2) proporcionar aos envolvidos o desenvolvimento pessoal. Este trabalho é uma contribuição para ampliar o debate entre o Movimento Escoteiro e os 61 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL estudos do lazer, sendo subsídio para profissionais que terão uma atuação a partir das atividades de aventura. Palavras-chave: Movimento Escoteiro, atividades de aventura, educação. 62 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO DA CIDADE D E AREIA SOBRE OS ESPORTES DE AVENTURA COM ANIMAIS Natália Caroline Nascimento, Edlainne Pinheiro Ferreira, Joycimary Filgueira Gomes, Maria da Conceição Gonçalves, Thiago Siqueira Paiva de Souza Universidade Federal da Paraíba – Campus II, Areia, Paraíba, Brasil carolimedvet@hotmail.com A prática de esportes de aventura e na natureza tem se tornado algo que as pessoas estão buscando atualmente para uma vida mais saudável. Dentre esses, aqueles que envolvem natureza, homem e animal estão ganhando destaque em todo mundo, inclusive no Brasil. Objetiva-se, por meio deste, estudar a percepção de estudantes do ensino médio do município de Areia-PB acerca dessa variante esportiva e qual o interesse destes com essa modalidade. A pesquisa foi feita através de questionários com perguntas subjetivas elaboradas pelos autores. Para análise dos dados, foi feita uma tabela para organizar as respostas em discursos semelhantes e, a partir disso, analisá-las. Após análise, contabilizou-se 89 alunos entrevistados 55% (n=49) deles possuem pelo menos um animal de estimação e 45% (n=40) deles não possuem. Dos entrevistados, 56% (n=50) conhecem algum esporte com animais, e os outros 44% (n=39) desconheciam. Quando questionados se praticavam alguma atividade física com seu animal de estimação, 36% (n=20) dos que possuem pelo menos um animal de estimação, afirmaram que sim, e 64% (n=35) não praticam. Um resultado bastante satisfatório foi verificar que 89% (n=79) ao serem questionados sobre os cuidados básicos com a saúde de seu animal, afirmaram que conheciam e citaram um número considerável, mas 11% (n=10) não souberam mencionar os cuidados básicos com seus animais. Em relação ao interesse em praticar algum esporte de aventura com seu animal de estimação, 32% (n=18) dos que possuem um, se manifestaram negativamente a isso, e 68% (n=37) positivamente. Sobre os esportes de aventura com animais que, podem ser praticados no município de Areia-PB, 49% (n=44) dos alunos conheciam ao menos um e 51% (n=45) destes não conheciam. Diante desses resultados, pode-se afirmar que, apesar dos estudantes que possuem animais de estimação demonstrar um bom conhecimento sobre os cuidados básicos com a saúde desses, ainda há um número muito grande que não praticam atividade física com seu animal de estimação.Dos 55% alunos entrevistados tinham animais de estimação. Quando nos atentamos para o considerável percentual de indivíduos que possuem animais de estimação e tem interesse em iniciar um esporte de aventura com este, e que, menos da metade da amostra não conhece a possibilidades de prática dessa variante no município, nos faz recomendar uma ação de divulgação de tais possibilidades para o público do nosso estudo. Palavras-chaves: Esporte, aventura, animal. 63 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL NÍVEIS DE CONHECIMENTO SOBRE A PRÁTICA DE ESPORTES COM CÃES Isadora Thalita Filgueira Bezerra, Rayene Maria da Silva Araújo, Josué Fiel da Silva, Luã Le carré Melo Lima, Thiago Siqueira Paiva de Souza Universidade Federal da Paraíba – Campus II, Areia, Paraíba, Brasil isadora.f.ilgueira@hotmail.com A prática de esportes com cães, praticado em sua maioria em meio à natureza, é cada vez mais crescente no Brasil e no mundo. Os objetivos deste trabalho foram avaliar os níveis de conhecimento dos estudantes de medicina veterinária da Universidade Federal da Paraíba, sobre a importância e prática de esportes que podem ser realizadas com cães. Atividades físicas com cães mostram-se importantes para aumentar a ligação com o dono, a socialização, a educação e a preparação física. A relação de cães com a sociedade tem sido cada vez mais almejada, pois é comprovado que esse vínculo, melhora a qualidade de vida, diminui os níveis de estresse e ajuda no comportamento do animal, bem como a facilidade de adestramento, onde o cão se torna mais apto a aprender os comandos do adestrador. A pesquisa foi realizada com 100 estudantes de medicina veterinária da UFPB, onde foi empregada metodologia descritiva para o estudo, na qual se utilizou questionário com perguntas abertas sobre a prática de esportes com cães, as perguntas foram elaboradas pelos alunos pesquisadores e pelo professor orientador. Entre os alunos entrevistados, 72% afirmaram que criam cães, dentre estes, 5% há menos de um ano, 12% de um a três anos, e 55% há mais de três anos. A respeito do conhecimento dos alunos sobre a prática de esportes com cães, 84% afirmaram conhecer, 16% não tem informações. Os esportes conhecidos pelos alunos entrevistados foram: 67% Canicross, 30% Agility, 14% cãominhada (dog trekking), 13% frisbee, e 8% citaram outras atividades físicas com cães. Quanto aos benefícios advindos dessa prática, 50% dos alunos reconheceram a importância para a saúde e bem-estar, 19% melhoria no relacionamento (amizade, aproximação, interação) cão/dono, 25% na aptidão física (condicionamento, melhoria física), 6% não soube opinar (em branco ou resposta confusa). Foram citadas algumas dificuldades ao iniciar a prática de esportes com cães, tais como: desobediência do animal (48%), falta de estrutura (33%) e a falta de interesse/indisposição dos estudantes (19%). Sobre a prática de esportes com cães, 18% dos alunos afirmaram que costumam praticar, 55% não praticam; dos 100 alunos entrevistados 28 não possuem cães. Observou-se um número significativo de pessoas que criam cães, e que conhecem esportes que podem ser praticados com animais, mas apesar disso, apenas 18% praticam essas atividades; pois há dificuldades pela falta de apoio e falta de estrutura física. Sendo assim, é necessário estruturar os locais, adaptando as hospedagens e meio de transportes que aceite cães, pois são vistos os benefícios que essa prática proporciona tanto ao animal atleta como ao dono. Palavras-Chave: Esportes, cães, aventura. 64 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL A AVENTURA NAS DANÇAS DE UMBIGADA Ana Carolina Sales Pacheco, Daniel Bidia Olmedo Tejera, Carmen Maria Aguiar Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, SP, Brasil caroltuca@hotmail.com O Brasil comporta uma das maiores sociedades fora do continente africano cuja influência da cultura negra é extremamente presente. Em seu território pode-se notar esta diversidade cultural em campos variados, na vida religiosa, social, cultural, entre outras, o que implica numa conivência clara com a presença do diverso. Dentro das danças populares brasileiras podemos classificar as danças de umbigada ou sambas, uma variedade de danças e ritmos afro-brasileiros está inclusos nesta classificação, derivados do “semba” e muitas provenientes principalmente de Angola. Este ritmo normalmente está associado a cultos á fertilidade, essas danças se caracterizam pelo forte caráter lúdico, do choque entre os umbigos dos dois dançantes e da roda formada pelos participantes onde normalmente no seu centro fica um casal dançando. A ausência de trabalhos que relacionem a dança de umbigada ao ato de se aventurar motiva o presente trabalho. Através de relatos de mestres da cultura popular e revisão de literatura propõe-se uma idéia de aventura, que envolve o improviso na dança, a música marcante e a descoberta de outras formas de se arriscar. Pode-se observar que o fato de dançar no centro da roda, demonstra uma exposição para muitas pessoas, além do que, o contato com esse tipo de manifestação abrange outras dimensões de integração e de práticas corporais explorando o dançar particular de cada um. Essa atividade além de possibilitar a vivência da emoção vezes podendo parecer difícil, mas agradável, possibilita uma superação de limites. No âmbito do lazer é buscada como recompensa a satisfação provocada pela situação. Uma dimensão da cultura constituída por meio da vivência lúdica de manifestações culturais em um tempo/espaço conquistado pelo sujeito ou grupo social, estabelecendo relações dialéticas com as necessidades, os deveres e as obrigações, especialmente com o trabalho produtivo. (GOMES, 2004) Vivemos em uma sociedade onde cada vez mais percebemos uma massificação da cultura pelos meios de comunicação, entrar em contato com outras culturas além de possibilitar o lazer, emoção, prazer e divertimento, possibilita através de uma experiência significativa um questionamento da realidade e dos hábitos atuais, em fim, é o próprio ato de aventurar-se no desconhecido. A Ação cultural para a libertação além de um ato de conhecimento é uma forma de transformação da realidade (FREIRE, 2004). Desta forma ressalta-se a importância do aprofundamento nas discussões desta temática, trabalhando a favor da valorização da cultura popular ampliando o universo de trabalhos com aventura. Palavras-chave : lazer, dança, cultura popular. 65 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL A ESCALADA PARA DEFICIENTES VISUAIS: REFLEXÕES E PR OPOSTAS PARA A REALIDADE MARINGAENSE Karina dos Santos Passarelli, Luana Mari Noda GEL/DEF/UEM – Maringá – Paraná – Brasil keka_eu@hotmail.com Segundo Marques (2009) et al, deficiência visual se refere a uma limitação sensorial que anula (cego) ou reduz (baixa visão) a capacidade de ver, abrangendo vários graus de acuidade visual. Porém, o grau de perca de visão não se torna um empecilho à pratica de esportes de aventura. Entretanto, para que as práticas possam ocorrer são necessárias adaptações (CRESPO, 2010). Diante de tais premissas, este estudo tem como objetivo refletirsobre as dificuldades e possibilidades da iniciação dos deficientes visuais na escalada. Quais as sensações dos mesmos na iniciação à prática, bem como conhecer as características específicas dos deficientes visuais e desenvolver as adaptações para o ensino da escalada nessa população. O método a ser utilizado no estudo é adaptado da proposta de Montoya et. al. (2002) que será desenvolvido em uma amostra constituída por deficientes visuais na cidade de Maringá-Paraná. O procedimento é composto por uma primeira avaliação que será realizada antes das atividades práticas por meio de um questionário de conhecimentos e atitudes sobre os deficientes visuais e observação participativa, propostos pela metodologia de Montoya et. al. (2002). A segunda avaliação é estruturada em nove sessões sendo as sete primeiras em relação direta com o que foi considerado uma progressão lógica do conteúdo da escalada. E as duas restantes estão intimamente ligadas ao processo de participação e reflexão. A pesquisa atualmente encontra-se em fase de discussão teórica, revisão de bibliografia e composição de voluntários. Palavras-Chave: Deficientes visuais, Escalada, Atividades de aventura. 66 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL O USO E CONSERVAÇÃO NOS ESPORTES DE AVENTURA: UM OL HAR SOB A PERSPECTIVA DOS ESCALADORES Pedro Alex de Sá Pereira , João Luiz Barros Torres, Allana Joyce Soares Gomes Grupo de Pesquisa Lazer ao Extremo – Instituto Federal de educação, Ciência e Tecnologia do Ceará/IFCE pedro.gestao@bol.com.br O crescente aumento no número de modalidades e praticantes de esportes de aventura tem levado a uma crescente preocupação quanto a conservação dos espaços destinados a estas práticas. Esse estudo objetiva investigar qual a perspectiva dos escaladores do estado do Ceará, quanto ao uso e conservação do espaço utilizado para a prática da escalada esportiva em rocha no setor conhecido como “Pedra do Garrote”. Para tanto, está sendo realizada uma pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, por meio de questionário contendo uma pergunta dissertativa, dando oportunidade para os escaladores escreverem abertamente sua opinião sobre o uso do espaço para a realização de sua vivência de escalada. A amostra foi formada por escaladores cearenses frequentadores da região onde se localiza a chamada “Pedra do Garrote”, setor localizado a cerca de 20 km da capital, Fortaleza. Dentre os resultados analisados até o momento destacamos que os escaladores apontam entre outros aspectos: a presença de lixo nas trilhas, próximo as bases, pedaços de cordeletes e entre outros; consciência de responsabilidade sobre seu lixo produzido; evitar a degradação do meio ambiente e depredação das vias e bases; a idéia do escalador como protetor do espaço de prática do esporte e estimular o contato com a natureza. Palavras-chave: Conservação, uso, escalada. 67 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL LAZER DE AVENTURA NO UNIVERSO ACADÊMICO Salvador Inácio da Silva, Lívia Quirino de Melo Medeiros, Monique Fernandes Moraes, Rayra Possatto Gaudio Barbosa Universidade Vila Velha, Vila Velha/ ES, Brasil salvador@uvv.br O grupo de estudo lazer, ecologia e aventura (GELEA), vinculado ao núcleo de recreação e lazer (NRL) e ao curso de educação física da Universidade Vila Velha / ES, vem ao longo dos seis anos desenvolvendo várias atividades de lazer no âmbito pedagógico, passando por questões ecológicas e de aventura. Acadêmicos, funcionários, professores da universidade supracitada, inclusive alunos do ensino fundamental das escolas adjacentes participam das atividades de aventura disponibilizadas como projeto de extensão. Procura-se neste trabalho identificar nos relatos dos sujeitos participantes das atividades de aventura algumas das suas percepções a cerca do trabalho desenvolvido. Para tal trabalho foi utilizada a metodologia descritiva exploratória, caracterizada pela abordagem qualitativa. Como ferramenta de coleta de dados aplicamos o questionário a quarenta acadêmicos pertencentes a instituição supracitada. A partir deste, foi feita uma categorização do discurso recorrente das falas dos sujeitos da pesquisa e um agrupamento das respostas. Assim, identificamos que no geral, os participantes perceberam as atividades de aventura oferecidas pelos organizadores de forma positiva e significativa ao seu desenvolvimento pessoal. Ora voltados à busca da formação profissional; ora voltados à busca do prazer momentâneo. De forma mais especificas as percepções dos participantes apontam cinco olhares: o primeiro em direção à organização, planejamento e formação profissional, ressaltando à área lazer de aventura como fértil à intervenção profissional; o segundo em direção à válvula de escape, saída da rotina, o contato com a natureza e a busca por novos lugares contemplativos; o terceiro em direção à atividade como um teste físico e psicológico, ressaltando o cansaço, as dificuldades, as derrotas e a possibilidade de superação; o quarto em direção aos medos, aos fantasmas, ressaltando os riscos imaginários; e o quinto em direção à alegria, felicidade, liberdade, amizade, ressaltando ainda a possibilidade de conciliar diversão com educação. Palavras-chave: Lazer, aventura, cotidiano acadêmico. 68 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL O LAZER DE AVENTURA E NOVAS TECNOLOGIAS Lívia Quirino de Melo Medeiros, Monique Fernandes Moraes, Rayra Possatto Gaudio Barbosa, Salvador Inácio da Silva Universidade Vila Velha, Vila Velha/ ES, Brasil limelo_10@hotmail.com No interesse pelas novas tecnologias, o grupo de estudo lazer, ecologia e aventura (GELEA) vinculado ao núcleo de recreação e lazer e ao curso de educação física da universidade vila velha / ES vem buscando nos momentos de intervalos das aulas, disponibilizar atividades virtuais de lazer aos acadêmicos do curso supracitado. Procura- se neste trabalho identificar nos relatos dos sujeitos participantes das atividades virtuais algumas das suas percepções acerca da atividade recreativa. Para isso utilizamos a metodologia descritiva exploratória, tendo como ferramenta de coleta de dados uma entrevista realizada em grupo focal. Após o primeiro contato com XBOX 360, jogo Kinect Adventures [corredeiras / bóia cross], vinte informantes, todos acadêmicos do curso supracitado participaram de um colóquio / entrevista acima citada. A partir desta, analisou-se o discurso dos sujeitos agrupando as respostas, categorizando-as. Assim identificamos que no geral os participantes perceberam a atividade virtual de aventura oferecida pelo núcleo de recreação e lazer de forma positiva, divertida e original, diferente dos jogos virtuais já conhecidos. De forma mais específica três categorias foram ressaltadas: o jogo o brincar e o novo; o lazer, a aventura, as sensações e os riscos; o movimento, o sedentarismo e o analfabetismo motor. Na primeira categoria de identificação, destaca-se a relação do sujeito com o objeto [o aparelho], a aproximação do jogador com o jogo e aglutinação do tripé: virtual, imaginário e real. Incluindo nas falas, a novidade e o desconhecido.Na segunda categoria de identificação, destaca-se a relação do lazer de aventura real e virtual a partir das sensações e do contato do homem com a natureza. Incluindo nas falas, a ausência dos riscos e dos perigos peculiares das atividades de aventura na natureza. E na terceira categoria de identificação, destaca-se a relação do sujeito com o movimento corporal, as habilidades motoras globais em detrimento das específicas. Incluindo nas falas, a possibilidade de intervenção profissional, atividade física e o desenvolvimento motor. Consideramos a viabilidade do jogo virtual relevante como ferramenta de lazer e educação. Palavras-chave: Lazer, game, novas tecnologias. 69 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL OS INTERESSES DA POPULAÇÃO VISITANTE DO PARQUE MUNI CIPAL MORRO DA PESCARIA – GUARAPARI – ES Monique Fernandes Moraes, Lívia Quirino de Melo Medeiros, Rayra Possatto Gaudio Barbosa, Salvador Inácio da Silva Universidade Vila Velha, Vila Velha/ ES, Brasil mmfernandes@hotmail.com O Parque Municipal Morro da Pescaria, situado no município de Guarapari – ES é uma unidade de conservação visitada por turistas brasileiros e estrangeiros, composta por uma vegetação típica da mata atlântica. Situado numa cidade praiana e turística, este espaço oferece possibilidades de realizar várias atividades de lazer. Buscando entender tal dinâmica, este trabalho quer identificar as atividades de lazer realizadas pelos visitantes do referido parque, assim como também listar os motivos desses sujeitos com as mesmas. O trabalho desenvolveu-se dentro das abordagens quantitativa e qualitativa, respectivamente, utilizando como tipo de pesquisa, a de campo no formato descritivo e exploratório. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário a cem visitantes, num período de duas semanas, nos horários de maior movimentação do parque. Os sujeitos de pesquisa, oriundos da região sudeste, eram homens e mulheres e tinham idade entre 20 e 50 anos com o predomínio do público masculino. De acordo com os dados coletados, identificamos que os visitantes na oportunidade de escolha de atividades de lazer, optam espontaneamente por caminhada (41%), contemplação da natureza (20%), pescaria (17%), banho de mar (13%), natação (6%) e banho de sol (3%). Quanto aos motivos desses visitantes procurarem por essas atividades de lazer no parque, se destacam: o descanso (65%), a diversão (25%) e o desenvolvimento pessoal (10%). No geral os visitantes do Parque Morro da Pescaria buscam as atividades físicas para o seu descanso físico e mental. No entanto, a partir dos dados acima, é possível também identificar algumas questões para futuras reflexões; como: a ausência do público infantil e idoso, a falta de atividades organizadas para o público visitante, a reduzida quantidade do público feminino, o incentivo da prática de atividades de aventura como produto eco- turístico e a limitação dos interesses culturais do lazer se restringindo às atividades físicas. Palavras-chave: Lazer, parque, interesses. 70 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL VISÃO DA POPULAÇÃO ACERCA DOS BENEFÍCIOS TRAZIDOS A OS PRATICANTES DE ATIVIDADES DE AVENTURA Rayra Possatto Gaudio Barbosa, Lívia Quirino de Melo Medeiros, Monique Fernandes Moraes, Salvador Inácio da Silva Universidade Vila Velha, Vila Velha/ ES, Brasil rayra_possatto@hotmail.com A atividade de aventura é uma tendência no cotidiano da sociedade atual, seja no âmbito esportivo, pedagógico ou turístico, essas atividades estão em evidência em diferentes espaços. Entendendo a universidade como um local de encontro de diversos grupos sociais e as atividades de aventura como benéficas aos seus praticantes, questionamos: quais os benefícios trazidos aos praticantes das atividades de aventura na opinião dos acadêmicos da Universidade Vila Velha? O objetivo deste trabalho é identificar na opinião dos acadêmicos, os benefícios trazidos aos praticantes das atividades de aventura; assim como fazer uma reflexão dos resultados obtidos. O mesmo desenvolveu-se dentro das abordagens quantitativa e qualitativa, respectivamente, utilizando como tipo de pesquisa, a de campo. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário a duzentos universitários, num período de duas semanas, nos horários de maior movimentação do campus universitário. Os sujeitos de pesquisa pertenciam aos diversos cursos oferecidos pela instituição, eram homens e mulheres e tinham idade entre 15 e 45 anos. De acordo com a opinião dos duzentos universitários, os benefícios das atividades de aventura estão relacionados com saúde (87%), saída da rotina (70%), emoções fortes (68%) e rejuvenescimento (58%). No geral, o questionário apontava benefícios relacionados à qualidade de vida aos sujeitos entrevistados. No entanto, é possível perceber duas tendências nos resultados da pesquisa na ótica da qualidade de vida: uma relacionada às questões emocionais; psicológicas e a outra relacionada com as questões motoras; físicas. Ambas as tendências fortalecem a ideia de que as atividades de aventura são benéficas aos seus praticantes. Palavras-chave: Lazer, aventura, benefícios. 71 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ESTUDOS SOBRE SURFE: ANÁLISE TEMÁTICA A PARTIR DOS ANAIS DO CBAA Vinicius Zeilmann Brasil, Valmor Ramos, Ciro Goda, Jeferson Rodrigues de Souza Laboratório de Pedagogia do Esporte e da Educação Física (LAPEF/CEFID) Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC, Brasil vzbrasil@hotmail.com A prática do surfe tem seguido uma tendência atual do cenário desportivo, na qual impera a busca pela auto-expressão e auto-realização através de práticas em ambientes naturais. Devido a sua popularização e seu nível de organização institucional, tornou-se um campo de investigação e intervenção importante para o profissional de Educação Física. O presente estudo teve como objetivo realizar uma análise dos trabalhos sobre surfe publicados nos anais do Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura (CBAA), bem como identificar as temáticas que vêm sendo abordadas. Adotaram-se procedimentos metodológicos de pesquisa bibliográfica de levantamento de dados com caráter quali-quantitativo (MARCONI e LAKATOS, 2009). A revisão da bibliografia ocorreu em duas etapas: a primeira consistiu na identificação e seleção dos estudos sobre a modalidade, publicados nos anais do CBAA entre 2006 e 2011. Na segunda etapa realizou-se a análise e classificação dos estudos em 5 categorias (Pedagógica, Sócio- Antropológica, Aptidão Física e Saúde, Psicológica e Administração e Gestão). Os resultados evidenciaram que dos 390 trabalhos publicados nos anais do CBAA, entre 2006 e 2011, houve 19 (5%) publicações sobre surfe, o que corresponde a uma média de 3 estudos publicados, sobre a modalidade, por edição do evento. A maior parte das pesquisas incidiu sobre a categoria Sócio-Antropológica (8 estudos) e abordaram as temáticas Representações e interpretações no imaginário de surfistas (2 estudos), História e subcultura surfe (2 estudos), Valor social do surfe (2 estudos) e Interações entre o surfista e anatureza (2 estudos). As investigações com enfoque Pedagógico (6 estudos) abordaram sobre o Surfe como conteúdo da Educação Física e Esporte (4 estudos) e Fundamentos didático-pedagógicos para o ensino do surfe (2 estudos). As pesquisas no âmbito Psicológico (2 estudos) trataram sobre a Percepção de risco relacionado a prática da modalidade (1 estudo) e os Benefícios mentais proporcionados pela prática do surfe (1 estudo). Os trabalhos com enfoque na Aptidão Física e Saúde (2 estudos) relataram sobre a Qualidade de vida de surfistas (1 estudo) e Controle motor na prática do surfe (1 estudo). Relativo à categoria Administração e Gestão (1 estudo) verificou-se a temática Desenvolvimento sustentável de escolas de surfe. Concluiu-se que têm aumentado as publicações sobre surfe, principalmente nas últimas edições do CBAA. A maioria destes estudos tem sido realizada sob o enfoque Sócio-antropológico e Pedagógico apontando para a consolidação desta modalidade como área de intervenção no campo da Educação Física, o que sugere a abordagem do surfe, no âmbito da formação inicial, permitindo aos futuros professores a sistematização de modos de ensino mais adequados aos seus alunos. Palavras-Chave: Surfe, Produção científica, CBAA. 72 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL PSICOMOTRICIDADE E SKATE: A DESCOBERTA DE CONTRIBUIÇÕES RECÍPROCAS Douglas Costa Ferreira Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo, São Paulo, Brasil douglas.ferreira@saobernardo.sp.gov.br, douglascferreira@yahoo.com.br Do ponto de vista de um profissional da Educação Física, praticante de Esportes Radicais e consciente da importância da ciência chamada Psicomotricidade, houve uma questão: é possível estimular o desenvolvimento psicomotor pela prática do Skate? O problema da pesquisa foi encontrar na prática desta modalidade, abertura à estimulação psicomotora. A pesquisa valorizou a abordagem educativa de aplicação da Psicomotricidade oferecida por Jean Le Boulch, a qual é alicerçada nas Bases Psicomotoras, contudo, acreditando na hipótese de que a prática de Skate possa representar uma estratégia para a tal estimulação oferecendo uma diversidade de estímulos ao desenvolvimento do indivíduo. A metodologia foi aplicar e analisar vivências de Skate, baseadas nos princípios educativos da concepção psicomotora, propostas para duas turmas: uma do ensino infantil e outra do ensino fundamental I, atendendo crianças de uma escola pública do Município de São Bernardo do Campo - SP. Durante as atividades, as crianças conheciam o capacete de segurança, passavam sobre rampas e por baixo de uma corda estendida e presa em duas colunas. Pelas observações da prática da modalidade, foi confirmada a presença de estímulos ao desenvolvimento das Bases Psicomotoras (Tônus; Equilibração; Lateralidade; Esquema e Imagem Corporal; Orientação Espaço- Temporal e as Praxias Proximais e Distais). Contudo, constatou-se a reciprocidade de estímulos entre Psicomotricidade e o Skate, devido à contribuição dos processos chamados nesta pesquisa de “Olhar Psicomotor” e “Aquecimento Psicomotor”: Tal “olhar”, baseado em teorias do Desenvolvimento Infantil, promoveu a compreensão e a consideração das possibilidades e necessidades das crianças, norteando o professor para a adequação do meio, a fim de que sua conduta equilibre os aspectos (físico, cognitivo e afetivo) dos alunos, por meio de propostas iniciais que equilibrassem os já citados aspectos, sendo a aplicação destas propostas iniciais o processo chamado “Aquecimento Psicomotor”, o que induziu uma maior participação destes na vivência de skate – a atividade principal - promovendo a participação de crianças que inicialmente rejeitavam as propostas, interferindo também na qualidade desta participação. Portanto o Skate foi considerado uma possível estratégia de estimulação ao desenvolvimento das Bases Psicomotoras, (de acordo com o conhecimento e criatividade do profissional) e a ciência Psicomotricidade foi compreendida como norteadora para a prática educativa. Palavras-chave : Educação Física, Psicomotricidade e Skate. 73 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL PARKOUR: DO MÉTODO NATURAL À TÉCNICA DE SI Jean Miranda Euflausino,,Amilton Bertazo Junior, Claudio Alexandre Celestino, Silvana dos Santos GEL - Grupo de Estudos do Lazer, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil jean_m_e@hotmail.com Este trabalho objetivou aprofundar os conhecimentos em relação ao Parkour, a fim de entender seus meios e suas finalidades. Para tanto, se recorreu à literatura geral, tanto acadêmica quanto midiática. O Parkour foi desenvolvido pelo francês David Belle, influenciado por seu pai, Raymond Belle, praticante de treinamento militar. O movimento Parkour propõe a superação de si ao transpor obstáculos. Sua disseminação ocorreu via internet favorecendo o conhecimento e interesse pela modalidade. Uma das suas principais características é se pautar pela relação corpo-mente. Isso se dá por meio do Método Natural, cujo primeiro passo é a concentração e o controle dos movimentos. Na sequência, passa-se para dificuldades que simulam a realidade, tendo em vista trabalhar maneiras de fazer os movimentos de forma segura e menos complicada possível. Embora esta “modalidade” esteja se disseminando, há ainda pessoas que a compreendem enquanto um ato de vandalismo. No entanto, para eles, o Parkour é uma forma de retomada da cidade pelo cidadão, já todo local de treino deve ser conservado. Neste sentido deve-se treinar em lugares que não haja pessoas, para não atrapalhá-las. Uma das grandes confusões que se tem sobre o Parkour é onde essa atividade pode ser aplicada e como classificá-la, se é esporte ou atividade, se é radical, de aventura ou de natureza. Vários autores discutem e tentam categorizar, já que muitas lições provindas do Parkour podem facilmente ser aplicadas ao cotidiano de seus praticantes, como o “ser e durar”, “ser forte para ser útil” (lema vindo do Método Natural de Hébert). Diante dos documentos analisados, tomamos o Parkour como atividade de aventura, revestida por uma explícita filosofia de vida, na qual o domínio de si por meio da superação é a dimensão mais difundida. Palavras-chave: Parkour, atividade de aventura, Método natural. 74 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL A PRÁTICA DO MOUNTAIN BIKE NO CONTEXTO DAS AFAN Leandro Dri Manfiolete1, Marcelo Roberto Andrade Augusti2, Daniel Bidia Olmedo Tejera1, Carmen Maria Aguiar1 1Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, SP, Brasil; 2Escola Superior de Educação Física de Jundiaí leandro_dri@hotmail.com O objetivo desse estudo foi por meio de uma revisão bibliográfica, analisar estudos relacionados a temática AFAN no universo da prática do mountain bike na Espanha, procurando compreender a educação para com a bicicleta em ambientes fora do urbano. Para isso, foram relacionados três estudos realizados na Espanha. Olivera e Olivera (1998) desenvolveram uma pesquisa que indagava sobre a demanda potencial (não- praticantes, porém usuários potenciais) e real (usuários) das AFAN na região da Cataluna - Espanha.Fernández-Rio (2000) procurou analisar e compreender o mountain bike como uma atividade recreativa e de entretenimento levando assim ao aprendizado e respeito pelo meio ambiente e ainda como uma experiência de aventura e risco. Já Macías (2000) promoveu o uso do mountain bike no Instituto de Ensino Secundário de Alcarras – Espanha. A partir dos estudos apresentados observa-se que as AFAN no contexto do mountain bike na Espanha estão muito difundidas tanto na escola como na prática profissional e que, este valor dado a este equipamento colabora para um melhor aproveitamento da bicicleta para o usufruto do lazer e de função pedagógica. Por fim, conclui-se que as AFAN e mountain bike são temas relacionados e que um está imerso na totalidade do outro. Palavras-chave: Mountain Bike, AFAN, Lazer. 75 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS AULAS DE EDUCAÇ ÃO FÍSICA Newton Porfirio Moraes Soares, Thayane dos Santos Visintainer, Katia Mariele do Amaral Rolim, Marcos Wuintt da Silva, Adiovan Marques e Rainer de Almeida Padilha Universidade Federal do Pampa, Uruguaiana-RS, Brasil newtonmoraes91@gmail.com A educação ambiental é um elemento essencial no processo de ensino e aprendizagem. Esse conhecimento permite ao indivíduo construir valores sociais, criar conceitos e compreender sua tarefa dentro de uma sociedade, seus direitos e deveres, sendo um destes a preservação e conservação do meio em que vive. Essa temática pode ser trabalhada em diferentes componentes curriculares, pois possibilita uma ampla variedade de discussões. As aulas de Educação Física apresentam-se como espaços propícios a inserção desses saberes, pois essa disciplina considera a cultura corporal do movimento humano, no qual os corpos não são somente condutores de estrutura física, e sim, desenvolvem a capacidade de aprender sobre si, valorizar o entorno e utilizar-se do movimento para conhecer ou reconhecer o bairro, a vila, o centro, a cidade, o estado e quiçá o mundo, fazendo com que o sujeito se sinta parte no meio em que habita. A caminhada na natureza é uma bela alternativa que pode ser utilizada durante uma aula, pois quem pratica essa atividade busca sentir-se parte daquilo que vê e necessita interagir e admirar as belezas a sua volta, além de desfrutar da calma e da paz transmitida por este ambiente. Isso leva ao pertencimento da localidade onde a pessoa está inserida partindo-se dai para a sensibilização ambiental, pois verás que o ambiente que a rodeia é vasto de beleza e precisa ser preservado. A escola é o lugar onde a criança construirá o seu processo de socialização, portanto, nada mais justo do que começar por ela o desenvolvimento da Educação Ambiental, as causas e consequências sobre suas atitudes frente o seu meio. Os professores são os condutores de tais conhecimentos e agem como exemplos para estas crianças atuarem da mesma forma que os livros estão ensinando, na sua vida real, e fora da escola. Sendo a escola um espaço social, local onde o aluno dará sequência ao seu processo de socialização, aprendendo e reproduzindo na sociedade, seus comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis. Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares. Palavras-chave: Educação Física, Educação Ambiental, Interdisciplinaridade 76 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL A CIDADE COMO AVENTURA PEDAGÓGICA Álvaro Luís Ávila da Cunha1, Vera Lúcia Gainssa Balinhas2, Katia do Amaral Rolim1, Newton Porfirio Moraes Soares1, Eduardo Massoco Rios1, Patricia Becker Engers1 1Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), campus Uruguaiana, Rio Grande do Sul (RS) Brasil; 2Universidade Federal de Pelotas- Faculdade de Educação (UFPel/FaE), Pelotas, Rio Grande do Sul (RS), Brasil alvaro.balas@gmail.com Este texto é um recorte do projeto de ensino e pesquisa em andamento no curso de Licenciatura em Educação Física. Nosso objetivo é tornar mais visível o contexto e as comunidades escolares envolvidas nas ações educativas dos/as licenciandos/as, favorecendo o processo de formação e atuação profissional. Buscamos oportunizar o contato, o conhecimento e a reflexão acerca das formas de habitar e viver a cidade, utilizando a caminhada, a corrida e a pedalada. A cidade vem constituindo o universo subjetivo dos/as estudantes, permitindo fazer a articulação entre o global e o local, entre a educação básica e os cursos de licenciatura, entre o corpo e o ambiente. Acreditamos que nesse contato com diferentes contextos, os/as estudantes poderão visualizar mais atentamente os elementos culturais que sustentam uma possível identidade regional. Além do estudo das comunidades escolares, lugares e ambiência, propomos o desafio de relacionar o conhecimento local regionalizado com o macropolítico. Algumas metas orientam nossa atuação: cartografar o município de Uruguaiana e suas fronteiras a partir da experiência de andar, ver e registrar; apresentar a cidade como campo de estudo da cultura local; compreender a Educação Física como componente curricular potente para articular processos interdisciplinares; alargar o espaço pedagógico percebendo a cidade como currículo; aproximar os cursos de licenciatura da UNIPAMPA- Uruguaiana; criar equipes multidisciplinares para coordenação do trabalho; construir roteiros geográfico- históricos; publicar a Cartilha de Uruguaiana – os caminhos de uma cidade; elaborar material videográfico e fotográfico das saídas de campo realizadas pelos/as estudantes; desenvolver o hábito de andar como prática de liberdade e bem estar; problematizar o pertencimento como cultura pedagógica necessária à docência; perceber as diversas realidades locais, as pluralidades de modos de vida que comporta uma localidade; identificar áreas, locais, prédios capazes de contar os caminhos trilhados pela cidade; desenvolver a escrita a partir dos registros sistemáticos – observações e narrativas de jornada; percorrer as distâncias do município a partir do deslocamento: andar e do pedalar; sensibilizar os/as estudantes aos ambientes urbanizados e menos impactados pela ação humana. Parte dos objetivos foi alcançada no ano de 2011 e cada vez mais a cidade se torna espaço curricular e espaço de aventura, estratégia pedagógica não só na formação dos/as licenciandos/as como também na formação continuada dos/as professores/as da educação básica. Palavras-chave: Formação docente; currículo; ambiente. 77 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL A APRENDIZAGEM AMBIENTAL PROMOVIDA PELA CAMINHADA Katia Mariele do Amaral Rolim, Newton PorfirioMoraes Soares, Thayane Visintainer Universidade Federal do Pampa – Campus Uruguaiana – RS - Brasil Ktiarolim.ef@gmail.com O Grupo de Estudos Movimento e Ambiente – GEMA, da Universidade Federal do Pampa, composto por acadêmicos da Educação Física promove caminhadas com o intuito de reconhecer a cidade em que a universidade está inserida, pretendendo construir um mapa socioambiental, a fim de levar às escolas a desenvolver projetos interdisciplinares. No 2º semestre de 2011 a atividade estendeu-se ao interior do Município, na localidade de São Marcos, para propor uma aproximação ao meio rural. O convite partiu da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho, que visava desbravar a área e contemplar um futuro potencial turístico. O grupo somou os objetivos e se dispôs ao descobrimento. O parque possui área de 3.000há e está à margem esquerda do Rio Uruguai, limitando-se ao norte com o Passo do Aferidor, ao sul com a localidade do Cantão e a leste com a Ilha do Japejú. Participaram da caminhada, servidores, acadêmicos e o coordenador do projeto. Partiu-se pela manhã, de ônibus em direção ao Parque Natural Municipal de Uruguaiana – o Bioma Pampa, cuja vegetação é original, sem invasão outras regiões do país. A caminhada iniciou na Associação dos Amigos do Cantão em direção ao rio, passando pelo Passo do Aferidor, onde se pode contemplar uma vegetação quase intacta, gado leiteiro, cavalo crioulo, banhado e lavouras confundindo-se com a imensidão negra de pássaros executores de um balé. Retornando ao Cantão os caminhantes seguiram para as ruínas da Estância Santiago, nas proximidades, de imensa riqueza cultural e história. Com a explanação do historiador Dagoberto, rumou-se vegetação adentro, realizando-se uma aula de História acerca de nossos antepassados indígenas e sua importância para o povoamento de Uruguaiana, São Borja, Itaqui, Alegrete e Barra do Quaraí – no Brasil; São Thomé – Argentina e Bella Unión – no Uruguai. Segundo Dagoberto, os povos antigos, compostos por índios Charruas, as ganaderias e as primeiras redenções da região por volta do século XVII deram início à nossa Fronteira Oeste. Maiores detalhes foram citados em meio à caminhada por entre as ruínas, onde há identificação sobre a sua importância e preservação. A flora manifesta-se por ali com um imenso pomar de bergamotas e a fauna permite reinar bugios. O GEMA foi o primeiro grupo que experimentou as trilhas propostas, e aprovou, dando seguimento aos seus trabalhos a, não deixando de lado seu maior objetivo: reconhecer Uruguaiana através de novos olhares. Conclui-se com esta atividade que a caminhada possa servir de meio para que se aprenda tanto em locais inexplorados. A interação com o ambiente serve de aprendizagens na História, Geografia, Biologia, onde o sujeito reflete por onde passa, retém conhecimento, compreende-se como ser atuante, e tudo através da Educação Física, tão importante para aproximar a realidade dos alunos, que se movimentam, refletem e aprendem. Palavras-chave : Educação Física, caminhadas, interdisciplinaridade. 78 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL CONHECENDO O INTERIOR DO MUNICÍPIO DE URUGUAIANA – RS: UM POTENCIAL PARA A PRÁTICA DE TURISMO E ATIVIDADES DE AVENTURA Eduardo Massoco Rios Universidade Federal do Pampa – Unipampa – Uruguaiana – RS eduardotravado@gmail.com Com a intenção de realizar um diagnóstico socioambiental do município de Uruguaiana - RS, o Grupo de Estudos Movimento e Ambiente (GEMA), da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, realiza várias incursões às diferentes regiões da cidade. No mês de julho de 2011, o Grupo adentrou os distritos de São Marcos e Barragem Sanchuri a convite da Secretaria de Turismo do Município, estes locais estão sendo trabalhados para tornarem-se referenciais turísticos da região. Uruguaiana, a cidade mais ao oeste do Rio Grande do Sul, tem apresentado um potencial turístico, até então pouquíssimo explorado. Durante o trajeto os participantes observaram paisagens, vegetação, animais, habitações. Neste dia, o destino era conhecer às margens perigosas do rio Uruguai – Praia do Cantão – na localidade de São Marcos, muito utilizadas para a prática de atividades aquáticas; visitamos também a Vinícola Fronteira Oeste, onde podem ser visitadas as plantações de uva e acompanhar o processo de fabricação do vinho; as encostas do rio que levam até o Passo do Aferidor, local que era utilizado para a transferência do gado da Argentina para o Brasil. No distrito da Barragem Sanchuri foi realizado um passeio na Estância Santiago, a pioneira na criação de Gado no Rio Grande do Sul, lá são encontradas as ruínas das invernadas, das primeiras residências e da secular Capela onde foi rezada a primeira missa no Estado. Após o dia de caminhada, são analisados os registros fotográficos e confeccionados os diários de campo. Ao fim de mais uma atividade fica claro que nossa terra apresenta muitos potenciais para o turismo e para a prática de atividades como caminhadas orientadas, corridas cross coutry, além dos esportes aquáticos que precisam ser mais divulgados. Palavras-chave: turismo de aventura, educação ambiental, potencial turístico. 79 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICA VISANDO CONHECER AS BELEZAS NATURAIS DE URUGUAIANA – RS Eduardo Massoco Rios Universidade Federal do Pampa – Unipampa – Uruguaiana – RS eduardotravado@gmail.com O Grupo de Estudos Movimento e Ambiente (GEMA), formado por acadêmicos e professores dos cursos de Licenciatura em Educação Física e Ciências da Natureza e demais interessados, vêm realizando, desde o ano de 2011, atividades de conhecimento das regiões do Município de Uruguaiana – RS. A principal intenção é realizar um mapa socioeconômico-ambiental e reconhecer locais até então pouco explorados, que podem se tornar potenciais turísticos ou locais de práticas de atividades ao ar livre. Através de caminhadas, corridas e passeios de bicicleta já foram percorridos os 4 pontos cardeais do município, afim de conhecer as belezas naturais – para muitos, até então, desconhecidas – e subsídios que possam ser usados nas aulas dos licenciandos para despertar o senso crítico para a Educação Ambiental. Em cada caminho percorrido, o Grupo faz registros fotográficos e elabora os diários de campo para serem utilizados em futuros trabalhos científicos. No ano de 2012, foi apresentada a proposta de agregar à comunidade das escolas de Educação Básica nestas atividades, para auxiliar na diversidade de conteúdos aplicados nos alunos de Uruguaiana, pois durante as atividades são observados aspectos como habitação, recursos hídricos, fauna, flora, além da proliferação do lixo. Palavras-chave: atividade física, educação ambiental, educação básica. 80 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL COMUNICAÇÃO ORAL TURISMO RURAL X TURISMO DE AVENTURA: BREVE REFLEXÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA GALEGA Luciana Pereira de Moura Carneiro1, Rosângela Custódio Cortez Thomaz, Xosé Manuel Santos Solla1 1Universidad Santiago de Compostela (Santiago de Compostela, A Coruña, Espanha)Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquisa Filho” (Rosana, São Paulo, Brasil) lucianapmoura@gmail.com Apoio: Programa Alban (Programa de bolsas de alto nível da União Européia para a América Latina, bolsa nº E07M401629BR) RESUMO Durante anos houve na Galícia um grande incentivo (inclusive financeiro) por parte do governo para a abertura de casas de turismo rural; porém, a questão da oferta complementar (turismo de aventura, turismo esportivo, ecoturismo, entre outras denominações) ganhou recentemente maior atenção da iniciativa pública e privada vinculada ao turismo nesta Comunidade Autônoma. Este artigo tem como base alguns dos resultados encontrados pela pesquisa intitulada “Experiência galega em Turismo Rural e as possibilidades de adaptação ao Pontal do Paranapanema (São Paulo/Brasil)” com financiamento do Programa Alban (Programa de bolsas de alto nível da União Européia para a América Latina, bolsa nº E07M401629BR). O principal objetivo é refletir sobre a questão da oferta complementar, principalmente aquela relacionada às atividades de aventura, na Comunidade Autônoma da Galícia (Espanha). Palavras-chave: Turismo Rural, Turismo de Aventura, Galícia. Introdução A Comunidade Autônoma da Galícia, também conhecida como “país de los mil ríos”, está localizada a noroeste da Península Ibérica. Sua área total é de 29.574 quilômetros quadrados, o que representa 5,84% do território espanhol, e sua população é composta por 2.783.100 milhões de habitantes. Geograficamente, limita-se ao norte e oeste com o Oceano Atlântico, ao sul com Portugal e a leste com o Principado de Asturias e Castilla y León. Tem um relevo ondulado com montes e montanhas e seus idiomas oficiais são o castelhano e o galego. 81 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Ao todo são 315 municípios divididos politicamente em quatro províncias (A Coruña, Lugo, Ourense e Pontevedra) pelas quais a população encontra-se espalhada com uma densidade de 93,6 habitantes por quilômetro quadrado, cifra ligeiramente superior à média espanhola. Santiago de Compostela é a capital cultural e política desta Comunidade Autônoma. O turismo, segundo informações fornecidas pela Xunta ao jornal El País (2008), representa 12% do PIB e 13% dos postos de trabalho da Comunidade Autônoma galega, cifras similares ao que representa o setor na Espanha e na União Européia. Em finais da década de 80 e começo de 90 do século passado os gestores do turismo espanhol perceberam que o país perdia quota de mercado no segmento “sol e praia” e começava a existir maior demanda por novos produtos turísticos. Assim, houve uma união de esforços entre as administrações estatal e autonômicas para a criação de alternativas aos segmentos convencionais. Um dos segmentos que passou a ser fortemente incentivado foi o Turismo Rural. Vale ressaltar que neste segmento a Espanha seguia na mesma linha de atuação de toda a União Européia, incentivando inclusive financeiramente o Turismo Rural como solução ao êxodo rural, paradoxalmente aos excessos da produção agrícola. Na Galícia, segundo Romero (2003), foi em 1992 que o Turismo Rural passou a formar parte de um dos quatro planos do “Programa de desarrollo turístico da Galícia”. Foi a partir de 1990, com a criação da Secretaria Xeral para o Turismo, que se impulsionou o apoio à recuperação e reabilitação de construções rurais galegas para a atividade turística. Segundo Lois e Solla (2004) os principais objetivos das iniciativas públicas com o incentivo ao Turismo Rural foram diversificação econômica com melhoria do nível de vida, conservação da população no campo, dinamização das sociedades rurais, incentivo ao surgimento de líderes locais e trabalho em rede com outros territórios. Para Solla (2007/2008), entretanto, a implantação do turismo não cumpriu como deveria seu papel de dinamizador do meio rural galego. Muitas propostas não foram aplicadas da forma adequada na prática já que, dentre outros problemas, os projetos eram impostos (de cima para baixo) e a maioria dos beneficiados não eram os agricultores menos favorecidos, mas pessoas com capacidade econômica e acesso às fontes de informação e poder. Para Solla (2007/2008) o Turismo Rural foi implantado num meio rural em crise e com uma população envelhecida (conservadores e sem disposição para novos empreendimentos). Segundo a Turgalicia (2009), existem 582 casas rurais abertas ao turismo. Para Martínez Roget (2004) o aumento no número de estabelecimentos de Turismo Rural na Galícia deu-se devido ao incentivo dos programas de desenvolvimento rural como Leader e Proder e às subvenções da administração autonômica destinadas à criação, reforma, adaptação e melhoria destes estabelecimentos. Segundo Bacariza (2007), em 60% dos municípios galegos existe oferta de casas de Turismo Rural. A Secretaria Geral de Turismo da Espanha (2004 APUD PELÁEZ; SANCHÉZ, 2006) estabelece que “Turismo de Natureza” é um termo bastante amplo, definido como 82 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL aquél que tiene como principales motivaciones la realización de actividades recreativas y de esparcimiento, la interpretación y/o conocimiento de la naturaleza, con diferente grado de profundidad y la práctica de actividades deportivas de diferente intensidad física y riesgo que usen expresamente el medio natural de forma específica, garantizando la seguridad del turista, sin degradar o agotar los recursos. Vale ressaltar que, segundo estes mesmos autores, o Turismo de Natureza em geral e seus segmentos (Ecoturismo, Turismo de Esparcimiento, Turismo Activo Deportivo) estão totalmente vinculados ao Turismo Rural, já que grande parte dos turistas que têm como principal motivação a prática de tais atividades pernoitam em casas de Turismo Rural. Objetivo O principal objetivo deste artigo é, a partir de informações sistematizadas sobre a política de apoio ao Turismo Rural na Galícia, refletir sobre a questão da oferta complementar, ou seja, as atividades que os turistas podem desenvolver de forma organizada quando praticam Turismo Rural nesta Comunidade Autônoma. Método Este artigo teve origem a partir das informações adquiridas ao longo da pesquisa intitulada “Experiência galega em Turismo Rural e as possibilidades de adaptação ao Pontal do Paranapanema (São Paulo/Brasil)”, desenvolvida em nível de mestrado com financiamento do Programa Alban. Nesta pesquisa foram abordados alguns pontos específicos da organização do Turismo Rural na Galícia; dentre eles, a oferta complementar. Para desenvolvê-la foram utilizados materiais bibliográficos como livros, teses, dissertações, artigos científicos e estudos governamentais desenvolvidos por técnicos e autores galegos ou de outras partes da Espanha que analisaram a questão do Turismo Rural nesta Comunidade Autônoma a partir de diversos âmbitos, como econômico (MARTÍNEZ ROGET, 2004), geográfico (SOLLA, 2007/2008; LOIS, 2007), de marketing (HENCHE, 2006), político (LOIS, 2007; BACARIZA, 2007), entre outros. Cabe destacar a utilização de dois documentos publicados pela Xunta de Galícia através da Turgalicia: “Guia de Turismo Rural da Galícia 2009” e “Enquisa Turismo Rural 2005-2006”. Para complementar as informações colhidas foram realizadas entrevistas em profundidade com dois dos principais agentes envolvidos nesta atividade. São eles: Santiago Bacariza Cortiñas,chefe da área de Turismo Rural e de Interior da Turgalicia e Marisol Lorenzo, presidente da Federação Galega de Turismo Rural (FEGATUR). No contexto desta pesquisa, realizaram-se entrevistas a agentes privados do setor para conhecer sua opinião sobre a situação do Turismo Rural na Galícia desde uma ótica comercial. Estas entrevistas foram aplicadas durante a “XII Feira Internacional del 83 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Turismo de Interior de Valladolid” a turoperadores e agentes de viagens que comercializam Turismo Rural a nível internacional. Todos os entrevistados (diretores, gestores de produtos, representantes de vendas e responsáveis dos departamentos de reservas), representavam as seguintes empresas: Tee Travel, Ruraljet, Spanien Bureaout/Portugal Bureauot, Booking.com, Donosti Rec - Mundicaminoreservas e Squirrel Viaggi. Todos os entrevistados trabalham com casas de Turismo Rural galegas, mas somente dois deles comercializam pacotes integrados de Turismo Rural para Galícia. Por fim, para completar a análise, foram aplicados questionários a 65 proprietários de casas rurais galegas a fim de conhecer suas opiniões e posicionamentos com relação a uma série de aspectos desta atividade econômica na Galícia. Com base nestes dados, utiliza-se deste momento para refletir sobre oferta complementar, ou seja, aquelas atividades que os turistas que vão ao meio rural galego podem praticar de forma organizada. Resultados Existem atualmente na Galícia 113 empresas de Turismo Esportivo e 18 empresas de Turismo Ativo e de Aventura. Cabe destacar que, por definição, Turismo Ativo ou de Aventura “suponen un riesgo advertido o peligro controlado asociado a desafíos personales” (SUNG et. al., 1997 apud IGN, 2008, p. 116). “[...] en Galícia la oferta de empresas de Turismo Activo no es muy elevada y se concentra fundamentalmente en las rías Baixas, sobre todo en Arousa, Pontevedra y Vigo” (IGN, 2008, p. 117). Cabe destacar, porém, a existência de clubes e associações que, por não se enquadrarem como empresas privadas, não constam nas estatísticas. É bastante comum na Galícia a promoção de atividades de aventura por tais entidades aos seus sócios. O setor de Turismo Activo ou Turismo de Aventura na Espanha ofrece numerosas oportunidades porque aún está en pleno desarrollo. Su expansión en España comenzó a mediados de los años 80, y desde entonces ha recibido diferentes denominaciones: turismo alternativo, de aventura, de ocio y tiempo libre, deportivo, etc. Su auge coincidió con el del turismo rural, momento en que comenzó a extenderse por todo el país. (EMPREENDEDORES ONLINE, 2008). Sparrer (2005) entende que as normativas galegas referentes ao Turismo Rural até pouco tempo atrás se centravam na recuperação do edifício para transformação em alojamento, deixando de estabelecer normas e diretrizes referentes aos serviços prestados, formação do capital humano, promoção e difusão. Além disso, faziam referência somente aos equipamentos de hospedagem, deixando de lado atividades e serviços complementares. Segundo alguns turoperadores e agentes de viagens entrevistados, atualmente os turistas que vão ao meio rural buscam, além de alojamento, atividades complementares. 84 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Para atraí-lo e fidelizá-lo é importante que haja uma variada oferta de casas rurais, ou seja, uma oferta diversificada e de qualidade. Perguntou-se aos proprietários rurais sobre como valoram uma série de aspectos do Turismo Rural galego. A escala utilizada estava composta por elementos gráficos exprimindo satisfação (☺), normalidade (�) e insatisfação (�). Com relação à oferta de empresas de atividades complementares, 35% dos entrevistados estão insatisfeitos com esta questão, 54% acredita que a oferta está dentro de um parâmetro normal e somente 11% está plenamente satisfeito. Para Solla (2007/2008), corroborado por Lois (2007), houve na Galícia uma excessiva preocupação com a criação de alojamentos, deixando de lado a oferta complementar, desenvolvimento territorial e promoção dos recursos, serviços e valores turísticos. Cabe destacar, porém, que atualmente começam a existir ações que visam à formação de um sistema turístico integrado na área rural galega. O então conselheiro de Inovação e Indústria da Galícia, Fernando Blanco, concorda com essa visão acrescentando que nas políticas anteriores não houve preocupação com o planejamento das zonas, facilitando assim um crescimento da oferta de forma desigual (saturando algumas comarcas e deixando outras com espaços para novas casas) e com forte carência de ofertas turísticas complementares na zona rural. (BLANCO, 2007). Um dos fatores que atingirá o meio rural galego nos próximos anos é a importância dada à paisagem, à gastronomia e à contemplação do mundo rural como uma experiência de conhecimento e aprendizagem (ciclos agrícolas, obtenção de alimentos, criação de gado, etc.). Daí a necessidade de ser desenvolvido no meio rural o verdadeiro Agroturismo. Ou seja, o campo deve permanecer vivo, e não como um museu somente recebendo aos visitantes dos meios urbanos. (LOIS, 2007). Para Lois (2007) são necessários o acondicionamento, melhora e/ou sinalização dos roteiros turísticos de base patrimonial ou natural, além da criação de roteiros de senderismo a pé ou a cavalo, pacotes turísticos específicos, infra-estrutura para realização de atividades hípicas, atividades relacionadas aos acampamentos de verão, campos de golf e esportes náuticos e fluviais. Ou seja, é preciso dinamizar e enriquecer a oferta turística rural da Galícia. Segundo Bacariza (2007) a consolidação da oferta de casas de Turismo Rural na Galícia, sua alta qualidade e o apoio dos órgãos públicos à construção desta oferta podem ser entendidas como fortalezas desse setor. Como oportunidades, este autor cita a identidade, singularidade e as raízes presentes em algumas casas rurais, que são capazes de atrair visitantes em busca de autenticidade. Como debilidades, cita a pouca visão empresarial, escassa capacidade financeira dos proprietários para investir, seus diferentes perfis profissionais (heterogeneidade) e a fragmentação e atomização da oferta. Nas ameaças ressalta a aculturação e falseamento da realidade rural tradicional e conseqüente perda de identidade (“matar a galinha dos ovos de ouro”), além do consumo irresponsável dos recursos. Em entrevista realizada com Santiago Bacariza, quando perguntado se acredita que a oferta turística do meio rural galego tem suficiente diversidade, respondeu 85 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL afirmativamente explicando que acredita que existe uma boa base de alojamentos turísticos, entretanto a oferta complementar não é suficiente. Esclarece que há quatro anos era muito difícil uma propriedade rural viver do turismo na Galícia; entretanto, atualmente, é mais comum. Acredita que existe ainda campo para o crescimento desse setor e cita como exemplo o caso da Montanha de Pena Trevinca, área com grande potencial turístico que atualmente está começando a ser organizada para a recepção de visitantes.Considerações finais Por uma questão histórica e de mercado existe hoje na Galícia uma oferta de casas de Turismo Rural quantitativamente superior às empresas de Turismo Activo ou de Aventura. Entretanto, é consenso que atualmente os turistas estão mais informados, experientes e exigentes; buscam não somente uma boa casa de Turismo Rural para se hospedar e apreciar a arquitetura, hospitalidade e gastronomia, mas querem mais. Nos últimos anos o governo galego fez um grande esforço em desenvolvimento de produtos turísticos, com programas como Outono Gastronômico, ofertas especiais para jovens, etc. Porém, os dados evidenciam que os índices de ocupação continuam diminuindo, chegando a menos de 20% anual. Esta questão nos remete a uma reflexão sobre o atrativo do modelo de Turismo Rural que foi construído e a como a oferta de atividades complementares pode contribuir para minimizar este problema. As atividades complementares (esportivas, de aventura) permitem que o visitante conheça e vivencie a região que escolheu para passar parte de suas férias, criando uma identidade com o território e aumentando o tempo de permanência nos destinos. Assim, acredita-se que o desenvolvimento de um sistema turístico integrado na área rural galega seja uma medida importante para o aumento da competitividade do Turismo Rural e de Aventura na Galícia. Referências bibliográficas BACARIZA, S. Turismo Rural na Galiza. [jan. 2009]. Entrevistadora: Luciana Pereira de Moura Carneiro. Santiago de Compostela: USC, 2009. BLANCO, F. Palestra ministrada no Seminário “Elaboración e promoción de produtos no turismo rural”. Universidade Internacional Menéndez Pelayo (UIMP). 09 jul. 2007. DIRECCIÓN XERAL DE TURISMO. 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Turismo no espazo rural e desenvolvemento: Estudo comparativo da província da Coruña e o Landkreis Wittmund. Santiago de Compostela: Dirección Xeral de Turismo, 2005. 87 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL “O SURFE DE ASFALTO” NAS ONDAS DA PRODUÇÃO ACADÊMIC A: UMA REVISÃO DE LITERATURA Juliana Cotting Teixeira, Gustavo da Silva Freitas Universidade Federal do Rio Grande - FURG Rio Grande, RS, Brasil juliana.cotting@yahoo.com.br RESUMO O que se diz sobre a presença do skate no Brasil? Quem – menos no sentido autoral e mais próximo à noção de área do conhecimento – vem se autorizando a tratar dessa prática? Que trajetória(s) acerca do skate no Brasil vem sendo constituída(s) por aquilo que falam dele? Quais as perspectivas de análise apresentadas por estas produções? Partindo não exclusivamente, mas, sobretudo destas inquietações, o presente estudo vem apresentar os primeiros resultados de uma revisão de literatura que, ainda que em processo e provisória, visa produzir um cenário e uma reflexão acerca da presença do skate no Brasil. Neste momento, a análise recai sobre as produções publicadas em periódicos indexados na base de dados Scielo, assim como àquelas encontradas em outros veículos como livros, alguns artigos oriundos das revistas online Ciência do Skate, História do Esporte, Movimento e Fronteiras, trabalho de dissertação e também documentários sobre o skate no Brasil – Vida sobre Rodas – e, nos Estados Unidos – Dogtown and Z-boys. Pelas primeiras impressões, é possível dizer que o “surf de asfalto”, como é comumente mencionada a prática do skate em sua gênese pelos pesquisadores e produções anunciadas caracteriza-se por ser um recente investimento de pesquisa, pois as publicações encontradas que se debruçam a discorrer sobre o tema datam da virada do século XX para o XXI em diante, vislumbrando contemplar múltiplas facetas desse universo. Embora tenhamos encontrado publicações que analisam os aspectos fisiológicos implicados no andar de skate, é notório o grande número de produções articuladas no campo da História, da Sociologia do Esporte e da Antropologia, assim como oriundas da Educação física. Fica evidente também que, enquanto uma prática cultural, o skate historicamente aparece vinculado à juventude, a movimentos de contestação – como a cultura punk –, e a outras práticas corporais ditas californianas das décadas de 60 e 70, encontradas em solo carioca, como o surfe. O pequeno e recente número de produções encontradas possibilitou o diagnóstico de uma tendência em se construir uma história do skate no Brasil marcada por uma trajetória de esportivização, narrada muitas vezes pelo viés heróico de skatistas que se tornaram profissionais e obtiveram visibilidade pelas lentes midiáticas sobre o skate. A leitura desses trabalhos incita a pensar a produção de conhecimento sobre skate como um investimento embrionário, pois ainda que se tenha certo conjunto de saberes vinculados a essa prática, discutindo conceitos como juventude, localismo, tribo, identidade, sociabilidade, gênero, 88 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL arte, poder e risco, há uma abertura que possibilita ampliar o espectro de narrativas e perspectivas ao movimento de anunciar, refletir e problematizar o universo cultural do skate. Palavras-chave: skate; produção do conhecimento; saberes. Introdução No Brasil, o skate tem se constituído como recente empreendimento à investigação científica, com produções publicadas que datam da virada do século XX para o XXI, alicerçadas sobre diferentes áreas de conhecimento e articuladas com a discussão de múltiplos conceitose saberes. No âmbito dos livros em cenário nacional, temos as publicações de Britto e Bollota (2000) sob o título “A onda dura: 3 décadas de skate no Brasil” como um dos trabalhos pioneiros na direção de narrar uma história do skate para o país. Já no âmbito das produções culturais - veículos significativos na disseminação dessa prática no Brasil e no mundo – temos o lançamento do documentário-filme Dog Town and Z-boys, em 2001, de Stacy Peralta, o qual se consolidou como referência aos trabalhos acadêmicos acerca da gênese do skate no mundo, mais especificamente, na região de Dogtown, na Califórnia (EUA) na década de 60 e o documentário Vida sobre Rodas (2010) de Daniel Baccaro, trazendo parte do aparecimento e trajetória dessa prática no Brasil. Essas produções inauguraram um esforço explicativo sobre o skate num movimento diferente da modalidade de enunciados que, até então, imaginavam e apresentavam essa prática, os quais se encontravam inseridos em revistas especializadas e nos discursos de alguns skatistas que apareciam em reportagens televisionadas e/ou jornalísticas. As revistas norte-americanas da década de 60, como a Surfer e a Surfing caracterizaram-se como principais veículos de apresentação do skate no país, sendo mencionadas por grande parte das publicações de Brandão (2009, 2010) como precursoras dessa prática em solo nacional. Mais tarde, especialmente nas décadas de 70 e 80, com a popularização do skate pelo Rio de Janeiro e regiões de São Paulo, algumas revistas nacionais como a Pop, Yeah!, Overall, entre outras, são lançadas ao publico jovem com o intuito de atribuir uma particularidade imaginária sobre o skate, utilizando-se de elementos da moda, da arte e da música para anunciar e relacionar essa prática a seus leitores. As lentes midiáticas da publicidade e do marketing puderam ver nesses movimentos de jovens um potencial alvo de investimento na produção de leitores e adeptos de suas edições, sendo essa relação uma dinâmica notadamente caracterizada tanto nessas obras literárias e cinematográficas apontadas, quanto nos artigos e publicações acadêmicas que acabaram por se expandir pós sec. XXI. Muitos são os olhares sobre essa prática e inúmeras são as possibilidades de pesquisa e investigação de seus elementos. Nesse sentido, empreender um estudo que analisa esse objeto através de uma revisão de literatura contribui não só para a produção 89 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL de um panorama que visa compreender parcialmente a presença do skate no Brasil, mas também a ampliação do nosso entendimento sobre as relações e implicações existentes na produção desse conhecimento, sobretudo em relação as fontes utilizadas, as perspectivas teóricas e os campos de atuação em que falam os pesquisadores que o produzem. Investimentos como esse, oriundos da Educação física, não almejam contemplar a construção de cenários completos e acabados, de histórias absolutas e globais, mas sim, de se agarrar aquilo que foge ao comum e as descontinuidades da história. Objetivos Esse estudo objetiva produzir, a partir de algumas produções culturais e acadêmicas, um cenário e uma reflexão – mesmo que em processo e provisória – sobre a presença do skate no Brasil. As considerações realizadas buscam analisar quais perspectivas estas produções tratam e ou/ se autorizam a tratar, o que elas têm narrado sobre o skate e ainda quais são as implicações políticas dessas narrativas na produção de conhecimento sobre skate no Brasil. Metodologia Para constituir esse cenário acerca da presença do skate no Brasil, um primeiro movimento de pesquisa foi a busca de artigos em base de dados, em especial, na Scielo. Para tal, utilizando as palavras skate, skateboard e skateboarding como descritores, foram encontrados dois artigos nacionais, os quais são: As possibilidades educacionais do skate, de Armbrust e Ascânio (2010) publicado na Revista Motriz; e, Skate enquanto esporte radical de ação, de Brandão (2010) publicado na Revista Brasileira de Ciência do Esporte – RBCE. Na busca de encontrar mais trabalhos, recorremos à lista de periódicos científicos disponível na Scielo, inclusive, às revistas as quais fomos redirecionados, pesquisando através dos mesmos descritores. Encontramos na RBCE a produção de Figueira e Goellner (2009) sobre skate feminino; na Revista História do Esporte estudos de Brandão (2008, 2009) na direção de uma Historia cultural do skate e, na Revista Movimento, o trabalho de Bastos (2009) no âmbito da Sociologia do Esporte. Na leitura dessas publicações, através de suas referências, foi possível encontrar outros estudos, como o de Honoratto (2004, 2008) numa pesquisa jornalística sobre o skate; Silva (2006) sobre a biomecânica da manobra ollie; demais produções de Brandão (2010) na Revista Ciência do skate; e dissertações de Bastos (2006) e Ascânio (2011). É sobre esse escopo, ainda em construção, que identificamos, analisamos e discutimos o que vem sendo tratado sobre skate no Brasil, tendo ciência que este tema não se esgota nestas produções, mas que a partir delas já é possível tecer primeiros esboços acerca desse universo. 90 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Resultados O que se diz sobre a presença do skate no Brasil? Quem – menos no sentido autoral e mais próximo à noção de área do conhecimento – vem se autorizando a tratar dessa prática? Que trajetória(s) acerca do skate no Brasil vem sendo constituída(s) por aquilo que falam dele? Quais as perspectivas de análise apresentadas por estas produções? Retomamos as nossas inquietações iniciais como forma de consolidar esse momento de visibilizar resultados como um movimento, um processo, que se move a cada nova tentativa de resultá-lo, no qual incitaremos mais a apontar pistas do que a materializar teorias, mais a instigar novas dúvidas do que a tentar torná-las respondidas. Sob diferentes autorias auto-nominadas como de pesquisadores-skatistas, ou vice versa, a produção de conhecimento identificada acerca do skate, tem se constituído pós séc. XXI numa notável aproximação com a História, com a Sociologia do Esporte e com a Antropologia. As próprias produções culturais que caracterizam essa prática, como, por exemplo, o filme “Vida sobre rodas” (2010) de Daniel Baccaro, que consolidou em vídeo uma possibilidade de trajetória do skate no Brasil, e as próprias revistas especializadas que acabaram por difundir essa prática no campo da visibilidade publicitária pós década de 90 – como a Tribo Skate, a Cemporcento Skate, entre outras – narram o skate no país utilizando-se de uma perspectiva histórica. Nas produções acadêmicas que formam o corpus de análise é possível identificar que são discutidos conceitos como juventude, tribos, localismos, esportivização e sociabilidade no âmbito da história cultural, sociologia do esporte e antropologia; skate feminino e esportivização sobre o escopo dos estudos de gênero e história oral; poder e risco no skate em perspectivas teórico-educacionais e multidisciplinares. Também foram encontrados, em menor número, trabalhos alicerçados na biomecânica e fisiologia visando analisar o skate sobre esse pano de fundo. As produções em questão muito se distinguem em suas múltiplas escolhas de análise e de conceitos, que vão desde etnografias discutindo sociabilidades a estudos sociológicos debatendo a esportivização da prática, como já apontado.Embora todas apresentem em diferentes perspectivas a complexidade da prática do skate, uma característica comum parece atravessar todas essas produções, a ser uma tendência em discorrer sobre uma historia do skate no Brasil ao tratar dele mesmo, isto é, como uma necessidade consentida em trazer para os estudos uma versão histórica, de preferência mais comprovada e indiscutível possível, do skate e suas relações ao longo do tempo. Nesse processo, podemos identificar diferentes versões, em que algumas não encontramos nem mesmo a possibilidade de suspeita de seus usos pelos autores, e outras que já anunciam a escassez de fontes e produções historiográficas sobre as mesmas caracterizando sua instabilidade ou provisoriedade (há um forte apelo dos pesquisadores aos enunciados midiáticos e publicitários das revistas especializadas por terem se constituído por muitos anos como os únicos registros antigos sabidos sobre a prática do skate). Se o uso de versões de história tem sido primordiais ao 91 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL desenvolvimento das pesquisas sobre skate no país, como têm sido produzidas essas histórias? Quê perspectivas de histórias estão implicadas nesses estudos sobre skate? As trajetórias trazidas pelas publicações marcam um movimento que coloca o skate como uma prática corporal esportivizada, emergindo como o surf de asfalto (BRANDÃO, 2010), com a difusão do skate pelo surf ocorrido das praias cariocas para o deslizar sobre as ladeiras de concreto em meados da década de 60. Também vinculam essa pratica a cultura punk, a música e a moda street wear dos anos 70, caracterizando-a como uma prática de contestação ou contracultura (BRANDÃO, 2008). Muitos dos autores já consideram o skate na sua configuração nacional atual como um esporte radical, que estabeleceu fortes rupturas com o imaginário de marginalização juvenil, como aponta Honoratto (2004), e que se encontra em crescente apropriação esportiva e burocratização, como também aponta Bastos (2006) – ainda vale ressaltar a criação da Confederação Brasileira de skate, a CBSKT, em 1999. Um dos estudos de Brandão (2010) buscou evidenciar um período da trajetória do skate no Brasil o qual esteve marcado pela significação do skate como forma de lazer juvenil, caracterizado nas páginas da revista Pop (1972-1979). Nesse momento, essa prática ainda não era mencionada enquanto esporte radical, o que nos provoca a pensar sobre o aparecimento do skate como uma prática cultural ainda não esportiva – década de 60 – e vinculada a “deslizares” e “bailares” de corpos jovens em pranchas, segundo trecho da Revista Veja de 1979 (BRANDÃO, 2010, p. 39). Ainda em Leonardo Brandão (2009), em seu artigo Histórias esquecidas do esporte, o autor se inclina a um momento da trajetória do skate no Brasil, em meados da década de 60 e 70, dotado de elementos significativos para se pensar outras possibilidades de verdade sobre a presença dessa prática no país. Nesse período e em determinados espaços midiáticos, como a revista brasileira Manchete (1976) e a norte americana Life Magazine (1965), o skate foi imaginado e utilizado de forma diferente daquela anunciada pelas revistas especializadas nos esportes californianos. Mulheres eram as protagonistas na prática, as competições eram sua forma mais notável de aparecimento e caracterizava-se como “uma ramificação do patins sem conotações transgressivas” (BRANDÃO, 2009, p.18). Nessa modalidade da prática, o equipamento e o nome dado ao esporte eram os mesmos, porém, com significados atribuídos de maneira distinta que lembravam muito mais o patins in door feminino do que as deslizadas de pés descalços e posteriormente as manobras radicais e hegemonicamente masculinas apresentadas pelas revistas especializadas nesse imaginário. Essas trajetórias são contadas e analisadas através de um certo conjunto de saberes que estiveram em evidencia ao longo do tempo no universo do skate. Saberes inseridos em revistas, reportagens e trabalhos jornalísticos produzidos ao consumo de um público jovem emergente que se forjava numa relação marcada pela invenção de uma representação de skatista através de signos da moda, da música e mais tarde, do esporte. Como apontam os estudos, a ampliação de fontes as quais narram essa prática caracteriza a ampliação de espaços, de protagonismos e de versões, potencializando as possibilidades de ambivalência desse objeto. As referências utilizadas à escrita dessas 92 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL trajetórias e dessas historias, mesmo que significativas, mostram apenas suas possibilidades de verdade, narram somente suas versões de história e não dão conta de extrapolar o que foi eleito a ser publicado em suas páginas ou editado em suas reportagens. Conclusão Concluímos para esse trabalho que os estudos sobre skate no Brasil são significativos, porém, ainda embrionários no que tange a sua produção e problematização por outras áreas de conhecimento e outras perspectivas teóricas. Problematizamos o uso das fontes publicitárias e midiáticas, oriundas de revistas especializadas e entrevistas heróicas, como fontes privilegiadas e oficiais ao movimento de historiografar sobre o skate e mencionar o seu passado recente, e que implicações políticas e regimes de verdade se produzem nessa relação entre objeto de estudo e produção de conhecimento. A escrita de histórias globais e o uso privilegiado das fontes publicitárias e heroicas tradicionais, implicam na produção de uma trajetória de sujeitos ilustres e visíveis pelas lentes dos espaços de referência constituídos historicamente junto a essa prática, como o skate das capitais e metrópole (mais especificamente São Paulo e Rio de Janeiro) e o skate apresentado em vídeos, reportagens e revistas especializadas. A consideração de outras fontes e narrativas possibilita ampliar o espectro de estudos sobre essa prática, visibilizar trajetórias, dar voz a sujeitos ainda obscurecidos e fomentar um quadro de registros históricos que compartilham uma prática cultural transitória e ambivalente. Embora tenhamos concluído tal revisão, vale anunciar que muitos trabalhos não analisados e/ou encontrados podem conter outras narrativas e outras verdades e que essa condição constitui-se enquanto inspiração a continuidade dessa revisão que se encontra (e talvez sempre esteja) em processo e em estado de provisoriedade. REFERÊNCIAS ARMBRUST, Igor; ASACÂNIO, Flávio. O skate e suas possibilidades educacionais. Motriz , Rio Claro, v. 16, n. 3, p. 799-807, jul./set. 2010. ASCÂNIO, Flavio. Skate: de vilão a mocinho. Entre o urbano e a natureza: a inclusão na aventura. Anais do V CBAA. São Paulo: Lexia, 2011. BACCARO, Daniel. Vida sobre Rodas . 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Abdicando voluntariamente da proteção social, este homem se atira ao desconhecido. Munido de instrumentos e técnicas ele enfrenta os limites e desafios da natureza, mas não busca o que os olhos enxergam. Ele busca "sentir-se vivo". Ele busca a conexão anímica com a natureza. O propósito dessa jornada não precisa ser consciente, pois tudo na aventura é imprevisível mas, se ocorrer, será uma experiência avassaladora. O objetivo desta pesquisa foi verificar a presença de experiências numinosas através de registros efetuados em seis livros de montanha. A categorização dos livros demonstrou que 9,52% dos registros se referiam ao numinoso. Esses registros se distribuíram em três diferentes formas de expressão do vislumbre sagrado: comentários sobre Deus, frases e comentários filosóficos, numa aproximação, cada vez mais específica dos aspectos do numinoso. Cada registro constituía uma parte desse sagrado e só o livro compunha o todo. Considera-se, junto a outras bibliografias, que a prática de aventura na natureza, devidamente assimilada em termos simbólicos, gera a possibilidade de despertar uma nova relação do homem com a natureza, pois o que ele busca fora é uma experiência interna de Deus, um religare com aquilo que foi esquecido. Palavras-chave: psicologia, aventura, sagrado. Introdução Na contramão do desenvolvimento tecnológico a alma almeja por insumos relacionados à ética, ao cuidado e à sacralidade humana. Não se trata de negar os benefícios obtidos pela tecnologia, mas reorganizar o seu uso para atender de forma sustentável as necessidades negligenciadas pelo "império da razão". Neste sentido o lazer de aventura pode contribuir como prática que gera possibilidades reflexivas na 96 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL direção de superar a oposição entre cultura e natureza viabilizando o caminho de uma síntese. Enquanto a grande maioria visita a natureza em busca de adrenalina, outros voltam com mais do que isto. Os riscos e as surpresas escondidos da natureza podem despertar algumas questões mais profundas de nosso ser. Neste sentido o desconhecido de fora torna-se metaforicamente o desconhecido de dentro e o que se descobre fora pode ser a justa expressão de um mundo interno (psique). É nesta perspectiva que as experiências de aventura na natureza podem representar, de forma condensada, alguns elementos da dinâmica psíquica. Não se trata de reduzir o desenvolvimento a uma prática, mas de verificar que este emparelhamento, pode aproximar a pequena distância o mundo externo e o mundo interno; e numa conjunção de esforços (físicos e psíquicos), surge a possibilidade de se erguer uma ponte que viabilize o fluxo de elementos simbólicos a partir desta experiência de lazer. Segundo Bruhns (2009, p.67) as atividades de aventura na natureza "... são colocadas em um mesmo cenário físico e em um mesmo universo simbólico[...] Há um amplo leque de valores simbólicos associados às práticas muito diversas,[...]" Mais do que equipamento, precisamos “equipar a mente”, para captar e lidar com os sentidos dos múltiplos desafios propostos pela natureza (humana). Afinal quem cria a necessidade de superar os obstáculos naturais é o homem e não a natureza. O espírito de aventura não é uma invenção racional, mas uma fonte repleta de significados que remonta a época das grandes aventuras e dos personagens mitológicos. Os motivos que levam o indivíduo contemporâneo à aventura podem ser os mais variados possíveis, mas é importante ressaltar que a grande maioria deles o pratica durante o seu tempo livre. Dessa forma, o lazer de aventura é definido pelos estudiosos como uma prática com caráter liberatório, desinteressado, hedonístico e pessoal caracterizada pelo deslocamento físico num sentido de explorar o mundo (DUMAZEDIER, 1999; MARCELLINO, 2004). Psicologicamente interessa-nos o caráter pessoal deste lazer e o sentido de exploração que ele gera. Embora essa decisão pessoal seja inevitavelmente influenciada por diversas outras perspectivas a impressão de uma liberdade maior conduz o individuo a um sentimento de maior controle e responsabilidade diante das escolhas que faz. Uma escolha onde o sujeito que deixa o conforto de sua casa, a "segurança" urbana e parte em direção ao território inóspito e misterioso da natureza, em seus mais diferentes arranjos(mar, floresta, deserto, gelo, montanha, etc.) A noção de deslocamento e exploração, que caracteriza a aventura, revela insígnias de um sujeito de certa forma descontente com sua inércia, sua rotina, sua mesmice (COSTA, 2000). Ao movimentar-se para fora do mundo conhecido o sujeito arrisca tudo que ele é. Ao partir em direção ao desconhecido é preciso que ele implemente a si mesmo mais coragem e ousadia que faria normalmente, evocando condições para a emergência do "herói interior", ou psicologicamente falando do arquétipo do herói. Arquétipo é um conceito psicológico definido por Jung como um conjunto de "... impressões superpostas deixadas por certas vivências fundamentais, comuns a todos os seres humanos, repetidas incontavelmente através dos milênios.” (SILVEIRA, 1978, p.77). 97 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Em paralelo com a herança genética, seria uma herança anímica; tendências que influenciam a formação dos símbolos. Com o arquétipo do herói constelado o individuo adquire um significado profundo em sua jornada e as características como força, disciplina, determinação, perseverança e astúcia superam os objetivos racionais de empreitada. Se não fosse essa “animação irracional”, ninguém se atreveria a escalar o Everest. "O ser humano é capaz de realizar coisas espantosas, desde que tenham um sentido para ele. Mas difícil é criar esse sentido.” (JUNG, 1987b, p.83). Não se trata sucesso a qualquer custo (ameaçando a vida de si e da equipe); o herói que aprendeu a dosar ousadia e cautela também sabe o momento de desistir e recuar, quando, por exemplo, "a montanha não lhe permite escalar". Quando uma pessoa atribui características humanas aos elementos da natureza ele está deslocando muitas características da alma para o mundo exterior; ele está projetando a alma. Segundo Jung (2008a, p.72) a projeção “é um processo inconsciente automático, através do qual um conteúdo inconsciente [...] é transferido para um objeto, fazendo com que este conteúdo pareça pertencer ao objeto.” Simbolicamente "a montanha, enquanto espaço sagrado, implica uma hierofania, uma irrupção do sagrado, o que a torna um território de qualidade diferente para aqueles que se permitem senti-la." (COSTA, 2000, p.47). A montanha configura uma proposta simbólica de ascensão para o encontro com o divino. Psicologicamente o divino constitui na psique um outro arquétipo, chamado por Jung de Self. O Self seria identificado pela impressão de que existe algo maior que nós mesmos, de um elemento organizador que rege os princípios da vida. Essa "imagem interna de Deus", independe do culto ou religião, pois não se trata de provar a existência de Deus, mas de encontrar o significado desta imagem numa experiência natural e imediata. Segundo Campbell (1990) o que os indivíduos buscam não é só um sentido para a vida, mas uma experiência de estar vivo; algo que possa ressoar no interior de uma realidade mais íntima, provocando o enlevo de estar vivo. A consagração do herói enquanto possibilidade, não escolhe hora ou lugar, apenas irrompe a consciência trazendo o ungido divino. Entretanto, algumas condições podem favorecer essa "aparição". Jung (2002a) coloca que a emoção pode gerar maiores ou menores flutuações no estado de consciência e é quanto existe um rebaixamento deste nível mental o inconsciente fica mais propício à se expressar. Esse rebaixamento pode ocorrer durante os extremos emocionais, por isso tanto um medo extremo como uma entrega total ao momento tendem a facilitar a eclosão do material inconsciente. Nos contos de fada esta sensibilidade não é característica do herói mas do feminino que o acompanha ou ele tem que resgatar. Externamente Otto (2007) verificou que as condições de imensidão solene, penumbra e silêncio representam marcas recorrentes na percepção do sagrado. Acrescentando toda multiplicidade de valor simbólico presente na natureza, seria fácil entender porque o pôr do sol evoca tanto a presença como o mistério do sagrado. Alinhada a este mistério Bruhns (2009, p.154) escreve: "Muitos lugares nos parecem belos não unicamente com base em critérios estéticos, mas em critérios psicológicos, porque encarnam um valor ou uma emoção que nos afetam." 98 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Não se trata, pois, de atingir o cume, se trata, paradoxalmente daquilo que não se busca, daquilo com o qual podemos nos deparar por sua súbita presença e pelo que se revela desta estado de surpresa: o encontro com algo maior que nós mesmos, gerando segundo Otto (2007) sentimento de criatura, mistério tremendo, fascínio, assombro e augusto (devoção). É descobrir que o sentido das coisas (inclusive do sofrimento) se amplia para além da sua condição imediata, literal, proporcionando o contato com instâncias ocultas em nós mesmos. Objetivo O propósito da pesquisa foi examinar o conteúdo de alguns livros de montanha, buscando nos registros, indícios que revelassem este estado de experiência sagrada. Método A partir dos objetivos esta pesquisa é classificada como exploratória e considerando o sistema de coleta é classificada como documental. Estes registros se comportam como um diário, recebendo daqueles que alcançam o cume, os mais variados tipos de registro. Segundo Lakatos e Marconi (1996, p.64) esta espécie de documento, em aproximação com uma carta, é importante “principalmente por seu conteúdo não oferecer apenas fatos, mas o significado que estes tiveram para aqueles que os viveram, descritos em sua própria linguagem.” É portanto considerada uma fonte primaria de informações já que relaciona-se diretamente com o acontecimento de conquista do cume. Para ter acesso aos livros foram planejadas seis expedições a seis cumes diferentes. A maioria dos livros teve suas páginas fotografadas para posterior análise. Resultados Embora o foco da pesquisa estivesse ligado a experiência sagrada, a riqueza de conteúdo e a falta de pesquisas semelhantes, conduziram a necessidade de estabelecer uma categorização para todas as anotações do livro; disto pudemos, por exemplo, comprovar cientificamente que a pratica do montanhismo nestas montanhas geram uma forte reação emocional nestes visitantes e muitos deles se autoafirmam em seus registros, demonstrando certa surpresa por sua capacidade de superar aquele desafio (herói). Um total de 1479 indivíduos geraram 2405 registros cujas categorias se dividiram em: expressão emocional, autoafirmação, assinatura, agradecimento, descrição do esforço, elogio a natureza, declarações, frases, diário, descrição do ambiente, comentários sobre Deus, descrição do ambiente, companhias, desenhos, outros comentários, outras classificações e comentários filosóficos. Em itálico estão as 99 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL categorias que constituíram o foco de nossa pesquisa, representando 9,52% do montante de registros. Na categoria comentários sobre Deus fica evidente a relação sagrada da montanha e sua proximidade com o reino dos céus. Os sujeitos parecem nomear Deus como representante do sentimento de grandiosidade provocado pela presençano cume e na vista que alcança locais muito distantes. Na categoria frases, seus conteúdos parecem sinalizar algo por detrás da vivência de aventura, envolvendo as reações à paisagem, um sentimento de pequenez, de sacrificio, de loucura, de ousadia, de solidão para encontrar algo de grandioso. O percurso é visto como um peregrinação e a atitude de se aventurar o faz descobrir a verdade em si mesmos. Na categoria comentários filosóficos, encontra-se registros de impressões que sintetizam com mais elaboração cada aspecto do encontro com o numinoso, descrevendo impressões mais poéticas do esforço na natureza e da descoberta de outros valores em si mesmo. A poética traduz uma aproximação maior com o mundo simbólico. De forma geral os registros do livro não implicam que cada sujeito tenha vivido todas as características daquilo que compõem o numinoso, pois cada parece captar (ou registrar) somente uma parte da experiência sagrada. Neste sentido quem acaba representando o numinoso em sua totalidade é o próprio livro, pois nele são acolhidas todas as percepções, sensações, sentimentos e impressões de se ter feito uma jornada e ter estado no cume. O valor de todo esse significado parece captado intuitivamente pelo "guardião do livro" - (pessoa responsável por recolher todos os livros preenchidos). Conclusão A coragem do praticante de aventura na natureza que atravessa regiões inóspitas não está completa se com isso não enfrenta os próprios desafios do desenvolvimento interior. O externo é também uma fonte para o interno. Parafrazeando Lao Tsé, o objetivo que urge nos tempos de hoje não é atingir a montanha mais alta, mas o significado profundo nela incutido. A busca por si mesmo está na aventura da vida; a natureza é mais um palco rico em significados, que pode despertar o arquétipo do herói, o contato com a sensibilidade e o arquétipo do Self, numa jornada que não tem fim, pois o objetivo do homem é sempre buscar a Si-mesmo, tornando -se a cada dia mais pleno de seu ser. Enquanto não cultivarmos uma mudança interna, um desenvolvimento para enfrentar aquilo que escondemos de nós mesmos, poucas chances teremos de revitalizar nosso contato com o mundo. E numa medida que envolve preservação ambiental e sustentabilidade, os praticantes de aventura na natureza podem contribuir de forma genuína, pelos apelos simbólicos que esta prática traz, pois representam o potencial híbrido no exercício da fronteira entre o passado e o presente, entre o profano e o sagrado, entre o físico e o psíquico, entre o pensamento e o sentimento, entre o racional e o irracional e é nesse jogo dialético que apostamos alguns caminhos para que o homem possa desenvolver novas relações consigo mesmo e com a natureza. 100 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRUHNS, Heloisa Turini. A busca pela natureza: turismo e aventura . Barueri: Manole, 2009. 191 p. CAMPBELL. O poder do mito . 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Apesar de existir a muito tempo, foi no final do século XX que a área da Educação Física se consolidou em ver nestes esportes uma alternativa de trabalho para melhor desenvolvimento da sua prática. Essas iniciativas ocorreram devido a mudanças sociais, econômicas, ambientais e culturais de nossos tempos. O objetivo desse estudo foi verificar como se configura os Esportes Radicais e de Aventura nas cidades de Barra do Garças-MT, Pontal do Araguaia-MT e Aragarças-GO. Após o decorrer das entrevistas, realizadas com praticantes dos esportes Mountain Bike, Bicicross, Triathlon, Canoagem, Rapel e Slackline, observamos que os três municípios promovem eventos esportivos periódicos exclusivamente pela iniciativa privada que por sua vez apoia financeiramente alguns atletas. Esse estudo abre não só uma visão turística da região, mas também uma visão política na qual o real entendimento do que é lazer e sua amplitude por parte do poder público local encontram-se destorcidas. Uma estrutura política adequada voltada para os esportes, assim como o investimento financeiro é indicado para se obter resultados positivos não só nas práticas citadas, mas também no desenvolvimento sóciocultural da região. Palavras-Chave: Política Pública, Lazer, Natureza. Introdução As mudanças sociais ocorridas em todos os campos das relações humanas, tais como a globalização, tecnologia, meio ambiente, comportamento, entre outras, se refletem na Educação Física. Atualmente um aspecto que tem chamado a atenção são as atividades de risco praticadas como lazer e esporte em que o movimento é o elemento central dessa cultura (CHEMIN, 2007). A busca por atividades radicais e de aventura em ambientes 102 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL naturais apresentou um forte crescimento nos últimos 15 anos (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2005). O crescimento no turismo de aventura resulta do cruzamento de duas tendências atuais, a expansão dos Esportes Radicais e de Aventura, e a valorização do consumo de cenários naturais, por meio da atividade turística. A superação de limites juntamente com a busca por novas emoções e adrenalina são objetivos comuns entre os adeptos (PEREIRA et al., 2008). O mercado do turístico promove a prática de atividades radicais e de aventura e esporte recreacional ao ar livre, envolvendo emoções, riscos controlados e exigindo o uso de técnicas e equipamentos específicos, adoção de procedimentos para garantir segurança pessoal e de terceiros, além do respeito ao patrimônio ambiental e sociocultural (BRANDÃO e MACHADO, 2008). O esporte radical é sem dúvida um fenômeno cultural bastante complexo e estudado por diversosautores com opiniões diferentes acerca de suas influências na sociedade atual. Além disso, recebe em cada época uma significação específica referente ao momento vivido. Atualmente as atividades ditas como radicais e de aventuras, estão associadas ao movimento humano. No Brasil, estas práticas têm ganhado novos significados podendo inclusive influenciar o conceito de esporte radical que temos hoje (MORETTI, 2009). Quando nos referimos aos esportes radicais, nos deparamos com a problemática da conceituação, sendo importante o esclarecermos de algumas questões, conflitos e contradições necessárias ao crescimento dessas práticas, para propiciar um ambiente de discussão produtiva que eleve as concepções das atividades corporais de risco, tomando como referência o campo de conhecimento da Educação Física. Neste contexto, é interessante investigar a inclusão dos Esportes Radicais e de Aventura nos municípios de Barra do Garças e Pontal do Araguaia localizados no estado de Mato Grosso, e Aragarças, no estado de Goiás. Esses municípios fazem partes da região denominada de Médio Araguaia, que é composta por inúmeras formações naturais que facilitam a prática dos Esportes de Radical e de Aventura. Nestas formações naturais podemos destacar duas serras, a Serra Azul e a Serra do Roncador, belos rios, o Araguaia e o Garças, um parque termal, inúmeras praias de água doce, sem falar das diversas trilhas e cachoeiras que são de fácil acesso (IBGE, 2010). Diante disso, nesse estudo mostra que os esportes antes praticados por pessoas dotados de heroísmo e coragem, agora estão se difundindo às novas experiências e culturas, podendo inclusive ser utilizados como ferramentas educacionais para a formação de cidadãos, principalmente nas aulas de Educação Física (ZAIM-DE-MELO E SOARES, 2010). Mas a discussão sobre o tema é recente e os conceitos são debatidos sem que definições estejam enraizadas. Portanto, é dentro da complexidade contemporânea que deve ser discutida a relação do esporte, da atividade física e da aventura radical. E será a partir dessa reflexão sobre o conceito, as idéias e a interpretação que poderemos realmente compreendê-las e participar delas sem descaracterizá-las e transformá-las no mesmo objeto que tradicionalmente conhecemos somente como esporte. 103 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Objetivo O presente estudo tem como objetivo realizar uma investigação a respeito do tema Esportes Radicais e de Aventura, partindo da hipótese de que seu conceito, denominação, classificação e caracterização, necessitam de reflexão crítica baseada nos aspectos do movimento e das relações sociais próprias das suas práticas. Analisamos os locais onde ocorrem a prática do esporte, a estrutura e opiniões dos praticantes sobre perspectivas futuras dos Esportes Radicais e de Aventura nas cidades de Barra do Garças-MT, Pontal do Araguaia-MT e Aragarças-GO. Método O presente trabalho tem como base a pesquisa qualitativa exploratória (TRIVINÕS, 2000), a qual foi realizada nos meses de agosto à dezembro do ano de 2011, nas cidades de Barra do Garças-MT, Pontal do Araguaia-MT e Aragarças-GO. Para a realização do estudo, foi feito previamente um trabalho de observação dos locais e dos praticantes dos mais variados Esportes Radicais e de Aventura. Foram definidos para serem entrevistados, os praticantes dos Esportes Radicais e de Aventura mais procurados na região estudada, os quais são: Mountain Bike, Bicicross, Triathlon, Canoagem, Rappel e Slackline. Os sujeitos da pesquisa foram praticantes de Esportes Radicais e de Aventura, totalizando 20 pessoas, sendo 18 do gênero masculino e 2 do gênero feminino, dividas da seguinte forma: 12 do Mountain Bike sendo 10 indivíduos do gênero masculinos e 2 do gênero femininos, 4 do Bicicross sendo todos do gênero masculino, 1 do Triathlon sendo este do gênero masculino, 2 da Canoagem sendo ambos do gênero masculino, 1 do Rappel sendo este do gênero masculino, e 1 do Slackline sendo este do gênero masculino. As entrevistas realizadas foram no formato aberta semi-estruturada através de um roteiro flexível em torno dos interesses da pesquisa, as quais, as respostas foram gravadas em áudio para melhor análise do material fornecido pelos entrevistados. E nas questões abordamos: (1) Qual esporte radical ou de aventura você pratica?, (2) Onde pratica este esporte?, (3) A quanto tempo você pratica o esporte?, (4) O que levou você a praticar o esporte?, (5) Com que frequência você pratica o esporte?, (6) O gasto para a pratica do esporte é alto?, (7) O município oferece estrutura básica para a pratica do esporte? Obs: Caso positivo, onde? Caso negativo, o que poderia ser oferecido?, (8) O local é adequado?, (9) Há manutenção do local?, (10) Há promoção de eventos periódicos?, (11) Você recebe algum apoio financeiro para pratica do esporte?, (12) O que motiva você hoje a continuar praticando o esporte?, e (13) Que mudanças você propõe para melhoria da pratica esportiva no seu município e quais suas perspectivas para o futuro no esporte? 104 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Resultados Sobre as respostas dos entrevistados podemos observar muitas divergências. No esporte Mountain Bike foram entrevistados 12 pessoas, sendo 10 do gênero masculino e 2 do gênero feminino. Quando questionados sobre onde praticam o esporte e a quanto tempo a grande maioria apontou que as trilhas na região são seus locais de treinamentos, 8 dos entrevistados tem menos de 5 anos no esporte e 4 deles tem 5 anos ou mais no esporte. A maioria dos atletas disseram que a influência de amigos e familiares, assim como a promoção da própria saúde se pôs como fator fundamental para a prática esportiva. A maioria dos entrevistados de Mountain Bike apresentam uma frequência diária de treinamentos, visando competições periódicas realizadas apenas pela iniciativa privada, sendo que se querem competir a nível estadual deve sair dos municípios do foco da pesquisa. Nove atletas apontaram que dificilmente competem fora do município devido ao alto custo das viagens e manutenção dos seus equipamentos, mesmo sendo 4 deles patrocinados. E apesar das dificuldades muitos deles apontam a paixão pelo esporte como principal arma para continuarem a praticar o mesmo e apontam que o poder público municipal os esqueceram e ajudaria muito se eles tivesse um apoio mínimo financeiro e estruturas adequadas. No esporte Bicicross foram entrevistados 4 praticantes do gênero masculino que tinham em média 1 ano de prática. A pista do Bicicross se localiza no município de Aragarças-GO e apresenta a estrutura mínima que é o terreno com a pista montada e obstáculos, mas sem os devidos cuidados como a manutenção do local, que é realizada pelos próprios praticantes. Esses praticantes de Bicicross, ao serem questionados sobre o que levou eles a praticarem o esporte, 2 apontaram que a participação de um patrocinador foi fundamental e os outros 2 apontaram motivos como a influência de amigos e a paixão por bike. Todos têm uma frequência diária de treinamentos, pois segundo eles há uma promoção periódica de eventos no local, porém somente pela iniciativa privada. Quando questionados sobre os gastos, 3 deles disseram que o custo para a prática esportiva é alta e apenas um apontou como um custo médio. E sobre as suas perspectivas futuras eles foram unânimes em sugerir umamelhoria na estrutura já existente, assim como um maior incetivo financeiro, principalmente aos iniciantes do esporte. O praticante de Triathlon foi bem objetivo na pesquisa, dizendo que está no esporte por uma realização pessoal, que pratica á cerca de 1 ano diariamente em piscinas e nas ruas da cidade de Barra do Garças-MT. Apontou que o gasto é alto e que nos últimos 6 meses aconteceram duas competições por mês oriundas da iniciativa privada. Apontou que o Triathlon não tem apoio nenhum do poder público e muito menos o oferecimento de uma estrutura básica. No esporte Canoagem, os entrevistados foram 2, e ambos do gênero masculino que apresentam uma frequência de 3 a 6 dias da semana de treinamentos, no encontro dos rios Garças e Araguaia. Quando questionados sobre o tempo no esporte, 1 deles apontou que já está há 7 anos, enquanto o outro há 1 ano. Obtivemos respostas bem diferentes também em relação ao que o levou a praticar o esporte, um deles aponta que é apenas uma questão de 105 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL promoção de saúde mesmo, enquanto o outro diz que estar em contato com a natureza, faz com que ele trabalhe a mente e se sinta relaxado para suas obrigações diárias. Ambos apontaram que não existem eventos esportivos relacionados a canoagem e que não recebem ajuda financeira e que a manutenção dos seus equipamentos é mínima, pois é necessário apenas a aquisição dos caiaques. Para encerrar questionamos sobre as suas perspectivas futuras e ambos apontaram que uma estruturação política voltada para o esporte, assim com um maior investimento financeiro seria o mínimo para se obter resultados positivos no esporte. O praticante de Rapel, do gênero masculino, descreveu que pratica seu esporte geralmente em cachoeiras, torres, caixa d’água ou qualquer parede vertical que tiver como descer. Está nesse esporte a cerca de 12 anos e que o prazer pela adrenalina fez com que ele se apaixonasse pelo Rapel. Relatou também que não tem uma frequência exata de prática esportiva, pois depende necessariamente do tempo e da estação do ano. Aponta também que o gasto financeiro é alto e que o município não trás nenhum incentivo financeiro e nem ao menos se preocupa com a realização de turismo voltada para a prática desse e de demais Esportes Radicais e de Aventura. Para encerrar sua entrevista ele aponta que uma política voltada ao lazer se faria necessária aos municípios da pesquisa, pois existem os recursos naturais, falta apenas o incentivo financeiro e a política pública voltada a esses esportes. O praticante do Slackline é um dos praticantes de Canoagem e aponta os mesmos fatores abordado anteriormente na entrevista, com excessão ao tempo de pratica que é de apenas 1 mês e fatores como a socialização da pratica do Slackline que aponta ser muito grande. Conclusão Esse estudo abre não só uma visão turística da região, mas também uma visão política, na qual espera um comprometimento dos governantes. Além de mostrar uma deficiência sobre o real entendimento do que é lazer e sua amplitude por parte do poder público local, fazendo assim com que não haja a valorização turística dos Esportes Radicais e de Aventura na região estudada. Desta forma, acreditamos que nos Esportes Radicais com nível competitivo, deve haver primeiramente um compromisso com o profissionalismo, tanto do atleta como do treinador, obtendo e construindo resultados para uma posterior cobrança de incentivo financeiro e estrutural. Já nos Esportes de Aventura, como o Rapel, que não visa a competição, mas sim um contato com a natureza e sensação de adrenalina, deveria existir uma política de “turismo esportivo aventureiro”, voltada ao incentivo de um respeito ao patrimônio ambiental e sociocultural da região, através da valorização do uso dos seus bens naturais. 106 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL REFERÊNCIAS BRANDÃO, M. R. F., MACHADO, A. A. Aspectos psicológicos do rendimento esportivo . São Paulo: Editora Abreu, 2008. CHEMIN, B. F. Políticas Públicas de Lazer: o papel dos Municípios na sua implementação. Curitiba: Juruá Editora, 2007. v.1. pag 186. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Populacional 2010 (29 de novembro de 2010). MINISTÉRIO DO TURISMO. Regulamentação, normalização e certificação em turi smo de aventura . Relatório diagnóstico. Brasília: Ministério do Turismo, 2005. 92 p. il. MORETTI, A. R. Corridas de Aventuras: processos de coesão grupal na superação de obstáculos. 2009. 147 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, São Paulo. 2009. PEREIRA, D. W., ARMBRUST, I., RICARDO, D. P. Esportes Radicais de Aventura e Ação, conceitos, classificações e características. Corpoconsciência. Santo André – SP, FEFISA, v. 12, n. 1, 2008, p. 37-55. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação / São Paulo: Atlas, 1. ed., 2000. ZAIM-DE-MELO, R., SOARES, I. C. Atividades físicas de aventura na natureza na escola na cidade de Bonito, MS: Um estudo de caso. In: V Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura. Junho 2010. 107 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL PROGRAMAS DE AVENTURA EM ATIVIDADES DE TREINAMENTO E FACILITAÇÃO: VIVÊNCIAS DE ESCALADA, UM ESTUDO DE CASO Victor Lopez Richard Universidade Federal de São Carlos São Carlos, São Paulo, Brasil vlopez@df.ufscar.br Apoio financeiro: projeto 23112.000956/1999-62 – Esporte para a cidadania PROEX- UFSCar RESUMO Um rápido crescimento da oferta de eventos de treinamento ao ar livre tem sido constatado nos últimos anos. As vantagens dos programas de aventura como elementos facilitadores no aprendizado durante estes eventos de treinamento serão analisadas neste trabalho. O processo de aprendizado a partir da experiência e da dissonância adaptativa será detalhado. Como resultado do Projeto de Extensão Universitária da UFSCar "Vivências de Escalada", foi possível realizar um estudo de caso dos elementos destas atividades que permitem tais processos de aprendizagem e evolução individual. Reflexões sobre o papel do facilitador e sobre os principais desafios para a execução de técnicas de facilitação ao ar livre serão destacadas. Serão analisados os elementos e paradigmas fundamentais dos programas de aventura evidenciados nas vivências de escalada esportiva visando sua inserção como programas educativos. Introdução A melhor maneira de tornar-se inteligente, corajoso, sóbrio e justo é, sem dúvidas, praticando atos inteligentes, corajosos, sóbrios e justos que potencializem as virtudes pessoais. Por sua vez, o perigo, o risco e a segurança são elementos importantes no crescimento do ser humano. Segundo Wurdinger (1995), a experiência direta proporciona um dos melhores meios de aprendizagem e a formação do caráter, elemento que pressupomos desejável. Qualquer tipo de conhecimento, teoria ou experiência ganha valor quando é capaz de ajudar o indivíduo a testar e aplicar o aprendizado na vida cotidiana. No processo de aprendizagem, quando realizadoa través do envolvimento na experiência prática, é possível tirar enorme vantagem da motivação. O aprendizado será potencializado sempre que o indivíduo estiver envolvido naquilo que está sendo ensinado e quando o que é apreendido resulte de relevância imediata, podendo ser adaptado de maneira flexível a varias experiências do presente e do futuro. Com tais objetivos, nos anos recentes, tem 108 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL sido constatado um crescimento vertiginoso dos programas de treinamento ao ar livre. No presente trabalho pretendemos avaliar as principais qualidades que fazem dos Programas de Aventura marcos apropriados para o desenvolvimento de atividades educacionais e de treinamento. Em particular, faremos ênfase nas técnicas de facilitação que potencializam os efeitos positivos destas vantagens. A discussão está baseada na análise das experiências de facilitação dentro do Projeto de Extensão Universitária da UFSCar “Vivências de Escalada” (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, 2011). Foi possível realizar um estudo de caso dos elementos destas atividades que permitem tais processos de aprendizagem e evolução individual. Reflexões sobre o papel do facilitador e sobre os principais desafios para a execução de técnicas de facilitação ao ar livre serão destacadas. Foram analisados também os elementos e paradigmas fundamentais dos Programas de Aventura (LOPEZ-RICHARD et al. 2007) nas vivências de escalada esportiva visando sua inserção como programas educativos. Os principais conceitos e questões relativas à segurança na concepção, planejamento, monitoramento e execução de Programas de Aventura e eventos na natureza foram expostos. Balancear risco e segurança é o paradoxo principal de qualquer experiência de aventura. O gerenciamento do risco, que inclui as políticas, práticas procedimentos usados pelo Programa de Aventura para garantir os níveis de precaução adequados (LOPEZ-RICHARD et al. 2007) vincula-se à evolução pessoal a partir da experiência. Esta evolução acontece a partir do processo de dissonância adaptativa e da evolução da percepção sobre as competências individuais (LOPEZ-RICHARD, CHINAGLIA, 2004). A compreensão da relação entre os conceitos de risco aparente e de competência permite analisar o comportamento e as adaptações da percepção dos participantes em Programas de Aventura. Estas experiências, assim analisadas, constituem um espaço para o desenvolvimento de programas efetivos de educação, treinamento e terapia. Diferenças entre o aprendizado Cognitivo e Experien cial O aprendizado cognitivo enfatiza a aquisição, análise e retenção de símbolos abstratos e sua efetividade depende da capacidade de absorção e memorização da informação. Em contraste o aprendizado experiencial vincula o processo cognitivo ao comportamento a través da percepção e reflexão consciente sobre determinada experiência. A sequencia de processos que intervêm em ambos os tipos de aprendizado é diferente. Durante o processo do aprendizado cognitivo, o indivíduo recebe primeiramente dados na forma de símbolos (palavras, números, imagens), posteriormente esta informação será assimilada e processada como conhecimento. Nesta etapa acontecem correlações das informações adquiridas com outras previamente armazenadas de maneira a não serem simplesmente memorizadas. Na próxima etapa o indivíduo infere uma aplicação específica a partir do conceito geral aprendido e finalmente, na última etapa, pode aplica-lo de forma prática, demonstrando sua utilidade. 109 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL O aprendizado experiencial reverte esta sequencia. Neste caso o indivíduo primeiramente atua e depois observa as causas e efeitos de suas ações. Ao compreender a relação causa–efeito será capaz de predizer situações baseadas nas mesmas circunstâncias. Desta maneira o indivíduo pode entender o principio geral no qual a observação é baseada sem ter necessariamente que conhecê-lo e formar hipóteses de trabalho que poderão ser aplicadas a novas situações. A partir desta etapa as hipóteses poderão ser testadas em outras ações de maneira a ampliar e aprofundar a generalização de princípios e, consequentemente, determinar as limitações das próprias hipóteses. Segundo Coleman (1979) o aprendizado cognitivo pode ser muito mais eficiente já que o indivíduo e capaz de assimilar informações rapidamente e com pouco esforço, porém sua desvantagem radica na baixa retenção do conhecimento assim adquirido. Além disso, ao estar baseada em um marco simbólico, sua efetividade depende da capacidade de indivíduo de dominar corretamente o sistema de símbolos (por exemplo habilidade na leitura, matemáticas, etc.). Outro problema no aprendizado cognitivo, que se reflete, por exemplo, no ensino institucional, constitui a dificuldade de generalizar e aplicar o conhecimento. Claro que consideramos o aprendizado cognitivo como insubstituível, pois somente ele garante a assimilação de informações acumuladas durante séculos de experiência humana. Porém, em contraste, o aprendizado experiencial pode ser mais efetivo, com a desvantagem de tratar um volume mais reduzido de informação. Neste caso, as emoções envolvidas no processo, ajudam em grande medida na retenção. O indivíduo está intrinsecamente motivado durante todo o processo, já que a ação do aprendizado acontece antes da reflexão sobre a informação adquirida. No aprendizado experiencial, ao igual que no cognitivo, pode resultar difícil generalizar e aplicar o conhecimento, assim a reflexão sobre a experiência permitirá, em princípio, vencer esta dificuldade. Resulta evidente que ambos os sistemas de aprendizado são complementares, mas para os fins determinados em programas de treinamento, a efetividade do processo experiencial é insubstituível. A educação experiencial está baseada na certeza que o indivíduo aprende melhor em contato direto e propositado com a experiência do aprendizado. Tal experiência requer que o indivíduo aceite a responsabilidade por suas ações durante a solução de problemas e aprenda a partir da reflexão orientada sobre ela (KRAFT, 1985). Sem esta reflexão sobre a experiência o processo de aprendizado pode perder seu objetivo. Programas de Educação ao ar livre Os programas ao ar livre usados com finalidades educativas e de aprendizado utilizam os fundamentos do aprendizado experiencial. Nestes programas a ênfase é colocada nas relações concernentes às pessoas e nos recursos do ambiente. Priest (1986) identifica duas ramificações dos programas de educação ao ar livre: educação ambiental e educação de aventura. O primeiro está vinculado fundamentalmente à interação entre a sociedade e os recursos naturais do meio ambiente, à interdependência entre os elementos do ecossistema, à maneira que as pessoas influenciam a qualidade 110 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL do ambiente, e por sua vez, à forma em que o meio ambiente determina a qualidade de vida. Já a educação de aventura tem a ver com as relações inter e intrapessoais. As primeiras se referem ao auto-conceito, auto-confiança, auto-eficácia; as segundas se referem à maneiracomo as pessoas se relacionam em grupo e incluem aspectos como diálogo, cooperação, confiança, solução de conflitos, solução de problemas, entre outros. O processo de educação de aventura envolve o uso de atividades de aventura que proporcionam o marco emocional adequado para cumprir tarefas que envolvem a tomada de decisões, bom juízo, comunicação e cooperação ao mesmo tempo em que desafiam a competência pessoal para vencer riscos mentais, sociais ou físicos. Estes riscos são estruturados pelos organizadores do programa de maneira que sejam percebidos pelos participantes como sendo altos, quando na realidade são riscos calculados para produzir mudanças funcionais e induzir uma evolução. Como resposta a tais tarefas, percebidas como grandes desafios, o participante aprende a vencer percepções preconcebidas sobre sua capacidade de se impor e ter sucesso. Eles serão capazes assim de transformar supostas limitações em habilidades e, como resultado, poderão reavaliar atitudes, aprenderão sobre si mesmos e sobre as maneiras como se relacionar com os outros para tirar proveito da parceria na solução de problemas. Porém, antes de continuar, devemos introduzir o conceito de experiência de aventura. Para uma determinada experiência classificar como de aventura ela deve ser (NEULINGER, 1981) um estado da mente, voluntária, e intrinsecamente motivadora ao mesmo tempo em que envolve a percepção de risco, entendido como o potencial para perder alguma coisa de valor, que pode aparecer em diferentes graus de intensidade (PRIEST 1992, MITCHELL 1983). O risco pode ser subjetivo, mas deverá estar presente, pois ele impele o indivíduo a engajar ao máximo sua competência para vencer o desafio, rompe a barreira dos “comportamentos produzidos” e traz a tona o espírito das pessoas, a essência de cada um. Sem usar algum elemento de competência a experiência de aventura não resultaria desafiadora. A competência é uma combinação de habilidade, atitude, conhecimento, confiança e experiência. Já a percepção de risco será sempre uma característica pessoal que pode ser mais o menos precisa, de acordo com a experiência do indivíduo. O objetivo da educação de aventura é fomentar o aprendizado manipulando os valores de risco e competência percebidos e enquanto os valores reais são mantidos em níveis aceitáveis. Assim os participantes poderão aprender a reconhecer níveis relativos de risco e competência a partir da reflexão sobre a experiência. Esta faz com que a pessoa perceba a partir de uma atividade lúdica as reações mais naturais e mais internas e possa transpor isso para o dia-a-dia. A equipe se percebe de forma diferente, tendo a possibilidade de conectar-se com as pessoas da forma como elas “são”, facilitando o reconhecimento das grandezas de outras pessoas e trabalhar suas próprias franquezas. 111 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Técnicas de Facilitação Pessoas envolvidas em programas de aventura podem, com certeza, experimentar um desenvolvimento, mas este será mais efetivo se for orientado a partir de técnicas de facilitação. Estas são aquelas técnicas usadas para aumentar a qualidade do processo de aprendizado, orientando o participante a encontrar as fontes para mudanças de atitude e desvendar os paralelismos com situações da vida quotidiana. Assim, um fator importante em um programa de treinamento é o guia ou facilitador. Este ajuda o participante a interpretar e refletir sobre a experiência, ensina habilidades técnicas e os condiciona para as dificuldades que deverá encarar, deve manter altos os níveis de motivação, é responsável pela segurança do grupo e proporciona um padrão de comportamento exemplar. Uma das maneiras como acontece a evolução do indivíduo a partir de uma experiência de aventura pode ser explicada a partir da chamada dissonância adaptativa que não é mais do que a adaptação da percepção do indivíduo sobre sua competência e sobre a avaliação do nível real de risco. Durante este processo adaptativo indivíduos tímidos e medrosos o destemidos e arrogantes deverão evoluir à condição de astutos. Isto é possível apresentando tarefas de aparência difícil para o participante tímido o medroso onde, com bastante certeza, este poderá ter sucesso e tarefas de aparência fácil para o participante arrogante induzindo-o a falhar. Desta maneira, após a devida reflexão, o participante será capaz de avaliar de maneira mais realista sua própria competência e sua percepção sobre os riscos tomados poderá se aproximar da realidade. A astúcia geralmente vem acompanhada de melhoria do auto-conceito e das relações intra e interpessoais. O outro, e tal vez mais importante papel das técnicas de facilitação, é a transferência do conhecimento adquirido no programa de aventura a outros ambientes. Esta transferência pode acontecer entre atividades semelhantes. Por exemplo, as habilidades apreendidas de trabalho com nós em um curso de técnicas verticais poderão ser usadas em outras tarefas que envolvam o uso de cordas. Também pode ocorrer transferências de princípios mais gerais adquiridos durante a experiência de aventura, tais como a confiança em outra pessoa, à vida quotidiana, por exemplo: ao confiar um segredo ou emprestar dinheiro. Porém, a forma mais especial de transferência de conhecimento entre a experiência de aventura e a vida quotidiana, e a mais útil em programas de treinamento é a metafórica. A transferência metafórica acontece quando existem paralelos ou semelhanças entre atividades em diferentes ambientes de aprendizado. Serve de exemplo a metáfora do indivíduo no extremo do precipício durante um descenso de rapel. O impulso interno para dar o primeiro passo no descenso é análogo a qualquer outra tentativa de juntar coragem para começar algum novo empreendimento na vida (começar um novo emprego, começar um programa de recuperação, etc.). Quanto maior for a força dos paralelos, mais clara será a conexão entre eles. O papel do facilitador será o de potencializar tais conexões. 112 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Um aspecto crítico no processo de facilitação é a criação de marcos metafóricos apropriados ao perfil do participante. Os objetivos do programa podem não ser atingidos de forma ótima se o marco metafórico usado na experiência de aventura, fazendo sentido para o facilitador, não possui conexões isomórficas com a realidade do cliente. Conclusões Os resultados no desenvolvimento das características intrapessoais do participante a partir de programas de treinamento ao ar livre são: aumento da autoconfiança, aumento do desejo de encarar riscos, melhor auto-conceito, aumento das habilidades de liderança, incremento das habilidades de raciocínio lógico e reflexivo; já as qualidades interpessoais atingidas serão: o aumento da cooperação, habilidades mais efetivas de comunicação, maior confiança nos outros, maior compartilhamento da tomada de decisões, descoberta de novas maneiras de resolver conflitos. O grande ganho nessas atividades é a ampliação da capacidade de diálogo entre as pessoas através da percepção diferenciada dos outros e de si mesmo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COLEMAN, J. S. Experiential learning and information assimilation: Toward an appropriate mix. Journal of Experiential Education , v. 2, p. 6-9, 1979. KRAFT, R. J. Toward a theory in experiential learning. In R.J. Kraft e M . Sakofs. 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Dubuque, IA: Kendall/Hunt, 1995. 114 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL ATIVIDADES DE AVENTURA ASSOCIADAS A PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE Vagner Custódio, Jéssica Luz UNESP, Rosana, SP, Brasil vagner@rosana.unesp.br RESUMO Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de atividades de aventura, e a analise dessas atividades como formas alternativas de melhoria na qualidade de vida, alem da adaptação dos esportes de aventura ao publico da terceira idade. Como metodologia, foram aplicados questionários de Escala de Qualidade de Vida de Flanagan aos participantes do projeto de extensão universitária – Universidade Aberta a Terceira Idade (UNATI), posterior a isso, houve a participação dos mesmos nas atividades de aventura adaptadas e uma reaplicação de questionário com questões abertas e fechadas, o que propiciou uma melhor analise quantitativa e qualitativa dessas informações. A partir da analise dos resultados, percebeu-se que a atividade de aventura influenciou positivamente na percepção da qualidade de vida provocando melhorias na maioria dos participantes. Palavras-chave: Atividades de Aventura; Terceira Idade; Qualidade de Vida. Introdução O presente trabalho tem como participantes, os alunos da UNATI – Universidade Aberta a Terceira Idade, da UNESP – Campus de Rosana. A opção por estudar este publico deu-se em detrimento do crescimento da população idosa, que segundo IBGE (2010) subiu de 3,9% (1999) para 5,1% (2009). O que aumenta a demanda por novas atividades turísticas para suprir as necessidades desse publico que requer maior atenção, maiores cuidados, e adaptações nos espaços, equipamentos e produtos. Outro fator relevante é a ausência significativa de estudos sobre turismo de aventura e qualidade de vida para essa população. Sendo assim, este trabalho permite a realização de atividades de aventura ao público da terceira idade adaptando-as e possibilitando desafios, lazer, contato com a natureza, e dessa forma contribuir para uma maior auto estima, poder de realização, bem-estar, interação social, e consequentemente um aumento na melhoria de qualidade de vida dessas pessoas. Sendo uma proposta de adaptação para ser implementada em outros grupos de terceira idade. 115 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Estudo Este estudo visou a criação de novas estratégias de atividades de aventura e a adaptação para pessoas da terceira idade, e analisar se essas atividades melhoram a percepção de qualidade de vida dos participantes. Método Participantes Participaram desse estudo nove pessoas, sendo um homem e oito mulheres, com idade media de 69,1 anos, que não possuem o habito de praticar atividades de aventura, Todos eram alunos da UNATI (Universidade Aberta a Terceira Idade) da UNESP, Campus de Rosana e foram voluntarias e não pagas, e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, conforme as normas vigentes para execução de pesquisas com seres humanos no Brasil. Instrumentos Para execução do estudo foram utilizados os seguintes equipamentos: Maquina fotográfica digital, 10 varas de bambu, ração para peixe, 2 canoas canadenses Ariranha, 4 remos, 4 coletes salva-vidas, 4 snorkels, 4 pares de nadadeiras, 4 capacetes Montana, 4 cadeirinhas para rappel Kailash, 4 mosquetões de rosca para rappel, 4 freios oito, 1 parede de escalada com 25 metros de altura, 35 metros de corda dinâmica para rappel. Ambientes do estudo As atividades foram realizadas no município de Rosana,nos seguintes locais: Horto Florestal da CESP (Companhia Energética de São Paulo, Rio Parana, Balneário Municipal de Rosana, e a parede de escalada da Cia Esportes de Aventura. Procedimentos O programa de atividades de aventura ocorreu no período da tarde e foram realizadas durante 15 dias. No primeiro dia foi aplicado o questionário Escala de Qualidade de Vida, Flanagan (1976). Ao aplicar os questionários, pode-se observar que muitos possuíam dificuldades na interpretação das questões, alegando problemas relacionados a visão e também a diminuição da capacidade de entender explicações muito complicadas, provocado pelo próprio envelhecimento. 116 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Figura 1 – Participantes preenchendo o formulário de Flanagan. Após o preenchimento dos questionários, realizou-se alongamentos, aplicação de filtro solar e repelente para realização do hiking, que segundo ABETA (2008), “é a realização de passeios e percursos a pé, geralmente realizados em ambientes naturais com pouca infraestrutura de apoio e diferentes graus de dificuldade, tendo como objetivo a superação dos limites pessoais ou a simples contemplação”. Essa atividade foi realizada no Horto Florestal da CESP, e buscou incentivar o contato com a natureza. Figura 2 – Participantes fazendo alongamento caminhando e manipulando sementes e árvores durante hiking no horto florestal. Nessa atividade, os participantes realizaram visita ao bosque contemplando e tocando diversas variedades de arvores, e visitaram também o laboratório do horto, onde manipularam varias sementes utilizadas no reflorestamento das margens do Rio Paraná. A adaptação nessa atividade foi com relação ao ritmo da caminhada que foi mais lento e o auxílio por parte dos pesquisadores com relação a transposição de obstáculos. Outro fator relevante foi a escolha do trajeto que necessita equalizar a situação do desafio, da aventura, e as condições físicas dos participantes. Nesse programa utilizou-se uma trilha de 2400 metros com poucas oscilações de relevo e poucos obstáculos naturais, mas com contemplação de flora e fauna, e com locais dedescanso, onde foi ofertado água. 117 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL No segundo dia do programa de atividades, foi realizada uma escalada na parede artificial da Cia de Esportes de aventura de Rosana, que possui 25 metros de altura por 2 metros de largura com um desafio negativo a cerca de 4 metros do topo. Figura 3 – Participantes realizando atividade de escalada. Nessa atividade, a adaptação foi no sentido de modificar a linguagem das instruções de certa forma a propiciar o entendimento da tarefa da escalada, e a percepção de segurança, outro situação é ter cuidado com as pessoas idosas na descida sendo mais lento para evitar quedas no contato com o solo. No terceiro dia do programa de atividades os participantes realizaram uma atividade de pesca esportiva no pier do balneário municipal de Rosana, para isso utilizou- se varas de bambu, iscas de lambari e ração para peixes. Figura 4 – Participantes realizando atividade de pesca esportiva. Na pesca esportiva, a adaptação necessária foi o pesquisador ter que colocar a isca no anzol porque os participantes alegaram ter dificuldades de visão para realizar essa ação. No quarto dia do programa de atividades os participantes realizaram a atividade de canoagem. Essa atividade foi realizada no balneário municipal de Rosana e foram utilizadas canoas canadenses modelo ariranha. 118 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Figura 5 – Participantes realizando atividade de canoagem. Na canoagem, utilizou-se uma faixa do rio próximo à margem no sentido de transmitir mais segurança aos participantes, além da obrigatoriedade do colete salva vidas. No quinto dia do programa de atividades, realizou-se a atividade de mergulho no balneário municipal de Rosana, onde utilizou-se Snorkel, nadadeiras e colete salva vidas para participantes que não sentiram segurança em realizar o mergulho poderem fazer a flutuação. Tanto no mergulho como na flutuação, um cuidado necessário é a retirada de próteses dentarias para utilização do Snorkel, e o pesquisador teve que estar ao lado do participante no sentido de transmitir segurança visto que alegavam não saber nadar. Figura 6 – Participante realizando atividade de flutuação. Após a realização da atividade de flutuação os participantes responderam novamente o questionário Escala de Qualidade de Vida, Flanagan (1976). Análise das informações Foram comparados os resultados do primeiro teste Flanagan aplicado antes do programa e que teve um objetivo diagnóstico, com os resultados da segunda aplicação que teve o objetivo de verificar se o programa de atividades modificou a percepção de qualidade de vida dos participantes. 119 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Resultados Ao analisar as respostas das questões abertas do teste Flanagan pode-se notar que a maioria dos participantes tem a concepção de que qualidade de vida esta associada a saúde e lazer. Sendo assim, pode-se enquadrar as atividades de aventura como meio de promover qualidade de vida para essa população. O teste de Flanagan gera um índice numérico de percepção de qualidade de vida que é classificado numa escala da seguinte forma: Muito Insatisfeito, Pouco Insatisfeito, Insatisfeito, Indiferente, Pouco Satisfeito, Satisfeito e Muito Satisfeito. Nessa perspectiva pode-se afirmar que cinco participantes da pesquisa tiveram aumento de pontuação ao responder o formulário final, sendo que, três sujeitos tiveram como resultado do teste inicial maior que o final e um sujeito igualou a pontuação. A media do formulário inicial foi de 76,4, e a media do formulário final foi de 80,5, tendo um aumento na pontuação de 4,1. Dessa forma, apesar do aumento de pontuação ser baixo, pode se afirmar que houve uma melhoria na percepção de qualidade de vida da maioria dos participantes desse estudo. Figura 7 – Resultados individuais da aplicação inicial e final do teste de Flanagan e gráfico ilustrativo, onde azul representa o teste inicial e amarelo o final. Conclusão A adaptação das atividades de aventura para os participantes da UNATI/Rosana, foi efetuada de forma com que os sujeitos da pesquisa se sentissem a vontade para realização das mesmas. Nessa perspectiva, acaba-se por desmistificar uma questão que acompanhou esse estudo desde o inicio da realização do programa, que diz respeito a restrição do idoso, em praticar atividades de aventura, notou-se que, os participantes não 120 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL tiveram problemas em relação a saúde, bem-estar, e motivação. Ao contrario disso, notou-se que houve uma melhora na qualidade de vida desses indivíduos, que não pode ser mensurada em nenhum tipo de teste de percepção, pois é fruto da observação do pesquisador e das pessoas que nos auxiliaram nesse estudo, ao percebem a alegria e a felicidade dos participantes em realizar as atividades. Outro ponto que deve ser ressaltado é a questão da resistência ao novo, que é um comportamento recorrente em pessoas da terceira idade, e que não ocorreu nesse estudo. Isso mostra o poder que as atividades de aventura possuem pois diferente de outros esportes onde o adversário é outra pessoa, no esporte de aventura o adversário é próprio limite físico e principalmente psicológico do sujeito praticante, e quando ocorre a conclusão da atividade, isso gera uma sensação de realização que é muito importante principalmente para pessoas estigmatizadas como os idosos que a todo momento são julgados como sendo incapazes. Dessa forma esse trabalho prestou-se ao papel de contribuir como proposta para ser implementada em grupos de terceira idade e Universidade Aberta para a Terceira Idade, nas diversas regiões do Brasil. REFERÊNCIAS ABETA – Associacao Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura. Diagnóstico do turismo de aventura no Brasil . 2008. Disponivel em: <http://www.abeta.com.br/pt-br/pgn.asp?id_pg=61&nivel=1>. Acesso em: 02/08/2011. EMBRATUR. Plano nacional de desenvolvimento sustentável de tu rismo de aventura:relatório da oficina de planejamento. Caete: EMBRATUR, 2001. FLANAGAN, J. C. Measurement of quality of life: current state of th e art. Arch Phys Med Rehabil 1982; 63:56-59. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA – Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil. v.25, 2009 p. 1-154. Disponivel em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indic_sociosaude/2009/indicsaude.pdf. 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Sao Paulo: UNESP, PROEX, 2007. 121 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL FATORES DETERMINANTES NA ADERÊNCIA DE PRÁTICAS ESPO RTIVAS DE AVENTURA NA NATUREZA Ana Cláudia Gomes de Amorim Pinto, Silvia Deutsch, Afonso Antônio Machado UNESP – Rio Claro, SP – Brasil anaclauamorim@hotmail.com RESUMO Com o ritmo acelerado que a vida moderna exige, é cada vez mais evidente a necessidade do ser humano em buscar novas experiências para que os façam sentir emoções e sensações inéditas, não existentes em sua rotina diária. Com isso a busca por esportes de risco vem crescendo constantemente, visto que muitos destes esportes satisfazem os desejos por novas experiências. Acredita-se que haja inúmeros fatores atrativos que levam os indivíduos a aderirem a essas práticas e o objetivo deste estudo foi identificá-las. Utilizou-sequestionário de natureza quantitativa com escala tipo Likert, emjovens de 18 a 25 anos, de ambos os sexos praticantes de esportes de aventura na natureza. Foi verificado que fatores psicológicos como o medo e a ansiedade mostram-se como fortes atrativos, assim como o desejo de conhecer lugares novos o que aponta para uma ligação direta com o turismo. A sensação de bem estar, satisfação, superação de desafios, alegria e orgulho foi afirmada pela maioria das pessoas, o medo e a ansiedademostram-se presentes como fator positivo, além do alívio do estresse. Estes fatores combinados contribuem para a escolha dos diversos esportes de risco na natureza, favorecendo a aderência a essas modalidades e a permanência nas mesmas. Palavras-chave: atividade de aventura, esportes de risco, aventura na natureza, atração pelo risco. Introdução Acredita-se que haja inúmeros fatores atrativos que levam os indivíduos a aderirem a essas práticas e o objetivo deste estudo foi identificá-las Este estudo pretende identificar os inúmeros fatores psicológicos que levam indivíduos a buscarem as práticas de esportes de aventura na natureza. Com isso pretende-se ver quais sensações e sentimentos os indivíduos buscam ao vivenciar com essas atividade popularmente conhecida como “esportes radicais”. O ritmo de vida de grande parte da população, mesmo que muito acelerado, tende a cair numa rotina, o que desencadeia desmotivação e pode contribuir para a procura de atividades de riscos. Na tentativa de romper com o cotidiano, busca estar em contato com 122 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL a natureza e experimentar novas e fortes sensações através de intensas emoções e até da vertigem. A buscade significados em sua vida, o homem tenta provar novos limites pessoais aproximando-se de novos desafios físicos e buscando a superação de seus medos. Estas práticas estariam surgindo junto aos novos paradigmas centrados na auto- realização e melhora da qualidade de vida, os quais querem substituir os de competição, esforço e tensão. Pelas suas características de incerteza e liberdade, as atividades de aventura podem sugerir uma crítica ao racionalismo da modernidade. Por outro lado, o potencial econômico destas práticas relacionadas ao turismo e à mídia é outra questão a ser considerada. Termos como aventura, emoção, ecologia, natureza e adrenalina são veiculados massivamente por campanhas publicitárias, revistas e artigos. (ZIMMERMANN, 2006). De acordo com Betrán (1995) as Atividades Físicas de Aventura na Natureza (AFAN) são práticas recreativas que surgiram em países desenvolvidos na década de 1970, desenvolveram-se e se estabeleceram na década seguinte, e se consolidaram sob o abrigo de novos hábitos e gostos da sociedade pós-industrial. No que concerne à aderência às diversas vivências de aventura realizadas em meio natural, tal temática tem conhecido um forte crescimento nos últimos anos, uma vez que essa (re)aproximação aos ambientes naturais pode surgir, inclusive, como contraponto a um estilo de vida sedentário e a uma sociedade cada vez menos ―natural (TAHARA et al. 2006). As atividades de aventura, como são praticadas atualmente, são estudadas como manifestações recentes, com pouco mais de 20 anos, já representadas por um bom número de adeptos. Quinn (1990) em busca de uma resposta do “por que aventurar-se?”, comenta sobre a experiência da aventura em subjetividade, incerteza, descoberta, desejo, excitação, diversão, euforia e crescimento, e diz ainda que o mundo pode ser um lugar limitado e estreito caso não nos empenhemos em explorá-lo. Bruhns (1999) reforça que as atividades físicas de aventura na natureza podem representar mais do que a busca pela sensação de vertigem, características deste tipo de prática. A autora salienta que o contato com a natureza é um importante elemento a ser considerado. Os riscos presentes nos esportes de aventura na natureza costumam ser riscos controlados, os quais dependem de equipamentos de seguranças específicos, monitores e do próprio praticante. Objetivo O estudo teve como objetivo identificar e analisar se os aspectos vivenciados por praticantes dos esportes de aventura na natureza são fatores que influenciam na escolha dessas modalidades. 123 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Método Instrumento A pesquisa exploratória foi desenvolvida por meio de questionário de natureza quantitativa. Foram feitas afirmações e ao lado de cada uma delas, havia uma numeração de 1 a 5 que condizia ao grau de intensidade que aquela afirmação representava na vida dos participantes em relação à prática de esportes de aventura. Foi pedido aos participantes para não deixarem nenhuma questão sem resposta. A chave de respostas foi explicada desta maneira: Participantes A amostra se constituiu de jovens de 18 a 25 anos, de ambos os sexos que praticavam esportes de aventura na natureza. Resultados O prazer pela prática foi considerado essencial para a escolha das atividades de risco na natureza. A maioria afirmou gostar de desafios, a possibilidade de vencê-losinduz o indivíduo a sentir-se orgulhoso e satisfeito por ter feito essa escolha, o que o levaria a voltar a praticar determinado esporte e até experimentar outros. Os praticantes de esportes de aventura afirmaram sentir medo, porém que o medo sentido não era limitante e chegava a ser motivacional e agradável. Conclui-se que a atração pelo risco está presente nessas atividades, mesmo que de forma oculta e é considerado um atrativo por algo desconhecido que pode desencadear uma emoção não normalmente vivida no dia a dia. Ainda afirmaram que a sensação de medo não os deixam desconfortáveis. 124 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL De acordo com Duarte (2001) o desconhecimento de como será uma experiência pode ser mais assustador do que o resultado momentâneo da prática, e coma familiarização da prática, esse medo tende a diminuir. O autor ainda salienta para algo que chama de “medo divertido”, que acontece em situações onde existe risco, mas que proporcionam excitação. O incentivo de amigos e família não mostrou ser muito relevante para que o indivíduo busque a prática, e que o intuito na escolha dessas atividades nada tem a ver com o desejo de conhecer novas pessoas e reafirmar um status social, amotivação acontece por fatores extrínsecos e intrínsecos diferentes, ligados a ele e o que aquele esporte em questão pode proporcionar ao mesmo. A ansiedade também se mostrou presente, a maioria em intensidades moderadas, porém, diferente do medo, a ansiedade não foi apontada como uma sensação extremamente positiva. O turismo está presente nessas atividades, os participantes acresceram grande valor à possibilidade de viajar e conhecer lugares novos, como forma de ocupar o tempo livre, e que o contato com a natureza é também um importante fator motivacional. Conclusão Com as respostas dos entrevistados, fica claro que a fuga do cotidiano é fator importante na decisão de praticar esportes de aventura na natureza, visto que as sensações e emoções vividas nessas atividades proporcionam prazer e novidade à seus praticantes. Característica interessante nos resultados foi a presença da emoção de medo tratado como algo positivo. Os sujeitos afirmaram sentir medo, porém acham esse medo agradável e muitos praticam esportes de risco em busca desse atrativo. Há uma clara evidência da atração pelo medo. Os participantes afirmaram por fim, que se sentem bem com a prática dessas modalidades e que a satisfação proporcionada é grande, e que se sentem muito orgulhosos por terem enfrentado o risco. Os resultados apresentados neste estudo evidenciam o crescente interesse da população por vivências novas, de vertigens. Os esportes de aventura tendem a crescer e despertar o interesse de mais e mais pessoas no lazer, turismo, conquista pessoal e muitas vezes como modo de vida. REFERÊNCIAS BETRÁN, J. O. Rumo a um Novo Conceito de Ócio Ativo e Turismo na Espanha: As Atividades Físicas de Aventura na Natureza. In: MARINHO, A., BRUHNS, H.T.(orgs) – Turismo, Lazer e Natureza . 1:1-28, São Paulo: Manole, 2003. 125 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL BRUNHS, H. T. Lazer e meio ambiente: reflexões sobre turismo de aventura. Revista Brasileira de Ciências do Esporte , Campinas: 21 (1), pg. 727-731, set. 1999. DUARTE, L.H. O medo da Ginástica Artística . 2001. 68 f. 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Para tanto, realizou uma pesquisa de levantamento, por meio de um estudo descritivo exploratório, com abordagem quantitativa e qualitativa dos dados. Foram encontrados 389 trabalhos, dentre os quais, 352 (90,5%) estavam no formato resumo, oito (2,1%) no formato de resumo expandido e 29 (7,5%) no formato de trabalho completo. Entre os trabalhos, 198 (50,9%) não apresentaram a palavra lazer em seu conteúdo; 148 (38,1%) mencionaram uma ou mais vezes a palavra lazer, porém não apresentaram explicitamente a concepção de lazer adotada; e 43 (11%) abordaram o lazer apresentando concepções explícitas sobre o tema. Esses últimos trabalhos foram agrupados da seguinte forma: 24 (55,8%) trabalhos que se remeteram ao lazer como uma possibilidade pedagógica ou aspecto educativo ou como um veículo e objeto de desenvolvimento humano; nove (20,9%) que se reportaram ao lazer como um direito social ou fenômeno social de caráter multidisciplinar; cinco (11,6%) que abordaram o lazer a partir de uma perspectiva prática; três (7%) que apresentaram uma abordagem reflexivo-teórica e dois (4,7%) que evidenciaram dois tipos de abordagens, sendo um abordagem reflexiva-teórica e como prática e outro como direito social e possibilidade pedagógica, simultaneamente. Pode-se concluir que, entre o total de trabalhos apresentados nos anais do CBAA de 2006 a 2011, a maioria ocorreu no formato resumo, o que pode justificar o fato de terem sido encontrados poucos trabalhos que remetessem à concepção explícita de lazer, haja vista que o número de palavras e/ou caracteres permitido neste formato de apresentação pode restringir o desenvolvimento da ideia global do autor. Entretanto, os trabalhos que apresentaram explicitamente uma concepção sobre o lazer remeteram-se principalmente aos aspectos educativos, culturais 127 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL e sociais, além de posicionamentos reflexivos, para entender o fenômeno. Dessa forma, acredita-se que o trabalho ora apresentado possa trazer contribuições aos estudos do lazer no sentido de sistematizar quais e quantas concepções sobre a temática estão sendo utilizadas por diferentes autores que relacionam seus estudos à área da aventura, em nível nacional; para além de servir como referencial para novos levantamentos e estudos nos segmentos do lazer e da aventura. Palavras-chave: Lazer, CBAA, Anais. Introdução Atualmente, pode-se observar que o lazer tem sido foco de vivências, pesquisas e intervenções, sob diferentes abordagens, enfatizando a visibilidade que tem recebido nos últimos anos, por meio da produção científica, das iniciativas de políticas públicas e privadas, da inserção em diferentes esferas da vida social, entre outros fatores (MARINHO et al., 2011). As discussões conceituais sobre o lazer são apresentadas nesse campo de estudos por vários autores (DUMAZEDIER, 1980; CAMARGO, 1998; MARCELLINO, 2000; GOMES, 2004), os quais, por sua vez, defendem sua concepção sobre a temática baseando-se em aspectoshistóricos, sociológicos, filosóficos, culturais, educacionais, profissionais, dentre outros. Tais concepções estão sendo utilizadas como subsídio para fundamentar vários estudos científicos relacionados especificamente à temática do lazer, ou relacionados a outras áreas do conhecimento que possam estar associadas ao lazer, como por exemplo, a educação, o trabalho, a econômica, o ambiente, a aventura, entre outras. De acordo com Isayama (2009), o lazer pode ser compreendido como um campo multidisciplinar que possibilita a concretização de propostas interdisciplinares, por meio da participação em estudos e intervenções de profissionais com diferentes formações. Basta observar a diversidade de grupos de pesquisa cadastrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), atrelados às diferentes áreas do conhecimento, os quais desenvolvem pesquisas sobre o lazer, seja de forma direta ou indireta, seja na Educação Física, na Educação, no Turismo, na Antropologia, na Psicologia, na Sociologia, entre outras (MARINHO et al., 2011). Nesse sentido, pode-se observar que muitos trabalhos estão sendo apresentados e publicados em anais de eventos científicos utilizando-se de concepções de lazer para abordar outras temáticas, como por exemplo, as atividades de aventura e na natureza. Tais atividades vêm ganhando destaque nos últimos tempos, tanto por decorrência do crescimento da demanda por vivências diferenciadas, como pelo aumento da inserção da temática em diversas áreas do conhecimento observado no contexto acadêmico. Um evento científico que direciona suas discussões especificamente a este universo da aventura, e que vem congregando múltiplos olhares sobre a temática do 128 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL lazer, é o Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura (CBAA), realizado desde 2006, com periodicidade anual. Este congresso está consagrado por ampliar as reflexões acerca da temática das atividades de aventura nas diversas regiões do país, envolvendo pesquisadores, alunos de pós-graduação e de graduação, além de diversos órgãos públicos, empresas do terceiro setor e praticantes diversos. Neste ano de 2012, será realizada a sétima edição do CBAA, a qual ampliará ainda mais este universo de estudos com a realização, pela primeira vez, do Congresso Internacional de Atividades de Aventura (CIAA), para o qual está prevista a participação de pesquisadores estrangeiros com o intuito de viabilizar a propagação de novas informações advindas de outras culturas. Assim, o estudo ora apresentado busca contribuir com os estudos na área do lazer, no sentido de retratar como o lazer está sendo abordado em um evento científico como o CBAA. Percebe-se a evidência no interesse em análises de trabalhos publicados em anais de eventos científicos (TAHARA; SCHWARTZ, 2002; SCHWARTZ; De GÁSPARI, 2003; INÁCIO, 2006; PEIXOTO, 2007; COLAVOLPE, 2009; CORTE; NETO, 2009), uma vez que, por meio de estudos deste teor, é possível retratar-se um perfil de determinada produção ou de determinado segmento. Objetivos Este estudo tem como objetivo geral investigar as concepções de lazer presentes na produção científica dos anais do Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura (CBAA), no período de 2006 a 2011. Possui, ainda, como objetivos específicos: 1) verificar a quantidade de trabalhos (resumos, resumos expandidos e trabalhos completos) publicados nos anais do CBAA, apresentados nas modalidades pôster e comunicação oral; e 2) investigar a quantidade de trabalhos que não abordam o lazer; que abordam o lazer, mas apresentam uma concepção implícita sobre a temática; e que abordam o lazer, apresentando uma concepção explícita sobre o tema. Metodologia A presente pesquisa se caracterizou como um estudo descritivo exploratório, com abordagem quantitativa e qualitativa dos dados. Os dados foram coletados nos anais elaborados pelo CBAA, desde seu surgimento, em 2006, até a sua última edição, em 2011. A busca textual foi realizada por meio da palavra “lazer” no contexto de todos os trabalhos publicados nos anais do evento, sejam eles apresentados na modalidade de pôster ou de comunicação oral, considerando-se títulos, palavras-chaves (quando existiam), objetivos e corpo do texto propriamente dito. Foram elencadas três categorias 129 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL para a organização dos trabalhos investigados, quais sejam: “concepção explícita de lazer”; “concepção implícita de lazer” e “não aborda o lazer”. Trabalhos com até quatro páginas foram classificados como resumos; de quatro a sete páginas como resumos expandidos; e com mais de sete páginas como trabalhos completos. Esses dados foram organizados em uma planilha do Programa Office Excel for Windows 2010, o qual também foi utilizado para a análise quantitativa dos dados, por meio da aplicação da estatística descritiva (frequência simples e porcentagem). Para a análise qualitativa, foram elaboradas categorias de análise, seguindo as orientações de Bardin (1997), que norteiam a técnica de análise de conteúdo. Resultados e discussão Foram encontrados nos anais do CBAA, de 2006 a 2011, 389 trabalhos, dentre os quais, 352 (90,5%) estavam no formato resumo (até quatro páginas), oito (2,1%) no formato de resumo expandido (de quatro a sete páginas) e 29 (7,5%) no formato de trabalho completo (mais que sete páginas), podendo-se observar um equilíbrio entre as formas de apresentação, conforme mostra a tabela 1. Não foram encontrados trabalhos sob a forma de resumos expandidos nos anais de 2006, 2009 e 2010, bem como, não foram encontrados trabalhos completos nos anais dos anos 2007, 2008 e 2009. Na Tabela 1 é possível observar, também, que do total de trabalhos investigados neste estudo, 198 (50,9%) não apresentaram a palavra lazer em seu conteúdo (seja no título, nas palavras-chave, nos objetivos ou no corpo do texto propriamente dito). Outros 148 (38,1%) trabalhos mencionaram uma ou mais vezes a palavra lazer, porém não apresentaram explicitamente a concepção de lazer adotada. Por fim, observou-se que 43 (11%) trabalhos abordaram o lazer apresentando concepções explícitas sobre o tema. É importante destacar que, dentre os 198 trabalhos que não abordaram a concepção de lazer, 193 (97,5%) foram apresentados sob forma de resumos, tendo, portanto, limitações de espaço para informações mais detalhadas sobre o trabalho. 130 VII CBAA – Congresso Brasileiro de Atividades de Av entura/ I CIAA – Congresso Internacional de Atividades de Aventura: “Tecnologias e Atividades d e Aventura” RIO CLARO/SP – BRASIL 6 A 8 DE JULHO DE 2012 “TECNOLOGIAS E ATIVIDADES DE AVENTURA” DE 6 A 8 DE JULHO DE 2012 RIO CLARO/ SP – BRASIL Tabela 1 - Distribuição dos trabalhos encontrados conforme o ano e a modalidade de apresentação. Ano Tipo Não aborda lazer Concepção implícita de lazer Concepção explícita de lazer N % n % n % 2006 Resumo 39 19,7 15 10,1 6 14 Trabalho completo 0 0 0 0 1 2,3 2007 Resumo 24 12,1 23 15,5 5 11,6 Resumo expandido 0 0 2 1,4 1 2,3 2008 Resumo 30 15,2 22 14,9 4 9,3 Resumo expandido 0 0 2 1,4 0 0 2009 Resumo 20 10,1 27 18,2 6 14 2010 Resumo 38 19,2 20 13,5 6 14 Trabalho completo 2 1 12 8,1 7 16,3 2011 Resumo 42 21,2 20 13,5 5 11,6 Resumo expandido 0 0 3 2 0 0 Trabalho completo