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Doenças respiratórias no RN 1 Doenças respiratórias no RN Distúrbios respiratórios Constituem uma das causas mais frequentes em Unidades Neonatais ocasionando morbidades e mortalidades elevadas. Desenvolvimento pulmonar CONSISTE EM 2 FASES: 1. Desenvolvimento pulmonar embrionário 2. Desenvolvimento pulmonar fetal Surfactante Produzido por pneumócitos tipo 2, na fase canalicular. COMPOSTO POR → principalmente, fosfolipídeos; 9% fosfoditilglicerol, 8% proteínas, 5% outros lipídios, 3% colesterol, 1% fosfatidil inositol, 2% esfingomielina, 3% fosfatidiletanolamina, 17% fosfatidilcolinas insaturadas, 2% proteínas do surfactante e 50% fosfatidilcolina Impede o colabamento pulmonar. obs.: RN com ≥27 semanas IG pode sobreviver somente com surfactante exógeno Boletim de Silverman Andersen obs.: tiragem = possível observação das costelas quando respira = sofrimento respiratório; retração xifoide = xifoide desce na respiração; balancim = abdome sobre e tórax desce e vice-versa INTERPRETAÇÃO: 0 pontos → sem dificuldade respiratória 1-3 pontos → com dificuldade respiratória leve 4-6 pontos → com dificuldade respiratória moderada 7-10 pontos → com dificuldade respiratória severa Doenças respiratórias no RN 2 Doenças respiratórias Apneia por imaturação do centro respiratório. Síndrome do desconforto respiratório do RN → doença da Membrana Hialina Taquipnéia transitória do RN. Síndrome da aspiração meconial Apneia por imaturação do centro respiratório APNEIA → parada da respiração DEFINIÇÃO → parada da respiração, por mais de 20 segundos, podendo apresentar bradicardia, cianose e hipotonia. CLASSIFICAÇÃO: OBSTRUTIVA → o fluxo gasoso é interrompido, porém os movimentos respiratórios persistem CENTRAL → movimentos respiratórios presentes (mas não persistentes) e o fluxo gasoso cessam simultaneamente TRATAMENTO: Fisioterapia Suporte com oxigenoterapia CPAP Xantinas (cafeína, teofilina - chá e teobromina - cacau) Método mãe canguru (MMG) Prona Sd. do desconforto respiratório do RN/ doença da membrana hialina Principal doença neonatal de desordem pulmonar. Síndrome da angústia respiratória é causada por deficiência do surfactante pulmonar nos pulmões do neonato, mais comumente do nascido <37 semanas de gestação. Incidência e gravidade → relação direta com o grau de prematuridade (50% dos RNPT); o risco aumenta com o grau de prematuridade. MMG Prona Doenças respiratórias no RN 3 Os sinais e sintomas aparecem logo após o nascimento e incluem respiração ruidosa, uso de músculos acessórios e batimento de asas de nariz. Com a deficiência de surfactantes, é necessária maior pressão para abrir os alvéolos. Sem pressão adequada das vias respiratórias, os pulmões apresentam atelectasia difusa, desencadeando inflamação e edema pulmonar. Como o sangue que passa pelas áreas com atelectasia não é oxigenado (forma-se uma derivação intrapulmonar da direita para a esquerda), o RN torna-se hipoxêmico. Como há diminuição da complacência pulmonar, segue-se aumento do esforço respiratório. Nos casos graves, ocorre fadiga dos músculos intercostais e do diafragma, e se desenvolvem retenção de CO2 e acidose respiratória. FATORES DE RISCO: Prematuridade Idade materna Drogas, tabagismo DM materno (insulina quebra surfactante e este não entra no alvéolo) Hemorragias maternas no último trimestre DHEG FATORES PROTETORES: PIG por CIUR (RN assimétrico tem menos pneumócitos e, os que tem, tem menor risco de funcionamento inadequado (todos com a mesma tensão) Rotura prolongada de membrana RN parto vaginal Desnutrição intrauterina Mães que utilizam glicocorticoides DIAGNÓSTICO → clínico, laboratorial e radiológico TRATAMENTO: Cuidados gerais Controle da temperatura Hidratação Oxigenoterapia Surfactante exógeno (intubar, fazer surfactante, extubar e CPAP) COMPLICAÇÃO: Displasia broncopulmonar → associada a agressão pulmonar decorrente de VM (ventilação mecânica) + exposição prolongada ao O2; dano pulmonar secundário a lesão e reparação, com edema alveolar e intersticial precoce, inflamação e fibrose; tratametno = suporte nutricional, hidratação, diureticos e beta-agonista Taquipneia transitória do RN RNT ou RNPT >34 semanas. OCORRE EM: Parto cesariana, sem ter entrado em TP, mas pode acontecer no parto normal. Demora no clampeamento do cordão (aumenta o tempo de circulação da Hb da mãe para o RN e RN demora a respirar sozinho) Asfixia perinatal RN geme muito. Doenças respiratórias no RN 4 ACHADOS RADIOLÓGICOS: Congestão parahiliar simétrica; Espessamento de cissuras interlobares e hiperinsuflação podem estar presentes; Ocasionalmente discreta cardiomegalia ou derrame pleural LABORATORIAL: Hemograma normal TRATAMENTO → normalmente, resolve-se em 48-72 horas; suporte com O2 Síndrome da Aspiração Mecônial O mecônio é produzido entre a 10 e 16 semana de gestação. A eliminação de mecônio ocorre devido a: Asfixia (sofrimento fetal) Maturidade fetal (pós termo) Sinais de aspiração de mecônio → movimentos tipo gasping intra-uterino (asfixia); primeiros movimentos respiratórios do RN. QUADRO CLÍNICO: Impregnação de mecônio em pele, unha e cordão umbilical; Presença de mecônio na traqueia A cianose e a hipoxemia resistente são indicadores de extrema gravidade. Quadro variável. COMPLICAÇÕES → pneumonite química, aprisionamento aéreo, atelectasia, shunt não ocorre, inativação do surfactante, HAPP RADIOLÓGICO: Infiltrado grosseiro, não uniforme, com distribuição do hilo para a periferia; Atelectasia; Condensações; Áreas enfisematosas. TRATAMENTO: Medidas gerais Ventilação mecânica Surfactante complementar; Antibioticoterapia (amp/gen) Fisioterapia
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