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A História das Constituições Brasileiras

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A HISTÓRIA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 
Constituição de 1946 
 
Após 8 anos de ditadura as eleições de 1945 enviaram à Assembleia Nacional 
Constituinte Deputados e Senadores de vários partidos nacionais. Pela primeira vez, 
na história política do Brasil, sentavam-se ao Parlamento fortes bancadas de 
Comunistas e de trabalhistas. No seio de toda a Constituinte, havia, talvez, duas 
dúzias de milionários, mas estes poucos pesaram nas deliberações que partiam, em 
geral, de representantes das classes médias. 
Por maioria absoluta de votos, Marechal Eurico Gaspar Dutra foi eleito. A constituição 
foi promulgada em 18 de setembro de 1946. 
Foi marcada tanto pela derrocada da 2º Guerra Mundial (1934-1945), quanto pela 
renúncia de Getúlio Vargas, que não conseguiu se manter à frente do poder na 
medida em que a vitória das nações aliadas significara a emergência dos valores 
democráticos dessas nações (caso dos EUA, Inglaterra e França), que se tornaram 
impossíveis de conviver com um país ditatorial num mundo em que o regime 
democrático havia derrotado as nações do eixo. 
A Constituição de 1946 caracterizou-se pela tendência restauradora das linhas de 
1891, com as inovações APROVEITÁVEIS de 1934 – disposições de proteção aos 
trabalhadores, à ordem econômica, à educação, à família. 
Ela é a quinta da história brasileira a ser promulgada uma vez que veio a representar 
uma reabertura política e a consolidação da democracia ocidental em nosso país. 
O resultado da nova carta constitucional foi bastante avançado para a época, tanto 
nos avanços democráticos e na liberdade de cada cidadão. Liberdades que o próprio 
Getúlio Vargas lançou em 1934 e retirou em 1937 também voltavam. 
Essa constituição cresceu inspiração nas constituições de 1891 e 1934, uma vez que 
queria recuperar as condições política-ideológicas do liberalismo e do estado-social, 
igualmente da livre iniciativa, bem assim da justiça social. 
Tão bem redigida quanto a Constituição de 1891, a Constituição de 1946 possuía 218 
artigos, além de um “Ato das Disposições Transitórias” com mais de 36 artigos. 
Se a Constituição de 1934, tinha determinado que cada estado teria direito a dois 
senadores, a de 1946 aumentou para três. E mais: criou o suplente de senador. O 
vice-presidente da República, cargo que também foi recriado e que era inexistente na 
Constituição de 1934, exerceria a função de presidente do Senado Federal, onde tinha 
voto de qualidade (art.61). 
Importa ratificar os seguintes aspectos: 
a) A previsão do artigo 4º do ADCT, que destaca o fato da transferência do capital 
da união para o planalto central; 
b) Manutenção do Estado Laico; 
c) A Teorida Tripartite dos poderes do estado foi reestabelecida; 
d) Organização do poder legislativo no congresso nacional, reorganizando a 
bicameralismo, no reconhecimento da existência da câmara dos deputados e 
do senado; 
e) Eleição direta da presidência da república, para um mandado de 5 anos; 
f) O mandado de segurança e ação popular são reestabelecidos no texto 
constitucional; 
g) Reestabelecimento do pluripartidorismo; 
h) Vedação da pena de morte, de banimento, de confisco e a caráter perpétuo. 
Igualdade perante a lei, ausência da censura, garantia de sigilo em correspondência, 
liberdade religiosa, liberdade de associação, voto secreto, regime de partidos, 
representação proporcional, instituição da suplência, validade dos diplomas, Justiça 
Eleitoral para o julgamento de todas as fases do pleito, inclusive a verificação de 
poderes, são conquistas incorporadas à Carta de 1946. 
O preceito mais importante é o do art. 134, onde diz: 
“O sufrágio é universal e direto; o voto é secreto; e fica assegurada a representação 
proporcional dos partidos políticos nacional, na forma que a lei estabelecer. ” 
Com relação a separação dos 3 poderes, a qual também faz parte da constituição de 
1946 pode se dizer que: 
O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República e pelo Conselho de 
Ministros, cabendo a este a direção e a responsabilidade da política do governo, assim 
como a administração federal. 
Quem conquistar a Presidência fica no comando por 5 anos. 
O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmera 
dos Deputados e do Senado Federal. Compete a ele, além da função de fazer leis, 
fiscalizar o Poder Executivo e julgá-lo se necessário, além de julgar também os 
próprios membros. 
O Poder Judiciário é exercido pelos seguintes órgãos: 
I – Supremo Tribunal Federal; 
II – Tribunal Federal de Recursos; 
III – Juízes e tribunais militares; 
IV – Juízes e tribunais eleitorais; 
V – Juízes e tribunais do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
DA PRESENÇA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NA CONSTITUIÇÃO DE 1946 
 
A constituição de 1946 se deu a partir de uma recuperação da discussão do tema sobre 
garantias e os direitos individuais e sociais os que se viram revigorados pelo contexto 
do pós-guerra. 
Recuperando os princípios da Constituição de 1934, nos títulos que desenhavam os 
temas da “Nacionalidade e Cidadania” bem como naquele dos “direitos e garantias 
individuais, a Constituição de 1946 foi amplamente marcada pela defesa do pluralismo, 
do pluripartidorismo, do direito à liberdade, à igualdade bem assim construída sob a 
égide da declaração universal dos direitos do homem, de 1948 que inaugura uma nova 
dimensão dos direitos, a 3º. 
Destacando grande inovação da constituição de 1946 veio a ser instituição, no capitulo 
dos direitos individuais da norma que determinava que “a lei não poderá excluir da 
apreciação do poder judiciário qualquer lesão de direito individual, o que significava 
afirmar que a partir da experiência da história vivia ela por nosso país essa constituição, 
em particular instituída ao mesmo tempo um estado de direito, mas uma limitação da 
vontade. 
A constituição ficou em vigência até o golpe militar de 1º de abril de 1964. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIAS: 
 CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS – VOLUME V – 1946 – edição 2012 
AUTOR: ALIOMAR BALEEIRO BARBOSA LINA SOBRINHO 
 
 A HISTÓRIA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS – 200 anos de luta contra 
o arbítrio – Capítulo: 1946: as aparências enganam. 
AUTOR: MARCO ANTONIO VILLA 
 
 EXAME DA OAB – O Livrão – 5º edição – VERBO JURÍDICO

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