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PLANO DE BENEFÍCIOS DA 
PREVIDÊNCIA SOCIAL
 BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS
São beneficiários do regime geral de previdência 
social as pessoas que mantém vínculo direto com o 
mesmo, na condição de segurados, ou vínculo indire-
to, na condição de dependente. 
Os segurados, conforme estudamos em capítulo 
próprio, são as pessoas cujo vínculo direto com a Pre-
vidência Social, acarreta direitos e deveres. Os direitos 
são representados pelos benefícios e serviços pres-
tados, desde que preenchidos os requisitos legais. Os 
deveres correspondem à obrigação de recolher as con-
tribuições previdenciárias.
Os segurados são classificados em duas categorias: 
obrigatórios e facultativos. Para o segurado obriga-
tório, a vinculação decorre do exercício de atividade 
laborativa. Para o facultativo a vinculação decorre de 
manifestação de vontade (ato volitivo).
Os dependentes são aqueles que mantém vínculo 
indireto com a Previdência, já que sua relação com o 
sistema depende da ocorrência de contingência que 
atinja o segurado da previdência social.
Dependentes
Para o direito previdenciário é relevante a depen-
dência jurídica e econômica, sendo dependente eco-
nômico alguém que viva às expensas do segurado. A 
legislação previdenciária trata de dependentes presu-
midos e comprovados.
Dependentes presumidos são aqueles que não pre-
cisam demonstrar a dependência econômica, apenas 
o liame jurídico entre eles e o segurado.
Dependentes comprovados devem provar a depen-
dência econômica.
Importante!
Os dependentes têm direito aos benefícios de 
auxílio-reclusão e pensão por morte.
O art. 16 da lei 8.213/91 estabelece três classes de 
dependentes:
 z Primeira classe (classe preferencial) – o cônjuge, 
a companheira, o companheiro e o filho não eman-
cipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte 
e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave; (Reda-
ção dada pela Lei nº 13.146, de 2015);
 z Segunda classe – pais;
 z Terceira classe – o irmão não emancipado, de qual-
quer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou 
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou 
mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei 
nº 13.146, de 2015).
A ordem de vocação é aplicada apenas uma vez, 
na data da ocorrência do evento gerador da prestação 
previdenciária. Neste momento verifica-se quais são os 
dependentes, aplicando-se a regra legal que determina 
que os da classe superior excluem os da classe inferior. 
Os dependentes da mesma classe concorrem 
em igualdade de condições, de modo que o valor da 
pensão será dividido igualmente pelo número de 
dependentes.
A dependência econômica da primeira classe é 
presumida e a das demais deve ser comprovada.
O companheiro (a) é aquele que mantém união 
estável com o segurado, definida esta como a convi-
vência pública, continua e duradoura estabelecida com 
o objetivo de constituir família (art. 1.723 Código Civil).
O cônjuge divorciado ou separado judicialmente 
ou de fato, que recebia pensão de alimentos, receberá 
a pensão em igualdade de condições com os demais 
dependentes de primeira classe. 
Na hipótese de o segurado estar, na data do seu 
óbito, obrigado por determinação judicial a pagar 
alimentos temporários a ex-cônjuge ou o ex-compa-
nheiro ou ex-companheira, a pensão por morte será 
devida pelo prazo remanescente na data do óbito, 
caso não incida outra hipótese de cancelamento ante-
rior do benefício.   
A mulher que renunciou alimentos na separação 
tem direito à pensão previdenciária por morte do 
ex-marido, comprovada a necessidade econômica 
superveniente (Súmula 336 do STJ).
A pensão por morte devida ao filho até 21 anos de 
idade, não se prorroga pela pendência de curso uni-
versitário (Súmula 37 da TNU)
O enteado e o menor tutelado, equiparam-se a 
filho mediante declaração do segurado e desde que 
comprovada a dependência econômica na forma do 
regulamento.
“A prova de união estável e de dependência eco-
nômica exigem início de prova material contemporâ-
nea dos fatos, produzido em período não superior a 
24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou 
do recolhimento à prisão do segurado, não admitida 
a prova exclusivamente testemunhal, exceto na ocor-
rência de motivo de força maior e ou caso fortuito, 
conforme disposto no Regulamento” (Lei 13.846/19)
O menor sob guarda foi excluído pela Emenda 
Constitucional 103/19 do rol de dependentes previden-
ciários (art. 23, § 6º da Emenda Constitucional 103/19). 
Espécies De Prestações
Conforme previsão expressa do art. 18 da Lei 
8.213/91, o Regime Geral de Previdência Social com-
preende as seguintes prestações:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez;
b) aposentadoria por idade;
c) aposentadoria por tempo de serviço;
c) aposentadoria por tempo de contribuição; (Reda-
ção dada pela Lei Complementar nº 123, de 2006)
d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença;
f) salário-família;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-acidente;
i) abono de permanência em serviço;  (Revogada 
pela Lei nº 8.870, de 1994)
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
 a) pecúlios; (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995)
2
b) serviço social;  (Revogado pela Medida Provisó-
ria nº 905, de 2019) (Revogada pela Medida Provi-
sória nº 955, de 2020) Vigência encerrada
b) serviço social; (Revogado pela Medida Provisó-
ria nº 905, de 2019)(Vigência encerrada)
b) serviço social;
c) reabilitação profissional.
É importante referir que, após a reforma da 
Previdência Social, trazida pela Emenda Constitucional 
nº 103/19, a nomenclatura de alguns benefícios foi 
alterada, assim como a aposentadoria por idade e 
a aposentadoria por tempo de contribuição foram 
extintas, passando a existir um único benefício, deno-
minado aposentadoria programada, com previsão de 
idade mínima e tempo mínimo de contribuição.
 z Aposentadoria por idade: atual aposentadoria 
programada (idade mínima e tempo mínimo de 
contribuição);
 z Aposentadoria por tempo: atual aposentadoria 
programada (idade mínima e tempo mínimo de 
contribuição);
 z Aposentadoria por invalidez: atual aposentadoria 
por incapacidade permanente;
 z Auxílio-doença: atual auxílio por incapacidade temporária.
O aposentado pelo Regime Geral de Previdência 
Social–RGPS que permanecer em atividade sujeita a 
este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a presta-
ção alguma da Previdência Social em decorrência do 
exercício dessa atividade, exceto ao salário-família e à 
reabilitação profissional, quando empregado e salário 
maternidade. 
Benefícios
São prestações pecuniárias, ou seja, há pagamen-
to de valores pela Previdência Social, quando preen-
chidos os requisitos legais pelo segurado ou pelos 
dependentes.
Aposentadorias Programadas
CF/88
Art. 201 [...]
§ 7º: É assegurada aposentadoria no regime 
geral de previdência social, nos termos da lei, 
obedecidas as seguintes condições – nova reda-
ção pela EC 103/19
I – 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 
62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, obser-
vado tempo mínimo de contribuição;
II -  60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 
(cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para 
os trabalhadores rurais e para os que exerçam 
suas atividades em regime de economia familiar, 
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o 
pescador artesanal.
§ 8º  O requisito de idade a que se refere o inciso 
I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o 
professor que comprove tempo de efetivo exercício 
das funções de magistério na educação infantil 
e no ensino fundamental e médio fixado em lei 
complementar.
§ 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a 
contagem recíproca do tempo de contribuição entre 
o Regime Geral de Previdência Social e os regimes 
próprios de previdência social, e destes entre si, 
observada a compensação financeira, de acordo 
com os critérios estabelecidos em lei.§ 9º-A O tempo de serviço militar exercido nas ati-
vidades de que tratam os arts. 42, 142 e 143 e o tem-
po de contribuição ao Regime Geral de Previdência 
Social ou a regime próprio de previdência social 
terão contagem recíproca para fins de inativação 
militar ou aposentadoria, e a compensação finan-
ceira será devida entre as receitas de contribuição 
referentes aos militares e as receitas de contribui-
ção aos demais regimes.
§ 10 Lei complementar poderá disciplinar a cober-
tura de benefícios não programados, inclusive os 
decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida 
concorrentemente pelo Regime Geral de Previdên-
cia Social e pelo setor privado.
§ 12 Lei instituirá sistema especial de inclusão 
previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para 
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusi-
ve os que se encontram em situação de informali-
dade, e àqueles sem renda própria que se dediquem 
exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito 
de sua residência, desde que pertencentes a famílias 
de baixa renda.
§ 13 A aposentadoria concedida ao segurado de que 
trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-mínimo.
§ 14 É vedada a contagem de tempo de contribuição 
fictício para efeito de concessão dos benefícios 
previdenciários e de contagem recíproca.
§ 15 Lei complementar estabelecerá vedações, 
regras e condições para a acumulação de benefícios 
previdenciários.
§ 16 Os empregados dos consórcios públicos, das 
empresas públicas, das sociedades de economia 
mista e das suas subsidiárias serão aposentados 
compulsoriamente, observado o cumprimento do 
tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade 
máxima de que trata o inciso II do § 1º do art. 40, 
na forma estabelecida em lei.»
Importante!
Idade mínima: 65 anos para homens e 62 anos 
para mulheres.
Tempo de contribuição mínimo: 15 anos para as 
mulheres e 20 para os homens.
A Reforma da Previdência (EC 103/19) promoveu 
significativas alterações nas regras de acesso às apo-
sentadorias programadas.
Não apenas unificou as aposentadorias por tem-
po de contribuição e por idade, que antes eram dois 
benefícios distintos, como também trouxe mais rigor 
nos requisitos que devem ser implementados para 
obtenção dos benefícios.
Quando há uma alteração no sistema de acesso 
aos benefícios, via de regra, são estabelecidas regras 
transitórias que vão atingir os segurados que já esta-
vam vinculados ao sistema, porém não preencheram 
os requisitos necessários, pelas regras anteriores, ou 
seja, não possuem direito adquirido.
No Brasil, adota-se a regra no sentido de que antes 
de implementadas todas as condições para a obtenção 
de um benefício, o segurado ou dependente só possui 
expectativa de direito e não direito adquirido. 
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Não há, portanto, direito adquirido a regime de 
previdência, apenas direito adquirido a benefício, o 
que apenas se concretiza com o preenchimento dos 
requisitos estabelecidos pela lei antes da mudança.
Assim, para quem preencheu os requisitos fixados 
para obtenção de aposentadoria por tempo de con-
tribuição (35 anos de contribuição para o homem, 30 
anos para a mulher e carência de 180 meses) ou de 
aposentadoria por idade (65 anos para homens e 60 
para mulheres com carência de 180 meses) até a data 
de entrada em vigor da EC 103/19, há direito adquiri-
do ao benefício pelas regras anteriores.
COMO ERA ANTES DA REFORMA
Aposentadoria por idade:
 z 65 anos homens;
 z 62 anos mulheres;
 z 180 meses carência.
Aposentadoria por Tempo 
de Contribuição (TC):
 z 35 anos homens;
 z 30 anos mulheres;
 z 180 meses carência.
Para os segurados que já estavam no sistema antes 
da reforma, mas não tem direito adquirido, são apli-
cadas as regras de transição.
REGRAS DE APOSENTADORIA
Direito 
Adquirido
Regras de Tran-
sição
Regra Nova
Preenche os 
requisitos até a 
reforma do dia 
13.11.2019.
Já estava no 
sistema em 
13.11.2019, 
mas não tinha 
preenchido os 
requisitos.
Aplicada inte-
gralmente para 
quem ingres-
sou no sistema 
a partir de 
13.11.2019.
Para as aposentadorias por tempo de contribuição 
e por idade, temos as seguintes regras transitórias:
 z Regra 1: Pontos
Art. 15 Ao segurado filiado ao Regime Geral de Pre-
vidência Social até a data de entrada em vigor des-
ta Emenda Constitucional, fica assegurado o direito 
à aposentadoria quando forem preenchidos, cumu-
lativamente, os seguintes requisitos:
I - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 
(trinta e cinco) anos de contribuição, se homem; e
II - somatório da idade e do tempo de contribuição, 
incluídas as frações, equivalente a 86 (oitenta e 
seis) pontos, se mulher, e 96 (noventa e seis) pontos, 
se homem, observado o disposto nos §§ 1º e 2º.
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a pontuação 
a que se refere o inciso II do caput será acrescida 
a cada ano de 1 (um) ponto, até atingir o limite de 
100 (cem) pontos, se mulher, e de 105 (cento e cinco) 
pontos, se homem.
§ 2º A idade e o tempo de contribuição serão apurados 
em dias para o cálculo do somatório de pontos a que 
se referem o inciso II do caput e o § 1º.
§ 3º Para o professor que comprovar exclusivamente 
25 (vinte e cinco) anos de contribuição, se mulher, 
e 30 (trinta) anos de contribuição, se homem, em 
efetivo exercício das funções de magistério na 
educação infantil e no ensino fundamental e médio, 
o somatório da idade e do tempo de contribuição, 
incluídas as frações, será equivalente a 81 (oitenta e 
um) pontos, se mulher, e 91 (noventa e um) pontos, 
se homem, aos quais serão acrescidos, a partir de 
1º de janeiro de 2020, 1 (um) ponto a cada ano para 
o homem e para a mulher, até atingir o limite de 
92 (noventa e dois) pontos, se mulher, e 100 (cem) 
pontos, se homem.
§ 4º O valor da aposentadoria concedida nos ter-
mos do disposto neste artigo será apurado na for-
ma da lei.
 z Regra 2: Tempo + Idade mínima
Art. 16 Ao segurado filiado ao Regime Geral de Pre-
vidência Social até a data de entrada em vigor des-
ta Emenda Constitucional fica assegurado o direito 
à aposentadoria quando preencher, cumulativa-
mente, os seguintes requisitos:
I - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 
(trinta e cinco) anos de contribuição, se homem; e
II - idade de 56 (cinquenta e seis) anos, se mulher, e 
61 (sessenta e um) anos, se homem.
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade a que 
se refere o inciso II do caput será acrescida de 6 
(seis) meses a cada ano, até atingir 62 (sessenta e 
dois) anos de idade, se mulher, e 65 (sessenta e cin-
co) anos de idade, se homem.
§ 2º Para o professor que comprovar exclusivamente 
tempo de efetivo exercício das funções de magistério 
na educação infantil e no ensino fundamental e 
médio, o tempo de contribuição e a idade de que 
tratam os incisos I e II do caput deste artigo serão 
reduzidos em 5 (cinco) anos, sendo, a partir de 1º 
de janeiro de 2020, acrescidos 6 (seis) meses, a cada 
ano, às idades previstas no inciso II do caput, até 
atingirem 57 (cinquenta e sete) anos, se mulher, e 
60 (sessenta) anos, se homem.
§ 3º O valor da aposentadoria concedida nos ter-
mos do disposto neste artigo será apurado na for-
ma da lei.
 z Regra 3: Pedágio 50% para segurado que este-
ja há 2 anos ou menos da aposentadoria pela 
regra anterior
Art. 17 Ao segurado filiado ao Regime Geral de 
Previdência Social até a data de entrada em vigor 
desta Emenda Constitucional e que na referida 
data contar com mais de 28 (vinte e oito) anos de 
contribuição, se mulher, e 33 (trinta e três) anos de 
contribuição, se homem, fica assegurado o direito à 
aposentadoria quando preencher, cumulativamen-
te, os seguintes requisitos:
I - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 35 
(trinta e cinco) anos de contribuição, se homem; e
II - cumprimento de período adicional correspon-
dente a 50% (cinquenta por cento) do tempo que, 
na data de entrada em vigor desta Emenda Cons-
titucional, faltaria para atingir 30 (trinta) anos de 
contribuição, se mulher, e 35 (trinta e cinco)anos 
de contribuição, se homem.
Parágrafo único. O benefício concedido nos termos 
deste artigo terá seu valor apurado de acordo com 
a média aritmética simples dos salários de contri-
buição e das remunerações calculada na forma da 
lei, multiplicada pelo fator previdenciário, calcula-
do na forma do disposto nos §§ 7º a 9º do art. 29 da 
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.
4
 z Regra 4: Idade progressiva
Art. 18 O segurado de que trata o inciso I do § 7º do 
art. 201 da Constituição Federal filiado ao Regime 
Geral de Previdência Social até a data de entrada 
em vigor desta Emenda Constitucional poderá 
aposentar-se quando preencher, cumulativamente, 
os seguintes requisitos:
I - 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, e 65 (ses-
senta e cinco) anos de idade, se homem; e
II - 15 (quinze) anos de contribuição, para ambos 
os sexos.
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade de 
60 (sessenta) anos da mulher, prevista no inciso I 
do caput, será acrescida em 6 (seis) meses a cada 
ano, até atingir 62 (sessenta e dois) anos de idade.
§ 2º O valor da aposentadoria de que trata este 
artigo será apurado na forma da lei.
 z Regra 5: Pedágio 100%
Art. 20 O segurado ou o servidor público federal 
que se tenha filiado ao Regime Geral de Previdência 
Social ou ingressado no serviço público em cargo 
efetivo até a data de entrada em vigor desta Emen-
da Constitucional poderá aposentar-se volunta-
riamente quando preencher, cumulativamente, os 
seguintes requisitos:
I - 57 (cinquenta e sete) anos de idade, se mulher, e 
60 (sessenta) anos de idade, se homem;
II - 30 (trinta) anos de contribuição, se mulher, e 
35 (trinta e cinco) anos de contribuição, se homem;
III - para os servidores públicos, 20 (vinte) anos de 
efetivo exercício no serviço público e 5 (cinco) anos 
no cargo efetivo em que se der a aposentadoria;
IV - período adicional de contribuição corresponden-
te ao tempo que, na data de entrada em vigor desta 
Emenda Constitucional, faltaria para atingir o tem-
po mínimo de contribuição referido no inciso II.
§ 1º Para o professor que comprovar exclusivamente 
tempo de efetivo exercício das funções de magistério 
na educação infantil e no ensino fundamental e 
médio serão reduzidos, para ambos os sexos, os 
requisitos de idade e de tempo de contribuição em 
5 (cinco) anos.
§ 2º O valor das aposentadorias concedidas nos 
termos do disposto neste artigo corresponderá:
I - em relação ao servidor público que tenha ingres-
sado no serviço público em cargo efetivo até 31 de 
dezembro de 2003 e que não tenha feito a opção de 
que trata o § 16 do art. 40 da Constituição Federal, 
à totalidade da remuneração no cargo efetivo em 
que se der a aposentadoria, observado o disposto 
no § 8º do art. 4º; e
II - em relação aos demais servidores públicos e aos 
segurados do Regime Geral de Previdência Social, 
ao valor apurado na forma da lei.
§ 3º O valor das aposentadorias concedidas nos 
termos do disposto neste artigo não será inferior 
ao valor a que se refere o  § 2º do art. 201 da 
Constituição Federal e será reajustado:
I - de acordo com o disposto no art. 7º da Emenda 
Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, se 
cumpridos os requisitos previstos no inciso I do § 2º;
II - nos termos estabelecidos para o Regime Geral 
de Previdência Social, na hipótese prevista no inci-
so II do § 2º.
§ 4º Aplicam-se às aposentadorias dos servidores 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
as normas constitucionais e infraconstitucionais 
anteriores à data de entrada em vigor desta 
Emenda Constitucional, enquanto não promovidas 
alterações na legislação interna relacionada ao res-
pectivo regime próprio de previdência social.
Para os professores, como se viu, “o requisito de 
idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 
5 (cinco) anos, para o professor que comprove tempo de 
efetivo exercício das funções de magistério na educação 
infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei 
complementar”.
São exigidos, portanto, 25 (vinte e cinco) anos de 
efetivo exercício do magistério na educação infantil, 
ensino médio ou fundamental e idade mínima de 57 
(cinquenta e sete) anos de idade, se mulher, e 60 (ses-
senta) anos de idade, se homem.
Anteriormente à reforma, o professor aposentava 
comprovando 25 (vinte e cinco) anos de magistério, 
se mulher e 30 (trinta) anos, se homem, na educação 
infantil, ensino médio e fundamental, sem necessidade 
de cumprimento de requisito etário (idade mínima).
RESUMO DAS REGRAS TRANSITÓRIAS NA 
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
 z Regra dos pontos:
 � 30 TC (Mulher)/ 35 (Homem);
 � 86 pontos (M)/ 96 pontos (H) – Idade + TC;
 � Janeiro de 2020 sobe 1 ponto por ano até chegar 
100 (M)/105 (H);
 � Professor (30TC (H)/25TC (M)/81 pontos (M)/ 91 
pontos (H)/ aumenta até 92 (M)/ 100(H).
 z Regra do Tempo Mínimo + Idade Mínima: 
 � 30TC (M)/ 35TC (H);
 � 56 idade (M)/ 61 (H);
 � Idade sobre 6 meses a partir de jan/20 - até 62 
(M)/ 65(H).
 � Professor (tempo e idade reduzidos em 5 anos.
 z Pedágio 50%:
 � 28 TC(M)/33 TC(H) na data da reforma;
 � Pedágio de 50% que faltava para atingir 30 
TC(M)/ 35 TC(H) na data da reforma;
 � Benefício com aplicação do fator previdenciário.
 z Pedágio 100%:
 � 57 idade (M)/ 60 idade (H);
 � 30 TC (M)/ 35 TC(H);
 � Pedágio 100% do tempo que faltava para atin-
gir 30 TC (M)/35 TC(H) na data da reforma;
 � Requisitos reduzidos em 5 anos para professores.
RESUMO DAS REGRAS TRANSITÓRIAS NA 
APOSENTADORIA POR IDADE
 z Regra da idade progressiva:
 � 60 anos (M)/ 65 anos (H)
 � 15 TC;
 � Idade da mulher aumenta 6 meses a partir de 
01.01.20 até chegar a 62.
Na aposentadoria especial, há, também, substan-
cial alteração.
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O benefício, anteriormente à Reforma, não exigia 
idade mínima, e era devido após a comprovação da 
exposição a agentes que prejudicavam a saúde ou a 
integridade física, por 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 
(vinte e cinco) anos, dependendo da gravidade do 
agente, conforme disposto no regulamento.
Após a reforma, além da exposição pelo tempo 
fixado no regulamento, de acordo com a gravidade 
do agente, ainda será preciso cumprir a idade mínima 
de:
 z 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, quando se 
tratar de atividade especial de 15 (quinze) anos 
de contribuição;
 z 58 (cinquenta e oito) anos de idade, quando se 
tratar de atividade especial de 20 (vinte) anos 
de contribuição; ou
 z 60 (sessenta) anos de idade, quando se tratar de 
atividade especial de 25 (vinte e cinco) anos de 
contribuição.
Há, todavia, a regra de transição, por pontos:
Art. 21 O segurado ou o servidor público federal 
que se tenha filiado ao Regime Geral de Previdên-
cia Social ou ingressado no serviço público em 
cargo efetivo até a data de entrada em vigor desta 
Emenda Constitucional cujas atividades tenham 
sido exercidas com efetiva exposição a agentes quí-
micos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou 
associação desses agentes, vedada a caracteriza-
ção por categoria profissional ou ocupação, desde 
que cumpridos, no caso do servidor, o tempo míni-
mo de 20 (vinte) anos de efetivo exercício no serviço 
público e de 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que 
for concedida a aposentadoria, na forma dos arts. 
57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, pode-
rão aposentar-se quando o total da soma resultante 
da sua idade e do tempo de contribuição e o tempo 
de efetiva exposição forem, respectivamente, de:
I - 66 (sessenta e seis) pontos e 15 (quinze) anos de 
efetiva exposição;
II - 76 (setenta e seis) pontos e 20 (vinte) anos de 
efetiva exposição; e
III - 86 (oitenta e seis) pontos e 25 (vinte e cinco) 
anos de efetiva exposição.
§ 1º A idade e o tempo de contribuição serão 
apurados em dias para o cálculo do somatório de 
pontos a que se refere o caput. 
§ 2º O valor da aposentadoria de que trata este 
artigo será apurado na forma da lei.
§ 3º Aplicam-se às aposentadorias dos servidores 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípioscujas atividades sejam exercidas com efetiva 
exposição a agentes químicos, físicos e biológicos 
prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, 
vedada a caracterização por categoria profissional 
ou ocupação, na forma do  § 4º-C do art. 40 da 
Constituição Federal, as normas constitucionais e 
infraconstitucionais anteriores à data de entrada 
em vigor desta Emenda Constitucional, enquanto 
não promovidas alterações na legislação interna 
relacionada ao respectivo regime próprio de previ-
dência social.
“A comprovação do tempo de serviço para fins do 
disposto nesta Lei, inclusive mediante justificativa 
administrativa ou judicial, observado o disposto no 
art. 108, só produzirá efeito quando for baseada em 
início de prova material contemporânea dos fatos, 
não admitida a prova exclusivamente testemunhal, 
exceto na ocorrência de motivo de força maior ou 
caso fortuito, na forma prevista no Regulamento” 
(art. 55, § 3º da Lei 8.213/91).
Importante!
Conforme entendimento do supremo tribunal 
federal (STF - REXT 631.240), há necessidade de 
prévio requerimento administrativo para se bus-
car judicialmente um benefício. Não há necessi-
dade de esgotamento da via administrativa.
Algumas regras anteriores à reforma da Previdên-
cia Social, relativas às aposentadorias programadas, 
continuam em plena vigência, mesmo para aque-
las situações em que os requisitos são preenchidos 
posteriormente.
É o caso, por exemplo, da aposentadoria por ida-
de do trabalhador rural, que tem direito à redução 
de 5 (cinco) anos na idade fixada na Constituição e não 
foi impactado pela reforma: 60 anos de idade para 
homens e 55 de idade para mulheres, conforme esta-
belece o inciso II do § 7º do art. 201 da Constituição 
Federal
Beneficiam-se da redução de 5 (cinco) anos:
 z Empregado rural;
 z Trabalhador eventual em serviço de natureza 
rural;
 z Trabalhador avulso rural;
 z Segurado especial;
 z Garimpeiro que trabalhe em regime de economia 
familiar.
Os trabalhadores rurais devem comprovar o efe-
tivo exercício de atividade rural, ainda que de forma 
descontínua, no período imediatamente anterior ao 
requerimento do benefício, por tempo igual ao núme-
ro de meses de contribuição correspondente à carên-
cia do benefício.
Se não contar com o tempo mínimo de carência, 
o rural pode aposentar-se com a idade prevista para 
o trabalhador urbano: 65 anos para os homens e 62 
para as mulheres, somando o tempo rural com o tem-
po de contribuição em outras categorias (aposenta-
doria híbrida). A carência, neste caso, fica mantida 
em 180 meses.
Conforme entendimento jurisprudencial, “o segu-
rado especial tem que estar laborando no campo, quan-
do completar a idade mínima para se aposentar por 
idade rural, momento em que poderá requerer o seu 
benefício. Ressalvada a hipótese do direito adquirido, 
em que o segurado especial, embora não tenha reque-
rido sua aposentadoria por idade rural, preenchera de 
forma concomitante, no passado, ambos os requisitos 
carência e idade”. (STJ – Resp nº 1354908/SP)
Outra aposentadoria não impactada pela reforma 
da Previdência foi a aposentadoria do deficiente, 
prevista na Lei Complementar n° 142/2013.
Deficiente é pessoa com impedimento de longo pra-
zo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, 
os quais, em interação com diversas barreiras podem 
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade 
em igualdade de condições com as demais pessoas.
6
O deficiente, na forma da lei, terá o tempo de con-
tribuição exigido para a aposentadoria reduzido, de 
acordo com o grau de deficiência.
Critérios diferenciados: 
DEFICIÊNCIA GRAVE 
Homem: 25 TC
Mulher: 20 TC
DEFICIÊNCIA MODERADA
Homem: 29 TC
Mulher: 24 TC
DEFICIÊNCIA LEVE
Homem: 33 TC
Mulher: 28 TC
Poderá, ainda, independentemente do grau de 
deficiência, aposentar por idade, com idade reduzi-
da para 60 anos, se homem e 55 anos, se mulher, com 
carência de 180 contribuições.
A própria Emenda nº 103/19, em seu art. 22, pre-
servou as regras anteriores, até que a lei discipline de 
modo diverso, sendo clara no sentido de que a mesma 
“será concedida na forma da Lei Complementar nº 142, 
de 8 de maio de 2013, inclusive quanto aos critérios de 
cálculo dos benefícios”. 
Para identificação da deficiência deve ser realiza-
da perícia biopsicossocial, que avaliará o grau de defi-
ciência, a data de início e possíveis alterações no grau.
Nas situações em que a deficiência se verificar 
após a filiação ou quando houver modificação de seu 
grau, os parâmetros serão ajustados proporcional-
mente e os períodos serão somados, após conversão, 
conforme tabela prevista no Regulamento. 
O grau preponderante é aquele em que o segura-
do cumpriu a maior parte do tempo de contribuição, 
antes da conversão.
Nas situações em que o segurado não cumprir todo 
o tempo necessário na condição de deficiente, é admi-
tida a conversão, para fins de aposentadoria por tem-
po de contribuição comum.
A redução do tempo de contribuição da pessoa 
com deficiência não poderá ser acumulada, no mes-
mo período contributivo, com a redução aplicada aos 
períodos de contribuição relativos às atividades exer-
cidas sob condições especiais que prejudiquem a saú-
de ou a integridade física. 
A renda mensal inicial deste benefício não foi alte-
rada pela reforma, de modo que prevalece a regra 
anterior, ou seja, 100% (cem por cento) do salário de 
benefício, nos casos de aposentadoria por tempo de 
contribuição e 70% (setenta por cento), acrescida de 
1% (um por cento) por cada grupo de 12 (doze) contri-
buições, limitado o acréscimo a 30% (trinta por cento), 
com aplicação facultativa do fator previdenciário.        
Para fins da aposentadoria especial, a par de 
todas as modificações, os critérios para caracterização 
da atividade especial são previstos nos arts. 57 e 58 da 
Lei 8213/91e arts. 64 a 70 e anexo IV (agentes nocivos) 
do Decreto 3.048/99.
A aposentadoria especial, uma vez cumprida a 
carência exigida, será devida ao segurado empre-
gado, trabalhador avulso e contribuinte individual, 
este somente quando cooperado filiado a cooperativa 
de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado 
durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme 
o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem 
a saúde ou a integridade física.
A nova regra trazida pela Reforma da Previdência 
mantém o tempo de exposição, mas traz a exigência 
de idade mínima, que não existia anteriormente.
IDADE TEMPO DE EXPOSIÇÃO
55 15
58 20
60 25
Há, como vimos, a regra de transição dos pontos, 
que se aplica aos segurados que já estavam no sistema 
quando da reforma da previdência.
Para fazer jus à aposentadoria especial, os segu-
rados devem comprovar o exercício de atividades 
com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e 
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses 
agentes, vedada a caracterização por categoria profis-
sional ou ocupação, durante, no mínimo, 15 (quinze), 
20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispõe 
o regulamento.
O tempo de trabalho em atividade especial deve 
ser permanente, não ocasional nem intermitente, 
exercido em condições que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física.
Não existe diferença de tempo entre homens e 
mulheres.
Trata-se de exceção à regra do art. 201, que pre-
leciona não ser possível diferenciar critérios e requi-
sitos para concessão de aposentadoria, a não ser nos 
casos de atividades sob condições especiais.
Até a edição da Lei 9.032/95, o enquadramen-
to se dava em função da categoria profissional. Ex. 
engenheiro
Após a Lei 9.032/95, há necessidade de compro-
vação da efetiva exposição do trabalhador aos agen-
tes prejudiciais à saúde, de forma efetiva, habitual e 
permanente.
Atualmente, comprovação é feita pelo PPP (Per-
fil Profissiográfico Previdenciário), preenchido pela 
empresa, pela cooperativa ou pelo órgão gestor de 
mão de obra ou sindicato (trabalhador avulso), para 
todos os agentes agressivos. Anteriormente só se exi-
gia laudo para ruídoe calor.
Esse documento é elaborado com base em laudo 
técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT) 
e subscrito por médico ou engenheiro de segurança e 
saúde no trabalho, devendo constar dele, ainda, ques-
tões como o uso de equipamentos de proteção indivi-
dual e coletiva, de acordo com a legislação trabalhista.
Deve ser observado o princípio tempus regit actum, 
ou seja, verificar qual a legislação estava em vigor no 
tempo do exercício da atividade.
Importante!
Para ter direito à aposentadoria especial, é 
necessário que o segurado trabalhe durante todo 
o tempo em atividade especial, não precisa ser 
na mesma empresa ou na mesma atividade, mas 
precisa ser especial.
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Quando o segurado exerce uma atividade especial, 
porém não atinge o tempo de contribuição suficiente 
à aposentadoria nesta modalidade, é possível conver-
ter este tempo especial em comum. Não é admitida, 
todavia, a conversão de tempo comum em especial.
Esta regra, que admite a possibilidade de conver-
são de tempo especial em comum, foi limitada pela 
Emenda Constitucional nº 103/19, de modo que só é 
possível converter tempo trabalhado até 13.11.2019.
O tempo especial posterior à reforma não pode ser 
convertido em comum.
O segurado que recebe aposentadoria especial não 
pode continuar ou retornar ao exercício de atividades 
ou operações que o sujeitassem aos agentes nocivos 
químicos, físicos, biológicos. Esta vedação foi validada 
pelo Supremo Tribunal Federal (Tema 709).
Agentes nocivos podem ser definidos como os que 
podem trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integri-
dade física do trabalhador nos ambientes de trabalho, 
em função de sua concentração, intensidade ou expo-
sição aos agentes.
Agentes físicos são as diversas formas de energia 
a que possam estar expostos os trabalhadores, tais 
como: ruído, vibração, frio, calor, pressões anormais, 
radiações ionizantes, umidade etc.
Agentes químicos são as substâncias, compostos 
ou produtos que possam penetrar no organismo pela 
via respiratória ou que, pela natureza da atividade 
da exposição, possam ter contato ou ser absorvidas 
pelo organismo por meio da pele ou por ingestão. São 
exemplos: névoas, neblinas, poeiras, fumos, gases, 
vapores de substâncias nocivas etc.
Agentes biológicos são microorganismos como 
bacilos, bactérias, fungos, parasitas etc.
TABELAS DE CONVERSÃO
Tabela 1 – Exercício De Mais De Uma Atividade 
Especial
TEMPO A 
CONVERTER
PARA 15 
ANOS
PARA 20 
ANOS
PARA 25 
ANOS
De 15 Anos - 1,33 1,67
De 20 Anos 0,75 - 1,25
De 25 Anos 0,60 0,80 -
Exemplo prático: José trabalhou 10 anos em uma 
atividade que lhe garantia aposentadoria especial 
com 20 anos. Depois trabalhou em atividade que lhe 
garantia aposentadoria especial com 25 anos.
Então converte-se o tempo de 16 anos na faixa de 
20 para a faixa de 25, multiplicando-se por 1,25: resul-
tado 20, ou seja, precisa trabalhar mais 5 anos para se 
aposentar especialmente na atividade que desempe-
nha atualmente.
Tabela 2 – Conversão De Tempo Especial Em 
Tempo Comum – 
Cuidado: neste caso a aposentadoria que será con-
cedida é a por tempo de contribuição e não a especial 
e só é admitida a conversão para tempo trabalhado 
até 13.11.2019
TEMPO A 
CONVERTER
MULHER
(PARA 30 ANOS)
HOMEM
(PARA 35 ANOS)
De 15 Anos 2,00 2,33
De 20 Anos 1,50 1,75
De 25 Anos 1,20 1,40
Exemplo: Joaquim trabalhou 15 anos em ativida-
de especial, que lhe garantia a aposentadoria após 25 
anos. Depois disso passou a exercer atividade comum.
Para converter o tempo especial em tempo comum, 
multiplicamos o tempo trabalhado, 15 anos, por 1,40. 
Atingimos, então, o tempo de 21 anos. Nesse caso, Joa-
quim terá que trabalhar mais 14 anos em atividade 
comum para se aposentar com 35 anos de contribui-
ção (sem a conversão, deveria trabalhar mais 20 anos).
Somente é admitida a conversão de tempo especial 
em comum, para períodos de trabalho até a entrada 
em vigor da Emenda 103/19 (13.11.2019)
Importante!
Na forma de como dispõe a Lei 10.666/2003, não 
há necessidade cumprir o requisito qualidade de 
segurado nas aposentadorias programadas (ida-
de, tempo de contribuição e especial).
Aposentadoria Por Invalidez (Aposentadoria 
Por Incapacidade Permanente – Nova Nomenclatu-
ra Pela EC 103/19)
A aposentadoria por incapacidade permanente, 
que antes da reforma era denominada aposentado-
ria por invalidez, é um benefício destinado à incapa-
cidade total para o trabalho, ou seja, o segurado não 
consegue exercer nenhuma profissão, em razão do 
quadro de saúde.
Imagine um segurado que sofre um acidente 
de moto e fica paraplégico, sem qualquer condi-
ção de voltar a trabalhar. Neste caso, será devida a 
aposentadoria.
Este benefício por incapacidade, devido, portanto, nas 
situações em que o segurado não pode exercer nenhuma 
atividade remunerada que garanta sua subsistência, tem 
previsão legal nos arts. 42 a 47 da Lei 8.213/91.
Devida a todos os tipos de segurados, quando de 
espécie previdenciária, em razão de incapacidade 
total e permanente para o trabalho e dura enquanto 
permanecer esta condição. Os benefícios decorren-
tes de acidentes do trabalho são devidos apenas para 
empregado, empregado doméstico, trabalhador avul-
so e segurado especial. 
Não é, portanto, vitalícia, já que pode ser obje-
to de reavaliação pericial, a não ser nas hipóteses 
expressamente previstas na lei, em que o segurado 
estará dispensado do exame.
Não necessariamente deve ser precedida de um 
auxílio-doença.
O risco protegido é a incapacidade laboral. É bene-
fício substitutivo dos salários, já que o aposentado por 
incapacidade permanente tem vedação legal de vol-
tar às atividades, sob pena de suspensão do benefício 
previdenciário.
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Há necessidade de comprovação da invalidez, 
por meio de exame médico a ser realizado por perito 
médico federal, podendo o segurado ser acompanha-
do, na perícia, por médico de sua confiança, as suas 
expensas.
Trata-se de incapacidade laborativa, e não de inca-
pacidade absoluta, total e completa para atos da vida 
civil.
Para cálculo do benefício, após a reforma da pre-
vidência social, é aplicado um coeficiente de 60% (ses-
senta por cento), acrescido de 2% (dois por cento), por 
cada ano que ultrapasse 15 (quinze) de contribuição 
para a mulher e 20 (vinte) para o homem. Este coe-
ficiente é aplicado no salário de benefício (média 
aritmética simples de todos os salários de contribui-
ção a partir da competência julho/1994 ou da data de 
ingresso no sistema, se posterior a esta data).
Em caso de aposentadoria por incapacidade per-
manente decorrente de acidente do trabalho, o coefi-
ciente será sempre de 100% (cem por cento).
Por exemplo: INSS concede à João aposentado-
ria por incapacidade permanente não decorrente de 
acidente de trabalho. João tem 25 anos de tempo de 
contribuição.
 z Cálculo: 60% + 2% (cada ano que supera 20 – no 
caso de João, tem 5 anos que superam os 20) – 60% 
+ 2%x5 = 70%. A renda inicial da aposentadoria 
de João será de 70% do seu salário de benefício 
(média).
A cobertura previdenciária é vedada ao segurado 
que ingressa no sistema já incapacitado para o tra-
balho. Há cobertura, entretanto, se a incapacidade 
decorrer de progressão ou agravamento dessa doen-
ça ou lesão.
Segundo a norma inscrita no § 2o do art. 42 da Lei 
8.213/91, “A doença ou lesão de que o segurado já era 
portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência 
Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por 
invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier 
por motivo de progressão ou agravamento dessa 
doença ou lesão”.
A carência é de 12 contribuições mensais para a 
aposentadoria por incapacidade permanente comum 
e não há carência para acidente do trabalho ou de 
qualquer natureza, doenças profissionais ou doenças 
do trabalho e doenças catalogadas no art. 151 da Lei 
8.213/91, enquanto a lista não é elaborada.
Diferentemente das aposentadorias por tempo, 
idade e especial, é exigida a qualidade de segurado.Em caso de grande invalidez (art. 45 da Lei 
8.213/91) acrescenta 25% (vinte e cinco por cento) 
sobre o valor do salário de benefício, ainda que ultra-
passe o limite superior do salário de benefício (teto).
A grande invalidez é a incapacidade total e per-
manente de tal proporção que acarreta a necessidade 
permanente do auxílio de terceiros para o desenvolvi-
mento das atividades cotidianas, em virtude da ampli-
tude da perda da autonomia física, motora ou mental, 
que impede a pessoa de realizar os atos diários mais 
simples, tal como as necessidades fisiológicas.
A grande invalidez é personalíssima, de modo que 
o acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) não se 
transmite à pensão por morte. A relação das situa-
ções de grande invalidez, estão no Anexo I do Decreto 
3048/99 e são as seguintes:
1 - cegueira total;
2 - Perda de nove dedos das mãos ou superior a 
esta;
3 - Paralisia dos dois membros superiores ou 
inferiores;
4 - Perda dos membros inferiores, acima dos pés, 
ainda que a prótese seja possível;
5 - Perda de um das mãos e de dois pés, ainda que a 
prótese seja possível;
6 - perda de um membro superior e outro inferior, 
quando a prótese for impossível;
7 - Alteração das faculdades mentais com grave 
perturbação da vida orgânica e social;
8 - Doença que exija permanência continua no leito;
9 - Incapacidade permanente para as atividades da 
vida diária;
O rol, todavia, é exemplificativo, de modo que, na 
prática, podem ser avaliadas as condições do segura-
do e a efetiva necessidade do terceiro.
Portanto, o benefício é devido: 
I- se o segurado estivava recebendo auxílio-doença, 
a partir do dia imediatamente seguinte à alta 
deste;
II- se o segurado não estava recebendo auxílio-doença:
a) empregado: a contar do 16º dia de afastamen-
to ou a partir da entrada do requerimento se entre 
esse e o afastamento decorrerem mais de 30 dias;
b) empregado doméstico, avulso, contribuinte 
individual, especial e facultativo: a contar do 
início da incapacidade ou da data do requerimento 
se entre essas duas transcorrerem mais de 30 dias. 
Da mesma forma, temos a disposição de como o 
benefício pode cessar:
1 - com a morte do segurado, gerando pensão por 
morte se o caso;
2 - pelo retorno voluntário ao trabalho, 
3 - com a recuperação da capacidade, observa-
dos os seguintes critérios:-
a) se a recuperação for total e ocorrer dentro de 
cinco anos, contados da data do início da aposenta-
doria ou do auxílio-doença: imediatamente para o 
segurado empregado que tiver direito a retomar a 
função ou após tantos meses quantos forem os anos 
de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria 
por invalidez para os demais segurados;
b) se a recuperação for parcial ou total, mas ocor-
rer após 5 anos, a aposentadoria será mantida, 
independentemente da volta ao trabalho:
 � no seu valor integral durante 6 meses;
 � com redução de 50% nos próximos 6 meses;
 � com redução de 75% por mais 6 meses, após o 
qual cessará definitivamente.
Os valores recebidos pelo segurado, quando a ces-
sação da aposentadoria por incapacidade permanen-
te não é imediata, são chamados de mensalidade de 
recuperação.
Dispõe o art. 475 da Consolidação das Leis do Tra-
balho que “O empregado que for aposentado por inva-
lidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante 
o prazo fixado pelas leis de previdência social para a 
efetivação do benefício”.
Resta claro, assim, que a aposentadoria por inca-
pacidade permanente não constitui causa de extin-
ção do contrato de trabalho, mas sim de suspensão, o 
que implica necessária conclusão no sentido de que o 
empregado deve reassumir seu posto de trabalho no 
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caso de recuperação da capacidade laborativa com 
consequente cancelamento da aposentadoria (art. 47 
– Lei 8.213/91)
Dispõe o art. 43, § 4º da Lei 8.213/91, que “o segu-
rado aposentado por invalidez poderá ser convocado a 
qualquer momento para avaliação das condições que 
ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, conce-
dida judicial ou administrativamente, observado o dis-
posto no art. 101 desta Lei.” 
Já o § 5º, estabelece que “a pessoa com HIV/aids é 
dispensada da avaliação referida no § 4º deste artigo” 
Os demais casos de dispensa da perícia de reava-
liação estão previstos no art. 101 da Lei 8.213/91:
Art. 101 [...]
§ 1º  O aposentado por invalidez e o pensionista 
inválido que não tenham retornado à atividade 
estarão isentos do exame de que trata o caput deste 
artigo: 
I - após completarem cinquenta e cinco anos ou 
mais de idade e quando decorridos quinze anos da 
data da concessão da aposentadoria por invalidez 
ou do auxílio-doença que a precedeu ou 
II - após completarem sessenta anos de idade.
§ 4° A perícia de que trata este artigo terá acesso 
aos prontuários médicos do periciado no Sistema 
Único de Saúde (SUS), desde que haja a prévia 
anuência do periciado e seja garantido o sigilo 
sobre os dados dele
Referida isenção não se aplica nas seguintes 
situações:
I - verificação da necessidade de assistência perma-
nente de outra pessoa para a concessão do acrés-
cimo de vinte e cinco por cento sobre o valor do 
benefício;    
II - verificação da recuperação da capacidade labo-
rativa, por meio de solicitação do aposentado que 
se julgar apto; ou   
III - subsídios à autoridade judiciária na concessão 
de curatela.
Nos casos em que o aposentado por incapacidade 
permanente entender que tem condições de retornar 
ao trabalho, deve solicitar à Previdência a realização 
de perícia médica. Se retornar voluntariamente, o 
benefício será cessado.
Importante!
SÚMULA 576 STJ - Ausente requerimento admi-
nistrativo no INSS, o termo inicial para a implan-
tação da aposentadoria por invalidez concedida 
judicialmente será a data da citação válida.
A concessão de aposentadoria por incapacidade 
permanente, inclusive quando precedida de auxílio 
por incapacidade temporária concedido na forma 
prevista no art. 73, fica condicionada ao afastamento 
do segurado de todas as suas atividades.
Auxílio Por Incapacidade Temporária (Antigo Auxílio 
Doença)
O auxílio por incapacidade temporária, como 
o próprio nome identifica, é o benefício devido no 
período em que o segurado ficar incapacitado de for-
ma total, porém temporária, para o seu trabalho.
Isto significa que será devido enquanto o prog-
nóstico médico identificar a possibilidade tratamento 
médico e enquanto perdurar esta condição, ou seja, 
até recuperar sua capacidade laborativa ou até que a 
incapacidade se torne permanente, quando passará a 
receber o benefício correspondente.
Devido a todos os tipos de segurados, quando de 
espécie previdenciária. Os benefícios decorrentes de aci-
dentes do trabalho são devidos apenas para empregado, 
empregado doméstico, trabalhador avulso e segurado 
especial.
Exige carência de 12 contribuições mensais no 
caso de benefício comum e sem carência para aciden-
tes do trabalho ou de qualquer natureza, doenças pro-
fissionais ou do trabalho e doenças catalogadas pelo 
Ministério da Saúde. 
Necessária a incapacidade para o trabalho ou para 
a sua atividade habitual por mais de 15 dias. Os pri-
meiros quinze dias, de responsabilidade do empre-
gador, são chamados período de espera, ficando o 
contrato de trabalho interrompido.
Após o 16º (décimo sexto) dia de afastamento, o 
INSS passa a pagar o auxílio por incapacidade tempo-
rária e o contrato de trabalho fica suspenso.
Conforme dispõe o inciso II, do art. 72, do Decreto 
3048/99, para os demais segurados o termo inicial do 
benefício se dá na da data do início da incapacidade, 
para os demais segurados, desde que o afastamento 
seja superior a quinze dias.
Auxílio por incapacidade temporária = Incapaci-
dade total e temporária.
O Auxílio por incapacidade temporária não tem 
prazo máximo para pagamento.
Não é devido em caso de doença ou lesão pré-adqui-
rida, salvo nos casos de agravamento, conforme previs-
to para a aposentadoria por incapacidade permanente.
A concessão do benefício gera direito subjetivoà 
percepção dos seguintes serviços: processo de reabi-
litação profissional e tratamento médico às expensas 
da Previdência Social.
Segurado deve ser submetido aos tratamentos 
indicados pela Previdência, sendo certo que não é 
obrigado a submeter-se a procedimento cirúrgico ou 
transfusão de sangue.
O início para o segurado empregado e a data de início 
é o 16º dia do afastamento. Para os demais, é a própria 
data de início da incapacidade, valendo a regra dos 30 
dias entre essas datas e o requerimento administrativo.
O pagamento de novo benefício decorrente da 
mesma doença em até 60 dias da cessação do anterior 
desobriga a empresa do pagamento do período de 
espera (15 dias).
Cessação do benefício com a morte, o restabele-
cimento do segurado; a conversão da aposentadoria 
por invalidez ou a habilitação para outra ativida-
de que lhe garanta a subsistência, após processo de 
reabilitação.
Pode ser concedido de ofício pela Previdência 
quando tiver ciência da incapacidade, mesmo quando 
o segurado não tenha requerido o benefício.
O exame médico, a cargo do INSS, fixará a data do 
início da doença (DID) e a data do início da incapaci-
dade (DII).
Sempre que possível, o ato de concessão ou de 
reativação de auxílio-doença, judicial ou administra-
tivo, deverá fixar o prazo estimado para a duração do 
benefício. 
10
Quando não fixado prazo de recuperação estima-
da, será aplicado o limite de 120 (cento e vinte) dias, 
preservado o direito do segurado de promover o pedi-
do de prorrogação.
Independentemente de a concessão do benefício 
ser judicial ou administrativa, a autarquia previden-
ciária pode, a qualquer momento, convocar o segura-
do para avaliação das condições que ensejaram sua 
concessão ou manutenção, observado o disposto no 
art. 101 já estudado (hipóteses de dispensa da avalia-
ção). Da decisão de cessação cabe recurso administra-
tivo, no prazo de 30 (trinta) dias.
Art. 62  O segurado em gozo de auxílio-doença, 
insuscetível de recuperação para sua atividade 
habitual, deverá submeter-se a processo de 
reabilitação profissional para o exercício de outra 
atividade. 
Parágrafo único.  O benefício a que se refere o caput 
deste artigo será mantido até que o segurado seja 
considerado reabilitado para o desempenho de ati-
vidade que lhe garanta a subsistência ou, quando 
considerado não recuperável, seja aposentado por 
invalidez.
A partir da Lei 13.846/19, o auxílio-doença não será 
devido a segurado recluso em regime fechado. Se for 
recolhido à prisão em gozo de auxílio-doença, o bene-
fício será suspenso.
A suspensão se dá no prazo máximo de 60 (sessen-
ta) dias, sendo cessado após o fim deste período. Caso 
seja colocado em liberdade antes de findo o prazo, o 
benefício será restabelecido desde a data da soltura. 
Se a prisão for declarada ilegal, o segurado terá direito 
à percepção do benefício por todo o período devido.
Importante!
Súmula 72 da TNU – “É possível o recebimento 
de benefício por incapacidade durante o período 
em que houve exercício de atividade remunera-
da quando comprovado que o segurado estava 
incapaz para as atividades habituais na época 
em que trabalhou”. Este posicionamento foi rati-
ficado pelo Superior Tribunal de Justiça, no julga-
mento do Tema 1.013.
Auxílio Acidente
O benefício é devido ao segurado após a consoli-
dação das lesões decorrentes de acidente de qualquer 
natureza, que resultem em redução da capacidade 
para o trabalho que habitualmente exercia a impos-
sibilidade de exercício da mesma atividade da época 
do acidente, mas com possibilidade de desempenho 
de outra, após processo de reabilitação profissional. 
Não há exigência de carência, mas há a necessida-
de de ostentar qualidade de segurado, ou, ao menos, 
estar no chamado período de graça.
Apenas tem direito os empregados, empregados 
domésticos, trabalhadores avulsos e segurados especiais
É direito auxílio acidente nas seguintes hipóteses:
 z Acidente de qualquer natureza;
 z Acidente do trabalho;
 z Doenças profissionais;
 z Doenças do trabalho;
 z Concausas e equiparações.
O auxílio acidente está previsto apenas para inca-
pacidade parcial e permanente.
O benefício de auxílio acidente tem caráter indeni-
zatório, ou seja, não substitui salário ou remuneração, 
podendo ter valor inferior a um salário mínimo.
O segurado pode trabalhar e receber o benefício 
ao mesmo tempo.
O benefício, não obstante indenizatório, é pago 
mensalmente ao segurado, até a véspera de qualquer 
aposentadoria.
Para o INSS, a perda da audição, em qualquer 
grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-
-acidente quando, além do reconhecimento do nexo 
de causal entre o trabalho e a doença, resultar com-
provadamente redução ou perda da capacidade para 
o trabalho.
Salário Maternidade
O salário maternidade é o benefício previdenciá-
rio (prestação pecuniária) pago durante o período de 
licença maternidade.
São fatos geradores do benefício: o parto, a adoção, 
a guarda para fins de adoção e o aborto não criminoso.
É devido à segurada da Previdência Social, durante 
120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 
(vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência 
deste, podendo, todavia, ser iniciado após o parto ou 
ocorrência do fato gerador.    
Na adoção ou guarda para fins de adoção, o bene-
fício é devido pelo prazo de 120 (cento e vinte) dias, 
independentemente da idade da criança adotada, que 
será pago, nesta situação, diretamente pela Previdên-
cia Social.
O benefício não pode ser concedido a mais de um 
segurado, em decorrência do mesmo fato gerador, 
regra que tem duas exceções:
 z Concessão à mãe biológica e à mãe adotante;
 z Concessão no caso de óbito do titular, quando será 
pago, por todo o período ou pelo tempo restante 
a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro 
sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, 
exceto no caso do falecimento do filho ou de seu 
abandono, observadas as normas aplicáveis ao 
salário-maternidade.  
Este último deve ser requerido até o último dia do 
prazo para o término do salário-maternidade originá-
rio e será pago diretamente pela Previdência Social e 
será calculado sobre: 
Art. 71-B [...]
I – a remuneração integral, para o empregado e tra-
balhador avulso; 
II – o último salário-de-contribuição, para o empre-
gado doméstico; 
III – 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) 
últimos salários de contribuição, apurados em um 
período não superior a 15 (quinze) meses, para o 
contribuinte individual, facultativo e desemprega-
do; e 
IV – o valor do salário mínimo, para o segurado 
especial.” (Lei 8.213/91)  
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É condição para a percepção do benefício, o afas-
tamento do trabalho ou da atividade desempenhada, 
sob pena de suspensão do benefício.
Cálculo do benefício não obedece à regra geral de 
coeficiente sobre salário-de-benefício, sendo calcula-
do em:
I – valor integral da última remuneração para 
empregado e trabalhador avulso;
II - em um valor correspondente ao do seu último 
salário-de-contribuição, para a segurada emprega-
da doméstica;      
III - em um doze avos do valor sobre o qual inci-
diu sua última contribuição anual, para a segurada 
especial, com garantia de 1 salário mínimo;
IV - em um doze avos da soma dos doze últimos 
salários-de-contribuição, apurados em um perío-
do não superior a quinze meses, para as demais 
seguradas.  
No caso de segurada desempregada, que mantém 
a qualidade de segurada por conta do período de gra-
ça, o cálculo se dá em um doze avos da soma dos doze 
últimos salários-de-contribuição, apurados em um 
período não superior a quinze meses. 
Para contribuintes individuais, especiais e faculta-
tivas, é exigida carência de 10 contribuições mensais. 
No caso de parto antecipado, o período de carência 
será reduzido em número de contribuições equivalen-
tes ao número de meses em que o parto foi antecipado.
A segurada especial deve comprovar o efetivo 
exercício de atividade rural nos 10 meses que antece-deram o parto ou requerimento, podendo esse prazo 
ser reduzido se o parto for antecipado.
As seguradas empregadas (inclusive domésticas) e 
as avulsas estão dispensadas de carência.
No caso de aborto não criminoso, a segurada tem 
direito ao benefício por 2 (duas) semanas. Em caso de 
natimorto, por 120 (cento e vinte) dias.
No caso de adoção, o início será a apresentação do 
termo de guarda ou da sentença de adoção.
Em casos excepcionais, em função da necessidade 
de maior tempo para a recuperação da gestação, os 
períodos de descanso antes e depois do parto pode-
rão ser aumentadas duas semanas cada um, mediante 
atestado médico (art. 392, § 2o da CLT).
É importante lembrar que segurada aposentada que 
volta a trabalhar tem direito ao salário-maternidade.
Salário-Família
Benefício devido ao segurado empregado, empre-
gado doméstico e ao trabalhador avulso, que tenham 
salário-de-contribuição inferior ou igual a R$1.425,26 
(valor válido para o ano de 2020), na proporção do 
respectivo número de filhos de até 14 anos ou inváli-
dos, além dos equiparados (tutelados e enteados).
O benefício é devido ao segurado, e não aos 
dependentes.
O salário-família será pago mensalmente:
I - ao empregado, inclusive o doméstico, pela empre-
sa ou pelo empregador doméstico, juntamente com 
o salário, e ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou 
órgão gestor de mão de obra, por meio de convênio; 
II - ao empregado, inclusive o doméstico, e ao traba-
lhador avulso aposentados por incapacidade per-
manente ou em gozo de auxílio por incapacidade 
temporária, pelo INSS, juntamente com o benefício;       
III - ao trabalhador rural aposentado por idade aos 
sessenta anos, se do sexo masculino, ou cinqüenta 
e cinco anos, se do sexo feminino, pelo Instituto 
Nacional do Seguro Social, juntamente com a apo-
sentadoria; e
IV - aos demais empregados, inclusive os domésti-
cos, e aos trabalhadores avulsos aposentados aos 
sessenta e cinco anos de idade, se homem, ou aos 
sessenta anos, se mulher, pelo INSS, juntamente 
com a aposentadoria.  
Importante!
“O valor da cota do salário-família por filho ou 
equiparado de qualquer condição, até 14 (qua-
torze) anos de idade, ou inválido de qualquer 
idade, a partir de 1º de janeiro de 2020, é de R$ 
51,27 (cinquenta e um reais e vinte e sete cen-
tavos) para o segurado com remuneração não 
superior a R$1.503,25 (um mil quinhentos e três 
reais e vinte e cinco centavos) (Portaria SEPRT 
477/2021 – art. 4º).
O valor da cota do salário família é atualizado 
todos os anos por Portaria administrativa. As cotas 
do salário-família não serão incorporadas, para qual-
quer efeito, ao salário ou ao benefício.
Na forma de como dispõe o art. 84 do Decreto 
3.048/99, o pagamento do benefício ocorrerá a partir 
da data de apresentação da certidão de nascimento 
do filho ou da documentação relativa ao enteado e ao 
menor tutelado, desde que comprovada a dependên-
cia econômica dos dois últimos, e fica condicionado à 
apresentação anual de atestado de vacinação obrigató-
ria dos referidos dependentes, de até seis anos de ida-
de, e de comprovação semestral de frequência à escola 
dos referidos dependentes, a partir de quatro anos de 
idade, e, para o empregado doméstico, apenas certidão 
de nascimento do filho ou a documentação relativa ao 
enteado e ao menor tutelado, desde que comprovada a 
dependência econômica dos dois últimos.
Extinção do benefício ocorre com:
 z Término da relação de emprego ou contrato com 
sindicato;
 z Morte do segurado/filho ou equiparado, a partir do 
mês seguinte ao óbito;
 z Atingimento da idade legal máxima (14 anos);
 z Cessação da invalidez do filho ou equiparado, a 
contar do mês seguinte.
É devido ao pai e à mãe se ambos forem segurados 
e preencherem os requisitos, sendo que, em caso de 
divórcio ou separação, passará a ser pago a quem 
ficar responsável pelo sustento do menor. A inva-
lidez do filho será comprovada por perícia médica 
administrativa.
12
Auxílio Reclusão
O auxílio-reclusão, cumprida a carência de 24 (vin-
te e quatro) contribuições, será devido, nas condições 
da pensão por morte, aos dependentes do segurado de 
baixa renda (mesmo valor aplicado ao salário família) 
recolhido à prisão em regime fechado que não rece-
ber remuneração da empresa nem estiver em gozo de 
auxílio-doença, de pensão por morte, de salário-ma-
ternidade, de aposentadoria ou de abono de perma-
nência em serviço.
O requerimento deverá ser instruído com certidão 
judicial que ateste o recolhimento efetivo à prisão, 
sendo obrigatória, para a manutenção do benefício, a 
apresentação de prova de permanência na condição 
de presidiário.
A verificação da renda mensal bruta para enqua-
dramento do segurado como de baixa renda ocorrerá 
pela média dos salários de contribuição apurados no 
período de doze meses anteriores ao mês do recolhi-
mento à prisão. Anteriormente à Lei 13.846/19, era 
utilizado o valor do último salário de contribuição
O exercício de atividade remunerada do segurado 
recluso, em cumprimento de pena em regime fecha-
do, não acarreta a perda do direito ao recebimento do 
auxílio-reclusão para seus dependentes.
Segundo entendimento do STF a renda a ser consi-
derada é a do segurado e não dos dependentes (Súmu-
la nº 89).
Visa proteger os dependentes do segurado que 
ficam privados dos recursos para a subsistência em 
decorrência da prisão do segurado que proporciona-
va o apoio econômico.
Dica
O segurado deve ser recolhido em Regime Fecha-
do Apenas (Alteração da Lei 13.846/2019).
O benefício tem termo inicial fixado do mesmo 
critério da pensão por morte, ou seja, é devido des-
de o efetivo recolhimento do segurado à prisão, se 
o benefício for requerido no prazo de cento e oiten-
ta dias, para os filhos menores de dezesseis anos, ou 
de noventa dias, para os demais dependentes; ou do 
requerimento, se o benefício for requerido após estes 
prazos. 
A EC 103/19, em seu art. 27, estabelece que o auxí-
lio reclusão será calculado na forma da pensão por 
morte, não podendo exceder o valor de 1 (um) salário-
-mínimo e nem ser inferior a este limite, observando-
-se que as cotas dos dependentes podem ficar abaixo 
do salário, desde que a somatória, valor total do bene-
fício, seja de um salário.
Pensão Por Morte
Benefício de prestação continuada devido aos 
dependentes do segurado que falecer nesta condição. 
Exigida, portanto, a qualidade de segurado.
Cabe o benefício nos casos de perda da qualidade 
de segurado do falecido quando o instituidor do bene-
fício tenha implementado todos os requisitos para 
obtenção de uma aposentadoria até a data do óbito 
(Súmula 416 STJ).
Importante!
Súmula 340 do STJ – “A lei aplicável à conces-
são de pensão previdenciária por morte é aquela 
vigente na data do óbito do segurado”.
A pensão é definitiva em caso de morte real e pro-
visória quando decorrente de morte presumida (art. 
78 da Lei 8213/91).
Art. 78 Por morte presumida do segurado, declara-
da pela autoridade judicial competente, depois de 
6 (seis) meses de ausência, será concedida pensão 
provisória, na forma desta Subseção.
§ 1º Mediante prova do desaparecimento do segurado 
em conseqüência de acidente, desastre ou catástrofe, 
seus dependentes farão jus à pensão provisória inde-
pendentemente da declaração e do prazo deste artigo.
§ 2º  Verificado o reaparecimento do segurado, o 
pagamento da pensão cessará imediatamente, 
desobrigados os dependentes da reposição dos 
valores recebidos, salvo má-fé.
Início do pagamento:
 z Data do óbito, quando requerida em até cento 
e oitenta dias após o óbito, para filhos menores 
de dezesseis anos ou em até 90 dias após o óbi-
to, para os demais dependentes (Redação da Lei 
13.846/2019);
 z Data do requerimento, quando requerida após o 
prazo de 90 dias contados do óbito; e
 z Da decisão judicial, em caso de morte presumida.
A Lei 13.846/19 trouxe alterações importan-
tes à Lei 8.213/91. Uma delas diz respeito à perda 
da pensão no caso de condenação criminal por 
sentença com trânsitoem julgado, como autor, 
coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de 
tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do 
segurado, ressalvados os absolutamente incapazes 
e os inimputáveis.
Outra é relativa à possibilidade de habilitação pro-
visória na pensão por morte nos casos de propositura 
de ação judicial para reconhecimento da condição de 
dependente, situação em que a cota cabente ao pre-
tenso dependente ficará reservada e será paga apenas 
após o trânsito em julgado da decisão.
Esta habilitação provisória poderá ser processada 
de ofício nos casos em que o INSS for parte na ação 
judicial.
No caso de improcedência da ação, o valor reserva-
do será revertido aos demais dependentes, de acordo 
com as cotas e o tempo de duração de seus benefícios.
Na hipótese de o segurado falecido estar, na data 
de seu falecimento, obrigado por determinação judi-
cial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, 
ex-companheiro ou ex-companheira, a pensão por 
morte será devida pelo prazo remanescente na data 
do óbito, caso não incida outra hipótese de cancela-
mento anterior do benefício.
“Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o 
companheiro ou a companheira se comprovada, 
a qualquer tempo, simulação ou fraude no casa-
mento ou na união estável, ou a formalização 
desses com o fim exclusivo de constituir benefício 
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previdenciário, apuradas em processo judicial no 
qual será assegurado o direito ao contraditório e à 
ampla defesa.” (artigo 74, § 2º da Lei 8.213/91) 
Alteração importante (lei 13.135/15) – cessação da 
pensão por morte
§ 2o O direito à percepção de cada cota individual 
cessará:
II - para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de 
ambos os sexos, ao completar 21 (vinte e um) anos 
de idade, salvo se for inválido ou com deficiência;
III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da 
invalidez; 
IV - para filho ou irmão que tenha deficiência inte-
lectual ou mental ou deficiência grave, pelo afasta-
mento da deficiência, nos termos do regulamento;     
V - para cônjuge ou companheiro: 
a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da 
invalidez ou pelo afastamento da deficiência, res-
peitados os períodos mínimos decorrentes da apli-
cação das alíneas “b” e “c”; 
b) em 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que 
o segurado tenha vertido 18 (dezoito) contribuições 
mensais ou se o casamento ou a união estável tive-
rem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes 
do óbito do segurado;
c) transcorridos os seguintes períodos, estabeleci-
dos de acordo com a idade do beneficiário na data 
de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de 
vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo 
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou 
da união estável (nova tabela da idade trazida pela 
Portaria 424/2020): 
1) 3 (três) anos, com menos de 22 (vinte e dois) anos 
de idade; 
2) 6 (seis) anos, entre 22 (vinte e dois) e 27 (vinte e 
sete) anos de idade; 
3) 10 (dez) anos, entre 28 (vinte e oito) e 30 (trinta) 
anos de idade;
4) 15 (quinze) anos, entre 31 (trinta e um) e 41 (qua-
renta e um) anos de idade;
5) 20 (vinte) anos, entre 42 (quarenta e dois) e 44 
(quarenta e quatro) anos de idade; 
6) vitalícia, com 45 (quarenta e cinco) ou mais anos 
de idade. 
§ 2o-A. Serão aplicados, conforme o caso, a regra 
contida na alínea “a” ou os prazos previstos na alí-
nea “c”, ambas do inciso V do § 2o, se o óbito do 
segurado decorrer de acidente de qualquer natu-
reza ou de doença profissional ou do trabalho, 
independentemente do recolhimento de 18 (dezoi-
to) contribuições mensais ou da comprovação de 2 
(dois) anos de casamento ou de união estável. 
§ 2o-B. Após o transcurso de pelo menos 3 (três) 
anos e desde que nesse período se verifique o incre-
mento mínimo de um ano inteiro na média nacio-
nal única, para ambos os sexos, correspondente à 
expectativa de sobrevida da população brasileira 
ao nascer, poderão ser fixadas, em números intei-
ros, novas idades para os fins previstos na alínea 
“c” do inciso V do § 2o, em ato do Ministro de Esta-
do da Previdência Social, limitado o acréscimo na 
comparação com as idades anteriores ao referido 
incremento. 
§ 5o O tempo de contribuição a Regime Próprio de 
Previdência Social (RPPS) será considerado na con-
tagem das 18 (dezoito) contribuições mensais de 
que tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do § 2o.” 
VI - pela perda do direito, na forma do § 1º do art. 
74 desta lei
§ 7º Se houver fundados indícios de autoria, 
coautoria ou participação de dependente, 
ressalvados os absolutamente incapazes e os 
inimputáveis, em homicídio, ou em tentativa 
desse crime, cometido contra a pessoa do 
segurado, será possível a suspensão provisória 
de sua parte no benefício de pensão por morte, 
mediante processo administrativo próprio, 
respeitados a ampla defesa e o contraditório, 
e serão devidas, em caso de absolvição, todas 
as parcelas corrigidas desde a data da suspensão, 
bem como a reativação imediata do benefício. 
Sobre esta importante alteração, é oportuno refe-
rir que não se trata de estabelecer prazo de carência 
para a concessão de pensão por morte, mas apenas 
limitar a 4 (quatro) meses o prazo de duração do bene-
fício, nas situações em que o instituidor da pensão 
(segurado falecido) não tenha vertido pelo menos 18 
(dezoito) contribuições para o sistema.
Para o cônjuge ou companheiro, portanto, deve 
ser observado se o instituidor contava com mais de 
18 (dezoito) contribuições e se o casamento ou união 
estável tinham pelo menos 2 (dois) anos de duração.
Caso cumpridas as duas exigências, passa-se a 
aplicar a tabela de duração pela idade do cônjuge ou 
companheiro.
A restrição da duração de 4 (quatro) meses não se 
aplica nos casos de acidente de qualquer natureza, 
acidente do trabalho, doença profissional e doença do 
trabalho.
Importante!
O exercício de atividade remunerada, inclusive 
na condição de microempreendedor individual, 
não impede a concessão ou manutenção da par-
te individual da pensão do dependente com defi-
ciência intelectual ou mental ou com deficiência 
grave. (ART. 77, § 6º DA LEI 8.213/91).
EC 103/19 – alteração no cálculo da renda inicial 
da pensão
Art. 23 A pensão por morte concedida a dependente 
de segurado do Regime Geral de Previdência Social 
ou de servidor público federal será equivalente a 
uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) do 
valor da aposentadoria recebida pelo segurado ou 
servidor ou daquela a que teria direito se fosse apo-
sentado por incapacidade permanente na data do 
óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percen-
tuais por dependente, até o máximo de 100% (cem 
por cento).
§ 1º As cotas por dependente cessarão com a perda 
dessa qualidade e não serão reversíveis aos demais 
dependentes, preservado o valor de 100% (cem por 
cento) da pensão por morte quando o número de 
dependentes remanescente for igual ou superior a 
5 (cinco).
§ 2º Na hipótese de existir dependente inválido ou 
com deficiência intelectual, mental ou grave, o valor 
da pensão por morte de que trata o  caput  será 
equivalente a:
14
I - 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida 
pelo segurado ou servidor ou daquela a que teria 
direito se fosse aposentado por incapacidade per-
manente na data do óbito, até o limite máximo de 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social; e
II - uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) 
acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais 
por dependente, até o máximo de 100% (cem por 
cento), para o valor que supere o limite máximo de 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
§ 3º Quando não houver mais dependente inválido ou 
com deficiência intelectual, mental ou grave, o valor 
da pensão será recalculado na forma do disposto 
no caput e no § 1º.
§ 4º O tempo de duração da pensão por morte e das 
cotas individuais por dependente até a perda dessa 
qualidade, o rol de dependentes e sua qualificação e 
as condições necessárias para enquadramento serão 
aqueles estabelecidosna Lei nº 8.213, de 24 de julho 
de 1991.
§ 5º Para o dependente inválido ou com deficiência 
intelectual, mental ou grave, sua condição pode ser 
reconhecida previamente ao óbito do segurado, por 
meio de avaliação biopsicossocial realizada por 
equipe multiprofissional e interdisciplinar, observada 
revisão periódica na forma da legislação.
§ 6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento 
da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o 
menor tutelado, desde que comprovada a dependência 
econômica.
§ 7º As regras sobre pensão previstas neste artigo e 
na legislação vigente na data de entrada em vigor 
desta Emenda Constitucional poderão ser alteradas 
na forma da lei para o Regime Geral de Previdência 
Social e para o regime próprio de previdência social 
da União.
§ 8º Aplicam-se às pensões concedidas aos dependentes de 
servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
as normas constitucionais e infraconstitucionais anteriores 
à data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, 
enquanto não promovidas alterações na legislação interna 
relacionada ao respectivo regime próprio de previdência 
social.
A nova regra de cálculo da renda mensal inicial 
da pensão por morte reduz substancialmente o valor 
do benefício, na medida em que há a possibilidade 
de aplicação de dois redutores: a cota e a incidência 
sobre a aposentadoria por incapacidade permanente.
Isto porque: primeiro é estabelecido o coeficien-
te, obtido com a aplicação de cota familiar de 50% 
(cinquenta por cento), acrescida de 10% (dez por 
cento) por cada dependente, limitado a 100% (cem 
por cento). Lembrando que a cota será sempre 100% 
(cem por cento) em caso de dependente inválido ou 
deficiente.
Exemplo: Segurado falece deixando a esposa e um 
filho menor de 21 anos, nenhum invalido ou deficien-
te. Temos aqui cota de 50% + 10% x 2 = 70%.
Esta cota é aplicada na aposentadoria que o segu-
rado falecido recebia se aposentado fosse ou, nos 
casos em que não era aposentado, é calculada uma 
aposentadoria por incapacidade permanente na data 
do óbito.
Ocorre que, a aposentadoria por incapacidade per-
manente, pós reforma, é calculada em 60% (sessenta 
por cento), acrescido de 2% (dois por cento) por cada 
ano que supere 20 (vinte) anos de contribuição para o 
homem e 15 (quinze) anos para a mulher.
Ex.: João faleceu em 14.02.2020, sem ser aposen-
tado, já que tinha 18 (dezoito) anos de contribuição 
e mantinha qualidade de segurado em razão de estar 
trabalhando como empregado. Deixa como dependen-
tes a viúva (cônjuge) e uma filha de 15 (quinze anos)
Primeiro fixamos a cota: 50% (familiar) + 20% (dois 
dependentes = 2x10%) = 70%
Segundo passo, verificar se o instituidor era apo-
sentado. Nesse caso, digamos que João não era apo-
sentado, então devemos calcular uma aposentadoria 
por incapacidade permanente na data do óbito.
Aposentadoria por incapacidade permanente: 60% 
(sessenta por cento) + 2% (dois por cento) para cada 
ano que supere 20 para o homem e 15 para a mulher. 
João tem apenas 18 anos de contribuição, ou seja, 
nenhum a mais do que os 20 (vinte) anos mínimos.
O seu coeficiente, portanto, será de 60% (sessenta 
por cento). Imagine que a média (salário-de-benefício) 
de João seja de R$3000,00 (três mil reais), portanto, 
60% de R$3000,00 = R$1.800,00 (um mil e oitocen-
tos reais), valor da aposentadoria por incapacidade 
permanente.
Cálculo da pensão por morte: 70% (cota) x 
R$1.800,00 (aposentadoria por incapacidade perma-
nente). Valor da pensão por morte = R$1.260,00 (um 
mil duzentos e sessenta reais)
ANTES DA REFORMA DEPOIS DA REFORMA
100% das aposentadorias 
que o segurando recebia 
ou de uma aposentado-
ria por invalidez (que era 
100%).
50% + 10% por dependente 
(exceto se dependente in-
válido ou deficiente) aplica-
do sobre a aposentadoria 
que recebia ou aposenta-
doria por incapacidade per-
manente (60% + 2% por 
cada ano que supere 15 
(M) e 20 (H) / acidentária 
100%.
SERVIÇO SOCIAL
Tem por finalidade esclarecer aos beneficiários da 
previdência social seus direitos sociais e os meios de 
exercê-los e com eles estabelecer o processo de solu-
ção dos problemas decorrentes de sua relação com a 
Previdência Social.
Não exige carência e é prestado a todos os segu-
rados e dependentes com prioridade aos segurados 
em benefício por incapacidade temporária e atenção 
especial aos aposentados e pensionistas. 
HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
Tem por objetivo proporcionar ao segurado e 
dependentes, incapacitados total ou parcialmente e 
aos portadores de deficiência, meios de retornarem 
ao mercado de trabalho e ao convívio social. Emissão 
de certificado com indicação das atividades possíveis 
de serem executadas, após fim do processo. Ocorre de 
forma prioritária aos segurados e na medida das pos-
siblidades ao dependente.
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“Art. 89 A habilitação e a reabilitação profissional 
e social deverão proporcionar ao beneficiário inca-
pacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e 
às pessoas portadoras de deficiência, os meios para 
a (re)educação e de (re)adaptação profissional e 
social indicados para participar do mercado de tra-
balho e do contexto em que vive” (Lei 8.213/91).
A reabilitação profissional será realizada por equi-
pe multiprofissional, preferencialmente no domicílio 
do beneficiário. Cabe à perícia médica federal ana-
lisar as condições de elegibilidade, a reavaliação da 
incapacidade de segurados em programa de reabili-
tação profissional e a prescrição de órteses, próteses e 
meios auxiliares de locomoção e acessórios.
É importante se atentar ao que está disposto no § 2° 
do art. 137 do Decreto 3.048/99 quanto a isso:
Art. 137 [...]
§ 2° Quando indispensáveis ao desenvolvimento do 
processo de reabilitação profissional, o Instituto 
Nacional do Seguro Social fornecerá aos segura-
dos, inclusive aposentados, em caráter obrigatório, 
prótese e órtese, seu reparo ou substituição, instru-
mentos de auxílio para locomoção, bem como equi-
pamentos necessários à habilitação e à reabilitação 
profissional, transporte urbano e alimentação e, na 
medida das possibilidades do Instituto, aos seus 
dependentes.
Concluído o processo será emitido Certificado indi-
vidual pela Previdência, com indicação da atividade 
que o segurado pode exercer.
A empresa deve preencher vagas com deficientes 
na seguinte proporção:
 z De 100 a 200 empregados: 2%;
 z De 201 a 500 empregados: 3%;
 z De 501 a 1000 empregados: 4%;
 z De 1001 em diante: 5%.
Esses empregados só podem ser dispensados quan-
do forem contratados outros em condição semelhante.
JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA
A justificação administrativa é um procedimento 
utilizado para suprir a falta ou insuficiência de docu-
mento ou produzir prova de fato ou circunstância 
de interesse dos beneficiários, perante a previdência 
social, com exceção dos casos em que o fato exigir 
registro público ou forma especial.
Não pode ser instaurada como um procedimento 
autônomo, devendo ser parte de processo de atualiza-
ção de CNIS ou reconhecimento de direitos.
A prova material somente terá validade para a pes-
soa referida no documento, vedada a sua utilização 
por outras pessoas.  
Para fins de comprovação de tempo de contribui-
ção, dependência econômica, identidade e relação de 
parentesco, a justificação deve ser baseada em início 
de prova material contemporânea dos fatos e não 
serão admitidas as provas exclusivamente testemu-
nhais, a não ser nos casos de força maior ou caso for-
tuito (incêndio, inundação ou desmoronamento, que 
tenha atingido a empresa na qual o segurado alegue 
ter trabalhado, devendo ser comprovada mediante 
registro da ocorrência policial feito em época própria 
ou apresentação de documentos contemporâneos dos 
fatos, e verificada a correlação entre a atividade da 
empresa e a profissão do segurado).
Nos casos de homologação de justificação judi-
cial, baseada em prova testemunhal, fica dispensada 
a justificação administrativa desde que

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