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Bases da Biologia Celular 1 1 Biologia celular Como pudemos comprovar a existência das células? Dependemos de instrumentos para visualizar a maioria das células Van Leeuwenhoek, 1674 – desenvolveu o primeiro microscópio simples. Robert Hooke, 1665 – foi o primeiro a observar “celas” de cortiça que depois passaram a ser chamadas de células Em 1838 pesquisadores lançam a teoria celular “Todos os seres vivos são formados por células” Obs.: vírus 2 2 Biologia celular Microscópio óptico (aumento 1200x) Microscópio Óptico (MO) 3 Microscópio Eletrônico (ME) Com o microscópio eletrônico essa resolução aumenta para 1.000.000x Biologia celular 4 4 Organização interna das células Quanto a organização podemos diferenciar células procarióticas Bactérias, cianobactérias e arqueobactérias células eucarióticas Demais seres vivos (protoctistas, fungos, animais e vegetais) 5 Procariontes 6 Eucariontes 7 Células procarióticas Acredita-se que os primeiros seres vivos da terra foram bactérias e portanto procariotos, estas células são as mais simples encontradas As bactérias e cianobactérias são seres unicelulares, que podem viver isolados ou em colônias e ocupam os mais variados ambientes 8 8 Células procarióticas São células bastante simples quanto a organização Não apresentam um núcleo individualizado nem estrutura membranosa, o material genético fica disperso no interior da célula. O fato de serem tão simples não implica dificuldades de sobrevivência Esses organismos têm papel fundamental para o planeta 9 9 Células eucarióticas Acredita-se que as células procarióticas deram origem as células eucarióticas São células mais bem mais complexas comprovadas pela riqueza de estruturas e compartimentos internos Existe uma membrana envolvendo o núcleo (organização), onde está todo o material genético a célula 10 10 Células eucarióticas Animais, vegetais, fungos, e protoctistas são constituídos por células eucarióticas Existem diferenças entre as células eucariótica animal e vegetal 11 11 ENVOLTÓRIOS CELULARES Membrana plasmática Membrana Plasmática Película finíssima que envolve e isola as células; Essa estrutura também forma as organelas citoplasmáticas; É constituída por fosfolipídios e proteínas (dentre outras moléculas); Apresenta uma permeabilidade seletiva; Não pode ser identificada ao microscópio óptico por ser muito fina; Mas, é extremamente complexa e versátil. 13 Funções Delimita o tamanho da célula (animal); Permite a troca de matéria entre o citoplasma e o meio extracelular; Reconhecimento e adesão celular; Servem como ponto de fixação de enzimas e estruturas celulares; Está relacionada a patogenicidade dos microrganismos. 14 Organização molecular da membrana Componentes mais abundantes: Fosfolipídios e proteínas Além desses, as células animais também apresentam o colesterol em sua composição. Glicídios formam uma região denominada glicocálix MP Núcleo Citoplasma 15 Organização molecular da membrana 16 Modelo do mosaico fluido 17 Permeabilidade celular A membrana isola a célula do ambiente externo. Entrada de substâncias úteis – água, O2, alimento etc. Saída de outras – CO2 e substâncias tóxicas (excreções) Dizemos que a membrana plasmática é semipermeável ou apresenta permeabilidade seletiva 18 PERMEABILIDADE CELULAR Membrana separa o meio intracelular do extracelular mas com... Permeabilidade seletiva: capacidade de selecionar o que entra e sai da célula O transporte de substâncias através da membrana se dá através de quatro mecanismos distintos. 19 19 Tipos de transporte através da membrana 1. Transporte passivo - Sem gasto de energia: a) Difusão simples b)Difusão facilitada 2.Transporte Ativo – Com gasto de energia 3. Transporte em Bloco Fagocitose Pinocitose 20 20 Transporte através da membrana Transporte passivo - quando o transporte se da espontaneamente sem haver gasto de energia Transporte ativo – a célula tem é capaz de absorver ou expulsar ativamente certas substâncias bombeando-as para dentro ou para fora. Com isso ocorre o consumo de energia Para entendermos como ocorrem ambos os transportes precisamos entender o seria o processo de difusão. 21 Difusão Todas as partículas materiais estão em constante movimento Devido a essa movimentação as partículas tendem a se espalhar (difundir) A difusão ocorre da região mais concentrada para a menos concentrada. 22 Um exemplo de difusão: Transporte dos gases respiratórios 23 23 Osmose É um processo especial de difusão, onde apenas a água – o solvente das soluções biológicas – se difunde através da membrana semipermeável Citoplasma: solução formada por água (solvente) e outras substâncias como glicídios, proteínas, sais etc. (solutos) 24 OSMOSE – É um caso especial de difusão simples. Corresponde ao processo de difusão da ÁGUA. ATENÇÃO: O movimento da água através da membrana ocorrerá sempre do meio HIPOTÔNICO (com menor concentração de solutos) para o meio HIPERTÔNICO (com maior concentração de solutos). Transporte através da membrana 25 25 OSMOSE em célula animal 26 26 Osmose em célula vegetal 27 Osmose em outras células As nossas células não sofrem com a osmose! Líquido intersticial: solução isotônica proveniente do sangue, na qual a concentração total de solutos equivale à concentração interna dos solutos citoplasmáticos Já os protozoários não têm a mesma sorte. 28 Difusão facilitada O transporte da maioria das moléculas depende da utilização de proteínas presentes na membrana Proteínas carregadoras ou transportadoras 29 Difusão facilitada Difusão Facilitada – Ocorre para o transporte de substância maiores (glicose por exemplo), com maior dificuldade de se difundir. Se dá com a ajuda de PERMEASES (específicas para cada substância). Este transporte de soluto ainda ocorre do meio mais concentrado para o meio menos concentrado, ou seja a favor do gradiente de concentração, sem gasto de energia. 30 30 Resumindo.... A difusão simples e a difusão facilitada são processos de transportes de solutos através da membrana sempre a favor de um gradiente de concentração. NÃO há gasto de energia; Por isso, denominamos estes processos de TRANSPORTES PASSIVOS. A osmose é um caso especial de difusão, mas que envolve a difusão da ÁGUA. 31 31 Transporte Ativo 32 Transporte ativo TRANSPORTE ATIVO – Este tipo de transporte ocorre contra o gradiente de concentração. Neste caso HÁ GASTO DE ENERGIA (ATP). Ocorre por meio da ação de proteínas transportadoras. 33 33 Bomba de sódio-potássio As células precisam manter certos íons em concentrações diferentes dos encontrados fora dela A concentração de K+ dentro da célula é aumentada: participam da síntese de proteínas e respiração celular Enquanto que a de Na+ é bem menor para compensar a grande concentração de K+ Para manter essas concentrações, a célula utiliza energia para bombear esses íons. Esse bombeamento é contínuo e chamado de bomba sódio-potássio. A energia que é consumida vem do ATP 34 Bomba de sódio-potássio 35 TRANSPORTE EM BLOCO Ocorre quando as partículas são grandes demais para atravessar a membrana ou passar através dos canais protéicos. Ocorre para o englobamento de gotículas ou partículas. Transporte em bloco 36 36 Endocitose e exocitose Esse transporte ocorre pela formação de bolsas na membrana plasmática As bolsas se formam pela invaginação da membrana e engloba materiais externos fala-se em endocitose; Bolsas presentes no interior da célula se fundem a membrana liberando seu conteúdo para o meio externo fala-se em exocitose. 37 Endocitose Existem dois tipos: Fagocitosee a pinocitose Fagocitose A célula emite expansões citoplasmáticas denominadas pseudópodes, que “abraçam” a partícula sólida e a envolvem em uma bolsa membranosa chamada fagossomo. Protozoários, macrófagos e neutrófilos 38 Células realizando fagocitose 39 Endocitose Pinocitose Processo em que a célula engloba líquidos Importante nas absorção de gotículas de lipídios. A MP afunda-se no citoplasma e forma um canal que se estreita nas bordas, formando uma bolsa interna chamada de pinossomo. 40 Fagocitose e Pinocitose 41 Exocitose Excreção e secreção 42 Doenças relacionadas a MP Diabetes melito tipo 2 As membranas celulares da pessoa diabética possuem pouca proteína receptora para o hormônio insulina 43 Doenças relacionadas a MP Pigmeus africanos Possuem quantidades normais de hormônio do crescimento e mesmo assim não crescem As células dos pigmeus são insensíveis a esse hormônio por não possuírem o receptor adequado 44 OUTROS ENVOLTÓRIOS CELULARES Paredes celulares Parede celular bacteriana Responsável pela forma e resistência; Importância médica: resistência e desencadeia processos inflamatórios Com base na parede celular podemos definir dois tipos de bactérias: Gram-negativas Gram-positivas 46 47 Parede celular: método de Gram Bactéria gram-positiva – retêm o corante Membrana plasmática Parede celular formada por camada espessa de peptidoglicano Esquema de parte da parede celular e da membrana plasmática de bactéria gram-positiva. Hans Christian Joachim Gram (1853 - 1938) Esquema de bactéria com parte da célula removida. 47 47 48 Parede celular: método de Gram Esquema de parte da parede celular e da membrana plasmática de bactéria gram-negativa. Membrana plasmática Camada de peptidoglicano Bactéria gram-negativa – não retêm o corante Lipopolissacarídeo Fosfolipídios Proteína Lipoproteínas Camada lipoprotéica externa, delgada, semelhante à membrana plasmática, com lipopolissacarídeos Parede celular Hans Christian Joachim Gram (1853 - 1938) Esquema de bactéria com parte da célula removida. 48 48 A coloração de GRAM foi desenvolvida em 1984 pelo bacteriologista dinamarquês Hans Gram. Utilizando corantes a base de iodo as bactérias são coradas de púrpura, pois o iodo impregna na parede celular. Em seguida uma solução descolorante é aplicada. As bactérias que mantém a cor púrpura são denominadas GRAM positivas. As bactérias que perdem a cor púrpura após a descoloração são classificadas como GRAM negativas. 49 49 Paredes celulares Parede celulósica: Parede primária: essencialmente celulose, hemicelulose, pectina e glicoproteínas; presente em células jovens Parede secundária: forma-se internamente à parede primária; é mais rígida e espessa; contém além dos componentes da primária, lignina (um polímero constituído por unidades fenólicas) e a suberina (um tipo de lipídio). 50 50 Parede celulósica: Estrutura química Função Resistência esquelética 51 Plasmodesmos Poros por onde o citoplasma de células vizinhas se comunica, formando uma continuidade. 52 FIM
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