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ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE Estudo transversal XIII ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE Centro Universitário Leonardo da vinCi - UniasseLvi UNIASSELVI Indaial - 2021 3ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA SUSTENTABILIDADE INTRODUÇÃO Os termos sustentabilidade e desenvolvimento sustentável fazem parte da agenda e do compromisso de todos os países e organizações que pensam no futuro e estão preocupados com a preservação da vida dos seres vivos. Para muitos, devido ao estado de degradação do meio ambiente, há redundância até no termo “desenvolvimento sustentável”, pois acreditam que não existe desenvolvimento sem a responsabilidade com os recursos naturais. Continue Lendo 4ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo SUSTENTABILIDADE Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo voltou-se para a industrialização acelerada em todos os continentes. Apesar dos danos ambientais sentidos desde o início da Revolução Industrial, a mentalidade vigente, de forma geral, até a década de 1960 era a produção, o lucro e o consumismo sem preocupação com o impacto ambiental. A ideia de desenvolvimento, comum ainda hoje, era a de metrópoles ricas, com muitos carros, concreto e pouco espaço verde. Já na década de 1970, a alta do petróleo, o crescimento populacional, a poluição crescente, as catástrofes naturais, a redução da camada de ozônio, dentre outros problemas no meio ambiente, fizeram aumentar as discussões e apreensão sobre o uso dos recursos naturais. De fato, os termos sustentabilidade e desenvolvimento sustentável só ganharam repercussão mundial com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida como Rio 92. O encontro reuniu 179 representantes de países e estabeleceu de vez a pauta ambiental no cenário mundial. Outra mudança de paradigma foi a responsabilidade que os países desenvolvidos tem para um planeta mais 5ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA sustentável, como planos de redução da emissão de poluentes e investimento de recursos para que os países pobres degradem menos. Provavelmente você já ouviu bastante sobre sustentabilidade. O assunto tem ganhado maior projeção nas últimas décadas, junto à maior preocupação ambiental e a consciência da degradação ambiental. O aumento da temperatura, a quantidade de desastres naturais, os índices críticos de poluição na atmosfera Tecnologias para o desenvolvimento s 80 ustentável e nas águas superficiais e subterrâneas, o desmatamento, a perda da biodiversidade, dentre outros sintomas do meio ambiente, deixam claro que em prol de todos os seres vivos, inclusive do homem, atitudes precisam ser tomadas. Mas afinal, o que é sustentabilidade? De forma simples, é a capacidade de sobrevivência e adaptação às mudanças do meio ambiente. É a condição ou aspectos de um sistema para que se mantenha sustentável em um determinado tempo. A expressão surgiu na década de 1980, por meio de um documento da Organização das Nações Unidas (ONU). O termo inovou a questão ambiental, pois reconheceu a relação entre destruição da natureza, qualidade de vida e o subdesenvolvimento. Para compreender melhor a abrangência da sustentabilidade, podemos dizer que ela possui cinco dimensões, representadas no Quadro 1. Continue Lendo 6ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Dimensão Objetivo Exemplo Sustentabilidade social Buscar a melhoria da qualidade de vida e redução da desigualdade social Programas de capacitação profissional gratuitos. Sustentabilidade econômica Distribuir de forma mais igualitária os recursos, sejam financeiros ou naturais. Investimento em energia solar. Sustentabilidade ecológica Reduzir ao mínimo os impactos ambientais negativos. Destinar de forma adequada os materiais para reciclagem. Sustentabilidade espacial/ geográfica Equilibrar o desenvolvimento rural/agrícola com o crescimento das cidades. Incentivos de práticas sustentáveis no meio rural, como o cultivo de alimentos orgânicos. Sustentabilidade cultural Preservar e respeitar as culturas regionais. Preservação e manutenção de museus e festas locais. 7ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Recentemente, foi atribuída outra forma de analisar a sustentabilidade: por meio de dois eixos. O primeiro refere-se à natureza, é chamado de sustentabilidade ecológica, ambiental e demográfica. Está ligado ao desenvolvimento e aos limites que o meio ambiente pode manter, o crescimento da economia e a extração dos bens naturais, ao mesmo tempo que a população humana cresce. O segundo eixo é a sustentabilidade cultural, social e política, associada ao modo de vida das pessoas, seu papel cidadão e sua participação na sociedade. E como saber se a sustentabilidade foi alcançada? Na verdade, não há uma medição exata. Os pesquisadores recolhem indicadores e tentam chegar a um consenso. É necessário avaliar de forma distinta três dimensões principais: a econômica, a social e a ambiental. A junção desses resultados e posterior análise poderão dar uma impressão se o desenvolvimento sustentável tem sido incentivado. Verificar se a distribuição de renda é justa, o padrão de qualidade de vida é aceitável, se há bem-estar mínimo para a população, e aspectos ambientais como emissão de carbono, preservação dos recursos ambientais, disponibilidade de água potável, dentre outros indicadores das três dimensões, são estratégias para medir o grau de sustentabilidade. No entanto, é importante entender que, até o momento, não há uma fórmula exata e é complexo averiguar essa meta. Continue Lendo 8ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS RECURSOS NATURAIS: DEFINIÇÃO Recursos naturais são elementos da natureza fundamentais para a so- brevivência do ser humano que estão à disposição, mas precisam de alguns cuidados especiais, além de planejamento e uso consciente. Podemos também chamar de recursos naturais todos os bens que são extraídos da natureza de forma direta ou indireta e são transformados para a utilização do ser humano. Os recursos naturais mais importantes, dos quais dependemos inclu- sive para sobrevivência, são a água e o ar. Podemos viver sem petróleo, car- vão ou até mesmo energia elétrica, mas é impossível sobrevivermos sem ar e sem água. 9ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo O solo também é um recurso natural fundamental, componente dos ecossistemas e dos ciclos naturais, assim como um lugar de armazenamento de água e suporte essencial para agricultura, que, por sua vez, está direta- mente associada a nossa alimentação e sobrevivência. O solo é um recurso natural que precisa ser preservado e conservado de acordo com as necessi- dades e possibilidadesde cada região. Os recursos naturais que estamos conhecendo aqui podem se dividir em dois grupos, sendo eles: os recursos renováveis e os recursos não reno- váveis, conforme descritos e exemplificados a seguir. RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS O nome já nos indica o significado, os recursos naturais renováveis são aqueles que se renovam naturalmente, ou seja, não se esgotarão, pois à medida que são consumidos pelo homem, são capazes de se reconstruir. Podemos exemplificar por meio da energia eólica, que é resultante da ação dos ventos e, portanto, nunca vai esgotar. Outra energia renovável é a solar, que pode ser acumulada por meio de painéis. 10ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Existe uma grande preocupação com alguns recursos renováveis de- vido à falta de cuidado com o uso e de consumo consciente. Dizer que um recurso é renovável não significa que ele possa ficar indisponível nas condi- ções ideais de consumo humano, sendo o caso de água, solo e florestas. O problema é que embora sejam renováveis, a interferência do ser humano pode causar seu fim e torná-los recursos não renováveis, ou até mesmo al- terar suas condições originais e minimamente necessárias para consumo e uso. Por este motivo é fundamental e indispensável que o homem aprenda acerca de gestão dos recursos naturais, dando condições para que esses re- cursos continuem nesta categoria, sem comprometimento para as futuras gerações. RECURSOS NÃO RENOVÁVEIS Os recursos não renováveis são aqueles recursos que não tem a capa- cidade de se renovar naturalmente, o que o diferencia dos renováveis. Con- forme o homem vai utilizando ou explorando, esse recurso se aproxima mais Continue Lendo 11ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA do seu fim, sendo considerados recursos naturais limitados com consumo determinado e esgotável. Como exemplo de recurso natural não renovável temos o alumínio, o xisto, o gás natural, entre outros. Esses recursos não re- nováveis, conforme já conceituado, não podem ser restabelecidos pela na- tureza e, por isso, é necessário que o homem aprenda a utilizá-los de forma a ampliar o tempo de disponibilização na natureza. Nossa atenção deve ter o foco de identificar potencialidades e/ou ações capazes de garantir esse aumento na vida do recurso. A má gestão desses recursos pode levar a humanidade para um cená- rio muito preocupante em um futuro próximo e, além disso, comprometer as futuras gerações. É preciso muita cautela e a garantia do uso sustentável desses recursos, adequando o consumo conforme disponibilidade no meio ambiente e demanda necessária. Neste meio é necessário ainda levar em consideração muitos fatores, como região, cultura, número de habitantes, condições sanitárias, políticas públicas etc. Em geral são recursos que exis- tem em quantidade limitada ou então acabam sendo consumidos com mais rapidez do que a natureza é capaz de produzir. Continue Lendo 12ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA O ser humano precisa de planejamento adequado para não enfrentar dificuldades com o uso de recursos naturais que não sejam renováveis ou então que tenham dificuldade para se renovar. Quando se tem um planeja- mento que visa atender metas e objetivos em longo prazo é mais fácil evitar os problemas. Encontramos facilmente muitos projetos que visam garantir que os recursos não renováveis sejam usados com moderação para evitar o seu tér- mino antes do tempo ou até mesmo garantir sua disponibilização para sem- pre. Uma saída interessante e cada vez mais necessária é criar alternativas para substituir os recursos que não se renovarão, como soluções inteligen- tes e criativas para garantir uma vida confortável para futuras gerações. Na natureza encontramos muitos elementos para garantir nossa sobrevivência, mas a humanidade precisa entender que nem todos esses recursos estarão disponíveis para sempre. Algumas das alternativas já estão sendo utilizadas nos dias de hoje e devem passar a ser cada vez mais exigidas em grandes proporções. Pode- mos citar alternativas de energia para movimentar a indústria, o comércio, os transportes, a agricultura etc. Continue Lendo 13ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS Os recursos naturais precisam ser cuidadosamente preservados e to- dos nós temos papel fundamental nisso, partindo de ações simples e indi- viduais até as complexas e coletivas. Temos uma grande falha no processo — a educação. A educação como conceito significa dizer a forma que vamos implantar hábitos, costumes e valores em uma comunidade e ainda sermos capazes de transferir de uma geração para a seguinte. Conforme já mencionado, a água é um dos principais recursos natu- rais do Brasil, que possui uma das maiores reservas de água doce do mundo. O esgotamento, ou seja, a utilização total, de alguns desses recursos naturais pode ser catastrófico para o ser humano e, por isso, a sua conser- vação é de elevada importância. Os recursos naturais não renováveis como o petróleo são usados como Continue Lendo 14ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA fonte de energia para o funcionamento de motores de combustão em car- ros, por exemplo. Como um dia o petróleo vai acabar, é importante dispor de uma fonte de energia alternativa, como no caso do uso, na indústria de automóvel, do gás natural e da eletricidade. O fim dos recursos naturais pode causar grandes problemas para o homem e por isso é fundamental que se pense em estratégias para preser- vá-los/conservá-los. Os recursos naturais não renováveis estão disponíveis na natureza em quantidade limitada e correm risco com o consumo apressado pelo homem. Alguns exemplos de recursos que não se renovam são o ferro, o manganês, o petróleo, o carvão, o urânio, o estanho, a bauxita (minério de alumínio), a argila, o calcário, entre outros. Uma vez consumidos, esses recursos não podem ser renovados, ou levam algum tempo para isso. Desta forma é importante que a sociedade tenha consciência de que é preciso usar os recursos naturais de forma racio- nal, para não prejudicar as gerações futuras. A seguir apresentamos a defi- nição de alguns desses principais recursos: Continue Lendo 15ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA • Petróleo: é originado de restos fossilizados de plantas e animais; uma vez que as fontes de petróleo se esgotam, não poderão ser substituídas. É ne- cessário para produzir gasolina, diesel e combustível de aviação. Também é utilizado para produzir materiais plásticos e produtos químicos industriais. • Carvão: é o recurso não renovável em maior disponibilidade do mundo. A extração de carvão das minas cria muitos problemas para os seres huma- nos e o meio ambiente, pois gera muitos impactos negativos de grande sig- nificado (Figura 1). Podemos destacar que a combustão do carvão contribui para poluição do ar, mudanças climáticas globais, entre outros problemas ambientaise sociais. • Gás natural: é o resultado da decomposição de plantas e animais que fi- caram presos debaixo de rochas há milhões de anos. Embora o gás natural seja considerado um combustível fóssil “limpo”, os impactos ambientais para extraí-lo podem trazer sérias consequências para animais e as águas subterrâneas. Continue Lendo 16ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Figura 2. Mineração de carvão a céu aberto. Fonte: kemdim/Shutterstock.com. Continue Lendo 17ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E o que você sabe sobre desenvolvimento sustentável (DS)? A sustentabilidade é parte constituinte do desenvolvimento sustentável, entendido como o desenvolvimento que atende as demandas do presente, mas sem afetar as necessidades das gerações que virão. O conceito de desenvolvimento sustentável engloba também as necessidades para as pessoas mais carentes e que precisam de atenção governamental assim como o papel da tecnologia e das organizações sociais para a sustentabilidade. Cavalcanti (apud SCHWANKE, 2013) pregou de forma resumida que o desenvolvimento sustentável ideal teria como elementos pouco uso de matéria e energia, baixo impacto ambiental, ao mesmo tempo que maximizaria o bem-estar DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS Continue Lendo 18ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA social e a eficiência dos recursos da natureza. Outros conceitos importantes para entender sobre o desenvolvimento sustentável são os seguintes: • Produção sustentável: são os mecanismos de produção de produtos a partir da natureza que não interfere de forma drástica no ecossistema, na qualidade de vida dos colaboradores ou da comunidade. Ou seja, a produção é pensada para minimizar a geração dos poluentes e beneficiar os indivíduos. • Consumo sustentável: preconiza a reflexão e a mudança de hábito de consumo tanto da população quanto de todos os setores da sociedade. A proposta não visa o banir o consumo, mas evitar o desperdício de matéria- prima, energia e resíduos a fim de diminuir os danos no meio ambiente. • Economia verde: é a economia voltada para o respeito ao meio ambiente e à ruptura da desigualdade social. O investimento público e privado faz parte do ramo, pois é visto como uma ação transformadora por almejar a eficiência dos recursos energéticos, proteger a biodiversidade e evitar os poluentes da economia tradicional. Continue Lendo 19ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA De forma resumida, os requisitos para que se tenha o desenvolvimento sustentável é o uso racional dos recursos naturais, com o menor impacto ambiental possível, o uso de tecnologias que favoreçam a preservação da vida, e o empenho para melhorar os problemas sociais que possam afetar a qualidade de vida das pessoas. TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS Para atingir o desenvolvimento sustentável, a preocupação ambiental deve ser constante e com planejamento das consequências ambientais para as próximas gerações. O uso de tecnologias que não agridam o meio deve ser priorizado. Diante disso, a escolha por recursos naturais renováveis é inerente. A economia, de forma, geral, é ainda muito dependente dos recursos não renováveis. Continue Lendo 20ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA É indispensável conhecer as tecnologias utilizadas para substituir gradativamente os recursos não renováveis. Além do fato da não finitude, de forma geral, as tecnologias que utilizam os recursos renováveis tendem a ser menos poluente, mais baratas a médio e longo prazo, terem menor impacto ambiental e fomentarem o desenvolvimento sustentável. Conheça as tecnologias: • Plásticos biodegradáveis: nomeados também de biopolímeros, sua matéria- prima deriva de cultivos como do milho, cana-de-açúcar, óleos e girassol. Ao mudar a base de petróleo pelos recursos renováveis, o plástico contribui a preservação do meio ambiente e reduz o impacto dos plásticos em aterros sanitários. A biodegradação ocorre pela ação de fungos, bactérias ou ainda enzimas, e não são tóxicas para as pessoas. Continue Lendo • Energia hidrelétrica: a energia é resultado da força gravitacional das turbinas hidráulicas conectadas ao gerador de energia. Representa a principal fonte de energia do país e é considerada uma das fontes mais limpas e eficientes. No entanto, não é isenta de impacto ambiental. Devido à implementação de 21ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA grandes usinas, a área alagada cobre muitas vezes florestas e comunidades. Além disso, o lago artificial pode alterar a regulação das chuvas, umidade e a vida aquática do rio. • Energia eólica: devido à força dos ventos que são captados pelas hélices ligadas a uma turbina, a energia é gerada. Os parques eólicos apenas precisam de regiões com intensidade de ventos, como em muitas localidades das regiões Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil. O país é destaque no mundo pela implementação das usinas eólicas e possui o maior parque da América Latina. Apesar de não gerar resíduos, os impactos advêm da poluição visual, da poluição sonora que pode afetar o ecossistema e de acidentes mortais da colisão das aves com as hélices. • Energia solar: os raios solares podem servir para aquecimento da água ou mesmo serem captados para conversão em energia elétrica. O impacto ambiental é praticamente nulo e a manutenção dos equipamentos é barata. A desvantagem se dá pelo alto valor de investimento inicial e por ser dependente dos raios solares. No entanto, em um país tropical como o nosso, esse fator não é uma preocupação. Continue Lendo 22ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA • Energia geotérmica: a produção de energia tem origem no calor do interior da Terra. Há mínima geração de resíduos e lançamento de gases poluentes. Outra vantagem é o pouco espaço necessário para a implementação da energia geotérmica. O ponto negativo desse tipo de fonte de energia deve- se ao custo elevado dos instrumentos e por tratar-se de uma tecnologia aplicável em poucos lugares. • Biomassa: é toda e qualquer matéria orgânica que pode ser queimada para geração de energia. A queima pode produzir calor ou ser convertido em fonte de energia. Materiais sólidos como restos de animais e plantas podem ser transformados em combustíveis sólidos na queima ou gasosos e líquidos, os chamados biocombustíveis. A biomassa pode ter origem animal, como do esterco, e nos resíduos de plantas como a cana-de-açúcar, do algodão e das casca de arroz ou do coco. A biomassa sólida pode ser vista com uma fonte de renda, pois se pode cultivar árvores de rápido crescimento para a queima e posterior processamento para biomassa. As vantagens são os custos moderados, a chance de recuperar áreas degradadas, o potencial de suprimentoem uma determinada área e não exigir um solo rico em Continue Lendo 23ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA nutrientes (se a planta escolhida for 86 Tecnologias para o desenvolvimento sustentável adaptada ao meio). Como desvantagens salientam-se a erosão do solo, a perda do habitat natural, a queima feita de forma irregular ou poluente, e a emissão de gás carbônico, se a produção não for planejada de forma sustentável. Determinados biocombustíveis sólidos podem tornar- se gasosos e líquidos, o que origina o biogás, o etanol e metanol líquido. O etanol pode ser produzido da cana-de-açúcar (mais comum no Brasil), beterraba, girassol, sorgo e milho. O metanol pode ter como matéria- -prima madeira, resíduos agrícolas, lodo de esgoto e lixo. As vantagens são a opção por substituição da gasolina (derivada do petróleo), pouca emissão de gás carbônico e as inúmeras possibilidades de matéria-prima. Como ponto negativo, a falta de adaptação dos carros, o custo elevado, a corrosão de determinados materiais e a menor autonomia de rodagem em comparação com a gasolina. 24ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo PRODUÇÃO MAIS LIMPA A definicao do conceito de Producao Mais Limpa (P+L) foi elaborada pelo Programa das Nacoes Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), no ini- cio da decada de 1990. Segundo esse orgao, o P+L corresponde a aplicacao continua de uma estrategia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos e servicos para aumentar a ecoeficiencia e reduzir os riscos ao ho- mem e ao meio ambiente (UNIDO, 2011). Desde 1994, o PNUMA, em parceria com a Organizacao das Nacoes Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), vem desenvolvendo esse modelo de producao, quando se estabeleceu o programa Centro Nacional de Producao mais Limpa (CNPML). Tal programa visa incentivar a criacao de centros de P+L, especialmente nos paises em desenvolvimento, sendo que o ONUDI atua como agencia executiva, administrando os recursos financei- ros e provendo orientacao tecnica nos processos industriais abordados pe- los centros e o PNUMA se responsabiliza pela disseminacao de conceitos, desenvolvimento de estrategias, ferramentas, politicas e disponibilizacao de materiais sobre P+L. 25ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo No Brasil, o Centro Nacional de Tecnologias Limpas foi fundado em 1995 e se encontra na unidade local do Servico Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), vinculado a Federacao das Industrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). Entre as atividades do centro, destaca-se a disseminacao da informacao; a implementacao de programas de Producao mais Limpa nos setores produtivos; a capacitacao de profissionais e a atuacao em politicas ambientais (CNTL/SENAI-RS, 2011). Os principais beneficios economicos e ambientais da adocao de pro- gramas de P+L incluem: eliminacao dos desperdicios, minimizacao ou eli- minacao de materias-primas que causem impactos ambientais negativos, reducao de residuos e emissoes, reducao dos custos de gerenciamento dos residuos, minimizacao dos passivos ambientais, incremento na saude e se- guranca no trabalho (SEBRAE/CNTL/SENAI-RS, 2005). A produção mais limpa apresenta os tres niveis de intervencao, em ordem decrescente, segundo classificacao de CNTL/ SENAI-RS (2011). As- sim, o nivel 1 e o que mais se destaca e corresponde a evitar a geracao de residuos e emissoes. Para aqueles residuos que nao podem ser reduzidos ou evitados, eles devem ser reintroduzidos no processo produtivo, por meio 26ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo da reciclagem interna (nivel 2). O nivel 3 se refere a residuos que devem ser enviados para uma reciclagem externa a empresa, pela impossibilidade de aproveitamento no processo de producao. O QUE É O MERCADO DE CARBONO Da conferência realizada no Rio de Janeiro em 1992 (Rio-92) emergiram documentos identificando que as principais fontes de poluição ambiental eram decorrentes principalmente dos padrões de produção e consumo dos países desenvolvidos. A Convenção do Clima, um dos tratados da Rio-92, definiu então metas de emissões para os países industrializados, a fim de estabilizar suas concentrações de gases de efeito de estufa em níveis que não implicassem alterações climáticas perigosas, de forma a permitir uma adaptação natural e progressiva dos ecossistemas às alterações climáticas. Para ajudar os países desenvolvidos a cumprir suas metas compulsórias de redução de emissão dos gases de efeito estufa, o Protocolo de Kyoto 27ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo — uma atualização da Convenção do Clima — estabeleceu os chamados mecanismos de flexibilização, entre eles o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), uma iniciativa brasileira. O MDL representa a cooperação entre países que não possuem obrigatoriedade (nações em desenvolvimento) de redução das emissões de gases de efeito estufa e os que têm essa imposição, que seriam os países desenvolvidos. Por esse mecanismo, uma empresa num país em desenvolvimento pode oferecer créditos de carbono para outra que esteja em um país desenvolvido, para que cumpra sua meta de redução. O cálculo é feito assim: um crédito de carbono representa a não emissão de uma tonelada de carbono na atmosfera. Portanto, esses mecanismos de flexibilização do Protocolo de Kyoto criaram o mercado de carbono, que confere valor monetário ao “[...] serviço prestado por uma empresa para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, em nome de outra empresa ou país. Esse mercado movimentou em 2009 cerca de 140 milhões de dólares” (ROCHA, 2012, p. 138). O mercado de carbono vem sendo utilizado para reduzir os custos de mitigação do efeito estufa e é um importante instrumento no regime climático global. No Brasil, está descrito na Política Nacional sobre Mudança do Clima. 28ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo Mesmo fora do Protocolo de Kyoto ocorrem transações de créditos de carbono, no chamado mercado voluntário, que são iniciativas voluntárias de empresas e instituições que não têm obrigações de reduzir emissões, mas que desejam compensá-las mediante a aquisição de créditos de carbono Em 29 de dezembro de 2009, o governo brasileiro deu um passo histórico ao instituir a Política Nacional de Mudança do Clima por meio da Lei Federal nº 12.187. Essa lei continha os seguintes planos setoriais: redução de 80% do desmatamento na Amazônia; redução de 40% do desmatamento no bioma cerrado; ações para o setor de energia, agricultura, pecuária e indústria. Entre as iniciativas previstas, estava o mercado de créditos de carbono. Entretanto, problemas como falta de transparência e efetividade na organização dos fundos para o clima, contingenciamento e má gestão dos recursos, inação governamental e recessão econômica desafiaram a confiabilidade da aplicação, interferiram no interesse privado emempréstimos de baixo carbono e descontinuaram os processos, levando ao insucesso da aplicação da lei. SAIBA MAIS 29ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo em um mercado alheio a Kyoto (INSTITUTO ECOLÓGICA, [2020?]). Existem duas principais corretoras que realizam transações no mercado voluntário: Chicago Climate Exchange (norte-americana) e European Climate Exchange (europeia). Os créditos de carbono podem ser gerados em qualquer lugar do mundo e são auditados por uma entidade independente do sistema das Nações Unidas. Os créditos obtidos nos mercados voluntários apresentam operações menos burocráticas, mas não valem como redução de metas dos países. Podem entrar nesse sistema projetos que tenham estruturas não reconhecidas pelo mercado regulado (RETTMANN, [2020]). O mercado voluntário de créditos de carbono apresenta maior potencial para contribuição do desenvolvimento sustentável localmente em comparação com o mercado regulado, devido à sua maior flexibilidade, à diversidade de atores e à exigência da demonstração dos benefícios declarados (GOMES; SILVA; CARVALHO, 2017). O principal mecanismo de crédito nesse segmento voluntário é a Redução de Emissões Proveniente de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD), em que as empresas financiam projetos de preservação de florestas, manejo florestal sustentável e aumento dos estoques de carbono em áreas de floresta. 30ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo Esses créditos servem para manter, implementar ou melhorar reservas florestais, reservas de povos tradicionais e propriedades privadas com biomas preservados. As empresas, por sua vez, são reconhecidas como ambientalmente corretas. No mercado voluntário de créditos de carbono, os projetos de REDD estão tendo uma aceitação positiva e gerando negócios. No Brasil, foi criado o Fundo Amazônia pelo decreto nº 6.527/2008, com o intuito de apoiar as ações de REDD mediante doações dos países ricos, parceiros internacionais e do próprio governo federal (CHAVES, 2015). Há muitos projetos interessantes de inovação e inclusão social no mercado voluntário. Já o mercado regulado apresenta mais comumente projetos de grande escala, envolvendo geração de energia, tratamento de resíduos urbanos e industriais, etc. As organizações podem ter diferentes objetivos ao participar do mercado de créditos de carbono. Algumas, apesar de não terem obrigatoriedade de redução de emissão de gases de efeito estufa, realizam essas ações para gerar créditos e obter receitas, além de melhorar sua imagem junto ao público e 31ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA agregar valor aos seus produtos, por ficarem vinculadas à sustentabilidade. Esse tipo de empresa vislumbra a redução de emissões como investimento e oportunidade e não como custo. Enquanto isso, outras, por terem a imposição legal de redução de emissões, contam com os mecanismos do mercado de carbono, que ajuda a minimizar seus custos. Os projetos de (MDL) das empresas podem se concentrar em criar novas fontes de energia, tornar mais eficientes seus processos produtivos ou substituir combustíveis fósseis por outros de fontes renováveis. Dessa forma, contribuem com a redução de emissões de gases. Um modo de gerar créditos de carbono é pela substituição de combustíveis não renováveis em fábricas, como lenha obtida de desmatamento, por biomassas renováveis, que emitem menos gases de efeito estufa e contribuem para diminuir a derrubada de florestas. Dessa forma, é calculado quanto de carbono deixou de ser emitido devido à substituição do combustível, e o equivalente se reverte em créditos de carbono. Continue Lendo 32ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Um exemplo de projeto é o da unidade da Usina Coruripe Açúcar e Álcool, localizada em Campo Florido (MG). Como ação estratégica de gestão ambiental, a empresa passou a gerar eletricidade a partir da queima de bagaço de cana, que é fonte renovável de energia. Esse projeto ajudou a reduzir em 7 mil toneladas as emissões de gases de efeito estufa entre 2007 e 2008. EXEMPLO As empresas que compensam seu alto nível de emissões comprando créditos nesse mercado ajudam indiretamente a manter projetos de recuperação de áreas degradadas e de reflorestamento, bem como projetos sociais e educacionais de comunidades vulneráveis, entre outros. Continue Lendo 33ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA REVALORIZAÇÃO PELA PERSPECTIVA ECOLÓGICA DOS BENS DE PÓS-CONSUMO Os produtos de pós-consumo que não retornam ao ciclo produtivo ocasionam problemas com o acúmulo em lixões, além de ser um fator negativo para a imagem da empresa. Nesse caso, os custos ecológicos, ou seja, o impacto de tal descarte inadequado no meio ambiente agrava a situação e preocupa a sociedade. Por isso, a revalorização dos bens possui papel relevante para o reaproveitamento de materiais/embalagens em fi m de vida útil, em vez de simplesmente recorrer ao descarte: A revalorização ecológica de um bem em fim de vida é entendida como a eliminação ou a mitigação desse somatório de custos dos impactos no meio ambiente provocados pela ação nociva de produtos nocivos à vida humana ou pelo excesso desses bens. Agrega-se valor ecológico ao bem de pós-consumo por meio do equacionamento de sua logística reversa, de modo que se recapture o valor correspondente a esses custos, nem sempre plenamente tangível (LEITE, 2009, p. 114) Continue Lendo 34ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA O descarte incorreto de resíduos é, muitas vezes, visível; assim, os clientes, então, preferem comprar de empresas que cuidem da logística reversa dos seus produtos e evitem a degradação da natureza. A sensibilidade ecológica do consumidor origina-se da sua repugnância ao aspecto sujo das grandes cidades e dos riscos à saúde, ameaçando a sua qualidade de vida. Assim, segundo Leite (2009, p. 116), as empresas estão incorporando questões ambientais nas suas estratégias: Essa percepção e crescente sensibilidade com relação ao meio ambiente tornou-se obrigatória em declarações de missões empresariais. As estratégias de gestão de meio ambiente passaram a constituir parte integrante da reflexão empresarial, pelo menos nas empresas líderes consideradas excelentes em seus setores. O consumidor mais sensível precisa de informações sobre os impactos dos produtos e processos no meio ambiente. Continue Lendo A logística reversa surge para amenizar esse problema. A logística reversa de pós-consumo representa uma alternativa para o reaproveitamento de produtos, resíduos e componentes que antes afetavam o meio ambiente. 35ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Nesse sentido, o conceito de desenvolvimento sustentávelprecisa ser entendido como processo contínuo de empresas e pessoas que constituem as cidades: [...] desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a exploração de recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas (ONU, apud LEITE, 2009, p. 117). O desenvolvimento sustentável pode ser realizado de diferentes maneiras, porque cada país ou região possui as suas prioridades econômicas e o seu ecossistema específico. Assim, as metas de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) são requisitos mínimos para os países cumprirem, sendo que cada país pode e deve identificar a sua realidade para conseguir alcançar essas metas. Os objetivos 11 e 12 da ONU dizem respeito à sustentabilidade, sendo o objetivo 11 focado em comunidades e cidades sustentáveis. Salientam-se algumas das metas do objetivo 11 da ONU: Continue Lendo 36ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as capacidades para o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e sustentáveis, em todos os países; Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo; Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita nas cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros; Apoiar relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre áreas urbanas, periurbanas e rurais, reforçando o planejamento nacional e regional de desenvolvimento; Apoiar os países menos desenvolvidos, inclusive por meio de assistência técnica e financeira, para construções sustentáveis e resilientes, utilizando materiais locais (UNITED NATIONS, 2017, documento on-line). Observamos, nas metas do objetivo 11 da ONU, o foco em cidades que funcionem de forma mais sustentável, por meio do planejamento e da redução de impactos ambientais. O prazo para o cumprimento dessas metas é até o ano de 2030, um desafio a ser encarado principalmente nos países em desenvolvimento. Por isso, uma das metas solicita o apoio dos países desenvolvidos para que todos consigam atingir o desenvolvimento sustentável. Continue Lendo 37ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Conheça as práticas sustentáveis na agricultura e agropecuária no link a seguir. https://goo.gl/jrDLN7 LINK A ONU possui outros objetivos relacionados ao desenvolvimento sustentável, como os objetivos 12, 13, 14 e 15. O objetivo 12 está relacionado à produção e ao consumo sustentáveis, tendo foco na prática que reduza o impacto ambiental. O objetivo 13 está associado à ação climática, visto que a poluição causa mudanças climáticas em nível mundial que afetam a vida no planeta. O objetivo 14 visa proteger a vida marinha, tendo em vista que o ecossistema marinho é afetado por resíduos descartados nos mares e oceanos. Continue Lendo 38ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA A educação ambiental para conscientização precisa ser realizada. A logística reversa contribui para essa conscientização, já que aproveita os resíduos nas empresas. Uma empresa pode gerar produtos a partir dos resíduos coletados nos oceanos, por exemplo. O objetivo 15 tem a finalidade de proteger a vida terrestre, como, por exemplo, a preservação de florestas. LOGÍSTICA REVERSA E CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS O ciclo de vida de um produto precisa ser analisado pelas empresas para que possam tomar decisões assertivas. Existem quatro principais momentos do ciclo de vida do produto: • Introdução — é o lançamento do produto no mercado e início das vendas. • Crescimento — expansão das vendas, quando o consumidor começa a estabelecer uma relação de confiança com o produto. • Maturidade — momento em que o produto está consolidado no mercado, sendo conhecido pelos consumidores. Continue Lendo 39ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA • Declínio — quando o produto não é mais procurado pelo cliente, por diferentes motivos, como sair de moda e tornar-se obsoleto em relação a outros produtos novos. Como último momento do ciclo de vida, o declínio precisa ser tratado com cuidado nas empresas e planejado desde a concepção do produto. A empresa pode adotar estratégias para prolongar o tempo de maturidade do produto no mercado, com grandes ou pequenas inovações. As empresas existentes há vários anos costumam fazer isso, adaptando o produto às demandas atuais e, assim, evitam o seu declínio. Porém, há casos em que o declínio do produto é inevitável, como, por exemplo, os produtos tecnológicos, que se tornam rapidamente obsoletos. Nesses casos, a empresa precisa estar ciente de que tem de vender o mais rápido possível, provendo o produto. Também deve estar ciente de que o processo de logística reversa de pós- consumo já é esperado pelos clientes que desejarem se desfazer do bem. A concepção de adquirir um bem, usá-lo e descarta-lo caracteriza a cultura do consumismo. As empresas lançam novos produtos com inovações, Continue Lendo 40ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA às vezes, até insignificantes, mas a publicidade estimula tanto o consumidor que ele compra por questão de moda ou status. Até o público infantil é alvo dessas estratégias de vendas. Nessa cultura de consumo, existem três fatores determinantes: • preocupação em vender para poder produzir cada vez mais; • mercado de massa para atingir o maior número de consumidores possível; • novos produtos, em que a moda é mais importante do que a durabilidade e a utilidade. Em contrapartida, está se formando um novo modo de pensar: a cultura ambientalista. Nesse contexto, a ideia é reduzir o consumo, reutilizar e reciclar quando possível. Essa cultura prioriza a responsabilidade social e empresarial com o meio ambiente, por meio do descarte correto dos resíduos. A cultura ambientalista se opõe à cultura do consumismo, por isso, critica-o em vários aspectos. Continue Lendo 41ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Para satisfazer a esse novo cliente, que pensa de forma sustentável, as empresas estão investindo na análise do ciclo de vida dos produtos e seu impacto ambiental, conforme Leite (2009, p. 122): A análise do ciclo de vida útil dos produtos estuda o impacto ambiental gerado pelos produtos desde o momento da extração das matérias-primas e outros insumos utilizados em sua fabricação — de alguma maneira já contabilizando os recursos naturais utilizados, os impactos causados pelo transporte para internalização dos insumos e para distribuição direta dos produtos e reversa dos pós-consumos — até sua disposição final, motivo pelo qual também é conhecida como análise do produto do berço até o túmulo. Então, a análise do ciclo de vida útil do produto trata de medir o impacto ambientaldo produto ao longo da cadeia de suprimentos direta e reversa. Essa medição inclui, por exemplo, pensar o tempo de degradação de determinada embalagem e a sua substituição por outra menos prejudicial ao meio ambiente. Também podemos pensar na fabricação de produto que o consumidor pode reutilizar com facilidade. Continue Lendo 42ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS Continue Lendo INTRODUÇÃO Os resíduos industriais são gerados nos processos de produção de bens de consumo, e seu gerenciamento, tratamento e destinação final são um dos desafios que empresários e técnicos enfrentam em suas rotinas di- árias. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS NA INDÚSTRIA As atividades industriais geram diferentes tipos de resíduos, originados dos mais diversos ramos, como metalurgia, celulose e papel, setor alimentício, mineração, entre outros (JARDIM; YOSHIDA; MACHADO FILHO, 2012). O 43ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo artigo 13, da Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), define resíduos industriais como aqueles gerados nos processos produtivos e instalações industriais. Entre os resíduos industriais, inclui-se também grande quantidade de material perigoso, que necessita de tratamento especial devido ao seu alto potencial de impacto ambiental e à saúde. De acordo com ABNT NBR 10.004, de 30 de novembro de 2004, os resíduos sólidos são classificados da seguinte maneira (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004): Classe I — Resíduos perigosos: são aqueles que apresentam periculosidade. A periculosidade de um resíduo se encontra em suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, que apresentam riscos à saúde pública (provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices) e ao meio ambiente (quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada). Esses resíduos exigem tratamento e disposição especiais em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. 44ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo A NBR 10.004/2004 ressalta ainda que os resíduos perigosos podem ser classificados assim (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004): • Inflamabilidade: um resíduo é classificado como inflamável quando: • é líquido e tem ponto de fulgor inferior a 60°C, determinado conforme ABNT NBR 14598, de 4 de dezembro de 2012, ou equivalente, excetuando-se as soluções aquosas com menos de 24% de álcool em volume; • não é líquido e é capaz de, sob condições de temperatura e pressão de 25°C e 0,1 MPa (1 atm), produzir fogo por fricção, absorção de umidade ou por alterações químicas espontâneas; quando inflamada, tem queima vigorosa e persistentemente, dificultando a extinção do fogo; • é um oxidante definido como substância que pode liberar oxigênio e, como resultado, estimular a combustão e aumentar a intensidade do fogo em outro material; 45ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo • é um gás comprimido inflamável, conforme a Legislação Federal sobre transporte de produtos perigosos (Portaria nº. 204, de 20 de maio de 1997, do Ministério dos Transportes). • Corrosividade: um resíduo é classificado como corrosivo se: • for aquoso e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou superior ou igual a 12,5, ou se sua mistura com água, na proporção de 1:1 em peso, produzir uma solução que apresente pH inferior a 2 ou superior ou igual a 12,5; • for líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água, produzir um líquido e corroer o aço (COPANT 1020) a uma razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma temperatura de 55°C, de acordo com USEPA SW 846 ou equivalente. • Reatividade: um resíduo é classificado como reativo se apresentar as seguintes propriedades: • ser normalmente instável e reagir de forma violenta e imediata, sem detonar; • reagir violentamente com a água; 46ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo • formar misturas potencialmente explosivas com a água; • gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades suficientes para provocar danos à saúde pública ou ao meio ambiente, quando misturados com a água; • possuir em sua constituição os íons CN− ou S2− em concentrações que ultrapassem os limites de 250 mg de HCN liberável por quilograma de resíduo ou 500 mg de H2S liberável por quilograma de resíduo, de acordo com ensaio estabelecido no USEPA — SW 846; • ser capaz de produzir reação explosiva ou detonante sob a ação de forte estímulo, ação catalítica ou temperatura em ambientes confinados; • ser capaz de produzir, prontamente, reação ou decomposição detonante ou explosiva a 25°C e 0,1 MPa (1 atm); • ser explosivo, definido como uma substância fabricada para produzir um resultado prático, por meio de explosão ou efeito pirotécnico, esteja ou não esta substância contida em dispositivo preparado para esse fim. 47ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo • Toxicidade: um resíduo é classificado como tóxico se apresentar estas propriedades: • quando o extrato obtido da amostra, segundo a ABNT NBR 10.005, de 30 de janeiro de 2004, contiver qualquer um dos contaminantes em concentrações superiores aos valores constantes no anexo F; • quando possuir uma ou mais substâncias constantes no anexo C da NBR 10.004/2004 e apresentar toxicidade. • Patogenicidade: o resíduo será patogênico se houver suspeita de conter micro-organismos patogênicos, proteínas virais, ácido desoxirribonucleico (ADN) ou ácido ribonucleico (ARN) recombinantes, organismos geneticamente modificados, plasmídeos, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes de produzir doenças em homens, animais ou vegetais. Classe II — Resíduos não perigosos: os resíduos não perigosos, por sua vez, dividem-se em duas subclasses: • II A — Não Inertes: apresentam como propriedades principais a biodegradabilidade e a combustibilidade ou solubilidade em água. 48ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo • II B — Inertes: tipo de resíduo que, devido as suas características e composição físico-química, não sofre transformações físicas, químicas ou biológicas de relevo, mantendo-se inalterados por um longo período de tempo. De acordo com a legislação, os resíduos inertes estão aptos a ser depositados em aterros sanitários. Toda movimentação de resíduos de um empreendimento ou empresa deve ser documentada. Uma planilha de movimentação de resíduos atua como meio de registro de toda a remessa de resíduos que está sendo destinada. FIQUE ATENTO 49ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOSINDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo É importante que as empresas disponibilizem lixeiras devidamente identificadas para cada tipo de resíduo. A resolução CONAMA nº. 275, de 24 de abril de 2001, dispõe do código de cores para os diferentes tipos de resíduos a ser adotado na identificação de coletores e transportadores (BRASIL, 2001). Os recipientes utilizados no acondicionamento deverão estar etiquetados, seguindo o código de cores: • azul: papel/papelão; • vermelho: plástico; • verde: vidro; • preto: madeira; • amarelo: metal; • laranja: resíduos perigosos; • roxo: resíduos radioativos; • marrom: resíduos orgânicos; • cinza: resíduo geral não reciclável, ou misturado, ou contaminado, não passível de separação. Exemplos: papel (embolado, etiquetas e toalhas), 50ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo embalagens (chicletes, balas e alimentos), clipes e grampos, caneta e pincel atômico, luvas, borracha. O armazenamento dos resíduos sólidos Classe I (perigosos) deve ser conforme a norma ABNT NBR 12.235/1992. Essa norma dispõe que o armazenamento deve ser feito de modo a não alterar a quantidade/qualidade do resíduo. O resíduo deve ser acondicionado até reciclagem, recuperação, tratamento e/ou disposição final, em contêineres, tambores, tanques e/ou a granel. A norma exige que seja feita uma análise das propriedades físicas e químicas do resíduo antes de ele ser armazenado (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1992). O local utilizado para o armazenamento de resíduos sólidos deve ser projetado de modo que o perigo de contaminação ambiental seja minimizado; que sejam respeitadas as distâncias indicadas pela legislação vigente no que se refere a mananciais hídricos, lençol freático, núcleos habitacionais, logradouros públicos, rede viária, atividades industriais que poderão gerar faíscas, vapores reativos, umidade excessiva, etc.; que sejam evitados os riscos potenciais de fenômenos naturais como chuva, ventanias, inundações, 51ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo marés altas, queda de barreiras, deslizamentos de terra, afundamento do terreno, erosão, etc. O local também deve ser isolado de forma que impeça o acesso de pessoas estranhas e sinalizado de forma que indique o risco presente no local. Veja alguns exemplos de sinalização de risco na Figura 2. Figura 2. Algumas sinalizações utilizadas para indicar risco. Fonte: Cool Vector Maker/Shutterstock. com. 52ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo A norma aplicável ao armazenamento de resíduos Classe II (não perigosos) é a NBR 11.174/1990. Essa norma dispõe que o armazenamento deve ser feito de maneira que minimize o risco de contaminação ambiental. O local deve ser aprovado pelo órgão ambiental do estado e atender a legislação específica. Os resíduos de Classe II não devem ser armazenados com resíduos de Classe I. O armazenamento pode ser realizado em contêineres e/ ou tambores, em tanques e a granel (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1990). VANTAGENS DO GERENCIAMENTO AMBIENTAL EM INDÚSTRIAS O principal objetivo do licenciamento ambiental é promover o desenvolvimento (da sociedade e da economia) sem impactar de forma negativa no meio ambiente, para que tanto as gerações do presente como 53ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA as futuras desfrutem de um ambiente equilibrado. Nesse contexto, todas as atividades que, de uma forma ou outra, estão sujeitas a impactos ambientais deverão estar munidas do licenciamento ambiental. O licenciamento é uma exigência legal. Mas quais são exatamente as vantagens/ benefícios do licenciamento ambiental? Não é apenas o meio ambiente que sai ganhando com o licenciamento de determinada atividade, mas também toda a sociedade. Entre alguns dos principais benefícios do licenciamento ambiental para o meio ambiente, pode-se citar: • proteger o meio ambiente para as futuras gerações; • proteger os ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; • planejar e fiscalizar o uso dos recursos ambientais; • garantir a qualidade dos recursos renováveis; • racionalizar o uso do solo, do subsolo, da água e do ar; • proteger áreas ameaçadas de degradação. Em se tratando das vantagens que empresas/corporações poderão obter com a implantação de um PGRS (Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos), pode-se citar: Continue Lendo 54ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA • Benefícios estratégicos: diferenciação no mercado; demonstração do compromisso da empresa com o meio ambiente e com o futuro; confiança oferecida às partes interessadas; melhoria na imagem perante órgãos regulamentadores; facilidade na obtenção de licenças e autorizações; simpatia de clientes e usuários; facilidade no acesso ao mercado internacional; atração de parceiros; antecipação à tendência de caráter mandatário e às exigências dos clientes, entre outros. • Benefícios operacionais: melhoria na gestão de riscos ambientais atuais e futuros; melhoria dos procedimentos operacionais; melhoria da produtividade; melhoria nas condições de saúde e segurança no trabalho; redução de acidentes que impliquem responsabilidade civil; estabelecimento de rotina para análise das áreas do negócio que possam afetar o meio ambiente; estímulo ao desenvolvimento e compartilhamento de soluções ambientais; facilidade na transferência de tecnologia; melhoria no desempenho dos funcionários e dos equipamentos, entre outros. • Benefícios financeiros: diminuição dos riscos de incorrer em infrações legais e regulamentares; redução potencial nas despesas com seguros, produtos e serviços adquiridos, além do comportamento global no mercado; possibilidade de redução de custos; possibilidade de economia de despesas no consumo de água, energia e matéria-prima. Continue Lendo 55ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Os principais objetivos do PGRS são a minimização da geração de resíduos; a destinação correta dos resíduos; a diminuição dos impactos ambientais e visuais; a preservação dos recursos naturais renováveis e não renováveis; a receita na venda de materiais recicláveis; a redução dos gastos de disposição; a diminuição da quantidade de resíduos destinados aos aterros sanitários; o marketing positivo, em virtude da imagem de responsabilidade social e ecológica da empresa adepta de tais práticas; a satisfação da sociedade; o cumprimento da Legislação em vigor; a melhoria da qualidade de vida, tanto das pessoas como dos seres vivos. Em relação às vantagens que empresas poderão obter com práticas de gerenciamento ambiental, a norma ISO 14.001 (sistema de gestão ambiental) descreve que, além de responder às exigências da comunidade mundial e do consumidor-cidadão, elas também oferecem às organizações vantagens competitivas matematicamente mensuráveis, como (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004):• maior satisfação dos clientes, pois o consumidor esclarecido hoje valoriza muito mais as empresas e produtos que demonstrem bom desempenho ambiental; Continue Lendo 56ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA • melhoria da imagem da empresa junto a clientes, governo, comunidade, vizinhos, ONGs e mídia; • conquista de novos mercados, pois a preocupação ambiental é um fator de competitividade, facilitando a expansão em novos mercados, e a empresa que souber explorar bem esse aspecto conseguirá cativar novos clientes; • redução de custos pela eliminação de desperdícios, obtida com uma análise cuidadosa do uso de água e energia e da geração de resíduos, pelo menor risco de ter de arcar com multas ou ações legais por descumprimento da legislação e pelo menor passivo ambiental, com menores riscos para administradores e acionistas; • conscientização ambiental de toda a empresa, do pessoal da produção, do setor ambiental, de todos os seus diretores, gerentes, projetistas e operários, que perpetuam isso pela comunidade em que habitam; • maior permanência no mercado, por não ocorrerem reações negativas dos consumidores; • maior facilidade na obtenção de financiamentos, pois uma empresa com um bom desempenho ambiental tem mais facilidade de conseguir financiamento junto a bancos e órgãos ambientais, além de desfrutar de uma melhor imagem; Continue Lendo 57ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA • maior interesse da empresa em demonstrar à sociedade que ela tem um sistema de gestão ambiental estruturado e que as ações preventivas têm prioridade sobre as corretivas, ou seja, que a empresa adota todas as medidas necessárias para evitar impactos ambientais, qualquer que seja sua relevância. A gestão ambiental em organizações, de acordo com Jabbour (2013), quando implantada, pode gerar vários benefícios. Quanto mais evoluída a gestão ambiental de uma organização, mais intensos e mais diversificados poderão ser os benefícios auferidos. Geralmente, essas vantagens estão associadas a dois tipos de benefícios: • Benefícios internos: estão relacionados a melhorias observadas nas diversas dimensões do desempenho organizacional, como o desempenho operacional, o desempenho em inovação e o desempenho de mercado. • Benefícios externos: podem ser entendidos como contribuições que se estendem à sociedade de forma mais ampla, como a influência sobre as regulamentações ambientais, as contribuições para o desenvolvimento sustentável e as parcerias com outras organizações. Continue Lendo 58ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo REFERÊNCIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 14001: sistemas da gestão ambiental: requisitos com orientações para uso. São Paulo: ABNT, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11174: armazenamento de resíduos classes II — não inertes e III — inertes. Rio de Janeiro: ABNT, 1990. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12235: armazenamento de resíduos perigosos. Rio de Janeiro: ABNT, 1992. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: classificação de resíduos. São Paulo: ABNT, 2004. BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº. 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva. DOU, Brasília, DF, 117-E, seção 1, p. 80, 19 jun. 2001. BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº. 237, de 19 de dezembro de 1997. Brasília, DF, 1997. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/ port/conama/res/res97/res23797.html>. Acesso em: 07 jun. 2018. BRASIL. Decreto nº. 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos 59ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Brasília, DF, 2010. Disponível em: <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7404.htm>. Acesso em: 07 jun. 2018. BRASIL. Decreto nº. 99.274, de 6 de junho de 1990. Regulamenta a Lei nº. 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências. Brasília, DF, 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm>. Acesso em: 07 jun. 2018. BRASIL. Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília, DF, 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/ L6938.htm>. Acesso em: 07 jun. 2018. BRASIL. Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, DF, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 06 jun. 2018. FIORILLO, C. A. P. Curso de direito ambiental. 15. Ed. São Paulo: Saraiva, 2014. 60ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE ESTUDoS TRANSvERSAIS Índice DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS PRODUÇÃO MAIS LIMPA GESTÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS SUSTENTABILIDADE REFERÊNCIA Continue Lendo JABBOUR, A. B. L S. Gestão ambiental nas organizações: fundamentos e tendências.São Paulo: Atlas, 2013. JARDIM, A.; YOSHIDA, C.; MACHADO FILHO, J. V. Política nacional, gestão e gerenciamento de resíduos sólidos. Barueri, SP: Manole, 2012. DECLARAÇÃO do Rio sobre meio ambiente e desenvolvimento. Rio de Janeiro: ONU Brasil, 1992. Disponível em: <http://www.onu.org.br/rio20/img/2012/01/ rio92.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2018. JORNAL DA BAND. Plástico feito de cana de açúcar é utilizado pela Nasa. YouTube, 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=noceflCAwFI>. Acesso em: 23 fev. 2018. NASCIMENTO, J. A.; SILVA, E. F. Diagnóstico socioeconômico e ambiental dos assentamentos de reforma agrária atendidos pelo Projeto Vale Sustentável. Assú: ANEA, 2015. Disponível em: <http://www.projetovalesustentavel.com.br/ pdf/cartilha_anea_diagnostico.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2018. SCHWANKE, C. (Org.). Ambiente: tecnologias. Porto Alegre: Bookman, 2013. 270p. (Série Tekne). Marcador 1
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