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Fotossíntese parte lll

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RESUMO: Fotossíntese parte lll
Em regiões de temperatura mais elevadas, que é o caso de várias regiões do país, a enzima Rubisco tem sua ação oxigenase potencializada devido à maior solubilização do O2, induzindo a maior ocorrência de fotorrespiração e menos eficiência no ciclo de Calvin na fase de fixação de carbono da fotossíntese, comprometendo o desenvolvimento das plantas. 
Algumas plantas desenvolveram mecanismos alternativos para realização da fixação de carbono, no intuito de reduzir os prejuízos causados ao processo fotossíntese nessas regiões que possuem temperaturas mais elevadas, que favorecem a ação oxigenase da enzima Rubisco.
O ciclo de carbono C4 é um mecanismo utilizado pelas plantas chamadas de plantas C4, nesse mecanismo há a separação do local de fixação e de assimilação de carbono em dois espaços, resultando em maior eficiência e menor perda de água. As C4 possuem a enzima PEP carboxilase que fixa apenas o CO2 ao invés de O2, independente da solubilidade e da concentração de oxigênio, essa enzima possuí afinidade para fixar apenas CO2. A PEP carboxilase fixa o CO2 nas células do mesofilo e adiciona ao PEP, formando oxilacetato e em seguida malato que é transportado paras células da bainha do feixe vascular onde o CO2 é liberado, através de descarboxilação do malato, o qual se transforma em piruvato e retoma a célula do mesofilo onde recebe outro grupo fosfato, dando continuidade ao ciclo. No momento em que ocorre a descarboxilação, há a liberação e um aumentando na concentração de CO2 em torno da Rubisco que passa a realizar mais a carboxilação, fixando o CO2 para início do ciclo de Calvin, aumentando, assim, a eficiência da fotossíntese nesse grupo de plantas.
Muitas plantas que vivem em ambientes muito áridos, além de conviverem com altas temperaturas, também convivem com a pouca disponibilidade de água e desenvolveram mecanismos adaptativos tanto para assimilação de CO2, separando a fixação e assimilação de CO2, como também outras modificações anatômicas para redução de perda de água e para se defender de predadores. Nesse grupo tem-se as plantas chamadas CAM, onde a abertura dos estômatos para fixação de CO2 também é feita pela enzima PEP carboxilase, porém esse processo ocorre durante a noite, onde as temperaturas são mais amenas e a perda de água é memor. O CO2 é fixado a PEP e é transformado em oxalacetato que depois é transformado em malato e armazenado no vacúolo. Durante o dia, com a presença dos raios de sol, o malato que foi armazenado é liberado para os cloroplastos e é descarboxilado liberando CO2 aumentando sua concentração próximo a Rubisco induzindo a maior fixação de CO2 e, assim, o Ciclo de Calvin segue com maior eficiência fotossintética.
Alguns fatores ambientais podem influenciar na fotossíntese como, por exemplo, a água que exerce grande influência pois em situações estresse hídrico a planta fecha seus estômatos e acaba reduzindo a fixação de Co2 e a eficiência fotossintética. A luz também é um fator que influencia nesse processo, visto que plantas adaptadas ao sombreamento quando são expostas a altos níveis de radiação, tem redução na sua fotossíntese.
A concentração de CO2 na atmosfera também é importante e pode influenciar no processo de fotossíntese, pois concentrações baixas de CO2 geram um saldo negativo entre o que é fixado e o que é perdido na respiração. O fator temperatura também pode reduzir a fotossíntese liquida das plantas, principalmente nas plantas C3, devido ao aumento da fotorrespiração que ocorre em situações de temperaturas mais elevadas, enquanto as plantas C4 e CAM são mais tolerantes a altas temperaturas.

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