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Tribunal Penal Internacional

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Prof. Ms. Alano
Tribunal
Penal Internacional
TPI
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Tribunal Penal Internacional – TPI 
O Tribunal Penal Internacional é uma corte judiciária de natureza criminal com alcance global instituída pela comunidade mundial por meio do designado Estatuto de Roma, que tem status jurídico de tratado internacional.
A subscrição o Estatuto de Roma ocorreu em 17 de julho de 1998, atribuindo-lhe competência para julgar pessoas acusadas da prática de crimes graves em detrimento dos Direitos Humanos.
O Brasil participou efetivamente na preparação da Conferência de Roma e apoiou, desde o início, a criação do TPI, cujo deposito do seu instrumento de ratificação em 20 de julho de 2002, sendo tal tratado incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro por meio do Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002.
2
Tribunal Penal Internacional – TPI 
Conforme art. 3º do Estatuto de Roma, o TPI tem sede na cidade de Haia, Países Baixos, o qual é considerando "o Estado anfitrião" e onde passou a funcionar desde 2002, quando tal Estatuto entrou em vigor, mediante o depósito do 60º instrumento de ratificação (art. 126 do Estatuto de Roma), também havendo a previsão de que o citado Tribunal poderá funcionar em outro local, sempre que for conveniente.
Saliente-se que a criação do TPI adveio do empenho da comunidade mundial como um todo, não consistindo um órgão da ONU, embora mantenha estreitas relações com as Nações Unidas, conforme o art. 2° do seu Estatuto: 
A relação entre o Tribunal e as Nações Unidas será estabelecida através de um acordo a ser aprovado pela Assembleia dos Estados Partes no presente Estatuto e, em seguida, concluído pelo Presidente do Tribunal em nome deste.
O TPI dispõe, pois, de personalidade jurídica internacional própria (art. 4º), não vinculada à ONU, mas com ela mantém relações em prol dos D. Humanos.
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Tribunal Penal Internacional – TPI 
O TPI não possui competência para julgar Estados, mas pessoas físicas (art. 1º), o que o distingue de outras cortes Internacionais: 
O Tribunal será uma instituição permanente, com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade com alcance internacional ...".
Como antecedentes históricos do TPI podem ser citados:
Os Tribunais de Nuremberg, de Tóquio, da ex Iugoslávia e de Ruanda.
O Tribunal de Nuremberg, ou julgamentos de Nuremberg, consistiu numa série de sessões jurídicas para a análise e enfrentamento de ações criminais abertas pelos Aliados (União Soviética, Estados Unidos e Império Britânico) após a 2ª Guerra Mundial, contra proeminentes membros da liderança política, militar e econômica da Alemanha Nazista. É considerado um Tribunal ad hoc, de exceção, por ausência de constituição prévia.
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Tribunal Penal Internacional – TPI 
O Tribunal de Tóquio, ou Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, conhecido como Tribunal de Crimes de Guerra de Tóquio, foi um tribunal criado logo após a segunda guerra para julgar líderes japoneses que praticaram crimes durante a guerra nos mesmos moldes da Corte de Nuremberg.
O Tribunal Penal Internacional para a ex-lugoslávia foi criado em 1993, pela resolução 827 do Conselho de Segurança da ONU, com o objetivo de julgar crimes cometidos durante as Guerras iugoslavas que culminaram com a fragmentação da ex-Iugoslávia em diversos Estados.
O Tribunal Penal Internacional para Ruanda foi criado em 1994 pelo Conselho de Segurança da ONU, mediante a Resolução 955, de 8 de nov de 1994, com o objetivo de julgar os responsáveis', pelo genocídio e outras violações das leis internacionais acontecidas no território nacional de Ruanda em 1994.
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Tribunal Penal Internacional – TPI 
O TPI apenas julga pessoas físicas e com mais de 18 anos, na data da prática do ato criminoso, a teor do art. 26 do referido Estatuto.
Quanto à jurisdição, a atuação do TPI é de caráter complementar, a dos Estados-partes, ou seja, estes devem primeiramente apurar e julgar os crimes abrangidos na competência do TPI, o qual atuará de forma subsidiária, segundo estabelece o artigo 1º: O Tribunal será uma instituição permanente... complementar às jurisdições penais nacionais. Essa subsidiariedade (complementaridade) não significa que o TPI só possa atuar após os tribunais nacionais exercerem a sua jurisdição, até porque pode ocorrer que tais órgãos não tenham condições efetivas de realizar julgamentos justos.
Logo, o que justifica a atuação do TPI é quando o Estado-parte não atua ou atua de forma irregular no combate a crimes de maior gravidade.
Assim, os princípios da complementariedade e subsidiariedade estabelecem o caráter limitado e secundário da intervenção do TPI.
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Tribunal Penal Internacional – TPI 
Ademais, a absolvição do acusado, por si só. não, justifica a atuação do TPl, pois, como dito, essa só é justificada quando ocorre a não atuação, ou a atuação irregular, dos órgãos nacionais, como se vê do item 1 do artigo 20, que prevê o "ne bis in idem":
Salvo disposição contrária do presente Estatuto, nenhuma pessoa poderá ser julgada pelo Tribunal por atos constitutivos de crimes pelos quais este já a tenha condenado ou absolvido.
Logo, se os órgãos internos nacionais atuaram adequadamente, dentro da legalidade, não haverá espaço para a atuação (jurisdição) do TPI.
Ademais, o art. 5º dispõe que: 
A competência do Tribunal restringir-se-á aos crimes mais graves, que afetam a comunidade internacional no seu conjunto. 
Nos termos do presente Estatuto, o Tribunal terá competência para julgar os seguintes crimes:
a) O crime de genocídio;
b) Crimes contra a humanidade;
c) Crimes de guerra;
d) O crime de agressão".
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Tribunal Penal Internacional – TPI 
Para o referido Estatuto:
"genocídio", [art. 6º, é] qualquer homicídio de membros do grupo; ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo; sujeição intencional do grupo a condições de vida com vista a provocar a sua destruição física, total ou parcial; imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo; transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo, todos praticados com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, enquanto tal.
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Já os crimes contra a Humanidade [art. 7º] são aqueles cometidos no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer população civil, havendo conhecimento desse ataque, consistentes nos seguintes atos: o homicídio; o extermínio; a escravidão; a deportação ou transferência forçada de uma população; a prisão ou outra forma de privação da liberdade física grave, em violação das normas fundamentais de direito internacional; a tortura; a agressão sexual, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização forçada ou qualquer outra forma de violência no campo sexual de gravidade comparável; a perseguição de um grupo ou coletividade que possa ser identificado, por motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos ou de gênero etc.; o desaparecimento forçado de pessoas; os crime de apartheid; e, outros atos desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande sofrimento, ou afetem gravemente a integridade física ou a saúde física ou mental.
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Tribunal Penal Internacional – TPI 
E, por "crimes de guerra", [art. 7º] dispôs, dentre outras hipóteses, a) as violações graves às Convenções de Genebra, de 12 de Agosto de 1949, b) Outras violações graves das leis e costumes aplicáveis em conflitos armados internacionais no âmbito do direito internacional, etc.
Em relação ao crimes de agressão, o TPI estabeleceu a necessidade de ser aprovada uma disposição o definisse enunciassem as condições em que ele teria competência, a qual deveria ser compatível com as disposições pertinentes da Carta das Nações Unidas, nos termos do item 2 do art. 5º.
A tipificação desse crime ocorreu na conferência de revisão em Kampala, em 2010, onde ficou estabelecido que: Uma pessoa comete crime de agressão quando, estando em condições de controlarou dirigir efetivamente a ação política ou militar de um Estado, planeja, prepara, inicia ou realiza um ato de agressão que por suas características, gravidade e escala constitua uma violação manifesta da Carta das Nações Unidas.
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Tribunal Penal Internacional – TPI 
Os crimes da competência do TPI são imprescritíveis (artigo 29), sendo suas línguas de trabalho a francesa e inglesa (art. 50.2).
Sua jurisdição é ratione temporis (art. 11), ou seja, apenas para crimes cometidos após a entrada em vigor do Estatuto de Roma. 
A função pública oficial exercida pelo Réu, no seu País, (art. 27) é irrelevante para o TPI, ainda que se trate de um Chefe de Estado, devendo o acusado estar presente durante o julgamento (art. 63).
O Estatuto prevê as seguintes penas (art. 77):
a) Pena de prisão por um número determinado de anos, até ao limite máximo de 30 anos; ou b) Pena de prisão perpétua, se o elevado grau de ilicitude do fato e as condições pessoais do condenado o justificarem, 
2. Além da pena de prisão, o Tribunal poderá aplicar: a) Uma multa, de acordo com os critérios previstos no Regulamento Processual; b) A perda de produtos, bens e haveres provenientes, direta ou indiretamente, do crime, sem prejuízo dos direitos de terceiros que tenham agido de boa fé.
O fato de a legislação do Estado-parte não contemplara pena prevista no Estatuto não pode servir de empecilho a sua aplicação. (art. 80).
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O Brasil e o TPI.
A Emenda Constitucional 45 acrescentou o § 4º ao art. 5º da CF/88, estabelecendo que o Brasil se submete à jurisdição de TPI.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
O Tribunal Penal Internacional efetuou seu 1º julgamento em 14.3.2012, no caso Prosfcutor vs. Thomas Lubanga Dyilo, no qual a Corte, por unanimidade, reputou o congolês Dyilo culpado por recrutar crianças menores de 15 anos para lutar em conflitos étnicos no Congo, o condenado a 14 anos de prisão.
A organização interna do TPI, é mais um complexo de justiça penal internacional, onde se localizam diversas estruturas. a) a presidência; b) as seções de recurso, de julgamento e de instrução; c) o gabinete do procurador; d) e a secretaria. Descritos respectivamente nos arts. 34, 38, 39, 42 e 43 do Estatuto de Roma. 
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Tribunal Penal Internacional – TPI 
Via de regra, compõem de 18 Juízes, e, atualmente, conta com 123 estados partes – dos quais 33 são africanos; 28 latino-americanos e caribenhos; 25 do grupo da Europa Ocidental e Outros; 18 da Europa do Leste e 19 da Ásia e Pacífico. 
Todos os países da América do Sul são partes do Estatuto.
Os Estados Unidos da América, no ano 2000, por meio do presidente Clinton, assinaram o Estatuto de Roma, mas o presidente Bush retirou a assinatura dos EUA em 2002, antes mesmo da ratificação.
O governo americano teme que seus soldados envolvidos em guerras como as do Afeganistão e Iraque venham a ser julgados pelo tribunal. 
Israel, acompanhando os EUA, também assinou o Tratado em 2000 e retirou sua assinatura em 2002.
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