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1 APRESENTAÇÃO Os arquivos em formato PDF trazem o mesmo conteúdo do módulo disponibilizado no AVA. Os links de alguns recursos, como vídeos, podcasts, animações e jogos, estão indicados para que possam ser facilmente acessados on-line. Sobre o Curso Seja bem-vindo ao curso Clubes Juvenis! Para começar, assista ao vídeo de apresen- tação que contém informações importantes: https://midiasefape.educacao.sp.gov.br/ ava/pei/023_Clubes_Juvenis_v6_final.mp4. Objetivos Gerais Aplicar as Premissas do PEI com foco no Protagonismo, na Corresponsabilidade e na Excelência em Gestão;1 Compreender a sistematização para formação, criação e acompanhamento dos Clubes Juvenis nas escolas do PEI;2 Avaliar alternativas criativas para criação e condução dos Clubes Juvenis com base nos desafios enfrentados;3 Articular as relações entre os Gestores, professores e estudantes na organização e execução das ações dos Clubes Juvenis;4 Gerar ações de comunicação sobre os Clubes Juvenis com base na realidade de cada unidade escolar.5 2 Prezados Cursistas, este curso traz como metodologias de aprendizagem a utilização de diferentes estratégias e recursos didáticos como situações-problema, cenários inte- rativos, estudos de caso, árvores de decisão, com foco na rotina de trabalho das escolas. O objetivo é possibilitar que você possa reconhecer possíveis situações adversas com as quais tenha se deparado ou ouvido falar em conversas com outros profissionais da edu- cação e subsidiá-lo nas ações que precisa desempenhar no dia a dia. A SEDUC/EFAPE ressalta que as personagens assim como os casos relatados são fictícios, cujo propósito é proporcionar a reflexão e apoiar os profissionais na tomada de decisão. Para alcançar esses objetivos, o curso foi estruturado em quatro módulos: Módulo 1 – Protagonismo, Corresponsabilidade e Excelência em Gestão; Módulo 2 – Da formação à criação dos Clubes Juvenis; Módulo 3 – Organização dos espaços e acompanhamento dos Clubes; Módulo 4 – Comunicação e alinhamentos. Importante Bons estudos! 3 Atendimento Importante Em caso de dúvidas, entre em contato pelo Atendimento: https:// atendimento.educacao.sp.gov.br/ (Acesso em: 15 jun. 2022). As dúvidas serão encaminhadas por meio do Portal de Atendimento, que é o canal de comunicação da Secretaria de Estado da Educação. Nesse canal, é possível visualizar perguntas e respostas mais frequentes, tutoriais, abrir ocorrências para esclarecer problemas e solicitar dados. 4 MÓDULO 1 PROTAGONISMO, CORRESPONSABILIDADE E EXCELÊNCIA EM GESTÃO Unidade 1 Abertura do Módulo 1 O Clube Juvenil é uma das metodologias do modelo pedagógico do Programa Ensino Integral (PEI), que pressupõe a oferta de tempos e espaços destinados exclusivamen- te aos estudantes para que possam exercer seu protagonismo, vivenciado por meio da criação e participação ativa em grupos temáticos de seu interesse, estruturados e mantidos pelos próprios estudantes. Neste módulo, apresentaremos uma visão panorâmica dos Clubes Juvenis, permitin- do que você se identifique como parte integrante do processo de formação integral dos estudantes. Falaremos, também, sobre: O Protagonismo na escola e como essa premissa se articula, principalmente, com a Corresponsabilidade e a Excelência em Gestão na organização e no acompanhamento dos Clubes Juvenis; Os atores envolvidos e corresponsáveis pelas ações associadas aos Clubes Juvenis, bem como suas contribuições para o desenvolvimento e sucesso desta metodologia na escola; Como são estruturados os alinhamentos entre gestores, docentes, estudantes e comu- nidade escolar formando uma rede colaborativa que apoiará os estudantes na cons- trução de seus Clubes Juvenis proporcionando trajetórias ricas em práticas e vivências que permitam a formação de jovens protagonistas. 5 Ao iniciar este módulo, gostaríamos de convidá-lo a produzir um diário de bordo. Essa é uma prática que permitirá a você, cursista, organizar de forma concisa suas ideias sobre as informações aqui tratadas. É no diário de bordo que anotamos informações, dados, algo que chamou a atenção, soluções e dicas para que sejam analisados, adequados ou replicados por você e sua equipe conforme a realidade da escola em que atua. Você pode utilizar um caderno, um bloco de anotações, uma agenda ou, então, se você tem habilidades em tecnologia e recursos digitais, poderá fazer um diário de bordo on-line, utilizando o computador, tablet ou smartphone. Ao longo dos módulos, você encontrará indicações com sugestões para anotação e rubri- cas de autoavaliação. Preencha a rubrica e tome nota em seu diário de bordo; assim, você poderá acompanhar o seu desenvolvimento, identificar pontos a serem aperfeiçoados e, ao final do curso, poderá revisitá-las e estabelecer um plano personalizado para futuras formações. Diário de Bordo Rubricas de autoavaliação são esquemas explícitos para classificar ou categorizar com- portamentos ou níveis de desenvolvimento ao longo de um processo, permitindo que o avaliado tenha uma clara noção sobre seu desempenho e/ou desenvolvimento num processo. Agora vamos conhecer os Objetivos Específicos deste Módulo: Compreender as Premissas do Protagonismo Sênior e Juvenil; Engajar os atores responsáveis e corresponsáveis pelas ações associadas aos Clubes Juvenis; Esclarecer a Corresponsabilidade no âmbito do Clube Juvenil; Estruturar os alinhamentos entre gestores, docentes e estudantes para a Excelência em Gestão. 6 Conheça um pouco mais sobre avaliação por rubrica na matéria “Como avaliar o ensino criativo e inovador?” da revista Nova Escola: • GAROFALO, Débora. Como avaliar o ensino criativo e inovador? Conheça a avaliação por rubrica e saiba como usá-la para avaliar seus alunos. Nova Escola, 2018. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/13029/como-avaliar-o-ensino-criativo-e-inovador. Acesso em: 26 jan. 2021. Todas as vezes que vir o ícone do Tome Nota ou que encontrar alguma informação im- portante, anote no seu Diário de Bordo as ideias que forem surgindo durante o percurso dos módulos e não economize na criatividade! Tome nota Saiba mais Antes de mergulharmos diretamente nos estudos sobre os Clubes Juvenis, vamos compreender alguns aspectos fundamentais para que essa metodologia tenha su- cesso. Os Clubes Juvenis podem servir de alicerce a todas as escolas que buscam a formação integral dos estudantes, pois esses Clubes são a alavanca que movimenta o Protagonismo Juvenil, contribuindo na prática com o ideal formativo do PEI. Ideal formativo é formar indivíduos Autônomos, Competentes e Solidários. 7 Unidade 2 O Protagonismo como Princípio, Premissa e Metodologia Podemos entender o protagonismo como a capacidade de se enxergar como o agen- te principal da própria vida, sendo responsável por suas atitudes e escolhas, distin- guindo suas ações das dos outros e expressando iniciativa e autoconfiança. No Programa Ensino Integral, o Protagonismo pode ser compreendido a partir de 3 prismas: Como Princípio • Norteando o processo de construção da autonomia dos estudantes. Como Premissa • Com a criação de espaços e condições que possibilitem o envolvimento em atividades direcionadas à solução de problemas reais. Como Metodologia • Consolidando o Princípio e a Premissa, apoiando as práticas e vivências dos estudantes e contribuindo com resultados positivos para o sucesso da equipe escolar, família e comunidade. 8 Registre em seu Diário de Bordo o detalhamento de cada prisma do Protagonismo. Princípio Os estudantes: • Tornam-se sujeitos e objetos das ações; • Desenvolvem a autonomia, a solidariedade e a competência; • Envolvem-se em dinâmicas que visam à solução de problemas em espaços com condi- ções propícias. Premissa • É o ponto de partida da ação protagonista; • Coloca os estudantes na condição de sujeitos das ações a serem desenvolvidas; • Permite que esses sejam autores dos próprios projetos de vida. Metodologia • Consolidao Princípio e a Premissa; • Apoia as práticas e vivências dos estudantes; • Contribui com resultados positivos na aprendizagem; • Permeia todas as ações da escola e se manifesta em práticas, vivências, tempos e espaços; • Desenvolve a criticidade e o senso democrático. Tome nota 9 Unidade 3 Premissas do Protagonismo Protagonista é o principal personagem, ou seja, aquele que está no centro das ações. O Protagonismo como Premissa no Clube Juvenil possibilita aos gestores e estudantes o envolvimento em atividades que exigem soluções de problemas de maneira colaborativa. Vamos enxergar o Protagonismo em duas modalidades diferentes, Protagonismo Sê- nior e Protagonismo Juvenil, e descobrir como ambas atuam na concepção dos Clu- bes Juvenis e na construção de uma cultura protagonista na sua escola. Protagonismo Sênior O Protagonismo Sênior se manifesta na atuação dos profissionais da escola. Quando pensamos na função da escola em formar integralmente os estudantes, os professo- res, gestores e funcionários desempenham o papel de irradiador de referências, seja na relação do adolescente consigo, seja com os outros, nas mais diversas situações. Além de servir como referência e inspiração, a atuação protagonista dos educadores faz com que desempenhem o papel de articulador, que se traduzirá na construção de momentos e espaços de exercícios para o desenvolvimento do Protagonismo Juvenil e da autonomia com Corresponsabilidade. O Protagonismo Sênior também está presente quando os educadores incentivam os estudantes a sonharem e oferecem apoio para que consigam atingir seus anseios. 10 Esse apoio não deve ser confundido com dizer o que os estudantes devem fazer, mas com- preender suas necessidades, trabalhar habilidades e ajudá-los a desenvolverem as compe- tências para que se sintam preparados e seguros para colocar em prática suas ideias. Analise o seguinte cenário: O Protagonismo Sênior consiste em se reconhecer como voz ativa na sociedade e atuar proativamente proporcionando um ambiente favorável ao desenvolvimento de O professor apresenta a uma determinada turma dos anos finais do Ensino Fun- damental um projeto sobre o desperdício de alimentos e aponta o momento do intervalo como um exemplo desse problema. Então, pede aos estudantes que façam cartazes para expor nos murais e no pátio da escola para que todos pos- sam se conscientizar sobre o problema. 1 Neste cenário, o professor propõe um projeto e decide a ação, o que não favo- rece o desenvolvimento do protagonismo dos estudantes, apenas os nutre com ideias prontas para que possam realizar uma tarefa de confecção de cartazes. 2 Em um cenário ideal, o professor poderia propor aos estudantes uma investi- gação sobre alimentação (cultura, de onde vem, como chega à nossa mesa…) e, em seguida, organizar uma roda de conversa para que apontassem situações de desperdício de alimentos no cotidiano, a fim de que os estudantes apresentas- sem o exemplo da própria escola e propusessem ações para mitigar o desperdí- cio na unidade escolar. 3 11 Quem são os educadores protagonistas? • São aqueles que colocam os estudantes no centro do palco. • Atuam como líderes ou mediadores no processo pedagógico. • Têm como principal objetivo a aprendizagem dos estudantes. • Participam na organização das ações propostas. • Valorizam a história de vida dos estudantes. • Incentivam a aquisição e o domínio do conhecimento. • Trabalham para a autonomia do estudante. • Modificam, se necessário for, as práticas metodológicas tradicionais. • Promovem o entrosamento entre teoria e prática. • Estabelecem relação amistosa de parceria com os estudantes. • Demonstram constante preocupação e trabalham a favor da qualidade da aprendiza- gem, da construção de conhecimentos significativos e da prática autônoma, crítica e reflexiva. • Sabem, de antemão, que cada estudante é único e, por isso, respeitam sua criativida- de e seu senso inovador. • Apresentam a capacidade de mediar conflitos, tendo o conhecimento prévio das ca- racterísticas próprias da faixa etária. • Acolhem e compreendem as manifestações dos estudantes. Tome nota Educadores: Todos que interagem com os estudantes são considerados educadores: professor(a), PCG, PCA, Vice-diretor(a), Diretor(a) e demais funcionários da escola. Líderes: No âmbito escolar, é o profissional capaz de identificar as necessidades dos es- tudantes, fornecendo as ferramentas e o apoio necessário para a superação das dificul- dades. É o profissional que procura motivar os estudantes na busca do conhecimento e aperfeiçoamento. Mediadores: Na escola, é aquele que deixa de se posicionar como detentor dos saberes e assume a responsabilidade de conectar o estudante ao conhecimento, ou seja, ele é a “ponte” que possibilita ao estudante o acesso ao conhecimento. uma visão crítica da realidade, relacionando-se de forma construtiva e solidária consi- go, com seus pares, com os estudantes e com a comunidade em geral. 12 Agora, vamos identificar algumas características recomendadas aos educadores que exercem o Protagonismo Sênior. 1. Assinale (V) para as ações que correspondem a uma atitude de Protagonismo Sênior e (F) para as ações contrárias a essa modalidade. ( ) Decidir previamente uma ação e convencer o grupo a assumir-se como autor da proposta. ( ) Posicionar-se de forma amistosa com os estudantes a fim de estabelecer parcerias. ( ) Deixar decisões a cargo do grupo sem fazer intervenções no processo. ( ) Acolher e compreender as manifestações dos estudantes. ( ) Reconhecer o estudante como parte da solução, respeitando sua criatividade e proporcionando momentos favoráveis ao desenvolvimento do protagonismo. Vamos praticar Conheça algumas posturas contrárias ao Protagonismo Sênior no site do programa Impulsiona, do Instituto Península: https://impulsiona.org.br/atitudes-que-inibem-o- desenvolvimento-do-Protagonismo-juvenil/. Saiba mais Protagonismo Juvenil O termo “Protagonismo Juvenil” tem sido utilizado na educação há vários anos. A ideia de definir o protagonismo no processo educativo foi criada por Antônio Carlos Gomes da Costa, educador mineiro que desenvolveu essa nova prática educativa com jovens. Vamos acompanhar exemplos de rubricas autoavaliativas: Confira no Anexo 1 uma rubrica autoavaliativa que poderá auxiliar você, professor, a identificar seu nível de desenvolvimento de Protagonismo Sênior. Confira no Anexo 2 uma rubrica autoavaliativa que poderá auxiliar você, gestor, a identificar seu nível de desenvolvimento de Protagonismo Sênior. 13 Uma característica que define a atuação protagonista dos estudantes é o engajamento. Ser engajado significa envolver-se ativa e conscientemente em uma determinada situação. Porém, para fazer da arte do engajamento um exercício contínuo de pro- tagonismo, é preciso compreender duas coisas básicas: não é possível ser protago- nista só de vez em quando, assim como não há ação protagonista que se sustente solitariamente. É muito importante ressaltar que gestores e professores nunca devem perder de vista o Currí- culo Paulista, pois ele é a bússola que norteia todos os programas da educação em São Paulo. Importante Então, se liga! O Currículo Paulista adverte: O Protagonismo é o conceito no qual o estudante desempenha um papel ativo na construção do próprio aprendizado. Ele não apenas absorve conteúdos, mas tam- bém agrega: pesquisa informações, expõe ideias, debate e cria. É um cenário no qual o estudante é um sujeito ativo na busca pelo conhecimento, em conjunto com os colegas e com o professor que o motiva nessa busca. • Objetos do conhecimento. • Habilidades. O protagonismo se articula para fornecer ferramentas para a vida em sociedade. Ele está vinculado a: 14 • Competências socioemocionais. • Reconhecer o potencial do estudante. Para garantir a efetiva construção das competências gerais, é necessário: • Acreditar que todos podem aprender. • Ser flexível na adoção de estratégiasmetodológicas. • Promover o protagonismo e a autonomia dos estudantes. • Competências cognitivas. 15 • Exercitar autonomia. As metodologias adotadas como práticas de ensino devem privilegiar situações que permitam aos estudantes: • Vivenciar situações concretas e fazer escolhas. • Apresentar projetos dos componentes curriculares, espaços e tempos da escola. • Concretizar o Protagonismo Juvenil como dinâmica escolar. • Clube Juvenil. Há muitas possibilidades de exercício do Protagonismo Juvenil na escola e na vida co- munitária, em que estudantes se envolvem com: 16 • Grêmio Estudantil. • Relação Escola-Comunidade. • Educação para a Cidadania. • Movimento Estudantil. • Preservação do Meio Ambiente. • Valorização da Saúde. 17 • Ampliação da Qualidade de Vida. • Valorização da Cultura. • Valorização do Esporte. • Empreendedorismo Produtivo. • Associações, igrejas e clubes. 18 Os Clubes Juvenis são criados por estudantes protagonistas e contam sempre com o apoio do Diretor e Vice-diretor. Os estudantes têm autonomia para escolher de qual Clu- be querem participar. No Clube, o estudante desenvolve e exercita muitas habilidades essenciais para a sua formação e para sua atuação na vida pessoal, social e produtiva. Jacques Delors (1998) aponta como principal consequência da sociedade do conheci- mento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda a vida, fundamentada em quatro pilares, que se referem, concomitantemente, ao conhecimento e à formação continuada: • DELORS, Jacques. Os quatro pilares da educação. In: DELORS, Jacques (coord.). Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez/Unesco, 1998. p. 89-102. Tome nota O Programa Ensino Integral considera esses pilares como princípios estruturantes que devem nortear todas as ações desenvolvidas na escola e nas relações professor/ estudante, assim como em todas as situações de aprendizagem Cursista, prepare seu diário de bordo! Veja uma animação que apresenta uma síntese dos quatro pilares para a educação no século XXI. Fique atento ao conteúdo, pois na se- quência há algumas questões para você refletir e responder. • https://midiasefape.educacao.sp.gov.br/ava/pei/013_Os_4_pilares_v3_legendado.mp4 A educação no século XXI • COSTA, Antonio C. Gomes da. Mais que uma lei. São Paulo: Instituto Ayrton Senna, 1997. • COSTA, Antonio C. Gomes da. Protagonismo juvenil: adolescência, educação e parti- cipação democrática. Salvador: Fundação Odebrecht, 2000. • DELORS, Jacques. Os quatro pilares da educação. In: DELORS, Jacques (coord.). Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez/Unesco, 1998. p. 89-102. Tome nota 19 Vamos testar nossos conhecimentos a respeito dos quatro pilares da educação, propos- tos por Delors, no documento Educação: um tesouro a descobrir (DELORS, 1998). Responda às questões a seguir: 2. Diz respeito às diversas maneiras do ser humano lidar com o conhecimento, integran- do as três dimensões da cognição; trata-se, portanto, da competência cognitiva. a) Aprender a ser. b) Aprender a conhecer. c) Aprender a fazer. d) Aprender a conviver. 3. É uma competência a ser desenvolvida para ir além da aprendizagem de uma pro- fissão, mobilizando conhecimentos que permitam o enfrentamento de situações e desafios relevantes e significativos do cotidiano. a) Aprender a ser. b) Aprender a conhecer. c) Aprender a fazer. d) Aprender a conviver. 4. Diz respeito às relações entre os seres humanos em seus diferentes contextos: social, político, econômico, cultural e transcendental, tratando-se da competência social e relacional. a) Aprender a ser. b) Aprender a conhecer. c) Aprender a fazer. d) Aprender a conviver. 5. Diz respeito à relação de cada indivíduo consigo mesmo, ou seja, é uma competência pessoal. a) Aprender a ser. b) Aprender a conhecer. c) Aprender a fazer. d) Aprender a conviver. Vamos praticar 20 Os Clubes Juvenis proporcionam momentos muito importantes para o conhecimen- to e a valorização da diversidade de saberes e vivências. Isso ocorre à medida que as atividades do Clube vão se aprimorando por meio da interação e da troca de ideias em consonância com os Projetos de Vida dos estudantes. Ao refletirem e dialogarem sobre seus desejos e objetivos, os estudantes estão aprendendo, também, a organizar as próprias ideias, além de estabelecer metas para alcançar seus sonhos, planejar e replanejar com determinação, esforço e persistência. As diversas atividades nos Clu- bes também oferecem a possibilidade de se aprofundarem no desenvolvimento das chamadas competências socioemocionais (https://novaescola.org.br/conteudo/11736/ para-entender-as-competencias-gerais-da-base-e-as-socioemocionais). Por tudo isso, o Protagonismo Juvenil pode ser a solução de muitas questões dentro da escola. O estudante sente-se pertencente àquele meio e pode cuidar melhor do ambien- te e de seu desempenho escolar. Não protagonista Nesta etapa, o estudante não está preparado para realizar as atividades sem acompanha- mento, de forma independente, logo, não pode ser considerado autônomo. Autônomo Nesta fase, o estudante já realiza atividades propostas apresentando certo grau de auto- nomia, mas sem compromisso e preocupação em acertar as respostas e sistematizar o conhecimento. Autônomo e competente Aqui, notamos que o estudante realiza todas as atividades, preocupa-se em acertar as res- postas, demonstrando interesse e sistematizando as informações aprendidas. 21 Assista ao vídeo da ATPC de Linguagens de 05/08/2020 e conheça mais sobre o prota- gonismo no espaço escolar: • Repositório ATPC 05/08 – Protagonismo e Formação Humana no Espaço Escolar: https://www.youtube.com/watch?v=2LcelhSyJKo. Agora é com você, cursista! Vamos identificar os conceitos sobre Protagonismo Juvenil e Protagonismo Sênior. Saiba mais Vamos praticar Autônomo, competente e solidário Nesta etapa, notamos que o estudante realiza todas as atividades com êxito, sistematiza as informações, é engajado e presta auxílio aos colegas. Protagonista pleno Aqui, temos um estudante com autonomia, competência e solidariedade plenamente de- senvolvidas, ou seja, realiza todas as atividades com êxito, sistematizando as informações, auxiliando colegas e professores com iniciativa e proatividade, tem consciência que aju- dar é bom. 22 6. Preencha as lacunas com Protagonismo Juvenil ou Protagonismo Sênior. a) O favorece a aquisição de valores e cria condições e espaços para um convívio estimulante e necessário para a formação de jovens autônomos, solidários e participativos. b) O proporciona ao longo do período escolar o exercício do diá- logo respeitoso e o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade para que possa fazer escolhas conscientes e mais assertivas. c) O reforça o compromisso das escolas com a formação inte- gral dos estudantes. d) O implica desenvolver uma visão crítica sobre a realidade, atuar proativamente, empreender e formular projetos de vida, reconhecer-se como voz ativa na sociedade e saber que é possível transformar a escola e a vida dos estudantes. e) O promove o engajamento dos estudantes com o conteúdo e a prática pedagógica. f) O é um modo de educação em que o jovem ocupa o cen- tro do processo educativo, favorecendo a corresponsabilidade em torno da sua aprendizagem. g) O é uma oportunidade para que os estudantes desenvolvam sua autonomia e responsabilidade. A seguir, veremos os principais aspectos da Corresponsabilidade! 23 Unidade 4 Corresponsabilidade Cursista, você conheceu o Protagonismo. Agora, vamos falar sobre o termo Corresponsa- bilidade. Para iniciar nossa conversa, leia as proposições acerca de Corresponsabilidade: Responsabilidade compartilhada entre pessoas ou entidades; Compromisso entre pessoas ou entidades; qualidade daquele que assume tarefas, de forma conjunta com outras pessoas, geralmente sendo ambas autoras da ação e res- pondendo conjuntamente por seus atos; Responsabilidadecompartilhada entre dois ou mais envolvidos na ação. Podemos observar que uma ou mais pessoas e/ou entidades estão envolvidas em to- das as definições, deixando muito claro que a Corresponsabilidade é praticada, neces- sariamente, em conjunto. Quando essas definições são analisadas em concordância com a metodologia dos Clubes Juvenis, temos a Corresponsabilidade como uma das Premissas do PEI. 24 O programa nos oferece uma definição própria e completa do que considera corres- ponsabilidade e qual é sua importância na implementação dos Clubes Juvenis. Afinal, o que é Corresponsabilidade no PEI? “Corresponsabilidade é uma das Premissas do Programa Ensino Integral e opera no sentido de garantir que todos os envolvidos no cotidiano escolar se responsabilizem pela aprendizagem dos estudantes, definindo que o com- prometimento e o envolvimento nas ações da escola possam ocorrer em to- dos os espaços e tempos escolares, promovendo a conquista dos resultados desejados.” (Clubes Juvenis – Caderno do Gestor, p. 16, https://efape.edu cacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/04/PEI_GE_CJ_vol -un_2021_DIAGRAMADO.pdf) O que é Corresponsabilidade no âmbito do Clube Juvenil? A Corresponsabilidade é uma Premissa que está intrinsecamente ligada ao desen- volvimento da excelência acadêmica; isso porque todas as pessoas que compõem o cotidiano escolar devem compreender sua atuação como parte fundamental para que esse desenvolvimento ocorra, promovendo a aprendizagem. Quando se faz uma referência ao cotidiano escolar, estudantes, equipe docente, Equipe Gestora e familia- res, todos são responsáveis pelas ações da escola e cada um em seu papel influencia diretamente as atitudes uns dos outros. Reconhecer-se como parte integrante desse processo é fundamental para fortalecer a corresponsabilidade. Observe a imagem a seguir e reflita sobre ela. Pense na corresponsabilidade e como ela se articula entre os atores, independentemente de qualquer situação que envolva os Clubes Juvenis. A seguir, veremos o papel de cada um desses atores. Se você ficou com alguma dúvida sobre Metodologia dos Clubes Juvenis e Premissas do PEI, faça uma pausa, confira e anote em seu diário de bordo: • Metodologia dos Clubes Juvenis: “Clubes Juvenis são grupos temáticos criados e or- ganizados pelos estudantes, com o apoio de professores(as) e da direção escolar. Faz parte das metodologias do Modelo Pedagógico do Programa Ensino Integral – PEI.” (Clubes Juvenis – Caderno do Gestor, Apresentação, p. 1) • Premissas: Protagonismo, Formação Continuada, Excelência em Gestão, Correspon- sabilidade e Replicabilidade. Tome nota 25 Cursista, para assegurar que a corresponsabilidade aconteça, cada um tem um papel fundamental tal qual em um quebra-cabeça, onde nenhuma peça pode faltar: es- tudantes, familiares, docentes, diretor e vice-diretor, presidente e vice-presidente do Clube Juvenil. Compreendemos que, dentro e fora do ambiente escolar, todos têm um papel impor- tante no ensino integral quando se trata da aprendizagem; no entanto, os estudantes são os interessados diretos, são eles que se desenvolvem integralmente. Sendo assim, os Clubes Juvenis estão essencialmente ligados ao protagonismo e à corresponsabili- dade dos estudantes. É no Clube Juvenil que o partilhamento das responsabilidades se torna evidente, nas ações e divisões de tarefas, na escolha de líderes, nas definições de equipes etc. A par- tir da vivência nos Clubes, os estudantes poderão desenvolver diversas competências e habilidades relacionadas à autonomia. A Corresponsabilidade vai influenciar fortemente as práticas dos estudantes nos Clubes Juvenis, sendo esse um dos ganhos coletivos pro- movidos pelos Clubes. Atenção E quando a corresponsabilidade não acontece? Maurício é estudante do Clube de Jogos de Tabuleiro. Ele ficou responsável por avisar sobre todas as reuniões que acontecem internamente, no Clube e na escola, relacio- nadas ao Clube. Ele é muito organizado e faz calendários coloridos para fixar na sala que utilizam como sede do Clube. Esta semana, Maurício esteve doente e pediu ajuda ao Fernando com os calendários. Fernando achou que era muito trabalho e pediu para Cíntia, estudante do Clube de Música, para ajudá-lo nessa tarefa, mas não a infor- mou sobre a agenda que Maurício costumava usar. Cíntia caprichou nos calendários e coloriu como achava que ficaria mais bonito. 26 7. Na sua opinião, essa situação indica a ausência da corresponsabilidade quando: a) Maurício divide suas tarefas com Fernando. b) Fernando pede ajuda a Cíntia com os calendários. c) Maurício e Fernando dividem suas tarefas, ainda que Maurício não deixe claro quais são. d) Cíntia realiza a tarefa de acordo com sua vontade sem se preocupar em comparti- lhar as responsabilidades. Pensando nesse cenário, de que forma, você como Diretor orientaria os estudantes a respeito de acontecimentos como esse? Reflexão 8. Faça uma associação dos itens abaixo, relacionando os responsáveis pelas ações dos Clubes Juvenis; assim, você terá mais clareza do papel de cada um. 1 – Estudantes 2 – Professores e gestores 3 – Professores das aulas de Protagonismo Juvenil 4 – Presidente e vice-presidente de cada Clube Juvenil 5 – Diretor apoiado pelo vice-diretor ( ) É responsável pela orientação e monitoramento de todos os Clubes da escola. ( ) São responsáveis por incentivar e apoiar seu desenvolvimento. ( ) São responsáveis por criar os Clubes. ( ) É responsável pelo funcionamento do seu Clube, apoiado, regulado e coordenado pelo Diretor. ( ) São responsáveis pelas aulas oferecidas aos estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental por meio das quais orientam e acompanham o desenvolvimento dos Clubes Juvenis. Quem são os responsáveis pelas ações e alinhamentos? 27 A responsabilidade dos estudantes é fundamental. Eles não estarão apenas envolvidos na criação dos clubes, mas também no alcance dos resultados esperados e, por isso, de- vem ser estimulados a atuarem de forma protagonista. O papel do Presidente e do Vi- ce-presidente dos Clubes Juvenis é assegurar a gestão participativa e o funcionamento do seu Clube, sempre apoiado e monitorado pela Direção da escola, representada pelo Diretor e pelo Vice-diretor. O estímulo à participação nos Clubes fica por conta dos professores que podem atuar como padrinhos/madrinhas, apoiando o desenvolvimento do Clube por meio de consul- torias, de acordo com experiências pessoais, além de disporem dos componentes cur- riculares que lecionam. O desenvolvimento do protagonismo, a orientação e o apoio à implementação do Clube ficam a cargo dos professores das aulas de Protagonismo Juvenil, oferecidas aos estudantes do Ensino Fundamental – Anos Finais. Os atores responsáveis pelas ações são os mesmos que estarão envolvidos em reuniões para o alinhamento e o reconhecimento de todas as atividades a serem realizadas nos Clubes Juvenis. A equipe escolar e o apadrinhamento • As atribuições dos(as) docentes no PEI estão descritas no inciso IV do artigo 7o da LC 1.164/2012, alterada pela LC 1.191/2012, que determina que os professores devem “in- centivar e apoiar as atividades de Protagonismo Juvenil, na forma da lei (NR)” (SÃO PAULO, 2012). • O apadrinhamento pode ser feito por funcionários e professores e consiste no apoio e incentivo aos Clubes, como consultores. • Os padrinhos ou madrinhas podem apoiar em diversas situações; no entanto, não devem direcionar ou realizar ações do Clube nem tomar decisões pelos estudantes. • Mesmo apadrinhados, os Clubes devem ser organizados e mantidos pelos estudantes. Tome nota Ressaltamos que o apadrinhamento não é somente um apoio; ele pode estreitar as relações entre a equipe escolar e os estudantes fortalecendo o sentimento de perten- cimento de todos. 28 Parcerias Os Clubes Juvenis também podem contar com parcerias. As parcerias integram a so- ciedade à escola; elas podem ser estabelecidas entre Organizações NãoGovernamen- tais (ONGs), universidades, empresas, comunidade e profissionais liberais qualificados em áreas que apoiem os projetos dos Clubes. As parcerias podem oferecer recursos materiais necessários para o desenvolvimento das atividades dos Clubes e recursos humanos que subsidiem o aprendizado de estratégias ou conhecimentos técnicos que reforcem a atuação dos estudantes nos Clubes, sempre visando à educação integral dos estudantes. Estabelecer parcerias com esse foco é uma forma de fortalecer as atividades propostas pelos estudantes dos Clubes e de atender às necessidades que surgem no desenrolar das ações. Conheça no Anexo 3 uma situação hipotética que retrata um bom exemplo de parceria. Você poderá encontrar um exemplo de contrato de voluntariado no documento Clu- bes Juvenis – Caderno do Gestor: https://efape.educacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp- content/uploads/2021/04/PEI_GE_CJ_vol-un_2021_DIAGRAMADO.pdf. Contratos de convivência: estabelecendo regras e definindo papéis Vimos até aqui que o Clube Juvenil é um espaço de exercício do protagonismo e que toda equipe escolar é corresponsável em favorecer e praticar essa metodologia. É muito importante avaliar que propostas as parcerias trazem, se podem ou não co- laborar com novas experiências que proporcionem o aprendizado dos estudantes. As parcerias devem ser formalizadas por meio de contratos de parceiros e/ou voluntários para que não haja dúvida sobre as ações pretendidas no âmbito escolar. Espaço de exercício do protagonismo: Protagonismo Juvenil. Favorecer e praticar essa metodologia: Protagonismo Sênior. Para que isso aconteça de forma harmoniosa, é importante estabelecer combinados com todos os envolvidos; afinal, não se deve confundir protagonismo com “fazer o que bem entender”. 29 Contratos de convivência e o estabelecimento de algumas regras contribuirão para um trabalho mais claro e, com certeza, facilitarão a gestão e o acompanhamento dos Clubes Juvenis. Sempre com vistas à criação de uma cultura de Protagonismo na escola, proponha uma construção colaborativa e democrática para que todos sintam-se responsáveis pelo cumprimento dos combinados. Esta construção poderá ser realizada após um momento de sensibilização, como um vídeo, uma dinâmica ou uma roda de conversa. Lembre-se: procure ser assertivo na preparação de uma sensibilização, adequando os conteúdos ao público, considerando a faixa etária e a cultura local. Procure mediar essa construção de combinados fazendo intervenções pontuais. Você pode iniciar essa discussão com a seguinte pergunta: “Na sua opinião, o que é necessário para que tenhamos um melhor aproveitamento dos Clubes Juvenis?”. A seguir, apresentamos questões que podem auxiliar na construção de combinados. Leia as questões e, em seguida, descubra quais favorecem ou não o Protagonismo Juvenil. Vocês gostariam que a direção ficasse responsável pela elaboração de regras de convivência? Importante Vamos praticar • Essa pergunta não favorece o Protagonismo, pois propõe que a direção tome as decisões consideradas mais adequadas. Uma alternativa seria: Quais combinados poderíamos pro- por para que tenhamos um melhor relacionamento dos Clubes com a direção da escola? Como evitar barulhos ou ruídos em excesso durante o horário do Clube Juvenil? • Alguns Clubes utilizam aparelhos de som e autofalantes, o que poderá atrapalhar colegas de outros grupos. Também haverá situações em que algum estudante ficará curioso em conhecer o trabalho de outros Clubes. Essa pergunta poderia ser: Quais propostas vocês sugerem para um melhor entrosamento e relacionamento entre Clubes? 30 • Essa questão pode favorecer a elaboração de combinados para organizar ou manter o es- paço organizado, tanto antes como após o horário destinado aos Clubes Juvenis. Como entregar o espaço utilizado pelo Clube após a atividade? • Essa é uma pergunta que poderá evitar uma possível aglomeração de estudantes solicitan- do materiais a todo momento durante o horário dos Clubes. Quem se responsabilizará pela solicitação de materiais a serem utilizados? Depois de ler as questões, pense em como adequá-las a sua realidade escolar. Anote em seu Diário de Bordo as questões que considera importantes para combinar com os estudantes em relação aos Clubes Juvenis, de acordo com seu público e a rea- lidade escolar. Tome nota • É importante que os estudantes desenvolvam um sentido de pertencimento com o patri- mônio da escola e, mesmo assim, ainda poderá acontecer de quebrar um mouse no labora- tório de informática ou uma cadeira da sala de aula, alguém faz marcações na parede... en- fim, solicite que estabeleçam qual responsabilidade deverão exercer sobre possíveis danos. Como nos responsabilizaremos por eventuais danos ao patrimônio e aos materiais da escola? • Definir com antecedência uma agenda de encontros e formações com os Presidentes e Vice-presidentes de Clubes é fundamental para o acompanhamento e a organização do momento dos Clubes na escola. Qual seria o melhor dia e horário da semana para reuniões de alinhamento e formação com os Presidentes e Vice-presidentes de Clubes? 31 Não se esqueça de que essa seção de combinados envolve diversos atores além dos estudantes. É necessário conversar com toda a equipe escolar, em especial com os professores, pois são os personagens que medeiam o conhecimento, aqueles que ins- tigam os jovens a seguirem adiante com seus sonhos. Lembre-se: por mais que possa parecer difícil dar voz a vários atores, quanto mais pessoas envolvidas na ação, mais ideias e sugestões podem surgir para aprimorá-las. Todos só têm a ganhar! A seguir, vamos falar sobre a Excelência em Gestão! Caso tenha afinidade com ferramentas e instrumentos tecnológicos, você poderá uti- lizar plataformas de construção colaborativa como Padlet, Jamboard e Google docs, entre outros. Dica 32 Unidade 5 Excelência em Gestão Cursista, nesta etapa, é essencial ressaltarmos a importância de uma gestão atenta e ligada em tudo que acontece nos Clubes Juvenis da escola. Para isso, é fundamental estabelecer uma comunicação constante e bem entrosada; assim nada escapa ao radar, facilitando o êxito das ações planejadas. É importantíssimo também realizar constan- temente o alinhamento entre todos por meio do monitoramento constante das ações. A gestão das escolas que participam do PEI é construída por uma trama de procedi- mentos que visam favorecer a organização e a constante avaliação de ações. A articu- lação dos procedimentos, bem como o alinhamento entre as ações propostas, propi- cia a construção de documentos que evidenciam os resultados conquistados. Essa trama confere ao programa os bons resultados que a Excelência em Gestão tem por objetivo oferecer. Entre os instrumentos que visam contribuir para a conquista da Excelência em Gestão estão ferramentas como o PDCA, que permite um acompanha- mento constante e a verificação de potencialidades e fragilidades. 33 Quem são os responsáveis pelos Clubes Juvenis nas escolas? “Estudantes são os responsáveis por criar os Clubes, atuando de forma pro- tagonista na participação e no alcance dos resultados que eles mesmos se propuseram a realizar. Presidente e vice-presidente de Clube Juvenil são os responsáveis pela gestão e funcionamento do seu Clube, apoiados e monitorados pela direção da escola. Professores são os responsáveis por estimular e apoiar o desenvolvimen- to dos Clubes, atuando como padrinhos e madrinhas de Clubes Juvenis e como consultores, quando forem solicitados pelos estudantes. Professores das aulas de Protagonismo Juvenil oferecidas aos estudantes do Ensino Fundamental – Anos Finais devem orientar e apoiar o desenvolvi- mento dos Clubes Juvenis. Diretor e vice-diretor são os responsáveis por toda a ação escolar voltada aos Clubes Juvenis.” (Clubes Juvenis – Caderno do Gestor, p. 16-17) Agora que você, cursista, já tem conhecimento das atribuições de cada um nos Clu- bes Juvenis,aí vão algumas dicas de como os Gestores podem monitorar os Clubes e exercer seu Protagonismo Sênior sem que nossos Protagonistas Juvenis se sintam inibidos em suas iniciativas ou invadidos em sua autonomia. Os Clubes Juvenis são pontos de atenção no que se refere à Gestão de Excelência, e o PDCA é a ferramenta adequada ao seu acompanhamento, visando alcançar êxito em seus resultados. No Módulo 3, trataremos com mais detalhes sobre esse tema. Para que todos exerçam sua parcela de Protagonismo e se sintam engajados, é ne- cessário que tenham conhecimento pleno das ações que pretendem implementar. Trabalho em grupo e de forma eficiente se faz assim, com muito bate-papo e troca de figurinhas! Todo mundo sabe de tudo e, assim, nada fica sem fazer porque quando precisarem de uma forcinha, todos já estarão preparados para o trabalho! Mas para que essa jornada seja tranquila, é preciso saber quem são os responsáveis pe- los Clubes Juvenis para partilhar as tarefas e também exercer a Corresponsabilidade, uma vez que essa é uma premissa que transita por todo o Programa Ensino Integral, sendo muito importante aplicá-la também ao Clube Juvenil. Já estudamos esse assunto no curso. Vale a pena revisitar. 34 Alinhamento entre Presidentes e Vice-Presidentes de Clubes No momento em que os Clubes estiverem devidamente instalados, o Presidente e o Vice-presidente precisarão manter uma comunicação intensa e eficiente. É pela co- municação que os alinhamentos ocorrerão e possibilitarão estabelecer responsabili- dades e corresponsabilidades entre todos os membros do Clube, incluindo o Presi- dente e o Vice-presidente. Criar uma agenda de encontros periódicos, cumprir os combinados e aplicar constante- mente o método PDCA são procedimentos que trarão mais segurança para implementar e expandir as ações, além de permitir a divulgação e a busca de parcerias com maiores chances de êxito. Falaremos mais detalhadamente sobre o método PDCA com Clubes Juvenis no Módulo 3 deste curso. PDCA é a sigla para uma metodologia do modelo de gestão baseada em um ciclo per- manente de etapas: Planejar (Plan), Fazer (Do), Checar (Check) e Agir (Act). Os estudantes que estão construindo seu Protagonismo precisam, desde cedo, de- senvolver o hábito de manter registros que possam comprovar os resultados de suas ações. Isso permitirá uma rápida correção de rotas, caso seja verificado que não estão sendo atingidos os objetivos propostos de forma satisfatória, e, até mesmo, o repensar desses objetivos pelos membros do Clube. Você pode encontrar algumas sugestões de planilhas para estruturar esses registros nos seguintes documentos: Modelo de registro das ações realizadas nos Clubes Juvenis (https://efape.educacao. sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/04/PEI_GE_CJ_vol-un_2021_DIA GRAMADO.pdf, p. 34); Modelo de Registro de Frequência dos Clubes Juvenis (https://efape.educacao.sp.gov. br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/04/PEI_GE_CJ_vol-un_2021_DIAGRAMA DO.pdf, p. 34); Modelo de Registro de Pauta e Ata de Reuniões (https://efape.educacao.sp.gov.br/ensi nointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_ES_CJ_VOL-UN_2021_Diagramado-.pdf, p. 30-31); Modelo de Formulário de Avaliação do Clube Juvenil (https://efape.educacao.sp.gov.br/ ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_ES_CJ_VOL-UN_2021_Diagramado-.pdf, p. 31-33). 35 Alinhamento entre Presidentes e Vice-presidentes de Clubes e Diretores e Vice-diretores escolares Vamos assistir ao depoimento da Diretora Meire e do Vice-Diretor Fernando da E. E. Frontino Guimarães da DER Centro, sobre como se organizam para atender todos os Presidentes de Clubes Juvenis, como exercem o Protagonismo Sênior, a Pedagogia da Presença e a Escuta Ativa sem inibir a autonomia dos estudantes. Ele fala também sobre a importância e as conquistas de uma gestão democrática nos Clubes Juvenis para que os bons resultados surjam e sejam replicados: https://midiasefape.educacao. sp.gov.br/ava/pei/021_Clube_Juvenil_Diretor_e_Vice_1.mp4. Alguns instrumentos de gestão ajudam os Gestores a não se perderem no meio do caminho. São muitos os Clubes a serem monitorados, e a memória, às vezes, pode falhar, não é mesmo? Para dar essa forcinha na hora de se organizar e não deixar nin- guém perder nada, os Diretores e Vice-diretores devem se apoiar nos instrumentos de registro listados anteriormente. Vamos fazer um checklist de ações para que você exercite na prática como construir a cronologia de alinhamento entre Presidentes e Vice-presidentes de Clubes e Diretores e Vice-diretores escolares? Vamos praticar 9. Enumere o checklist do Clube Juvenil na ordem cronológica de ações que devem ser realizadas num período de um semestre letivo. Para auxiliá-lo, você pode consultar o Caderno de Procedimento Passo a Passo do PEI (https://efape.educacao.sp.gov.br/ ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_PR_GE_PPP_VOL-UN_2021_Diagra mado.pdf). ( ) Analisar as propostas, indicar e validar quais Clubes Juvenis serão divulgados aos estudantes da escola. ( ) Elaborar e realizar formação sobre o Clube Juvenil aos estudantes acolhedores e aos profissionais da escola. ( ) Estudar os materiais formativos sobre o Clube Juvenil. ( ) Monitorar e analisar as ações, aplicar o PDCA e difundir as boas práticas a todos. ( ) Realizar inscrições, estruturar a formação dos Clubes Juvenis e iniciar as atividades. 36 Alinhamento entre docentes e comunidade escolar Um movimento de comunicação e alinhamento precisa ser especialmente direcionado aos docentes e também a toda a comunidade escolar para alcançar todos aqueles que trabalham no ambiente escolar (agentes de organização, administração e merendeiras) e aqueles que fazem parte do cotidiano além dos muros da escola (pais e/ou responsá- veis, condutores escolares, comércio e instituições vizinhas). Mas como essa forma de comunicação e alinhamento favorece as boas práticas dos Clubes Juvenis? Muitos desavisados podem entender os Clubes Juvenis como meros momentos de lazer, pois, observando de fora, sem que a concepção metodológica dos Clubes este- ja bem explicada e compreendida, pode-se realmente entendê-la como apenas um momento de descontração não considerado no processo educativo dos estudantes. Por isso, é importantíssimo que haja um plano bem estruturado de comunicação e alinhamento também para essa parcela de pessoas que estão presentes no cotidiano escolar. Quando se consegue essa eficiência na comunicação, certamente os Clubes Juvenis encontrarão mais portas abertas para conquistar parceiros e padrinhos que colabo- rem com a conquista dos objetivos traçados. Ouça os depoimentos de pessoas que passaram a admirar, apadrinhar e ser parceiros dos Clubes Juvenis por causa da comunicação eficiente entre o Clube e a comunidade escolar: • Ouça o que o professor Daniel Nascimento da E. E. Prefeito Nestor de Camargo da DER Itapevi tem a dizer sobre sua participação e seu apoio aos Clubes Juvenis: https:// midiasefape.educacao.sp.gov.br/ava/pei/008_DANIEL_PODCAST_V2.mp3. • A professora Marta Estavas da E. E. Professor Ayres de Moura da DER Norte 1 também participa dos Clubes Juvenis. Ouça o seu depoimento: https://midiasefape.educacao. sp.gov.br/ava/pei/009_MARTA_PODCAST_V2.mp3. • A experiência da professora Patricia Torres da E. E. Professora Lucy Anna Carrozo La- torre, da DER Osasco, com os Clubes Juvenis é bem interessante. Acompanhe: https:// midiasefape.educacao.sp.gov.br/ava/pei/010_PATRICIA_PODCAST_V2.mp3. Podcast 37 Agora que vimos o quanto o alinhamento e a comunicação entre as pessoas nos de- mais âmbitos da escola podem atrair recursos para ampliar o potencial de ação dos Clubes Juvenis, observe os aspectos elencados a seguir, que são essenciais para a ela- boração de um bom plano de divulgação e alinhamento entre os Clubes Juvenis e a comunidade escolar: A finalidade dos Clubes Juvenis como metodologia de aprendizagem visa formar pes- soas protagonistasque saibam construir projetos de vida bem-sucedidos. As conquistas individuais e coletivas dos estudantes com a participação nos Clubes Juvenis contribuem para a formação do jovem Autônomo, Solidário e Competente. Os resultados alcançados refletem melhorias nas aprendizagens e ampliam a qualidade de vida para famílias e sociedade em geral. Como organizar as ações Estimular os Presidentes e Vice-presidentes a construírem um plano de comunicação de suas ações permanentemente, não deixando somente para demonstrar resultados no mo- mento da Culminância. Facilitar processos de concepção para comunicação visual e virtual que façam parte do co- tidiano dos Clubes Juvenis. Rede de Suporte: Líderes de Turma e Acolhedores Outros atores do cotidiano escolar que são fundamentais para reforçar o time de apoio aos Clubes Juvenis são os Líderes de Turma e os Acolhedores. Pelo perfil desses estudantes e das responsabilidades que assumiram ante as neces- sidades da escola, eles já construíram habilidades de liderança e protagonismo que podem ser referências para estimular e fortalecer os grupos de estudantes que atua- rão dentro dos Clubes Juvenis. Ressalte-se que muitos deles acumulam essas funções com a de Presidente ou Vice-presidente dos Clubes Juvenis. Com uma comunicação bem-sucedida entre esses atores no cenário do PEI, a Replicabilidade de boas práticas voltadas ao Protagonismo, com certeza, resultará em ótimos frutos a serem colhidos. Assista ao vídeo com as estudantes do Ensino Fundamental Fernanda, Mayara e Ana Clara da E. E. Frontino Guimarães da DER Centro e veja o que elas têm a dizer sobre os Clubes Juvenis: https://midiasefape.educacao.sp.gov.br/ava/pei/022_Clube_Juvenil_ Estudantes.mp4. 38 Cursista, lembre-se que os Clubes de Esporte necessitam, para o seu funcionamento, do acompanhamento de um profissional de Educação Física registrado no Conselho Regional de Educação Física (CREF), durante os encontros, conforme Lei no 9.696/98. E que forma seria a mais adequada para estabelecer alinhamento e comunicação eficaz entre Acolhedores, Líderes de Turma e os Presidentes e Vice-presidentes de Clubes Juvenis? Uma boa sugestão seria utilizar recursos das redes sociais, conectando esses estudantes para que, ao mesmo tempo em que desenvolvem todas as atividades do seu dia a dia escolar, também se mantenham bem informados daquilo que está acontecendo nos Clubes Juvenis, apoiando as ações sempre que for possível. Chegamos ao final do Módulo 1, percorremos temas importantes que subsidiam os Clubes Juvenis. Revisite o seu diário de bordo e confira quais foram seus apontamen- tos sobre: Apresentação do curso; Clubes Juvenis; Protagonismo; Corresponsabilidade; Excelência em gestão. Você se considera um profissional aberto ao novo? Você acredita que possui um forte senso de corresponsabilidade ante os desafios coletivos da escola? Vamos conferir? • Utilize o Anexo 4: Rubrica de autoavaliação – equipe escolar. Para refletir Agora, você já está preparado para aprofundar seus conhecimentos no Módulo 2! Bons estudos! 39 Gabaritos 1. A sequência correta é: F, V, F, V, V. Comentários: A afirmativa “Decidir previamente uma ação e convencer o grupo a assumir-se como autor da proposta” é FALSA. Esta ação não compreende o Protagonismo Sênior; espera-se que os profissionais educadores promovam o protagonismo dos estudantes e de seus colegas. A afirmativa “Posicionar-se de forma amistosa com os estudantes a fim de estabelecer par- cerias” é VERDADEIRA. Exercer empatia e amabilidade só favorece o desenvolvimento do pro- tagonismo e o bem-estar nas relações de convivência, o que caracteriza uma ação sênior. A afirmativa “Deixar decisões a cargo do grupo sem fazer intervenções no processo” é FALSA. É importante que o educador exerça o papel de orientador, fazendo inferências e apontando caminhos. Deixar que as decisões sejam tomadas sem algum critério poderá comprometer o processo de aprendizagem e amadurecimento do protagonismo. A afirmativa “Acolher e compreender as manifestações dos estudantes” é VERDADEIRA. Este é um dos primeiros passos para o desenvolvimento da cultura protagonista na escola, o que caracteriza o nível sênior de protagonismo. A afirmativa “Reconhecer o estudante como parte da solução, respeitando sua criatividade e proporcionando momentos favoráveis ao desenvolvimento do protagonismo” é VERDADEI- RA. Esta é uma das características essenciais ao educador Protagonista Sênior. 2. Alternativa correta: b. Comentários: Aprender a conhecer está relacionado com as diversas maneiras do ser humano lidar com o conhecimento. 3. Alternativa correta: c. Comentários: Aprender a fazer diz respeito à mobilização de conhecimentos que permitam o enfrentamen- to de situações e desafios relevantes e significativos do cotidiano. 4. Alternativa correta: d. Comentários: Aprender a conviver diz respeito às relações entre os seres humanos. 5. Alternativa correta: a. Comentários: Aprender a ser diz respeito à relação de cada indivíduo consigo mesmo. 6. a) O Protagonismo Sênior favorece a aquisição de valores e cria condições e espaços para um convívio estimulante e necessário para a formação de jovens autônomos, solidá- rios e participativos. Comentários: O Protagonismo Sênior é responsável pela interlocução entre condições e espaços para que os jovens vivenciem a autonomia durante sua formação. 40 6. b) O Protagonismo Juvenil proporciona ao longo do período escolar o exercício do diá- logo respeitoso e o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade para que possa fazer escolhas conscientes e mais assertivas. Comentários: O diálogo respeitoso é desenvolvido em todo o espaço escolar, porém o desenvolvimento da autonomia diz respeito aos estudantes. 6. c) O Protagonismo Sênior reforça o compromisso das escolas com a formação integral dos estudantes. Comentários: São os gestores e docentes que apoiam os estudantes; portanto, reforçar o compromisso das escolas se refere ao Protagonismo Sênior. 6. d) O Protagonismo Sênior implica desenvolver uma visão crítica sobre a realidade, atuar proativamente, empreender e formular projetos de vida, reconhecer-se como voz ativa na sociedade e saber que é possível transformar a escola e a vida dos estudantes. Comentários: São os gestores e docentes que apoiam os estudantes e organizam as ações do PEI, contri- buindo com a transformação da escola e da vida dos estudantes; portanto, estamos nos refe- rindo ao Protagonismo Sênior. 6. e) O Protagonismo Sênior promove o engajamento dos estudantes com o conteúdo e a prática pedagógica. Comentários: É responsabilidade da equipe docente promover o engajamento, característica do Protago- nismo Sênior. 6. f) O Protagonismo Juvenil é um modo de educação em que o jovem ocupa o centro do processo educativo, favorecendo a corresponsabilidade em torno da sua aprendizagem. Comentários: É responsabilidade do estudante envolver-se com o próprio aprendizado, caracterizando o Protagonismo Juvenil. 6. g) O Protagonismo Juvenil é uma oportunidade para que os estudantes desenvolvam sua autonomia e responsabilidade. Comentários: O Protagonismo Juvenil é uma metodologia que visa desenvolver a autonomia e o senso de responsabilidade dos estudantes. 7. Alternativa correta: d. Comentários: Maurício teve que refazer todo o calendário e o Clube de Jogos perdeu duas reuniões impor- tantes, por conta da falta de alinhamento entre eles, e consequentemente a corresponsabi- lidade ficou comprometida. Realizar a tarefa sem se preocupar com as dúvidas ou objetivos solicitados confere a ausência de corresponsabilidade, pois compromete futuras ações. A alternativa a não é a correta, já que dividir as tarefas está diretamente ligado à Corresponsa- bilidade, pois coloca mais pessoas de uma mesma equipe como responsáveis por uma ação. 41 A alternativa b não é a correta, já que pedir ajuda é uma característica da Corresponsabilidade, mesmo que nesse caso a ajuda tenha sido solicitada a umacolega de outro Clube. A alter- nativa c não é a correta, já que dividir tarefas está diretamente ligado à Corresponsabilidade, mesmo que eles não tenham entrado em acordo sobre o que fazer. 8. A sequência correta é: 5, 2, 1, 4, 3. Comentários: A Corresponsabilidade se apresenta novamente como Premissa na atuação de cada indiví- duo. A gestão dos Clubes Juvenis deve contar com o apoio dos Jovens Acolhedores, dos Líde- res de Turma e da Equipe Escolar, respeitando as devidas proporções do papel que cada um deve exercer com foco no sucesso dos Clubes. Uma gestão participativa pode colaborar e ser o ponto de partida para que os Clubes sejam bem estruturados. 9. A sequência correta é: 3, 2, 1, 5, 4. Ilustrações e fotografias: Getty Images. 42 Anexo 1 RUBRICA DE AUTOAVALIAÇÃO DE PROTAGONISMO SÊNIOR – PROFESSORES NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO DO PROTAGONISMO SÊNIOR – PROFESSORES CRITÉRIOS DE ANÁLISE PODE MELHORAR COMEÇOU QUASE LÁ CHEGOU LÁ SUPEROU • Participação ativa e engajamento com projetos de colegas e estudantes. • Uso de tecnologias. • Utilização de metodologias ativas e práticas diversificadas. • Abertura ao novo. • Dou preferência para projetos prontos para desenvolver com os estudantes, tenho pouca afinidade com a tecnologia e não sou muito aberto a ouvir críticas e sugestões de colegas e estudantes, pois prefiro aulas tradicionais e com poucas intervenções dos estudantes. • Sou aberto a ouvir propostas de colegas e da equipe gestora, faço uso limitado das tecnologias, tento ouvir mais os estudantes e reservo momentos das minhas aulas para que possam expressar suas opiniões. • Ouço com atenção as propostas de colegas e da equipe gestora e procuro sempre contribuir com ideias e sugestões, utilizo a tecnologia para proporcionar momentos de engajamento e ludicidade. • Dependendo de quem recebo críticas e sugestões, reavalio minhas práticas, planejo as aulas e procuro viabilizar o protagonismo juvenil. • Mostro-me interessado e ouço com atenção as propostas de colegas, da equipe gestora e dos estudantes da escola, gosto de um desafio e de ajudar sempre que percebo essa necessidade, considero que o meu sucesso depende do apoio do outro e vice-versa. • Preparo as aulas com recursos diversificados e o uso da tecnologia, promovendo • Mostro-me interessado e ouço com atenção e participo ativamente das propostas apresentadas pelos colegas, equipe gestora, estudantes, funcionários da escola e pais e responsáveis. • Sou solícito e disponível para auxiliar, contribuo com sugestões para os problemas da escola e coloco em prática a decisão da equipe mantendo sempre o foco em atingir os objetivos e metas propostas. Nota: Sabemos que o exercício de autoavaliação não é fácil. Nesta rubrica autoavaliativa, escolhemos como níveis classificatórios “pode melhorar”, “começou”, “quase lá”, “chegou lá” e “superou”, porém não há limites para a superação. Portanto, tome suas respostas como um incentivo para continuar a trilhar uma carreira de excelência. • Promoção do protagonismo juvenil. momentos e espaços que favorecem o desenvolvimento do protagonismo juvenil, dando voz ao estudante, instigando-o a pensar nos problemas e a propor soluções. • Ouço críticas e reavalio meus métodos a fim de me aperfeiçoar e aprimorar minhas aulas, preparando-as com recursos diversificados, tecnológicos e metodologias ativas, colocando os estudantes no centro do processo de aprendizagem, favorecendo a autonomia, a criticidade, a cognição e a solidariedade, sempre com foco em garantir o protagonismo juvenil. 43 Anexo 2 RUBRICA DE AUTOAVALIAÇÃO DE PROTAGONISMO SÊNIOR – EQUIPE GESTORA NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO DO PROTAGONISMO SÊNIOR – EQUIPE GESTORA CRITÉRIOS DE ANÁLISE PODE MELHORAR COMEÇOU QUASE LÁ CHEGOU LÁ SUPEROU • Participação ativa e engajamento com projetos de colegas e estudantes. • Uso de tecnologias. • Abertura ao novo. • Promoção do protagonismo juvenil. • Tenho um perfil centralizador e prefiro organizar tudo do meu jeito, mesmo que fique sobrecarregado, pois assim tenho como prever o produto final. • Quando preciso preparar um conteúdo mais complexo no computador, conto com o apoio de uma pessoa de minha confiança e a acompanho do início ao fim. • Costumo ouvir propostas e sugestões, mas só acolho os projetos após serem ajustados com as adequações apontadas por mim, pois acredito que preciso apoiar os estudantes, que ainda não têm maturidade suficiente e acabam fazendo bagunça e deixando lacunas importantes. • Gosto quando minha equipe propõe sugestões, porém sei que nem todos costumam contribuir com ideias e ações para superarmos os desafios. Nesses casos, procuro instigá-los a participar, mas reconheço que, às vezes, tenho dificuldades e me aborreço com quem não se demonstra disposto a contribuir. • Faço reuniões constantes de alinhamento com o objetivo de deixar todos da equipe escolar informados, motivados e participativos, sempre com foco em cumprir os objetivos e as metas. • Respeito o ponto de vista dos outros, sejam eles professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis e procuro atender às • Tenho como princípio norteador do meu trabalho a gestão democrática e participativa. Todos na escola têm, de certa forma, características de liderança. Por ser um líder, minhas ações precisam ser, obrigatoriamente, coerentes com o meu discurso. • Estou sempre aberto a receber sugestões e novas propostas, reservo espaço e tempo para definir estratégias e divido responsabilidades. Nota: Sabemos que o exercício de autoavaliação não é fácil. Nesta rubrica autoavaliativa, escolhemos como níveis classificatórios “pode melhorar”, “começou”, “quase lá”, “chegou lá” e “superou”, porém não há limites para a superação. Portanto, tome suas respostas como um incentivo para continuar a trilhar uma carreira de excelência. • Ouço sugestões com certa desconfiança, pois nem todos da escola sabem realmente como é difícil estar na gestão e lidar com as cobranças que recebemos. • Acredito que dar voz para os professores, funcionários e estudantes só deixa o processo mais moroso, pois é muito difícil conciliar e mediar opiniões diferentes, sem falar que isso pode colocar minha autoridade e cargo em risco. • Nos horários de Clube, conto com a ajuda de outros funcionários da escola para evitar depredação e conflitos, acredito que os estudantes gostam de ter uma figura adulta por perto para manter a ordem. • Quando precisam de equipamentos tecnológicos, eu mesmo faço as instalações e oriento como utilizá-los para que não sejam quebrados. • Procuro fazer uso de tecnologias sempre que possível e busco o auxílio de colegas para aprender a utilizar algum recurso novo que possa melhorar minhas apresentações e comunicados. • Procuro me mostrar acessível e me aproximar dos estudantes durante os intervalos. sugestões e propostas. • Quando encontro alguém que geralmente não contribui, procuro descobrir a razão e sempre faço questão de dizer que a opinião dele é muito importante para a escola, procuro deixar a pessoa confortável e segura para expor suas ideias. • Exploro e incentivo apresentações dinâmicas e assertivas que fazem uso de tecnologias e novos recursos. • Procuro envolver toda a equipe nos projetos e atividades escolares, sempre me mostrando disponível e fornecendo condições favoráveis para a viabilização das ações. • Estimulo a utilização de tecnologia e preparo sistemas digitais de acompanhamento e avaliação, organizo espaços e agendas para capacitações e troca de experiências entre colegas, bem como rodas de conversa e debates periódicos com a participação de estudantes e da comunidade escolar em geral. 44 Nota: Sabemos que o exercício de autoavaliação não é fácil. Nesta rubrica autoavaliativa,escolhemos como níveis classificatórios “pode melhorar”, “começou”, “quase lá”, “chegou lá” e “superou”, porém não há limites para a superação. Portanto, tome suas respostas como um incentivo para continuar a trilhar uma carreira de excelência. • Assisto às apresentações e dou sugestões de como melhorá-las. • Considero que todos são responsáveis pelos espaços e projetos desenvolvidos na escola. • Tenho a certeza que todos podem contribuir com a melhoria da convivência e o desenvolvimento de projetos que envolvam toda a comunidade escolar. • Sou grato, reconheço e valorizo o esforço da minha equipe. 45 Anexo 3 O CLUBE DE ESPORTES Alguns estudantes decidiram implantar um Clube de Esportes, no entanto, existe uma legislação que estabelece que nenhuma prática esportiva pode ser realizada sem que um profissional de Educação Física habilitado esteja presente orientando e acompanhando essa atividade. Os membros do Clube de Esportes logo procuraram o professor de Educação Física da escola e o convidaram para apadrinhá-los, mas descobriram que, no momento estipulado para as reuniões do Clube Juvenil, o professor também estaria ocupado em reuniões semanais conhecidas como ATPC (Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo), com os outros professores da escola tratando de assuntos muito importantes para o bom andamento das atividades escolares. Mesmo assim, os alunos não pensaram em desistir de seu sonho esportivo! Decidiram buscar parceiros para apoiá-los nessa ideia. Pesquisaram e descobriram que havia uma academia onde muitos profissionais de Educação Física se revezavam para dar aulas. Conversando com frequentadores da academia, constataram a constante presença de profissionais no mesmo dia e horário em que o Clube Juvenil estaria em funcionamento. Se aceitassem uma parceria, seria a solução ideal para o entrave que estava inviabilizando a atividade que tanto queriam realizar… Resolveram, então, redigir uma proposta de parceria expondo as razões de sua necessidade e também o propósito pelo qual estavam empenhados em implementar o Clube de Esportes na escola. Contaram sobre seus projetos de vida e sobre as iniciativas protagonistas que a escola os incentivava a realizar. 46 E sabem no que deu? Eles conseguiram a parceria e ainda ganharam camisetas para usar durante as atividades do Clube. Fizeram uma troca muito bacana: receberam orientação, apoio e valorizaram a atividade da academia que ficou orgulhosa em ver jovens protagonistas suando a camisa com sua marca registrada. Percebeu a importância de uma parceria bem articulada para o sucesso do Clube Juvenil sem comprometer o protagonismo dos estudantes? O contrato deve ser pautado no serviço voluntário, que está baseado nos termos da Lei n° 9.608, de 18 de fevereiro de 1998. O contrato é um documento importante para evidenciar que a atuação dos parceiros deve apoiar os estudantes e não os substituir nas ações que estão sendo desenvolvidas nos Clubes Juvenis. Os padrinhos/madrinhas são consultores e aconselham os estudantes, já os parceiros apoiam com conhecimentos técnicos. 47 Anexo 4 RUBRICA DE AUTOAVALIAÇÃO – EQUIPE ESCOLAR CRITÉRIO AVALIADO PODE MELHORAR COMEÇOU QUASE LÁ CHEGOU LÁ SUPEROU DISPOSIÇÃO PARA MUDANÇA • Não gosto de mudanças, acredito que minhas ações e decisões estão funcionando muito bem e se melhorar estraga. • Tomo decisões que acredito serem bem estruturadas e funcionais, contudo considero que alguns ajustes poderiam ser realizados, porém gostaria que meus colegas e superiores fornecessem formações que julgo adequadas ao meu aprimoramento profissional. • Reconheço que todo trabalho pode ser aperfeiçoado, porém ainda não disponho de tempo para participar de cursos e palestras de forma engajada. • Sigo aquilo que aprendi e sempre que possível testo novas práticas, abandonando aquelas muito complexas ou que não deram certo. • Mantenho-me atualizado, assistindo palestras, workshops e afins, procuro discutir com meus colegas os prós e contras na implementação de novas ideias, conforme minha realidade, e, depois de aplicar, faço um exercício de readequação e ajustes. • Sou persistente e não desisto fácil. • Mantenho-me sempre atualizado, participando de cursos, palestras, workshops e afins. • Estudo os documentos institucionais orientadores com frequência, troco experiências com meus colegas, planejo e preparo minhas ações alinhadas com o plano de ação da minha unidade escolar, utilizo novas metodologias adequando-as a minha realidade e aplicando o ciclo PDCA em todas as minhas atividades em busca de ajustes e aperfeiçoamento. Nota: Sabemos que o exercício de autoavaliação não é fácil. Nesta rubrica autoavaliativa, escolhemos como níveis classificatórios “pode melhorar”, “começou”, “quase lá”, “chegou lá” e “superou”, porém não há limites para a superação. Portanto, tome suas respostas como um incentivo para continuar a trilhar uma carreira de excelência. • Gosto de desafios e encaro as novidades como grandes oportunidades. CORRESPONSABILIDADE • Acredito que a corresponsabilidade é definida pela equipe gestora, que deve informar com antecedência os papéis e as atribuições de cada um. • Procuro fazer a minha parte, se algo não sair como o esperado, fiz o que pude. • Considero que as pessoas devem desempenhar suas atividades em equipe e com alinhamentos frequentes em suas frentes de trabalho, porém sempre sob o comando de um ou mais coordenadores, pois estes têm melhores condições para avaliar, apontar melhorias e alinhar com outras equipes • Considero que todos são corresponsáveis pelas ações desenvolvidas na escola, porém observo muitas dificuldades de comunicação e integração entre as equipes. • Procuro desenvolver projetos em parceria com alguns colegas e solicito a colaboração de quase todos na escola. Mesmo diante das dificuldades e • Considero o erro como parte do processo de amadurecimento e aprendizagem e que todos são corresponsáveis pelas ações da escola e pelos processos de construção de conhecimento. • Busco propor projetos que favoreçam o aprendizado e as metas traçadas pela escola, garantindo a conscientização, o sentimento de pertencimento e a • Considero o erro como parte do processo de amadurecimento, aprendizagem e construção de conhecimento, afinal, todos são corresponsáveis pelo êxito e também pelas falhas. • Não limito a corresponsabilidade apenas aos projetos propostos por mim, procuro fazer ajustes e adequações das minhas práticas e dou sugestões e apoio às ações de meus colegas, colaboro ativamente para que meus projetos ou aulas também favoreçam meus colegas e os levem ao êxito, Nota: Sabemos que o exercício de autoavaliação não é fácil. Nesta rubrica autoavaliativa, escolhemos como níveis classificatórios “pode melhorar”, “começou”, “quase lá”, “chegou lá” e “superou”, porém não há limites para a superação. Portanto, tome suas respostas como um incentivo para continuar a trilhar uma carreira de excelência. e a comunidade escolar. certa falta de adesão e apoio, não desisto e levo meus projetos e ideias até o fim. autogestão da escola. • Mostro-me disponível para ajudar e contribuir de forma positiva com meus colegas e estudantes. planejando com antecedência e sempre alinhados com o Plano de Ação da escola, procuro fazer intervenções pertinentes no sentido de evitar saturação de projetos ou excesso de demandas a uma única pessoa. Sou solidário, proativo e prestativo. Nota: Sabemos que o exercício de autoavaliação não é fácil. Nesta rubrica autoavaliativa, escolhemos como níveis classificatórios “pode melhorar”, “começou”, “quase lá”, “chegou lá” e “superou”, porém não há limites para a superação. Portanto, tome suas respostas como um incentivo para continuar a trilhar uma carreirade excelência. e a comunidade escolar. certa falta de adesão e apoio, não desisto e levo meus projetos e ideias até o fim. autogestão da escola. • Mostro-me disponível para ajudar e contribuir de forma positiva com meus colegas e estudantes. planejando com antecedência e sempre alinhados com o Plano de Ação da escola, procuro fazer intervenções pertinentes no sentido de evitar saturação de projetos ou excesso de demandas a uma única pessoa. Sou solidário, proativo e prestativo.
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