Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * ILUMINAÇÃO INDUSTRIAL TÓPICO 2 Aula 1 * * * 1. INTRODUÇÃO Um bom projeto de iluminação, em geral, requer a adoção dos seguintes pontos fundamentais: Nível de iluminamento suficiente para cada atividade específica; Distribuição espacial da luz sobre o ambiente; Escolha da cor da luz e seu respectivo rendimento; Escolha apropriada dos aparelhos de iluminação. * * * Numa planta industrial, além do projeto de iluminação do recinto de produção propriamente dito, há o desenvolvimento do projeto de iluminação dos escritórios, almoxarifados, laboratórios e área externa, tais como pátio de estacionamento, jardins, locais de carga e descarga de produtos e matérias-primas, etc. * * * 2. ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS 2.1. Iluminância ou nível de iluminamento 2.2. Fluxo luminoso 2.3. Eficiência luminosa ou rendimento luminoso * * * 2.1. Iluminância (E) Corresponde ao fluxo luminoso incidente numa determinada superfície por unidade de área, dada em lux. F = fluxo luminoso (lúmens) S = área da superfície iluminada (m2) * * * Exemplos clássicos de iluminância: Dia de sol de verão a ceu aberto: 100.000 lux; Dia com sol encoberto no verão: 20.000 lux; Noite de lua cheia sem nuvens: 0,25 lux; Noite à luz de estrelas: 0,001 lux. * * * 2.2. Fluxo luminoso (F) É a potência de radiação emitida por uma fonte luminosa em todas as direções do espaço; sua unidade é o lúmen. * Por que não pode ser expresso em Watts? Porque é função da sensibilidade do olho humano. * * * * * 2.3. Eficiência luminosa ou rendimento luminoso É a relação entre o fluxo luminoso emitido por uma fonte luminosa e a potência em watts consumida por ela. F = fluxo luminoso emitido (lúmens) P = potência consumida (W) * * * * * * 3. LÂMPADAS ELÉTRICAS Classificação quanto ao processo de emissão de luz: Lâmpadas incandescentes; Lâmpadas de descarga. * * * Características importantes a respeito das lâmpadas: a. Vida útil; b. Eficiência luminosa; * * * c. Temperatura de cor: É a aparência cromática da luz emitida por determinada fonte luminosa. Quanto mais alta a temperatura de cor, mais branca é a tonalidade da luz emitida. d. Índice de Reprodução de Cor – IRC É a relação entre a cor real de um objeto ou superfície e a aparência percebida diante de uma fonte luminosa. Esse índice varia de 0 a 100%. * * * * Temperatura de cor e IRC de diversas lâmpadas. * * * Relação entre temperatura de cor e efeitos associados. * * Voltando à classificação das lâmpadas: Incandescentes: Normais, halógenas de tungstênio, halógenas com refletor incorporado… De descarga: Fluorescentes, a vapor metálico, a vapor de mercúrio, a vapor de sódio, de luz mista… * * * Lâmpadas incandescentes normais São constituídas de um filamento de tungstênio que atinge a incandescência com a passagem de uma corrente elétrica, e de um bulbo de vidro (transparente, translúcido ou opaco) cheio de gás quimicamente inerte, que evita a oxidação do filamento. * * * É pouco utilizada devido às precárias características de sua eficiência luminosa e vida útil reduzida. * * * Lâmpadas halógenas de tungstênio O filamento de tungstênio fica contido num tubo de quartzo, no qual é colocada certa quantidade de iodo. Durante seu funcionamento, o tungstênio evapora do filamento, combinando-se com o gás presente no interior do tubo, formando o iodeto de tungstênio. Devido às altas temperaturas, parte do tungstênio se deposita no filamento, regenerando-o (ciclo de iodo). * * * Nas lâmpadas incandescentes convencionais, o tungstênio evaporado do filamento se deposita nas paredes internas do bulbo, reduzindo sua eficiência. * * * Lâmpadas fluorescentes Possuem quatro componentes básicos: um tubo de vidro transparente, dois eletrodos (um em cada ponta), uma mistura de gases e um material que reveste internamente o tubo. Quando ligamos o interruptor, os eletrodos geram uma corrente elétrica que, ao passar através da mistura gasosa, emite radiação ultravioleta. A luz UV é, então, absorvida pelos materiais mais usados no revestimento interior do tubo (fósforo de diferentes tipos). Essas substâncias têm a propriedade de transformar o comprimento de onda invisível do ultravioleta em luz visível, que é refletida para o ambiente. * * * OBS1: Dispositivos de controle As lâmpadas fluorescentes, ao contrário das incandescentes, não podem sozinhas controlar o fluxo de corrente. É necessário que se ligue um reator (reatância série) entre as suas extremidades externas para limitar o valor da corrente. As lâmpadas pequenas usam o reator somente para limitar a corrente, enquanto as lâmpadas fluorescentes grandes, além do reator, fazem uso de um transformador para elevar a tensão. * * * OBS2: Luminárias Aparelhos destinados à fixação das lâmpadas, devendo apresentar as seguintes características básicas: * Serem agradáveis ao observador; Modificarem o fluxo luminoso da fonte de luz; Possibilitarem fácil instalação e posterior manutenção. * * 4. ILUMINAÇÃO DE INTERIORES * * * IMPORTANTE!! Quem regulamenta a quantidade de iluminação para determinados ambientes industriais é a norma da Associação Brasileira das Normas Técnicas (ABNT) número 5413, que dispõe a respeito de iluminação de interiores industriais. Para conferir se a iluminação industrial está adequada, ela é medida através de um luxímetro. * * * 4.1. Iluminância Para que os ambientes sejam iluminados adequadamente, é necessário adotar os valores de iluminância estabelecidos para cada grupo de tarefas visuais. * Tabela A: Iluminâncias para cada grupo de tarefas visuais. * * Determinação da iluminância adequada aos ambientes: Analisar a característica dada na tabela B para determinar o seu peso; Somar os três valores encontrados algebricamente, considerando o sinal; Quando o valor total do sinal for igual a -2 ou -3, usar a iluminância mais baixa do grupo; usar a iluminância superior quando a soma for +2 ou +3; nos outros casos, utilizar o valor médio. * Tabela B: Fatores determinantes da iluminância adequada. * * A NB 5413 também estabelece as iluminâncias mínimas para os diversos tipos de ambientes em função das tarefas visuais ali desenvolvidas. * Tabela C: Iluminâncias mínimas em lux, por tipo de atividade. * * EXEMPLO 1: Determinar a iluminância adequada para o ambiente de inspeção de lacres numa indústria cuja idade média dos trabalhadores é inferior à 40 anos e onde é necessária uma elevada refletância. REFLETÂNCIA: relação entre o fluxo luminoso refletido por uma dada superfície e o fluxo luminoso incidente sobre a mesma. * * * 4.2. Cálculo de iluminação MÉTODO DOS LÚMENS: baseado na determinação do fluxo luminoso necessário para se obter um iluminamento médio desejado no plano do trabalho. = fluxo total a ser emitido pelas lâmpadas (lúmens) E = iluminamento médio requerido pelo ambiente a iluminar (lux) S = área do recinto (m2) Fdl = fator de depreciação do serviço da luminária Fu = fator de utilização do recinto * * * Fator de depreciação do serviço da luminária: Mede a relação entre o fluxo luminoso emitido por uma luminária no fim do período considerado para iniciar o processo de manutenção e o fluxo emitido no início de sua operação. * Tabela D: Fator de depreciação do serviço da luminária. * * Fator de utilização: É a relação entre o fluxo luminoso que chega ao plano de trabalho e o fluxo luminoso total emitido pelas lâmpadas. Depende das dimensões do ambiente, do tipo de luminária e da pintura das paredes. * * * * Tabela E: Fator de utilização da luminária. * * O manuseio da tabela anterior implica na determinação do índice de recinto K e o conhecimento das refletâncias médias ρte do teto, ρpa das paredes e ρpi do piso, que são função da tonalidade das superfícies iluminadas. Teto: Branco: ρte = 70% Claro: ρte = 50% Escuro: ρte = 30% Paredes: Claras: ρpa = 50% Escuras: ρpa = 30% Piso: Escuro: ρpi = 10% O índice de recinto (K) é dado por: A = comprimento do recinto (m) B = largura do recinto (m) Hlp = altura da fonte de luz, sobre o plano de trabalho (m) * * * Cálculo do número de luminárias: = fluxo luminoso emitido por uma lâmpada, em lúmens, de acordo com a Tabela F; Nla = número de lâmpadas por luminária. * Tabela F: Características das lâmpadas – fluxo luminoso. * * Distribuição das luminárias: A distância máxima entre os centros das luminárias deve ser de 1 a 1,5 da sua altura útil. O espaçamento da luminária à parede deve corresponder à metade deste valor. * * * Xl = X/2 Yl = Y/2 Hlp = altura útil da luminária (m) X e Y = espaçamento entre luminárias (m) Xl e Yl = espaçamento da luminária à parede * * * EXEMPLO 2: Considere um galpão industrial central, com medida de 12 x 17 m e altura de 7,5 m, destinado a fabricação de peças mecânicas. Determine o número de projetores necessários, utilizando lâmpadas a vapor de mercúrio de 400 W. Considere o teto e as paredes claros. * * * 5. ILUMINAÇÃO DE EXTERIORES Níveis de iluminamento adequados para áreas externas: * Tabela G: Nível de iluminamento de áreas externas. * * 6. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA Objetivo: cobrir todas as áreas em que a falta de iluminação possa ocasionar riscos de acidentes ou perturbação na saída de pessoal. De um modo geral, as áreas mais importantes a serem dotadas de iluminação de emergência são: corredores, salas de reunião, auditórios, salas de emergência, sala de máquinas, setores de produção de materiais combustíveis ou gasosos. * * * OBS: A iluminação de emergência pode ser feita através de baterias ou de gerador auxiliar. * Tabela H: Iluminamentos mínimos para iluminação de emergência.
Compartilhar