Logo Passei Direto
Buscar
Material
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

L I V R O D E T R A D I Ç Ã O :
L I V R O D E T R A D I Ç Ã O :
 
Por Steve Kenson
Créditos
Autor: Steve Kenson. Mundo das Trevas criado por 
Mark Rein•Hagen
Sistema Storyteller projetado por Mark Rein•Hagen
Desenvolvimento: Kraig Blackwelder
Edição: Carl Bowen
Direção de Arte: Aileen Miles
Arte Interna: Steve Eidson, David Hendee, Leif Jones e 
Christopher Kennedy
Arte da Capa: Christopher Shy
Capa, Layout e Diagramação: Aileen E. Miles
 
Créditos desta versão
Título Original: Traditionbook Verbena Revised
Tradução: Rogue Council
Capas, Imagens e MET: Ideos
Diagramação e Planilha: Folha do Outono
Advertência
Este material foi elaborado por fãs e é destinado 
a fãs, sendo assim, ele deve ser removido de seu 
computador em até 24h, exceto no caso de você 
possuir o material original (pdf registrado ou livro 
físico). Sua impressão e/ou venda são expressamente 
proibidas. Os direitos autorais estão preservados e 
destacados no material. Não trabalhamos no 
anonimato e estamos abertos a qualquer protesto dos 
proprietários dos direitos caso o conteúdo os 
desagrade. No entanto, não nos responsabilizamos 
pelo mal uso do arquivo ou qualquer espécie de 
adulteração por parte de terceiros.
Equipe do Rogue Council
www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=508953
contato: roguecouncil@gmail.com
(Nosso 5º trabalho, concluído em 16.01.2012)
© 2003 White Wolf Publishing, Inc. Todos os Direitos Reservados. A reprodução sem a permissão escrita do 
editor é expressamente proibida, exceto para o propósito de resenhas e das planilhas de personagem, que podem ser 
ser reproduzidas para uso pessoal apenas. White Wolf, Vampiro, Vampiro A Máscara, Vampiro A Idade das Trevas, 
Mago A Ascensão, Hunter The Reckoning, Mundo das Trevas e Aberrant são marcas registradas da White Wolf 
Publishing, Inc. Todos os direitos reservados. Lobisomem O Apocalipse, Wraith The Oblivion, Changeling O 
Sonhar, Werewolf The Wild West, Mago Cruzada dos Feiticeiros, Wraith The Great War, Trinity, Livro de 
Tradição: Verbena, Guide to the Traditions, Mind's Eye Theatre, Lawss of the Hunt, Sorcerer Revised, Forjado no 
Fogo do Dragão e Dark Ages Mage são marcas registradas da White Wolf Publishing, Inc. Todos os direitos 
reservados. Todos os personagens, nomes, lugares e textos são registrados pela White Wolf Publishing, Inc.
A menção de qualquer referência a qualquer companhia ou produto nessas páginas não é uma afronta a marca 
registrada ou direitos autorais dos mesmos.
Esse livro usa o sobrenatural como mecânica, personagens e temas. Todos os elementos místicos são fictícios e 
direcionados apenas para diversão. Recomenda-se cautela ao leitor.
Dê uma olhada na White Wolf online: www.white-wolf.com; alt.games.whitewolf e rec.frp.storyteller
IMPRESSÃO PERMITIDA SOMENTE COM A PROPRIEDADE DO LIVRO OU PDF ORIGINAL
2 Verbena
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=17597349
L I V R O D E T R A D I Ç Ã O :
Conteúdo
Prólogo: Véspera de Beltane 5
Introdução: Raízes da Árvore 9
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 13
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 37
Capítulo Três: Crianças dos Wyck 73
Epílogo: Círculo Ininterrupto 103
Conteúdo 3
 
Prólogo:
Véspera de Beltane
Eles fizeram amor ao ar livre do campo 
aberto, atrás da casa grande da fazenda 
iluminados pela luz da lua crescente e pelo 
brilho das fogueiras gêmeas distantes. A 
terra era rica, negra e fria, o ar estava 
agradavelmente morno, preenchido com o 
cheiro de grama nova, da terra revirada 
recentemente, pelas primeiras flores da 
primavera e pelo poderoso cheiro de suor e 
sexo.
No início, eles deslizavam vagarosamente, terna e 
suavemente, quase tímidos, embora essa não fosse nem 
de perto a primeira vez em que faziam sexo. Então eles 
moveram juntos, em harmonia com suas carências, a 
intensidade deles crescia, até que se concentraram 
somente no prazer do ato. Eles não eram mais um 
simples casal, agora eram o Jovem Deus e a Deusa 
Donzela deitados juntos sob a Terra que era seu corpo, 
recebendo sua semente em suas profundezas férteis, 
dançando a dança ancestral da vida renovada após o 
longo frio do inverno. Outros se reuniram ao seu redor, 
mas eles não deram atenção. Não havia nada além deles, 
movendo-se como um, eram a soma de todas as coisas. 
Então, eles urraram suas paixões ao céu estrelado e, 
assim, terminou. 
Eles permaneceram juntos na mesma posição por 
algum tempo, Kameria descansando sua cabeça no peito 
de seu marido, sentindo ela subir e descer lentamente 
com a respiração dele, seu corpo enroscado contra o dele 
buscando seu calor e proximidade. O braço dele a cercou 
e ela se sentia tranquila, mas ela não sentia a mesma 
tranquilidade em Jon. Havia uma tensão em seu corpo e 
na forma em que a abraçava.
“O que é?” ela perguntou, passando a mão ao longo 
de seu peito cálido.
Ele suspirou, pensando por um momento a respeito 
do que ele queria dizer, do quanto ele poderia contar a 
ele a respeito do que ele queria dizer. “Estava lembrando 
de nosso primeiro Beltane juntos.” ele disse, olhando 
para as estrelas. Sorriu saudosamente e passou o olhar 
sob Kameria, abrançado-a mais forte. “Lembra?” 
“Claro,” ela disse. “ Como poderia esquecer? Você 
foi meu campeão, lutando para me reivindicar para si.” 
Kameria lembrou de como se sentiu, seu corpo ferido, 
nada mais que uma fonte de vergonha e incômodo para 
ela. Ela aconchegou-se languidamente no abraço de seu 
marido, sentindo-se muito confortável, fazendo lar em 
sua própria pele de uma forma que ela nunca havia 
sentido até então. Como as coisas mudaram.
“Você nem ao menos reivindicou-me quando 
ganhou...” ela disse com um sorriso.
“Bem, tecnicamente, eu não ganhei o desafio pelos 
meus esforços.” Jon começou.
“Você ganhou,” ela respondeu, “mesmo se Deb 
tivesse... intervindo um pouco. Sua bravura que contou.” 
O peito de Jon tremeu com uma risada. Gritando como 
uma banshee, Deb havia atacado o oponente de Jon com 
uma faca de açougueiro — intervindo um pouco mais 
que “um pouco” em sua opinião.
“Não é apenas no passado que você está pensando,” 
Kameria disse, apoiando-se em um dos cotovelos para 
olhá-lo diretamente. “Está?”
Jon olhou para ela um longo momento antes de 
voltar seu olhar para o céu.
“Não,” ele disse. “Não é.”
“O que você vê?”
“Morte”
Um calafrio subiu na espinha de Kameria como se o 
suor deles estivesse esfriado no ar da noite.
“A morte dos Velhos Costumes,” Jon disse 
suavemente, “a morte da magia. A terra está sufocando, 
morrendo, perdendo sua alma.” Ele se afastou e pegou 
um punhado de terra fresca, deixando escorrer entre seus 
dedos.
“Eu posso sentir isso na terra, Kam,” ele sussurrou. 
“Eu posso cheirar isso no ar. Vejo isto nas estrelas. A 
Guerra acabou.”
“Não acabou,” ela disse, agarrando o braço dele. Ele 
voltou o olhar para ela com uma expressão desolada.
“Acabou,” ele disse. “Você ouviu as mesmas 
notícias, as mesmas fofocas e rumores que eu. Horizonte 
caiu. Os mestres estão mortos ou totalmente isolados nas 
profundezas da Umbra. O Povo Fae está em guerra, os 
Adormecidos não sabem e nem se preocupam com isso. 
A Tecnocracia conseguiu o que eles tanto queriam, um 
fim para a magia.”
Prólogo: Véspera de Beltane 5
“Não!” sussurrou Kameria severamente, tentando 
não atrapalhar os outros festejantes. “Ainda há muitas 
Capelas, Jon.Olhe para tudo o que nós fizemos aqui! 
Olhe para esta terra! Olhe para as pessoas boas que nós 
trouxemos para a terra!” Ela apontou para os campos e 
para a sede da fazenda com um movimento de sua mão. 
“Os Velhos Costumes estão vivos enquanto nós os 
mantermos vivos — e quanto ao Conselho Renegado? 
Eu ouvi —”
“Eles estão apenas se prendendo a crença que nós 
ainda podemos vencer essa guerra.”
O medo apertou o coração de Kameria. Ela nunca 
havia visto Jon assim antes. Ele sempre foi o otimista do 
grupo, cheio de esperanças e de ideias. A assustou vê-lo 
ceder a qualquer que fosse o desespero que houvesse 
recaído sobre ele.
Tomando a mão dele na sua, ela o beijou 
suavemente e a apertou em seu peito. “Não está acabado 
enquanto nós mantivermos no que cremos,” ela disse a 
ele.
Antes que ele pudesse responder, uma figura 
sombria desenhando sua silhueta contra a luz das 
fogueiras chamou a atenção deles, caminhando pelo 
campo a sua frente. Jon e Kameria levantaram-se, assim 
que Teague, um dos companheiros de círculo deles, se 
aproximou. Ele estava vestindo apenas um kilt xadrez e 
um par de sandálias, com seus cabelos longos e marrons 
solto caindo sobre os ombros. Teague havia dançado e 
festejado durante todo o Beltane, mas agora sua sempre 
presente harpa estava conspicuamente ausente. Havia 
um olhar pesar em seu semblante normalmente 
despreocupado.
“Desculpe por me intrometer,” disse independente 
da nudez do casal, “mas nós temos um problema.” Jon e 
Kameria vestiram rapidamente suas mantas e seguiram 
silenciosamente Teague, que conduziu-lhes para longe 
dos campos e da casa da fazenda, para os estandes de 
carvalho que cercam a fazenda. Ele não deu qualquer 
explicação e andaram em silêncio, somente com o som 
dos insetos e pássaros noturnos. Kameria sentiu um 
pouco de frio com ar da primavera e abraçou suas vestes 
finas em torno de si.
Só dentro do cercado de árvores eles viram uma luz 
lânguida prateada. Com a aproximação eles puderam ver 
os outros membros do círculo com suas vestes: Deborah e 
Aileen contrastavam a luz e a escuridão, enquanto 
curvam-se juntas. Takoda, de cabeça baixa, parecia 
profundamente triste. Kameria seguiu seus olhares até o 
espaço aberto entre eles.
“Grande Deusa...” ela exclamou. 
Colocado em um cobertor de folhas úmidas e 
compostas abaixo das árvores, a luz fraca e definhante 
mostrava uma criatura de couro verde e peludo que se 
forçava a levantar em um movimento irregular e caiu em 
seguida. Ela deixou sair um choro fraco que fez o coração 
de Kameria sofrer e tentou levantar a cabeça, mas não 
pode. Ele parecia para todo o mundo com um grande cão 
peludo que alguém tingiu de verde para o festival de São 
Patrick, exceto pela sua longa calda felina que jazia 
frouxa sobre a terra e pela inteligência incomum que 
brilhava de seus olhos escuros.
“Que diabos é...” Kameria começou.
Jon parecia hipnotizado. Ele se aproximou da 
criatura devagar, pronto para recuar. Ele não tinha 
medo, pelo contrário, sentia-se atraído pela besta. Essa 
necessidade, esse desespero era quase palpável, mas ele 
não estava certo que precisava dele. Quando teve certeza 
que a besta não era perigosa, Jon se aproximou do 
animal.
“É um cu sith,” disse Teague, passando 
perfeitamente o gaélico ao redor da língua, com sotaque 
estrangeiro que saiu a pronunciado como “coo-shee”. 
“Um cão de caça feérico.” 
“O que ele está fazendo aqui?” Jon perguntou. 
Tocando gentilmente o couro peludo da besta. “Ele 
parece que estar definhando.”
“E sendo caçado.” disse Takoda, apontando para as 
manchas negras na lateral do cão de caça. “Nós 
tentamos nos comunicar com ele, porém não tivemos 
muito sucesso. Nós achamos que ele veio até aqui 
procurando abrigo.”
“Está morrendo,” Jon disse, com seus olhos fechados 
ele estendeu seus outros sentidos ao redor do cão de caça 
feérico.
“Sim,” disse Takoda. “Porém seus ferimentos não 
parecem ser sérios e não sinto veneno ou infecção. Com 
todos nós aqui não podemos tratar seus ferimentos? 
Trazê-lo de volta? Posso correr e trazer algumas ervas do 
jardim de cura...”
“Não é isso,” replicou Jon. “Ele está faminto.”
“Ele precisa de comida?” Aileen perguntou.
Jon percorreu seu dedos sob o pelo verde suave da 
criatura. Ele leu seu corpo — definhando e sangrando — 
e então estendeu sua consciência à mente infantil da 
besta. As imagens que encontrou eram bagunçadas e 
confusas. Ele encontrou imagens de um lugar vívido e 
brilhante, mas estas eram memórias distantes, 
presumidamente do local de onde viera. Mais recentes, e 
mais fortes, eram as imagens das ruas e becos frios da 
cidade, locais vazios onde a vida e a magia existiram — e 
ainda deveriam existir. A criatura não sabia como havia 
chegado aonde estava, mas tinha vindo a procura do 
sustento que não era encontrado em lugar algum. Em 
qualquer lugar. A imensa sensação que Jon obteve da 
besta era de estar definhando, faminto, esvaecendo e de 
ser completamente incapaz de fazer algo a respeito.
“Não é faminta de comida. É de magia que ela 
precisa. Mesmo aqui, na fazenda, a magia tem diminuído 
muito. É como um peixe fora d’água que não pode 
respirar. Está sufocado, afogado na banalidade.” Ele 
pressionou sua mão sobre o coração do cão e entoou uma 
canção. Jon sentiu o espírito da criatura começar a 
desapegar-se. Haviam coisas que ele queria que a criatura 
soubesse antes de morrer. “Não será sempre assim, eu 
6 Verbena
prometo.” Uma cintilação da luz prateada pareceu passar 
dele para a besta, que conseguiu levantar a cabeça ao 
olhar nos olhos de Jon. Você está partindo. Deve 
recordar agora, por que sua grande mudança está 
começando, você pode escolher o que acontece em 
seguida. Vai onde o amor, a força e a magia são mais 
fortes. E por favor perdoa-me por não fazer deste lugar 
o que ele deveria ser.” Alguma coisa passou por entre 
eles durante um instante, então o cão colocou sua 
cabeça de volta à terra e suspirou contente.
Takoda se aproximou e colocou suas mãos na 
garganta e no peito do cu sith. Ele virou-se para Jon, 
que tinha lágrimas escorrendo pelo seu rosto. 
“Ela está morta.” disse a todos, Jon que viu tudo sem 
dizer nada. Colocou a mão delicadamente na cabeça da 
besta feérica.
“Alguém mais sabe?” Jon perguntou. De repente, a 
melancolia que parecia o afligir foi embora, deixando o 
líder confiável que todos conheciam em seu lugar.
Teague agitou a cabeça, “Apenas nós.” 
“Bom vamos manter assim. Não há nada de bom em 
permitir os iniciantes verem isso. Nós precisamos 
devolvê-lo apropriadamente para a terra,” ele disse. 
“Aileen, você poderia trazer todo o que precisamos da 
casa secretamente?” Ela olhou o cão morto, lágrimas 
molhavam seu rosto, então ela as engoliu e assentiu, 
dirigindo-se às sombras. 
“Ela veio aqui procurando por magia” ele disse, 
quase que para ele mesmo, olhando para a pobre criatura 
no chão. “Mas não havia o bastante. Nós guardamos 
mais do que o permitido.” 
Kameria veio por atrás de Jon e colocou uma mão 
em seu ombro. A visão e a proximidade do cão feérico 
morto a preencheu com uma sensação de pesar, como 
sentiu quando sua mãe faleceu. Jon olhou para ela, seus 
olhos estavam cheios de uma séria determinação.
“Você está certa,” ele disse. “Não acabou. Não por 
um longo tempo.”
Prólogo: Véspera de Beltane 7
 
 
Introdução:
Raízes da
Árvore
 
A vida é um banquete e os bastardos mais pobres estão 
morrendo de fome!
— Rosalind Russel em Auntie Mame 
Bruxas e pagãos, dançando nus em volta 
de uma fogueira à luz da lua, derramando 
sangue para alimentar o solo seco — é isso 
que a maioria pensa quando imaginam os 
Verbena, seguidores de caminhosantigos, 
ultrapassados, bárbaros segundo os padrões 
da sociedade moderna. Eles são tanto 
atavismos apegados a um passado mítico 
que nunca recuperarão quanto pseudo 
pagãos de Feiras Renascentistas vestindo capas e 
balançando cristais. Isso é tudo o que a maioria dos 
forasteiros vê dos Verbena e de seu antigo Ofício.
Os Verbena são orgulhosos por serem os herdeiros 
de uma linhagem mística que vêm desde a aurora dos 
tempos, quando eles trocaram sangue com os próprios 
deuses. Eles são portadores da sabedoria antiga, a qual 
tantas pessoas no mundo moderno decidiram ignorar por 
não se encaixar fácil ou confortavelmente na sua forma 
de vida escolhida. Eles são os campeões da causa da vida 
e do viver, buscando plantar as sementes de uma nova 
consciência e tornarem-se parteiros de um mundo novo, 
mais sadio e mais são. Eles são idealistas, curandeiros e 
aventureiros em busca da verdade.
No entanto, eles não podem ser rotulados como 
meros “abraçadores de árvores”. Os Verbena tomam seus 
avisos da natureza e seguem um código de moralidade de 
bom comum. Eles não são melindrosos com os fatos da 
vida. Eles reconhecem e reverenciam o poder do sexo. 
Eles não temem a morte, porque reconhecem que a 
morte é simplesmente uma parte de um ciclo maior. Em 
comparação aos rígidos padrões judaico-cristãos, os 
Verbena parecem totalmente amorais (apesar de não 
serem). Isso não os perturba. A natureza em si é amoral. 
Existem dias no qual ela é cruel e dias onde ela é 
beneficente. Os Verbena veem isso como o seu certo 
também. Claro, isso não quer dizer que eles ferrem com 
seus vizinhos e saiam com o que eles podem. Ao 
contrário, comunidade significa muito para os bruxos. 
Introdução: Raízes da Árvore 9
Embora um Verbena não se sinta preso à leis velhas e 
fora de uso, ele ainda entende que ele não tem o direito 
de atingir seus próprios fins às custas de seus vizinhos. A 
visão holística exposta pelos Verbena afirma que embora 
você seja livre para agir da forma que achar melhor, você 
não está agindo num vácuo. Cada ato seu irá gerar 
repercursões e o bruxo deve estar pronto para aceitar a 
responsabilidade pelas consequencias de seus feitos (ou 
feitiços, no caso). Dessa forma, os Verbena continuam 
em equilíbrio com seus vizinhos e bem como com o resto 
do mundo ao seu redor.
Eles são bárbaros? Ah, sim, de várias formas. Eles 
zombam do entôjo de uma sociedade moderna que não 
aguenta sujar suas mãos, que faz sua matança por 
controle remoto, que espalha o sexo através de telas de 
monitores e cartazes, mas que não pode ter uma conversa 
honesta sobre ele. Os Verbena são bárbaros de várias 
formas e eles tem orgulho disso. Eles dizem que preferem 
ser bárbaros que se enterram na sujeira, cortam gargantas 
de cabras em sacrifício e copulam em campos recém 
semeados que serem um povo “civilizado” que derruba 
florestas, envenena a Terra e faz guerra com nações 
distantes que eles nunca viram.
Os Verbena abrigam a chama tremulante dos 
Velhos Costumes, mas ainda está para ser visto se eles 
irão abanar esta chama numa luz para guiar o mundo à 
uma nova era ou estão se desiludindo enquanto seu 
próprio fogo começa a apagar. Os Velhos Costumes 
ainda tem um lugar no mundo? Os Verbena esperam, 
rezam e acreditam que sim.
Tema: Vivendo a Vida Plenamente 
Os Verbena se preocupam com a vida em todas as 
facetas e dimensões, não apenas a vida num sentido 
biológico, mas o ato de viver. Para os Verbena, a vida é o 
maior dom e a maior responsabilidade, para viver 
plenamente seu potencial e beber profundamente da 
experiência, até os amargos detritos, se necessário. Não é 
necessariamente apenas sobre os prazeres da vida 
(embora eles digam que eles fazem a vida valer a pena 
ser vivida). Os Verbena acreditam em experimentar 
tudo o que a vida tem para oferecer, sem se 
amedrontarem ou tentarem negar nenhuma parte dela. 
A vida não é só prazer. A vida normalmente é dolorosa e 
dificil. A vida normalmente é trabalho e tarefas 
mundanas que têm que ser realizadas dia após dia. O 
mais importante, a vida é flutuante, e todas as coisas 
morrem à seu tempo. Se não fossem por estas coisas, 
então os prazeres da vida seriam diminutos, sem o 
contraste para lhes dar forma e sentido.
Vida tem a ver com equilíbrio, entre o prazer e a 
dor, alegria e tristeza, vida e morte. Também é sobre 
viver em equilíbrio e harmonia com o ambiente, porque 
os Verbena creem que são uma parte do mundo em que 
vivem, uma extensão dele, não algo em separado. O que 
os afeta também afeta o mundo, e vice versa, então a 
vida deve ser diligente e consciente, guiada pela 
sabedoria e pela experiência.
Clima: Esperança e Medo nas Trevas 
Os Verbena se mantém firme às antigas tradições e 
modos de viver que parecem ultrapassados no mundo 
moderno. Eles são chamados de “selvagens”, “bárbaros” e 
“relíquias” de uma era passada, sem lugar nesse mundo. 
O clima cercando os Verbena é de esperança e de 
admiração misturados com medo e desespero.
Por um lado, os Verbena são cheios de vida e 
esperança. Eles se apegam a uma crença de que a 
humanidade pode viver em harmonia com a Terra e com 
o próximo. Eles acreditam em ater-se a vida e vivê-la por 
tudo o que vale a pena. Seu fervor e sua vitalidade pode 
ser contagiosos e existem um apelo primordial a eles.
Por outro lado, existe um limiar de medo aos 
Verbena. Eles abraçam muitas das coisas que a sociedade 
“polida” faz o seu melhor para ocultar, como sexualidade 
aberta, o derramamento de sangue e o lado primitivo e 
primordial da vida. Os Verbena são selvagens e 
alienígenas de algumas formas. Há também uma medida 
de medo entre os próprios Verbena de que os Velhos 
Costumes realmente não são mais apropriados para o que 
o mundo se tornou, que eles são os anacronismos e as 
relíquias que os outros acreditam que eles sejam e que 
eles não podem vencer a onda ascendente. Mas para 
serem honestos à suas crenças e à suas tradições, os 
Verbena devem continuar em frente, não importa como.
Conteúdo 
Os Verbena tem uma rica e longa história, vinda 
desde a aurora dos tempos e dos primeiros magos. Eles 
também compoem uma Tradição diversificada, feita de 
muitas linhas culturais diferentes que se unem numa 
única e forte corda que se extende desde as névoas do 
passado.
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas vislumbra a 
história dos Verbena e de seus ancestrais místicos, 
começando com os primordiais Wyck e progredindo pelo 
mundo antigo, a Idade Média e o mundo moderno. 
Também discute o ponto de vista dos Verbena sobre 
magia, religião, tecnologia e as outras Tradições Místicas 
e os habitantes sobrenaturais do Mundo das Trevas.
Capitulo Dois: Bençãos da Lua descreve a 
organização da Tradição Verbena, suas várias facções, 
seus lugares sagrados e como seus membros se unem em 
círculos e convens. Ele analisa a magia Verbena 
profundamente, incluindo Esferas, períodos sagrados do 
ano, feitiçaria, rotinas, focos e Maravilhas.
Capitulo Três: Crianças dos Wyck fornece perfis 
de vários Verbenas proeminentes, tanto do passado 
quanto do presente, discute sobre crônicas e aventuras 
apenas com Verbena, oferece um exemplo de cabala 
Verbena pronta para uma crônica e conclui com uma 
seleção de personagens Verbena prontos para jogar.
10 Verbena
Léxico
Aeduna: Os ancestrais dos Verbena, uma vaga 
aliança de pagãos, sábios, herboristas e afins que foram 
influentes na Europa (em especial no Mediterrâneo) do 
mundo antigo.
Airts: As quatro direções (norte, sul, leste e 
oeste). Uma velha forma fora de uso entre os Verbena 
modernos.
Alteradores do Destino: Uma facção Verbena em 
contatocom a magia antiga e primordial que trabalha 
para reivindicar e manter o paradigma raíz da Tradição.
Antiga Fé: O culto dos velhos deuses em geral, 
também referido aos Velhos Costumes. A Velha Fé era 
o nome da vaga aliança de mágicos, bruxas, druidas e 
outros magos pagãos que antevieram os Verbena.
Antigos Costumes: Um termo Verbena geral para 
os ensinamentos, crenças e modo de vida de sua 
Tradição, desde os mais antigos tempos.
Árvore Mundo: Uma metáfora Verbena para a 
estrutura da Telluriam e de sua Tradição. As raízes da 
Árvore Mundo alcançam o fundo do Mundo Inferior, 
enquanto seus galhos se espalham entre os mundos da 
Umbra Profunda. Seu tronco está no centro da 
realidade e é o eixo no qual ela gira.
deosil: (JESS-il) “Sun-wise” ou a direção do sol. 
Nos rituais Verbena, deosil significa mover-se no 
sentido horário.
Deuses Antigos: As muitas deidades que antevém 
a Cristiandade, que frequentemente eram cultuadas 
pelos Verbena.
Grande Rito: A união dos opostos, personificando 
o divino masculino e feminino, realizado nos rituais 
Verbena. O Grande Rito pode envolver magia sexual, 
mas normalmente é apenas realizado simbolicamente.
Grande Roda: Um símbolo pagão do ciclo da 
vida, que progride perpétuamente girando e girando em 
ciclos constantes.
Jardineiros da Árvore: Uma facção Verbena 
devotada a manutenção dos costumes tradicionais e das 
crenças de seus ancestrais.
Juramento: Também conhecido como o 
Juramento Verbena ou o Grande Juramento: “Se não 
ferir ninguém, faças o que quiseres”. É um princípio 
guia da crença Verbena.
Ofício, o: A Tradição Verbena, embora alguns 
Verbena usem “o Ofício” para se referirem 
especificamente à prática da magia, embora alguns o 
usem para se referir a Tradição como um todo 
(incluindo suas práticas espirituais e culturais).
pagão: Do latim paganus ou “vagante do campo”. 
Os Verbena geralmente usam “pagão” para se referir a 
outro seguidor da Velha Fé, de uma forma ou de outra.
Seguidores da Lua: Uma facção progressista 
Verbena que procura incorporar diversos estilos e 
culturas na Tradição e aprender com elas.
Tecelões da Vida: Uma facção Verbena que 
explora os limites da magia para transformar tanto eles 
como os outros, normalmente negligenciando os ritos e 
os rituais da Tradição.
Tempos das Fogueiras: Um referência Verbena 
ao período posterior da ascenção da Ordem da Razão, 
quando as tradições pagãs foram perseguidas e os 
seguidores dos Velhos Costumes eram caçados, 
torturados ou mortos. As caçadas às bruxas da 
Inquisição mortal normalmente eram apenas pretextos 
para o verdadeiro propósito dos Tempos das Fogueiras: 
a eliminação dos magos pagãos.
trad-fam: Abreviação para “tradição familiar”, um 
Verbena que foi iniciado por um membro da família e 
que vem de uma linha familiar dos Verbena.
Trilhas dos Wyck: Caminhos através da Umbra 
supostamente criados pelos Wyck há muito tempo 
atrás, seus segredos foram confiados aos Aeduna e, 
depois, para seus descendentes, os Verbena.
Valdaermen: Uma aliança de magos escandinavos 
na Idade das Trevas. Muitos Valdaermen uniram-se aos 
Verbena durante a fundação da Tradição.
Verbenae: A forma plural de Verbena e o nome 
formal e original da Tradição. Ele rapidamente caiu 
fora de uso dentre todos, exceto os eruditos fora da 
própria Tradição e a maioria hoje usa “Verbena” tanto 
para o singular quanto para o plural (como este livro o 
faz).
widdershins: Mover-se de forma antihorária ou na 
direção “antisol sábia”. Geralmente evitado nos rituais 
Verbena exceto em ritos de exílio ou destruição.
widderslainte: Um antigo termo referindo-se a um 
mago que se uniu aos Nephandi. Saiu de uso em favor 
do termo mais comum barrabi.
Wyck: Os Primordiais, os primeiros magos. Os 
Wyck são os ancestrais supremos dos Verbena (e de 
todos os magos). Eles normalmente são associados com 
grandes deuses e heróis dos mitos pagães.
 
Introdução: Raízes da Árvore 11
12 Verbena
 
Capítulo Um:
Uma Época
de Bruxas
 
Conhecendo as árvores, entendo o significado da 
paciência. Conhecendo a grama, posso apreciar a 
persistência.
— Hal Borland
Como já haviam feito inúmeras 
vezes, eles se uniram num círculo no 
coração da floresta de mãos dadas, 
cabeças baixas e olhos fechados por um 
momento, cada um sentindo o pulso da 
pessoa ao lado, cada um ouvindo a 
respiração pausada dos outros, o 
sussurro do vento através das folhas.
“Então, prontos para isso?” 
perguntou Deborah.
“Como se fossemos estar,” Teague respondeu 
secamente e, todos, mesmo Deborah, sorriram.
“Assim seja,” ela disse, apertando as mãos de 
Aileen e Teague.
“Assim seja,” responderam todos calmamente em 
uníssono, levantando suas mãos para o céu deixando-
as cair em seguida. Estava na hora.
Os novos iniciados estavam sentados em um semi-
círculo quando os membros da convenção adentraram 
no bosque. Os olhares em seus rostos expressavam 
uma mistura igualitária de expectativa e nervosismo.
Deuses — pensou Jon — já fomos tão jovens? O 
engraçado era que não havia se passado tanto tempo 
desde a ocasião na qual ele e os outros se sentaram em 
um lugar não muito diferente daquele, perguntando-se 
o que faziam ali e o que aconteceria a seguir. Apenas 
alguns poucos anos, no entanto, às vezes, parecia uma 
vida. De muitas formas, era. Foi quando suas antigas 
vidas terminaram e suas novas, as verdadeiras, 
começaram. Ele olhou Kameria e sorriu enquanto sua 
esposa acomodava-se graciosamente sobre o chão, 
apesar do fato dela estar começando a mostrar uma 
saliência em seu ventre. Ela o olhou de volta e sorriu, 
seus dentes brancos contrastando com seu rosto 
moreno e aveludado, então virou-se para os estudantes 
reunidos.
“Bem vindos,” ela disse. “Vocês estão aqui para 
ouvir e aprender, mas também sabemos que vocês têm 
perguntas, faremos o melhor para respondê-las. 
Decidimos que seria melhor que vocês primeiro 
soubessem um pouco sobre de onde viemos antes que 
falemos sobre onde estamos e para onde vocês estão 
indo. À medida que nos conhecerem melhor, 
descobrirão que temos um enorme respeito pelas 
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 13
tradições mais antigas de se fazerem as coisas, mesmo 
que nem sempre isso transpareça.” Ela parou por um 
momento para olhar rapidamente em torno do círculo 
e percebeu que os rostos de todos ali presentes estavam 
absortos e concentrados. Chamou sua atenção em 
particular um jovem relaxado numa cadeira de rodas. 
Ele a olhou com seus olhos escuros que cintilavam 
com inteligência e fagulhas de esperança. Kameria 
lembrava daquele sentimento como se fosse ontem.
“Bem, então,” ela disse, estendendo as mãos, 
“comecemos do começo.”
Relembrando os Antigos Costumes: História
“No começo,” disse Kameria com um 
sorriso malicioso, “havia o sexo”. Não se 
animem pensando que isto se trata de 
algo depravado, garotos, ela pensou, 
percebendo as expressões em alguns 
rostos. Então pôs suas mãos sobre seu 
ventre para enfatizar o que foi dito.
“Ah, não sexo da maneira que 
concebemos, mas sim o ato primordial do 
acasalamento e da criação. Assim foi dito para 
mim...”
No começo havia o Uno, que era tudo, completo e 
perfeito em si mesmo. Então o Uno tornou-se Dois, Os 
Dois que se Moviam Juntos no Amor. A Deusa e seu 
companheiro, o Deus, Noite e Dia, Lua e Sol, Yin e 
Yang. Eles se uniram e fizeram algo que era maior do que 
ambos e dessa união a Tellurian nasceu. Creio que 
podemos dizer que passou a existir.
Dessa forma o ciclo da vida começou e a Grande 
Roda girou. A Roda girou através dos tempos e as 
maravilhas da Tellurian se multiplicaram até a vida 
surgir. O ciclo semfim do nascimento, crescimento, 
concepção e morte se repetiu inúmeras vezes. Então a 
vida desenvolveu a habilidade de olhar para o passado 
da criação e admirar sua existência. A Tellurian ganhou 
a habilidade de ver, de sentir e saber através de nós, 
através da humanidade. Ela nos amou, e ainda ama, e 
através desse amor, os Puros, partes do Uno, 
descenderam e tornaram-se unos conosco. Da união da 
vida e da criação primordial nasceram os Wyck, os 
Primeiros.
Os Wyck: Os Primeiros 
Os Wyck foram os primeiros magos verdadeiros, 
nascidos da carne mortal e do espírito primordial. Eles 
foram os primeiros a estender suas mãos e suas vontades 
para moldar o mundo a fim de satisfazer suas 
necessidades e seus desejos. Seus poderes não eram nada 
semelhantes aos que nós, seus descendentes de sangue e 
espírito, agora possuímos. Para eles a magia 
praticamente era sem esforço, uma parte de suas próprias 
existências. Eles não precisavam de ferramentas ou 
rituais para exercerem suas vontades, pondo-os em 
igualdade com os maiores mestres que nossa Tradição 
conheceu — até mais poderosos.
Alguns dizem que os Wyck não eram apenas magos, 
mas deuses, que eram as tribos que outros homens 
adoravam por seus poderes e vislumbres: os Aesir, os 
Vanir, os Olimpianos, os Thuata De Danaan, os Orixás 
e outros deuses e heróis mitológicos. Outros acreditam 
que a ideia de Deuses Antigos seja baseada somente 
naquilo que os Wyck realmente eram ou que os Wyck 
não eram deuses, mas sim filhos mortais destes, parte 
humanos, parte divinos como os grandes herois. Nós não 
sabemos ao certo. Apenas sabemos que os Wyck foram 
os primeiros, e que nós, os Verbena, somos seus 
descendentes mais diretos.
Feitos dos Wyck 
Os Wyck realizaram grandes feitos em seu tempo. 
Seu mundo não era como o nosso onde vivemos hoje. A 
magia estava em toda parte, assim como o mistério e o 
perigo. Os Sábios foram os herois e líderes de seu povo, 
então tinham o dever de andar entre os mundos. Eles se 
colocaram como guardiões entre seu povo e os perigos 
do mundo, e se aventuraram no desconhecido para 
descobrir seus mistérios, trazendo consigo tais 
conhecimentos. Proteção, cura, sabedoria e orientação 
eram os presentes e as responsabilidades dos Wyck para 
com seu povo.
Eles eram domadores de bestas, aprendendo a 
linguagem de todos os animais da terra. Os Sábios 
estudavam todas as formas de vida e até mesmo 
adotavam diferentes formas para entendê-las. 
Aprenderam a caçar como lobos, ursos e leões. Corriam 
como cervos, panteras e cavalos. Nadavam como peixes, 
golfinhos e tubarões. Voavam como corvos, falcões e 
águias. Isto lhes proporcionou a percepção para ajudar os 
outros a caçar e pescar, a conhecer e honrar sua presa 
assim como conheciam a si próprios.
Eles eram caçadores de monstros. Com magia, eles 
lutavam contra terríveis habitantes de lugares inóspitos 
do mundo. Quando seu povo era ameaçado, eles 
empunhavam fogo e relâmpago. Destruíram dragões, 
gigantes e criaturas tão terríveis e poderosas que nem 
sequer imaginaríamos. Algumas não foram mortas, mas 
presas em lugares distantes além da Terra, longe dos 
olhos da humanidade, longe da luz do sol, acorrentadas 
em encantamentos, prisioneiros por toda a eternidade. 
Pelo menos assim acreditavam.
Os Wyck eram curandeiros. Eles aprenderam todos 
os segredos das plantas: ervas, raízes, flores e sementes. 
Aprenderam de outras criaturas e usaram tal 
conhecimento para promover a saúde, lutar contra 
doenças e curar ferimentos. Sua magia derivava da 
essência primordial da vida, dando a eles o poder de 
reparar qualquer injúria, curar qualquer doença e até 
14 Verbena
mesmo restaurar a vida aos mortos. 
Os Wyck eram estudiosos, chamados de Sábios. Eles 
podiam ouvir os segredos da natureza através do som do 
vento percorrendo as folhas, no chamado dos pássaros e 
nas águas borbulhantes de uma correnteza. Eles liam o 
futuro nas estrelas, na lua e nos cursos da Tellurian. 
Procuravam conhecimento e compreensão em todas as 
suas formas, e os colocavam em prática para o benefício 
de seu povo. Contam as lendas que os Wyck nos deram 
a literatura, a linguagem e o conhecimento sobre os 
animais, plantas, metais, cristais e todas as outras coisas 
sobre a Terra.
Os Wyck eram construtores e criadores. Eles 
esculpiram a madeira e a pedra. Teceram roupas e 
curavam o couro. Eles inclusive derreteram e fundiram o 
metal. Sua magia era o poder da mudança, 
transformando a rusticidade do mundo, construindo 
ferramentas, armas e objetos de grande beleza. Eles 
transmitiram os conhecimentos dessas artes e muitos 
outros para seu povo, plantando as sementes do que mais 
tarde viria ser.
Por último, e talvez o mais importante, os Wyck 
eram exploradores. Eles foram feitos a partir da 
maravilha da Criação refletindo sobre si mesma, e 
tinham uma insaciável curiosidade pelo mundo que os 
cercava. Eles voaram nas asas das águias até os 
longínquos extremos do mundo, mergulharam nas 
profundezas do oceano e visitaram muitos lugares e 
muitos povos. Caminharam entre os mundos do espírito 
e da matéria, cravando trilhas por entre o reino 
nebuloso da Umbra, a sombra da criação. As Trilhas dos 
Wyck eram estradas para outros lugares, até outros 
mundos, que eles descobriram em seu tempo. Eles 
conectavam os Sábios e permitiam a eles viajarem 
grandes distâncias livremente da mesma forma que 
cruzaríamos uma sala.
A Partida dos Wyck 
Mesmo com todas as suas conquistas, os Wyck 
sabiam que não existiriam para sempre. Eles nasceram 
tanto do espírito quanto da mortalidade e seu tempo 
eventualmente acabaria neste mundo. Eles realizaram 
feitos magníficos e alcançaram grandes objetivos, então 
passaram adiante tudo o que aprenderam. Os Wyck 
tiveram seus próprios filhos, herdeiros do sangue e do 
poder de seus ancestrais. Ensinaram às suas crianças seus 
segredos e tradições, então os Wyck partiram.
Para onde foram? Não sabemos ao certo. Enquanto 
algumas histórias contam que seus próprios filhos os 
derrubaram e que, ou os baniram deste mundo, ou os 
mataram, a maioria dos contos diz simplesmente que os 
Wyck partiram. Eles adentraram em seus caminhos 
ocultos e lugares secretos e nunca mais foram vistos. 
Ocasionalmente existem histórias a respeito de um dos 
Sábios aparecendo para oferecer um pouco de ajuda ou 
algum tipo de orientação enigmática, mas ninguém pode 
dizer com certeza se realmente se tratam deles.
Lilith
Alguns Verbena falam sobre Lilith, a primeira 
esposa de Adão no Jardim do Éden, como um dos 
Wyck, às vezes como sendo o primeiro. Outros 
Verbena a reconhecem assim. Alguns defensores da 
história de Lilith dizem que sempre há deusas 
misteriosas entre as raízes dispersas da Tradição, 
algumas dessas podem ser memórias de Lilith. 
Os Verbena que acreditam nela dizem que Lilith 
mostrou o real propósito do Jardim do Éden da 
maneira mais direta. O Jardim testou o poder do livre 
arbítrio (quando Deus proibiu Adão e sua esposa de 
comer o fruto da Árvore do Conhecimento). Lilith 
exerceu seu livre arbítrio quando não tomou parte dos 
planos de Deus. Agindo assim, sua vontade foi 
liberada de toda obrigação, tornando-a Desperta. Eles 
dizem que a Mãe Sombria ensinou os segredos da 
magia para aqueles que desejavam escutar e que deu 
poder principalmente às mulheres para que estas não 
tivessem de ser submissas aos homens. 
Histórias falam sobre Lilith copulando com 
demônios nos ermos e dando à luz a monstros. Ela 
também recebe o crédito por ter ensinado Caim a 
despertar o poder do seu sangue amaldiçoadoe ainda 
por ser a grande mãe das Raças Metamórficas. Para a 
maioria dos Verbena, essas histórias são apócrifas, na 
melhor das hipóteses. Eles dizem que Lilith é 
meramente um símbolo para as forças misteriosas, 
femininas e geradoras do mundo, uma personificação 
da Deusa em seu aspecto mais sombrio. Entretanto, os 
próprios Verbena são a prova de que muitos mitos são 
bastante reais.
Por que eles partiram? Também não sabemos ao 
certo, mas creio que tenha sido porque eles precisavam 
partir. Eles não queriam que as pessoas fossem 
dependentes deles para sempre. Apesar do que algumas 
pessoas pensam, não creio que eles quisessem ser 
adorados. Eles queriam nos inspirar a aprender a ser 
como eles, não apenas adorá-los e acreditar neles. Da 
mesma forma que chega um momento em que os pais 
devem deixar seus filhos partirem para que descubram o 
mundo por si próprios, os Wyck precisaram se afastar e 
deixar seus filhos, e os filhos de seus filhos, viverem seu 
tempo.
Kameria percorreu seu ventre com a mão e olhou 
para baixo por um momento. “Nós fazemos o melhor 
que podemos por nossos filhos, mas chegará um 
momento em que tudo dependerá deles, então apenas 
esperamos que o mundo que deixamos para eles seja 
um pouco melhor do que quando o recebemos.”
O Mundo Antigo: 
Os Aeduna
Enquanto Kameria movia-se para descansar 
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 15
encostada na raiz de uma enorme árvore, Teague se 
adiantou e sentou no meio de seus companheiros de 
convenção, encarando os iniciantes. Com seu cabelo 
longo castanho solto e com um adorno de prata e ouro 
entrelaçados brilhando em sua garganta, tudo nele 
denunciava o bardo que ele era. Sua rica e pura voz de 
tenor era suave, mas parecia preencher o bosque.
Os filhos dos Wyck eram chamados de Aeduna. 
Enquanto seus pais tinham sido andarilhos vagando às 
margens de seu povo, os Aeduna percorreram os 
caminhos internos. Eles eram mais parte de suas 
comunidades do que os Wyck foram, nascidos entre eles 
e criados entre eles. Tornaram-se sacerdotisas e 
sacerdotes, curandeiros, parteiros, estudiosos, 
conselheiros, historiadores e filósofos de suas sociedades. 
Eles detinham o poder e o conhecimento dos Sábios e a 
responsabilidade de usá-lo corretamente. 
Naqueles dias, os Aeduna eram os descendentes dos 
Wyck tanto literal quanto figurativamente. Eles eram os 
filhos espirituais dos Sábios, herdeiros de sua magia, da 
essência criadora que aquecia seus espíritos. Eles tinham 
o sangue dos Wyck em suas veias e foram os primeiros a 
entender o poder hereditário assim como outras 
qualidades passadas de pai para filho. Eles preservaram as 
histórias de suas famílias, traçando sua ancestralidade até 
os Primeiros. Assim, o tronco da Grande Árvore 
começou a germinar suas raízes primordiais.
A Primeira Semente: 
O Chamado do Sonhar
As primeiras sementes da árvore dos Aeduna não 
tardaram a brotar; algumas crianças dos Wyck sentiram 
o chamado do mundo externo às suas comunidades, de 
fora do círculo do mundo material, dos lugares nebulosos 
que os Sábios outrora percorreram. Eles foram guiados 
por visões e sonhos e ouviram as vozes dos espíritos. Ao 
invés de serem apenas parte de suas comunidades, eles 
foram além delas para permanecerem nas fronteiras 
entre o mundo material e o espiritual. Eles falaram das 
visões que receberam em seus sonhos, e então ficaram 
conhecidos como Aqueles que Falam nos Sonhos, os 
Oradores dos Sonhos.
Os Oradores dos Sonhos foram a primeira Tradição 
a separar-se dos Aeduna, a primeira dentre as sementes 
da árvore a brotar e crescer por conta própria. Enquanto 
os Aeduna focalizavam suas atenções em assuntos 
relativos à vida, os Oradores dos Sonhos valorizavam 
todas as coisas que possuíssem espírito e exploravam as 
profundezas do mundo espiritual e seus habitantes. Em 
certas regiões, os Oradores dos Sonhos e intérpretes 
espirituais eram poucos e dispersos, passando seus 
conhecimentos de geração para geração e vivendo como 
eremitas ou investigadores espirituais em áreas 
selvagens. Em outros lugares, a semente dos Oradores 
dos Sonhos enraizou-se e cresceu forte, cobrindo a 
Grande Árvore dos Aeduna e, eventualmente, a 
ofuscando. 
Nossos irmãos e irmãs Oradores dos Sonhos ainda 
são nossos aliados no Conselho das Nove Tradições. As 
ramificações que divergiram há muito tempo atrás 
permanecem entrelaçadas, havendo muito a se aprender 
dos xamãs e intérpretes espirituais, mas nossa história 
segue o caminho dos Aeduna. Enquanto os Oradores dos 
Sonhos floresceram na África e nas Américas, as raízes 
dos Aeduna aprofundaram-se na Europa e partes da 
Ásia, espalhando-se por aquelas terras.
Grécia 
Os Aeduna assentaram suas raízes nas férteis terras 
do Mediterrâneo, particularmente na Grécia. Lá, eles 
adoravam as deusas e deuses da terra e da lua, os deuses 
do sol, de tudo o que crescia e do mar. Por gerações, eles 
foram os sacerdotes e sacerdotisas dos templos, bosques e 
colinas sagradas. Eles eram curandeiros e intérpretes das 
vontades dos deuses, manifestadas nos presságios da 
natureza.
A Segunda Semente: 
O Culto a Dionísio
Os Aeduna eram pessoas da terra. Eles celebravam a 
mudança dos ciclos do ano da mesma forma que seus 
ancestrais faziam, bem semelhante a como se faz agora. 
Tais celebrações geralmente envolviam muitas festas, 
bebidas, banquetes e orgias frenéticas. Os Aeduna 
acreditavam em viver para o momento e aproveitar a 
vida ao máximo.
Nessas celebrações, alguns se sentiam transportados, 
levados além do tempo como o conhecemos e dentro do 
momento sem tempo. Era algo que os Aeduna 
entendiam e valorizavam. Alguns herdeiros das tradições 
Dionisíacas da Trácia abraçaram o êxtase. Eles 
celebravam a intoxicação e o vislumbre que isso 
proporcionava, tanto a alegria quanto a loucura do fruto 
da videira, o vinho negro.
Sob a luz da lua, as bacantes, as mulheres insanas de 
Dionísio, corriam bêbadas por entre os campos sob o 
efeito da essência destilada do deus. Elas se entregavam 
por completo à paixão, fosse a luxúria ou a fúria. Mitos 
nos contam que elas encontraram o poeta Orfeu após 
seu fracasso no Mundo Inferior. Quando recusou a se 
juntar aos festejos e orgias, voltaram sua fúria contra ele 
arrancando seus membros, um após o outro, pois este é o 
poder da paixão descontrolada. Para alguns, é também 
um conto de advertência do que acontece àqueles que 
tentam burlar os planos da morte.
Aqueles que se renderam à paixão e ao êxtase se 
tornaram a semente para uma nova divisão entre os 
Aeduna, uma das raízes do Culto do Êxtase moderno.
A Terceira Semente: 
O Círculo Cosiano
A semente seguinte a germinar dos Aeduna surgiu 
16 Verbena
de forma muito diferente ao ocorrido com os Oradores 
dos Sonhos e os Extáticos. É a semente de uma das 
maiores ameaças que nossa Tradição enfrenta hoje, uma 
que foi plantada com a melhor das intenções, mas 
distorcida devido ao crescimento incontrolado. Era a 
semente da medicina.
A antiga palavra grega pharmakis era usada como 
referência para herbalistas e médicos, a palavra raiz para 
termos modernos como farmácia e farmacêutico. Os 
pharmakis eram tanto pessoas comuns com 
conhecimento em cura como Aedunas treinados na 
sabedoria das plantas.
Na antiga Grécia, há aproximadamente 400 anos 
antes da Era Comum, Hipócrates fundou o Círculo 
Cosiano. Agora considerado o pai da medicina moderna, 
Hipócrates estudou os segredos da vida transmitidos 
pelos Wyck para os Aeduna. Ele procurou organizar este 
corpo de conhecimento para expandi-lo e usá-lo para 
educar curandeiros e ajudar os doentes e enfermos. A 
escola de medicina de Hipócrates atraiu estudantes de 
longe, incluindo muitos Aeduna.Foi um grande esforço, 
digno dos herdeiros dos Wyck, embora tenha sido 
destinado para um princípio bem diferente. 
O Círculo Cosiano reuniu e descobriu muito a 
respeito dos segredos da vida. Sua ambição seguia o 
crescimento de seu conhecimento. Eles procuraram 
aprender os segredos que o lendário curandeiro Asclépio, 
filho de Apolo e deus da medicina, possuía: o segredo de 
reviver os mortos, de criar vida e da imortalidade. 
Hipócrates lembrou a seus estudantes e colegas que tais 
segredos levaram Zeus a atacar Asclépio com um raio 
devido à sua insolência, mas eles ignoraram seus avisos e 
deram início a experimentos secretos. Eles vivissectavam 
criaturas para estudo, tanto animais quanto humanos. 
Injetavam-lhes poções estranhas e os fecundavam para 
depois estudar suas crias. Eles violaram o primeiro 
mandamento de Hipócrates, tirado do Juramento dos 
Aeduna: “Em primeiro lugar, não machuque.” Câmaras 
secretas sob o liceu do Círculo eram locais de tortura e 
mutilação usados em nome da cura.
Quando os boatos a respeito desses experimentos 
começaram a se espalhar, uma fenda se formou entre os 
Cosianos e os Aeduna, e rapidamente tornou-se um 
abismo. O Círculo Cosiano rejeitou os “simples” 
métodos tradicionais dos Aeduna, enquanto os herdeiros 
dos Wyck condenaram o trabalho dos Cosianos como 
não-natural. Pouco tempo após a morte de Hipócrates, 
membros do círculo interno dos Cosianos desfizeram 
todos os laços com seus antigos associados e renunciaram 
o nome Aeduna para prosseguir com seus próprios 
estudos. Lembrem-se deles, pois estes voltarão à nossa 
história antes do que vocês pensam.
Os Deuses da Grécia Antiga
Embora os Aeduna honrassem os deuses gregos de 
uma ou outra maneira, eles adotavam alguns deuses 
Olímpicos em particular como seus patronos, aqueles 
que incorporavam seus caminhos e crenças.
Ártemis: Deusa da lua e dama da caça, Ártemis 
foi considerada a patrona de muitos Aeduna, assim 
como o aspecto virginal da Grande Deusa. Era 
conhecida por amaldiçoar qualquer homem 
desafortunado o bastante para surpreendê-la 
banhando-se em algum lago isolado sob a luz da lua. 
Alguns ela cegou, outros enlouqueceu, enquanto outros 
foram transformados em veados para serem caçados por 
Ártemis e suas ninfas, ou até mesmo despedaçados por 
seus próprios cães de caça. O irmão gêmeo de Ártemis, 
Apolo, também era honrado pelos Aeduna como o 
patrono da medicina e da profecia, embora sua 
adoração tenha declinado após a deserção do Círculo 
Cosiano.
Deméter: Deusa da terra e de tudo o que cresce, 
representava o aspecto maternal da Grande Deusa para 
os Aeduna. Deméter fez luto pela perda de sua filha 
Perséfone (outra das deusas femininas) raptada por 
Hades para ser sua noiva no Mundo Inferior durante 
metade de cada ano. Então, por essa metade do ano, o 
mundo é frio e escuro, enquanto durante a outra 
metade é cálido e claro. Deméter é associada à outra 
deusa primordial da terra, Cybele. 
Hécate: A terceira e talvez a mais proeminente 
deusa honrada pelos Aeduna foi Hécate, o aspecto 
venerável da Grande Deusa e a patrona da feitiçaria. 
Hécate comandava as encruzilhadas à noite e o lado 
negro da lua era seu. Os Aeduna eram frequentemente 
sacerdotes e sacerdotisas de Hécate e as modernas 
Filhas de Hécate (pág. 39) perpetuam suas tradições.
Dionísio: Foi um dos deuses gregos 
particularmente sagrados para os Aeduna. Os rituais e 
celebrações sem controle levaram à criação de um 
culto separado dos Aeduna que mais tarde uniram-se 
com os Chakravanti do leste, tornando-se uma parte da 
raiz da cultura da Tradição Eutanatos. (Ver Livro de 
Tradição: Eutanatos para detalhes.)
Gaia: Grande mãe terra e progenitora dos titãs e 
seus descendentes, os deuses, Gaia era honrada pelos 
antigos Aeduna, embora não da mesma forma como 
nos tempos modernos. Gaia incorpora o espírito da 
Terra, por isso é grande e poderosa em comparação aos 
deuses. Os Aeduna consideravam Gaia impessoal 
quando comparada aos outros deuses, os quais possuíam 
semelhanças humanas, e entenderam que ela era capaz 
tanto de grande benevolência quanto de terrível 
crueldade. 
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 17
Os Aeduna da Grécia Antiga
Os Aeduna podem ser encontrados através dos 
mitos assim como na história da Grécia Antiga. 
Frequentemente eles eram descritos como os filhos dos 
deuses ou dos titãs (quando não eram considerados 
deuses) e renomados por sua sabedoria e poderes 
mágicos. Alguns Verbena modernos alegam a 
existência de muitos mais personagens entre seus 
ancestrais do que os que foram listados aqui. Estes são 
meramente os mais ilustres (ou infames) Aeduna de 
suas épocas.
Quíron: Talvez a mais incomum figura invocada 
pelos Aeduna é Quíron, um centauro dito ser de 
descendência divina. Histórias se contradizem quanto a 
seu nascimento, algumas contam que Quíron nasceu 
metade homem, metade cavalo, enquanto outras 
relatam que ele teria assumido tal forma através da 
magia de Vida. Alguns Verbena modernos sugerem que 
seu nascimento (ou posterior transformação) foi o 
resultado de algum efeito incomum do Paradoxo, 
embora ninguém possa confirmar tal hipótese. Quíron 
era um renomado estudioso e curandeiro, assim como 
professor de muitos heróis míticos da antiga Grécia, 
incluindo Hércules e Jasão (dos Argonautas). Na 
verdade, dada sua posição de tutor de tantos dos futuros 
Argonautas, alguns sugerem sinais tanto de cooperação 
quanto de rivalidade entre Quíron e Medéia. Quíron 
foi acidentalmente morto por uma flecha do arco de 
Hércules, envenenada com o sangue da hidra.
Circe: Feiticeira que era filha de um titã, Circe 
vivia em uma ilha isolada. O grande herói Odisseu e 
alguns de seus homens acabaram encontrando sua ilha, 
fazendo a feiticeira transformar a tripulação de Odisseu 
em suínos (dito por vários ser o reflexo de seus 
comportamentos rudes). Odisseu usou a erva sagrada 
Moli, dada por Hermes, para frustrar a magia de Circe, 
no entanto Odisseu passou um ano junto à feiticeira 
antes de retornar ao seu lar em Ítaca. Dita como 
imortal, Circe desapareceu do conhecimento do 
mundo mortal há muito tempo atrás. Alguns magos 
declaram tê-la conhecido, embora nenhum tenha 
oferecido prova alguma de que a feiticeira ainda vive.
Hipócrates: Alguns Verbena o consideram como 
um traidor por ter fundado o Círculo Cosiano, no 
entanto a maioria o vê como alguém sem orientação e 
agindo com a melhor das intenções. Estudante de 
herbalismo e medicina, Hipócrates dedicou sua vida ao 
estudo e à promoção da saúde e do bem estar. Aqueles 
que recorreram à sua escola começaram estudando artes 
esquecidas, mas o sonho de Hipócrates se transformou 
em algo diferente no final das contas. Perto da morte, 
ele escolheu não estender sua própria vida através de 
suas descobertas. Os Progenitores ainda reverenciam 
Hipócrates como um de seus fundadores.
Medéia: A feiticeira Medéia nasceu no sangue real 
e através disso herdou o sangue dos Aeduna. Ela 
despertou para a magia ainda jovem, tornou-se uma 
sacerdotisa de Hécate e dominou a arte das poções e 
encantamentos. Quando o heroi grego Jasão veio até o 
país de seu pai procurando pelo lendário Velocino de 
Ouro, Medéia se apaixonou por ele. Ela usou sua magia 
para ajudar Jasão a subjugar o dragão que guardava o 
velocino e para facilitar sua fuga após tal episódio. Ela 
inclusive matou seu próprio irmão, desmembrando seu 
corpo em seguida e jogando seus restos ao mar para que 
os navios de seu pai fossem forçados a parar e coletá-los 
para que um enterro apropriado lhe fosse oferecido. 
(Para mais informações sobre Medéia, veja as pág 76-
77.)
RomaA ascensão de Roma não foi mérito dos Aeduna, 
pois estes tinham pouco interesse na criação de cidades. 
A maioria dos nossos ancestrais Aeduna morava no 
norte da península italiana, em áreas como Toscana. 
Eles eram pessoas do campo diferente dos urbanos 
romanos, que os chamavam de paganus, ou caipiras, de 
onde deriva a palavra moderna “pagão”. Eles se referiam 
àqueles que eram sábios no conhecimento das ervas e 
encantos como venefica, os quais possuíam pouca 
influência na sociedade romana, mas os romanos tinham 
místicos entre eles, como os Aeduna em breve 
descobririam.
O Culto de Mercúrio 
Se eles nasceram das raízes dos Wyck, ninguém sabe 
ao certo, mas os magos romanos combinaram os 
ensinamentos dos gregos com a antiga sabedoria dos 
egípcios, e talvez os segredos dos hebreus que viviam em 
cativeiro em suas terras. Eles eram verdadeiros romanos: 
ordeiros, curiosos, dispostos a tomar de outras culturas e 
sempre com um olho na conquista. Eles descenderam da 
tradição de Thoth-Hermes ou Hermes Trismegistus (o 
“Três Vezes Grandioso Hermes”) embora fossem mais 
comumente conhecidos como o Culto de Mercúrio na 
Cidade Eterna de Roma.
Os magos do Culto de Mercúrio estavam bem 
conscientes da existência de outros místicos e artífices 
da vontade, particularmente entre os pagani e bárbaros 
das fronteiras do crescente Império Romano. Eles 
desejavam os segredos místicos que estas bruxas e magos 
pagãos possuíam, mas também temiam tal poder, pois 
eram estrangeiros e de estranhos e temíveis costumes. 
Sem dúvida alguma, eles viram os Aeduna, que 
declaravam sua linhagem desde os Primeiros, como uma 
18 Verbena
ameaça.
Então os magos primeiro limitaram a influência dos 
venefica dentro do Império. Veneno era uma das armas 
favoritas dos assassinos em Roma, como em todos os 
lugares, e os venefica sabiam quais plantas podiam curar 
e quais podiam matar se usadas da maneira correta. 
Herbalistas eram frequentemente rotulados de 
envenenadores e tratados com suspeita. Os sábios 
pagani começaram a esconder seus conhecimentos e 
suas alianças dos olhos atentos das autoridades. 
Então iniciou-se um tempo em que muitos Aeduna
foram forçados a ocultar quem e o que eram do resto 
do mundo.
A Conquista Romana
Os romanos expandiram suas fronteiras
conquistando as terras ao redor. No 
início, os pagani ofereceram pequena 
resistência contra as bem equipadas e 
treinadas legiões romanas, respaldadas 
pelo conhecimento e influência do 
Culto de Mercúrio. Os Aeduna da Itália 
e da Grécia se esconderam atrás da 
aparência de humildes camponeses e 
passaram adiante sua sabedoria em 
segredo. Eles se reuniam em clareiras no 
meio da floresta sob a luz da lua para honrar os 
Antigos Costumes, acreditando que os romanos 
eram apenas mais um capítulo passageiro da 
história.
Os bárbaros da terra do norte da Gália e os
habitantes da Bretanha, por outro lado, não 
estavam tão dispostos a ceder ao comando 
romano. As legiões invadiram suas terras e eles 
lutaram com coragem e ferocidade, mas não 
foi o suficiente. Recorreram então aos 
Aeduna entre eles, aos druidas e sábios 
detentores do conhecimento, porém seus 
poderes foram igualados pelos dos magos 
do Culto de Mercúrio que frustraram ataques 
místicos contra as legiões, reverteram 
maldições e conjuraram suas próprias magias
para quebrar as defesas dos poderes dos 
druidas.
Os dispersos celtas foram 
incapazes de subjugar o 
organizado assalto furioso dos 
romanos e de seus magos. As 
legiões então alcançaram a 
Bretanha e conquistaram as 
tribos celtas. Eles puseram os 
druidas sob suas espadas e 
incendiaram bosques 
sagrados, forçando os 
sobreviventes a 
abandonar seus lugares 
santos e recuar para áreas 
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 19
selvagens, usando suas habilidades e conhecimento para 
sobreviver da melhor maneira possível.
O Flagelo Relâmpago 
Depois de várias gerações se escondendo e passando 
suas tradições em segredo, os druidas da Bretanha se 
organizaram. Os celtas dispersos se uniram para se 
rebelarem contra a ocupação romana em suas terras. 
Difíceis batalhas foram travadas entre guerreiros celtas e 
soldados romanos, enquanto a luta nos bastidores 
acontecia entre os druidas restantes e os magos do Culto 
de Mercúrio, alguns dos quais agora viviam na Bretanha 
entre seus compatriotas romanos. Alguns inclusive eram 
de sangue tanto celta quanto romano.
No começo, tanto os romanos quanto seus magos 
foram pegos de surpresa pela repentina e selvagem 
insurreição celta. Os magos mais tarde avançaram contra 
os druidas dando inicio ao “Flagelo Relâmpago”. O mago 
romano Marcus Fulgurator assumiu o comando da 
ofensiva na Bretanha contra os druidas e seus seguidores. 
Habilidoso estrategista militar e poderoso mago, 
Fulgurator empunhava relâmpagos como suas armas 
primárias, daí o nome da sua famosa cruzada. 
Por três anos, magos e druidas lutaram entre si por 
toda a Bretanha e norte da França. Dragões, unicórnios, 
elementais e fadas de ambos os lados foram mortos nas 
batalhas, assim como muitos magos. Os druidas fizeram 
uso de todo poder que possuíam, no entanto o número 
superior de romanos os esmagaram. Finalmente, os 
últimos remanescentes dos druidas escolheram recuar 
para o norte da Escócia quando o Imperador Adriano 
construiu sua muralha para manter o povo pagão 
afastado da Bretanha Romana.
A Queda do Império 
O advento da Cristandade dividiu os magos do 
Império Romano entre o Culto de Mercúrio e os das 
Vozes Messiânicas, magos devotados à adoração do 
Cristo Branco. Atritos entre os dois grupos promoveram 
uma trégua para os Aeduna remanescentes das fronteiras 
remotas do império. Muitos escolheram auxiliar seu 
povo voltando-se contra os enfraquecidos romanos, 
alcançando sua vingança quando atacaram a Cidade 
Eterna. O collegeum Hermético foi demolido, os magos 
Herméticos e magos cristãos foram dispersos em 
pequenos grupos, fugindo para o leste em direção a 
Bizâncio ou para o norte em direção a postos avançados 
e fortificações na Europa central ou Bretanha.
A ascensão e a queda de Roma foi o caminho do 
mundo e o caminho dos magos por um longo período. 
Os Herméticos atacaram os Aeduna e estes revidaram, e 
as Vozes Messiânicas avançaram contra ambos, pagãos e 
Herméticos. Os Aeduna ajudaram seu povo destruindo 
Roma. Então a roda girou e o mundo seguiu adiante.
O Pendragon 
Na Bretanha, pouco depois da queda de Roma, 
surgiu uma nova esperança para os Aeduna e os Antigos 
Costumes, apesar do crescimento de poder do 
Cristianismo na Europa. Uma criança nasceu, filha de 
uma princesa celta e seu nome era Myrrdin. Nós agora o 
conhecemos como Merlin. Ele foi o mais proeminente 
mago de sua época, pois seu pai foi um dos lendários 
Wyck, equiparando-o aos maiores Aeduna do antigo 
mundo. Talvez os Wyck trouxeram-no à luz como uma 
tentativa de trazer de volta a esperança ao mundo há 
muito necessitado dela. Nós gostamos de pensar assim.
Merlin imaginou uma Bretanha forte e com um 
reinado justo, fundado sobre os Antigos Costumes, 
porém aberto às novas ideias trazidas pelos seguidores do 
Cristo Branco. Seria um reino para rivalizar com a glória 
de Roma e para unir o mundo sob uma nova civilização. 
Perseguindo esta ideia, Merlin viajou muito procurando 
pelos grandes professores e mestres da Bretanha e até 
mesmo para terras longínquas, viajando pelos caminhos 
dos Wyck. Ele impressionou seus professores e mentores 
com seus dons. Merlin aprendeu de muitos, não apenas 
dos druidas e anciões da Antiga Fé, mas também dos 
magos Herméticos quefugiram para a Bretanha após a 
queda de Roma, das Vozes Messiânicas pregando a 
palavra de Deus e também de outras Irmandades 
Místicas. É por esse motivo que algumas Tradições 
declaram Merlin como sendo um dos seus, pois seu 
sangue era o sangue dos Wyck, o sangue dos Sábios.
O sonho de Merlin tomou forma em uma criança 
chamada Arthur, filho de Uther. Arthur era uma 
criança de dois mundos, cristão e pagão, que Merlin 
esperava que um dia pudesse comandar sabiamente a 
ambos. Merlin ensinou e guiou Arthur para que, um dia, 
ele reclamasse o título de Pendragon (Chefe Dragão ou 
Alto Rei) e deu a seu pupilo as habilidades e conselhos 
de que ele necessitaria para manter seu trono. Ele 
inclusive forjou uma aliança com as fadas que 
concederam a Arthur sua lendária espada Caliburnus ou 
Excalibur.
Por um tempo, o sonho de Camelot foi um sucesso. 
Arthur se tornou o rei dos pagãos e dos cristãos na 
Bretanha. Embora sendo cristão, Arthur se considerava 
paladino de ambos os povos e deu-lhes o direito de 
reverenciarem a quem desejassem. Os druidas e 
sacerdotisas da terra remanescentes passaram a ter a 
esperança de reconstruir o que foi destruído, a passar 
adiante seus ensinamentos e de praticar suas tradições 
abertamente novamente. Camelot tornou-se um símbolo 
de justiça e de grandiosidade por toda a Bretanha e boa 
parte do mundo.
Mas este não era seu destino. O reino de Arthur 
não durou mais que uma geração e seu rei não teve 
tempo de passar para seu filho o que havia construído. O 
sonho de Camelot foi destruído pela devoção de Arthur 
às leis que jurou sustentar e pelo ódio de seu próprio 
filho, que culminou nos campos de Camlan, com 
Mordred morto pelas mãos de seu pai e Arthur 
mortalmente ferido. A morte de Pendragon marcou o 
20 Verbena
fim da mítica era dos Antigos Costumes e o começo de 
uma longa queda em direção às trevas.
A Idade das Trevas 
Assim que a voz de Teague silenciou, muitos dos 
novatos estremeceram por um momento, quebrando o 
transe que suas palavras criaram sobre eles. Uns 
poucos tinham lágrimas nos olhos pelo término de uma 
época que jamais conheceram, mas talvez esperassem 
encontrar no fundo de seus corações.
Deborah olhou-os e engoliu a onda de amargura 
cínica que verteu dentro dela. Eles eram ingênuos. 
Era de se esperar. Teague era um bardo. Era seu 
trabalho ser um sonhador, de tecer fantásticos contos 
sobre longínquos lugares e épocas.
Você mostrou a eles o sonho Teague, ela pensou, 
agora é hora para uma dose de realidade.
Teague se levantou e Deborah, um espectro 
negro, deslizou para seu lugar no meio do círculo. Ela 
insistiu em contar esta parte da história. Afinal, ela 
lembrava desta parte melhor que qualquer um, e ela 
seria amaldiçoada se deixasse essas memórias a 
governarem nesta vida. Ela parou, e sua voz era firme 
enquanto olhava nos rostos dos iniciantes.
Após a queda de Roma e Camelot, a escuridão se 
espalhou pela terra como uma sombra. Os magos 
Herméticos foram separados pela destruição de Roma, 
assim como os Coristas — as Vozes Messiânicas, como 
eram chamados. Tudo o que restava dos Aeduna, os 
herdeiros orgulhosos dos Wyck de outrora, estava 
disperso aos quatro ventos.
Tanto os Aeduna quanto as Vozes Messiânicas se 
recuperaram rapidamente. Ambos se apegaram à sua fé, 
porém, enquanto a Igreja Cristã conquistava novos 
adeptos diariamente, os Antigos Costumes começavam a 
perder força. Quando os padres cristãos chegavam, 
tentavam expelir os Deuses Antigos, chamando-os de 
demônios. Eles batizavam e pregavam sua palavra para 
salvar almas e quando isso não funcionava, usavam a 
tortura e o fogo.
Mas o pior do conflito entre a Igreja e os Antigos 
Costumes ainda tardaria em chegar.
Merlin e Morgana Le Fey
Dois dos mais famosos Aeduna da história estavam 
ligados ao destino de Arthur e Camelot e eles sofreram 
por isso no fim das contas. 
Merlin era dito ser o filho de um dos Wyck e de 
uma princesa celta (uma freira cristã, alguns dizem). 
Ele era o descendente de uma poderosa linhagem, com 
força para rivalizar contra os mais lendários Aeduna. 
Ainda criança, Merlin era reconhecido por seu talento 
em profecias. Quando o Rei Vortigern exigiu o sangue 
de um garoto sem pai para fortalecer o cimento e as 
fundações de seu novo castelo, Merlin foi levado a ele. 
Ele profetizou uma batalha entre dois dragões: um 
branco e outro vermelho, representando o futuro da 
Bretanha. Ele se tornou conselheiro dos reis Britânicos, 
incluindo Uther Pendragon, pai de Arthur. Merlin 
providenciou (ou talvez previu) o nascimento de 
Arthur e fez com que este fosse criado e treinado para 
ser o futuro rei. Após Arthur reclamar o trono, Merlin 
o serviu como seu conselheiro. 
Arthur e Camelot foram arruinados pela traição 
de sua rainha e seu melhor amigo. Merlin também foi 
destruído, mas pelo amor da bela Nimue, da Dama do 
Lago. Ela se tornou sua amante e aprendiz e depois 
aprisionou magicamente Merlin dentro de uma pedra 
ou árvore (histórias diferem quanto a esse aspecto). 
Embora alguns pensem que Nimue enganou e traiu 
Merlin, muitos Verbena veem seus atos como sendo 
nobres e sugerem que talvez seu mestre tenha pedido a 
ela para que o afastasse do mundo, sabendo do que 
estava para acontecer. Eles acreditam que Merlin ainda 
esteja esperando, talvez nas profundezas da Umbra, 
para o momento certo de retornar, embora a 
Tempestade de Avatares tenha complicado isso.
O outro grande mago de Camelot foi Morgana Le 
Fey, uma verdadeira seguidora da Antiga Fé e dos 
Deuses Antigos. Ela era a meia irmã de Arthur, filha de 
Igraine, e, segundo alguns, uma Senhora das Fadas (de 
onde deriva seu nome). Sendo parte de uma nobre 
linhagem que remete aos Wyck e com o encanto do 
sangue das fadas correndo por suas veias, Morgana 
tornou-se uma feiticeira formidável. Ela tinha visões e 
sonhos proféticos ainda criança e quando já uma jovem 
mulher dedicou-se aos serviços dos Deuses Antigos 
como sua sacerdotisa. 
No entanto, ela é vista como vilã, embora os 
Verbena declarem que Morgana foi uma verdadeira 
heroína. Seu flerte com Arthur não foi voluntário, e 
sim parte de um ritual de fertilidade de um Beltane. 
Seu filho Mordred supostamente deveria ter 
incorporado o sentido do grande ritual que aconteceu 
naquela noite: a mistura do pagão e do cristão, da fada 
e do mortal, do místico e do mundano, que poderia 
trazer equilíbrio e paz. Ao invés disto, Mordred foi 
envenenado contra um pai que não podia reconhecê-lo 
ou amá-lo e afastado de uma mãe que o amava. 
Morgana se sentiu traída pela devoção de Arthur aos 
costumes cristãos e pelos anciões Aeduna que a 
manipularam. No final, ela acabou por manter o corpo 
de Arthur fora de Avalon e dizem ter se retirado para o 
isolamento pelo resto de seus dias.
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 21
Por centenas de anos a Antiga Fé existiu em 
segredo, bem debaixo dos narizes dos padres e de suas 
igrejas. Mesmo na antiga Roma havia bruxas que se 
reuniam sob a luz da lua para honrar os deuses e pedir 
suas bênçãos. Descendentes dos Aeduna foram dispersos 
por toda a Europa, desde a península Ibérica até às 
estepes da Rússia, desde as terras gélidas da Escandinávia 
até o calor do Mediterrâneo. Fomos chamados por 
muitos nomes, nem todos agradáveis. Até mesmo 
“wytch”, que descende de Wyck, começou a se tornar 
mais uma maldição do que uma honra. Fomos jogados 
como sementes na terra fria, fazendo o possível para nos 
enraizarmos e crescermos. A organização que nós 
tínhamos não mais existia, até uma nova oportunidade 
surgir.
Casa Diedne e a CismaHermética
Centenas de anos após a queda de Camelot, a 
Ordem de Hermes — que se originou do Culto de 
Mercúrio romano — era a mais poderosa organização 
mística da Europa. O Coro Celestial pode argumentar de 
outra forma, mas as Vozes Messiânicas não ostentaram 
tanta influência dentro da Igreja, enquanto que os 
Herméticos eram fortes e independentes. Eles não se 
curvavam perante a Igreja ou a ninguém, nem mesmo 
ante os próprios deuses, que ultimamente vinham 
provando sua queda. Entretanto, em sua época, eles 
eram poderes influentes no mundo que lhes fez uma 
oferta tentadora. 
Diedne, uma das sacerdotisas druidas sobreviventes 
da Bretanha, formou uma aliança de seguidores e 
companheiros druidas. Ela então se aproximou da 
Ordem de Hermes com uma petição para se unir a eles, 
oferecendo lealdade e vasto conhecimento à Ordem. Os 
Primi das Casas de Hermes se reuniram e debateram e a 
oportunidade de aprender mais sobre a misteriosa magia 
dos druidas — a qual não possuía registro escrito para 
que os Herméticos pudessem estudá-la — venceu. A 
Casa Diedne foi criada como uma parte da Ordem de 
Hermes.
Naturalmente, quando os magos da nova Casa 
começaram a tardar em dividir sua sagrada sabedoria e a 
aceitar todas as regras da Ordem, dizeres começaram a 
circular sobre o erro que foi admitir pagãos como uma 
Casa. Então vieram os rumores obscuros sobre “rituais 
proibidos,” incluindo sacrifícios humanos. Os orgulhosos 
druidas não sentiram necessidade em defender suas 
tradições de estranhos e os arrogantes magos não fizeram 
questão de questionar pelo fato das evidências estarem 
suficientemente claras para eles. A Casa Flambeau, que 
descendeu dos mesmos feiticeiros que lideraram o 
Flagelo Relâmpago, e a Casa Tremere encabeçaram o 
grupo que acusou a Casa Diedne de infernalismo ou 
adoração ao demônio. Os Diedne negaram as acusações, 
porém era tarde demais. O resto da Ordem estava 
envenenada contra eles.
Dessa forma, os Flambeau e os Tremere lideraram as 
acusações do que a Ordem de Hermes chamou de 
Guerra da Cisma, que jogou Casa contra Casa. Numa 
nova aprovação do Flagelo Relâmpago, os membros da 
Casa Diedne foram sistematicamente caçados e mortos, 
até que a Casa por completo fosse exterminada. Reza a 
lenda de que a própria Diedne estava entre os últimos a 
morrerem e que esta amaldiçoara os magos por sua 
cegueira e arrogância. Alguns acreditam que sua 
maldição tenha levado a Ordem à queda quando a 
Ordem da Razão pôs abaixo as paredes de Mistridge e 
assinalou o inicio do fim da Era Mítica, mas isso ainda 
estaria para acontecer.
O Êxodo do Dragão
A Guerra da Cisma significou o fim dos druidas da 
Bretanha e de qualquer outro lugar. Havia uns poucos 
sobreviventes que escolheram não se juntar à Casa 
Diedne, permanecendo em seus bosques secretos e 
cavernas isoladas, mas eram poucos e fracos. Tornou-se
Os Antigos Costumes na
Idade das Trevas
A Sociedade da Antiga Fé (descrita no Dark 
Ages: Mage) é o ancestral direto dos modernos 
Verbena. A Sociedade era, na verdade, o primeiro 
impulso de cooperação e união que levou à fundação 
dos Verbena quando os magos pagãos perceberam que 
deveriam se unir ou perecer. Mesmo assim, a Antiga 
Fé diferia em muitos aspectos dos Verbena modernos. 
Primária entre essas diferenças é a magia dos 
magos da Antiga Fé, a qual estava baseada em antigas 
tradições anteriores à criação da terminologia das 
Esferas místicas do Conselho das Nove Tradições e 
grandes similaridades entre as práticas místicas fossem 
reconhecidas. A Antiga Fé também fragmentou as 
facções dos Verbena modernos, substituindo-as por 
divisões de linhas culturais e geográficas. 
Além disso, a Antiga Fé se apegou fortemente às 
idéias de linhagem de sangue e hereditariedade 
encontradas entre os Jardineiros da Árvore modernos. 
Eles acreditavam que o poder da magia descendia 
diretamente dos Aeduna e, por conseguinte, dos 
Wyck. Aqueles que não pertenciam a uma linhagem 
apropriada poderiam não sustentar o poder da magia e 
os pagãos que Despertaram inesperadamente eram 
considerados “do sangue”. Eles apenas supunham que 
sua ancestralidade estava esquecida ou perdida nas 
brumas do tempo. A ideia de aceitar aprendizes de 
fora de sua cultura e linhagem era estranha para 
aqueles da Antiga Fé, um dos motivos que 
mantiveram a organização pequena durante a Idade 
das Trevas.
Para mais informações sobre a Antiga Fé como 
uma Sociedade Mística e suas crenças, organização e 
relações com outras Sociedades, consultar Dark 
Ages: Mage.
22 Verbena
dolorosamente claro que eles não mais podiam proteger 
suas terras ou as criaturas que nela habitavam do avanço 
da Cristandade ou de magos como os da Ordem de 
Hermes ou das Vozes Messiânicas. 
Então, aproximadamente 200 anos após a Guerra 
da Cisma, os druidas remanescentes da Bretanha 
lideraram o Êxodo do Dragão. Eles reuniram todo seu 
poder e conhecimento para abrir as Trilhas dos Wyck 
para as criaturas mágicas da terra e guiá-las à segurança. 
Os unicórnios, elfos, duendes, wyverns e dragões 
partiram através dos portais, para dentro da Umbra e 
para longe do aço e do fogo dos homens. Durante três 
anos, as Ilhas Britânicas e boa parte da Europa 
esvaziaram-se da magia e das maravilhas, deixando o 
mundo terreno para trás. Eu penso que o Êxodo marcou 
o declínio da Antiga Fé dando a vitória aos nossos 
inimigos, pois muito da magia que antes sustentava 
nosso povo fora embora.
Alguns dos últimos grandes herdeiros dos Aeduna 
partiram para guiar os Antevos na Umbra e acabaram 
escolhendo não mais voltar. Eles deixaram para trás 
alguns estudantes que se apegaram aos costumes que 
aprenderam de seus anciões da melhor maneira possível.
A Sociedade da Antiga Fé 
Os druidas pagãos restantes, bruxas e magos da 
Europa se uniram em uma aliança dispersa chamada de
Antiga Fé. Era uma aliança informal na melhor das
hipóteses, formada a partir de um inimigo em comum e 
de uma ameaça em comum: o perigo imposto pela Igreja 
Cristã e a lenta morte dos Antigos Costumes. Magos 
pagãos se apoiaram rapidamente em suas crenças e as 
mantiveram vivas em segredo.
Os Tempos das Fogueiras 
Os Tempos das Fogueiras é um mito. Os Tempos 
das Fogueiras foram reais. Como a maioria das coisas a 
respeito dos Verbena, ambas as afirmações sustentam 
alguma verdade, no entanto nenhuma conta a história 
por completo. O mito moderno sobre os Tempos das 
Fogueiras não é o que a maioria das pessoas pensa, 
porém aconteceu. Eu sei. Eu estava lá, e talvez alguns de 
vocês também estiveram, em outras vidas anteriores a 
esta. É uma época na nossa história que nós nunca 
deveríamos esquecer, porque acontecerá novamente se 
permitirmos.
No começo do século XIII, forças e facções de 
dentro da Igreja Cristã se tornaram cada vez mais 
conscientes da continuidade da existência da Antiga Fé, 
contudo atribuíram nossos rituais e crenças à demônios e 
queriam “purificar” nossas almas, com fogo se necessário. 
O trabalho da Inquisição começou devagar, com 
consciência da corrupção presente na Igreja, mas ao 
invés de olhar para dentro da fonte de seus problemas, os 
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 23
Inquisidores olharam para fora. Eles puseram a culpa 
sobre os demônios, monstros e sobre aqueles que 
sucumbiram às suas “tentações” e praticavam o Ofício.
Parte do trabalho da Inquisição era conduzido 
secretamente, para ocultar a verdade sobre o próprio 
envolvimento da Igreja com o oculto das pessoas 
comuns. Esses Inquisidores secretos, muitas vezes 
patrocinados por magos cristãos,eram a maior ameaça 
para o nosso povo. Muitas das chamadas bruxas que 
foram julgadas e executadas pela Inquisição sabiam 
praticamente nada sobre a magia verdadeira. Elas 
poderiam ter possuído algum amuleto, algum 
conhecimento em ervas e obstetrícia, mas algumas vezes 
a mera acusação de bruxaria ou de heresia bastava.
Comparado aos milhares ou mesmo milhões de 
vítimas como alguns afirmam, o número atual dos nossos 
que morreram durante os Tempos das Fogueiras parece 
pequeno, pouco mais que um punhado, mas quantos de 
nós estavam lá para saber? Importa o número de mortes, 
se mesmo um de nós tivesse morrido na fogueira ou na 
forca pelas mãos de fanáticos? Cada morte enfraquecia a 
Antiga Fé e ameaçava a Árvore da Vida como um todo 
e isso sim é o que importava.
O Reino de Baerwald 
Nós tivemos nossas vitórias, mesmo durante os 
Tempos das Fogueiras, embora fossem tão poucas e tão 
distantes umas das outras para fazer alguma diferença. 
Uma das maiores talvez tenha vindo com a criação de 
Baerwald.
Sir Garland de Laramay era um Templário, 
campeão declarado da Igreja e cruzado contra os pagãos. 
Ele lutou nas Cruzadas e era iniciado dentro das Vozes 
Messiânicas. Em suas viagens pela Terra Santa e outros 
lugares, Sir Garland estudava as tradições de outras 
Sociedades Místicas, incluindo Os Sutis, ramificações da 
Ordem de Hermes e as runas dos Vaeldaermen. Ele era 
um estudioso assim como também um guerreiro, e veio a 
apreciar a sabedoria destes outros ensinamentos.
No começo do século XIV, os Cavaleiros 
Templários foram traídos e proscritos. A Igreja os 
proclamou hereges e diversos templários tiveram o 
mesmo destino que muitos pagãos durante os Tempos 
das Fogueiras: tortura e execução. Alguns dos 
sobreviventes uniram-se à Cabala do Pensamento Puro 
ou às Vozes Messiânicas ou ainda se esconderam em 
terras distantes. A fé de Sir Garland foi destruída pela 
traição à sua ordem, ele repudiou o Cristianismo e fugiu 
com um pequeno grupo de homens para dentro das 
profundezas da Floresta Negra.
Com a ajuda de moradores locais e de alguns magos 
da Antiga Fé, Sir Garland fundou o Reino de Baerwald, 
um feudo pagão dentro do Sacro Império Romano, 
cercado por todos os lados pela natureza e pelo poder da 
Cristandade. O povo de Baerwald representava a 
verdadeira cooperação entre pagãos e cristãos (pois nem 
todos os homens de Sir Garland renunciaram à sua 
antiga fé), e sua comunidade foi uma fortaleza da Antiga 
Fé por mais de um século.
A Marcha de Wyngarde 
Apesar dos Tempos das Fogueiras ter ardido 
silenciosa e lentamente por todos os séculos XIII e XIV, 
suas chamas não alcançaram seu apogeu até o século 
XV. Em 1435, o General Christopher Wyngarde da 
Vera Cruz empreendeu uma cruzada contra os “bruxos 
pagãos, feiticeiros, fadas, bestas caídas e hereges destas 
Ilhas Britânicas”. Wyngarde reuniu um pequeno grupo 
de seguidores e começou, sistematicamente, a caçar os 
devotos da Antiga Fé na Bretanha.
Wyngarde e seus seguidores atacaram um ritual 
pagão na véspera do Solstício de Verão nos arredores de 
Harrowgate, Inglaterra. Os cruzados atacaram sem aviso 
e sistematicamente assassinaram todos aqueles que 
participavam do ritual, aproximadamente cem homens, 
crianças e mulheres. O único sobrevivente do massacre 
foi uma sacerdotisa que depois ficou conhecida como 
Nightshade que, naquela noite, percebeu qual seria o 
futuro da Antiga Fé caso seus adeptos nada fizessem a 
respeito.
Por cinco anos, Wyngarde e seu exército viajaram 
por toda a Inglaterra e Escócia, eliminando da terra 
qualquer remanescente da Antiga Fé. Qualquer Antevo 
ou fada que não houvesse fugido durante o Êxodo do 
Dragão foi destruído com fogo e ferro frio. Qualquer 
pagão capturado era torturado e morto, e os bosques 
sagrados eram invadidos e queimados. As primeiras 
comunidades pagãs que eles encontraram foram 
massacradas, enquanto outras puderam aprender o 
suficiente sobre o inimigo e fugir com esperanças de 
escapar. Alguns foram abatidos como animais enquanto 
outros conseguiram encontrar segurança deixando para 
trás tudo o que tinham.
Seguindo de perto os rastros de Wyngarde, 
Nightshade fez o que pôde para avisar suas vítimas e 
oferecer ajuda e abrigo. Ela se esforçou para reunir os 
seguidores da Antiga Fé, para que se erguessem e 
resistissem, mas muitos estavam assustados demais para 
lutar contra o exército de Wyngarde. Ao invés disso, 
queriam apenas encontrar abrigo para si e suas famílias.
A Queda de Baerwald 
Encorajado pelo sucesso de Wyngarde na Bretanha, 
os Gabrielitas lançaram um ataque sobre Baerwald na 
Floresta Negra. Os defensores pagãos do reino lutaram 
bravamente, mas foram subjugados pelo expressivo 
número de Gabrielitas e suas superiores armas e 
armaduras. As forças cristãs juraram acabar com a tarefa 
de exterminar os renegados Templários que encontraram 
abrigo no reino pagão. Eventualmente, apesar de seus 
melhores esforços, o povo de Baerwald foi forçado a fugir 
e render seus lares aos Gabrielitas invasores.
Os invasores queimaram totalmente Baerwald (e 
partes da floresta ao redor) e mataram todos os que 
24 Verbena
cruzaram seus caminhos. Um dos sobreviventes da 
tragédia foi William Groth, um mago descendente da 
mistura dos segredos místicos dos Templários com os dos 
Valdaermen e outros magos germânicos de runas. Como 
os outros sobreviventes de Baerwald, ele jurou vingança 
contra os Gabrielitas e sua Ordem do Pensamento Puro 
— vingança por todas as vidas perdidas em nome de seu 
ideal de “purificação”. Ele foi apenas um dos muitos que 
viram os horrores do Tempo das Fogueiras e disse 
“Nunca mais!” 
O Grande Ritual: 
o Nascimento dos Verbena
Houve um momento de atordoante silêncio 
enquanto Takoda pôs-se de pé na extremidade do 
círculo. Seus largos ombros projetaram contra o sol 
poente uma sombra que cobriu Deborah enquanto ela 
deixava o centro do círculo em direção a seu lugar. 
Takoda caminhou silenciosamente para o centro e 
sentou na grama, olhando os iniciantes antes de falar.
O Tempo das Fogueiras por pouco não pôs fim à 
linhagem dos Wyck e Aeduna, porém os sobreviventes 
não estavam dispostos a desistir. Eles tinham uma 
chance, mesmo que pequena.
O profeta Extático Sh’zar contatou Nightshade 
após o massacre de Harrowgate. Ele contou a ela sobre 
uma visão que teve, de um mundo sem magia, sem 
maravilhas, sufocado pelas garras de homens como 
Christopher Wyngarde. Ele disse que a única esperança 
de evitar este destino era se todos os magos de todas as 
Tradições e caminhos se unissem.
Então Nightshade pôs de lado sua vingança por um 
tempo e concordou em comparecer a uma reunião. 
Em 1440, quatro magos se reuniram nas ruínas 
Herméticas de Mistridge: Nightshade, Sh’zar, Valoran 
do Coro Celestial e Baldric LaSalle da Ordem de 
Hermes. Lá eles discutiram a ideia de um Conselho de 
Tradições Místicas, uma aliança para se erguer contra a 
Ordem da Razão. Nightshade era justificadamente 
suspeita. Tanto o Coro Celestial quanto a Ordem de 
Hermes haviam perseguido a Antiga Fé no passado, mas 
Valoran e LaSalle a trataram como igual, então ela se 
dispôs a pôr de lado suas dúvidas.
Os magos da convocação concordaram em viajar e 
procurar por outros aliados, outras Tradições para se unir 
ao novo conselho. A primeira missão de Nightshade foi 
ganhar a cooperação do seu próprio povo, pois a Antiga 
Fé era constituída de muitas tradições, muitos fios 
diferentes tecidos de maneira frouxa. Se era para ter uma 
forte presença neste novo conselho, eles precisariam de 
união ou, como bem sabia Nightshade, corriam o risco 
de serem traídos pelo Coro, pelosHerméticos ou alguma 
outra Tradição.
Foi então que ela procurou por William Groth — o 
líder dos refugiados de Baerwald e um forte 
representante do seu povo e costumes. Ela falou da 
convocação e dos planos e Groth concordou em ajudar. 
Nightshade obteve o apoio dos sobreviventes da Antiga 
Fé, as poucas convenções e círculos restantes, enquanto 
Groth convenceu muitos dos Valdaermen e talhadores 
de runas de que sua melhor esperança estava neste novo 
conselho, embora nem todos estivessem de acordo.
No Beltane daquele ano, Nightshade e Groth se 
encontraram com seus seguidores em uma isolada 
clareira. Nightshade atraiu a lua e assumiu o papel da 
deusa celta Brigid (ou Brid), patrona dos ferreiros, poetas 
e curandeiros. Groth convocou a tempestade e trovões 
assumindo o papel de Thunor (ou Thor), o deus nórdico
Por que Verbena?
Os Verbena poderiam ter sido chamados de 
muitas formas. Através dos séculos, eles foram 
conhecidos por muitos nomes: Aeduna, Sábios, 
Wyckae, Antiga Fé, pagãos e muitos outros nomes 
menos educados. Nenhum desses nomes era 
inteiramente correto para a nova aliança que 
Nightshade propôs. Ela sugeriu um novo nome que 
representasse recomeço para o povo da Antiga Fé, um 
nome com laços com o passado e que honrasse sua 
origem.
“Verbena” é o nome latim para vervain, uma 
erva muito comum com variadas utilizações. Entre 
outras coisas, a vervain era usada para proteção, 
purificação e cura, assim como para qualquer 
propósito medicinal. Era um remédio comum entre os 
Aeduna e seus descendentes por séculos, e alguns 
outros magos — particularmente entre a recém 
nascida Ordem de Hermes — se referiam às bruxas e 
homens que usavam o herbalismo como “Verbenae.”
Quando Nightshade e Groth precisaram de um 
nome para sua nova aliança de diversos povos pagãos, 
Nightshade propôs Verbena como uma forma de 
tomar um termo que havia sido usado a título de 
zombaria e torná-lo seu símbolo de orgulho. Isso 
lembraria o resto do Conselho das Tradições Místicas 
de quem eles eram e de onde vieram. Nightshade e 
Groth também esperavam que o novo nome 
mantivesse sua nova Tradição humilde e em contato 
com suas raízes ao invés de esquecê-las ao presenciar 
outros costumes místicos. Nesse sentido, o sucesso 
seria apenas parcial.
Tecnicamente “Verbena” é a forma singular, 
enquanto a Tradição como um todo é referida como 
“Verbenae”. Entretanto, essa última forma caiu há 
muito tempo, atualmente Verbena é usado tanto 
como referência individual quanto à Tradição como 
um todo. Esse uso incomoda apenas os eruditos em 
latim dentro da Ordem de Hermes (o que poderia ter 
sido outra razão pela qual os Verbena deixaram tal 
termo cair).
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 25
do Trovão. Juntos consumaram sua aliança com o 
Grande Rito, unindo os povos pagãos da Europa e 
concebendo a Tradição que tomaria seu lugar de direito 
no conselho: os Verbena.
As Jornadas de Nightshade e Groth
Depois da criação formal dos Verbena, Nightshade 
e Groth se separaram. Eles viajaram pelas Trilhas dos 
Wyck, Nightshade rumou para o oeste e Groth para o 
leste.
O primeiro passo de Nightshade foi o de retornar ao 
ponto onde tinha parado na busca por Wyngarde e seu 
exército. Ela usou o nome do novo Conselho 
para obter apoio dos magos pagãos das Ilhas 
Britânicas e até mesmo do Povo Feérico. Com 
suas ajudas, Nightshade foi capaz de arrasar as 
forças de Wyngarde por toda a Escócia. 
Tempestades sórdidas afundaram navios 
durante a travessia para a Irlanda e uma 
feroz nevasca os atacou perto de 
Newry, Irlanda. Essa deixou a maior 
parte do Exército de Vera Cruz 
congelado, exceto pelos que 
morreram nas mãos dos guerreiros 
que a própria Nightshade liderou, que 
deu às vítimas de Harrowgate justiça 
e ao General Wyngarde o que merecia.
Por dez anos após a morte de Wyngarde, 
pagãos e fadas aliadas caçaram os sobreviventes de 
seu exército por toda a Bretanha no que nós chamamos 
a Década da Caça. A Caça Selvagem foi expandida 
contra os inimigos da Antiga Fé, reclamando muitos 
lugares ancestrais sagrados das mãos da Ordem da Razão 
e de seus lacaios. A Caça também fortaleceu a aliança 
dos Verbena e atraiu a atenção dos pagãos de toda a 
Europa, encorajando-os a se unirem à nova Tradição.
Após a Nevasca de Newry, Nightshade percorreu as 
Trilhas dos Wyck das Ilhas Britânicas cruzando o grande 
mar em direção às Belas Terras do Oeste. Dirigiu-se 
para a América do Norte guiada por espíritos e 
visões dos deuses. Aqui, nesta terra, ela conheceu 
Estrela das Águias, um xamã de seu povo. Em
Nightshade, ele reconheceu um espírito familiar e ela 
contou para ele de sua terra e da luta de seu povo. Ele a 
ajudou a espalhar as notícias sobre o Conselho Místico 
que foi formado entre outras tribos e alguns de seus 
xamãs atenderam ao chamado de Nightshade. Ela abriu 
caminho por esta terra distante, então em direção ao sul 
para a terra dos Astecas, onde encontrou padres jaguares 
e guerreiros águia, mais ao sul, ainda rumo às 
terras dos Incas e a vasta e verde Floresta 
Amazônica.
A jornada de William Groth o 
levou através das terras selvagens 
dominadas rapidamente pelos 
costumes pagãos. Entre os vitki, 
artífices de Völva e artesãos de Seith 
26 Verbena
ele espalhou as notícias sobre os Verbena e os encorajou 
a emprestar seu apoio à nova Tradição para pegarem seu 
lugar no novo Conselho. Alguns ouviram seus pedidos, 
enquanto outros fingiram que não ouviram, preferindo 
manter sua independência e isolamento. Mais adiante, 
ele foi até a Rússia se esquivando da atenção dos 
senhores de sangue das terras montanhosas, das rusalkas 
e dos leshy da floresta. Abriu caminho através das 
gélidas estepes e taigas onde se encontrou com xamãs 
dos povos da Sibéria e Mongólia.
Na China, Groth se encontrou com os magos da 
Irmandade de Akasha que lutaram a seu lado contra 
espíritos demônios das montanhas. Se os “espíritos 
demônios” eram ou não parte do conflito ocorrendo 
entre os Akáshicos e os Chakravanti hindus é algo que 
talvez nunca venhamos a saber, mas Groth impressionou 
os Akáshicos com sua coragem e habilidades mágicas. 
Ensanguentando e com uma dúzia de ferimentos, ele 
empunhou sua espada e sua magia contra eles, atacando-
os com a fúria da tempestade. Sua invocação final trouxe 
abaixo o topo de uma montanha soterrando a si próprio 
e seus inimigos, sepultando-os para sempre. Os magos do 
leste decidiram honrar o heróico Groth atendendo sua 
Convocação, trazendo as notícias de sua brava morte. 
Como eles não trouxeram seu corpo de volta, alguns 
Verbena ainda agora dizem que ele não morreu ou, ao 
menos, não da maneira que a Irmandade de Akasha diz. 
Porém, sabemos o que ele conquistou e isso é suficiente.
A Fundação do Conselho 
das Nove Tradições
Representantes de Tradições de todas as partes do 
mundo se encontraram em Mistridge para a Segunda 
Convocação, que foi atacada pelas forças da Ordem da 
Razão. A união dos místicos venceu a batalha com 
grandes perdas, provando, melhor que qualquer debate, 
que a aliança poderia se levantar contra o poder da 
Ordem da Razão. Os místicos trabalharam juntos para 
criar Horizonte, um lugar seguro no Outro Mundo além 
do alcance de seus inimigos. Debateram e construíram 
alianças e acordos.
Durante esse período, muitos seguidores da Antiga 
Fé aderiram ao estandarte dos Verbena, enquanto alguns 
outros teimosamente recusaram e insistiram em 
continuar sozinhos. Há histórias de guerras de bruxas e 
conflitos entre seitas pagãs por causa da união aos 
Verbena, o que alguns viram como uma traição aos seuscostumes tradicionais ao invés de uma tentativa de 
preservá-los. No fim, a maioria dos magos pagãos da 
Europa e de partes da Ásia aceitou a orientação dos 
Verbena e do Conselho.
Eloine da Primeira Cabala 
Após a fundação do Conselho das Nove Tradições, 
a primeira Cabala tomou forma, constituída por um 
membro de cada uma das Nove Tradições. A 
representante dos Verbena era Eloine, uma das mais 
famosas e trágicas figuras da nossa história.
Eloine nasceu na Irlanda no século XV, filha de 
uma linhagem que remetia aos Wyck primordiais. Seu 
potencial para magia era grande e encorajado por seus 
pais, os quais também eram Verbena. Quando alcançou 
a maturidade, ela já era uma feiticeira formidável e seus 
poderes apenas cresceram com o tempo e experiência. 
Eloine era uma mulher linda de brilhantes cabelos 
vermelhos e encantadores olhos verdes herdados dos reis 
irlandeses. Apesar de sua juventude, ela era considerada 
um membro valioso da primeira Cabala.
Eloine se apaixonou por Heylel Teomim, o 
alquimista hermafrodito e representante dos Solificati. 
A união deles foi muito comentada dentro das Tradições 
na época, embora eles fossem discretos e cuidadosos com 
seu romance. Eloine engravidou de gêmeos de Heylel: 
um garoto e uma garota. Heylel escolheu, pouco tempo 
depois, trair a Primeira Cabala se unindo à Ordem da 
Razão. Muitos membros morreram lutando, enquanto 
outros, incluindo Eloine, foram tomados como 
prisioneiros. Os filhos de Eloine foram tirados dela e seus 
destinos permanecem desconhecidos. Eloine foi 
torturada para confessar seus “pecados” antes de ser 
executada. Magos das Tradições resgataram os membros 
sobreviventes da Cabala, incluindo Eloine, e capturaram 
o traidor Heylel, que foi sentenciado ao Gilgul e à 
morte. 
Eloine nunca mais foi a mesma após a perda de seus 
filhos e a traição e morte de seu amado. Seu espírito 
estava destruído e ela renegou amplamente seu Ofício. 
Embora fosse sempre bem vinda dentro dos círculos e 
dos bosques dos Verbena, ela escolheu um simples e 
afastado estilo de vida. Anos depois, ela ajudou os 
acusados de feitiçaria a fugir da fúria da Inquisição, mas 
foi presa e julgada como herege. Eloine foi condenada à 
fogueira se mantendo leal à sua crença na Antiga Fé e 
desde então vêm sendo honrada por gerações como uma 
heroína entre os Verbena.
Os Anos Sombrios 
A traição da Primeira Cabala pareceu ter conjurado 
uma sombra sobre as conquistas das Tradições e, nos 
séculos seguintes, pode-se observar o lento e gradual 
declínio da magia no mundo e a ascensão do poder da 
Ordem da Razão. As chamas do Tempo das Fogueiras 
queimaram pela Europa antes de se extinguirem 
lentamente, levando consigo a vida de muitos místicos. 
A religiosidade fervorosa da Ordem da Razão se acalmou 
até que eles, eventualmente, escolheram trair e expulsar 
os fanáticos dentre eles e se devotaram à pura ciência ao 
invés da fé, tornando-se a União Tecnocrática. 
Durante os Anos Sombrios, os Verbena resistiram, 
praticando nossos costumes em segredo, ocultando-os 
embaixo de um manto de normalidade que as outras 
Tradições vieram a descobrir. Na Europa, bruxas 
passaram seus conhecimentos de uma geração para outra 
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 27
em livros sombrios disfarçados como “livros de receitas” 
ou “bíblias familiares”. As linhagens mais antigas 
resistiram e incorporaram recém-chegados às suas 
famílias. Ocasionalmente, estes eram expostos e 
desenraizados por caçadores de bruxas e inquisidores da 
Ordem da Razão.
No Novo Mundo, os Verbena assentaram suas 
raízes, porém lutaram para sobreviver. As caças às bruxas 
e perseguições da Europa os seguiram até as colônias 
européias, enquanto os Verbena descendentes dos Wyck 
africanos ocultaram seus costumes sobre uma falsa 
veneração ao Cristianismo, semeando assim muitas 
tradições africanas que honravam os ancestrais e os 
Antigos Costumes. As sementes dos Verbena foram 
espalhadas por toda a nova terra, onde enraizaram e 
esperaram pela chegada da primavera. 
Os Antigos Costumes 
na Nova Era
Takoda se levantou silenciosamente do seu lugar 
no centro do círculo enquanto Aileen dava um passo à 
frente, alisando a fronte do seu vestido florido e 
casualmente removendo da sua face um cacho de 
cabelos dourados antes de se sentar no centro do 
círculo.
Ao adentrar o século XX, nós tínhamos nos tornado 
pouco mais que uma lenda entre os Adormecidos. 
Embora os Antigos Costumes fossem preservados por 
convenções secretas e círculos, eles eram como sementes 
ou frutos dormindo no chão gelado, escondidos por um 
cobertor de neve esperando pela chegada da primavera.
Seria necessário um sacrifício para despertar tais 
sementes e as nutrir — um sacrifício de sangue.
A Guerra da Runa 
O número de discrepantes, seguidores dos Antigos 
Costumes fora da Tradição Verbena, crescia cada vez 
menos no decorrer dos anos, porém esses não 
desapareceram por completo. Havia também aqueles 
entre os Verbena que nunca estiveram completamente 
contentes pelo que a Tradição se tornou e para onde 
iria. Algumas facções se sentiram forçadas a se unirem, 
seja pelas circunstâncias ou pressão do Conselho. Outros 
sentiram que suas Tradições e práticas estavam sendo 
ignoradas ou marginalizadas entre os Verbena, 
lentamente oprimidos tão certamente como se 
estivessem enfrentado a Tecnocracia sozinhos.
Uma dessas facções foi feita a partir de 
descendentes dos Valdaermen, os talhadores de runas de 
descendências germânicas e nórdicas. Uma vez uma 
orgulhosa Tradição que se sustentou separadamente da 
Antiga Fé na Idade das Trevas de forma equivalente a 
qualquer outra sociedade. Mas seus costumes estavam 
morrendo em comparação àqueles das outras culturas 
entre os Verbena, frequentemente “poluídas” (ou assim 
pensavam) com idéias e tradições misturadas de outras 
culturas. Quando os Verbena das Ilhas Britânicas 
iniciaram uma restauração de seus costumes entre os 
Adormecidos, aumentando o interesse nos druidas e na 
bruxaria, os talhadores de runas viram a oportunidade de 
fazerem o mesmo.
Não sabemos ao certo o que deu errado. As facções 
dos Valdaermen eram fechadas na melhor das hipóteses. 
Elementos radicais podem ter assumido o comando e os 
pressionado. Os Nefandi certamente estavam 
envolvidos, embora nós não saibamos quando ou como 
eles entraram em cena. Tudo que sabemos é que os 
talhadores de runas se uniram em torno de uma facção 
chamada o Círculo de Ferro, que vislumbrou ou inspirou 
um interesse nas raízes da cultura ariana. A facção 
nasceu numa Alemanha destruída e derrotada após a 
Primeira Guerra Mundial e acendeu um fogo que deu 
vida a uma das mais infames forças na história: o Partido 
Nazista do Terceiro Reich.
Magos de Runas do Círculo de Ferro secretamente 
apoiaram os Nazistas até o poder, encorajando o 
interesse no oculto e na criação de uma mitologia ariana 
“pura”. Eles formaram cabalas secretas para recrutar e 
treinar os novos Despertos e começaram a travar uma 
guerra contra as outras Tradições nos bastidores da 
guerra alemã na Europa. Videntes ciganos, cabalistas 
judeus (e Herméticos), místicos cristãos e Coristas: todos 
foram alvos a serem expulsos ou mortos para que suas 
livrarias e objetos mágicos fossem aproveitados ou 
destruídos. Os primeiros alvos da fúria do Círculo de 
Ferro, no entanto, foram seus companheiros, aqueles que 
escolheram não apoiar sua causa. Os sobreviventes se 
dispersaram, alguns se aliando com os inimigos do 
Círculo enquanto o restante se escondia.
Muitos entre as Tradições encontraram dificuldade 
em separar os Verbenarenegados do Círculo de Ferro da 
Tradição como um todo, embora as outras facções e 
círculos dos Verbena rapidamente denunciaram o 
Círculo de Ferro e os declararam barabi. A Tradição foi 
dividida quando alguns desertaram para se unirem aos 
talhadores de runas, ao passo que outros se aliaram com 
seus conterrâneos das Ilhas Britâncias, Grécia, Itália ou 
Leste Europeu. Uma guerra mágica foi travada nos 
bastidores da Segunda Guerra Mundial e até a 
Tecnocracia foi dividida entre apoiar os Aliados ou o 
Eixo. A fascinação nazista pela eugenia atraiu o Círculo 
de Ferro a uma trênue aliança com uma facção dos 
Progenitores, descendentes do renegado Círculo 
Cosiano de Hipócrates.
Alguns dizem que os nazistas nunca invadiram a 
Inglaterra por causa dos esforços dos pactos e associações 
de magos britânicos, que conjuraram magias de proteção 
para mantê-los afastados. No fim da guerra, muitos 
membros do Círculo de Ferro estavam mortos, alguns 
capturados e sentenciados ao Gilgul, enquanto alguns 
poucos escaparam, levando consigo muitos artefatos e 
segredos que saquearam. Os talhadores de runa 
remanescentes entre os Verbena têm agido sob a negra
28 Verbena
nuvem da traição do Círculo de Ferro desde então, ainda 
enfrentando desconfiança dentro da Tradição. Eles 
lutam para reclamar uma Tradição maculada pela 
associação com um dos maiores males que o mundo 
conheceu.
A Era de Aquário 
Das cinzas da guerra surgiu o potencial para um 
novo crescimento para os Verbena e para as Tradições. 
Os Jardineiros da Árvore e outros tinham plantado as 
sementes para um renascimento da bruxaria na 
Inglaterra mesmo antes da guerra começar e um 
interesse no Ofício e na sua história começou a se 
espalhar após a guerra. Ele floresceu nos anos 60 com um 
interesse geral no oculto e mágico. Nós encontramos 
muito novos iniciantes dentro do movimento hippie, 
como o Culto do Êxtase e os Oradores dos Sonhos 
também encontraram. As fileiras dos Seguidores da Lua 
cresceu da vontade de mostrar à estes novos Verbena o 
caminho, para o consternação de alguns tradicionalistas, 
mas isso ajudou a assegurar a sobrevivência da Tradição.
A segunda metade do século XX representou um 
verdadeiro Despertar para os Verbena. Os Seguidores da 
Lua descobriram novas verdades e antigas tradições em 
cada nova cultura que eles encontravam e em cada novo 
Verbena que eles iniciavam. Os Alteradores do Destino 
recuperaram antigas e ancestrais memórias que
mostraram as raízes em comum desses muitos galhos,
enquanto os Tecelões da Vida estavam sempre no limite 
experimentando novas coisas. Os Jardineiros da Árvore 
formaram o forte tronco que sustentou tudo isso unido. 
No decorrer das décadas, os Verbena incorporaram um 
alcance mais amplo de caminhos e culturas. Costumes 
de origem africana, incluindo o Voudoun e a Santeria, 
ganharam influência e força. O paganismo deixou as 
sombras e se espalhou entre as novas gerações de 
observadores espirituais.
A Tecnocracia tentou obstruir a maré 
comercializando os Antigos Costumes, como fazem com 
todo o resto, mas para cada dez aspirantes a bruxa que 
obtinham informação errada de um livro inspirado pelo 
Sindicato, havia um Adormecido disposto a cavar fundo 
e descobrir a verdade. Nem todos Despertos, mas 
quantos mais pessoas acreditarem no poder da Antiga 
Fé, mais fácil é para nós nos movermos despercebidos 
pela Tecnocracia. 
A Roda Gira 
Aileen se levantou lentamente. “Foi dessa forma 
que vocês e nós chegamos aqui hoje. O fato de nós 
estarmos tendo essa conversa se deve a incontáveis 
pessoas que estiveram dispostas a sacrificar tudo por 
aquilo em que acreditavam. O fato de vocês estarem 
aqui hoje significa que a Tecnocracia ainda não
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 29
Gaybena
Um particular desenvolvimento na segunda 
metade do século XX foi o reconhecimento das 
minorias sexuais entre os Verbena. Embora 
contrariedades de gênero na Tradição Verbena 
datassem da época dos ancestrais Wyck, o 
reconhecimento aberto dos gays, lésbicas, bissexuais, 
transexuais não foi amplamente aceito pela Tradição.
Alguns membros dos Tecelões da Vida 
experimentam a mudança de sexo como forma para 
explorar as fronteiras da identidade dos gêneros e 
alguns Alteradores do Destino incorporaram estados 
primordiais além do masculino ou feminino, mas eles 
eram raras exceções, pouco comentadas na maioria dos 
círculos. Embora os Verbena fossem desinibidos com 
relação ao sexo e sexualidade, muitos ainda 
mantinham certos tabus sobre relações entre pessoas do 
mesmo sexo e mudanças de sexo. Tradicionalistas 
afirmavam que apenas as relações entre homem e 
mulher tinham “equilíbrio”, logo eram “naturais.”
Isso mudou nos anos 50 e 60 com um aumento do 
número de Verbena identificados com o crescimento 
do movimento dos direitos dos gays e pioneiros como 
Harry Hay. Esses “Gaybena” ou “Povo Belo” (como 
ainda são chamados às vezes) se uniram com os xamãs 
que praticavam a mudança de sexo nas raízes da 
Tradição e fizeram pressão por uma maior aceitação e 
entendimento sobre diferenças sexuais na Tradição 
(particularmente entre os Jardineiros da Árvore). Eles 
encontraram apoio nas outras facções da Tradição, 
especialmente entre os Seguidores da Lua e Tecelões 
da Vida.
No fim do século XX, minorias sexuais eram 
geralmente bem aceitas entre os Verbena, talvez mais 
que entre qualquer outra Tradição e os Verbena têm 
geralmente permanecido à frente da igualdade de 
direitos para todos.
venceu, mas nós estaríamos mentindo para vocês se 
disséssemos que as coisas serão fáceis, pois não são, 
nunca foram e nunca serão.
“Mesmo depois de centenas de anos de tentativas, 
a Tecnocracia não foi capaz de nos destruir. Nós 
somos sobreviventes, nós, os Verbena, e não desistimos 
facilmente. Se você me perguntar, a real ameaça para 
a Tecnocracia não somos nós, e sim nosso estilo de 
vida, nossa maneira de pensar e viver. Eles queriam 
fazer a vida segura, ordeira e racional, mas nem 
sempre ela é assim. É irônico, pois tentando fazer a 
vida segura para os Adormecidos, a Tecnocracia se 
afastou da habilidade de acreditar em qualquer coisa, 
mesmo na sua Utopia de Ciência”.
“Mas a vida persiste e se adapta assim como nós 
também o fazemos.” 
Enquanto Aileen caminhava em direção ao limite 
do círculo, Jon se levantava. 
“Creio que nós demos a vocês o suficiente para 
pensar a respeito por um dia,” disse ele, olhando nos 
rostos dos iniciantes ali reunidos. “Conversaremos um 
pouco mais amanhã.”
Todos se levantaram e deram as mãos enquanto 
Jon recitava uma oração de agradecimento aos deuses, 
então se encaminharam até a casa principal para 
preparar a ceia. Jon e Kameria ficaram para trás, 
conversando silenciosamente, então ele a abraçou. 
Teague olhou para trás, parou e os observou por um 
momento, então mordendo seu lábio tristemente e 
juntou-se aos outros.
Pendurado da Árvore do Mundo: 
O Costume Verbena
O círculo se formou novamente na tarde 
seguinte. Dessa vez, Jon sentou no meio 
com os iniciantes olhando e aguardando. 
“Ontem falamos sobre nossa 
história como uma Tradição,” ele disse. 
“Hoje, vocês aprenderão o que significa 
ser um Verbena, aprenderão sobre o que 
é nossa Tradição.” Fez uma pausa por 
um momento, como se estivesse reunindo 
seus pensamentos e então continuou.
Vivendo 
Ser um Verbena é mais que aprender a agitar uma 
varinha ou coletar ervas, ou ainda adorar deuses 
particulares. É uma maneira de ser, principalmente um 
estilo de vida. Isso quando falamos de viver. Nós 
vivemos a vida, não apenas nos sentamos e falamos 
sobre elacomo estamos fazendo agora, mas saindo por aí 
e sendo parte dela. Então, aqui temos umas poucas 
verdades do que os Verbena acreditam sobre a vida.
Primeiro, a vida é uma bagunça. Apesar dos esforços 
para esconder esse fato, ainda é verdade. Viemos ao 
mundo gritando e cobertos de sangue. Nós comemos, 
cagamos e suamos. Nós precisamos foder. Estamos 
repletos de impulsos e emoções primitivos, uma herança 
dos animais ancestrais dos quais não estamos tão longe 
quanto gostaríamos de pensar que estamos. No fim, 
Apodrecemos e servimos de comida para as minhocas, os 
30 Verbena
insetos e plantas.
É assim que é. Não significa que temos que viver 
como animais — temos a inteligência que nos ajuda a 
entender coisas como o certo e o errado — mas também 
não significa que nosso lado animal é mau ou 
pecaminoso, como provavelmente já disseram a vocês. 
A natureza não é boa ou má. Ela simplesmente é. 
Algumas vezes é cruel e impiedosa, outras vezes é 
infinitamente caridosa, mas isso tudo é parte do mesmo 
mundo, parte de nós.
A vida é preciosa, mas a vida, frequentemente, 
também é barata. A vida se alimenta dela mesma, de 
uma forma ou de outra. Os animais comem as plantas e a 
si próprios. Os animais morrem, as bactérias e animais 
menores deles se alimentam, transformando-os em 
nutrientes para as plantas e assim por diante. É provável 
que existam lá fora magos que acreditem que nós todos 
vamos Ascender e viver no ar ou na luz ou algo 
parecido, mas isso não é quem e o que somos. A vida se 
alimenta da morte, pois sem esta, a vida tem pouco 
significado.
Morrendo 
O que acontece conosco quando morremos? Essa é 
a pergunta mais antiga da humanidade. Muitos Verbena 
acreditam que nós reencarnamos, que nossas almas (ou 
partes delas) se mudam para outros corpos e dessa forma 
nascemos novamente no ciclo da vida. Outros Verbena 
que conheço acreditam em um monte de coisas: que 
nossas almas vão para algum tipo de vida após a morte 
(chamem de Plano das Idéias, Paraíso ou o que quiser); 
que nós imergimos novamente dentro da grande Teia da 
Vida cósmica, perdendo nossas identidades no processo; 
ou até mesmo que nós desaparecemos na inexistência. 
Para onde vamos não importa tanto quanto o fato de 
que todos nós morremos e que não sabemos ao certo o 
que acontece depois disso.
Vocês todos já ouviram este ditado, “Viva este dia 
como se fosse seu último.” A razão para isso se deve à 
morte que dá significado à vida. Entre os Verbena que 
acreditam na reencarnação, existe um ditado em comum 
que diz: “Viva esta vida como se fosse sua única, pois 
talvez realmente seja.” Muitas pessoas postergam suas 
vidas esperando pela morte. “Talvez na minha próxima 
vida,” dizem. “Sofrer nesta vida não é importante, pois 
você será recompensado na vida após a morte.” Apenas 
uma religião poderia ser baseada nessa condição, pois se 
precisa de muita fé para segui-la. E se você sofre sua vida 
toda e acaba descobrindo que não existe céu ou inferno? 
E se você espera que a justiça cósmica lhe dê uma vida 
melhor na sua próxima reencarnação e isso não 
acontece? Pessoalmente, prefiro me arriscar nesta vida.
Vida sem morte eventualmente se torna sem 
sentido. Nós todos desejamos viver uma longa vida, mas 
quão longa? Um século, dois, um milênio? Mais? Quanto 
você viveria se você pudesse escolher? Esta não é uma 
questão acadêmica, como vocês aprenderão. Os magos 
têm lidado com isso por um longo tempo. O credo de 
muitos é: “Viverei para sempre ou morrerei tentando.” 
Mas considerem isto: se nós somos a soma de nossas 
experiências e memórias, quanto tempo será necessário 
para termos tantas experiências e memórias a ponto de 
não podermos nos lembrar de todas? Quanto tempo deve 
passar depois que elas desapareçam ou, se elas não 
desaparecem, antes que você sinta como se os tivesse 
visto ou participado de tudo? Mais cedo ou mais tarde, 
um imortal descobre que a vida não tem mais 
significado, pois não há mais experiências para se ter, ou 
uma terrível amnésia o toma e, nesse caso, qual a 
importância de uma existência imortal em que você não 
pode recordar?
A morte é a melhor razão para se viver, pois nos diz 
que temos apenas algum tempo e o que escolhemos fazer 
com esse tempo depende de nós. Podemos viver ao 
máximo e bem ou podemos passar a vida esperando algo 
acontecer até ela acabar e percebermos que a 
desperdiçamos. A morte é um grande professor, já que 
ela nos mostra como dar valor à vida. Não temos medo 
da morte como alguns magos têm, mas a respeitamos e a 
honramos.
Morrer é tão certo quanto viver. Acreditamos na 
vida, mas apenas quando essa vida vale a pena ser 
vivida. Não procuramos a morte, mas também não 
damos as costas a ela quando se aproxima. Melhor 
morrer honrosamente por uma causa na qual você 
acredita, de forma rápida e cheia de significado, do que 
lentamente murchar. Os Progenitores descobriram 
centenas de formas de prolongar a vida, mas que vida é 
essa, ligado a máquinas e deitado numa cama, preso em 
um inútil e decaído corpo? Melhor que a morte venha 
rápida e com alguma dignidade do que sofrer um destino 
como esse.
Religião e Espiritualidade 
Você acredita nos deuses? Eles acreditam em nós. 
Estamos entre os últimos a seguir os Deuses Antigos e 
honrá-los da forma que eram honrados no passado. 
Vocês não precisam honrar os Deuses Antigos — ou 
quaisquer deuses — para serem Verbena, mas mais cedo 
ou mais tarde vocês devem reconhecer que os deuses são 
reais de uma forma ou outra. Sei disso. Não apenas 
encontrei alguns deles, fui alguns deles. Eu senti o poder 
do jovem deus do verde dentro de mim e era algo mais 
do que apenas eu. Era um poder tão antigo quanto o 
próprio tempo.
Podemos continuar discutindo sobre o que os deuses 
são exatamente. São facetas de uma divindade ainda 
maior? São apenas máscaras usadas por um grande 
Incarna que posa como diferentes divindades? Eles 
surgiram da nossa crença ou apenas acreditamos neles 
porque sempre estiveram lá? Muitos povos têm 
conversado sobre isso por muito, muito tempo, e não me 
parece que haverá respostas definitivas tão cedo. 
Provavelmente seja assim porque deva ser assim, pois se 
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 31
pudéssemos explicar totalmente o que são os deuses, 
então eles não seriam mais deuses, seriam? Por agora é o 
suficiente saber que os deuses existem. 
Muitos Verbena são pagãos politeístas, o que 
significa que adoramos muitos deuses diferentes. Alguns 
se mantêm fiéis a um panteão ou família de deuses em 
particular, como aqueles honrados pelos seus ancestrais. 
Outros são mais ecléticos, adorando deuses de diferentes 
panteões e culturas. E há também os deuses que não 
pertencem a nenhuma cultura em particular, mas são tão 
antigos que nem mesmo possuem nomes próprios, como 
o Homem Verde, O Caçador Cornudo, a Deusa da Lua, 
a Mãe Terra e todas as outras representações primordiais 
do divino.
Alguns Verbena são monoteístas, o que significa 
que acreditam na existência de um apenas um ser 
divino. Para alguns essa divindade é o Uno de que os 
Coristas falam, embora possa aparecer em muitas formas 
e aparências diferentes. Alguns pensam que os deuses 
são espíritos menores comparados ao Uno ou que são 
apenas facetas deste, vistos por diferentes pessoas em 
diferentes épocas. Há também aqueles que vêem o 
divino como algo inerente a todas as coisas, então tudo é 
sagrado, uma parte do Uno, (ou Deus, se preferir). Eu 
até que gosto dessa idéia.
Tecnologia 
Então, naturalmente, os Verbena são um grupo de 
ludistas que querem que a tecnologia volte para os 
tempos da Renascença e nunca mais evolua, certo? Bom, 
alguns Verbena até pensam assim(e alguns deles 
lembram da Renascença), mas a maioria de nós foi 
criada no mundo moderno, da mesma forma que vocês. 
Crescemos com a tecnologia e seus inúmeros benefícios. 
Agora, prefiro pensar que somos um desafio melhor 
educado sobre as desvantagens e consequências que 
acompanham tais benefícios, mas não somos 
necessariamente contra a tecnologia. 
Acho que a forma como a maioria dos Verbena se 
sente a respeito da ciência e tecnologia é demonstrada 
na antiga separação dos Aeduna e o Círculo Cosiano, os 
magos que se tornaram os Progenitores. Os Cosianos 
estavam interessados na ciência e medicina unicamente 
para seu próprio bem. Não necessariamente para 
melhorar a vida, embora esse fosse um de seus objetivos 
declarados, mas apenas para saber como tudo funciona e 
para ter a habilidade de brincar com isso. Isso demonstra 
a incrivelmente reduzida visão da parte deles. Não quer 
dizer que os Aeduna não queriam entender melhor a 
saúde e como curar, eles apenas não estavam dispostos a 
vivissecar pessoas para obter tal conhecimento. Creio 
que isso talvez faça os Verbena parecerem conservadores 
quando o assunto é “progresso”. Nunca confiamos no 
progresso, pois este sempre tende a sair de controle e 
atropelar as coisas, lugares e pessoas com frequência.
Mesmo assim, existem muitos Verbena que fazem 
uso das modernas tecnologias e técnicas. Você pode ver 
exemplos disso aqui mesmo na fazenda, embora façamos 
um esforço para termos apenas o mínimo para nossas 
necessidades e ter certeza de que nós mesmos provemos 
nosso poder e que não usamos a tecnologia de forma 
inútil ou prejudicial. Muitas pessoas se surpreendem 
quando descobrem que existem inúmeros Verbena com 
um grande conhecimento tecnológico. Conheço 
Verbena que são programadores de computadores, 
engenheiros, ecologistas e médicos.
Medicina 
Falando de médicos, o que vocês acham da 
medicina? Como a tecnologia, muitas pessoas pensam 
que os Verbena estão contra a medicina moderna. 
Novamente isso é outro estereótipo. Há aqueles Verbena 
que pensam que toda medicina moderna está maculada 
pela traição do Círculo Cosiano e ultimamente 
controlada pelos Progenitores, mas a maioria de nós é 
moderada nesse assunto. Não é a ciência da medicina, 
mas sim como é usada que pode ser o problema.
A medicina ocidental, descendente do trabalho de 
Hipócrates e do Círculo Cosiano, tende a tratar o corpo 
como um tipo de máquina biológica. Se você entender 
todas as pequenas partes e como elas se encaixam, então 
você seria capaz de diagnosticar e tratar doenças ou 
ferimentos como se estivesse consertando uma máquina. 
Os pensamentos e sentimentos do paciente são apenas 
distrações — na qual o médico não deve se envolver se 
quiser fazer seu trabalho.
Mas não somos máquinas. A vida é mais complexa 
que isso. Temos lentamente mostrado à medicina 
moderna que a mente e até mesmo o espírito são fatores 
importantes no processo de cura e, muitas vezes a 
principal causa de doenças também. As atitudes e 
qualidade de vida do paciente são fatores também. 
Temos começado a espalhar a idéia de que há medicinas 
incríveis para serem descobertas no mundo natural, 
conhecidas por nossos ancestrais por séculos e que nem 
todo problema precisa ser curado engolindo uma pílula 
ou abrindo alguém.
O pior excesso da medicina encorajado pelos 
Progenitores é a tendência de agirem como se fossem 
deuses, brincando com as vidas das pessoas apenas 
porque podem. O poder da vida e da morte é um dos 
maiores poderes que existem e isso põe um bocado de 
tentação nas mãos dos curandeiros e médicos. Os 
Progenitores não veem nenhum mal em prolongar a vida 
além do ponto que ainda se vale a pena viver ou criar 
novas formas de vida que nunca existiram ou pediram 
para nascer. Eles acham que a vida é como uma 
curiosidade para eles brincarem, mas ela não é, e isso 
eles perceberão mais cedo ou mais tarde. Apenas espero 
que seu orgulho não signifique nossa queda.
Relações Externas 
Alguns dizem que os Verbena não são as pessoas 
mais amigáveis, mas isso demonstra apenas que não nos 
32 Verbena
conhecem bem. É verdade que não confiamos 
rapidamente em desconhecidos, mas depois de ouvir 
nossa história, alguém pode nos culpar? A verdade é que 
temos sido enganados por todos de uma forma ou outra, 
então não estamos ansiosos para sermos queimados 
novamente, mas também somos aqueles que pusemos de 
lado nossas diferenças para nos unirmos às Tradições. 
Verbena como Nightshade e Groth viajaram o mundo 
para encontrar outros para se unirem. Faríamos isso se 
fossemos incapazes de confiar? Se tivéssemos perdido a 
capacidade de confiar, não teríamos perdido para todos 
aqueles que tentaram nos destruir? 
Ainda assim, os Verbena são independentes. 
Preferimos que seja assim. Não gostamos de depender 
demais de ninguém, mas também reconhecemos que 
todos nós somos partes de um todo ainda maior. 
Trabalhamos juntos em pequenos grupos — círculos e 
convenções — e não gostamos muito de adotar 
graduações ou títulos, como vocês mesmo puderam 
observar. 
A maneira como nos relacionamos com todo o 
resto se resume no Juramento: “Enquanto não ferir, faze 
o que tu queres.” Enquanto você não estiver ferindo 
alguém, está tudo bem. Enquanto você não tiver um 
problema conosco, não teremos nenhum problema com 
você. Infelizmente, há algumas pessoas que têm um 
problema conosco, gostem ou não, e outros que estão 
nos ferindo, e depende de nós fazermos algo a respeito.
As Tradições 
De várias maneiras, os seguidores da Antiga Fé 
reconheceram a necessidade de existir algo como o 
Conselho das Tradições mesmo antes de haver um. 
Pagãos de diferentes terras e culturas se uniram por causa 
de uma ameaça em comum para seus estilos de vida. 
Claro que não era nada tão formal quanto o Conselho, 
mas os seguidores da Antiga Fé tinham muito mais em 
comum. Mesmo assim, ficou demonstrado que magos 
com diferentes caminhos podiam trabalhar juntos. Eu 
suspeito que o Coro Celestial e a Ordem de Hermes 
ficaram um pouco surpresos pelo fato dos Verbena terem 
decidido se juntar às Tradições, dada a nossa história, 
mas líderes como Nightshade encorajaram tal decisão 
pelo mesmo motivo que antes. Ou seja, nós 
precisávamos de aliados e tínhamos um inimigo em 
comum. Desde então, temos aprendido algumas coisas 
das outras Tradições, e gosto de pensar que eles também 
aprenderam algo conosco.
O que parece ser mais difícil para as outras 
Tradições assimilarem sobre nós é a maneira como 
abraçamos todos os aspectos da vida, mesmo aquilo que 
não é particularmente prazeroso. Os Extáticos se 
dedicam totalmente a abraçar os prazeres da vida, mas 
eles não são tão obcecados pelo lado negativo das coisas. 
Quando a festa acaba e chega a hora de fazer a faxina, os 
Cultistas partem para a próxima festa. Muitas outras 
Tradições gostariam que fossemos mais “respeitáveis”, 
dizendo que os Verbena trazem má reputação a todos por 
perpetuar os Antigos Costumes. A verdade é que eles 
estão tão desconfortáveis com os aspectos da nossa 
Tradição quanto os Adormecidos podem ficar. 
Eu diria que nossos aliados mais próximos são os 
Oradores dos Sonhos. Nós temos muito em comum, mas 
algumas diferenças fundamentais também. Os Oradores 
dos Sonhos sentem o chamado do mundo espiritual mais 
intensamente. Eles vivem entre os mundos do espírito e 
matéria, fora do vilarejo onde eles podem olhar pelo 
povo e tratar com os espíritos sem serem distraídos pelas 
coisas mundanas. Somos mais apegados ao mundo da 
matéria. É claro que os Verbena visitam a Umbra e 
tratam com espíritos,mas não tão frequentemente 
quanto os Oradores dos Sonhos o fazem. Nós 
complementamos um ao outro nesse sentido, uma 
Tradição procurando o espírito e a outra o mundo físico.
A Tecnocracia 
Como a Tecnocracia tem tentado nos destruir 
desde que passou a existir, não é surpresa alguma que nós 
não sejamos exatamente amigos.
A maioria de nós reserva uma antipatia particular 
pelos Progenitores — a Convenção da Tecnocracia 
associada à medicina e às ciências da vida — pois, mais 
do que com qualquer outro, compartilhamos nossa 
ancestralidade. Ambos nascemos dos herbalistas e 
pharmakis do mundo antigo, porém a fundação do 
Círculo Cosiano na Grécia antiga dividiu esse galho da 
Grande Árvore. Quando os Cosianos se separaram dos 
Aeduna, eles devotaram seus esforços ao estudo 
científico da vida, ignorando a repressão do fundador 
sobre nunca causar dano em sua busca obsessiva por 
conhecimento. 
Os Cosianos — e seus descendentes, o Círculo 
Hipocrático e os Progenitores — promoveram a ideia de 
compararem seres vivos a complexas máquinas 
bioquímicas. Eles reduziram toda vida a simples 
mecanismos. Espiritualidade e crença são psicológicos. O 
psicológico é bioquímica, a sinapse do cérebro e dos 
hormônios do corpo. A química é física, ditada pelas 
simples leis da matéria sem vida. O herbalismo foi 
associado à bruxaria. Parteiras e curandeiros eram uma 
ameaça para a medicina científica. 
Agora os Progenitores se tornaram o tipo de 
máquinas sem alma que eles defendiam. Eles se 
consideram mestres da vida e da morte, criando novas 
formas de vida e distorcendo-as com desenvolvimento 
de drogas e alterações de DNA, tornando-a estéril e fria. 
No lugar do útero de uma mãe eles possuem tanques de 
clonagem. No lugar de seu leite, caldo nutriente. A 
ordem natural e equilíbrio nada significam para eles. 
Eles são uma visão distorcida do que nós poderíamos ter 
nos tornado, se tivéssemos perdido a visão da sabedoria 
dos nossos ancestrais e o equilíbrio e harmonia de todas 
as esferas com o Eu.
Os aliados dos Progenitores na Tecnocracia são tão 
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 33
perigosos quanto eles à sua maneira. A Nova Ordem 
mundial tem trabalhado para tornar a religião e a 
espiritualidade o domínio de poucos escolhidos, que 
ditam para todos no que acreditar, pensar e sentir. Nós 
não precisamos de intermediários entre nós e os deuses, 
e não precisamos de um Grande Irmão para nos dizer 
como vivermos nossas vidas. Eles fazem as pessoas 
temerem seu próprio poder e escolherem desistir de tudo 
em troca da segurança e do conforto de saber que as 
coisas sempre serão iguais. 
O Sindicato tomou a idéia da Tecnocracia de que o 
mundo existe para servir à humanidade. Eles viciaram 
culturas inteiras ao materialismo, no intuito de destruir 
o mundo em troca de conforto material de curto prazo. 
Conheço alguns Verbena, especialmente os Tecelões da 
Vida, que rejeitam radicalmente o materialismo, pois ele 
está manchado com o fedor do Sindicato. Outros 
Verbena apenas tentam viver de maneira simples em 
harmonia com o ambiente, ao invés de alimentar a 
imensa máquina do Sindicato que come a Terra viva.
A Iteração X francamente me impõe medo. Se os 
Progenitores fizeram a vida fria e estéril, a Iteração X 
deu um passo a frente. Eles querem fazer de nós 
verdadeiras máquinas, apenas engrenagens de um 
mecanismo gigante. Há muito eles abandonaram a vida 
com sua desorganização e “fraqueza” pela pureza de 
números frios, metal e plástico. Muitos ciborgues da 
Iteração X são mais máquinas do que criaturas vivas, e 
seu ideal é o de criar uma inteligência sem corpo com 
um milhão de câmeras e tentáculos sem fim. Eles 
construíram as máquinas e agora as máquinas são eles.
Os Engenheiros do Vácuo talvez sejam os mais 
idealistas entre os Tecnocratas, mas eles há muito tempo 
atrás abandonaram qualquer interesse na vida aqui da 
Terra junto com o resto de nós. Eles querem sair para 
ver o que há além e estão dispostos a deixar a 
Tecnocracia fazer o que quiser com o mundo que estão 
deixando para trás. Mesmo que encontrem novos 
mundos lá fora, provavelmente tentarão fazer o mesmo 
que fizeram com esse, lentamente o sufocando, então o 
estuprando e envenenando antes de seguirem em frente.
Desauridos 
Uma vez eu escutei que os Desauridos pareciam 
como aliados naturais para os Verbena. Ora! Muitos 
Desauridos não querem restaurar a Era Mítica e trazer de 
volta a magia ao mundo? Não é isso o que nós queremos? 
Pondo de lado o fato de que a maioria dos Verbena não 
deseja o retorno da Era Mítica como ela foi um dia, 
como você pode se aliar a um tigre faminto ou a um 
furacão? Você se daria melhor com eles do que se 
tornando um amigo dos Desauridos.
Os Loucos são apenas isso, loucos, e sua insanidade 
pode ser contagiosa. Se qualquer pessoa sugerir a você 
que os Desauridos são aliados em potencial, corra, não 
caminhe, para longe dali. Os Desauridos são exatamente 
o oposto à nossa Tradição. Há histórias dos Wyck 
lutando contra tais criaturas do caos em tempos 
ancestrais, antes do mundo ser da forma como 
conhecemos. Os Wyck domaram o caos e ajudaram a 
tirar a ordem da insanidade. Eles protegeram e 
alimentaram o povo.
Alguns acreditam que seria possível curar os 
Desauridos, trazê-los de volta de seu Silêncio e restaurar 
um semblante de sanidade. É um objetivo nobre, mas 
admito que estou feliz por não estar tentando fazer isso.
Nefandi 
Se os Desauridos são forças caóticas merecedoras de 
nosso respeito e talvez pena, os Nefandi são inimigos 
merecedores de nada mais do que a destruição. Eles 
servem às forças da corrupção, como uma doença 
infectando a Tellurian, e como uma doença, eles estão 
dispostos a destruir o corpo onde vivem. Na verdade, a 
maioria dos Nefandi está ansiosa para fazer isso.
Os Decaídos usaram nosso amor pela vida e todos 
seus prazeres contra nós no passado. Eles são sedutores, e 
é por isso que eu digo que é melhor estar satisfeito com a 
vida do que tentar “purificar” a si próprio com a 
negação. São sobre essas negações que os Nefandi 
rastejam, sussurrando promessas a respeito de coisas que 
você quer, mas crê que não deveria ter.
Interlúdio: Véspera de Solstício de Verão
Os iniciantes se reuniram para a 
celebração do dia mais longo do ano e o 
reconhecimento da passagem do ponto 
médio na jornada do ano e um dia, de 
Samhain para Samhain. Eles 
aguardaram nervosos por alguma coisa 
em seus mantos, sem antes receberem 
explicação alguma do que esperar.
Ficaram em pé ordenadamente em 
um círculo em torno da Árvore da Vida, um velho e 
retorcido carvalho que cresceu no centro das terras da 
fazenda. Ele há muito tinha reivindicado seu espaço 
entre as outras árvores, e permaneceu, alto e 
orgulhoso, com seus galhos alcançando o céu, coroado 
com um imenso salpicar de folhas que sussurravam na 
brisa. Seu tronco era grosso e forte, suas raízes iam 
fundo na terra. O grupo cultivava visco, que crescia 
ao longo de alguns galhos da Árvore da Vida, e os 
iniciantes sabiam que esta noite seria a noite para 
colher aquela que era a mais sagrada entre as ervas. 
O tecido branco e a pequena foice já descansavam 
perto da base da árvore.
Enquanto o sol afundava no horizonte, pintando 
as nuvens de dourado, rosa e púrpura, as gentis 
cordas da harpa de Teague podiam ser ouvidas, e o 
Círculo da Nova Esperança se aproximava. Eles 
34 Verbena
adentraram o círculo um a um, com Jon liderando o 
caminho como sempre e Teague seguindo por último, 
quatro deles ocuparam as quatro extremidades 
enquanto Jon eKameria se moviam em direção ao 
centro ouvindo as últimas notas da harpa morrendo.
Seguindo a orientação de Jon, eles convocaram o 
círculo sagrado e invocaram o poder das quatro 
direções, dos quatro elementos. Kameria invocou o 
poder da Deusa e Jon convocou o poder do Deus. 
Então convidaram os quatro a se unirem a eles, ao 
mesmo tempo Takoda levantava Aileen para que ela 
pudesse cortar o primeiro broto de visco dos galhos da 
árvore, enquanto Teague guiava o círculo através de 
sua música. Kameria apanhou os brotos com o tecido 
branco antes de pegar um e colocá-lo num cálice, que 
foi oferecido a Jon. Deborah, então, o presenteou com 
um pequeno pedaço de bolo, o qual ele aceitou e 
comeu. Então falou ao círculo ali reunido.
“Esta noite,” disse ele, “é a noite mais curta do 
ano. É o auge do poder do sol, mas também é quando 
a roda gira trazendo uma escuridão crescente. Nós 
reconhecemos e honramos e chegada da escuridão 
como uma parte do ciclo, mas reconhecemos também 
que a atravessaremos em direção à luz novamente. 
Todas as coisas têm seu fim no seu devido tempo, 
então a roda gira e elas voltam mais uma vez.”
Jon desamarrou seu manto e o deixou cair de seus 
ombros, em pé, despido perante a Árvore da Vida. O 
sol pintou as nuvens de laranja e sangue. Jon 
estendeu seus braços, como se quisesse reunir os 
últimos raios de luz neles enquanto Kameria se 
aproximava por trás dele.
A mão dela roçou as costas dele e ele tremeu.
“Estou pronto,” disse ele suavemente.
“Eu não posso”, ela sussurrou. “Jon, eu não 
posso...”
“Você pode,” ele disse, sem se virar para olhar 
para ela. “Você deve.”
“Eu o amo,” ela choramingou, enquanto lágrimas 
percorriam seu rosto.
“Eu sei, eu amo você também. Sempre amei, 
sempre amarei, não importa o que acontecer.”
O sol se pôs, e houve pranto, despedaçado das 
profundezas de duas almas, combinadas nas sombras. 
Era um lamento primitivo, como o primeiro suspiro de 
um recém nascido, invocando a Grande Mãe.
Nenhum dos iniciantes poderia dizer que vira o 
golpe, apenas o brilho da foice e o jorrar do sangue da 
vida sobre o chão e raízes da grande árvore. O corpo 
de Jon afundando na terra, guardado nos braços de 
Kameria, seu manto escuro carmesim na luz 
agonizante. Eles ouviram apenas o eco fraco do pranto 
e o gemido de Kameria, seguido da voz de Teague 
elevar-se em canto, então todos sentiram algo, uma 
agitação no profundo da terra sob seus pés, um 
grunhido vindo das árvores e da própria Árvore da 
Vida.
A luz se extinguiu e a escuridão chegou enquanto 
ali ainda estavam, hipnotizados, sentindo o pulso da 
vida crescer forte, sentindo a terra e os céus abrindo 
seus braços para receber suas crianças e lhes dar as 
boas vindas. Era ancestral. Era primordial. Era poder 
além das palavras.
Era magia. E ela estava retornando.
Capítulo Um: Uma Época de Bruxas 35
36 Verbena
 
Capítulo Dois:
Bênçãos da
Lua
 
Olho de salamandra, dedo de sapo, lã de morcego e 
língua de cachorro...
— Willian Shakespeare, Macbeth
Muitos fios distintos formam a trama que 
são os Verbena. Enquanto todas as 
Tradições incorporam diferentes culturas e 
facções, os Verbena conseguiram, de 
algum modo, continuar com distinção 
enquanto também permanecem uniformes 
em toda a sua Tradição. A mistura e a 
comparação de culturas diferentes também 
levaram ao surgimento de novas cores e 
galhos dentre os Verbena, carregando muitas das 
qualidades daqueles que vieram antes deles, mas 
mantendo seu próprio estilo único. 
A história cheia de cores da Tradição forma um rico 
composto de crenças, idéias e técnicas decadentes (e 
alguns Verbena modernos diriam que “adubo composto” 
é uma apropriada metáfora para os elementos 
descartados de sua Tradição). Nesse solo, culturas 
fecundam-se entre si, as sementes de novas idéias 
germinam, e jovens ramos nascem ao redor da grande 
Árvore dos Mundo, se esforçando para alcançar a luz. 
Até agora a grande árvore que é os Verbena ainda se 
mantém de pé, derramando suas folhas e espalhando suas 
sementes nas estações, ganhando mais resistência e 
sabedoria com o passar das gerações, mas ainda enraizada 
profundamente na terra e com os galhos indo para o céu.
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 37
O Tronco da Árvore: 
Círculos Dentro de Círculos
Para quem vê de fora a “organização” dos 
Verbena é quase um oxímoro. Embora seja 
verdade que os Verbena valorizam sua 
independência e individualidade, sua 
Tradição não é a completa anarquia que os 
outros imaginam ser. Há estrutura para os 
Verbena, embora não necessariamente 
uma que os outros reconheçam. Ela é feita 
de estruturas encontradas na natureza, 
como uma árvore de muitos ramos com um vasto 
número de folhas.
Círculos 
A organização básica dos Verbena é o círculo, 
também conhecido como bosque, convenção, pacto ou 
cabala. É um grupo de Verbena reunidos pelo mesmo 
propósito. Tradicionalmente, um círculo tem três, cinco, 
sete, nove ou 13 membros e nunca mais que isso, 
embora os Verbena modernos não sejam sempre tão 
preocupados com o número exato do círculo. Uma parte 
do limite é prática. Círculos de mais de 13 pessoas são 
difíceis de gerenciar e têm uma tendência a se quebrar 
em grupos menores.
Um círculo pode ser formal ou informal, a critério 
dos desejos e dos planos de seus membros. Círculos mais 
tradicionais tendem a ter rituais de iniciação e juras de 
lealdade, remetendo aos Tempos das Fogueiras aonde a 
discrição era vital para garantir a sobrevivência. Esses 
círculos também estão mais propensos a ter posições 
formais e níveis hierárquicos. Outros círculos Verbena 
são menos formais, variando de grupos espirituais e 
estudiosos sérios até discussões e reuniões casuais sociais.
Cada círculo tem suas próprias regras, diretrizes e 
tradições, reunidos por comum acordo de seus membros. 
Alguns círculos têm muitas regras, a maioria geralmente 
escrita em um livro das sombras comum, alguns dos 
quais, datam desde o Tempo das Fogueiras. Outros 
círculos têm poucas, se tiver, regras formais, mas fazem o 
seu melhor para alcançar entendimento e consenso 
entre seus membros. Apesar das melhores intenções, os 
círculos Verbena ocasionalmente podem ser tão cheios 
de intriga e tensão quanto qualquer outra cabala.
Os círculos, muitas vezes, se formam através de 
linhas culturais ou faccionárias. Como todo mundo, os 
Verbena frequentemente se reúnem por passados ou 
interesses em comum, desta forma a maioria dos círculos 
tende a ter mais em comum do que serem membros dos 
Verbena. Muitos círculos representam certos “interesses 
especiais” dentro da Tradição, incluindo bosques de 
druidas (tradicionais, reconstrutores, neopagãos etc), 
convenções de bruxas, círculos de tecnopagões, 
Jardineiros tradicionalistas, New Ages, escritores de 
runas, ativistas ecológicos e diversos outros interesses.
Os círculos Verbena não são nem obrigados a serem 
só de Verbena, e muitos incluem magos de outras 
Tradições. Como muitas cabalas, os círculos podem 
consistir de um grupo diversificado de magos com um 
interesse em comum. Oradores dos Sonhos e Extáticos 
são os mais comuns, mas Verbena pertencem a círculos e 
cabalas que incluem qualquer uma das nove Tradições (e 
até alguns Vazios). Verbena conservadores mal 
reconhecem essas cabalas “bastardas”, mas os Verbena 
mais liberais geralmente as veem como uma coisa boa.
Um círculo pode ter uma capela ou até mesmo um 
Nodo sob seu cuidado. Geralmente quanto mais velho, 
mais poderoso e influente ele é, maiores seus recursos 
serão. A maioria dos círculos Verbena não tem acesso a 
Nodos (além dos fornecidos pelosseus anciões) e muitos 
têm capelas com sérias limitações. Isso mudou um pouco 
quando os novos Verbena ocuparam as capelas e Nodos 
dos anciões que estão presos além da Película na Umbra 
ou perdidos meio a Tempestade de Avatares, mas ainda 
há relativamente poucos Nodos por aí.
Postos e Papéis 
Os Verbena geralmente tendem a se afastar de um 
sistema formal de postos. Mesmo os Verbena 
conservadores apenas usam um livre sistema de postos 
baseado na experiência e maestria com as Esferas, similar 
aos postos usados pelas Tradições (na verdade, esse uso 
dentro dos Verbena data do tempo da fundação da 
Tradição e do Conselho dos Nove). Os únicos postos ou 
títulos comuns em uso entre os Verbena são: novato (ou 
aprendiz), iniciado e ancião. Um iniciado é qualquer 
membro Verbena totalmente iniciado, embora isso seja 
meio vago, já que não existem padrões aceitos para a 
iniciação. Ancião é um termo igualmente amplo. Para 
alguns, se refere aos verdadeiros mestres Verbena, 
muitos dos quais estão perdidos além da Película. Para 
outros, é apenas um sinal de respeito para os membros 
mais antigos da Tradição. Anciões não têm poderes 
formais além do respeito que merecem.
Alguns papéis especiais se desenvolveram entre a 
Tradição, embora nem todos os círculos Verbena os 
cumpram e muitos Verbena mudem de um papel para 
outro. O papel mais comum é de sumo sacerdotisa, ou 
sacerdote, que atua como líder quando o assunto são 
rituais. Círculos tradicionais usualmente têm uma sumo 
sacerdotisa e um sumo sacerdote que são considerados 
co-líderes do círculo (embora um ou outro possa ter uma 
posição superior el alguns círculos). Círculos feministas 
têm só uma sumo sacerdotisa, enquanto os raros círculos 
de supremacia masculina possuem apenas um sumo 
sacerdote. Muitos círculos revezam os papéis de liderança
38 Verbena
Círculos Notáveis
Há vários círculos Verbena (ou principalmente 
Verbena) ao redor do mundo. Poucos dos mais bem 
conhecidos se encontram a seguir:
A Sociedade Bárdica: Devotados a manter a 
antiga tradição dos bardos viva, a Sociedade Bárdica é 
um círculo amplo dos Verbena que mantêm e 
executam músicas antigas, poemas épicos e cânticos. 
Eles também procuram e ensinam futuros bardos. Os 
bardos mestres da Sociedade operam regular e 
independentemente uns dos outros, para 
ocasionalmente se encontrarem em grandes círculos 
onde representam suas artes e demonstram as 
habilidades de seus aprendizes e estudantes. Embora 
originalmente tenham um histórico celta, a Sociedade 
se adaptou durante as eras e agora inclui membros 
descendentes de finlandeses, russos, alemães, 
mediterrâneos, nativo americanos e africanos. Hoje, 
reúnem conhecimento coletado de várias culturas.
Círculo das Encruzilhadas: Um círculo Verbena 
dedicado à adoração de Loas e Voudoun, que cresceu 
por conta do contato entre os Verbena e os Bata’a na 
região do Delta do Mississipi ao redor de Nova 
Orleans. O círculo trabalha para preservar os ritos e 
tradições Voudoun, enquanto estudam muito das raízes 
culturais africanas. Membros do Círculo das 
Encruzilhadas são conhecidos pelo seu conhecimento 
sobre espíritos e a Umbra, e por suas habilidades em 
navegar entre os riscos da Tempestade de Avatares. 
Eles têm ajudado muitos espíritos e fantasmas agitados 
pela tempestade a repousarem. O Círculo das 
Encruzilhadas frequentemente também trabalha junto 
com magos Oradores dos Sonhos e Vazios.
As Filhas de Hécate: Um círculo grego composto 
apenas por mulheres, dedicado a servir à deusa Hécate, 
a “bruxa rainha das encruzilhadas.” Cada Filha vem de 
passados onde sofreram suas próprias tragédias, mas 
encontraram força e restabelecimento através da fé e 
devoção à deusa. Procuras na Umbra Negra as 
colocaram em contato com o poder de suas próprias 
fúrias justas, as quais elas têm ativamente usado para 
fins construtivos. Embora as Filhas de Hécate sejam 
extremamente devotadas à cura, elas não despendem 
seu tempo apenas com isso, e também têm sido 
conhecidas como agentes da justiça.
O Círculo de Glastonbury: Na Inglaterra se 
localiza o Glastonbury Tor, um importante local 
sagrado para os Verbena. O Círculo de Glastonbury é 
devotado a manter e proteger o lugar e o Nodo 
existente contra exploração e destruição. Além disso, 
também instruem pesquisadores a virem até eles para 
aprenderem sobre os Antigos Costumes, e muitos deles 
seguem a tradição celta fortemente baseados nas lendas 
do Rei Arthur, que é associada ao Tor. Alguns 
membros do Círculo de Glastonbury acreditam que são 
guardiões dos fios místicos de Arthur, e que a lenda 
sobre o retorno de Arthur quando a Inglaterra mais 
precisar dele é verdadeira. Ou será enquanto eles 
acreditarem que é verdade.
Fazenda da Nova Esperança: Um círculo 
Verbena relativamente jovem que toca uma fazenda 
orgânica cooperativista que também funciona como 
um lugar de saber e aprendizado para novos iniciados 
Verbena. A Fazenda da Nova Esperança é descrita 
detalhadamente no Capítulo Três.
O Anel de Asatru: Um dos vários círculos 
Verbena dedicados aos Aesir (os deuses do antigo 
panteão nórdico), o Anel de Asatru é encontrado na 
Escandinávia com uma presença particularmente forte 
na Islândia, as terras de seus ancestrais, perto das raízes 
da Árvore Mundo. Os membros do Anel, tanto 
homens quanto mulheres, são dedicados a manter a 
adoração aos Deuses Antigos. Eles também são ativos 
nos assuntos ecológicos e tentam proteger áreas 
incólumes de exploração. Eles trabalham duro para 
sobrepujar o estigma de grupos como o Círculo de 
Ferro, e trabalham contra a discriminação em relação à 
fé Asatru e seus ancestrais Valdaermen. Eles desejam 
sobrepujar os estereótipos e curar feridas antigas, mas 
também são orgulhosos, então a mudança é vagarosa.
O Círculo de Ferro: O Círculo de Ferro não faz 
parte da Tradição Verbena, mas uma vez fez, o 
suficiente para envergonhar todos os Verbena, 
principalmente aqueles de descendência escandinava 
ou germânica (por exemplo, o Anel de Asatru). 
Talhadores de runas conservadores e radicais se 
separaram do corpo dos Verbena nas décadas de 20 e 
30, levando à formação do Círculo de Ferro, uma das 
várias cabalas que apoiavam a supremacia da raça 
Ariana e a ascensão do grupo Nazista na Alemanha. 
Embora a maioria dos Verbena renegados tenha 
morrido durante e pouco depois da Segunda Guerra 
Mundial, alguns sobreviveram e grupos como o Círculo 
de Ferro ainda existem. Eles se mantém fanaticamente 
devotados ao fascismo e causas neonazistas e sonham 
com a recuperação de uma parte de seu poder e 
influência originais. Muitos deles são fãs intensos de 
death metal e black metal, e algumas de suas atividades 
práticas são parecidas com as de magi Nefândicos.
(de rituais e quaisquer outros) entre seus membros ou 
escolhem de acordo com a situação.
Os Verbena geralmente honram os quatro 
quadrantes ou direções em seus rituais e membros do 
círculo podem ser indicados para os quadrantes por um 
certo tempo. Em alguns círculos, isso inclui lidar com 
outros assuntos relacionados ao aspecto ou elemento do 
quadrante. Por exemplo, o norte é associado ao 
elemento da terra, então membros do círculo podem 
também ser responsáveis pelos assuntos práticos e 
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 39
mundanos, como cuidar dos suprimentos, capela e etc. O 
quadrante oeste (associado com a água) pode ser 
responsável pela saúde e bem estar do círculo, e assim 
por diante. Outros círculos escolhem quadrantes 
dependendo dos seus rituais e não possuem tarefas 
definidas para eles.
Por último, alguns círculosVerbena possuem um 
sentinela ou guardião que é responsável pela proteção e 
segurança do círculo. Essa prática remete aos Tempos 
das Fogueiras, quando os círculos precisavam de um 
guarda ou vigia para ficar de olho e avisar o círculo de 
perigos eminentes de todos os tipos. Nos tempos 
modernos, o guardião geralmente está vigiando por 
ameaças como os agentes Tecnocratas ou até mesmo 
problemas mundanos que ameacem o círculo.
Grandes Círculos 
Os círculos individuais são, geralmente, as maiores 
estruturas dentro da Tradição Verbena. Quando há 
necessidade, um grupo de círculos se reúnem para formar 
um “grande círculo” (também conhecido como “grande 
convenção” ou “convocação”), uma organização maior 
feita de pequenas partes, em busca de uma causa comum. 
Grandes círculos raramente permanecem reunidos por 
muito tempo, geralmente só o tempo necessário para 
lidar com aquilo que os fez se unirem, e então voltam a 
seus próprios caminhos. Alguns dos mais notáveis 
grandes círculos na história Verbena incluem o primeiro 
grande círculo que criou a Tradição e o grande círculo 
reunido na Inglaterra para repelir a invasão nazista.
Grandes círculos não são formados somente para 
lidar com problemas. Algumas partes do mundo, 
particularmente Europa e América do Norte, são 
anfitriões regulares de grandes círculos, nos quais os 
Verbena se reúnem para celebrar a virada da Roda do 
Ano e seus grandes festivais sazonais. A reunião desses 
círculos também é tempo de contar novidades, fofocas, 
epifanias místicas e outras informações, como também 
renovar laços entre os diversos membros da Tradição. 
Além disso, Grandes círculos são ocasiões para iniciar 
novos membros dos Verbena ou apresentar aprendizes a 
uma visão mais geral de sua Tradição, além dos limites 
do seu próprio mentor ou círculo.
Pedras e Bosques: 
Lugares Sagrados
A terra é sagrada para os Verbena, não é surpresa 
que muitos lugares são especiais para sua Tradição e sua 
história. Infelizmente, seus esforços para proteger esses 
lugares têm falhado durante os anos, levando à 
destruição ou neutralização de muitos Nodos Verbena. 
Eles defendem bravamente os que restaram, embora não 
se saiba por quanto tempo conseguirão fazer isso.
Uma tática que os Verbena adotaram para salvar 
seus locais sagrados foi aumentar a atenção do público a 
eles, criando ondas de revolta e protesto dos 
Adormecidos quando marionetes Tecnocratas tentam 
destruir ou desinfetar os lugares. Infelizmente, esse 
truque acabou se voltando contra os Verbena quando a 
crescente notabilidade do público levou ao turismo e 
descuidos por parte dos Adormecidos nos locais que uma 
vez foram sagrados. No fim, isto destruiu ou poluiu 
alguns dos locais como a Tecnocracia teria feito. Agora 
os Verbena tendem a manter seus Nodos e lugares 
sagrados em segredo, até mesmo dos seus colegas 
Tradicionalistas.
De acordo com os Verbena, seus maiores lugares 
sagrados são criações dos Wyck que sobreviveram desde 
a antiga era mítica. Tais locais geralmente possuem 
pedras em pé, organizadas para extrair e canalizar o 
poder dos Nodos.
Europa: O berço da Tradição Verbena, a Europa 
continua a ser o lar de vários de seus locais sagrados e 
locais mais importantes, apesar de que alguns terem sido 
perdidos e outros estarem ameaçados pela influência 
expansionista do mundo moderno.
O local sagrado mais famoso dos Verbena é 
Stonehenge, na Inglaterra, também conhecido como “A 
Dança do Gigante”. Contos Verbena dizem que os 
Wyck criaram Stonehenge petrificando antigos gigantes 
contra quem haviam durante era mística ou que eles 
transportaram as pedras para seu local atual por meio de 
poderosa magia. Certamente os grandes monólitos do 
Stonehenge não são nativos da área e eles devem ter 
sido transportados por, no mínimo, 320 quilômetros. 
Estudiosos modernos acreditam que Stonehenge era um 
tipo de calendário, mas a verdade é muito mais que isso. 
O Stonehenge era alinhado perfeitamente com a virada 
da Grande Roda, reunindo a Quintessência de um 
poderoso Nodo. Em pé, no meio das grandes pedras, os 
Wyck poderiam ver toda a Tellurian se estendendo 
perante eles, em uma perfeita harmonia. Eles podiam ver 
o passado, presente e o futuro escritos nas estrelas.
Os Verbena modernos fazem pouco uso de 
Stonehenge por dois motivos. Primeiro, é tão conhecido 
que é difícil de acessar e usar em segredo para seus 
rituais, embora a Tradição ainda tenha influência 
suficiente para fechar o Stonehenge para quem quiser 
usar, se necessário. Segundo, o círculo deteriorou muito 
com o passar do tempo, acabando com sua delicada 
harmonia. A janela perfeita que o Stonehenge uma vez 
ofereceu para a Tellurian, agora está tão empenada e 
quebrada que não tem praticamente uso algum. Talvez 
seja esse o motivo de um recente rito Verbena no círculo
ter mostrado uma estrela vermelha aparecendo 
indistintamente no céu e tremenda incerteza no futuro.
Talvez o maior local sagrado Verbena na Europa é 
Glastonbury Tor, a lendária ilha de Avalon no oeste da 
Inglaterra. Séculos atrás, águas de enchente e um 
pântano profundo cercaram o Tor (uma íngreme colina 
circular), fazendo-o uma ilha que foi conhecida como
Avalon ou “Ilha das Maçãs,” associada com o mundo 
espiritual. Um baixio intenso havia lá, garantindo
40 Verbena
passagem para a Umbra, como também para o Mundo 
dos Mortos e os Reinos das Fadas. Nos tempos de Rei 
Arthur, Avalon era uma das últimas fortalezas da Antiga 
Fé e abrigava o Caldeirão de Ceridwen, que poderia 
curar e restaurar a vida. Arthur foi levado para lá após a 
batalha com Mordred e alguns creem que ele dorme no 
mundo espiritual, esperando sua hora de voltar.
Mesmo que Tor tenha estado em mãos cristãs por 
séculos e uma igreja tenha sido construída no topo dele, 
ele continua firmemente nas mãos dos Verbena. É o 
local de reuniões pagãs regulares na Inglaterra e um 
lugar de peregrinação para os pagãos celtas de outros 
lugares do mundo. O baixio não é mais tão intenso 
como costumava ser, mas a colina ainda está conectada 
com a Umbra e as fadas, embora agora seja necessário 
magia para acessar estes lugares, antigamente não era. 
Outros locais Verbena na Europa incluem as pedras
em pé de Avebry, as tumbas de Newgrange na Irlanda e 
os megalitos de Carnac na Bretanha. O Externsteine na
Alemanha é um grupo de pilares de calcário conhecido 
como “o Stonehenge Alemão.” Os santuários da Mãe 
Terra em Malta e os labirintos e templos de Creta 
também são sagrados para os Verbena, do mesmo modo 
que alguns velhos templos na Grécia. Dúzias de outros 
antigos locais se espalham pela Europa, protegidos e 
preservados como baluartes dos Antigos Costumes.
América do Norte: os Verbena compartilham
muitos de seus locais sagrados na América do Norte com 
os Oradores dos Sonhos e com várias outras Tradições 
que clamam Nodos ao passar dos anos. Os principais 
locais sagrados dos Verbena estão principalmente ao 
longo da costa oeste da América do Norte, indo de 
Santa Cruz até Vancouver. A costa leste da América 
Central também abriga muitos locais sagrados. A 
maioria dos locais no deserto, a sudoeste e meio oeste, 
são propriedade dos Oradores dos Sonhos, embora eles 
às vezes permitam que os Verbena acessem os lugares.
Mystery Hill, em New Hampshire, o local megalito 
conhecido como o Stonehenge Americano, é atribuído 
aos Wyck e está situado sobre um Nodo moderadamente 
poderoso. Seu relativo isolamento permite aos Verbena 
um uso mais regular, embora ainda continue sendo uma 
atração turística e um monumento histórico, obrigando-
os a moderar o uso para os momentos que o local está 
fechado para turistas.Indo para o Sul ao longo da costa está a cidade de 
Salem, Massachusetts, talvez mais publicamente 
associada a bruxas e bruxaria do que qualquer outro 
lugar no mundo. Embora o famoso Julgamento das 
Bruxas de Salem não envolva os Verbena diretamente, a 
cidade se tornou um forte abrigo para suas linhas 
místicas e um centro onde pagãos comuns se reúnem. 
Muitos Verbena acham a “cena de Salem” 
dolorosamente tendenciosa e pretensiosa, cheia de 
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 41
farsantes e as “bruxas nouveau,” mas não pode ser 
negado que é ao mesmo tempo uma proteção para os 
membros da Tradição e uma útil nuvem de fumaça, 
permitindo-lhes esconder magia verdadeira no meio de 
comercialismos grosseiros.
Gallows Hill, foi onde aqueles acusados de bruxaria 
eram enforcados, é um lugar de poder para a Tradição. 
Os frequentes rituais públicos encenados dão a cobertura 
ideal para os ocasionais e genuínos rituais dos Verbena.
Outros locais Verbena na América do Norte 
incluem Nodos nas Montanhas Berkshire e Ozark, 
bosques sagrados espalhados em florestas pelo 
continente e as florestas de sequóias e tropicais do 
Noroeste Pacifico. Oeste de Washington, Oregon e a 
Califórnia setentrional ainda possuem vários Nodos 
moderadamente poderosos que sobreviveram à idade 
sem marcas, incluindo algumas fontes sagradas, em 
particular as águas termais de Breitenbush e Cougar. 
Nova Orleans e as baías pantanosas dos arredores trazem 
Verbena com laços a Voudoun, e o Carnaval é um 
tempo mágico para magos de diversas Tradições, 
incluindo os Verbena e o Culto do Êxtase.
América do Sul: A vasta bacia Amazônica é 
considerada sagrada pelos Verbena como um berço da 
vida, que contém um grande número de espécies e 
Nodos conhecidos aos nativos do lugar. Os Verbena 
ecoativistas lutam contra a crescente destruição da 
floresta tropical sob a orientação do Sindicado e o resto 
da Tecnocracia. Eles encontram aliados entre os 
Oradores dos Sonhos e feiticeiros dispersos, mas até o 
momento seus esforços só conseguiram diminuir um 
pouco a devastação até o momento.
Os Verbena sulamericanos ajudam a proteger as 
ruínas Astecas e Maias na América Central. As ruínas 
Incas estão basicamente sob a proteção dos Oradores dos 
Sonhos da região, embora os Verbena venham ajudar 
quando podem. Os Verbena da América do Sul são de 
origem da parte africana da Tradição incluindo Brujeria, 
Santeria e Candomblé, junto com alguns poucos 
sacerdotes de velhos estilos Astecas, Maias e Toltecas.
África: As raízes de tradições africanas como 
Voudoun e Santeria, chegam até o fundo do continente. 
Guerras e revoltas políticas destruíram alguns locais 
sagrados e deixaram outros inúteis para as Tradições ou a 
Tecnocracia. Entretanto, os Verbena clamam que alguns 
locais da África são deles.
Na Nigéria, a oeste das florestas tropicais e do Rio 
Niger, ficam os restos de Ifé, a primeira capital iorubá. 
Os Verbena acreditam que os Wyck (ou seus imediatos 
descendentes, Aeduna) estabeleceram a cidade que se 
tornou o coração de um Império Africano. Os deuses e 
os espíritos adorados pelo iorubás agora vestem as 
máscaras de Loas e Orixás de outras tradições.
Monte Kilamanjaro na África central é 
considerado um local sagrado por muitos, Verbena e 
Oradores dos Sonhos (juntos com membros de outras 
Tradições) visitam e falam com os espíritos lá. Baixios 
ao longo do desnível da montanha levam às lendárias 
Trilhas do Wyck.
A Umbra: Os Caminhos dos Wyck 
Na Era Mítica, os Wyck viajaram pelo mundo ao 
longo de caminhos reluzentes pela Umbra, conectando 
muitos dos locais sagrados que eles construíram sobre os 
Nodos para aproveitar seus poderes. A Quintessência 
dos Nodos sustenta as Trilhas dos Wyck bem depois de 
seus criadores terem se tornado lembrança e seus 
segredos foram confiados aos seus descendentes — 
primeiro os Aeduna e, na época certa, os Verbena.
Através dos séculos, os caminhos têm sido ao 
mesmo tempo um refúgio e um meio de reunir os 
dispersos seguidores dos Antigos Costumes. Eles 
permitiram aos Verbena escapar de seus inimigos e fugir 
para a Umbra. Ajudaram a garantir a sobrevivência de 
muitos dos Antevos e bestas míticas quando os Verbena 
abriram os caminhos para eles nos Êxodo do Dragão, 
permitindo a eles procurarem abrigo na Umbra, longe do 
fogo e do ferro daqueles que os caçavam.
Os caminhos se espalham pela Umbra como uma 
vasta teia de aranha interconectada que se estende pelo 
mundo. Viajantes entram e saem por locais especiais 
espalhados pelo globo. Muitos dos portais nas Trilhas 
dos Wyck foram esquecidos ou perdidos junto com os 
Nodos que os mantinham, criando falhas perigosas ao 
longo dos caminhos e estradas que seguem pelos locais 
da Umbra, dificultando a navegação. A perda de alguns 
dos Nodos que uma vez os mantinha e os efeitos da 
Tempestade de Avatar fizeram com que as Trilhas dos 
Wyck deteriorassem em alguns lugares. Ainda assim, os 
caminhos são geralmente livres dos perigos da Umbra 
(incluindo um em particular).
As Trilhas dos Wyck se tornaram uma vantagem 
extra aos Verbena que sabem como encontrá-los e usá-
los por estarem seguros da Tempestade de Avatares. A 
Quintessência que sustenta os caminhos também ajuda a 
protegê-los da Tempestade, ajudando os viajantes a 
andarem seguros pelas Trilhas do Wyck sem a ajuda de 
um Guardião da Tempestade. No entanto, viajantes 
precisam ficar no caminho para estarem sob a proteção, 
significando que eles não podem ir para qualquer direção 
que queiram. Além disso, os caminhos são limitados a 
Penumbra entre vários pontos na Terra. Embora existam 
lendas de caminhos que se estendam para a Umbra 
Profunda ou para Umbra Negra, tais caminhos estão 
perdidos para os Verbena (se um dia existiram). É 
impossível usar os caminhos para chegar aos Reinos do 
Horizonte ou além, e os magos presos na Umbra pela 
Tempestade de Avatares não podem usá-los para voltar.
Devido à deterioração pelo tempo, alguns caminhos 
simplesmente acabam, deixando viajantes expostos a 
Tempestade de Avatares e permitindo que espíritos da 
Penumbra entrem neles. Isso significa que viajantes 
42 Verbena
podem encontrar Umbróides ocasionais pelo caminho 
que podem não receber bem os visitantes. Geralmente, 
Nodos que foram sanitizado pela Tecnocracia ou até 
mesmo aqueles que ficaram nas mãos de outras 
Tradições por muito tempo, não se conectam às trilhas e 
os Wyck nunca conectaram todos os Nodos do mundo 
— só locais que eles consideravam importantes. Se dois 
pontos em particular estão ou não conectados fica a 
cargo do Narrador.
Os Verbena mantém a posse das Trilhas dos Wyck 
um grande segredo e eles raramente confiam seu 
conhecimento aos outros. Verbena habilidosos em se 
localizar pelos caminhos são importantes mensageiros e 
guias para as Tradições quando há necessidade de 
atravessar a Umbra com segurança sem a presença de um 
Guardião da Tempestade.
As Trilhas
As Trilhas dos Wyck uma vez passavam por 
praticamente cada Nodo e local sagrado do planeta. 
Quando o faziam, os magos da Antiga Fé (ancestrais 
dos Verbena) tinham tanto acesso à Umbra quanto os 
Oradores Espirituais tinham. Entretanto, isso foi há um 
milênio. Os caminhos ainda passam entre muitos dos 
maiores Nodos, mas boa parte deles já não pode mais 
ser usada. Na era moderna, os Verbena são limitados a 
uma fração dos caminhos que um dia se estenderam 
pela Umbra e a vinda da Tempestade de Avatares só 
complicou as coisas depois.
As Trilhas dos Wyck permitem uma viagem 
geralmente pela penumbra, mas há rumores de 
caminhos que adentram os vários níveis da Umbra.Sejam esses rumores verdadeiros ou não e que efeitos a 
Tempestade de Avatares teve nesses caminhos, fica a 
cargo do Narrador.
Um Verbena pode usar Correspondência 1 ou 
Espírito 1 para encontrar e entrar nesses caminhos em 
um Nodo ou local sagrado. Ele precisa de um sucesso 
adicional para cada pessoa que entrar no caminho com 
ele e cada sucesso adicional além desse, diminui o 
tempo de viagem até o destino em um fator de 2.
Exemplo: Oak Merrywether e seu companheiro 
Baxter estão na Irlanda rural e precisam chegar a 
um círculo de pedras no norte da Inglaterra. Eles 
viajam até uma fonte sagrada onde Merrywether 
sabe que está a entrada para um caminho. Ele 
vagarosa e cuidadosamente lança a rotina apropriada 
para achar a entrada e entrar no caminho. Já que 
fez a rotina como um Efeito prolongado, ele é capaz 
de adquirir quatro sucessos acima do que o feitiço 
normal precisa. Oak está levando uma pessoa com 
ele usando um dos seus sucessos extras, e usa os 
outros três sucessos para diminuir o tempo de 
viagem: três sucessos vezes o fator de dois significa 
que a viagem demorará um sexto do tempo normal.
No dia seguinte, Oak e seu companheiro 
aparecem no círculo de pedras na Inglaterra, apenas 
levemente mal vestidos e tendo feito um tempo de 
viagem memorável, particularmente levando em 
conta o fato de que tiveram de atravessar o oceano.
Obviamente, um determinado Nodo pode não ter 
uma entrada para as Trilhas dos Wyck. Se não há 
entrada para os caminhos, o Efeito tornará isso claro. 
Por outro lado, pode existir uma entrada para os 
caminhos, mas o caminho pode se estender por 1 metro 
e meio e desaparecer. O mago Verbena precisa estar 
preparado para qualquer coisa quando tentar uma nova 
entrada para os caminhos.
MET: Viajar pelas Trilhas dos Wyck requer uma 
rotina de mesmo nome, requerendo também magia de 
um Aprendiz de Correspondência ou Espírito tanto 
quanto acesso a um Nodo que possa ser usado para a 
viagem. Um feitiço bem sucedido permite ao Verbena 
viajar para um determinado destino pela trilha na 
metade do tempo normal. O Narrador devera ajustar 
esse tempo de acordo com as necessidades da história e 
a distância entre os pontos. O dano da Tempestade de 
Avatares é sofrido normalmente a menos que tenha 
sido feita a preparação necessária. Cada nível adicional 
de sucesso permite ao mago levar um passageiro 
adicional ou reduz o tempo de viagem como um 
incremento (1/2 para 1/3, 1/3 para 1/4 etc).
Galhos da Ávore: Facções
A Tradição Verbena nasceu de diversas 
culturas, unidas na causa da sobrevivência 
em face do poder crescente da Ordem da 
Razão e sua cruzada contra o povo pagão 
na Europa. Tempo depois se juntaram às 
Tradições pelo mesmo motivo: 
sobrevivência em face ao poder crescente 
da Tecnocracia e os objetivos que ela 
sustentava.
Apesar (ou talvez graças) da sua diversidade, os 
Verbena não se dividiram entre linhas culturais. Ao 
invés disso, as facções principais da Tradição são 
divididas pela sua visão do papel real dos Verbena – e, 
por extensão, o papel real de todos os magos – no plano 
do mundo. Essa divisão de quatro dobras corresponde a 
muitas divisões observadas pelos seguidores dos Antigos 
Costumes: as quatro direções, os quatro ventos, os quatro 
elementos, as quatro estações e assim vai. Magos 
modernos as relacionaram com os quatro aspectos ou 
essências de seus Avatares.
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 43
Jardineiros da Ávore
 Os Jardineiros são os Verbena tradicionalistas, herdeiros da linhagem que se
 estende até os Aeduna e os próprios Wyck lendários, os primeiros de seu povo.
 A história dos Jardineiros é a história aceita dos Verbena, embora a
 própria facção só começasse a existir com a formação das Tradições
 modernas. Sempre houve quem mantivesse os Antigos Costumes,
 honrando os ritos deixados pelos seus ancestrais. Quando os Verbena
 se reuniram para se unir ao Conselho dos Nove, muitos deles temiam
 o desaparecimento dos seus modos frente ao poder crescente da
 Cristandade e da Ciência patrocinada pela Ordem da Razão.
 Na verdade, alguns dos primeiros Jardineiros também temiam a
 contaminação e diluição de sua Tradição. Seus modos não eram para
 todos, eram segredos passados pela descendência familiar. Se tornar
 mago não era só questão de interesse e talento, era algo do sangue. Os
 Jardineiros sentiam que a Tradição deveria ser exclusiva, não queriam
 ver os Verbena adotando qualquer Órfão ou vagabundo que
 aparecesse. Eles não queriam ver os segredos dos seus ancestrais
 sendo passados para os indignos.
 Claro, os Verbena ainda precisavam de sangue novo para
 revitalizar as velhas famílias e continuar suas tradições. Os
 Jardineiros reconheceram isto e permitiram a escolha cuidadosa
 de gente de fora para se juntar a eles, mas não era um caminho
 fácil. Até hoje, os ritos para se tornar Verbena são desgastantes e
 não são para os fracos de coração. Os Jardineiros viam isso como
 uma proteção de seus modos, defendo as raízes da Grande Árvore.
Por um bom tempo os Jardineiros carregaram uma influência
 sobre os Verbena como um todo, mantendo a tradição unida e distinta.
 Eles formaram o núcleo orgulhoso que carregou os Sábios através dos Tempos
 das Fogueiras e o fim da Era Mítica, permitindo a eles sobreviverem as
 trovoadas da cruzada da Ordem da Razão. Eles garantiram que os Antigos
 Costumes sobrevivessem, mas os tradicionalistas também se agarraram a velhas
 divisões e preconceitos. Eles se lembravam do tempo antes dos Verbena terem
 sido forçados a se unir, e de muitas maneiras, eles desejavam os tempos passados
 quando não precisavam depender de outras culturas ou pessoas. Eles
 desencorajaram a mistura de culturas e mitos diferentes da Tradição, mas
 aconteceu mesmo assim, apesar dos esforços dos Jardineiros para mantê-los
 separados e puros.
O problema cresceu quando uma parte da facção se aliou aos Nazistas na
 Segunda Guerra Mundial. Artesãos de runas extremistas queriam garantir a
 “pureza” da raça e tradição Ariana. Não mais tolerariam os viralatas e os
 compromissos dos Verbena. Eles retomariam seus modos e seu poder. Os outros
 Verbena ficaram perturbados, mas muitos escolheram não participar do conflito,
 vendo isso como mais uma tempestade da qual deviam sobreviver. Alguns
 Verbena optaram em ajudar os Aliados, particularmente na Bretanha, que há
 muito tempo era um forte Verbena. Eles trabalharam para unir as Tradições
 apáticas contra um inimigo em comum e para balancear contra os feitos de seus
 confrades arruaceiros.
Após o fim da guerra, os Jardineiros amoleceram sua visão de
 tradicionalismo. Enquanto eles continuaram a manter os Antigos Costumes, a
 maioria veio a aceitar a necessidade de novo sangue e novos modos na
 Tradição, desde que para continuar forte e saudável. Entretanto, os Jardineiros
 continuam responsáveis por manter os Antigos Costumes vivos visando a raiz
 da Tradição, para que os Verbena não esqueçam donde vieram.
 Filosofia: “O sangue dirá,” falam os Jardineiros, e eles mantêm a crença
 de que o poder e prestígio entre os Verbena são passados pelo sangue de
44 Verbena
linhagens familiares. Mesmo não sendo tão 
aristocráticose exclusivos como já foram, muitos 
Jardineiros têm demasiado orgulho da sua habilidade de 
seguir sua linhagem por centenas de anos no passado (se 
não mais), até alguns dos maiores nomes na história 
Verbena.
Seu senso de história dá aos Jardineiros uma grande 
quantidade de paciência, e teimosia, como as outras 
facções apontam. Eles são tão pacientes e resistentes 
quanto o carvalho, mas, às vezes, tão lentos quanto para 
tomar ações. Para os Jardineiros, viver no momento não 
significa viver apressadamente, mas estar ciente de que o 
futuro virá na sua hora e o melhor que alguém pode fazer 
é viver no presente.
Estilo: Como esperado, os Jardineiros da Árvore 
aderem a um estilo de magia rigorosamente tradicional 
baseado na sua linhagem cultural. Eles são os poucos 
exemplos de magia druida, nórdida, toscana e tessaliana 
relativamente pura que restam entre os Verbena. Sua 
magia é geralmente uma das mais primais e viscerais, 
exatamente como os ancestrais faziam por incontáveis 
gerações. Os Jardineiros tendem a confiar em métodos 
testados e verdadeiros e fórmulas tradicionais. Rotinas 
são especialmente comuns no seu repertório místico e 
novos jeitos de fazer as coisas são suspeitos. Para o seu 
modo de pensar, é um tanto quanto presunçoso dizer que 
melhorou milênios de técnica e entendimento 
tradicional.
Em adição à especialização Verbena em magia da 
Vida, os Jardineiros da Árvore também têm um talento 
notável com a Esfera da Matéria. Criação de poções e 
encantamento de objetos são partes importantes da 
magia da facção.
Organização: Os Jardineiros são a mais organizada 
das facções Verbena. Embora Jardineiros individuais se 
mantenham fiéis às tradições em que foram ensinados, 
muitos fios diferentes correm pela facção, cada um 
distinto e separado, e os Jardineiros preferem manter 
deste modo. Embora os Jardineiros de linhagens 
diferentes respeitem o trabalho uns dos outros e 
trabalhem juntos quando necessário, eles, por outro 
lado, preferem trabalhar separados.
Os Jardineiros mantém a natureza coesiva dos 
Verbena, organizando convenções e círculos, e grandes 
convenções nas quais grupos de Verbena se juntam para 
discutir problemas e praticar magia. Eles afirmam que a 
natureza disparata e separada dos Verbena é uma das 
reais forças da Tradição. Suas pequenas convenções 
algumas vezes reagem a mudanças mais rápido do que as 
grandes aglomerações e capelas das outras Tradições. 
Como células do corpo, a morte ou doença de um não 
condena imediatamente o resto, permitindo-lhes lutar 
contra ameaças à saúde da Tradição como um todo.
Os Jardineiros reconhecem alguns postos. Anciões 
são respeitados, honrados e ouvidos na maioria dos 
casos, mas todos os membros são considerados iguais e 
tratados deste modo. Família e linhagem são 
imensamente importantes para os Jardineiros. Muitas 
das grandes famílias dos Jardineiros clamam árvores 
genealógicas que se estendem até os próprios Wyck 
(umas com mais credibilidade que outras). Com a ajuda 
de magia, famílias de bruxas tendem a ser incrivelmente 
férteis, sem mencionar a incrível sorte. Em certas 
regiões, suas grandes famílias são tão poderosas tanto 
política quanto misticamente. Algumas pequenas 
cidades pela Europa e América são até controladas por 
famílias fortemente entrosadas de bruxas, embora o 
talento místico não siga mais as linhas da 
hereditariedade como uma vez aconteceu.
Iniciação: Outrora um requerente se juntava aos 
Jardineiros da Árvore apenas provando ser de linhagem 
digna. Os herdeiros de famílias e clãs pagãos que se 
estendem até os primeiros dias dominaram a facção. 
Embora a facção tenha afrouxado, um grau de respeito e 
prestigio é mantido para aqueles de linhagens grandes e 
honradas
Entretanto, mesmo a melhor linhagem não é o 
bastante se ela não tiver uso algum. A aceitação nas 
fileiras dos Jardineiros requer dedicação e trabalho duro. 
Há testes e desafios para os conhecimentos, estudos, 
persistência, paciência, vontade e espírito do requerente. 
Os druidas da facção, por exemplo, enfatizam que o 
treinamento de um de seus números demora 
tradicionalmente 21 anos. Daqueles que querem ser 
Jardineiros é esperado que aprendam vastos montantes 
de conhecimento e seja bem versado na história e modos 
da sua Tradição.
Culturas: Os Jardineiros formam a facção mais 
eurocêntrica dos Verbena. Eles reconhecem que outras 
culturas têm tradições que chegam até as mesmas raízes 
Wyck, mas estas culturas não estavam lá quando os 
Verbena se formaram, então são, por definição, 
“novatos”, mesmo se fazem parte dos Verbena por mais 
de um século.
Além disso, muitos dos Jardineiros conservadores 
têm raízes celtas ou germânicas, mantendo as tradições 
dos druidas e mágicos de runas de antigamente. Os 
Jardineiros germânicos têm trabalhado duro para superar 
a marca do Nazismo enquanto mantém suas tradições e 
orgulho Ariano. É sabido que ainda há alguns neo 
nazistas entre os Verbena, mas eles estão na 
marginalidade da Tradição e não têm influência real.
Ironicamente, os Jardineiros também atraem muitas 
novas culturas aos Verbena simplesmente porque eles 
desejam proteger e manter sua própria identidade 
distinta ao invés de ser transformada numa Tradição 
Verbena “genérica.” Então, Jardineiros de culturas 
africanas, hispânicas e americanas ajudaram a adicionar 
variedade aos Verbena como um todo.
Associações: O elemento da terra, a direção norte, 
a estação do inverno, as cores verde e marrom e o 
pentagrama.
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 45
Alteradores do Destino
Estudiosos Verbena acreditam que o nome lendário 
Wyck significa “sábio”, mas também “moldar, ajustar, 
torcer” — faz sentido uma vez que os Sábios torceram a 
realidade de acordo com suas vontades. Os Alteradores 
do Destino se referem às essências primais dos distantes 
ancestrais Verbena, o poder de modelar o mundo. A 
existência dos Alteradores do Destino como uma facção 
dos Verbena pode ser seguida até os primeiros dias, antes 
da história escrita.
Os Alteradores afirmam que os primeiros dos seus 
foram as xamãs primais, mulheres sábias, curandeiros e 
artífices da vontade da humanidade. Cheios de lascas 
dos Puros, eles possuíam o discernimento e o poder para 
moldar a realidade ao seu gosto e para suprir as 
necessidades de seu povo. Esses xamãs tinham um 
entendimento perspicaz da vida, intimamente associado 
com o ciclo, em harmonia com seu pulso e ritmo.
Esses artífices da vontade se tornaram associados 
aos Aeduna, descendentes dos segredos dos Wyck, 
antigos curadores. Com o tempo, foram incorporados aos 
Aeduna, se unindo à trama da Antiga Fé por todo o 
mundo antigo. Por um longo tempo, eles foram tudo, 
menos indistinguíveis de qualquer Aeduna ou mago da 
Antiga Fé, desde que não se dividam em facções do 
mesmo jeito naqueles tempos. Ainda hoje os Avatares 
dos primeiros xamãs continuaram a encarnar em novas 
formas, de novo e de novo.
Assim que a Tradição foi fundada e se tornou uma 
parte do Conselho dos Nove, alguns Verbena 
experimentaram uma agitação dentro de seus Avatares. 
Membros recém Despertos da Tradição tinham sonhos e 
visões de vidas passadas aonde eram os primeiros a 
domar as tempestades, a falar com os espíritos das feras e 
das plantas, a tratar os doentes e os feridos. Ao mesmo 
tempo, os tradicionalistas dos Verbena salientaram a 
manutenção dos Antigos Costumes e os rituais se 
tornaram cada vez mais complexos e entrançados. 
Alguns dos Alteradores do Destino ligaram isso a um 
jardim sendo sufocado por ervas daninhas. Eles disseram 
que era preciso limpar a vegetaçãorasteira para que os 
Verbena pudessem respirar. É bom para uma floresta 
queimar de tempos em tempos para que novos cultivos 
possam surgir das cinzas.
Então os Alteradores começaram a se distanciar da 
tradição dos Jardineiros. Revendo a história, alguns 
acreditam que a separação mandou os Jardineiros mais 
fundo nos seus modos conservadores, levando ao cisma 
entre as culturas germânica e celta antes e durante a 
Segunda Guerra Mundial. Há aqueles que dizem que a 
cisão veio com a orientação dos Wyck, que apareceram 
para os Verbena primordiais e despertaram neles 
memórias do passado distante. Qualquer que seja o caso, 
os Alteradores não eram mais contentes em fazer 
mudanças na estrutura imposta pelos Jardineiros e os 
anciões da Tradição. Em vez disso, eles procuraram suas 
visões e memórias de vidas passadas e trabalharam para 
recapturar a essência primordial da Tradição, separando 
as folhas de todas as variadas crenças e práticas que 
cresceram ao redor do caule através dos séculos.
Os Alteradores do Destino nunca formaram uma 
facção numerosa e continuam como a menor entre os 
Verbena, mesmo assim têm crescido desde os dias 
antigos. Até mais que a maioria dos Verbena, os 
Alteradores são solitários, cada um procurando o saber 
dos Antigos Costumes, e ocasionalmente, transmitindo 
o conhecimento para aqueles que escutarão. Seu 
envolvimento na política da Tradição é (assim como 
eles) limitado. Geralmente são defensores da 
simplicidade e recuperação da essência fundamental dos 
Wyck, as primordiais, míticas, qualidades da Tradição.
Filosofia: Os Alteradores estão interessados nas 
mais simples essências da vida e da magia. “Viva 
simplesmente, para que os outros possam simplesmente 
viver,” é uma parte de sua crença, mas mais que isso, eles 
desejam recuperar um pouco do poder e milagre que os 
primeiros Sábios, os lendários Wyck, brandiram em seu 
tempo. Eles reviram o passado, tentando aprender como 
todas as diversas culturas e caminhos dos Verbena (e 
todos os magos) vieram a existir, meio que uma grande 
teoria unificada de magia e criação.
Ao longo do caminho, os Alteradores sentem que é 
seu dever usar os poderes e discernimentos para o bem 
de todos. Claro, o que é “bem” é um assunto para debate, 
mas geralmente envolve usar magia para diminuir as 
dores da vida para os outros, seja por meio de bênçãos, 
cura, esclarecimentos ou honestos bons conselhos.
Como seu nome implica, os Alteradores do Destino 
não estão por cima da carne seca arrastando os fios do 
destino a fim de ajudar as coisas a acontecerem de outro 
jeito. Eles são profundamente dedicados à ideia de que as 
pessoas podem e devem fazer a diferença, até se 
(especialmente se) isso envolve uma proporção de risco 
pessoal. Os Alteradores sentem que muitas pessoas, até 
magos, dão o seu poder, rendem-se às ordens da tradição, 
às expectativas da sociedade e àqueles que procuram 
tomar seus poderes.
Estilo: “Primitivo” é o que melhor descreve o estilo 
mágico dos Alteradores do Destino. Eles manipulam a 
matéria prima da realidade com pouco mais que mãos 
nuas, vontades indomáveis e qualquer ferramenta que 
tiverem à mão. Seus focos podem ser tanto as coisas 
achadas facilmente na natureza — ervas, gravetos, peças 
de caça, pedras dispersas — ou seu próprio corpo. Os 
Alteradores do Destino usam cada parte de si como seus 
instrumentos mágicos. Eles dançam e cantam. Eles 
cospem e sangram. Eles trançam as linhas do destino de 
seus próprios cabelos e eles fazem sexo sob céu aberto 
para aumentar seu poder. Suas palavras e ações vêm de
46 Verbena
seus corações e das visões que receberam. Os ritos que conhecem e praticam são realmente muito velhos.
A natureza primitiva de sua magia deixa até alguns Verbena desconfortáveis com os Alteradores do Destino, e 
magos de outras Tradições geralmente os consideram “selvagens” ou “ignorantes” quando eles estão, na verdade, em 
contato com uma considerável sabedoria interior. Alguns Oradores dos Sonhos encontra semelhanças entre os 
Verbena primitivos e eles mesmos, e os dois compartilham um respeito mútuo.
Os Alteradores do Destino, como seu nome diz, têm uma facilidade marcante com a Esfera da Entropia como 
também com a tradicional Esfera Verbena da Vida.
Organização: Os Alteradores do Destino são unidos apenas pelas suas visões do que eles foram e do que podem 
ser novamente. Eles não têm lideranças ou divisões e eles têm algumas poucas convenções ou círculos inteiramente 
dedicados a sua facção. Eles honram os anciões, mas reconhecem que todos os Avatares vêm do mesmo lugar e são 
igualmente velhos. A visão de um mago jovem não é menos valiosa ou criteriosa que as memórias de um ancião
Iniciação: Os Alteradores raramente escolhem seus iniciantes.
 Ao invés disso, seus iniciantes os escolhem. Um Verbena com fortes
 memórias de vidas passadas ou um Avatar Primordial pode ser
 levado à orientação e à filosofia da facção com o tempo.
 Se tornar parte da teia dos Alteradores do Destino é
 geralmente tão simples quanto dizer isso aos outros,
 mas pode ser difícil por causa do modo que os
 outros membros dos Verbena geralmente
 olham de soslaio para os seus irmãos e
 irmãs mais primordiais. Do mesmo jeito,
 aceitação na facção é relativamente fácil, a
 verdadeira iniciação vem na forma de visões
 e Procuras que o iniciado é submetido. Elas podem ser
 angustiantes, de fato,
 especialmente para
 a mente mais
 racional do ponto de vista
 moderno e do jeito de fazer
 as coisas de hoje.
 Uma preocupação
 específica dos Verbena é o número de Alteradores que viram presas de suas
 poderosas visões, entrando em Silêncio ou rumando aos poucos à loucura e
 se tornando Desauridos. Muitos se perguntam se algumas memórias e
 experiências das vidas passadas estão melhores enterradas e se procurar
 pela Era Mítica é perigoso e um esforço perdido nesse mundo atual. Os
 Alteradores do Destino apenas dizem que tais atitudes derrotistas são
 vergonhosas dos verdadeiros artífices da vontade.
 Culturas: Os Alteradores ultrapassam antecedentes culturais
 e heranças. Eles estão espalhados por toda a Tradição Verbena e
 pelo o mundo. Para o desespero dos Jardineiros da Árvore, os
 Alteradores do Destino parecem ser indiferentes em relação
 às linhagens e herança magia. Os únicos fatores
 determinantes parecem ser a natureza do Avatar e
 a inclinação de sua encarnação humana.
 Apesar de terem diversos antecedentes e
 culturas, os Alteradores do Destino
 normalmente parecem pertencer a uma
 única cultura: a primeira, a primordial
 cultura da humanidade. Geralmente são
 chamados de Primitivos Modernos (ou Neo
 Primitivos) pelas suas práticas e atitudes,
 porém, se isso os julgarem inocentes ou
 ignorantes, é interpretá-los mal completamente.
Associações: O elemento da água, a direção oeste, a estação
 do outono, as cores azul e laranja e o cálice ou caldeirão.
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 47
Seguidores da Lua
Se os Jardineiros da Árvore são seus troncos fortes e 
os Alteradores do Destino são suas raízes profundas e 
torcidas, então os Seguidores da Lua são as muitas folhas 
da Árvore da Vida (embora alguns tenham ligado eles as 
“frutas e nozes”). Certamente, os Seguidores da Lua 
estão entre os mais diversos e ecléticos membros de uma 
profundamente diversa e eclética tradição.
Enquanto os Verbena sempre tiveram seus 
tradicionalistas e ferrenhos conservadores dos Antigos 
Costumes, eles também tiveramsempre aqueles capazes 
de olhar além dos limites de seus próprios caminhos e 
ver as similaridades nos modos de outros e achar 
potencial nas diferenças. Realmente, é improvável 
que os Verbena sequer existiriam se não fosse 
por esses pagãos, sábios, druidas, talhadores 
de runas e outros que foram capazes de ver
que a Antiga Fé da Europa tinha uma causa 
e um inimigo em comum na Ordem da Razão. 
Se esses visionários pagãos não tivessem unido
seu povo, então a Antiga Fé poderia ter 
morrido no fogo dos Tempos das Fogueiras.
Desde a criação dos Verbena enquanto 
Tradição, os Seguidores sempre buscaram novos 
meios de entender as maravilhas da vida e 
novas coisas para adicionar a diversidade da 
Tradição, adubo e fertilizante para o solo 
da Grande Árvore, por assim dizer. 
Seguidores da Lua viajantes encontraram 
sabedoria em lugares e pessoas por todo o 
mundo. Um pouco disso se tornou parte da 
Tradição Verbena como um todo, enquanto 
alguns só se tornaram parte de pequenos 
grupos Verbena ou até mesmo para 
ninguém mais além do indivíduo 
que a descobriu. Os Seguidores 
da Lua não forçam suas idéias de 
magia para os outros, mas eles são dispostos 
a compartilhar o que aprenderam. O que cada 
pessoa faz com isso não é da conta deles.
Os Seguidores têm estado na vanguarda 
em incorporar novas habilidades e trilhas 
místicas na Tradição Verbena. Para eles, o
trabalho começado com o Grande Rito que 
unificou a Antiga Fé da Europa ainda 
continua. No seu ponto de vista, os povos 
pagãos do mundo, seguidores dos modos 
de seus ancestrais, aqueles que sentem o 
pulso da vida e a dança da natureza, são 
irmãos e irmãs dos Verbena. Os esforços 
dos visionários dos Seguidores da Lua 
levaram a incorporação de habilidades 
e idéias americanas, africanas e 
asiáticas na colcha de retalhos 
Verbena. Assim, os Seguidores da Lua 
contrabalançam os Jardineiros da Grande Árvore, que 
aconselham cuidados e promovem conservadorismo 
onde os Seguidores forjam além e promovem mudanças.
O renascimento oculto do final do século XIX e 
começo do XX foi uma bênção para os Seguidores da 
Lua, abrindo muitas novas oportunidades. Os elementos 
oriundos dos Jardineiros disseminaram e promoveram os 
Antigos Costumes entre os Adormecidos, levando a 
ascenção a bruxaria moderna e neo paganismo. Os 
Seguidores acharam solo fértil para novas idéias, criar 
raízes e crescer. Enquanto os Verbena conservadores se 
desanimavam em como a cultura pop e o movimento 
New Age distorciam, mutilavam e transformavam os
 Antigos Costumes, os Seguidores da Lua ficaram
 deleitados, provando das vastas ofertas do New Age.
 Muitos Seguidores da Lua atuais nasceram
 das sementes plantadas naquela época, herdeiros
 da Era de Aquário e do Verão do Amor. A facção
 aumentou tremendamente com o influxo de
 novos iniciados e idéias que traziam. Isso levou à
 imagem popular que os Verbena têm dos
 Seguidores da Lua como “bruxas nouveau.”
 Conservadores e tradicionalistas os
 zombam como “agitadores de cristais”
 e “New Agers” (ou termos piores),
 mas a facção dos Seguidores da Lua
 é uma força a ser reconhecida na
 Tradição, particularmente desde a
 Tempestade de Avatares. Com os
 antigos mestres Verbena presos
 nos Reinos Sazonais e outras
 regiões da Umbra, jovens como
 os Seguidores da Lua tomaram
 para si as rédeas da Tradição e
 tomaram o desafio de guiar os
 Verbena no futuro. Eles querem levar a
 Tradição para o século 21 — chutando
 e gritando se for necessário.
Filosofia: “Honre os Antigos
 Costumes, mas viva no presente,” é
 o credo dos Seguidores da Lua. Eles
 firmemente acreditam no jeito de
 viver que os Verbena ensinam, mas
 acham que se agarrar a antigas
 tradições e modos antiquados de
 pensar levará à estagnação e à
 eventual morte de sua Tradição.
 Crescimento e mudança são elementos
 vitais da vida — alguns dizem que é a
 própria essência. Para os Verbena
 incorporarem a vida, eles devem
 também crescer e mudar. Enquanto há
muita sabedoria por trás dos
modos de seus ancestrais, 
48 Verbena
também há quase o mesmo tanto nos modos de outras 
pessoas e culturas e nas idéias dos jovens. Os Seguidores 
da Lua não rejeitam nenhuma idéia totalmente e a 
maioria planeja tentar tudo pelo menos uma vez.
Os Seguidores da Lua frequentemente se veem 
lutando pela aceitação e reconhecimento das facções 
mais conservadoras como os Jardineiros e os Alteradores 
do Destino. Eles consideram seus modos tão válidos 
quanto as linhagens antigas e os trabalhos primitivos dos 
Wyck, mas outros Verbena nem sempre concordam. 
Muitos Seguidores não se importam com o que os outros 
pensam. Alguns até se rebelaram ativamente contra os 
tradicionalistas dos Verbena, afirmando que suas visões 
estão ultrapassadas e apenas impedem a Tradição de 
atingir seu verdadeiro potencial.
Estilo: Sempre querendo tentar coisas novas, a 
magia dos Seguidores da Lua é, no mínimo, eclética. 
Geralmente mistura elementos tradicionais com as 
últimas modas New Age ou descobertas da colcha de 
retalhos que produziram resultados surpreendentes. 
Mesmo que os tradicionalistas Verbena torçam os 
narizes para a magia dos Seguidores, eles são forçados a 
admitir que é efetiva.
Os Seguidores da Lua são os que mais facilmente 
emprestam focos e elementos místicos de outras 
Tradições, e a maioria das misturas de Tradições achadas 
nos Verbena vem dos Seguidores da Lua (junto com 
alguns Tecelões da Vida e Alteradores do Destino 
procurando por elementos em comum nas raízes de 
várias Tradições). Facções como o Clã Impossível, O 
Fronte de Reforma da Nova Tradição e Voudoun atraem 
alguns Seguidores da Lua (Ver Guide to the Traditions, 
pg. 197-201 para detalhes).
Além da sua habilidade para a Esfera Vida, os 
Seguidores da Lua geralmente têm uma relativa 
facilidade com a Esfera de Mente.
Organização: Mais do que qualquer outra facção, os 
Seguidores da Lua geralmente se organizam em grupos 
baseados em interesses comuns. Geralmente quando 
uma tendência ou ideia em particular toma lugar entre 
os Verbena, os Seguidores da Lua e alguns poucos outros 
vão se reunir ao redor dela, formando uma convenção 
ou um grupo menos formal para explorá-la melhor. A 
maioria desses grupos tem vidas bem curtas. Ou o 
interesse na ideia acaba ou conflitos de personalidade 
quebram o grupo. Entretanto, alguns grupos mais 
resistentes surgiram dessas experiências místicas e ainda 
perseguem seus objetivos próprios.
Iniciação: Uma expressão comum entre os 
Seguidores da Lua é, “Iniciação é um processo 
contínuo.” Na prática, a iniciação dos Seguidores da Lua 
é relativamente fácil — é a vida como um Seguidor da 
Lua que pode às vezes ser um pouco difícil. Eles 
geralmente encontram desafios em ganhar a aceitação e 
o respeito de outros membros de sua própria Tradição, 
assim como em construir pontes entre os Verbena e 
outras Tradições e ofícios. Os membros da facção 
raramente fazem suas Procuras na solidão. Ao contrário, 
eles procuram iluminação e entendimento trabalhando 
com os outros.
Culturas: Se existe uma cultura em particular que 
os Seguidores da Lua tomam parte, essa é a cultura 
moderna, isso é o mesmo que dizer toda cultura que 
entrar em contato com eles. Há Seguidores da Lua de 
todos os caminhos da vida e a maioria das nações e 
culturas pelo mundo. Eles também não se limitam a 
cultura de nascimento. Há Seguidores da Lua europeus 
que adotaram práticas nativo americanas, Seguidores da 
Lua sulamericanostrabalhando com os modos aborígines 
e Seguidores da Lua asiáticos que praticam feitiçaria 
celta. Também existe um bom número de subculturas 
com os Seguidores da Lua.
Tecnopagãos são aqueles Verbena que abraçam a 
tecnologia enquanto ainda acreditam de verdade na 
Tradição. Eles não veem conflito entre as ferramentas da 
ciência e os caminhos da magia, e geralmente formam 
convenções com Verbena de ideias semelhantes ou 
capelas com Adeptos da Virtualidade, Filhos do Éter, 
Herméticos da Casa Verditius, tecnoxamãs dos Oradores 
de Sonhos e por aí vai.
Uma variedade de facções New Age, como a 
Sociedade da Luz Interior e as Crianças de Aquarius, 
abraçam a causa da paz, amor e entendimento. Eles 
geralmente são pacifistas e desinteressados nas conversas 
sobre a Guerra da Ascensão. A Ascensão não é uma 
guerra, nas suas visões, mas só virá por meio do 
entendimento e amor. Os Verbena intercambiários de 
cultura como o Círculo Familiar Caloroso, a Tribo 
Mundial e membros do Fronte de Reforma da Nova 
Tradição trabalham para promover entendimento entre 
diversas culturas e sistemas de crenças, procurando 
similaridades entre eles.
Os Seguidores da Lua rejeitam qualquer noção de 
que a união de opostos engrandece a superioridade de 
casais macho-fêmea. Os chamados Povo Belo da facção 
(também conhecidos pelo irônico “Gaybena”) incluem 
muitos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. Eles 
exploram noções de identidade e balanço do masculino 
e feminino dentro de si. Eles acham semelhantes suas 
experiências com a sociedade hetero com o tipo de 
aceitação que os Seguidores da Lua procuram entrem os 
Verbena como um todo, e com a luta das Tradições 
contra a apatia dos Adormecidos.
Associações: O elemento do ar, a direção leste, a 
estação da primavera a lâmina, as cores amarelo, azul-
claro e verde-claro.
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 49
Tecelões da Vida
Sempre houve Verbena que sentiam forte atração 
da natureza em seus corações, e que entendiam que os 
caminhos da vida não eram nem bons nem maus — eles 
simplesmente são. O mais forte sobrevive e aqueles que 
Despertaram para seus poderes estão entre os mais fortes 
de todos, prevenindo-os da hesitação. Os Tecelões da 
Vida formam a facção que mais fortemente se identifica 
com os predadores do mundo natural. Em um mundo de 
presas e predadores, eles sabem que papel preferem ser.
A facção dos Tecelões da Vida dos Verbena foi de 
muitos modos criada por outras facções (particularmente 
os Jardineiros da Árvore) para que eles pudessem colocar 
um nome nos Verbena que não se encaixavam em
outras facções ou seitas. Embora tenham adotado o
nome como seu, os Tecelões da Vida ainda 
continuam mais um grupo separado de indivíduos 
que qualquer outro tipo de facção organizada. Eles
reconhecem um ao outro e suas crenças em 
comum, mas, por outro lado, eles se importam com 
suas próprias coisas, o que preferiam que os outros
também fizessem. 
Os Tecelões da Vida sempre existiram na
marginalidade da Tradição. Nas Eras Míticas eles 
eram ermitãos, viajantes e pessoas estranhas 
vivendo nas florestas. Tinham poucos negócios 
com a civilização e pouco 
interesse em seus colegas 
magos. Mesmo outro 
seguidor dos Antigos 
Costumes era como um 
lobo entrando no 
território de caça 
de um rival em 
potencial — tratado 
com respeito, 
mas também 
alertado de 
maneira explicita. Foi só quando o laço da Ordem da 
Razão se tornou mais apertado que esses magos distantes 
vieram a se unir aos Verbena (e a algumas outras 
Tradições, como os Oradores dos Sonhos).
Desde então, os Tecelões da Vida têm regularmente 
desconsiderado ou ignorado as convenções de sua 
Tradição, enquanto os Verbena mais “respeitáveis” 
gastam seu tempo pedindo desculpas por eles ou 
tentando corrigir a impressão que eles dão a outros da 
Tradição. Entretanto, os Tecelões da Vida deram aos 
Verbena um empurrão necessário e deram aos demais 
motivos para respeitá-los (e temê-los).
Se os Alteradores do Destino são o passado primal
 da Tradição, então os Tecelões da Vida são a força que
 leva os Verbena para frente. Até mais que os
 Seguidores da Lua, eles abandonam todas as pretensões
 da tradição e abraçam o agora, buscando transcender 
seus limites. Eles lembram aos outros Verbena 
exatamente o que são capazes de fazer e de se tornar, se 
assim escolherem.
Filosofia: Corpo e mente são como argila para os 
Tecelões da Vida, a artéria que eles usam para criar algo 
novo e maravilhoso. Eles continuamente se reinventam 
e, fazendo isso, acabam entendendo melhor quem e o 
que são. Eles fazem experiências com as formas, 
tamanhos e capacidades, tentando melhorar o que a 
natureza lhes deu, mas não se esquecem que são partes 
da natureza. Enquanto muitos Verbena falam sobre 
empatia com a natureza, os Tecelões da Vida fazem isso 
vestindo a pele de um lobo ou as penas de uma águia.
 Eles até tentam a vida como árvores, insetos e outras
 criaturas que só podem ser imaginadas.
Ritual e tradição não são importantes para
 os Tecelões da Vida. Viver é o mais importante
 para eles. Outros Verbena tocam o ciclo
 sagrado da natureza através de celebrações
das estações ou trabalhando com suas
 mãos na Terra. Os Tecelões da Vida
 encontram o sagrado em perseguir suas
 prezas e provar seu sangue, em correr ou
 voar livre sob o céu aberto em copular na
 noite sob uma lua cheia. O maior
 sacramento é viver a vida ao máximo e
 provar tudo que ela tem a oferecer.
 Embora acreditem em viver o
 momento, a maioria dos Tecelões da
 Vida não encorajam abandonar a razão
 por completo e viver entre as bestas. Eles
 reconhecem que a habilidade de pensar,
 questionar, entender e expressar novas ideias
 é vital. Mágica, no final das contas, vem da
 iluminação, não regressão. Só porque eles podem
 se tornar outras coisas não significa que deveriam
 abandonar o ser humano. Ao invés disso, eles têm 
50 
a chance de expandir a definição de “humano” e então 
aumentar os limites de sua experiência.
Estilo: A magia dos Tecelões da Vida é primitiva e 
dinâmica como eles, visceral e perturbadora para 
estranhos. A Esfera da Vida é seu foco primário, como os 
demais Verbena, mas os Tecelões da Vida tendem a 
focar sua magia de Vida internamente, em transformar a 
si mesmos. Eles geralmente são habilidosos em mudar de 
forma, capazes de ter um grande leque de alterações, e 
tão confortáveis em peles de bestas como em suas 
próprias. Eles usam magia de Mente tanto para entender 
a fala das bestas quanto para testar os limites de suas 
próprias mentes e percepções.
Os focos dos Tecelões da Vida geralmente vem da 
natureza ou de seus próprios corpos. Eles usam sangue (e 
outros fluidos corpóreos), e muitos carregam peles de 
outros animais que vestem como parte de suas 
transformações. Ervas e cogumelos abastecem sua magia 
de Mente e muitos dos seus feitiços de cura, 
transformação e, de vez em quando, maldição. Um rito 
dos Tecelões da Vida pode consistir em ficar pelado, 
mijar em um círculo no chão e cortar runas sangrentas 
em sua pele para trazer a tona uma forma desejada.
Existe um consentimento entre os Verbena e as 
Tradições sobre o número de Tecelões da Vida que estão 
perigosamente perto de abandonar sua natureza humana 
completamente. Certamente, alguns Tecelões da Vida 
não se importam com companhia humana, e raramente 
com a forma humana, mas surpreendentemente poucos 
deles foram além dos limites da sanidade.
Organização: Os Tecelões da Vida não têm 
organização, nem sentem necessidadede uma. Cada um 
é independente e todos resistem ferozmente aos esforços 
para que façam as coisas conforme os outros fazem. Eles 
participam dos ritos das estações e celebrações de sua 
Tradição quando lhes é conveniente, mas ninguém 
consegue prever suas chegadas e saídas. Eles também 
participam de cabalas e convenções de vez em quando, 
mas raramente por muito tempo, até eles decidirem ir 
fazer outra coisa. Alguns Tecelões da Vida se juntam a 
grupos como alcatéias de lobos ou bandos de pássaros 
selvagens, permanecendo juntos por um tempo, até que 
cada um vai para o seu canto, ou se separam por 
conflitos dentro do grupo. Entretanto, alguns poucos 
círculos de Tecelões da Vida se formaram jovens e 
ficaram juntos por décadas. Nestes casos, os membros 
dessas cabalas são tão próximos aos outros membros que 
eles são mais como irmãos muito próximos ou almas-
gêmeas do que qualquer outra coisa. A parte ruim de 
cabalas como essa, é que a morte de um membro 
freqüentemente desestabiliza os sobreviventes a um grau 
que seja plausível que eles vão um pouco (ou muito) em 
direção a loucura por conta da perda de um 
companheiro tão íntimo.
Há algumas razões para a intensidade das conexões 
interpessoais entre os círculos dos Tecelões da Vida. 
Quando as formas e aparências variam tão facilmente, a 
beleza se torna discutível e personalidade assume uma 
posição chave além de qualquer outro elemento. Os 
Tecelões da Vida, por essa razão, escolhem seus 
associados muito cuidadosamente, julgando o 
comportamento de seus companheiros através do tempo 
muito mais do que qualquer outro fator. A estabilidade 
fornecida pela intimidade também tem uma grande 
importância entre esses magos. Quando até mesmo a 
própria forma de alguém pode mudar tão ferozmente, a 
segurança e confiabilidade de verdadeiros amigos não 
têm preço.
Os Tecelões da Vida não são necessariamente 
antissociais, só independentes. Eles não fazem amigos 
facilmente, mas são amigos próximos de quem escolhem. 
Do mesmo jeito, eles entram em grupos, mas só porque 
eles escolhem fazê-lo, não graças à expectativa dos 
outros. Os Tecelões da Vida são conhecidos por se 
associar a magos independentes, particularmente 
Oradores dos Sonhos e também com trocadores de pele.
Iniciação: Os Tecelões da Vida escolhem quem 
serão seus aprendizes e eles não escolhem com tanta 
frequência. Um aprendiz em potencial tem de ter algum 
talento ou um traço que impressione o mago, seja um 
espírito feroz e independente, alguma dica de grande 
potencial místico ou uma personalidade profundamente 
nobre que o Tecelão da Vida respeite. Aqueles que 
querem ser aprendizes precisam estar dispostos a cortar 
laços com suas vidas anteriores, porque é muito 
incomum que um mentor Tecelão da Vida vá ficar em 
um mesmo lugar por muito tempo.
A iniciação e instrução de um aprendiz Tecelão da 
Vida é geralmente direta e rígida, do tipo “nade ou 
afunde.” Essas experiências servem para peneirar aqueles 
que não têm o que é preciso. Provações para iniciação 
comuns incluem ensinar aprendizes a sobreviver na selva 
com pouca ou nenhuma ferramenta, livrando-os do 
polimento da civilização para mostrar a eles sua 
verdadeira natureza ou transformando-os em formas 
bestiais para apreciar o mundo de uma nova perspectiva.
Culturas: Qualquer que for sua origem, a cultura 
civilizada tem pouco interesse nos Tecelões da Vida. 
Eles são mais associados a culturas primitivas que 
entendem e apreciam seu modo de vida. Ironicamente, 
muitos Tecelões da Vida parecem vir de passados 
confortáveis e civilizados e tem uma satisfação intensa 
no ato de jogar fora a civilização e suas chateações.
Alguns Tecelões da Vida são andarilhos ou 
camaleões sociais, adotando diferentes formas e atitudes 
tão facilmente quanto pessoas mudam de roupas. 
Movem entre a “selvageria” da civilização moderna, 
geralmente optando experimentar ser de uma raça, sexo 
ou idade diferente — nenhuma experiência é proibida.
Associações: O elemento do fogo, a direção sul, a 
estação do verão, as cores vermelho e preto e o cajado 
ou varinha.
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 51
O Ofício dos Sábios: Magia
Entre os Verbena, a magia é geralmente 
conhecida como “o Ofício” ou o “Ofício 
dos Sábios” porque a magia é a primeira 
arte, a arte suprema, aprendida pela 
humanidade. Seus conhecimentos sobre 
magia permitiram aos Wyck plantar 
sementes em todas as outras artes da 
humanidade: fazer fogo, trabalhar com 
metal, construção, tecelagem, culinária, 
fermentação e tantas outras. Portanto, os Verbena têm 
sua visão de mundo apoiada na existência do universo 
mágico de muitos jeitos, ao invés de outros ao seu redor. 
Magos que constroem teorias complexas sobre a origem 
e natureza da magia geralmente confundem a 
simplicidade dos Verbena com falta de sofisticação, 
quando, ao invés disso, é um entendimento da natureza 
primitiva e imanente da magia. A magia está em todo 
lugar e é uma parte de tudo, é só uma questão de 
Despertar para ver.
A Centelha da Vida
A força que carrega a magia é a vida, a essência 
vital que faz as criaturas vivas o que são. Isto é 
Quintessência para os Verbena. Não é uma essência sem 
corpo ou um ideal platônico, mas o pulso da vida que 
corre por todas as coisas, ecos de uma grande explosão 
que fez a Tellurian existir, como um coração que manda 
o sangue zunindo pelas veias.
A centelha de vida também é aquilo que dá ao 
mago o poder de remodelar a realidade. A matéria e a 
energia são passivas, por mais dinâmicas que sejam elas 
são insensíveis e não se importam com ninguém. É essa 
essência primitiva da vida, o instinto profundo de 
sobrevivência e de tomar o controle do ambiente, que 
permitiu aos Wyck alcançar, pegar o tecido da realidade, 
e remodelá-lo em algo mais próximo do seu gosto. É essa 
necessidade primitiva que dá poder aos filhos dos Wyck, 
os Verbena.
A Árvore Mundo
Uma metáfora Verbena comum para a Tellurian é a 
Árvore Mundo, também conhecida como Grande 
Árvore ou Árvore da Vida. Fica no centro de tudo, o 
axis mundi, o ponto no qual o mundo gira em torno. As 
raízes da Árvore Mundo no fundo da terra representam o 
passado e as origens do mundo. Penetram no Mundo 
Inferior, a terra dos mortos, onde a morte literalmente 
abastece novas vidas adubando a terra. Eles são os 
recessos negros da mente, o lado sombrio da criação, lar 
de deuses e deusas ctônicos.
O tronco da Árvore Mundo segura o cosmos, que 
gira em torno dele. Conecta a terra e o céu, servindo de 
ponte entre os mundos. O tronco representa o presente, 
a força do momento que os Verbena abraçam. Os galhos 
estendidos, cada um se esticando para tocar nos 
diferentes mundos, representam o futuro, as diversas 
escolhas e caminhos na nossa frente. Para os Verbena os 
muitos mundos da Umbra Profunda situam-se além dos 
galhos da Grande Árvore, como tantos mundos possíveis 
do futuro.
As frutas e sementes da Árvore Mundo representam 
o potencial esperando florescer para a existência. Até se 
a própria árvore morrer, não significa o fim, porque vida 
nova crescerá no seu lugar. A Árvore Mundo, a 
Tellurian, carrega as sementes de sua própria morte e da 
sua própria renovação.
Os Dois Que se Movem Como Um: 
O Grande Rito
A Tellurian nasceu da união dos opostos, a Deusa e 
o Deus, os Dois Que se Movem Como Um. Desde a 
divisão do caos primordial para formar os Dois, a 
Tellurian foi feita de forças opostas existindo em um 
balanço dinâmico: matéria e energia, luz e trevas, calor e 
frio, masculino e feminino e assim por diante pela 
criação. Os Verbena acreditam que esse balanço de 
opostos é o quecarrega a grande roda da vida e a 
mantém rodando. Às vezes, um princípio é dominante 
em relação a outro — como quando o calor do verão 
está no seu pico ou quando as trevas da noite são 
praticamente absolutas — mas esses tipos de condições 
são apenas estados temporários da existência que 
eventualmente darão lugar a uma mudança rumo ao 
equilíbrio. (Alguns matemáticos chamam este princípio 
de “regressão para a média.”) Então a roda gira de novo e 
o balança muda para o lado oposto repetidas vezes.
Entender as polaridades da criação permite aos 
Verbena influenciá-las. Entretanto, alterá-las demais 
para um lado ou para o outro pode causar desequilíbrio. 
Quando a Tellurian tenta se acertar depois da magia ter 
jogado ela longe demais do equilíbrio, o resultado é o 
Paradoxo. Aí está o porquê de ser mais fácil e melhor 
trabalhar junto com o fluxo e equilíbrio da criação.
Ofício Versus Arte
Os Verbena chamam a magia de “ofício” ao passo 
que outros magos, tais quais os Herméticos, se referem a 
ela como uma “arte”. A diferença para o Verbena é que 
um ofício é eminentemente prático e útil. O ofício faz 
coisas que são parte de uma vida e ajudam a sustentá-las. 
A arte cria tanto coisas de beleza como coisas para 
aprimorar a mente, a alma e os sentidos, mas a arte não é 
necessariamente útil na prática do dia-a-dia.
Embora os Verbenas respeitem a arte e o trabalho 
artístico, eles são extremamente pragmáticos. Eles não 
têm tempo para a teoria da torre de marfim e arcana da 
Ordem de Hermes, a invenção cientifica barroca dos 
Filhos do Éter ou a programação de ponta dos Adeptos 
da Virtualidade. O ofício Verbena é simples e efetivo 
que vai direto à raiz do problema (às vezes literalmente), 
52 Verbena
ao invés de escondê-la dentro de grandes teorias ou 
trabalhos artísticos.
Para quem olha de fora, os Verbena podem parecer 
crus e sem sofisticação, até selvagens, mas seu ofício 
sempre aceitou cada parte da vida, não só as boas e 
prazerosas. Seus poderes vêm de viver a vida ao máximo 
em qualquer tipo de momento.
A Roda de Oito Raios:
As Esferas
Para os Verbena, magia é um ciclo, um ciclo sem 
fim que pode ser relacionado com o girar da Roda do 
Ano, o ciclo da vida e morte e renascimento. As Esferas 
incorporam as diferentes habilidades associadas com as 
partes particulares do ciclo. A interpretação exata varia 
de uma para outra cultura da Tradição, mas desde que 
todos os Verbena tiram suas associações de relações 
primitivas com a natureza e seus ciclos, há mais 
semelhanças do que diferenças. Sinta-se livre para 
mudar essas interpretações o necessário para caber no 
paradigma de um indivíduo ou um grupo Verbena.
Note que embora os Verbena tenham se 
especializado na Esfera Vida, eles não ignoram a 
importância das outras oito. Elas são todas partes de um 
todo maior e necessário para girar a roda. A Vida 
simplesmente representa melhor o que o Verbena é.
Primórdio: O Centro da Roda, 
a Árvore Mundo
O Primórdio está no centro da roda, o centro da 
criação, incorporado como a Árvore Mundo, a vida que 
sustenta a Tellurian e estica seus galhos e raízes para 
todo lugar. Para os Verbena, o Primórdio é a união de 
opostos: o encontro da terra e céu, dia e noite, 
masculino e feminino, verão e inverno, vida e morte. 
Desse equilíbrio dinâmico surge toda a criação. É a união 
da Deusa e do Deus no Grande Rito, o momento de 
concepção. Alguns Verbena comparam a Esfera do 
Primórdio com a divindade ou o Grande Espírito, o que 
é para os deuses o que os deuses são para os mortais, a 
fonte solar dos deuses e da vida.
A magia de Primórdio para os Verbena é 
principalmente criativa, o poder de trazer coisas novas, 
particularmente vida nova, para a existência. É um 
poder que os Verbena acreditam que não deve ser usado 
de qualquer forma. Isso é especialmente verdade com os 
aspectos destrutivos do Primórdio. Uma coisa é matar 
uma criatura ou destruir um objeto e uma bem diferente 
é aniquilá-los. Mexer indevidamente nas linhas da 
Trama pode fazer com que ela se desfie, se a tecelagem 
não estiver precisamente certa. Muitos Tecelões da Vida 
trabalham por anos para assimilar a arte.
A matéria prima da vida é o principal foco para 
Primórdio dos Verbena. A união extática do sexo 
captura a centelha divina da criação. Sangue e 
respiração carregam a Quintessência a infundir poder 
nos não-vivos, como runas ungidas em óleo sagrado a 
soprar vida em estátuas. Argila, terra e solo são as fontes 
para crescer coisas.
Espírito: A Colheita de Sangue
O Samhain (pronuncia-se SOW-een) cai perto do 
fim de outubro. Em algumas tradições pagãs, é o começo 
do ano, o começo da metade escura do ano e a chegada 
do inverno. Também marca a última colheita do ano: a 
colheita de sangue. Em tempos antigos, os rebanhos 
eram abatidos e a carne conservada para o inverno que 
vindouro. É um tempo associado com a morte e 
mortalidade, porém, mais importante, com a conexão 
entre o mundo dos espíritos e o mundo dos vivos. É um 
tempo em que o véu entre os mundos se torna mais fino, 
um tempo de honrar aqueles que já foram e a 
oportunidade de se comunicar e aprender com eles.
A magia de Espírito, como muitas coisas, tem duas 
facetas para os Verbena. De um lado, está associada com 
os espíritos dos mortos que foram para além do véu. 
Graças às suas associações com a vida, os Verbena não 
acreditam que a morte ou os mortos devem ser temidos, 
mas honrados, tornando-os relutantes a perturbar 
aqueles que já foram. Alguns Verbena mantém altares 
devotados aos espíritos dos seus ancestrais. As magias de 
Espírito associadas com os mortos é para principalmente 
falar com eles e procurar de sabedoria. A invocação e 
aprisionamento de espíritos é uma prática estranha e 
suspeita, no melhor dos casos.
Os espíritos que os Verbena lidam mais são os 
espíritos da natureza, os elementos e coisas que crescem. 
Sua magia permite que vejam e falem com os elementais 
e seres primitivos da criação, acalmando-os e solicitando 
favores a eles. Eles se manifestam em todas as formas 
incontáveis descritas em antigas histórias e canções, 
incluindo o pequeno povo da terra e os lindos e terríveis 
reis e rainhas da natureza.
Focos de Espírito incluem a espada ou athame, as 
quais não devem cortar nada material, mas pode separar 
laços espirituais e dirigir a vontade do portador. Os 
Verbena oferecem aos espíritos sacrifícios grandes e 
pequenos para ajudá-los a se manterem e conseguirem 
sua afeição. Eles desenham ou constroem círculos evitar 
espíritos indesejáveis e para convidar outros. Chama de 
vela e fumaça de incenso servem de meio de 
comunicação para os habitantes do mundo espiritual, e 
cristais, espelhos e também poças servem de janelas para 
a Umbra (e às vezes portas entre os dois mundos). 
Poções de Ervas ou “unguentos para vôo” Verbena 
ajudam a libertar o espírito do mago e fortalecer o 
contato com o mundo espiritual.
Matéria: A Mais Longa das Noites
Yule, ou o Solstício de Inverno (perto de 21 de 
dezembro), é a Noite Mais Longa, o ponto alto do poder 
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 53
das trevas sobre a terra. É também um ponto de 
mudança, depois do qual as noites diminuem e os dias 
aumentam enquanto a luz vai renascendo pelo mundo. 
Nas tradições Verbena, a luz é geralmente vista como 
uma criança, acabada de nascer no Mundo Inferior do 
ventre da Deusa. É um tempo de espíritos tomando a 
forma e a solidez da matéria, representada pela calma do 
frio da terra congelada. É também um tempo de 
trabalhar em casa para fazer e consertar ferramentas 
necessárias ao ano que vai chegar.
Então, o Ofício da Matéria paraos Verbena 
envolve imbuir substâncias frias e sem vida com espírito 
e vida. A habilidade de pegar e modelar as matérias 
primas do mundo em ferramentas e coisas de beleza 
sempre foi uma arte magia e os Verbena acreditam que 
ferreiros, tecedores, carpinteiros e outros artesãos são 
praticantes de uma espécie de magia própria. 
Entendendo como o Primórdio passou pelo Espírito para 
se tornar Matéria, a bruxa consegue ver a essência ou 
Padrão da matéria e alterá-la para ajustar a sua vontade.
Os focos da magia de Matéria são as ferramentas de 
artesãos e fabricantes, de simples utensílios de cozinha 
como facas, colheres e caldeirões borbulhantes até 
martelos, talhadeiras e bigornas. Fogo é um foco da 
Esfera da Matéria, transformar coisas como o calor do 
piso da lareira, o forno e a fornalha. Os Verbena são 
conhecidos por “queimar” ou “forjar” matéria em novas 
formas, como alguém que pode queimar argila recém 
modelada para acertar seu contorno ou bater o metal 
quente até ele tomar uma nova forma.
Mente: O Despertar
O festival de Imbolc, ou Candelária, nos primeiros 
dias de fevereiro é um festival de luz. Embora a luz tenha 
renascido no mundo no Yuletide, a Terra ainda descansa 
e precisa ser despertada. É o tempo de começar a se 
agitar e jogar fora a letargia do inverno, para despertar a 
Terra e trazê-la de volta para suas crianças. Velas são 
acesas para iluminar o caminho, e uma imagem da Deusa 
— feita de talos secos — é colocada em uma cama para 
que ela possa ser despertada. O Imbolc é também 
quando o Filho do Sol, o jovem Deus, começa a 
despertar para o mundo ao seu redor, as primeiras 
centelhas de percepção e esclarecimento. A luz 
representa a luz da mente, da visão e da compreensão.
A magia de Mente tem a importância da visão para 
os Verbena. E realmente é geralmente referida como “A 
Visão” ou “Segunda Visão.” É a habilidade de ver dentro 
da mente dos outros, de conhecer a verdade, de ver auras 
e enganar os sentidos. Glamour, ilusão e encantamento 
também são coisas da mente, do mesmo jeito que brincar 
com sombras e luzes pode enganar os olhos a ver coisas 
que não estão lá. A magia de Mente para os Verbena 
tende a ser primitiva: lidando com paixões, emoções e os 
sentidos ao invés de graus refinados de intelecto.
A chama da vela serve como um foco para Mente, 
assim como a sombra que ela emite. Cristais e gemas que 
combinam o brilho da luz com as sombras de suas 
profundezas podem oferecer esclarecimentos ou enganar 
a mente e o coração. A mente é associada com os 
sonhos, então os Verbena procuram visões nos seus. Eles 
podem também afetar os sonhos de outros, tanto para 
mandar mensagens ou presságios quanto para causar 
pesadelos e agouros. A influência da mente está 
associada com a voz, então cantar, entoar, falar ou a 
música são usados como um foco para influenciar a 
mente dos outros, remetendo aos antigos bardos.
Vida: A Terra Esverdeada
O equinócio primaveril, também conhecido como 
Ostara (uma variante do nome da deusa Ishtar), é uma 
época de equilíbrio e significado especial para os 
Verbena, porque é a época associada com Vida, que vem 
jorrando da terra fértil em verde vivo, germinando dos 
galhos das árvores, e gritando dos ventres de bestas e 
mulheres. É uma celebração do poder de resistência da 
vida depois de um longo tempo de trevas. No equinócio, 
luz e trevas, dia e noite, são iguais e a luz triunfa sobre as 
trevas e se torna mais forte, trazendo a vida de volta à 
terra. Ovos, símbolos do potencial da vida, são 
associados com este evento, geralmente decorados e 
escondidos para que as crianças procurem.
A magia de Vida é a especialidade Verbena, sua 
Esfera mais amada, já que a Vida é o coração de suas 
crenças e costumes. Eles exploram e manejam todos os 
aspectos do poder da Vida, a partir da habilidade de 
nutrir os segredos de suas mudanças e mudá-los para 
obedecer aos seus desejos. Entre as especialidades de sua 
magia de Vida estão as artes da cura (ou do ferimento) e 
seu talento em metamorfoses e transformações.
Em todos os casos, os Verbena enfatizam tanto a 
santidade da vida quanto a importância de manter o 
equilíbrio entre todas as coisas viventes. Sua visão da 
vida é holística. Do mesmo modo que as partes do corpo 
precisam trabalhar juntas em harmonia para uma saúde e 
bem estar completos, as criaturas diferentes de um 
ambiente devem coexistir em harmonia para o ambiente 
se manter saudável. A vida não pode ser subdivida e 
tratada separadamente de suas outras partes sem criar 
desequilíbrio. Embora os maiores mestres Verbena 
possam criar vida, eles usam esse poder com grande 
cuidado e tratam o ato com um grande respeito.
Os Verbena usam as substâncias da vida como seus 
foci para as mágicas de Vida. Sangue é um dos 
elementos mais comuns, tanto o do mago quanto o da 
vítima ou de um sacrifício. Sêmem e sangue menstrual 
são considerados focos extremamente poderosos. Ervas e 
elixires são também potentes focos de Vida. Remédios 
Verbena são criados com o poder de suas magias, 
permitindo-lhes curas “milagrosas” com uma simples 
mistura de ervas. Água pura também é um foco para a 
Vida, associada com o nascimento de toda a vida nos 
mares, o princípio feminino e as qualidades de 
mutabilidade e mudança. Na verdade, os focos de Vida 
54 Verbena
tendem a ser líquidos por essas razões.
Tempo: O Momento Eterno
Da mesma maneira que as sementes são fontes de 
um novo desenvolvimento, assim é o momento, a 
semente do futuro, daquilo que ainda não veio. No 
momento eterno é concebido e nascido tudo o que é e 
será. Aquele tempo que não é tempo é o Beltane, que 
acontece perto de primeiro de Maio, quando as sementes 
do futuro são plantadas na esperança de uma próspera 
colheita. O Beltane é um festival de purificação, 
plantação, fertilidade e a maioria de todas as promessas 
de renovação.
São acesas grandes fogueiras e o gado é guiado entre 
elas para serem purificados. As pessoas também passam 
entre as fogueiras, e na plantação e semeação também há 
muita celebração e folia, já que os Verbena há muito 
tempo abraçaram a semeação da vida como um dos seus 
maiores prazeres. Os celebrantes devem estimular e 
honrar a fertilidade da Terra copulando nos campos, um 
rito que os Verbena dividiram no passado com o Culto 
do Êxtase (auxiliados pelo seus entendimentos do 
Momento Eterno).
Os Verbena também dividem o Beltante com as 
fadas. Assim como o Samhain é o tempo em que o véu 
entre o mundo dos mortos e o mundo dos vivos torna-se 
fino, Beltane é o tempo infinito em que os mundos se 
fecham para a eterna Primavera das Fadas. As fadas 
estão frequentemente por aí na véspera do Beltane e os 
Verbena usam sua magia tanto para dar boas vindas para 
o “Povo Bom” quanto para se proteger de qualquer 
travessura que eles possam fazer.
A magia de Tempo para os Verbena é uma questão 
de espontaneidade, de achar e viver o momento. 
Quando o iniciado entende que todos os momentos 
realmente são um, daí o tempo pode ser transcendido. A 
magia de Tempo Verbena envolve coisas como perceber 
quando é o tempo certo para agir (e quando é melhor 
esperar), prevendo o futuro por meio de adivinhação e 
alterando o fluxo do tempo. Com o poder do Tempo, 
uma noite de festança pode durar anos ou um perfeito 
dia de verão pode estender-se por eras. Magia de Tempo 
é também usada para colocar as “sementes” de outros 
feitiços, prontos para florir em um tempo específico.
Os focos associados com magia de Tempo tendem a 
serem ferramentas que ajudam os Verbena a capturarem 
momentos difíceis de alcançar e viver neles. Eles 
incluem coisas como dança, música ou sexo, assim comoálcool e certas ervas ou cogumelos que alteram o sentido 
de tempo. Para magias visionárias de Tempo, os Verbena 
podem olhar fixamente dentro de cristais, espelhos que 
refletem o futuro ou poças, jogar runas ou cartas de tarô 
ou entrar em estados de transe usando um desses 
métodos enquanto a visão vem até eles.
Forças: O Dia Mais Longo
O solstício de verão, também conhecido como 
Meio do Verão ou Litha, ocorre em meados de 21 de 
junho. Esse é o auge do poder do sol, o mais longo dia do 
ano e o pico de luz antes de começar a longa e devagar 
jornada para a escuridão. É um tempo de poder e 
potência, de crescimento e expansão, mas também é 
equilíbrio e mudança, assim como o Rei Sol dá passagem 
para o poder do Lorde Negro. O Meio do Verão é um 
tempo para colher as ervas com sua maior potência. Os 
druidas colhiam visco na Noite de Meio do Verão, e os 
Verbena modernos continuam a fazê-lo.
A véspera do Meio do Verão, a menor noite do ano, 
é um tempo de magia e de libertar as forças da natureza. 
As regras do mundo comum não são sempre aplicáveis 
nessa noite. Elementais e fadas estão ativos, e os 
Verbena frequentemente se juntam para trabalhar seus 
feitiços e encantamentos. Esse é tempo associado com os 
sonhos e ilusões, quando as forças quebram suas amarras 
usuais.
Para os Verbena, Forças sempre significou as forças 
da natureza: o calor e a luz do sol, o frio do inverno, a 
fúria da tempestade, a correnteza do rio — o poder da 
natureza solto. A maioria das mágicas de Forças Verbena 
envolvem moldar e direcionar essas forças naturais. 
Magias climáticas e feitiços de vento em particular são 
ofícios bastante praticados há muito tempo pelos 
ancestrais Verbena.
Forças são frequentemente manipuladas através de 
magia simpática: Uma chama de vela para criar um 
inferno, uma melodia assobiada para conjurar um vento, 
e espalhar água ou fervê-la em fogo lento em um 
caldeirão para chamar uma tempestade. A vara ou 
cajado — uma extensão da vontade do conjurador — é a 
ferramenta mais comum para direcionar as forças da 
natureza.
Correspondência: 
A Colheita dos Grãos
O festival de Lammas em primeiro de agosto honra 
a primeira colheita e o sacrifício do deus dos cereais. Isso 
acontece quando os grãos dos campos são trazidos e o 
deus em forma de vegetação morre para que seu povo 
possa comer. Portanto, Lammas é, às vezes, conhecido 
como os “jogos fúnebres” do deus, que desce até a 
escuridão do Mundo Inferior.
O conhecimento Verbena fala sobre as Trilhas dos 
Wyck, seus ancestrais primordiais. Ele diz que os Sábios 
caminharam as trilhas escondidas entre os lugares do 
mundo, cruzando grandes distâncias tão facilmente 
quanto cruzam uma sala. Portanto, o ofício da 
Correspondência (ou Conexão no antigo parecer) 
sempre foi o ofício das estradas, trilhas e previsão para os 
Verbena. Assim como o Deus caminhou a trilha até o 
Mundo Inferior, como os Wyck caminharam as trilhas 
secretas, os Verbena caminham entre os lugares. Eles 
lançam suas visões através das grandes distâncias, 
entendendo que aquela distância é, no fim, uma ilusão.
Focos de Correspondência tendem a envolver 
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 55
lugares e coisas que estão no meio termo: cruzamentos, 
portões, vãos de entrada, rodas, cavernas e praias. 
Espelhos e poças são janelas (e às vezes vãos) entre os 
lugares. Os Verbena que entram na neblina ou no 
nevoeiro conseguem deixar um lugar e emergir em outro 
bem longe ou então andar através de um vão e sair em 
algum outro lugar.
Entropia: A Safra do Vinho
O ponto final do ano antes da roda voltar para o 
Samhain é o Mabon, o equinócio outonal (por volta de 
21 de setembro). Esse é o tempo quando o dia e a noite 
estão uma vez mais em equilíbrio, só que a noite agora 
ultrapassa o dia e a escuridão cresce por mais tempo 
enquanto a luz enfraquece.
Sacrificado no Lammas, o Deus desceu para o 
Mundo Inferior. Agora a Deusa vai procurar seu amado. 
Ela deixa o mundo iluminado pelo sol para trás e por 
vontade própria anda para a escuridão. No caminho ela 
tem que perder seus adornos, deixando tudo para trás. 
Ela e seu amado estão mais uma vez unidos no Samhain 
quando os mundos dos vivos e dos mortos se tocam. 
Através de sua união, o deus da luz renasce no Yuletide, 
e o ciclo continua funcionando. Mas, por agora, Mabon 
é um tempo de escuridão e procura, de separação de tudo 
exceto o mínimo indispensável.
Mabon é a colheita do fruto ou do vinho, quando o 
último produto dos campos é levado para dentro e 
secado, preservado ou fermentado. É um tempo de secar 
e de morrer como os campos definham. A morte toma o 
controle da terra e escuridão cresce, mas não é hora para 
desespero. A morte da terra é uma parte do ciclo e a 
busca da deusa produzirá vida nova a tempo.
Entropia é a contraparte natural da Vida para os 
Verbena. Assim como cada fio do destino é medido, 
também deve ser cortado. Assim como as flores 
florescem, devem inevitavelmente murchar. Assim 
como o homem nasce da mulher, então um dia ele deve 
morrer. Decadência abastece o solo no qual a vida 
cresce. Essas coisas não podem mudar, mas com 
conhecimento e perspicácia elas podem ser 
influenciadas. Os Verbena sabem como puxar os fios do 
destino, como oferecer tanto as bênçãos de boa sorte e 
maldições de má sorte. Mais que a maioria das outras 
Esferas, os Verbena vão com cuidado quando lidam com 
os ofícios de tecer destinos e negociar mortes. Exageros 
podem facilmente transtornar o delicado equilíbrio e ter 
terríveis consequências para o mago e talvez para outros. 
Vida e morte existem em equilíbrio, e os sábios não 
devem inclinar muito as balanças em uma direção ou 
outra.
As ferramentas da Entropia são aquelas de destino e 
morte. Runas, cartas, e pedras são usadas para ler os 
caprichos da sorte, enquanto que outros Verbena os 
veem escritos nas estrelas ou nas entranhas de um 
sacrifício sagrado. Cordões representam os fios do 
destino que podem ser puxados ou até quebrados, 
enquanto que sacrifícios, sangue e armas (incluindo 
plantas como cicuta e a mortal erva moura) são 
instrumentos das forças da morte e da decadência.
Eu: Tão Acima, Quão Abaixo. 
Tão Dentro, Quão Fora.
A Décima Esfera para os Verbena é a unificação de 
todos os outros no Eu Divino, da mesma maneira que os 
Verbena e outros magos personificam todas as diferentes 
Esferas da magia. O Eu se refere à unidade da mente, 
corpo e espírito. Isso é o microcosmo, um reflexo da 
Tellurian em miniatura. Os Verbena veem a si mesmos 
(e todas as criaturas inteligentes) como a consciência do 
cosmos, a Tellurian lembrando de si mesma em uma 
tentativa de entender sua própria existência. A partir do 
momento que o Um virou Dois, a Criação refletiu-se em 
si mesma e cresceu mais complexa em sua compreensão.
Portanto, a perfeição e entendimento do Eu é o 
caminho dos Verbena para a Ascensão. É reconhecer a 
imanência da natureza divina dentro de cada um de nós, 
aquela unidade do Eu com o Todo. Não é meramente 
glorificação própria, mas reconhecimento do Eu como 
uma parte divina da criação. Ao contrário de algumas 
Tradições que buscam transcender ou abandonar o 
corpo, os Verbena consideram o físico um elemento 
vital do Eu e suas experiências. Aperfeiçoar o Eu 
significa abraçar o corpo tão bem quanto a mente e 
espírito e todas as experiências que eles têm a oferecer.
Ferramentas dos Sábios:
Focos
Os Verbena usam uma variedade de ferramentas, 
poções, talismãs e símbolos em sua magia desde os 
primeiros dias. Embora as histórias digam que os Wyck 
já trabalharam a magia com nada mais que o poder de 
suas vontades, os Verbena desde os tempos antigos 
necessitame usam ferramentas para focar suas vontades 
e tecer seus feitiços.
Lâminas, variando em tamanho de adagas até 
espadas, são usadas nos rituais e ritos Verbena. A lâmina 
tradicionalmente representa a energia masculina e é 
associada com o elemento do ar pela sua clareza e 
habilidade de cortar até o essencial da questão. Alguns 
Verbena também associam as lâminas com o elemento 
do fogo pelas suas qualidades marciais e seu papel como 
foco para a vontade daquele que a brande. Duas lâminas 
são usadas na bruxaria tradicional. O athame tem os dois 
lados afiados, com um cabo preto. É um símbolo da 
vontade da bruxa, usado para direcionar poder em um 
ritual e para “cortar” conexões ou ligações, mas nada 
material. Geralmente, a boline de cabo branco tem um 
lado afiado e é usada para tais coisas como cortar ervas 
(ou carne...) e outras tarefas práticas. Algumas “bruxas 
de cozinha” escondem suas facas mágicas entre os 
utensílios doméstico, como seus ancestrais faziam para 
escondê-las de olhos intrometidos. Para rituais maiores e
56 Verbena
O Ofício Comum: 
Feitiçaria Verbena
Os Verbena sempre tiveram feiticeiros, magos 
limitados, bruxos do campo e outros entre esses tipos. 
Na verdade, havia tantos quando a Tradição foi 
fundada, que alguns acreditaram que os Verbena não 
deveriam ser reconhecidos como uma das Tradições 
Místicas iluminadas. Apenas a presença de poderosos 
magos como Nightshade e Willian Groth (e seus 
predecessores conhecidos pelos outros membros do 
Conselho dos Nove) os convenceram do contrário.
Os Verbena fazem pouca distinção entre 
feitiçaria e magia de Esfera. Para alguns, magia de 
Esfera é o poder exercido pelos Wyck (embora em um 
nível realmente iluminado) e os Verbena que a detém 
são considerados os que partilham da essência dos 
Puros. Os Verbena que tem uma orientação 
hierárquica, como os Jardineiros, veem isso como um 
sinal de uma linhagem forte e herança, mas a verdade 
é que poder mágico, frequentemente, não dá 
nenhuma atenção às linhagens ou origens. Alguns 
criados nos Antigos Costumes nunca 
verdadeiramente Despertam, enquanto têm aqueles 
que Despertaram e são chamados para os Verbena, 
embora o único conhecimento que eles têm sobre os 
Antigos Costumes foram o que leram em alguma 
romance de fantasia ou viram na televisão.
Os feiticeiros entre os Verbena seguem o mesmo 
paradigma e geralmente usam as mesmas ferramentas 
e rituais. Enquanto que não de um jeito tão 
espetacular quanto a magia de Esfera, o poder de suas 
trilhas e feitiços é sutil e, frequentemente, de longo 
alcance. Uma convenção de magos limitados Verbena 
é ainda um poder para ser levado em conta, ainda 
mais porque sua magia não inclui o risco do Paradoxo. 
Ironicamente, os feiticeiros Verbena podem ser alguns 
dos mais comprometidos às Tradições, dedicados aos 
ritos e rituais que eles aprenderam como a fonte de 
seus poderes. Portanto, eles são mais comuns entre os 
Jardineiros da Árvore e dos Alteradores do Destino, 
embora também exista um número razoável de 
feiticeiros Seguidores da Lua.
Os feiticeiros Verbena normalmente usam os 
Caminhos da Maldição, Adivinhação, Herbalismo e 
Metamorfose. Para mais informações veja Sorcerer 
Revised. Para TdM, veja Laws of the Hunt.
mais formais, alguns Verbena são conhecidos por 
brandir espadas, e grandes lâminas são, particularmente, 
comuns entre as vias nórdicas da Tradição.
Livros: O “livro das sombras” é um tradicional 
grimório Verbena, um repositório de feitiços, receitas e 
segredos reunidos ao longo dos anos. Alguns livros das 
sombras verdadeiramente antigos foram passados de uma 
geração para outra enquanto outros foram mantidos por 
uma convenção de bruxas durante os anos, contendo 
suas sabedorias colecionadas. Livros das sombras são, 
frequentemente, escritos em códigos, segredos místicos 
aparentemente escondidos em receitas inócuas e diários. 
Alguns Verbena modernos escrevem seus livros nas 
línguas antigas de seus ancestrais, outros até mesmo 
mantêm um livro das sombras no computador.
A Vassoura há muito tempo é associada com 
bruxas e bruxaria. Apesar de que poucos Verbena 
realmente voem em vassouras, eles as usam como focos 
para suas mágicas. Frequentemente, vassouras são usadas 
para varrer energias e influências, limpar um espaço 
tanto fisicamente quanto espiritualmente. Uma vassoura 
se posta atrás de uma porta pode ser parte de uma 
poderosa proteção Verbena e o uso de uma vassoura para 
tentar acertar espíritos indisciplinados não deve ser 
subestimado.
Caldeirões e Cálices são símbolos da divindade 
feminina, o princípio gerador e a fonte da vida. Os 
Verbena usam caldeirões — potes de ferro, 
frequentemente suspensos por um tripé — para preparar 
uma variedade de poções e elixires. Eles variam em 
tamanho de menos que um galão em capacidade até 
vinte vezes esse volume. Os cálices contêm poções e 
outros líquidos sagrados. Um uso especial do cálice é no 
Grande Ritual, quando uma lâmina é imersa no líquido 
do cálice, representando a união do deus e da deusa e 
infundindo o líquido com sua essência. Algumas seitas 
norte européias dos Verbena substituem os cálices por 
chifres em seus rituais.
Itens Encantados de todos os tipos, geralmente 
pequenas bolsas de pano, símbolos esculpidos, penas, 
velas e itens de joalheria, aparecem na magia Verbena. 
Geralmente um item carrega o poder de um feitiço para 
conceder poderes ao dono do amuleto ou colocar o 
feitiço em qualquer um que pegá-lo. Esses itens são, às 
vezes, conhecidos como “amuletos” ou “talismãs” 
(embora tais termos são mais comumente usados entre as 
mais ritualizadas facções dos Verbena).
Círculos são símbolos da eternidade, perfeitos e 
contínuos. Rituais Verbena são, frequentemente, 
conduzidos dentro das amarras de um “círculo mágico” o 
qual define as divisas do espaço do ritual. Isso serve 
tanto para manter as forças místicas contidas quanto 
para proteger contra interferências e influências 
externas. O movimento dentro do círculo é 
tradicionalmente deosil (círculo próspero) ou “no 
sentido do sol” (sentido horário), exceto quando 
banindo ou anulando, quando o movimento é 
widdershins (círculo contrário) ou no sentido 
antihorário. Círculos e espirais também são símbolos 
Verbena comuns.
Cordas de vários tipos têm funções em ritos 
Verbena. A tecelagem e os nós em uma corda 
representam a tecelagem e fixação de um feitiço, 
enquanto outras cordas estocam feitiços que são soltos 
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 57
quando seus nós são desatados. Algumas convenções e 
círculos “tomam a medida” de cada novo iniciado com 
as cores branca, preta ou vermelha, as quais o mago usa 
depois como um cinto no ritual. Fios ou cordas 
representam as linhas do destino que os Verbena podem 
manipular, e arranjos de camas de gato podem ser usados 
em feitiços de manipulação do destino. Eles também, 
simbolicamente, amarram as vítimas de um feitiço de 
bruxa.
Os Elementos fazem um papel muito importante na 
magia Verbena. Terra, ar, fogo e água são as essências 
fundamentais da criação (com a Quintessência como, 
literalmente, a “quinta essência”). Os Verbena usam os 
elementos tanto como símbolos literais de forças que 
eles personificam para mágicas simpáticas quanto para as 
variadas qualidades espirituais associadas a eles. A 
chama da vela pode ser atiçada em um inferno e água 
borrifada no chão pode virar um dilúvio. Entre os 
Verbena, os elementos são associados com as quatro 
direções, geralmente a terra no norte, o ar no leste, fogo 
no sul e água no oeste, embora alguns são conhecidospor reverter o ar e o fogo, ou designar direções 
completamente diferentes. 
Fluídos de diferentes tipos, especialmente os fluídos 
da vida, aparecem com proeminência na magia Verbena. 
Sangue é um poderoso foco Verbena, especialmente o 
sangue de um mago ou um sacrifício. Mulheres Verbena 
usam o sangue de sua menstruação em sua magia. O 
sangue carrega a essência da vida, nutrindo e suportando 
o corpo. Ele é um conector poderoso para sua fonte, e 
umas poucas gotas do sangue do alvo adicionado a uma 
poção ou talismã pode fazer com que ele seja muito mais 
efetivo. Sangue esguichado em um objeto inanimado 
pode transferir uma espécie de pseudo vida. Runas e 
outras escritas sagradas são, às vezes, potencializadas com 
o sangue de seu criador. Os Verbena também usam 
outros fluídos corpóreos, tais como cuspir no chão para 
selar um feitiço. Fluídos seminais são poderosos 
carregadores de energia de vida, e o ato de libertá-los 
aumenta poder. A seiva de várias plantas é um análogo 
ao sangue, e os dois misturados representam a união de 
dois lados da natureza, o animal e o vegetal. 
Ervas e Poções são, entre os Verbena, as 
ferramentas mais comuns. Desde tempos imemoriais, 
eles têm sido os guardiões do conhecimento das plantas 
e seus vários usos. O conhecimento mundano sobre 
ervas tem muitas aplicações, até mais quando apoiado 
pelo poder da magia Verbena. Existem ervas para curar e 
machucar, abençoar e amaldiçoar, puxar ou repelir 
certas influências. Também existem ervas que podem 
causar intoxicação ou estados de êxtase ou consciência 
aumentada. Para os Verbena não é apenas as 
propriedades químicas ou medicinais das ervas e plantas, 
mas seu significado espiritual e simbolismo também 
importam. Enquanto que os Progenitores e seus 
seguidores tecnomantes focam em elaborar drogas e 
bioquímica, os Verbena veem o conhecimento das ervas 
como uma combinação do medicinal e do espiritual.
Idiomas: Muitas culturas se juntaram para formar a 
Tradição Verbena, assim o respeito pelo passado e seus 
antepassados é importante entre eles. Portanto, os 
Verbena frequentemente estudam e usam os idiomas 
ancestrais de seus antepassados em suas mágicas. Línguas 
comuns incluem gaulês, saxão, escandinavo, finlandês, 
grego, várias línguas eslavas e as línguas tribais da 
África. Alguns Verbena preservam os idiomas das tribos 
e povos há muito esquecidos pelo mundo moderno.
Espelhos, variando de vidro prateado até poças 
paradas, são instrumentos de visão e reflexão para os 
Verbena. Eles são usados para prever e como entradas ou 
janelas entre os mundos da matéria e do espírito. Cristais 
preenchem um papel similar.
Performance: Cantar, entoar, dançar e tocar 
música — todas as variadas artes performáticas são 
sagradas para os Verbena, referindo-se às performances e 
obras dramáticas de seus antepassados. Nas culturas pré 
literárias, todo o conhecimento foi preservado através de 
cânticos, músicas e poemas épicos, e bardos Verbena, 
skalds e cantores aprenderam e mantêm essas tradições. 
Rituais Verbena, frequentemente, apresentam entoações 
e danças para aumentar a energia dos participantes a um 
nível frenético, focalizando a vontade no trabalho 
mágico. Antigas danças e melodias folclóricas são 
comuns, mas alguns Verbena as fusionam com estilos de 
música e técnicas modernos. Os Verbena nórdicos 
entoam as antigas eddas, as sagas de seu povo. Bardos 
cantam e encantam com música.
Runas são símbolos que se parecem com palavras, 
mas, mais que isso, elas são uma magia antiga, a 
habilidade de capturar a essência das coisas no abstrato, 
a origem do termo “soletrar” vem dos tempos em que 
bruxas e mágicos realmente soletravam todas as letras 
das suas mágicas usando runas. Vários alfabetos antigos e 
sistemas de símbolos são usados entre os Verbena. O 
nórdico Futhark é o mais comum (com sua antiga e 
nova versão), junto com o alfabeto ogham dos celtas, 
grego antigo e algumas línguas africanas. Runas podem 
ser esculpidas na madeira, pedra, metal ou até mesmo na 
carne. Elas são, às vezes, desenhadas no ar ou sobre o 
chão ou simplesmente entoadas para invocar seus 
poderes. Nas veias nórdicas, runas são frequentemente 
potencializadas com o sangue de seu criador.
Sacrifício: Uma das mais poderosas ferramentas dos 
Verbena é a sua disposição para o sacrifício, seu 
entendimento de que a vida se alimenta da morte como 
parte do ciclo natural. A libertação da força vital através 
do sacrifício empresta poder e potência para sua magia. 
Sacrifício não é algo que os Verbena fazem alegremente. 
Nos tempos antigos, até mesmo o sacrifício de uma besta 
para os deuses era algo crucial, porque isso significava 
um animal a menos para sustentar a comunidade. Às 
vezes, a carne do sacrifício servia para alimentar o povo, 
58 Verbena
tornando-se sagrado pela sua dedicação aos deuses. Os 
magos liam o futuro no sangue e nas entranhas. O 
sacrifício também inclui sacrifício próprio, tanto 
negação por jejuar e se privar de necessidades mundanas 
quanto provações duradouras de dor.
O maior de todos os sacrifícios é o de uma vida 
humana. Os Verbena mantêm que o melhor sacrifício 
humano é um por vontade própria, mas eles reconhecem 
que seus ancestrais sacrificavam os relutantes e que tal 
sacrifício ainda detinha poder. Elementos mais radicais 
da Tradição iriam com prazer ver o sangue de 
tecnomantes e outros inimigos alimentando a Terra 
viva, mas a maioria dos Verbena acredita que sacrifício 
humano deve ser piedoso, senão perderá sua potência.
Sexo é um poder que os Verbena entendem e 
abraçam, enquanto outras Tradições (salvo os Extáticos) 
podem esquivar-se disso. A união dos amantes é a 
reunião de opostos, independentemente do casal. É uma 
poderosa força geradora, associada com as forças que 
trouxeram a Telluriam para a existência. Mágica sexual 
cria uma mudança de consciência, longe da mundana, e 
focaliza a vontade. Até mesmo atos solitários de prazer 
podem conceder aos Verbena o poder que precisam para 
a sua magia. O fato de que tais ritos sexuais consternam 
e horrorizam as Tradições mais conservadoras é apenas 
um benefício extra para os Verbena, que têm um certo 
prazer em chocar seus magos queridos.
Símbolos: Os Verbena usam vários símbolos nos 
seus ofícios. Entre os mais proeminentes é o pentagrama, 
uma estrela de cinco pontas anexada a um círculo. Isso 
representa tanto a figura humana incorporada com o 
universo quanto o equilíbrio dos elementos (terra, 
vento, fogo, água e espírito ou Quintessência). Outros 
símbolos incluem símbolos solares e lunares, geralmente 
a lua crescente ou a lua triplicada (crescente, cheia e 
minguante). Espirais, geralmente o triskelion ou a 
espiral tripla como são conhecidas, e padrões abstratos 
de linhas, espirais e pontos aparecem entre as culturas 
mais tribais. Símbolos podem ser desenhados, pintados, 
feitos em jóias ou até mesmo tatuados.
As Varinhas ou Cajados são os símbolos mais 
comuns do poder e autoridade Verbena. Varinhas são 
associadas com os elementos do fogo e com a vontade do 
conjurador. Elas são, mais frequentemente, esculpidas 
em madeira (geralmente a madeira de árvores sagradas 
como carvalho, freixo, macieiras, salgueiro ou seixo), 
mas as varinhas também são feitas de osso, marfim, 
metal e até cristal. Uma varinha pode ser decorada ou 
lisa, elaborada ou simples. Para alguns Verbena é um 
pouco mais que uma vara entalhada. Entre os anciões, 
uma bengala pode servir como uma varinha ou cajado. 
Algumas varinhas são heranças, passadas de uma geração 
para a próxima, desde bem antes do Tempo das 
Fogueiras, ou até mais além.
Magia de Vida
Os Verbena se especializaramna Esfera de Vida, o 
estudo e entendimento da vida em todas as suas formas, 
a habilidade de moldá-la e controlá-la à sua vontade. 
Isto os dá poderes variados e de grande amplitude. As 
aplicações mais básicas da Esfera de Vida são discutidas 
nas pás. 168-171 de Mago: A Ascensão. Esta seção 
mostra como os Verbena a usam mais profundamente.
Curando
Os usos mais comuns de magia de Vida dos Verbena 
incluem curar danos, eliminar doenças ou venenos e
Nível de Vida
•
••
•••
••••
•••••
Efeitos
Visão do Curandeiro: Um feitiço simples permite o Verbena saber a saúde geral e a 
condição física de qualquer criatura viva. Sucessos adicionais fornecem informações sobre a 
condição da vítima, quaisquer enfermidades ou imperfeições presentes, e a fonte de 
qualquer doença, infecção ou toxina. Embora esse nível não permita que o Verbena cure 
diretamente, ele pode ajudar testes de Medicina, reduzindo sua dificuldade na razão de um 
por um até um mínimo decidido pelo Narrador, baseado na severidade do problema. Às 
vezes, saber o problema por si só é muita ajuda.
Curar-se: Os Verbena seguem o mote, “Médico, cura a ti mesmo.” O primeiro tipo de cura 
que um estudante de Vida aprende é o curar-se. Cada sucesso em um feitiço de cura repara 
dois níveis de dano (contusão ou letal). Sucessos não precisam ser designados para duração, 
visto que a cura ocorre instantaneamente e é mantida pelo Padrão vivo natural do mago.
Curar Vida Simples: O mago consegue curar simples Padrões de Vida (plantas e pequenos 
animais), assim como dano por contusão em um alvo humano.
Curar Vida Complexa: O mago consegue curar qualquer tipo de dano a qualquer Padrão 
de Vida, incluindo dano agravado infligido em outros humanos, assim como Curar-se. 
Curar dano agravado é, claro, vulgar.
Restaurar Vida: O Verbena nesse nível de maestria consegue até restaurar vida aos mortos 
recentes, desde que ainda exista uma centelha de vida no Padrão da vítima e que ele não 
tenha sido revertido inteiramente em Matéria. Por via de regra, a vítima não pode estar 
morta a mais tempo que o número de horas iguais ao Arete do conjurador, embora o tempo 
possa variar dependendo das condições.
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 59
favorecer a saúde. Os Verbena são os curandeiros mais 
renomados das Tradições e seus ancestrais têm sido as 
mulheres sábias e homens curandeiros de seu povo por 
milênios.
Efeitos de Cura, assim como outros Efeitos de Vida, 
podem ser usados em um alvo só uma vez por cena. O 
Padrão vivo do alvo precisa passar por algumas 
mudanças naturais antes do mago tentar reparar ou 
remodelá-lo novamente.
Curando Dano Agravado: Curar dano agravado é 
sempre magia vulgar e só tem metade da efetividade das 
outras formas de cura (curando um nível por sucesso, ao
invés de dois).
Curando Defeitos e Deformidades: As artes de
cura são capazes de superar praticamente qualquer tipo
de ferimento ou enfermidade. Reparar ou curar coisas
como defeitos congênitos é mais difícil do que curar 
um corte ou um osso quebrado. Porém, os Iniciados em
Vida dos Verbena podem remodelar os Padrões de
outras criaturas para eliminar tudo desde esclerose
múltipla até a síndrome de Down, até mesmo curar ou
recolocar membros deformados ou perdidos. Isso requer
uma alteração de Padrão permanente, como descrito em 
“Aprimoramentos.” Os Verbena podem também realizar 
um Efeito simples de Vida 2 em um feto para eliminar 
tais defeitos e garantir que a criança cresça “grande, forte 
e saudável” (benção comum aos nascituros).
Ferindo
Conhecimento em como reparar Padrões vivos 
também traz um conhecimento balanceado de como 
danificá-los ou destruí-los. Os Verbena podem usar sua 
magia para virtualmente apagar a força vital de outra 
criatura, embora suas ações sejam geralmente mais sutis. 
Eles podem interferir nos sistemas vitais do corpo,
infligindo doenças e outras enfermidades, e geralmente
destruindo o delicado balanço necessário para
 manutenção da vida.
Efeitos nocivos de Vida precisam de, no mínimo, o
terceiro ponto na Esfera, e infligem a quantidade padrão
de dano (dois níveis por sucesso). Eles não podem ser 
desviados e não precisam de teste de ataque. Se o feitiço 
tiver sucesso, o alvo sofre o dano. Dano por contusão de 
Efeitos de Vida pode ser absorvido com Vigor (dada a 
resistência inerente ao corpo a lesões), mas dano letal e 
agravado não podem. Só contramagia pode proteger 
contra isso. Em ambos os casos, armadura física e formas 
similares de proteção não oferecem bônus de absorção 
contra Efeitos de Vida, que trabalham diretamente no 
corpo da vítima.
Um Efeito de Vida contusivos pode ser em forma de 
toxinas fatigantes, ferimentos e rompimentos dos vasos 
capilares, o esvaziamento do combustível celular do alvo 
(uma espécie de inanição instantânea), ou temporária 
restrição da respiração ou fluxo do sangue. Efeitos letais 
de Vida envolvem dano direto a órgãos, músculos e 
ossos, como também ataques cardíacos e dano similar.
60 Verbena
Esses Efeitos podem ser coincidentes ou vulgares 
dependendo de como e quando eles são lançados. Efeitos 
de Vida Agravados são sempre vulgares e infligem dano 
diretamente no Padrão da vítima, rasgando sua força 
vital.
Se o conjurador escolher, um Efeito nocivo de Vida 
não precisa infligir todo seu dano potencial ao mesmo 
tempo. Ao invés disso, o alvo pode sofrer dano por um 
período de tempo, sofrendo progressivamente de uma 
doença, toxina lenta, hemorragia interna e por aí vai. O 
conjurador coloca o intervalo de tempo, indo desde um 
ciclo até um ano ou mais, e o alvo sofre um nível de 
dano por cada intervalo que passa (ou dois por intervalo, 
ou qualquer jeito que o conjurador quiser dividir). Assim 
que o intervalo for colocado e o feitiço for lançado, não 
pode ser mudado. O conjurador pode escolher terminar 
o feitiço antes de sua efetividade acabar, e os Verbena 
são conhecidos por usar maldições de morte como meio 
de coerção.
Aprimoramentos
Um entendimento da Vida geralmente nasce de um 
desejo de automelhoria ou melhoramento das espécies 
humanas, em geral. Os Verbena são capazes de, usando 
magia de Vida, remodelar e melhorar seu próprio corpo 
em diversas formas. Entretanto, eles tendem a fazer isso 
com cuidado já que esse tipo de magia é ao mesmo 
tempo difícil e perigosa à longo prazo. Efeitos de 
melhoramento necessitam de Vida 3 quando usados no 
conjurador e Vida 4 para encantar os outros.
Vazamento de Padrão: Aprimoramentos de curta 
duração — aqueles que duram por mais ou menos um 
dia ou menos — são relativamente inofensivos, embora 
possam fazer com que o conjurador acumule Paradoxo, 
dependendo da sua natureza. Aprimoramentos de longa 
duração, aqueles que duram mais de um dia, colocam 
uma pressão tremenda no Padrão vital do alvo. 
Essencialmente, o Padrão é forçado a uma forma 
diferente e mantido lá contra a sua natureza. Isto faz 
com que o Padrão comece a falecer, literalmente se 
desfiando e se alimentando da Quintessência nele para 
se sustentar, um processo conhecido como “vazamento 
de Padrão” ou “desfibramento”.
Vazamento de padrão causa ao alvo de um 
melhoramento um nível de dano letal não absorvível 
por dia. Isto não pode ser curado até que Padrão do alvo 
seja restaurado para seu estado original. Um mago — 
tanto o conjurador quanto o alvo — pode gastar um 
ponto de Quintessência para compensar esse dano, 
sustentando energia ao Padrão de vida para mantê-lo 
assim. Isso, algumas vezes, faz com que criaturas 
extremamente melhoradas ou transformadas a se 
tornarem taumívoras, parasitas com um constante 
apetite de Quintessência para sustentá-las.
Alteração de Padrão: É possível evitar vazamento 
de Padrão criando uma alteração permanente no Padrão 
vital do alvo, remodelando-o em uma novaforma 
“natural” para que não sofra nenhuma pressão. Isso 
requer um Efeito vulgar de Vida 4, com um mínimo de 
cinco sucessos, e o conjurador precisa gastar metade da 
quantia normal de experiência necessários para 
aumentar as Habilidades afetadas naturalmente, mesmo 
se não estiver lançando o Efeito em si mesmo. Para 
modificações além das Habilidades, o alvo sofre 
Paradoxo.
Paradoxo Encorporado: Embora seja possível 
transformar um ser humano normal em um 
sobrehumano usando magia, tais coisas não fazem parte 
da realidade aceitável. Magia de Vida que melhora um 
alvo além dos limites normais de sua espécie é sempre 
vulgar. Criaturas permanentemente modificadas 
produzem Paradoxo só pelo fato de existir. Para cada 
ponto acima de 5 em uma Habilidade, e para cada 
melhoria permanente adicional, o alvo ganha um ponto 
permanente de Paradoxo, fazendo com que efeitos de 
Paradoxo sejam bem mais severos a ele. Essa é uma das 
razões de muitos poderosos mestres Verbena viverem no 
Horizonte, nos Reinos Sazonais ou outros lugares na 
Umbra. Os seus níveis sobrehumanos de perfeição mal 
podiam existir na Terra.
Aprimoramentos e Modificações: Os seguintes são 
guias para os tipos de encantamentos e modificações que 
um mago pode criar usando magia de Vida. Note que 
pelo menos uma cena (talvez mais) precisa passar antes 
que o mago possa lançar outro feitiço de melhoria no 
mesmo alvo. Os efeitos de múltiplas mágicas de 
melhoria são cumulativos (e podem resultar em algumas 
surpreendentes transformações), mas mantenha atenção 
nos sucessos destinados às durações dos feitiços e aos 
efeitos do vazamento de Padrão para melhorias de longo 
prazo.
• Habilidades: O aumento de um ponto numa 
Habilidade é necessário um sucesso.
MET: O alvo recebe um nível de graça em uma 
única Habilidade pela duração da magia, que pode ser 
gasto e recuperado normalmente. Tabela de Sucessos: 
Nenhum efeito.
• Vitalidade: Um sucesso pode garantir um nível 
Escoriado extra ou dois níveis Ferido. Note que se, ou 
quando, esses extra níveis de vitalidade sumirem, a 
condição do alvo pode piorar para Incapacitado ou até 
Morto como resultado do dano acumulado.
MET: Um nível Escoriado adicional é garantido, 
que pode ser perdido e recuperado normalmente. 
Tabela de Sucessos: Cada novo sucesso permite um 
nível de vitalidade Ferido extra, até o máximo de dois 
níveis Ferido adicionais.
• Armas Naturais: Um sucesso pode garantir 
garras, dentes afiados, ou armas naturais similares que 
infligem Força + 1 de dano letal. Cada sucesso adicional 
pode aumentar o dano base da arma natural por um, até 
o máximo de Força + 3.
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 61
MET: O alvo ganha um ataque natural que dá um 
nível de dano letal. Tabela de Sucessos: Cada sucesso 
adicional adiciona um nível de dano letal a esse ataque, 
para um máximo de três níveis de dano.
• Armadura Natural: Um sucesso pode garantir ao 
alvo um dado adicional de armadura contra dano por 
contusão ou letal.
MET: Um nível de armadura natural (isso é, um 
nível de vitalidade sem penalidades por ferimentos) 
pode ser adicionado com um feitiço de sucesso. Tabela 
de Sucessos: Nenhum efeito.
• Adaptações: Adaptações geralmente permitem 
ao alvo operar melhor em um particular ambiente, isso 
inclui coisas como guelras (para respirar embaixo 
d'água), uma camada de lã (proteção do frio), pele 
resistente à queimaduras solares e por aí vai. Para cada 
adaptação é necessário um sucesso.
MET: Altamente narrativo, embora modificadores 
Característicos possam ser adicionados em condições 
particularmente apropriadas (ou adversas) ao organismo 
modificado.
• Modificações: Essas mudanças na aparência do 
alvo são altamente cosméticas. Modificando qualidades 
pequenas como olho, cabelo ou cor de pele, ou até 
mesmo maiores como gênero, altura ou peso, geralmente 
só precisa de um sucesso (dois ou três para modificações 
realmente extensivas). Diferente das melhorias, estas 
não causam Paradoxo permanente se feitas com parte do 
Padrão do alvo.
MET: Novamente, altamente narrativo, embora 
quaisquer dessas modificações devam ser indicadas com 
vestes ou cartões descritivos quando necessário. Tabela 
de Sucessos: Nenhum efeito.
Metamorfoses
A metamorfose é um dos poderes mais conhecidos 
dos Verbena, que se consideram irmãos dos passados, 
bestas, peixes e todas as outras criaturas da natureza. 
Para aqueles habilidosos na Esfera da Vida, o corpo é 
como barro, para moldar como desejarem. Mudar de 
forma precisa de Vida 4.
Perda da Identidade: Um dos perigos de mudar de 
forma é que o mago realmente se torna a forma 
assumida. Aqueles que ainda não têm a maestria na arte 
podem perder sua própria identidade, se tornando a 
forma nova na mente além do corpo. Magos com Vida 4 
que mudam de forma precisam gastar um ponto de Força 
de Vontade temporário para cada dia que permaneçam 
em uma outra forma. Caso contrário, sua verdadeira 
personalidade é subjugada pela natureza de sua nova 
forma. Com formas como animais ou árvores, o mago se 
esquece de sua vida passada e perde a habilidade de 
voltar a sua forma normal. Mestres de Vida não são 
afetados pela perda de identidade. Eles podem se 
transformar em qualquer criatura enquanto conseguem 
manter sua identidade normal.
Idade e Mortalidade
Mestres Verbena (ou até Iniciados) da magia de 
Vida estão livres de doenças e praticamente imunes a 
qualquer veneno que não os mate ou incapacite 
imediatamente. Eles podem curar praticamente 
qualquer ferimento, adiar os efeitos do 
envelhecimento, eliminar defeitos congênitos e 
garantir a si mesmo saúde completa e total. Pode 
parecer que os Mestres Verbena são capazes de viver 
para sempre, mas não é assim, e na verdade, os 
Verbena são gratos por isso.
Embora a magia de Vida seja capaz de prolongar 
a vida vastamente, e muitos anciões Verbena terem 
mais de um século de idade, não poderia garantir a 
verdadeira imortalidade na qual o mago viveria para 
sempre. O impulso de morrer é construído em todos 
os Padrões viventes e nenhuma magia conhecida é 
capaz de eliminar inteiramente. Até os Mestres de 
Entropia só podem reduzir os riscos, não removê-los. 
Mais cedo ou mais tarde, o corpo começa a ceder e 
morre, e nenhuma magia pode prevenir isso. O fim 
pode não vir por séculos, eventualmente até mais, 
mas magos morrem cedo ou tarde.
Os Verbena não têm objeções em prolongar a 
vida. Afinal, eles amam a vida e entendem o desejo 
de continuar aproveitando-a. Entretanto, eles o fazem 
sabendo que suas vidas acabarão em algum ponto, 
passando seus Avatares para outros como parte do 
giro da Roda da Vida.
O que os Verbena mais temem é prolongar a vida 
muito além de ela ter parado de valer a pena. Esse é o 
trabalho dos Progenitores e é uma abominação contra 
tudo o que os Verbena acreditam. Esse é o motivo de 
que até mesmo os mais velhos Verbena são tão vivos 
e vibrantes, porque aqueles que perdem sua vitalidade 
e o deleite pela vida sabem que é sua hora de morrer. 
Claro, não é sempre tão fácil deixar a vida, 
especialmente quando há outras opções. Os Verbena 
contam histórias daqueles que ficaram tão apegados à 
sua suposta imortalidade, ao ponto que eles 
concordaram em se vender para os Nefandi para que 
pudessem continuar vivendo.
Tamanho: Magos usando Vida 4 podem assumir só 
as formas que têm aproximadamente a mesma massa que 
a do mago. Mestres da Vida podem assumir a forma de 
qualquer criatura viva, tão pequena quanto um inseto ou 
tão gigantesca quanto uma baleia ou até mesmo um 
dinossauro (ou um dragão, no que tange ao assunto).
Vestimentas: A magia de Vida tem o poder de 
remodelar só tecidos vivos, nãomatéria inanimada. 
Então um mago que muda de forma precisa ou descartar 
a roupa e outras vestimentas ou levá-las em conta como 
parte do feitiço de transformação. Os Verbena 
geralmente preferem vestuários largos e de fácil descarte
62 Verbena
como batas (ou ficar nu) por este motivo. Se o mago 
muda de forma enquanto usa roupas, provavelmente irá 
rasgá-las se a forma nova é um pouco diferente e pode 
enroscar o mago se a nova forma for menor (como um 
corvo, gato ou rato).
Os Verbena podem usar Primórdio 1 para 
magicamente harmonizar certas posses, efetivamente 
fazendo-as parte do próprio Padrão do mago. Estes itens 
mudam de forma junto com o mago, se fundindo à nova 
forma e reaparecendo quando o mago voltar ao normal. 
Os Verbena harmonizam objetos importantes, mas eles o 
fazem frugalmente, já que esses itens se tornam parte 
deles, e podem ser potencialmente usados contra eles 
magicamente, como um tufo de cabelo ou algumas gotas 
de sangue. Maravilhas pertencentes aos magos já estão 
harmonizadas como parte de sua natureza magia.
Um Efeito conjunto de Matéria 3 permite qualquer 
matéria com o mago (roupas, jóias e outros acessórios) 
desapareça quando o mago muda de forma e reapareça 
quando ele retorna para sua forma normal.
Familiaridade: Se movimentar como um lobo, 
golfinho ou falcão é consideravelmente diferente de 
andar em duas pernas como humano, e precisa de um 
pouco de costume. À escolha do Narrador, Iniciados em 
Vida podem sofrer um pequeno aumento de dificuldade 
para suas ações fisicas (+1 ou +2) enquanto em outra
forma. Mestres da Vida são confortáveis em qualquer 
forma e não sofrem esta penalidade a não ser que a nova 
forma seja particularmente estranha.
 MET: Àqueles sofrendo
 não-familiaridade em sua
 nova forma incorre uma
 penalidade de um ponto para
 todos os Testes Físicos, até que 
eles tenham tempo o suficiente para ter a maestria de 
sua nova forma (à escolha do Narrador).
Antevos: Os Verbena não são limitados à 
transformação em animais da Terra. Eles podem se 
tornar também bestas míticas, como unicórnios, dragões, 
grifos ou até mesmo macacos voadores, se quiserem. 
Essas transformações são sempre consideradas “vulgar 
com testemunhas”, mesmo que ninguém veja o mago se 
transformar, simplesmente porque a realidade foi 
fortalecida contra a própria existência desse tipo de 
criaturas. Este é o motivo dos Verbena tenderem a 
assumir formas animais mais geralmente do que aquelas 
de Antevos. Magos também não adquirem magias inatas 
de quaisquer formas que assumirem, embora eles possam 
usar Efeitos conjuntos com outras Esferas para garantir à 
forma nova poderes similares, como um Efeito de Forças 
3 para que uma forma dragão também possa cuspir fogo.
Formas Múltiplas: Com Correspondência 4 e 
Mente 2, um Iniciado em Vida pode até mesmo se 
dividir em múltiplas criaturas, cada uma entidade viva 
separada, mas possuindo uma mente e espírito em 
comum (aqueles do mago original.) Mestres Verbena 
tem o poder de se transformar em um bando de corvos, 
cardume de peixes, ou até mesmo uma nuvem de insetos 
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 63
que picam. Membros individuais do grupo até podem ser 
mortos, mas enquanto um sobreviver, a força de vida do 
mago perdurará. Qualquer criatura sobrevivente pode se 
transformar de volta à sua forma original, as suas outras 
formas restantes somem. Se o grupo sofrer perdas, então 
o mago sofre ferimentos equivalentes em sua forma 
normal. Alguns Verbena engrandecem a experiência de 
existir como um bando de pássaros, por exemplo, 
embora alguns achem a experiência difícil de assimilar.
MET: Com a apropriada rotina conjunta (apenas se 
regras opcionais para mágicas conjuntas estão em jogo), 
o mago pode se dividir em várias criaturas do mesmo 
tipo. Desnecessário dizer que muitos acessórios e 
possivelmente alguns Narradores podem ser necessários 
para evitar confusão nessa situação. Dano sofrido nesta 
forma é para o Narrador advogar, mas como regra 
prática, a destruição de cada 10% do grupo depois dos 
primeiros 30% é igual a um nível de vitalidade perdido. 
Tabela de Sucessos: Cada sucesso adicional permite um 
tempo maior na forma “enxame”, ou mais divisões em 
um número maior de animais.
Transformação: As diretrizes apresentadas aqui 
também se aplicam a usar magia de Vida para 
transformar outra criatura em uma forma diferente. 
Perda de Identidade é uma ameaça particular para 
criaturas transformadas em outras formas, já que elas vão 
eventualmente esquecer suas próprias identidades. Os 
Verbena são bem conhecidos por transformar aqueles 
que os ofenderam em sapos, cachorros e porcos (Ver 
Encantamento de Circe, p. 66). Eles podem também 
transformar bestas em humanos, dando-os níveis 
humanos de inteligência (embora não necessariamente 
experiência). Essas bestas podem até se tornar 
totalmente humanas depois de um tempo e eles podem 
não querer voltar às suas vidas anteriores.
O Livro das Sombras:
Rotinas Verbena
As rotinas seguintes são bem conhecidas entre os 
Verbena, muitas datam da Era Mítica, passadas por 
convenções e livros das sombras centenários.
Língua da Serpente (Mente )●●
Os Verbena são conhecidos há muito tempo por 
conta de sua habilidade em entender o mundo natural, 
particularmente a língua das bestas e pássaros, e de 
conversar com eles. A linguagem dos animais não é 
muito complexa (embora algumas criaturas tenham um 
entendimento refinado sobre alguns conceitos). Os 
animais são geralmente bem dispostos a falar com o 
Verbena que os escolhem, desde que eles não estejam 
famintos ou ameaçados de alguma forma. Mesmo assim, 
o animal pode falar, mas só para comunicar esses 
sentimentos. A criatura não está compelida a obedecer 
ao conjurador, mas pode ser persuadida a ajudar, 
principalmente se for oferecido algo que ela quer. 
Magia de Vida e Metamorfos
Sem adicionar a magia de Espírito na mistura, 
magia de Vida de metamorfose tem menos efeito em 
metamorfos como os Feras. Qualquer coisa menor que 
o completo e permanente reescrever do Padrão do 
alvo não dura muito. A natureza volátil das Feras se 
afirma e eles podem voltar instantaneamente a sua 
forma natural. Logo, fazer um feitiço para transformar 
um lobisomem em um sapo acaba por ser ineficaz. 
Leva-se uma quantia considerável de tempo e esforço 
para causar mudanças na forma e no espírito de um 
metamorfo, e não é provável que o Fera espere 
sentado.
Um mago usando Vida 4 pode lançar um feitiço 
para prender um metamorfo em sua forma atual e 
prevenir a mudança de forma pelo tempo que durar o 
feitiço ou forçar um metamorfo a mudar para uma de 
suas formas naturais e permanecer na mesma. Não é 
necessário dizer que, as Feras não apreciam ser 
manipuladas desse modo e a maioria irá atacar 
qualquer mago que o faça.
Metamorfose e Identidade
Os Verbena que dominam a arte da metamorfose 
geralmente desenvolvem ideias bem variáveis sobre 
identidade. Tendo existido como besta e pássaro, 
capaz de tomar as formas de outras pessoas (incluindo 
o sexo oposto), eles tendem a não associar identidade 
à forma física, e sim com o espírito, personalidade e 
autoconhecimento. Eles alteram sua aparência física à 
vontade, assim como outros trocam de roupas, e eles 
geralmente têm uma vastidão de experiências, 
tornando-os excepcionalmente liberais e empáticos. 
Eles literalmente andaram (e correram e voaram e 
nadaram) com outros pés.
Sistema: Um sucesso simples é o suficiente para 
permitir o mago a falar e entender qualquer criatura ao 
alcance do ouvido. As vocalizações do animal não 
mudam, o mago simplesmente entende o significado.MET: Iniciante em Mente. Falando por via de 
regras, esta rotina é largamente um exercício de 
interpretação, embora a regra do Narrador possa permitir 
um novo teste de graça de Empatia com Animais ou 
Sobrevivência. Tabela de Sucessos: Nenhum efeito.
Idade das Trevas: Bruxos da Antiga Fé lançavam 
esse feitiço com Primavera .●●
Parar o Voo das Flechas (Forças )●●
No Hávamál nórdico, o deus Odin proclamou, “Se 
eu ver flechas lançadas prejudicarem minha horda, não 
importa o quão rápido voem, eu as pararei no ar.” Desde 
tempos antigos, talhadores de runas têm amuletos 
conhecidos para repelir o vôo de flechas e armas 
similares, e eles passaram esse conhecimento para os 
64 Verbena
Verbena. O feitiço cria uma barreira que rouba de 
qualquer tipo de projétil sua força motriz fazendo com 
que fiquem suspensos no ar por um momento antes de 
caírem inofensivas ao chão. Um mago protegido por este 
encantamento é imune não só de lanças arremessadas e 
flechas, como também de modernas armas balísticas.
Sistema: Sucessos no lançamento da magia são 
subtraídos dos sucessos rolados para acertar o alvo com 
uma arma de projétil, de uma pedra jogada até uma 
flecha ou até mesmo uma bala. Se a rolagem de ataque é 
reduzida para zero ou menos sucessos, então o projétil cai 
inofensivo para o chão a pouca distância do alvo, 
desprovido de sua cinética. Mesmo se o ataque ainda 
tiver um ou mais sucessos, o acerto é amortecido pelo 
feitiço de algum jeito (já que menos sucessos significam 
menos dados de dano). O conjurador precisa alocar 
sucessos à duração para manter o feitiço e ele pode 
proteger mais alvos colocando sucessos para aumentar a 
área do Efeito.
MET: Iniciante em Forças. O sucesso da magia 
permite um ataque a distância ser negado sem efeito 
aparente, enquanto as balas ou a flecha caem 
inofensivamente no chão pouco antes de poder ter 
atingido o alvo. Tabela de Sucessos: Nenhum efeito.
Deportação Abençoada 
(Entropia , Mente , talvez com●● ●● 
Correspondência )●●●
Os Verbena que mantém a crença de “não ferir” 
acham outros modos de lidar com pessoas problemáticas 
em suas vidas. Um desses é a “libertação com amor” 
como alguns Seguidores da Lua chamam. Usando 
alguma conexão com o alvo (como uma foto ou uma 
mexa de cabelo), o Verbena manda boa sorte, junto com 
a sugestão mental para aproveitar a oportunidade, com a 
intenção de que a benção do alvo o levará para longe 
(de preferência bem, bem longe) por algum tempo. Por 
exemplo, o alvo pode conseguir uma oportunidade de 
emprego no outro lado do continente (ou até mesmo no 
outro lado do mundo), ganhar uma viagem ou férias, 
ouvir de parentes distantes que nem sabia que tinha e 
assim em diante.
Sistema: Ao menos três sucessos são necessários 
para mandar o alvo para longe por ao menos um dia, 
com sucessos adicionais estendendo a duração da 
ausência do alvo assim que a benção chegar até ele. 
Quatro sucessos são suficientes por um mês, quatro 
sucessos para seis meses, e seus sucessos ou mais podem 
fazer o alvo sair por um ano ou mais (talvez 
permanentemente, sob a decisão do Narrador).
MET: Iniciante em Entropia, Iniciante em Mente, 
opcional Discípulo em Correspondência. Sucesso indica 
que o alvo recebe algum golpe de boa sorte que, para que 
ele realmente receba, seja necessário sair da área pelo 
resto da próxima cena/hora (seja qual for mais longo). O 
alvo é inclinado a seguir sua boa sorte a não ser que 
outros negócios urgentes apareçam. A natureza dessas 
benções é de escolha do Narrador, mas deve ser genuína. 
Alvos Despertos podem gastar um ponto de Força de 
Vontade para ignorar esta rotina, embora sua boa sorte 
seja perdida. Tabela de Sucessos: Uma hora/cena 
adicional por sucesso.
Idade das Trevas: Raramente usada antes dos 
tempos modernos, este feitiço precisa de Outono ,●● 
Verão . Entretanto, a maioria dos praticantes dos●● 
Antigos Costumes prefere meios mais violentos de 
eliminar aqueles que desgostam.
Sangue do Rei Sagrado 
(Primórdio )●●●
Os Verbena entendem bem o poder do sacrifício, a 
energia amarrada aos Padrões vivos, que é liberada no 
momento da morte, se reunindo de volta à fiação da 
Trama. Aquele poder pode ser capturado e canalizado 
para fins mágicos, principalmente se o sacrifício for 
voluntário (e até mesmo se não for). A ressonância 
emocional de um sacrifício voluntário trabalha em 
harmonia com a magia, ao passo que as emoções de um 
sacrifício involuntário podem manchar o feitiço com 
uma ressonância inesperada ou não desejada (de morte, 
medo, dor ou vingança).
Entre os Verbena, o mais comum sacrifício (fora o 
Auto Sacrifício) é aquele que o Rei Sagrado, que da sua 
vida para a terra, ou a Rainha de Maio, que faz o mesmo. 
A saúde da terra é o dever de seu governante. Quando a 
terra vacila, o governante precisa perecer para fazê-la 
forte novamente.
Um Adormecido sacrificando a si pode liberar um 
incrível quantia de Quintessência. Entretanto, um mago 
que se sacrifica voluntariamente, pode atingir coisas 
realmente incríveis pelo seu sacrifício.
Sistema: Para cada um dos níveis de vitalidade do 
Adormecido sacrificado (contusão e letal) o conjurador 
ganha um ponto de Quintessência, então um sacrifício 
humano concede 14 pontos de Quintessência, que o 
mago pode usar como desejado. Se o alvo tem alguma 
Quintessência natural, ela é adicionada ao total 
supracitado. O estado de espírito do alvo na hora da 
morte aplica uma forte Ressonância à Quintessência 
coletada, a qual o Narrador deve levar em consideração 
quando for usada.
Um mago Desperto que se sacrifica (ou permite-se 
ser sacrificado), por outro lado, fornece a Quintessência 
vital, mas faz muito mais em adição — ele pode renovar 
um Nodo moribundo sacrificando sua vida e seu Avatar 
para abrir o Nodo. Se o mago canaliza sua morte para 
este propósito, ele aumenta o nível do Nodo em um 
ponto para cada dois níveis de Arete (arredondado para 
cima se o jogador rolar qualquer 10; arredondado para 
baixo de outra forma).
Esta rotina não pode ser usada rapidamente. Além 
disso, se mais que um mago fizer um sacrifício em um 
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 65
Nodo no espaço de um ano, o Nodo pode se tornar 
instável e começar a se comportar irregularmente 
(variando drasticamente a sua saída de Quintessência, 
por exemplo, ou se tornando um baixio ou algo assim).
Um mago que sacrifica a si mesmo deste jeito não 
pode ser trazido de volta por nenhum meio. Ele não se 
torna um fantasma de qualquer tipo, nem pode ser 
contatado de qualquer jeito. Seu Avatar e espírito são 
ambos investidos inteiramente no Nodo que está 
revivendo. Nada resta da personalidade do mago, 
exceto, possivelmente, alguma tendência da terra a 
manifestar as características de sua personalidade em 
alguma forma vaga e simbólica.
MET: Discípulo em Primórdio. Devido à potencial 
natureza perturbadora em live action, é recomendado 
que essa rotina seja mantida inteiramente descritiva e 
usada somente em momentos dramáticos adequados ou 
para levar adiante a trama da crônica como um todo.
Idade das Trevas: A prática do sacrifício era bem 
conhecida entre a Antiga Fé e os Valdaermen, que 
usavam Outono , Verão , e Forlog , Galdar●●● ●●● ●●● 
, respectivamente, para reunir o poder para eles.●●●
Encantamento de Circe (Vida )●●●●●
A lendária feiticeira Circe usava sua magia para 
transformar homens em bestas. Os Verbena têm 
praticado há muito tempo a arte da transformação, 
embora seja uma arte difícil de adquirir maestria. O 
mago precisa tocar o alvo ou alvos do feitiço com uma 
varinha ou borrifá-los com um elixir de ervas destiladaspara iniciar o processo de transformação em qualquer 
tipo de besta desejada. Alguns usos particularmente 
infames deste encantamento incluem transformar alguns 
alvos em predadores e outros em presas, restaurando a 
forma do primeiro só depois dele ter caçado, matado e 
comido o segundo. Outro é transformar alguns alvos em 
animais machos e outros em fêmeas, permitindo-os 
experimentar acasalamentos e nascimentos de filhos 
antes que eles sejam restaurados.
Os Verbena também usam esse feitiço como um 
tipo de benção, permitindo a outros experimentar a vida 
na forma de besta, planando como um águia, ou 
nadando como um golfinho, por exemplo. É um 
presente raro, e não deve ser dado facilmente.
Sistema: Cinco sucessos são necessários para 
transformar o alvo completamente. Menos sucessos 
podem resultar somente em transformações parciais 
(como dar ao alvo a cabeça de um burro ou a parte de 
baixo de um cavalo). Cada alvo adicional exige um 
sucesso a mais, e pelo menos um sucesso deve ser 
designado para a duração (para que o feitiço dure mais 
do que um momento). Isto torna o Encantamento de 
Circe um feitiço exaustivo até mesmo para um mago 
habilidoso.
MET: Mestre em Vida. Uma conjuração de sucesso 
transforma o alvo em uma besta normal a escolha do 
conjurador por um turno/minuto. Alvos aceitando esta 
rotina voluntariamente (incluindo o conjurador) podem 
gastar um ponto de Força de Vontade para melhorar a 
duração por 10 minutos. Tabela de sucessos: Cada nível 
de sucesso permite a um alvo adicional ser transformado, 
ou um minuto adicional somado a duração.
Idade das Trevas: Primavera e Verão são●● ●●●● 
necessários para os magos da Antiga Fé lançarem esse 
feitiço. Valdaermen lançam um feitiço similar usando 
Galdrar e Hjaldar .●● ●●●●
Maldição de Macha (Vida )●●
Na antiga Irlanda, a deusa Macha foi forçada, 
grávida, a correr a pé contra o cavalo mais rápido do 
reino para provar seu valor. Ela venceu e imediatamente 
entrou em trabalho para ter seu bebê. Ela lançou uma 
maldição sobre os homens de Ulster, que quando eles 
necessitassem de suas forças eles sentiriam a dor do 
parto, do mesmo jeito que ela sofreu. Essa maldição 
permite aos Verbena causarem à vítima, macho ou 
fêmea, sentir as dores do parto arrebatando-os. A 
maioria das mulheres Verbena usa isto para ensinar aos 
homens uma lição sobre “o sexo frágil.”
Sistema: Cada sucesso no feitiço é tratado como 
dois níveis de dano por contusão na hora de determinar 
as penalidades nos dados devido à terrível dor. Alvos 
Incapacitados pelo feitiço são incapazes de fazer 
qualquer coisa além de gemer e se contorcer em agonia. 
Sucessos podem ser destinados para duração 
normalmente, embora o mago também possa escolher 
conscientemente a manter o feitiço.
MET: Iniciantes em Vida. Os alvos sofrem 
penalidades de ferimento como se tivessem sofrido dois 
danos de contusão, embora não tenha sido causado 
dano. Esta dor dura por 10 minutos ou até o conjurador 
resolver pará-la. Alvos Incapacitados por essa dor não 
têm alternativa a não ser revirar em agonia, e aqueles 
além desse limite desmaiam pela duração do Efeito. 
Tabela de Sucessos: Nenhum efeito.
Idade das Trevas: Esta maldição era conhecida 
pelas mulheres da Antiga Fé, que a lançavam usando 
Outono .●●●
Estado da Terra
(Correspondência , Vida )●● ●●
Unidade com a natureza tem sido o pilar que segura 
a crença Verbena, algo que essa magia torna realidade. 
O conjurador tece um encantamento que o conecta a 
toda vida em uma determinada área, tanto plantas 
quanto animais, permitindo ao mago consciência da 
natureza do lugar e de tudo o que está acontecendo lá. 
Geralmente, quanto mais sofisticada e abundante for a 
vida da área, mais o Verbena é informado. Esse feitiço é 
mais efetivo em uma mata antiga ou em uma floresta 
cheia de numerosas criaturas, menos efetivo em um 
deserto infértil, e quase inútil em um cenário arruinado e 
pobre. A informação vem filtrada pela vida da terra, 
então é provável que alguma coisa seja distorcida por 
66 Verbena
diferentes perspectivas.
Sistema: Um sucesso é necessário para criar a 
conexão entre o mago e a vida do local. Sucessos 
adicionais expandem o alcance das percepções do mago 
em: 90 metros, em área, com um sucesso extra, subindo 
para 1,6 km com dois, 16 km com três, 160 km com 
quatro, e 800 km com cinco. Em grandes distâncias, a 
informação que o mago recebe se torna crescentemente 
vaga, simplesmente porque é muita coisa. O Narrador 
pode pedir um teste de Percepção + Consciência 
(dificuldade 1 + o número de sucessos da magia) para 
separar informações específicas.
MET: Iniciante Correspondência, Iniciante Vida. 
Pelo resto da cena, o mago pode refazer todos os testes 
de Consciência relacionados à área ao redor, e talvez 
receba flashes de informação respingados da flora e fauna 
locais, de acordo com o Narrador. Essa rotina não tem 
funcionamento em áreas sem arredores abundantes de 
vida natural. Tabela de Sucessos: Cada grau de sucesso 
adiciona outra cena à duração.
Idade das Trevas: Bruxas e druidas da Antiga Fé 
lançavam esse feitiço com Outono , Primavera .●● ●●●
Círculo Mágico 
(Primórdio , Espírito )●● ●●
Frequentemente, os Verbena fazem seus ritos nas 
cercanias de um círculo guarnecido para protegê-los de 
quaisquer influências e espíritos indesejáveis, com a 
intenção de manter o poder dentro até que ele cresça o 
suficiente para ser liberado no momento certo. 
Tradicionalmente, eles criam o círculo andando ou 
traçando as bordas com uma varinha, cajado ou espada 
três vezes. Os espíritos dos quatro elementos e das quatro 
direções então são chamados para consagrar e reforçar os 
limites do círculo até que o Verbena os solte.
Sistema: Um Círculo Mágico pode ter uma área 
em metros igual ao Arete do mago e cada sucesso 
dedicado à área aumenta em um metro. Um círculo feito 
para um ritual específico dura até que o ritual se 
complete. Um círculo feito para qualquer outro 
propósito deve ter sucessos designados para sua duração. 
Os sucessos remanescentes do conjurador concedem 
dados para contramágica. Esses dados são rolados 
automaticamente contra qualquer feitiço lançado em um 
alvo dentro dos limites do círculo. Faça um teste de 
Força de Vontade (dificuldade 6) por qualquer espírito 
que tente cruzar os limites do círculo. Um número de 
sucessos iguais aos sucessos da magia são necessários para 
fazer isso. Espíritos não conseguem afetar quem está 
dentro do círculo com seus poderes.
MET: Iniciante Primórdio, Iniciante Espírito. 
Espíritos que querem cruzar os limites do círculo devem 
vencer o conjurador numa Disputa de Força de Vontade, 
com o mago adicionando seu nível de Arete à parada de 
Força de Vontade com o propósito de reter ou cobrir. 
Adicionalmente, espíritos não conseguem atingir 
aqueles dentro do tal círculo com sues poderes a não ser 
que entrem pela proteção, e os magos podem refazer 
todos os testes de contramágica enquanto estiverem 
dentro do círculo. Tabela de Sucessos: Nenhum efeito
Idade das Trevas: Esse feitiço surgiu nos rituais da 
Antiga Fé, usando Outono para lançar.●●
Abnegação (Primórdio )●
O deus nórdico Odin se enforcou nos galhos da 
Árvore Mundo para ganhar o conhecimento das runas. 
Assim, devem os Verbena se sacrificarem para sua magia 
de vez em quando. Rituais de dor e resistência — tão 
simples quanto cortar runas na carne ou açoitamento ou 
tão complexo quanto se enforcar imitando o sacrifício de 
Odin ou a Dança do Sol dos nativo americanos — 
abastecem a magia Verbena. Outros magos consideram 
tais primitivos e dolorosos rituais desnecessários, mas os 
Verbena entendemque, às vezes, a dor é o melhor 
caminho para saber que você está vivo e a disposição ao 
sacrifício é uma das maiores forças.
Sistema: Para cada nível de dano por contusão que 
o mago sofre, ele ganha um ponto de Quintessência para 
ser usado em um feitiço em especial. Para cada nível de 
dano letal, o mago ganha um ponto extra de 
Quintessência. Esse dano é aplicado diretamente ao 
Padrão do mago, então não pode ser curado usando 
magia, apenas tempo e descanso. Essencialmente, os 
Verbena drenam sua própria força vital, sugando a 
Quintessência de seu ser, para abastecer sua magia.
MET: Aprendiz Primórdio. Cada nível de 
vitalidade perdido por dano por contusão adiciona um 
Ponto de Quintessência que só pode ser usado por uma 
única rotina nomeada quando Abnegação é conjurada. 
Dano letal adiciona Pontos de Quintessência do mesmo 
jeito, mas eles podem ser usados por qualquer rotina. 
Nenhum tipo de magia de cura pode curar o dano 
causado por essa rotina, apenas descanso natural. 
Tabela de Sucessos: Nenhum efeito.
Idade das Trevas: Magos da Antiga Fé lançam esse 
feitiço usando Outono ●, enquanto os Valdaermen o 
lançam usando Galdar ●.
Melodias do Sono, Risada ou Pesar
(Mente )●●
Era dito que o deus celta Dagda tinha uma harpa 
mágica que tocava certas músicas que podiam encantar 
todos aqueles que as escutavam. Aquelas melodias 
assustadoras causavam risadas ou prantos incontroláveis, 
ou mandava ouvintes para um sono profundo e pacífico. 
Os poetas e skalds dos Verbena têm praticado a arte de 
influenciar e encantar ouvintes com suas música e 
podem produzir efeitos similares. Tradicionalmente é a 
melodia da harpa, gaita de foles ou flauta que produz a 
magia, mas alguns Verbena acompanham o instrumento 
com uma canção ou até mesmo cantam sem 
acompanhamento. Alguns magos têm conseguido 
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 67
alcançar os mesmos efeitos com instrumentos modernos.
Sistema: O mago tece uma poderosa melodia de 
emoção com sua música. O sucesso em lançar o feitiço 
determina a força da emoção. Dois ou três sucessos são o 
bastante para os ouvintes sentirem qualquer emoção que 
o mago projete. Quatro ou mais fazem o alvo sentir 
intensamente, e até a agir sob isso. Nesse nível de 
sucesso, o alvo ri ou chora abertamente ou cai em um 
estado de leve e pacífica sonolência. Um alvo pode 
gastar um ponto de Força de Vontade temporário para 
mandar o Efeito embora por pouco tempo, mas, 
enquanto o mago tocar, ele retornará. Os efeitos do 
feitiço acabam um minuto depois do mago parar de tocar 
ou cantar, embora ouvintes que tenham caído no sono 
permaneçam dormindo por, no mínimo, uma hora ou 
duas, a não ser que sejam acordados antes disso.
MET: Iniciante em Mente. Depois de lançar essa 
rotina, o mago precisa vencer seu alvo em um teste 
Social de Performance ou Expressão, aquela que servir 
melhor à mídia escolhida. Se tiver sucesso, o alvo 
imediatamente começa a sentir a emoção específica pelo 
resto da cena. Aqueles que são colocados para dormir o 
fazem pacificamente, embora eles levantem 
instantaneamente se atacados. A performance também 
precisa continuar, ou o efeito acaba um minuto depois. 
Tabela de Sucessos: Cada alvo adicional necessita de 
mais um sucesso.
Idade das Trevas: O Pilar necessário para esse 
feitiço depende da emoção que o músico deseja causar: 
Verão para risadas, Inverno para dormir e pesar.●● ●●
Força da Terra (Vida )●●●
Para os Verbena, a Terra viva é uma fonte de 
grande força, espiritualmente e magicamente. Usando 
esse feitiço, também é uma fonte de grande força física, 
investindo o mago com o poder para elevar montanhas e 
direcionar o curso de grandes rios. Para lançar esse 
feitiço, o Verbena precisa estar em contato com a rocha 
crua, terra, areia ou lama. Chãos pavimentados e de 
madeira não adiantam, embora sólidos pisos de pedra 
firmemente colocados no chão podem funcionar, à 
escolha do Narrador. O conjurador não precisa estar 
descalço, embora alguns Verbena prefiram estar ao usar 
essa magia. O feitiço também termina se o mago perder 
o contato com a terra por qualquer motivo.
Sistema: Cada sucesso no feitiço adiciona um 
ponto à Força do mago. O conjurador precisa também 
distribuir sucessos para duração do feitiço para que dure 
por mais de um momento. O feitiço é coincidente até 
que a Força do mago fique nos limites humanos (até 
cinco). Níveis maiores precisam de magia vulgar para 
serem alcançados. Uma rotina similar existe que usa 
árvores de carvalho para fortalecer o Vigor do mago.
MET: Discípulo em Vida. Essa rotina dá ao mago 
as Características Físicas: Forte e Feroz. Essa rotina é 
coincidente se isso não aumenta os pontos além do 
máximo, mas será vulgar se o fizer. Caso contrário, esses 
Características podem ser declaradas ou perdidas 
normalmente. Tabela de Sucessos: Nenhum efeito.
Idade das Trevas: Magos da Antiga Fé lançavam 
esse feitiço usando Verão , enquanto Valdaermen●●● 
lançavam algo similar usando Hjaldar .●●●
Lei do Triplo Retorno 
(Entropia , Tempo )●●●● ●●●●
Muitos Verbena acreditam na Lei do Triplo 
Retorno, que diz que tudo o que você faz volta para você 
três vezes no fim das contas. Alguns Verbena não 
querem esperar pelo “fim de contas”, então eles resolvem 
ajudar um pouco as coisas, dando um toque de “karma 
instantâneo” para que os outros recebam exatamente 
aquilo que merecem.
O Verbena prepara um talismã adequado como foco 
para o feitiço, que deve ser usado ou carregado. O 
talismã mais comum é um pequeno espelho ou outro 
objeto reflexivo, embora anéis de metal (representando 
a natureza circular da Lei do Três), símbolos conectados 
com destino e tecidos ou cordas com nós (de três cores) 
também são comuns. O Verbena escolhe quando ativar 
o talismã, liberando o poder do feitiço.
Sistema: O mago precisa conseguir pelo menos um 
sucesso para preparar o talismã. Quando o feitiço é 
liberado, o número total de sucessos determina a 
efetividade. Isso exagera as ações feitas pelo alvo a favor 
ou contra o mago e retorna essa sorte (boa ou má). 
Então alguém que fez um bem ao mago pode receber um 
pequeno beneficio (para um sucesso) até uma 
imensamente grande maré de sorte (para quatro ou mais 
sucessos). Alguém que fez mal ao mago pode sofrer um 
mal semelhante (por um sucesso) até uma terrível 
sequência de azar realmente ruim (quatro ou mais 
sucessos).
MET: Iniciado em Entropia, Iniciado em Tempo. 
Essa rotina se baseia em boa parte no que o Narrador 
advogar, mas eles são encorajados a fazer os resultados 
serem adequadamente dramáticos, para o bem ou para o 
mal — afinal, o alvo só esta colhendo o que plantou. 
Tabela de Sucessos: Cada sucesso permite uma punição 
(ou recompensa) mais duradoura, ou um resultado pior.
Idade das Trevas: Mestres em manipulação do 
destino, os Valdaermen lançavam esse feitiço usando 
Forlog .●●●●
Águas da Fonte da Vida 
(Vida )●●●●●
Embora os mestres dos Verbena possam criar vida, é 
um poder que raramente utilizam. O mesmo é verdade 
para o poder de restaurar a vida nos mortos. Dizem que 
desse jeito é que nasceu a hubris de Asclépio e 
Hipócrates, que levou à criação do Círculo Cosiano e 
seus herdeiros modernos, os Progenitores. Tal poder 
sobre a vida é necessariamente limitado, porque sem a 
68 Verbena
morte, a vida não tem sentido.
Entretanto, os Verbena realmente possuem os 
segredos místicos para segurar a morte por um tempo. 
Esse encantamento foi encontrado (de uma forma ou 
outra) entre muitos dos diferentes galhos da Antiga Fé, 
dos druidas até bruxas de Tessália passando pelas 
adivinhas do norte. O mago imbuium banho — 
geralmente num grande caldeirão — com ervas sagradas 
e poder mágico, transformando-a em águas da Fonte da 
Vida, que pode restaurar a vida dos mortos recentes.
Sistema: Um mínimo de quatro sucessos é 
necessário para o feitiço funcionar e só é possível se o 
alvo estiver morto não mais que o número de horas igual 
ao Arete do conjurador. O morto é trazido de volta à 
vida com um único nível de vitalidade e precisa se
recuperar normalmente daí em diante ( embora 
cura magia possa ajudar nisso também ) . Esse 
feitiço é sempre vulgar, já que brincar com as 
forças da vida e da morte desse jeito não é pouca 
bosta.
MET: Mestre em Vida. Sucesso restaura a vida de
um corpo como já descrito e o alvo aos mesmos limites. 
À escolha do Narrador, essa rotina pode ficar mais difícil 
ou até mesmo impossível dependendo da condição do 
corpo e da natureza da morte. Este efeito é sempre 
incrivelmente vulgar e, até o sucesso, geralmente resulta 
na visita de espíritos do Paradoxo. Pior ainda, o mago 
poder ser levado a uma aterrorizante visita ao Mundo 
dos Mortos para aprender o valor da vida e morte. 
Tabela de Sucessos: Nenhum efeito.
Idade das Trevas: Os magos da Antiga Fé uma vez 
lançaram o feitiço usando Primavera .●●●●●
Elo Voluntário (Mente )●●●●
Embora eles sejam crentes no lema, “E se mal 
nenhum causar, fazeis o que desejar,” os Verbena 
também acreditam que usar magia para proibir outros de 
fazerem mal (essencialmente os amarrando ao mesmo 
credo) é totalmente justo. Algumas vezes, melhor do 
que jogar uma maldição sobre um malfeitor (o que 
poderia convidar problemas similares a retornarem para 
eles), os Verbena usam esse feitiço para amarrar a pessoa 
e prevenir futuras transgressões.
O feitiço necessita que o mago esteja em presença 
do alvo e pronuncie o elo para ele ou então tenha 
alguma conexão pessoal ao alvo para lançar o laço de 
longe. Depois disso, o alvo estará incapaz de violar os 
comandos que o mago especificou — seja tão amplo 
como “não cause mal” ou tão específico como não 
incomodar mais uma determinada pessoa.
Sistema: O mago precisa de Correspondência 2 e 
um item pessoal (foto, mecha de cabelo etc) para lançar 
esse feitiço em um alvo que não pode ver. De outro 
modo, o elo precisa ser feito na presença do alvo. 
Sucessos determinam a duração do elo (pág. 209 de 
Mago). Enquanto sob o efeito de Elo Voluntário, o alvo 
não pode tomar nenhuma ação contrária às proibições
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 69
do mago, embora o Narrador possa permitir ao alvo 
gastar um ponto de Força de Vontade para 
momentaneamente superar o lanço por um turno. 
Contramágica também pode desfazer o Elo Voluntário.
MET: Iniciado em Mente. Alvos afetados por esta 
rotina são incapazes de ferir agressivamente outros de 
qualquer modo, incluindo dar ordens a aliados e 
subordinados para ferir seus inimigos, no entanto ele 
pode se defender normalmente se necessário. Essa rotina 
dura até o final da sessão. Tabela de Sucessos: Cada 
sucesso permite um alvo adicional a ser influenciado.
Idade das Trevas: Menos comum no passado, esse 
feitiço podia ser lançado com Inverno .●●●●
Familiares
As bruxas das lendas são conhecidas por seus 
familiares: espíritos (ou demônios) em forma de animal 
que obedeça as ordens da bruxa e serve como seus olhos 
e orelhas. Embora a lenda esteja tão distorcida como 
qualquer outra sobre os Verbena, familiares são comuns 
entre os membros da Tradição, mais do que na maioria 
das outras.
Familiares Verbena normalmente parecem animais 
mundanos, mas eles possuem poderosos espíritos 
místicos que os fazem mais do que apenas bestas. A 
maioria dos Verbena prefere familiares que habitam uma 
forma viva do que espíritos sem corpo. Familiares são, 
em essência, Fetiches vivos, formas para poderosos 
espíritos que servem aos Verbena como aliados (veja 
Forjado no Fogo do Dragão para mais informações).
Formas animais comuns para os familiares Verbena 
incluem gralhas, corvos e gatos (talvez os mais comuns), 
também cachorros, lobos, sapos, cobras, furões e até 
animais mais exóticos como corujas, cisnes ou grous.
Marcas do Ofício: Qualidades e Defeitos
As seguintes Qualidades e Defeitos de 
Mago: a Ascensão são comuns entre os 
Verbena e sendo muito apropriados:
Qualidades: Toque Verdejante, 
Longevidade, Oráculo, Mágica Cíclica 
(geralmente ligada aos ciclos da lua ou das 
estações), Sangue de Fada, Parente 
Metamorfo, Esfera Natural (Vida) e Fé 
Verdadeira (os Deuses Antigos).
Defeitos: Marcas Primais, Selvageria, Língua de 
Bardo, Marca Demoníaca e Débito.
Defeitos Físicos como Desfigurado, Deformidade, 
Sentido Defeituoso e Aleijado são bem incomuns entre 
os Verbena dada sua habilidade em magia de Vida para 
corrigi-los. Os Verbena que têm esses Defeitos podem 
ser inexperientes, problemáticos, amaldiçoados ou 
escolheram permanecer com suas imperfeições físicas por 
alguma razão (o que pode oferecer um gancho em 
potencial para a história do personagem).
Longevo (Qualidade: 1 ponto)
Seja por hereditariedade, benção dos deuses ou 
apenas uma vida saudável, você é especialmente 
longevo. Você envelhece, mas graciosamente, retendo 
tanto sua vitalidade quanto suas faculdades. Você pode 
facilmente esperar viver para ver seu primeiro século e, 
possivelmente, outro depois desse. Note que 
conhecedores da Esfera de Vida podem alcançar este 
Efeito através de magia. Essa Qualidade garante isso 
naturalmente (e não inclui a possibilidade de Paradoxo).
Linhagem Honrada 
(Qualidade: 2 pontos)
Sua linhagem descende de uma das mais velhas e 
respeitadas famílias entre os Verbena e você pode seguir 
sua linhagem até os Tempos das Fogueiras, se não mais 
longe. Você é um verdadeiro herdeiro dos lendários 
Wyck, os Primeiros. Entre os magos (particularmente os 
Verbena) que se importam com linhagens, reduza a 
dificuldade de suas paradas Sociais em dois (mas não 
menos que 2). Você também provavelmente receberá 
uma boa dose de estima e respeito dessas pessoas, embora 
eles também esperarão grandes coisas de você e poderão 
se desapontar se você não viver ao nível de seu legado.
Manto das Estações 
(Qualidade: 3 pontos)
Você é magicamente protegido dos efeitos do 
tempo e meio ambiente. Você se sente perfeitamente 
confortável no frio do inverno ou no calor abrasador do 
verão, não importando sua roupa (ou falta dela). Você 
não sofre de insolação ou exposição aos climas. Você 
não é mordido por insetos e outros bichos. Seus sentidos 
ainda são limitados pelos elementos (incluindo neblina, 
chuva e neve) e nem está protegido da fome e da sede.
Metamorfo Natural 
(Qualidade: 3 pontos)
Você é um natural e talentoso metamorfo quando 
usa magia de Vida (não necessariamente relacionado às 
Feras, embora você também possa ter a Qualidade 
Parente Metamorfo). Você nunca corre perigo em se 
perder para a identidade da forma da besta e qualquer 
forma que você adota é tão confortável quanto a sua 
própria. Além disso, a dificuldade de testes de Arete 
para mudar sua forma é dois a menos que o normal.
MET: Você está duas Características acima em 
todos os testes envolvendo mudança de sua própria 
forma e não precisa se preocupar com algum dia perder 
sua identidade enquanto em outra forma.
Toque da Vida (Qualidade: 3 pontos)
Seu Avatar e seu Padrão transbordam com as 
energias da vida. Você é especialmente vivo e jovial, e 
70 Verbena
os outros acham sua presença enriquecedora e 
energizante (e possivelmente chata, para aqueles que 
não se importam com isso). Você se recuperará de 
ferimentos como se sua condiçãofosse um nível de 
vitalidade menos sério (um personagem Ferido 
Gravemente se recupera como se estivesse Ferido, 
levando uma semana ao invés de um mês). Reduza a 
dificuldade em 1 de seus testes de Vigor para lutar contra 
doenças e venenos. Mais importante, sua vivacidade 
tende a resvalar nos outros. Plantas florescem sob seus 
cuidados (parecido com a Qualidade Toque Verdejante, 
pág. 294 de Mago). Pessoas feridas sob seu cuidado 
direto se recuperam tão rápido quanto você (tratando as 
condições como um nível de vitalidade menos sério para 
propósitos de cura).
O lado ruim dessa Qualidade é que seu sangue é 
particularmente rico em força vital, significando que os 
vampiros ganham o dobro do tanto normal de pontos de 
sangue quando bebem de você. Isso pode tornar você 
alvo de sanguessugas e criaturas similares.
Ruína da Bruxa 
(Defeito: 3 a 5 pontos)
O toque do ferro frio é um anátema tanto para você 
quanto para sua magia. Isso pode ser devido a alguma 
herança das fadas ou algo do gênero (e é mais comum 
entre os Verbena com a Qualidade Sangue de Fada). 
Como um Defeito de 3 pontos, o toque do ferro frio ou 
garante três dados de contramágica contra seus feitiços 
ou inflige um nível de vitalidade de dano por contusão 
por turno em contato com você. Como um Defeito de 4 
pontos, faz os dois ou inflige dano letal. Como Defeito 
de 5 pontos, garante ao mesmo tempo três dados de 
contramágica e inflige um dano letal a cada turno em 
contato com você.
MET: Para o Defeito de 3 pontos, os oponentes 
segurando ferro frio podem testar novamente contra a 
sua magia ou ferro inflige um nível de dano por contusão 
por turno em contato com sua pele. O Defeito de 4 
pontos, faz os dois ou armas de ferro frio infligem dano 
letal, não importa o tipo. Para Cinco pontos, garante ao 
inimigo um novo teste gratuito (como o de três pontos), 
e você sofre dano letal por turno de contato.
Preso a Lei do Três (Defeito: 5 pontos)
Por qualquer razão, você é mais do que um crente 
no ideal Verbena da Lei do Retorno Triplo, você é a 
forma viva dele, de fato tudo que você faz de mal para os 
outros usando magia volta para lhe atormentar.
A exata definição de “mal” é para você e o 
Narrador decidirem, mas definitivamente inclui infligir 
ferimentos, dor, doenças e má sorte, como também 
influenciar outros contra sua vontade. Usar magia para 
alguns desses fins é sempre considerado “vulgar com 
testemunhas” para você (você e os deuses são 
testemunhas disso, se mais ninguém for). Isso significa 
que você acumula mais Paradoxo por isso 
(possivelmente muito mais) e é mais provável sofrer 
Choques de Retorno por causa disso.
Você ainda pode usar magia em outros contra a 
vontade deles, desde que fazendo isso não lhes cause 
nenhum mal. Exemplos incluem amarrar alguém para 
prevenir que não faça mal a si mesmo e aos outros, e usar 
rotinas como Deportação Abençoada (pág. 65) para 
gentilmente guiar pessoas indesejáveis para fora de sua 
vida por um tempo.
Capítulo Dois: Bênçãos da Lua 71
72 Verbena
 
Capítulo Três:
Crianças dos
Wyck
 
Árvores solitárias se crescerem, crescem fortes.
— Winston Churchill
A devastação causada pela Tempestade de 
Avatares e as consequências da Guerra da 
Ascensão causaram seu impacto nas 
Tradições, excluindo muitos magos 
anciões do mundo e deixando uma geração 
mais jovem sem orientação. Onde algumas 
Tradições cambalearam, os Verbena 
desabrocharam sob estas dificuldades, do 
mesmo modo que uma geada repentina faz 
uma árvore dar flores num esforço de espalhar suas 
sementes e garantir a sobrevivência de sua espécie.
Os números dos Verbena têm aumentado 
consideravelmente nessas últimas décadas e a geração 
mais jovem assumiu a causa dos Antigos Costumes de 
seus anciões, praticamente sem perdas. Eles sabem que a 
vida resiste e que os Verbena já passaram por tempos 
sombrios antes. Enquanto se mantiverem fiéis às suas 
crenças e viverem suas vidas ao máximo, a esperança 
não estará perdida ainda. O Divino que desperta para sua 
natureza pode ainda assegurar a Ascensão para todos. A 
Guerra da Ascensão não acabou. Está simplesmente 
sendo lutada num plano diferente do de antes.
Isto é favorável, pois as Tradições estão em grave 
necessidade da vitalidade que os Verbena representam. 
Os outros só veem escuridão e desespero ao redor, e 
aqueles que perderam a esperança se agarram a memórias 
de glórias passadas ou insultam inutilmente os cruéis 
caprichos do destino. Para os Verbena, muitos de seus 
colegas magos esqueceram como viver e que a vida em si 
é um dos maiores mistérios e o maior presente.
Embora o inverno esteja pesado sobre a terra e toda 
a magia esteja no seu gelado abraço, os Verbena sabem 
que este frio e trevas sempre são seguidos pela primavera 
e o retorno da vida e da luz. Sementes esperam no chão 
congelado pelos primeiros raios de calor do sol e os 
guardiões dos Antigos Costumes são os jardineiros que 
delas cuidam. Não acabou, os Verbena dizem — não 
pode ter acabado. Se acabou, então todos os esforços não 
farão diferença, mas não é só o resultado que importa, é 
o esforço e os efeitos de uma vida sincera ao que você 
acredita. Mesmo se isso for tudo que os Verbena 
alcançarem — ser sinceros aos Antigos Costumes e ao 
legado dos Wyck até o fim — então é o bastante.
Capítulo Três: Crianças dos Wyck 73
Verbena Notáveis
Os Verbena são uma plantação diversa, 
originária de sementes separadas das mais 
velhas heranças místicas. Sua tremenda 
diversidade é ao mesmo tempo seu maior 
recurso e sua maior fraqueza em potencial, 
já que aos Verbena falta unidade e eles 
têm grande necessidade desta. Verbena de 
facções e de culturas diferentes têm 
respeito um pelo outro, mas só o mesmo 
tanto que eles têm com Tradições associadas, como os 
Oradores dos Sonhos ou o Culto do Êxtase. Divisões 
profundas ainda fazem parte do Verbena, entre 
tradicionalistas e a nova era, entre o Velho e o Novo 
Mundo, entre facções, convenções e culturas. Na 
melhor das hipóteses, os Verbena representam o ideal de 
diversos magos trabalhando juntos em busca da 
Ascensão, um microcosmo das Tradições. Na pior, eles 
são um grupo briguento, esparsamente unido, sofrendo 
os efeitos de discussões de semântica e lutas internas.
A seguir, alguns Verbena que fizeram seus nomes 
através do heroísmo, talento ou outro comportamento 
exemplar.
Hector de Xangô
Histórico: Nascido na pobreza no Rio de Janeiro, 
Hector cresceu em uma favela, aprendendo a bater 
carteiras e enganar turistas por dinheiro para ter o 
suficiente para comer. Ele mal tinha 12 anos de idade 
quando uma ialorixá, uma sacerdotisa do Candomblé, 
reconheceu uma fagulha mágica nele. Ela encorajou o 
garoto a conversar com ela e, eventualmente, falou a ele 
que os Orixás o escolheram e que Xangô, o Orixá do 
raio e do trovão, governava sua cabeça. Hector tornou-
se seu aprendiz e a primeira vez que ele observou um 
ritual de seu terreiro, Xangô entrou nele pra dançar. 
Hector se sentiu vivo de verdade pela primeira vez em 
sua jovem vida e Despertou.
Hector rapidamente ultrapassou sua professora, 
tornando-se um babalorixá, ou sacerdote dos Orixás, 
antes de fazer 16 anos. Respeitado pela comunidade 
graças a sua forte conexão com o mundo espiritual, seus 
bons conselhos e dons para a cura, Hector gastou uma 
boa porção de seu tempo intercedendo pelos Orixás a 
favor das pessoas. Muitos vieram até ele em busca de 
conselhos e bênçãos, e suas palavras eventualmente 
chegaram aos ouvidos de outras pessoas.
Quando Hector tinha 18 anos, uma mestre Verbena 
de Santeria entrou em contato com ele e reconheceu seu 
potencial. Ela se ofereceu para ensinar Hectorsobre a 
verdadeira natureza da realidade, mas ele tinha de vir e 
se juntar a ela na sua casa em Miami. Ele concordou e 
achou seu novo aprendizado uma experiência 
humilhante. Apesar de ser um mago talentoso, a maior 
parte do que Hector sabia sobre magia era autodidata. 
Ele teve que recomeçar do início e havia muita coisa 
para aprender. Ele passou vários anos aprendendo tudo 
que sua mestre tinha para ensinar antes de estar pronto 
para voltar para casa como um homem e um verdadeiro 
sacerdote dos Orixás.
Perto de seus 20 anos, Hector voltou para o Rio, 
onde se tornou pai de santo, líder de uma casa, com seus 
próprios alunos. Não demorou muito tempo para a 
comunidade o receber de volta e para Hector se sentir 
em casa novamente. Pelos próximos 10 anos, ele ficou 
dividido entre Rio e Miami, trabalhando com seus 
colegas Verbena e seus aliados promovendo a causa das 
comunidades pobres naquelas áreas. Ele também viajou 
várias vezes para a África para encontrar e estudar com 
mestres da tradição Ifá, que é a raiz da Santeria e do 
Voudoun, aprofundando sua experiência com os Orixás. 
Agora, perto de seus 30 anos, Hector é reconhecido 
como um iniciado talentoso e capaz, e um professor por 
direito.
Imagem: Hector de Xangô é um brasileiro de pele 
negra perto de seus 30 anos com um olhar profundo que 
parece se estender até dentro da alma. Ele tem um nariz 
largo, mandíbula pontuda e cabelos crespos com uma 
barba curta. Ele tende a ser vestir de forma simples com 
camisas de manga curta, uma camiseta ou um uma regata 
e calças de cordas. Geralmente descalço (preferindo 
sentir a terra), mas calça sandálias em certas ocasiões. 
Não gosta de calçar sapatos. Geralmente usa um colar de 
conchas e um bracelete ou tornozeleira de contas.
Os focos para a mágica de Hector são tipicamente 
adereços da tradição Ifá, incluindo bebidas alcoólicas e 
cigarros (preferidos por Xangô), tambores, facas e búzios 
ou nozes de cola para adivinhações. Rituais importantes
74 Verbena
pedem sacrifício de sangue, geralmente de um galo ou 
bode, os quais Hector oferece para chamar os Orixás 
para ajudá-lo.
Dicas de Interpretação: Você é um feroz advogado 
do bem da sua gente, a qual considera como sendo todos 
aqueles precisando de orientação espiritual. Você não 
acredita que sucesso material seja a chave para a 
felicidade. Uma barriga cheia não tem sentido com um 
espírito vazio. Os pobres não precisam de dinheiro, eles 
precisam de algo para acreditar e se agarrar. Se eles têm 
isso, então o resto irá chegar. Se não tiverem, então toda 
a caridade do mundo não fará diferença. Você acredita 
que as pessoas deveriam seguir seu próprio caminho, mas 
não tem nada de errado em oferecer orientação do rumo.
Você é um homem com uma fé profunda e plena 
nos Orixás e aceita sua orientação. Diferente de muitos 
santeros Verbena, você não enxerga a necessidade de 
purgar os elementos cristianizados do Caminho dos 
Santos. Eles são partes da sua tradição e crença, e 
mostram que todas nascentes de fé têm a mesma origem. 
Embora você tenha suas crenças, elas não anulam as de 
ninguém, e não o ameaça outras pessoas acreditarem em 
coisas diferentes de você.
Você é um homem prático e objetivo. Abateu 
galinhas e cabras como oferendas para os Orixás desde 
que era criança e maneja uma faca de açougueiro sem 
frescuras. Consequentemente, você tem pouca paciência 
para as frescuras dos outros. Suas mãos estão sempre 
sujas com sangue — mãos calejadas que passaram por 
trabalho duro e nunca fugiram dele.
Facção: Alteradores do Destino
Essência: Primordial
Natureza: Samaritano
Comportamento: Tradicionalista
Atributos: Força 3, Destreza 3, Vigor (Incansável) 
4, Carisma (Primal) 4, Manipulação 2, Aparência 3, 
Percepção 3, Inteligência 3, Raciocínio (Visionário) 5
Habilidades: Prontidão 2, Esportes 2, Consciência 
4, Cosmologia 2, Esquiva 2, Liderança 3, Linguística 2, 
Medicina 2, Ocultismo 4, Performance 2, Furtividade 3, 
Manha 3, Sobrevivência 2
Antecedentes: Avatar 4, Sonhos 3, Mentor 2, 
Nodo 2
Arete: 4
Esferas: Entropia 3, Vida 4, Matéria 2, Mente 1, 
Espírito 4
Força de Vontade: 8
Quintessência: 6
Paradoxo: 0
Ressonância: (Dinâmica) Vital, (Dinâmica) 
Energética, (Estática) Espiritual, (Entrópica) Visceral
Hesha Morningshade 
Histórico: Hesha Morningshade foi destinada a ser 
uma das grandes professoras e líderes dos Verbena, 
apesar que ela não esperava que sua hora chegaria tão 
cedo. A Primus e Mestre Verbena Nightshade 
reconheceu o potencial de Hesha e a tomou como sua 
estudante e aprendiz. Esta escolha atiçou consideráveis 
especulações e ciúmes, particularmente porque Hesha 
não era de uma linhagem de sangue conhecida ou 
simpatizante dos Jardineiros da Árvore. Ela era uma 
simples garota do campo que aprendeu os Antigos 
Costumes nos joelhos de sua avó e não reivindicou 
qualquer vínculo com os antigos Wyck. Seus interesses 
estão muito mais com os Seguidores da Lua e ela seguiu 
em frente para o futuro ao invés de para trás. 
Hesha se mostrou uma estudante capaz. Ela também 
era uma professora talentosa e rapidamente se tornou 
uma sumo sacerdotisa e mentora por direito, procurando 
e guiando iniciantes em potencial nos caminhos dos 
Verbena, a todo o tempo lhes mostrando como seguir 
seu próprio caminho no mundo. Hesha sempre acreditou 
que professores só plantam as sementes da sabedoria nos 
seus estudantes — eles devem crescer e amadurecer por 
si mesmos. Os mestres devem ter o cuidado de tirar as 
ervas daninhas, mas sem podar demais. Cada um deve 
ter sua própria forma e caminho. Isso a tornou uma 
professora requisitada entre os Seguidores da Lua e 
muitos Verbena modernos, lhe trazendo apenas ainda 
mais indagações dos tradicionalistas. 
Ela viveu de forma simples, viajando pelo mundo 
para compartilhar seu conhecimento e vislumbres com 
outros círculos, buscando estudantes em potencial. Isto 
significa que ela estava na Terra quando a Tempestade 
de Avatares fechou os reinos espirituais para os mestres 
das Tradições e quando o Horizonte caiu. Embora ela 
tenha se entristecido com esses fatos, Hesha acredita que 
eles mostraram uma profunda falha no modo de pensar 
das Tradições que a Ascensão estava longe da Terra e da 
humanidade. Desde a Tempestade de Avatares, ela se
Capítulo Três: Crianças dos Wyck 75
viu numa posição ainda maior de liderança, agora como 
uma das mais velhas e respeitadas Verbena ainda 
acessíveis aos iniciantes da Tradição.
Imagem: Hesha Morningshade é uma mulher 
realmente bonita, classicamente maravilhosa e uma 
serena figura materna. Ela tem cabelos lisos e ruivos que 
lhe caem até a cintura, geralmente amarrados para trás 
com um laço colorido (uma diadema de prata ou coroa 
de flores nos rituais). Seus olhos são de um azul 
profundo, refletindo uma paixão e vigor juvenil. Embora 
esteja em torno dos seus 40 anos, ela tem uma bênção 
eterna sobre si.
Dicas de Interpretação: Você desdenha qualquer 
tipo de posto de liderança formal e não é membro de 
nenhum círculo. Ao invés disso, continua a viajar pelo 
mundo, procurando estudantes em potencial, ensinando 
e mantendo contato com os muitos “jardins” dos 
Verbena que você ajudou a plantar. Mais do que nunca, 
você está convencida de que a esperança e o futuro da 
Tradição (e talvez de toda a humanidade) estão nesses 
jovens iniciantes que ainda estão maravilhados, cheios 
de vida e vigor, e não foram dobrados pela idade ou 
cinismo. Eles podem testar sua paciência às vezes, mas 
eles também lhe mantém jovem e honesta com o seu 
caminho. Pelo menos você aprende com eles tanto 
quanto os ensina e esse tornou-se seu caminho pessoal 
em busca da Ascensão.
Facção: Seguidores da Lua
Essência: Investigadora
Natureza: Visionária
Comportamento:Pedagoga
Atributos: Força 2, Destreza 3, Vigor (Vigorosa) 4, 
Carisma (Apaixonada) 4, Manipulação 3, Aparência 3, 
Percepção (Intuitiva) 4, Inteligência (Instruída) 4, 
Raciocínio 3
Habilidades: Acadêmicos 3, Prontidão 2, 
Consciência 3, Cosmologia 4, Enigmas 3, Liderança 4, 
Etiqueta 2, Expressão 3, Liderança 4, Linguística 3, 
Medicina 2, Meditação 3, Ocultismo (Cultura Verbena) 
5
Antecedentes: Avatar 3, Destino 3, Sonhos 2
Arete: 5
Esferas: Correspondência 2, Entropia 1, Vida 5, 
Matéria 2, Mente 3, Espírito 2, Tempo 1
Força de Vontade: 8
Quintessência: 10
Paradoxo: 0
Ressonância: (Dinâmica) Generosa, (Dinâmica) 
Vigorosa, (Estática) Cíclica
Outros Verbena 
Os Verbena (como a maioria das tradições) 
reivindicam importantes magos entre os seus, indo até os 
Aeduna e os lendários Wyck. Para os Verbena, todos os 
magos primordiais são no fim das contas parte de sua 
linhagem.
Medéia
A bruxa Medéia é uma das mais infames ancestrais 
do Verbena. Nascida em uma família real, Medéia 
possuía o sangue dos Wyck e um forte talento para 
magia. Enquanto garota ela estudou o ofício. Na época 
em que era uma jovem, já era uma formidável feiticeira. 
Então ela encontrou o espirituoso Jasão, um príncipe da 
Tessália, que veio para suas terras com um grupo de 
heróis conhecidos como Argonautas, procurando pelo 
lendário Velo de Ouro. Medéia se apaixonou no mesmo 
instante por Jasão e se ofereceu para ajudá-lo a 
reivindicar o Velo se ele a levasse e seu irmão mais novo 
com ele de volta para sua terra natal.
Jasão concordou e Medéia preparou a bebida 
sonífera que acalmou o dragão que guardava o Velo de 
Ouro. Quando Argo foi incapaz de fugir dos barcos de 
seu pai, Medéia assassinou seu irmão, cortou o corpo em 
pedaços e espalhou enquanto fugia, forçando seu pai a 
parar para pegar o corpo de seu filho para um enterro 
decente. Medéia continuou a ajudar Jasão com sua 
mágica depois de sua volta para casa. Ela foi disfarçada 
até o tio usurpador de Jasão, dizendo que restauraria sua 
força e vigor. Para provar, ela cortou uma ovelha, então 
ferveu os pedaços com ervas mágicas numa caçarola. Um 
cordeiro jovem levantou-se da caçarola. Quando a filha 
do Rei tentou o mesmo nele, eles não conseguiram nada 
além de um caldeirão de carne fervida.
Jasão assumiu o trono e Medéia lhe deu dois filhos. 
Eventualmente, os olhos do rei vagavam. E este 
enamorou-se de uma princesa de um reino próximo e se 
ofereceu para tomá-la como esposa, firmando uma 
aliança entre as duas terras. Furiosa por ser posta de lado, 
Medéia enviou à nova rainha um belo manto como 
presente. Quando esta rainha o vestiu, ele entrou em 
combustão e a queimou até a morte. Medéia então 
assassinou seus próprios filhos como um ataque final a
76 Verbena
Jasão antes de fugir da Tessália em uma biga puxada por 
dragões.
Medéia fugiu para a Umbra, onde procurou criar a 
vida que a iludiu no mundo terreno. Ela refinou sua 
maestria de magia de Vida a um nível incrível, criando 
novos amantes, novas crianças e uma nova família para 
substituir aquela que destruiu. Alguns anciões Verbena 
foram capazes de lidar com ela de tempos em tempos, 
mas ela era bem conhecida como perigosa aliada e ainda 
mais perigosa inimiga. Foi reconhecida ainda como uma 
das maiores mestres dos Verbena e eventualmente 
considerada um Oráculo por seus vastos poderes. Houve 
uma época em que Medéia governava como rainha em 
mundos de sua própria confecção e ela procurava ser 
uma governante benevolente — embora ciumenta.
A medida que o mundo de Medéia se expandia mais 
e mais, ela afundava mais na sua própria criação e nas 
profundezas do Silêncio, tornando-se uma Desaurida. 
Nos últimos anos, boatos entre os Verbena têm 
comentado muito sobre ela. Alguns dizem que a 
Tempestade de Avatares a tirou de seu Silêncio e a 
levou a conhecer o mundo moderno e a horrível 
condição em que este se encontra. Embora alguns 
anciões Verbena tenham tentado confirmar essas 
histórias, nenhum obteve sucesso. Mas se forem verdade, 
ainda é preciso saber que poderoso papel um Oráculo de 
Vida desempenharia na Guerra da Ascensão — 
assumindo que ela possa chegar a Terra ou que outros 
magos possam encontrá-la.
Merlin 
Lendas afirmam que Myrrdin, ou Merlin, como é 
conhecido no mundo moderno, nasceu como filho de 
uma mulher mortal e um espírito ou diabo. Os Verbena 
afirmam que o pai de Merlin era um dos lendários Wyck 
e os poderes tão extraordinários de Merlin são um 
resultado do sangue dos Primeiros correndo forte em 
suas veias. Merlin era extraordinariamente talentoso, 
capaz de prever o futuro até mesmo quando criança. Os 
Verbena afirmam que ele foi treinado e iniciado nos 
Antigos Costumes por um dos Aeduna sobreviventes e 
que realizou muitas das grandes proezas mágicas que são 
atribuídas a ele (mas não a construção do Stonehenge, a 
qual é atribuída pelos Verbena aos próprios Wyck).
Talvez o maior feito de Merlin tenha sido preparar 
o nascimento de Arthur, o jovem chefe rei que serviu 
como líder para unir os povos pagãos e cristãos da 
Bretanha sob um único governo. Merlin educou Arthur 
e defendeu seu sonho de Camelot, servindo como 
conselheiro. Infelizmente, o sonho de Camelot falhou, 
traído por amor e preso em seus próprios ideais.
Mesmo antes de Arthur morrer nas mãos de seu 
filho Mordred, Merlin deixou o mundo para trás. As 
lendas dizem que ele foi selado em uma árvore ou pedra 
por sua estudante e amante Nimue, embora hajam 
dúvidas se ela fez isso por traição ou a pedido de Merlin. 
Alguns Verbena afirmam que Merlin previu o fim de
 
Camelot e, não podendo impedir, escolheu dormir pelas 
eras até a hora do retorno de Arthur, para que ele possa 
mais uma vez aconselhar e auxiliar seu protégé.
Nightshade 
A mulher conhecida somente por seu nome de 
ofício, Nightshade foi a cofundadora e primeira Primus 
da Tradição Verbena. Sem seus esforços, é bem possível 
que os Antigos Costumes dos Verbena nunca 
sobrevivessem à luta contra a Ordem da Razão (e seu 
filho bastardo, a Tecnocracia). Eles estariam agora tão 
mortos quanto unicórnios e outros Antevos que uma vez 
protegeram.
Nightshade nasceu na Inglaterra no final do século 
XIV ou início do XV (a história é bem obscura sobre a 
exata data de nascimento). Seus pais eram pagãos, 
protetores da Antiga Fé, e Nightshade foi criada para 
honrar os antigos deuses e seus costumes. Ela era 
sacerdotisa e líder natural, e treinava com uma 
convenção. Na idade adulta, era membro notório da 
comunidade pagã na Inglaterra.
Nightshade foi a única sobrevivente do massacre 
em Harrowgate, quando as forças do General Wyngarde 
atacaram os celebrantes pagãos durante o ritual do 
Solstício de Verão. A crueldade e o ódio que 
testemunhou aquela noite marcaram Nightshade pelo 
resto de seus dias. Tornou-se bem claro para ela que não 
haveria acordo entre os Antigos Costumes e a Ordem da 
Razão, que os Tempos das Fogueiras consumiriam todo o 
povo pagão a não ser que algo fosse feito.
Assim, Nightshade apoiou a formação do Conselho 
das Tradições Místicas. Além do mais, ela procurou unir 
os diversos caminhos pagãos da Europa numa aliança. 
Essa aliança não só se oporia ao massacre da Ordem da 
Razão, como também tomaria uma posição de força no 
novo Conselho, sem ter de responder aos caprichos da
Capítulo Três: Crianças dos Wyck 77
Ordem de Hermes e do Coro Celestial. Seus esforços 
levaram à criação dos Verbena e ela é honrada como 
mãe da Tradição moderna.
Nightshade caminhou pelos Caminhos dos Wyck e 
viajou o mundo reunindo aliados para a nova Tradição. 
Ela também vingou sua família e amigos enterrando o 
exército de Wyngarde numa tempestade e assassinandoo general com suas próprias mãos. Ela foi reconhecida 
como um dos mais formidáveis membros do Conselho 
dos Nove, embora exercesse seu poder cuidadosamente.
Conforme os séculos passavam, Nightshade passou 
cada vez mais tempo no Horizonte, embora visitasse o 
reino terreno em certas ocasiões e até continuasse a 
ensinar estudantes e a participar de rituais sazonais. 
Depois da queda do Horizonte e da Tempestade de 
Avatares, círculos Verbena e pactos perderam contato 
com sua Primus e alguns temem que Nightshade esteja 
morta, nas mãos da Tecnocracia ou destruída pela 
Tempestade de Avatares. Ainda, aqueles que a 
conhecem dizem que ela literalmente passou por fogo e 
morte muitas vezes antes e sobreviveu.
Crônicas apenas com Verbena
Os Verbena são um grupo diverso, mas 
tem certas coisas em comum que os unem 
como uma Tradição, não a menor deles 
sendo o amor pela vida e o respeito pelos 
Antigos Costumes. Desde a fundação do 
Conselho dos Nove, os Verbena têm sido 
vistos frequentemente como suspeitos para 
os de fora. No passado, sofreram nas mãos 
dos ancestrais do Coro Celestial e da 
Ordem de Hermes, como também da Tecnocracia. Eles 
entendem a necessidade de união nas Tradições, mas 
ressentimentos tão antigos não são colocados de lado tão 
facilmente. Além do mais, magos de outras Tradições 
com frequência acham os modos e os ritos dos Verbena 
perturbadores, até mesmo bárbaros, deixando-os menos 
confortáveis em trabalhar com seguidores dos Antigos 
Costumes a não ser que o Verbena esteja disposto a 
modificar e baixar o nível de suas práticas tradicionais. 
Alguns Verbena estão dispostos a fazer isto, outros não. 
Consequentemente, círculos e pactos Verbena tendem a 
ser constituídos somente de iniciantes de sua Tradição, 
talvez com um aliado ou dois de um caminho 
semelhante como os Oradores dos Sonhos.
Crônicas puramente Verbena ainda oferecem 
muitas oportunidades para a variedade. Dois seguidores 
dos Antigos Costumes nunca são iguais e os Verbena 
não aceitariam que fosse de outro jeito. Em adição às 
quatro maiores facções na Tradição (descritas no 
Capitulo Dois), os Verbena gozam de uma diversa faixa 
de antecedentes culturais e místicos. Um círculo pode 
consistir-se apenas de descendentes celtas dos antigos 
druidas e bardos, mas é tão comum quando um círculo 
incluindo um druida, um entalhador de runas, uma 
“bruxa de cozinha” new age, um cerimonial wiccano e 
uma sacerdotisa de Santeria. Narradores podem fazer 
crônicas de Verbena tão focadas ou tão abrangentes 
quanto desejarem, já que a Tradição é uma das mais 
abrangentes de todas.
Temas 
Alguns temas comuns aos Verbena podem aparecer 
em uma crônica totalmente Verbena para realçar a 
história. Crônicas podem incluir alguns ou todos esses 
temas. Embora não precisem ser necessariamente o 
primeiro plano de toda história, esses temas iniciais são 
bases para muitas coisas da Tradição Verbena e tendem 
a se mostrar de uma forma ou de outra.
Vitalidade
Os Verbena acreditam em viver a vida ao máximo 
abraçando todos os tipos de prazer e experiências que ela 
tem a oferecer. Eles não são místicos beatos que se 
trancam em suas torres de marfim para contemplar a 
realidade. Eles são mais do tipo que entra no mundo 
para experimentar de primeira mão. Sua ênfase em fazer 
ao invés de apenas ser, tornam os Verbena atraentes 
para a maioria dos jovens magos, que podem achar as 
filosofias da Irmandade de Akasha, do Coro Celestial ou 
da Ordem de Hermes muito secas ou rigorosas.
Sua vitalidade também faz dos Verbena uma parte 
ativa do mundo, o que pode ser uma benção para uma 
crônica já que não é provável ter muito tempo livre com 
os magos sozinhos efetuando experimentos ou pesquisas. 
Enquanto os Verbena realmente sentem necessidade de 
solidão, eles são mais propensos de fazer coisas que são 
facilmente incorporadas na narração cooperativa do jogo 
78 Verbena
do que atividades solitárias que requerem pouca 
narração e não envolvem os outros personagens.
Em adição a sua joie de vivre, o tema da vitalidade 
pode aparecer em uma história Verbena confrontando os 
personagens com desafios a sua vivacidade. O Mundo 
das Trevas é geralmente um lugar não tão vivo, podendo 
ser difícil até para um Verbena manter o senso de vida e 
esperança em frente a tanto desespero e apatia. Também 
oferece a oportunidade de levantar questões sobre a 
qualidade de vida. Para os Verbena não é suficiente estar 
vivo, eles também querem sentir-se vivos. Isso tinge 
suas reações de doença prolongada e enfermidade.
Tradição
Por séculos os Verbena e seus ancestrais têm se 
segurado forte em suas crenças culturais (e até culturas), 
mantendo-as vivas num mundo que crescentemente não 
se importa com os Antigos Costumes de pensar, crer e 
fazer as coisas. Eles sofreram e foram perseguidos por suas 
crenças, mas permanecerem fiéis apesar de tudo. Eles são 
fortes a sua crença na sua tradição, embora qual tradição 
possa ser um problema para debate (ou até mesmo uma 
discussão acalorada).
A Tradição Verbena consiste de um diverso 
número de tradições e crenças pagãs, e isso está 
equilibrado entre a dedicação a essas crenças e a 
necessidade de aceitar os outros e seguir adiante em 
direção ao futuro. Indivíduos conservadores dos Verbena 
lutam para manter a tradição e os Antigos Costumes 
puros como seus ancestrais os conheciam. Indivíduos 
mais progressistas tentam combinações diferentes dos 
Antigos Costumes e sempre estão procurando por 
inovações, as quais a Tradição como um todo pode ser 
lenta para adotar.
A Tecnocracia promove um tipo de cultura 
homogênea que é um anátema aos Verbena, que lutam 
contra a perda de sua identidade cultural individual. Ao 
mesmo tempo, eles estão cientes de que sua Tradição é 
viva, que muda e se desenvolve com o tempo. Como os 
Verbena estão mudando e a forma como as partes 
reagem a esse tipo de mudança pode ser um tema 
importante em uma crônica.
Ciclos
Os Verbena reconhecem ciclos em todos os 
aspectos da criação: vida e morte, o bater de um coração, 
o ritmo do sexo, as estações, as marés, o sol e a lua. Tudo 
tem seu ciclo e todas as coisas mudam enquanto 
permanecem em um estado de harmonia dinâmica. Esses 
ciclos podem se mostrar numa crônica Verbena de vários 
modos.
Um meio é basear o arco da narrativa na progressão 
de ciclos, como as estações ou a Roda do Ano. Uma 
crônica pode iniciar com o círculo na primavera, 
representando novos relacionamentos e oportunidades. 
O mundo é virgem e os magos recém Despertos a seu 
potencial. No verão da crônica, os magos crescem em 
seu poder e lugar dentro da Tradição. Eles alcançam 
grandes objetivos e perseguem suas próprias paixões. No 
outono da crônica as coisas se estabilizam, amadurecem 
e talvez se tornem meio que rotina. Os personagens 
podem ter alcançado muitos de seus objetivos e passado 
seu conhecimento e experiência adiante. No inverno da 
crônica, as coisas desabam. O mago perde um pouco da 
vitalidade que uma vez teve. Talvez ele tenha se tornado 
fixo em seus modos. O mundo está mais sombrio, frio e 
com menos oportunidades que anteriormente. A crônica 
pode acabar em um lento declive ou talvez o ciclo dê 
uma volta e haja uma renovação com a chegada da 
primavera.
Ciclos também podem aparecer em uma crônica 
estendida pela história. Por exemplo, uma crônica 
histórica que passa por eras diferentes (veja pagina 81-
82) pode marcar tanto os pequenos ciclos encontrados 
individualmente na vida de cada personagem e os muito 
maiores como a ascensão e declínio da magia que só 
pode ser visto num período maior de tempo.
Transformação
Embora sejam devotados aos Antigos Costumes,há 
uma forte marca de transhumanismo entre os Verbena, 
um interesse de se tornar mais do que são. Muitos rituais 
Verbena são ritos de passagem, um tema oculto de 
transformação em sua Tradição e magia.
A progressão do nascimento para a maturidade, 
velhice e finalmente a morte é uma das transformações e 
ciclos primordiais entre os Verbena. Esta é encontrada 
em muitos dos seus deuses, que são aspectos duais ou 
triplos para refletir os diferentes estágios da vida. O 
Despertar e a iniciação de um mago é uma 
transformação primordial, como também nas Procuras 
em que o mago embarca para ganhar maior iluminação e 
entendimento.
Os Verbena também experimentam transformações 
literais. Com magia de Vida, podem se tornar criaturas 
inteiramente diferentes, experimentando o que é ser 
uma árvore, um peixe ou um pássaro. Eles também 
podem se reinventar, mudando seus corpos para 
satisfazê-los e até criando mudanças permanentes em 
seus Padrões com o passar do tempo. Explorar os usos (e 
deficiências) deste poder pode se tornar um tema na 
crônica.
Finalmente, os Verbena estão transformando-se 
como Tradição, incorporando novas ideias e novos 
iniciados, adaptando os Antigos Costumes para servir a 
necessidades do mundo moderno. Essa evolução e 
desenvolvimento contínuo podem se tornar uma parte 
de uma crônica como a luta dos Verbena para 
continuamente redefinir sua identidade e seu lugar no 
mundo.
Sacrifício
Os Verbena acreditam fortemente em sacrifício — 
não apenas nos de sangue de animais, mas também nos 
Capítulo Três: Crianças dos Wyck 79
mais profundos sacrifícios pessoais. Embora seja um tema 
que deva ser explorado com cuidado, também pode criar 
histórias poderosas.
Sacrifício é a vontade de desistir de algo (ou de 
tudo) por uma certa causa. O sacrifício de plantações e 
de rebanho entre as tradições pagãs representava um 
verdadeiro presente do povo para seu deus, já que eles 
dependiam tanto da terra e de sua generosidade. Os 
Verbena também sacrificam seu tempo, sua segurança e 
até suas vidas para proteger suas crenças e sua tradição. 
Eles voluntariamente sofreram condenação, prisão e 
morte pelo que consideravam sagrado.
De muitas formas, o sacrifício é a expressão suprema 
da vitalidade Verbena, porque representa a boa vontade 
de se entregar completamente por uma causa ou crença. 
O sagrado rei sacerdote dá sua vida de boa vontade para 
recuperar a terra porque é seu trabalho e 
responsabilidade fazer isso. Os Verbena se doam para 
manter o ciclo da vida e para preservar os Antigos 
Costumes porque eles se veem como os guardiões 
escolhidos. A revelação da importância do sacrifício 
pode ser um climax adequado para uma história ou até 
para uma crônica inteira.
Incluindo Personagens não Verbena
É fácil incluir magos de outras Tradições numa 
crônica de maioria Verbena ou como parte de um 
círculo Verbena. A Tradição Verbena é um grupo 
diverso que respeita muitas outras Tradições místicas. 
Alguns Verbena veem as outras Tradições como 
ramificações de sua Tradição, embora algumas maçãs 
tenham caído mais longe da árvore do que as outras. 
Facções Verbena tais como os Seguidores da Lua 
procuram por coisas que podem aprender das outras 
Tradições e são mais dispostos a trabalhar com eles.
Os Oradores e o Culto do Êxtase são as Tradições 
com mais tendência a trabalhar com os Verbena, 
particularmente entre personagens que vieram de 
antecedentes culturais semelhantes. Herméticos da Casa 
Ex Miscellanea também são conhecidos por participar 
de convenções Verbena e podem até traçar sua linhagem 
até ancestrais comuns na Idade das Trevas. Os membros 
dos Euthanatos e do Coro Celestial que são adoradores 
de antigos deuses pagãos podem se sentir mais 
confortáveis entre os Verbena do que em suas próprias 
Tradições.
Tecnomantes como os Adeptos da Virtualidade e os 
Filhos do Éter raramente se associam aos Verbena, mas 
um círculo de “tecnopagãos” pode acolhê-los 
particularmente se eles têm a qualidade Tradição Dupla 
(Mago, pág. 298) ou se treinaram com os Verbena 
(antes ou depois de se tornarem tecnomantes). O 
mesmo é verdadeiro para a Irmandade de Akasha, 
embora hajam Seguidores da Lua que veem sabedoria na 
filosofia oriental. Eles apontam que o Taoísmo, em 
particular, possui bastante em comum com o conceito 
Verbena de Deusa e Deus.
Sexo e Sexualidade
Os Verbena tentam ter poucas ideias fixas 
quando o assunto é sexo e sexualidade. Para a maioria 
dos membros da Tradição não há nada de errado com 
o sexo recreacional (sexo por prazer e diversão) e 
qualquer expressão sexual envolvendo consentimento 
entre adultos é válido (incluindo homossexualidade, 
bissexualidade e vários tipos poligâmicos).
É claro que, a maioria dos Verbena vive e cresceu 
no mundo real, assim eles trazem consigo mais de sua 
sociedade e já vem educado por ela. Alguns Verbena 
acreditam que o sexo é um ato sagrado que deve ser 
mantido nos limites de uma relação monogâmica e 
estável. Alguns Verbena acham que qualquer coisa 
que não seja sexualidade aberta é hipocrisia ou, ao 
menos, uma imposição autoimposta. Um punhado de 
chatos tradicionalistas insistem que a “polaridade” 
entre masculino e feminino torna apenas os casais 
heterossexuais “naturais.”
Visto que os Verbena possuem uma ampla 
variedade de costumes sexuais, assim como as pessoas 
no mundo real, e o Narrador e os jogadores devem 
estar cientes que ao lidar com assuntos sexuais no 
contexto de uma crônica de Mago. Alguns jogadores 
podem achar divertido e interessados em lidar com a 
sexualidade de seus personagens em jogo, enquanto 
outros podem se sentir desconfortáveis com tais 
assuntos (ou qualquer conversa sobre sexo no 
contexto do jogo). O Narrador deve se esforçar para 
descobrir o que os jogadores estão confortáveis em 
lidar e respeitar seus limites, pedindo aos outros 
jogadores para fazerem o mesmo. 
Embora uma crônica de Mago possa servir como 
um lugar para os jogadores explorarem tópicos como 
sexualidade e identidade, saiba que esses tópicos 
podem incitar poderosas emoções que podem ser 
desconfortáveis para alguns jogadores. Decida no 
decurso qual é o nível aceitável de conversa e 
representação da sexualidade durante o jogo. É 
plenamente possível lidar com temas sexuais sem ser 
explícito. 
Verbena pelo Mundo
Beneficiada como sendo uma das Tradições mais 
antigas, Verbena são encontrados em quase qualquer 
lugar e seu amor pelo mundo vivo os manteve junto à 
terra, enquanto outros magos partiam para as 
profundezas dos Reinos Umbrais e do Horizonte. 
Contudo, a diminuição das áreas selvagens e a perda d 
antigas culturas e costumes tiveram seu impacto nos 
Verbena, forçando-os a se adaptar ao mundo moderno 
com passar de centenas de anos. Eles se misturam às 
pessoas com as quais vivem, às vezes aparentemente 
adotando seus costumes enquanto mantém suas próprias 
tradições em segredo.
Europa: O Velho Mundo é uma terra importante 
80 Verbena
para muitos Verbena. Eles podem sentir os espíritos de 
seus ancestrais entre as rochas e as árvores. Eles sentem 
o poder fluindo pela terra, águas e céu, eles quase podem 
tocar as vidas que uma vez tiveram como guardiões 
sagrados destes lugares. Embora os Tempos das Fogueiras 
tenham dizimado os Verbena na Europa, eles têm desde 
então ressurgido, como nova vida nascida das cinzas de 
uma floresta queimada. A Europa é agora uma das 
fortalezas da Tradição e lar dos maiores Nodos 
controlados pelos Verbena, alguns dos quais antigos e 
realmente poderosos.
Os Verbena na Europa tendem a serdiscretos, se 
escondem dos olhares diretos. Embora muitas pessoas 
conheçam um sábio homem ou mulher com a Segunda 
Visão, eles não acham nada de mais e os Verbena 
seguem seus caminhos silenciosamente. Velhos hábitos 
inseridos pelos Tempos das Fogueiras mudam 
lentamente e os praticantes do Ofício no Velho Mundo 
evitam chamar atenção na maioria das vezes. Isto é em 
parte graças à forte influência que os Jardineiros da 
Árvore exercem sobre a Europa, seguindo os Antigos 
Costumes do Ofício. A maioria dos segredos é passada 
através das famílias, embora até os Jardineiros tenham 
começado a adotar iniciantes de outras linhagens de 
sangue.
América do Norte: A América do Norte se 
mostrou um solo fértil para os Verbena tecerem novas 
raízes. Da Nova Inglaterra Colonial, a Tradição se 
espalhou lentamente pelo continente, encontrando e 
misturando-se com praticantes de outros caminhos 
similares como os costumes dos nativos americanos, o 
Voudoun de Nova Orleans e a Santeria do Sul e 
Sudoeste.
Os Jardineiros da Árvore foram mais comuns ao 
redor da Nova Inglaterra por algum tempo, com os 
Alteradores do Destino pela costa leste e no extremo sul, 
os Seguidores da Lua se espalharam pelo meio oeste e 
pela costa oeste e os Tecelões da Vida praticamente em 
qualquer lugar que eles quisessem. Nos tempos 
modernos, as facções não são tão divididas 
geograficamente, embora continuem um pouco mais 
comuns nessas regiões apreciadas por seus líderes. 
Áreas como o noroeste do Pacífico (de Santa Cruz 
até Vancouver), Nova Inglaterra, e o Delta do Mississipi 
em especial são lares de círculos e Nodos na América do 
Norte.
América do Sul: Os estilos vibrantes de mágica da 
América do Sul, derivados das tradições africanas 
misturadas com crenças nativas e o catolicismo espanhol 
e português, estão entre as mais novas adições aos 
Verbena. Seguidores da Lua e Tecelões da Vida estão 
entre os mais comuns. Alguns Alteradores do Destino 
também se recordam dos modos mais primordiais de seus 
ancestrais, como também alguns Jardineiros que 
bravamente resistem a qualquer esforço de homogeneizar 
sua cultura e modos para o conforto de outros na 
Tradição.
África: O continente mãe da tradição Ifá, que é a 
raiz do Voudoun e da Santeria, a África virou uma casa 
para os Verbena que voltaram a procura de suas raízes e 
do entendimento dos primordiais Wyck que uma vez 
andaram pelas florestas, morros e savanas deste lugar. 
Estes seguidores encontraram e compartilharam com 
Oradores dos Sonhos e discrepantes na África e 
trouxeram alguns deles para os Verbena.
Ásia: Os Verbena não têm muita presença na Ásia, 
além de alguns indivíduos e bosques isolados aqui e ali. 
A maioria dos Verbena asiáticos se encontram nas 
proximidades da Rússia e nas Balcãs, seguindo a antiga 
tradição de seus ancestrais. Verbena russos viveram por 
muito tempo nas sombras da bruxa Baba Yaga, mas 
contos recentes do legado da “pequena vovó” vieram da 
Mãe Rússia, deixando alguns dos seguidores de Baba 
Yaga em conflito com os guardiões Verbena da terra.
Austrália: A presença Verbena na Austrália tende 
a ser limitada a cidades e fazendas afastadas, embora 
alguns Verbena procurem os Oradores dos Sonhos dos 
Outbacks como aliados e professores. Os Verbena têm 
apoiado esforços para proteger o meio ambiente e os 
locais sagrados da Austrália e regiões próximas.
Crônicas Históricas
Uma opção para crônica Verbena é usar algum 
material do Capitulo Um e colocar o jogo em alguns 
pontos da longa história da Tradição, talvez até antes da 
fundação dos Verbena modernos no século XV. Uma 
crônica na Idade Mítica poderia se focar nos feitos dos 
lendários Wyck ou Aeduna, interagindo com 
personalidades importantes, criaturas e lendas. Jogadores 
podem experimentar a divisão dos Aeduna gregos e o 
Círculo Cosiano ou o Flagelo Relâmpago dos magos 
romanos contra os druidas célticos e fadas. O narrador 
pode ainda usar as regras e sistema do Dark Ages: Mage 
para essas crônicas ou adaptar as regras do mundo 
moderno de Mago como achar necessário.
Para crônicas durante o Renascimento, Mago: 
Cruzada dos Feticeiros é uma fonte de recursos sem 
preço, permitindo aos jogadores experimentarem os 
primeiros dias de Tradição. Talvez iniciando com a 
fundação dos Verbena e a luta para incorporar muitos 
caminhos e culturas diversos numa só bandeira, 
representado no Conselho dos Nove.
Finalmente, a cisma entre o Círculo de Ferro e os 
Verbena durante a Segunda Guerra Mundial e a 
turbulenta e nova experiência da década de 60 são 
cenários para uma crônica de Mago centrada nos 
Verbena.
Uma crônica histórica pode passar inteiramente 
numa era em particular ou pode progredir por várias eras 
diferentes, possivelmente culminando nos dias atuais. Já 
que os Avatares de magos reencarnam de uma vida para 
a próxima, os personagens de cada era podem estar 
ligados pela posse dos Avatares de seus “ancestrais,” lhes 
dando memórias de vidas passadas e laços cármicos aos 
Capítulo Três: Crianças dos Wyck 81
outros personagens do grupo.
Esse tipo de crônica pode servir como um prelúdio 
mais profundo de uma crônica Verbena, dando aos 
jogadores uma forte noção da história da Tradição, já 
que eles foram parte dela. Também pode fornecer 
ganchos de enredo prontos para os personagens, pois 
seus Avatares têm conexões com certos eventos e 
personagens do passado. Talvez a antiga rivalidade entre 
o mago Aeduna e o médico Cosiano seja retratada num 
Verbena atual e sua contraparte Progenitora (ou talvez 
foi o Avatar Cosiano que encarnou como Verbena nesta 
vida e o anterior Aeduna que é agora um Progenitor!).
Cabala: Fazenda Nova Esperança
Numa área rural não muito distante de 
uma cidade importante está uma das 
muitas cooperativas de fazendas orgânicas 
localizadas na América do Norte. Esta 
fazenda em particular é diferente graças a 
ser o lar de um círculo Verbena que não é 
dedicado somente a colher o fruto da terra 
enquanto vive em harmonia com ela, mas 
também encontrar e ensinar novos 
membros em potencial para a Tradição. Eles fazem o que 
podem para ajudar a natureza enquanto mantém os 
Antigos Costumes vivos frente ao poder crescente da 
Tecnocracia.
História
As sementes da Fazenda da Nova Esperança foram 
plantadas quando seis iniciantes em potencial foram 
unidos e treinados pelos Verbena, iniciados na Tradição 
depois de seu Despertar. Embora eles viessem de 
passados diferentes, todos se tornaram amigos durante os 
desafios de sua iniciação e experiências como novos 
membros da Tradição. Dois eles ficaram particularmente 
próximos.
Jon Fairmont e Kameria Shula se tornaram amantes 
na primeira cerimônia de Beltane que participaram 
juntos, incorporando os jovens Deus e Deusa em sua 
união no Grande Ritual. Seu relacionamento floresceu 
em amor e eles foram unidos um ano depois numa 
cerimônia conduzida pelos seus colegas de capela. Jon, 
um estudante de ecologia, sugeriu a ideia de iniciar uma 
nova capela Verbena baseada no cultivo orgânico em 
cooperativa, algo que ele havia pensado algumas vezes 
em fazer. O casal reuniu a ajuda de seus amigos e, com 
um pouco de ajuda magia, acharam a localização ideal 
para a Fazenda Nova Esperança.
A perda de muitos dos Mestres da Tradição e o 
derradeiro fim da Guerra da Ascensão significaram 
problemas para a Fazenda Nova Esperança. A Fazenda se 
tornou um abrigo para os magos da Tradição que 
precisavam de proteção, mas isso também colocou em 
perigo a segurança da fazenda. A magia estava 
desaparecendo do mundo, abrandada pela crescente 
apatia dosAdormecidos. Então Jon Fairmont tomou a 
decisão de proteger seu sonho, de seus amigos e família, 
ao custo de sua própria vida. Seu sacrifício dramático 
reacendeu o Nodo debaixo da terra e, desde então, a 
Fazenda Nova Esperança não tem sido só uma fortaleza 
da mágica num mundo cada vez mais terreno, mas 
também um lugar realmente sagrado para os outros 
membros do Círculo Nova Esperança, que honram o 
sacrifício de Jon ao continuar seu sonho.
Missão
Os propósitos da Fazenda Nova Esperança são 
muitos. É uma fazenda cooperativa orgânica de sucesso 
que usa técnicas ecológicas modernas e antigas em 
harmonia com a terra e a natureza. Serve como um 
exemplo para os outros de um modo de vida mais 
ecológico, como também ajuda a comunidade de pessoas 
que vive lá. A fazenda serve ainda de base principal para 
o Círculo Nova Esperança, um local de treinamento 
para iniciantes Verbena e um refúgio para os Verbena 
(e, por extensão, qualquer outro mago de Tradição) 
precisando de abrigo. O círculo quer que a fazenda sirva 
de símbolo de esperança para seus colegas magos e um 
lugar onde os Antigos Costumes ainda são praticados e 
honrados.
O dia a dia prático toma muito do tempo do 
Círculo Nova Esperança. Todos vivendo no lugar, 
incluindo membros do círculo, estudantes e 
conselheiros, trabalham para manter a fazenda 
realizando tarefas diversas. Estas tarefas passam por 
lavar, capinar até adubar, colher, fazer comida, limpar e 
outros trabalhos domésticos de rotina. A fazenda vende 
frutas e ervas em maior número do que o necessário para 
sua subsistência a mercados e restaurantes locais. A 
fazenda usa técnicas orgânicas de crescimento e nenhum 
pesticida ou fertilizante químico. Pouca magia de 
verdade é usada no processo do cultivo, além das magias 
do trabalho duro e do cuidado.
Todos os que vivem em período integral na fazenda 
estão cientes da existência do Círculo Nova Esperança e 
do fato deles serem magos, embora saibam muito pouco 
sobre as Tradições ou até mesmo sobre os Verbena como 
um todo. Eles estão cientes da Guerra da Ascensão, mas 
felizmente, não foram muito afetados por ela. A fazenda 
está muito fora do caminho para a Tecnocracia se 
importar com ela, principalmente depois do início da 
Tempestade de Avatares. O círculo é cuidadoso ao 
manter a segurança da fazenda e sua existência como 
uma capela Verbena não é muito conhecida.
O Círculo Nova Esperança aceita um pequeno 
número de aprendizes a cada ano, mas raramente tem 
mais de nove deles na fazenda ao mesmo tempo. A estes 
magos em potencial é ensinado como trabalhar com a 
terra e eles estudam com os membros do círculo em suas 
82 Verbena
áreas particulares de experiência. Alguns deles 
Despertaram e são iniciados dos Verbena, mas outros 
não. Eles ou encontraram seu caminho de outra forma 
ou permanecem como ajudantes da fazenda. Alguns 
novos estudantes já são Despertos, nestes casos o círculo 
cuida para que eles recebam treinamento em como lidar 
com sua nova consciência e habilidade.
Os Verbena do Círculo Nova Esperança são 
relativamente jovens e inexperientes (comparado aos 
mestres que praticaram o Ofício por décadas, até 
centenas de anos). Eles também estão bem conscientes 
de que a maioria destes professores experientes não estão 
mais disponíveis e que está nas mãos deles passar as 
tradições Verbena adiante. Eles fazem o melhor que 
podem com o tempo e recursos disponíveis, mas existe a 
preocupação de se estão prejudicando ou não os magos 
neófitos ao treiná-los. Até agora nenhum dos estudantes 
do círculo reclamou que a educação é deficiente. (Eles 
reclamam desenfreadamente sobre muitas outras coisas, 
mas não sobre isso).
A Fazenda Nova Esperança também serve como um 
“abrigo” para os magos Tradicionalistas em necessidade 
de refúgio ou simplesmente de um lugar para fugir do 
mundo lá fora por um tempo, se eles estiverem dispostos 
a fazer a sua parte do trabalho. O círculo é cuidadoso 
sobre quem eles permitem que fique, já que manter o 
sigilo da fazenda e a segurança de seus estudantes e 
conselheiros é um dos interesses primários. Ninguém 
quer algum guerreiro da Ascensão renegado liderando 
um esquadrão de HIT Marks para suas portas. Do mesmo 
modo, o círculo tenta não deixar na mão aliados em 
necessidade. Um pouco de discrição e voluntariedade de 
seguir as regras é geralmente o suficiente para ganhar a 
hospitalidade da Fazenda Nova Esperança, pelo menos 
por um tempo.
Organização e Política
A Fazenda Nova Esperança é uma cooperativa, o 
que significa que ela pertence e é operada pela união dos 
membros do Círculo Nova Esperança (que são membros 
titulares da cooperativa), e por seus estudantes e 
conselheiros (que também têm voz no modo em que a 
cooperativa é dirigida) embora só membros plenos do 
círculo tenham voto.
A grupo da Nova Esperança se reúne pelo menos 
uma vez por semana para discutir negócios da fazenda e 
lidar com quaisquer problemas que possam aparecer. 
Essas reuniões geralmente são tranquilas, embora 
algumas acabaram resultando em conflitos pessoais no 
passado. Aos membros da comunidade é permitido e 
esperado que falem o que pensam nas reuniões e 
assembléias, então as coisas podem esquentar um pouco.
As tarefas da fazenda são divididas igualmente entre 
os membros da comunidade, incluindo o círculo, que 
não é excluído das tarefas mais usuais. Os membros do 
círculo tendem a ter tarefas e papéis fixos, mas eles se 
metem em qualquer lugar e qualquer coisa que for 
necessário.
O estatuto da fazenda diz que a maioria das decisões 
são aprovadas com uma simples maioria dos votos dos 
membros do círculo, mas um membro novo para o 
círculo precisa de um voto unânime, como também tirar 
um membro dele e fazer qualquer mudança significativa 
no próprio estatuto.
O Círculo
O coração do Círculo Nova Esperança consiste nos 
cinco fundadores Verbena remanescentes, que foram 
iniciados e estudaram juntos. Eles são todos considerados 
iguais na hora de conduzir a cooperativa, embora cada 
um tenha um papel próprio na organização do círculo. 
Debates entre os membros do círculo podem às vezes 
esquentar, mas eles são amigos íntimos e, em primeiro 
lugar, seus laços vão muito além do que simples amizade 
ou companheirismo.
Kameria Fairmont: Nascida concurda com uma má 
formação na espinha, Kameria foi levada de sua casa na 
África quando tinha seis anos de idade. Missionários 
cuidaram dela e eventualmente colocaram-na em um lar 
adotivo, mas ela nunca se sentiu em casa com sua nova 
família. Ela sempre se sentiu deslocada, uma aberração, 
ciente sobre sua própria deformidade. Seu treinamento 
como Verbena realmente a transformou. Despertaram 
memórias de vidas passadas primordiais e um talento 
para metamorfose em Kameria, qualquer um que a visse 
hoje nunca reconheceria nela a garota envergonhada e 
desajeitada que uma vez foi. Agora, por obra de magia de 
Vida, ela é ereta e alta, uma impressionante mulher 
africana com longos cabelos negros usualmente num 
rastafari enfeitado, com uma chama ardente em seus 
olhos negros. Kameria mudou em espírito também, com 
a morte de seu marido e o nascimento de seu filho, ela 
passou da agitada e inocente donzela para a ardente e 
poderosa figura materna do Círculo Nova Esperança.
Teague O'Connel: Teague foi outra alma ferida 
curada pelos Verbena. Teague sempre sentiu ter nascido 
centenas de anos tarde demais. Ele sonhava em ser um 
bardo irlandês na época em que estes poetas eram 
sagrados guardiões dos conhecimentos e teve de se 
acostumar em ser um harpista em várias feiras 
renascentistas. Ele se tornou distante de sua família por 
ser gay, então seusamigos de feira se tornaram sua nova 
família. Na metade dos anos 90, Teague contraiu o HIV 
e desenvolveu AIDS, não muito antes dos Verbena o 
encontrarem. Seu treinamento como mago permitiu que 
ele não só curasse a si mesmo completamente da sua 
infecção, mas também permitiu cumprir seu sonho de 
vida. Teague é o bardo residente e guardião do 
conhecimento. Ele é um homem alto e gracioso com 
longos e lisos cabelos castanhos que passam dos seus 
ombros. Ele prefere usar uma capa quando está na rua ao 
invés de uma jaqueta ou casaco sempre que pode, ele 
raramente se distancia de sua harpa celta feita à mão.
Takoda Urso-Que-Anda: O Avô de Takoda, 
Capítulo Três: Crianças dos Wyck 83
Kohana, era um Verbena e sonhava em ensinar seu neto 
a seguir seus passos, sentindo o potencial nele. Mas 
Kohana morreu antes de conseguir ensinar Takoda, 
então ele preparou para que um amigo iniciasse o neto 
nos Antigos Costumes. A inabilidade de Takoda com 
visões o levou a fazer a Dança Nativo Americana do Sol, 
aonde ele teve uma visão de seu avô. Depois disso, ele 
foi iniciado como um Verbena e se tornou um hábil 
curandeiro. Takoda toma conta das plantas e das ervas 
medicinais da fazenda, ele regularmente entra em 
comunhão com os espíritos. Ele é também o chefe 
curandeiro do círculo, perito em tratar muitas doenças 
com ervas, remédios homeopáticos e mágica. Takoda é 
um nativo americano alto, de ombros largos e longos 
cabelos compridos. Ele geralmente veste-se de roupas de 
serviço confortáveis, como jeans e camisa flanela.
Deborah Gray: Deborah (“Deb” para os íntimos) 
admite procurou o Ofício em busca de poder e que isto 
ainda é importante para ela. Deborah sempre se sentiu 
impotente e furiosa com o mundo, então quando um 
conhecido lhe ofereceu uma chance de ter poder, ela 
aproveitou. A iniciação de Deborah nos Verbena não foi 
fácil e ela rapidamente recordou memórias de vidas 
passadas, sendo queimada na fogueira, que apareciam 
nas suas visões e sonhos. Seu Avatar tinha feridas 
profundas dessa experiência, mas Deborah clamou seu 
poder e já curou muitas dessas feridas (embora seja de se 
duvidar o fato de elas desaparecerem por completo um 
dia). A raiva se transformou em confiança, embora ela 
ainda tenha um comportamento cáustico e uma linha
Usando a Fazenda Nova Esperança
Narradores podem usar a Fazenda Nova Esperança 
de várias formas para atender as necessidades da 
crônica. A fazenda pode ser uma base para diferentes 
tipos de jogos de Mago, um local de refúgio ou apenas 
um lugar para os personagens visitarem de tempos em 
tempos.
Uma crônica apenas de, ou quase de, Verbena 
pode ser colocada dentro da Fazenda Nova Esperança 
facilmente. Os jogadores podem assumir os papéis dos 
membros do Círculo Nova Esperança, seja usando os 
personagens já existentes, trocando por outros ou 
suplementando ele com novos personagens. Qualquer 
círculo relativamente jovem e amplo pode conduzir a 
fazenda e o Narrador pode permitir aos personagens 
controlar o Nodo localizado na propriedade como um 
recurso.
Alternativamente, os jogadores podem descrever 
estudantes para a Fazenda Nova Esperança, permitindo 
ao Narrador introduzí-los aos Verbena e ao mundo de 
Mago a medida que seus personagens aprendem de seus 
mentores e professores. Os estudantes podem ser 
adultos de vários estilos de vida trazidos para aprender 
ou eles podem ser jovens (adolescentes ou até mesmo 
mais jovens), permitindo um tipo de crônica diferente. 
Por exemplo, a fazenda pode oferecer um “program de 
aprendizado de verão” para um colégio e estudantes 
visando jovens “dotados”. Isso permite aos Verbena a 
oportunidade para tutelá-los e possivelmente orientá-
los rumo ao Despertar, bem como auxiliar aqueles que 
já sejam Despertos.
Magos Tradicionalistas amistosos aos Verbena 
podem conhecer a respeito da existência da Fazenda 
Nova Esperança e usá-la como refúgio se as coisas 
esquenterem demais para os personagens. Isso torna um 
bom local para magos Tradicionalistas se esconderem, 
repousarem e recuperarem sua força (principalmente 
com o auxílio curativo de Takoda). O Círculo Nova 
Esperança certificar-se-á se os personagens não 
conduzam ninguém até a fazenda, mas eles não darão as 
costas para aqueles em necessidade. Se os inimigos dos 
personagens os seguirem até a fazenda, então os magos 
devem se sentir responsáveis para ajudar na defesa da 
fazenda — no mínimo.
Finalmente, a Fazenda Nova Esperança pode 
simplesmente ser um local onde os personagens o 
visitam por várias razões. Talvez eles estejam 
familiarizados com alguém ou alguns do Círculo Nova 
Esperança e apareçam para uma visita. Eles podem 
precisar de conselhos ou inspirações de algum dos 
Verbena da fazenda ou eles podem ser solicitados pra 
uma “leitura do visitante” de um tópico em particular 
para o círculo de estudantes. Se o círculo encontrar 
problemas (mágicos ou não) além da capacidade de 
lidar, eles podem chamar os personagens para ajudar, 
especialmente se eles estiverem em débito.
A fazenda existe para salvaguardar uma tradição 
de vida em particular e o sacrifício de Jon Fairmont 
tornou o local profundamente mágico. A terra da 
fazenda oferece ao Narrador a oportunidade de várias 
coisas maravilhosas e mágicas na crônica para os 
personagens que a encontrarem. Um baixio dentro da 
Umbra poderia se formar, permitindo aos desavisados 
entrarem no mundo espiritual. (Talvez alguns 
invasores mudanos ou visitantes também o fizessem e 
os magos precisassem resgatá-los.) Do mesmo modo, 
Antevos podem aparecer nas terras da fazenda 
ocasionaalmente, atraindo fadas ou outros espíritos, 
tantos os bondosos quanto os nocivos.
Note que a localização exata da fazenda está 
deliberamente vaga, permitindo ao Narrador colocá-la 
onde for necessária para adaptar-se a sua crônica. De 
forma ideal, ela deve ser uma área rural e distante das 
grandes cidades, mas pode ser adaptada facilmente em 
qualquer lugar, incluindo uma localização for a da 
América do Norte (apesar de alguns ajustes serem 
necessários neste caso).
84 Verbena
vingativa. Ela não tem medo de fazer o que precisa ser 
feito para proteger-se e ao círculo, e não se desculpa por 
fazer isso com ninguém. Deborah é uma mulher magra, 
meio pálida com uma feição comprida e longos cabelos 
lisos que ela geralmente usa num rabo de cavalo.
Aileen Wilkinson: Aileen cresceu em uma rígida 
família protestante de classe média. Quando sua irmã 
gêmea, Kathy, foi estuprada e assassinada, Aileen não 
viu compaixão em seu pai severo (ele culpava Kathy por 
sair sozinha vestida de modo “provocativo”). Sozinha e 
cheia de mágoa, Aileen esbarrou numa celebração pagã 
e encontrou um pouco de conforto. Mais tarde, o 
homem que matou sua irmã espreitou e a atacou, mas ela 
lutou e o espantou. Quando a única preocupação de seu 
pai foi as aparências diante do ocorrido, Aileen decidiu 
deixar sua casa e procurar os pagãos que a haviam 
ajudado. Eles a apresentaram aos Verbena, onde ela 
procurou clamar seus próprios poderes e se tornar uma 
modelo para mulheres, jovens e velhas, que se sentiam 
impotentes.
Lendas da Antiga Fé
As raízes dos Verbena são realmente 
antigas e muitas histórias foram passadas 
de geração para geração da Antiga Fé, 
existindo por toda a história até os dias 
modernos. Alguns Verbena acreditam que 
esses contos são literalmente verdade, 
enquanto outros os consideram metáforas 
para uma verdade mais profunda ou apems 
contos populares que oferecem sabedoria e 
discernimento. Se esses eventos e pessoas descritas 
realmente existiram, não é tão importante assim para 
estes Verbena. 
Lilith
Alguns Verbenaconsideram a Mãe Bruxa Lilith 
uma dos Wyck, os Primeiros. Certamente, Lilith é uma 
personificação das energias sombrias femininas que os 
Verbena honram, um modelo de feminilidade poderosa, 
o qual os Verbena clamam ser o motivo de ela ser tão 
frequentemente vista como má pela história. Possuindo 
livre arbítrio iluminado, Lilith escolheu não continuar 
servil a Adão no jardim do Éden, preferindo viver 
sozinha ao invés disso. Privada do paraíso, Lilith teve de 
criar o seu próprio, exercendo sua vontade no mundo. 
Entre outras coisas, Lilith entalhou reinos na Umbra, 
alguns dos quais ainda são conhecidos pelos Verbena.
Várias histórias associam Lilith com a criação de 
monstros, embora estas histórias possam ser 
interpretações erradas (E novamente, elas podem não 
ser, como alguns Verbena apontam). Lilith pode ter 
laços com os antigos ancestrais das Feras, o povo 
metamorfo e com a criação dos vampiros. Lendas dizem 
que ela apiedou-se de Caim e o ensinou a sobreviver e 
usar os poderes inerentes em seu sangue, dando aos 
vampiros modernos seus poderes. Verbenas honram 
Lilith como um aspecto sombrio da Deusa, associado 
com Hécate, Kali, Macha e outras Mães Sombria que 
eram honradas por sua força e temidas por seu poder.
Além do mais, alguns Verbena acreditam que Lilith 
é imortal e que ainda caminha pelos distantes confins da 
Umbra, de onde ela protege e guia muitos filhos. A Mãe 
Sombria é certamente um poder a ser levado em conta, 
embora suas motivações não necessariamente incluam a 
Ascensão universal. Alguns acreditam que os Nefandi 
corromperam Lilith (ou talvez o contrário), enquanto 
alguns dizem que ela está além do bem e do mal, pelo 
menos da maneira como a maioria entende os conceitos. 
Embora outros digam ter encontrado a Dama Sombria, 
ou seus feitos, ninguém pode dizer com certeza se ela 
ainda anda entre os vivos. Se ela existe, e se ela é uma 
maga, Lilith é com certeza um dos Oráculos mais 
poderosos atualmente.
Capítulo Três: Crianças dos Wyck 85
Folhas da Árvore Mundo
Os Verbena estão entre os mais diversos 
de um grupo diversificado. A despeito dos 
melhores esforços dos tradicionalistas, os 
Verbena têm incluído uma gama de 
pessoas e de trilhas mágicas através dos 
séculos desde que a própria formação da 
Tradiçao a partir de diversos credos pagãos da Europa. A 
diversidade dos Verbena é uma fonte tanto de força 
quanto de tensão dentro da Tradição e as páginas 
seguintes oferecem apenas uma pequena amostra dos 
muitos artífices que seguem os Antigos Costumes, de 
uma forma ou de outra.
86 Verbena
Ativista Ambiental
Mote: Foda o planeta e o ele vai foder você.
Prelúdio: Você sempre teve um profundo amor pelo mundo natural. Mesmo quando criança você adorava 
caminhar pelas matas e pelo campo. Durante a adolescência você desenvolveu um forte senso de certo e errado, e 
pela conservação da preciosa vida selvagem. No colégio, você decidiu especializar-se em estudos ambientais, apesar 
de seus pais acharem isso perda de tempo. Você também tornou-se politicamente envolvido, organizando protestos 
contra a destruição das florestas tropicais, o envenenamento do solo e a extinção de várias espécies. Isso despertou 
você para um estilo de vida totalmente diferente, em harmonia com o planeta ao invés de ser apenas outro parasita 
que lentamente o mata.
 Seu ativismo ecológico também trouxe a você o contato com um grupo de
neopagãos: wiccanos, xamãs modernos, restauracionistas celtas e por aí vai. Através deles
 você encontrou uma espiritualidade para adequar-se as suas crenças políticas e sociais,
 uma conexão mais profunda e espiritual com a Terra. Entretanto, nem todas as suas
 conexões eram necessariamente espirituais. Alguns de seus amigos eram muito radicais
 e, apesar de você ser contra o uso de violência para levar sua mensagem, você tem
 dividido seu tempo entre árvores centenárias e um pouco de sabotagem em seu tempo.
 Foi durante um protesto, quando um policial usou gás lacrimogênio para
dispersar seu grupo, que você realmente abriu seus olhos para o choro da Terra e para seu
 próprio poder e seu potencial. Coisas aconteceram ao seu redor que protegeram você e
 seus amigos protestantes, fazendo os policiais recuarem. Alguns de seus amigos
 neopagãos disseram que você precisava encontrar algumas pessoas quem
 poderiam ensinar a você a respeito de épocas antigas, quando seus
 ancestrais viviam como verdadeiras crianças da Terra. Agora era sua vez
 de salvá-La.
 Conceito: Você é uma parte do mundo moderno e você está
 muito ciente de seus problemas. Você não necessariamente quer que as
 coisas voltem a ser como na Era Dourada, visto que sabe que a inocência
 não pode ser recuperada. Mesmo assim acredita com firmeza que algo
 tem que ser feito para mudar ou a Guerra da Ascensão não valerá nada
 visto que o mundo estará morto. A maior ameaça que os Tecnocratas
 representam não é contra a magia, mas a vida em si. Eles não estarão
 contentes até que tudo esteja estéril e que toda a vida venha de um
 laboratório. Você não permitirá que isso aconteça.
 Dicas de Interpretação: Você é passional a respeito do que você crê.
 Talvez passional demais em certos momentos para as outras pessoas, mas você
 está tirando elas de sua complacência e tornando-as mais cientes do que
 realmente está acontecendo com o mundo. Você tenta ensiná-las através do
 exemplo também, vivendo através de um estilo de vida que você acha
 necessário para estar em paz com a Terra.
 Magia: Sua magia invoca a Mãe Terra e as forças da natureza para seu
 auxílio. Você prefere ferramentas naturais como ervas, galhos, brotos, água e
 solo, e você não teme sujar suas mãos. Você é sensível ao ciclo da vida.
 Equipamento: Roupas leves de algodão, sandálias de maconha, mochila
 de ombro contendo componentes para feitiços e focos, e colar de contas.
Capítulo Três: Crianças dos Wyck 87
 
Bruxo da Tempestade
Mote: O clima parece bem ruim esta noite. Melhor você ir embora antes que fique muito pior.
Prelúdio: Você cresceu em Catskills, zona rural de Nova York. Você não lembra de um dia sequer onde não 
soubesse que a magia era real. Quando criança, seus pais a usavam regularmente. Nunca foi uma questão de se você 
se tornaria um mago, mas quando. Sua família — um grupo imenso — é descendente de uma longa linhagem de 
bruxos e eles praticamente dominavam a cidade. É por isso que, de todas as cidades vizinhas, a sua é a única que não 
demonstra sinais folclóricos de decadência e degeneração. Seus ancestrais se certificaram que as “maravilhas da 
industrialização” nunca pusessem o pé ali, independente do dinheiro que poderia vir. Agora, quase 70 anos mais 
tarde, sua família pode não estar tão bem de vida, mas sua cidade também não sofre de doenças de nascença, 
hepatite e insuficiência real, além dos vários tipos de câncer que as cidades vizinhas enfrentam. Graças a vidência e 
a um pouco de feitiçaria, as maçãs dos pomares de sua família estão as frutas mais suculentas e mais saudáveis do
 estado de Nova York.
Seu Despertar veio quando você tinha 17 anos. Alguns garotos
 da cidade vizinha haviam causado problemas. Eles haviam ouvido que sua
 família era um pouco estranha e talvez houvesse alguns bruxos confessos
 entre eles. Quando eles descobriram quem você era, eles apenas ficaram
 mais ansiosos em mostrar a você o que bons cristãos faziam com bruxos.
 Você, em contrapartida, estava apenas muito feliz em mostrar que bons
 bruxos faziam com hipócritascomo eles.
 O legista (seu primo de segundo grau) e o editor do jornal da cidade
 (seu tio avô) reportaram as fatalidades como mortes por causas naturais.
 “Apesar de tudo, aqueles raios de primavera podem surpreender você e os
 garotos deviam ter algo de metal com eles...” E assunto encerrado.
 Sua iniciação no ofício da família aconteceu na semana seguinte.
Conceito: Você é um bruxo da tempestade de uma longa e
 ilustre linhagem de bruxos Verbena. Sua família o tornou
 guardião dos pomares. É seu dever que as chuvas sejam
 abundantes e o frio não seja. Você agita as nuvens quando você
 precisa e empurra os ventos na direção correta para polinização.
Você sente seu lugar no ciclo maior e isso é bom.
 Dicas de Interpretação: Tudo o que você quer é viver
 bem, viver a vida da mais plena maneira e mostrar as outras
 pessoas a como fazer o mesmo. Você não crê em moderação, mas
 você acredita em qualidade de vida e você aprendeu da forma mais
 difícil que abusos podem ocasionalmente diminuir isto. Você usa suas
 habilidades para saber o que as outras pessoas querem, descobrir o que
 as tornam confiantes e influenciá-las sutilmente.
Magia: Sua magia é amplamente feita de rituais para afetar o
 clima. Você assobia pelos ventos, cospe três vezes por chuvas e vaia
 para a neve. Sua família inteira está dispondo-se a ensinar a você mais
 rotinas, mas seu interesse é apenas em sentir, moldar e influenciar o
 clima.
Equipamento: Ferramentas de poda, pequeno caldeirão de
 ferro e uma, ou duas, maçãs frescas.
 89
 
Sacerdotisa Vodu
Mote: Odeio arruinar seu dia, filho, mas os Loas querem chutar sua bunda.
Prelúdio: Sua avó passava horas contando a você histórias sobre a rainha vodu Marie Laveau. Sua cabeça 
estava tão repleta de Marie Laveau que você implorou para sua mãe para levar você a Nova Orleans, mas sua mãe 
(apesar de seu contatos ocasionais com magia) achou melhor mantê-la longe dessa “coisa louca”.
Não rolou. Sua avó poderia levar você em Nova Orleans durante o dia, enquanto sua mãe estava trabalhando.
 Ela achou mais importante manter os talentos mágicos da família afiados. Você foi a cada
loja farjuta de vodu no French Quarter e mais algumas. Você viu cada uma das tumbas
 reputadas a Marie Laveau e, então, você viu algo que ninguém sabia que era real. Você
 viu um antigo amigo de sua avó erguer um zumbi em plena luz do dia.
E você sabia que você queria ser quando crescer.
Em tempo, sua mãe descobriu o que estava acontecendo (visto que ela não
 podia ajudar) e decidiu que o único meio de proteger você da influência da sua avó
 era mudar-se. E ela o fez. Para Seattle.
Sua avó ainda enviava a você cartas ocasionais, visitando você em seus
 sonhos, mas você não tem a visto fazem alguns anos.
Seu Despertar foi particularmente traumático. Você quase foi vítima de um
 estupro, mas ao invés de estar em seu corpo quando aconteceu, você convidou os
 Loas a assumirem seu corpo. E eles fizeram. Os Loas, aparentemente, tinham
 um alcance muito além das redondezas de Nova Orleans. Você foi chutada
 de seu corpo e o Loa da vingança, Erzulie Toho, assumiu. Quando ele o
 fez, seu agressor sofreu de terríveis e devastadoras convulsões. Os
 músculos de suas costas foram rsgados até quase sua espinha e, quando
 o Loa se foi, você ficou para chamar a ambulância.
Conceito: Você é a única sacerdotisa vodu em Seattle. Foi o
 destino, quanto qualquer coisa, que tornou você uma Verbena. Em
 circunstâncias um pouco diferentes, os Bata'a certamente teriam
 reivindicado você como uma dos seus. Você estudou o ofício
 afrocaribenho desde que começou a ler. Sua avó a treinou o melhor que
 pode e a educou através dos Loas. Você permite os Loas cavalgarem em
 você, como se você fosse um cavalo, ocasionalmente.
 Dicas de Interpretação: Você herdou sua magia de sua avó. Os
 caminhos do vodu estendem-se até a África e você estuda esses costumes. Em
 breve, você até mesmo espera ensinar esses caminhos. Embora você esteja
calma a maior parte do tempo, você assume seu papel como guardião do
 conhecimento vodu muito a sério.
 Magia: Você vê espíritos. Além disso, você enxerga como os espíritos
 agem nas pessoas e animais, aprendendo em algum nível a canalizar
 espíritos. Você pode ver como o mundo espiritual funciona e como os
 espíritos afetam a carne. E quando você precisa, você pode invocar os
 Loas para fazer as coisas acontecerem.
 Equipamento: Facão, cigarros, garrafa de rum e galinha viva.
Capítulo Três: Crianças dos Wyck 91
 
Bruxa New Age
Mote: Minha Deusa deu à luz ao seu pequenino 
Deus irritante.
Prelúdio: Quando era criança, você acreditava em 
coisas como Papai Noel, na Fada do Dente e em mundos 
mágicos. Quando tornou-se adulta, você não acreditava 
em nada além de si mesma. Um amigo convidou você 
para dar uma olhada num festival pagão e você sentiu 
algo lá. Aquilo era como uma conexão real, algo que 
você não sabe o que é até você perder e ter de volta. 
Você conversou com algumas das pessoas do festival e 
eles indicaram a você alguns livros para aprender mais. 
Você devorou a informação e rapidamente descobriu 
que apenas alguns daqueles livros haviam algo a dizer 
para você (o resto era apenas lixo). Você ficou atraída 
particularmente pela ideia do culto à Deusa, de honrar o 
divino tanto como feminino quanto masculino.
Quando alguns de seus colegas 
cristãos descobriram isso, sentiram a 
necessidade de “resgatar” você. A 
ignorância deles não parecia conhecer limites, 
bem como o zelo excessivo. Eles não apenas 
oraram para você, como entregaram 
panfletos e tramaram para você ir a igreja. 
Quando essas táticas não funcionaram, eles 
começaram a atormentar ativamente você. 
Uma hora eles desistiram, mas sua reação 
deixou você com um grande desgosto 
de cristãos desde então.
Você procurou por mais 
orientação, então achou um
 tutor de verdade. Você 
teve algumas 
aulas na livraria 
local e se juntou a 
um grupo de debates na internet. 
Você ia a mais festivais e não 
tardou a você declarar-se bruxa, 
mesmo sem saber o que realmente 
isso implicava. Você descobriu 
quando se uniu a uma 
convenção, apenas para 
descobrir que aquilo estava cheio 
de mesquinhez, egos inflados e tarados. 
Desiludida, você deixou o grupo, 
decidida a perseguir sua trilha 
sozinha.
Então, certa noite, você louvou à 
Deusa sob a luz da lua cheia, e Ela falou 
a você e disse que você não estava sozinha, que 
nunca realmente esteve. Algum tempo depois, você 
festejou seu novo poder. Você procurou os cristãos 
fanáticos e debateu com eles e, às vezes, fazia coisas para 
tornar suas vidas um pouco mais miseráveis.
Eventualmente,o significado real do Juramento 
Wicca cobrou e você parou de perseguir cristãos (a 
maioria deles). Você ainda vê a si como estando em uma 
trincheira de uma grande guerra entre os Antigos 
Costumes e essa religião agressiva que sequer tem dois 
milênios de idade.
Conceito: Após seu Despertar você descobriu que 
haviam outros como você e que eles eram um grupo 
diverso, mesmo que a mesquinhez que você encontrou 
em sua primeira convenção ainda fizesse parte de alguns 
deles. Você aprendeu a supervisioná-los e lidar com eles 
quando necessário, imaginando que isso não muda quem 
você é ou o no que você acredita.
Dicas de Interpretação: Você se esforça para seruma verdadeira bruxa em seu coração, independe do que 
pensem sobre isso. Para os que dizem que a linhagem
 importa, você retruca dizendo apenas que a Deusa e o
 Deus podem tornar alguém um bruxo de
 verdade e que eles nunca erram quando
 escolhem. Você quer aprender com seus
 colegas, mas não tem paciência para sua
 arrogância ou pretensão. Se isso funcionar, use, se
 não, não use, ao menos você tentou com uma
 mente aberta. Essa é a sua maior virtude e,
 talvez, o seu maior defeito.
Magia: Você descreve seu
 estilo como “eclético” (apesar dos outros
 chamá-lo de “remendado” ou “disperso”).
 Você usa as tradicionais ferramentas
 (varinha, athame, cálice etc) mas
 também cristais, óleos, unguentos,
 chás, carrilhões, cartas de tarô e o
 que mais aparecer.
Equipamento: Vestidos
 longos e largos, além de
 roupas casuais, túnica
 cerimonial, varinha
 (toda decorada com
 cristais), maços de tarô
 (de vários estilos
 diferentes), athame
 (adaga cerimonial)
 93
 
Talhador de Runas
Mote: As runas mostram a mim a forma do futuro. Não há muito para você.
Prelúdio: Quando você era uma criança, o Caolho veio até você num sonho e ensinou a amarrar uma forca a 
partir de um pedaço de corda. Ele sussurrou certos nomes antigos em seu ouvido e disse que eram importantes, apesar 
você não saber o motivo. Ele ensinou a você como lançar esse nomes em um alfabeto rústico e angular que ninguém 
mais reconhecia — as runas. Você aprendeu certas coisas ao ouvir aos corvos grasnantes. Você aprendeu o que eles 
estavam dizendo um ao outro e suas intuições perturbavam as pessoas, incluindo você. Você aprendeu a não 
comentar a respeito de seus sonhos e das coisas que sabia. Você fez o melhor para ignorá-los, mas eles simplesmente 
não iam embora. Você foi diagnosticado como sendo esquizofrênico e os médicos prescreveram medicação 
antipsicótica para entorpecer seu cérebro, mas fazer o mesmo com os outros parecia fácil. Se você ainda tivesse os 
sonhos, você não lembraria deles.
Certa noite, seu Clozaril acabou, sua medicação prescrita, você foi até a farmácia de plantão para comprar mais. 
Você escolheu a noite certa. Quatro pessoas foram baleadas naquela noite. Você perdeu seu olho direito durante um
 brilhante e explosivo momento de dor, e você permaneceu deitado no chão observando
 com seu outro olho seu sangue espalhar ao eu redor, o Caolho estava com você mais
 uma vez. Ele olhou para você das sombras de seu chapéu de aba larga e disse, “É hora.”
 Inesperadamente, no piso quadriculado, no chão e nas marcas de sangue,
 você viu coisas — significados, padrões, conexões — que você nunca
 havia visto antes. Você desenhou runas com seu sangue no piso —
 antigas palavras de grande poder. Palavras de cura. Palavras de vingança. O
 paramédico disse que foi um milagre você ter sobrevivido. Ele disse que isso era
 bastante curioso você ter vivido enquanto o ladrão que atirou em você ter perdido o
 controle do carro, colidindo, dois quarteirões adiante e queimado até a
 morte na explosão. Você tinha tanto uma ironia quanto uma boa risada.
Você parou de tomar Clozaril — e qualquer medicação —
 depois disso. Você não precisava porque você não era louco. Então alguém
 veio até sua porta e mostrou a você as runas que ele havia feito em seu
 peito, contando a você que ele também havia tido uma visão.
Conceito: Desde o seu Despertar, você tem aprendido os
 segredos das ruas. Você sabe como desenhar seu poder ao entalhá-las ou
 cantar seus nomes. Você aprendeu a história e o conhecimento dos
 grandes talhadores de runas e abraçou o que os outros chamam de
 loucura (algo que você chama de entendimento).
Dicas de Interpretação: Você é um produto de épocas e
 tradições ancestrais. Alguns chamam você de louco, mas você apenas viu
 uma verdade maior e você abraça a vida com a firmeza e dedicação de
 alguém que desperdiçou tempo demais caminhando moribundo meio a
 drogas antipsicóticas e estabilizadoras de humor. Sua experiência foi
 preenchida com uma nova convicção e inabalável confiança. Você é
 impetuoso e enérgico. Embora você seja verdadeiramente gentil e generoso
 com seus amigos, você é terrível contra seus inimigos. Você não tem medo
 de nada, exceto, talvez, do tipo de lento sufocamento que você enfrentou
 antes de seu Despertar.
Magia: As runas são sua fonte de magia. Você canta seus
 nomes. Você as entalha na madeira, na pedra ou até mesmo na carne.
 Você as desenha com tinta ou com sangue. Você usa pedras entalhadas
 com suas imagens. Você apenas começou a explorar suas profundezas e
 quer dominar todos os seus segredos.
Equipamento: Casaco comprido, chapéu de aba larga,
 algibeira com runas, facão, olho de vidro (sutilmente gravado com runas)
Capítulo Três: Crianças dos Wyck 95
 
Descendente dos Wyck
Mote: Eu descendo dos Sábios. Seu sangue e 
poder fluem através de mim.
Prelúdio: Os outros Verbena, os outros magos, 
Despertaram para seu poder e aprenderam magia e 
Ascenção após viver suas vidas mundanas, mas não 
você. Sua linhagem se estende até a aurora da história 
dos Verbena, junto aos lendários Aeduna e os Wyck do 
mundo antigo. Sua família tem seguido a Antiga Fé e 
mantido os Antigos Costumes por séculos, através da 
ascensão e da queda de impérios e dos perigos dos 
Tempos das Fogueiras. Muitos deles sofreram por suas 
crenças, muitos morreram. Você aprendeu tudo isso 
quando era apenas uma criança e seus pais mostraram a 
você muitas maravilhas. Quando as outras 
crianças passavam as férias na Disney, você 
visitava Reinos do Horizonte e via fadas de 
verdade e unicórnios.
Sua família sempre esperou grandes 
coisas de você. Você tinha uma herança
nobre a desenvolver. Mais que qualquer 
outra coisa, você queria que eles se 
orgulhassem de você, sendo assim você 
trabalhou duro para estudar magia e 
aprender tudo o que pudesse sobre os 
Antigos Costumes. Houve uma 
época que você temia nunca 
compreender, que você pudesse 
estar fadada a ser uma feiticeira de 
merda, mas seu sangue era 
verdadeiro. Você Despertou para 
seu poder durante uma discussão 
familiar sobre algo banal. Seu uso 
de magia foi considerado um 
excelente sinal que a briga deveria 
parar e a celebração começar.
A perda de Horizonte e de 
muitos grandes mestres das Tradições 
fez com que todas as pessoas 
importantes para seu povo, como 
você, permanecerem fiéis a sua 
herança. Os Verbena testemunharam 
tempos assim antes e sobreviveram, e 
você assim o fará. Sua herança e todos 
os sacrifícios de seus ancestrais 
dependem disto.
Conceito: Você é uma verdadeira 
Verbena, nascida e criada. Magia é sua herança e sua 
grande responsabilidade. É seu dever manter os Antigos 
Costumes e ensiná-los aos outros, nutrir as raízes da 
Árvore Mundo para mantê-la forte e viva. Essa é uma 
grande responsabilidade, mas você sabe que é capaz de 
suportá-la enquanto for necessário. Você se orgulha 
disso.
Dicas de Interpretação: Você nunca perde uma 
oportunidade para educar, visto que através do ensino os 
Antigos Costumes sobrevivem. Se os outros não abrirem 
caminho para você irá oferecê-los a eles, você não 
necessariamente desistirá deles. Normalmente leva 
tempo para a compreensão penetrar através daqueles que
 não cresceram numa vida de magia. E pode ser difícil
 para alguns deixar para trás os preconceitos
 mundanos.

Mais conteúdos dessa disciplina