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RELATÓRIO SOBRE PROJETO DE PRODUTO COM ÊNFASE EM BIÔNICA - UFPE - NOTA 9,4

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Design-noite
Projeto de Produto com Ênfase em Biônica
Aplicação da Biônica no redesenho de um assento multifuncional, utilizando o mecanismo do tatu-bola. 
	
Professor:
 Danilo Emmerson
Alunas:
Maria Mhayanne
Marília de Oliveira
 Caruaru, 17 de Julho de 2015
Sumário
Capítulo 1
Introdução .............................................................................................5
Histórico ...........................................................................................6
Anelídeos ........................................................................................7
Assentos .........................................................................................9
Justificativa .....................................................................................10
Objetivos ...............................................................................................11
Objetivo Geral...................................................................................11
Objetivos Específicos.......................................................................11
Metodologia Munari(1988)..................................................................... 11
3.1 Fluxograma x Metodologia
Cronograma........................................................................................... 15
Orçamento............................................................................................. 16
 Capítulo 2
 6. Desenvolvimento .................................................................................17 
 6.1 Problematização ........................................................... ........ ....... 17
 6.2 Definição do Problema.................................................................... 18 
 6.3 Componentes do problema ............................................................19
 7. Análise de dados .................................................................................. 20
 7.1 Madeiras Processadas ................................................................... 20
 7.2 Tipos de parafusos para madeiras...................................................20
 7.2.1 Tipo de cabeça de parafuso: Cabeça chata escareada.................21 
 7.3 Dobradiça..........................................................................................22.
 7.4 Couro sintético...................................................................................22
 7.5 Acrilom...............................................................................................23
 7.6 Ergonomia na criação do banco........................................................24
 8. Experimentação.......................................................................................25
 8.1 Experimento com a madeira e fogo. ............................................... 25
 8.2 Experimento com a madeira e água ............................................... 26
 8.3 Experimentos com pesos..................................................................27
 8.4 Experimento corino e água. .............................................................29
 9. Materias..................................................................................................30
 9.1 Lâminas Naturais..............................................................................30
 9.2 Classificação de madeiras.................................................................31
 9.3 Tinta..................................................................................................32 
10.	 Desenhos técnicos para construção ....................................................33
 10.1 Modelo explodido .......................................................................... 36
 10.2 Medidas do produto........................................................................36
 11. Modelos................................................................................................37
 11.1 Baixa fidelidade.....................................................................,......37
 11.2 Média fidelidade ..........................................................................38
 11.3 Alta fidelidade .....................................40
12.	Conclusão.......................................... 41
14	Bibliografia.......................................................................................42 
Estudo, análise e aplicação da biônica para o desenvolvimento de um banco multifuncional, que seja utilizado em residências com tamanho reduzido, levando em consideração o mecanismo do tatu-bola em parte de sua estrutura. Sendo este um produto confortável, ergonômico e ecologicamente correto.
INTRODUÇÃO
Este trabalho parte do pressuposto, de que a natureza é uma boa fonte de ideias para a solução de problemas de projeto proposto pelo Professor Danilo Emmerson, para a avaliação da disciplina de Projeto de Produto com ênfase em Biônica, do curso de Design da Universidade Federal de Pernambuco. 
Desse modo, o presente trabalho mostra onde, no processo de projeto, o conhecimento levantado e estruturado pela Biônica pode ser útil. E como a sistematização do conhecimento sobre os sistemas naturais facilita o seu uso na geração de soluções criativas. 
Serão estudados e pesquisados a partir das espécies naturais mais vistas na Região Nordeste as melhores formas, texturas e mecanismos que possam atender as necessidades do produto final, que visa o desenvolvimento de um assento multifuncional. 
A biônica é uma ferramenta utilizada pelo Design, que estuda a natureza buscando inspiração nas características de diferentes espécies naturais, para solucionar problemas existentes no nosso ambiente através da criação de produtos como, por exemplo, mobiliários, sistemas mecânicos, formas e texturas. Segundo Ramos e Sell (1994), a biônica contribui para a obtenção da melhor forma do produto, na solução de problemas para determinadas funções e nos materiais necessários para o projeto otimizando também a quantidade necessária destes materiais.
Conforme Ramos e Sell (1994) a formalização da biônica como uma ciência é bastante recente, porém, o homem já estudava a vida a sua volta para criar algo que necessitava, assim como Leonardo Da Vinci fez ao estudar o voo dos pássaros para criar uma das primeiras máquinas voadoras. 
Segundo Cândido et al. (2006, p. 2) a biônica é:
“Ciência multidisciplinar que pesquisa nos sistemas naturais, princípios e/ou propriedades (estruturas, processos, funções, organizações e relações) e seus mecanismos com objetivo de aplicá-los na criação de novos produtos ou solucionar problemas técnicos existentes nos produtos já concebidos.”
 
 A natureza, seu modo de adaptação, movimento, mecanismos de defesa e preservação, suas cores e formas, podem orientar a criação dos mais diversos produtos e soluções, a fim de solucionar problemas técnicos existentes. Esta natureza pode ser interpretada de várias maneiras, servindo como fonte de inspiração e criatividade para o designer. E ainda, pode-se afirmar que o design e a natureza estão interligados, pois ambas as áreas desenvolvem projetos, através de planejamento, conceito e criatividade. Seus valores são um amplo campo a ser explorado e transformado. Dessa forma, este estudo destaca o papel do designer na indústria moveleira, na qual sua inspiração surge através do estudo da natureza, tendo uma relação de criatividade com a percepção visual diante dos consumidores. Sendo assim, é proposto o desenvolvimento de uma pesquisa relacionando aspectos da biônica edo mobiliário, que apresentará, por meios dos atributos oferecidos pela natureza, o desenvolvimento de um produto ecologicamente correto, multifuncional e prático.
HISTÓRICO
O homem sempre usou a natureza como fonte de ideias para resolver seus problemas cotidianos, embora nem sempre de forma consciente. 
A utilização proposital de princípios naturais no projeto de objetos criados pelo homem já pode ser vistas nos trabalhos de Leonardo Da Vinci (1452-1519) que estudou o voo dos pássaros, analisando o batimento das asas, o voo planado, e o voo em equipe. Com o conhecimento adquirido nestes estudos, projetou, inicialmente, asas a serem movidas pela força muscular humana. Quando concluiu que o homem não teria força suficiente para sustentar o “voo batido”, passou a estudar a possibilidade de aproveitar a força do vento e a resistência do ar para viabilizar a ideia de uma máquina voadora. Além desta houveram muitas outras tentativas de imitar o voo dos pássaros. 
O uso dos princípios naturais no projeto de objetos prosseguiu: 
- Clernent Ader, em 1890, seguindo o modelo do morcego, construiu um aparelho chamado L'Eole, e teria realizado a primeira decolagem de uma máquina mais pesada que o ar, movida a motor (Angellucci, 1971). 
- Em 1850, Sir Joseph Paxton projetou o Crystal Palace inspirado na estrutura das folhas da vitória regia, cuja parte superior é um grande disco circundado por uma borda de pequena altura, sendo seu lado inferior reforçado por nervuras que partem do centro e se bifurcam em várias direções, o que dá rigidez a esta planta. Este projeto teve uma influência significativa nos conceitos de espaço e luz na arquitetura e foi também precursor dos modernos métodos de construção e montagem pré-fabricada. (Veja figura 1 – Crystal Palace) 
 
Figura 1 – Crystal Palace
Fonte: http://www.post55.es/post/2013-10-07-el-palacio-de-cristal-en-otoo-2
E finalmente, em 1960, A força aérea Americana promoveu um simpósio, no qual compareceram matemáticos, físicos, biólogos, engenheiros e psicólogos, dentre outros. Este evento marca o início da biônica como ciência ou como atividade formalizada. (Gerardin, 1968)
Biônica é o estudo de sistemas e organizações naturais, com o objetivo de analisar e recuperar soluções funcionais, estruturais e formais, para aplica-las na resolução de problemas humanos, através da geração de tecnologias e da concepção de objetos e sistemas. (Vanden Broeck, 1989). Assim, a biônica analisa sistemas naturais, seus princípios e características funcionais, com o objetivo de buscar, por analogia, inspiração e novas abordagens para a concepção de sistemas técnicos. 
 CORDADOS (CHORDATA)
O Filo Chordata compreende indivíduos triblásticos, celomados e deuterostômios. Possuem circulação fechada, tubo digestório completo; tubo nervoso único, dorsal e oco; fendas faríngeas e cauda pós-anal. Podem apresentar simetria bilateral, crânio e endoesqueleto.
Este filo é dividido em três Subfilos: Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata. Os dois primeiros são, didaticamente falando, denominados protocordados. Estes não possuem crânio e tampouco vértebras: cordados invertebrados.
Urocordados são sésseis quando adultos e possuem notocorda apenas na fase larval, localizada na cauda. Possuem corpo recoberto por uma túnica protetora e se alimentam de plâncton, filtrado pelas fendas branquiais.
	O tatu bola, Tolypeutes tricinctus, é a menor e menos conhecida espécie de tatu do Brasil. De todas as espécies de tatu do país, é a única endêmica (que ocorre só nesse local).
Possui distribuição geográfica muito restrita, ocorrendo somente na Caatinga e no Cerrado. A espécie já foi registrada em 12 estados brasileiros diferentes - Bahia, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Piauí, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Figura 2 – Tatu bola.
Fonte: http://www.mundoeducacao.com/biologia/tatu-bola.htm
Esse animal, de aproximadamente 50 cm e 1,2 kg, apresenta como uma das principais características a capacidade de se fechar na forma de uma bola ao se sentir ameaçado, o que protege as partes moles de seu corpo contra o ataque de predadores. Essa capacidade foi o que deu origem ao seu nome popular. Distingue-se também pela presença de cinco unhas nas patas anteriores, principal diferença entre Tolypeutes tricinctus e a outra espécie do mesmo gênero, a T. matacus.
Durante o período de acasalamento, uma mesma fêmea é vista acompanhada por mais de um macho. As fêmeas geram um ou, menos frequentemente, dois filhotes por ninhada, que nascem completamente formados.
O tatu-bola possui hábitos noturnos e se alimenta principalmente de formigas e cupins, consumindo também grande quantidade de areia, cascas e raízes junto ao alimento. O tatu-bola não escava buraco e utiliza como esconderijo tocas abandonadas. Por utilizar como principal estratégia de defesa a fuga em busca de tocas abandonadas e o enrolamento sobre si torna-se mais vulnerável ao ataque de predadores e à caça humana.
ASSENTOS
As cadeiras mais antigas de que se tem notícia são as cadeiras egípcias, que demonstram ter sido de grande riqueza e esplendor. Feitas de ébano e marfim, esculpidas em madeira dourada, elas eram cobertas com materiais caros e foram apoiados em representações das pernas por formas bestiais ou em figuras domésticas.
Foram criadas as cadeiras que balançam, giram, embalam, se reclinam, se dobram, massageiam e até eletrocutam, mas antes de todas elas, há cerca de 4.800 anos, foi inventada a cadeira em sua forma mais simples.
Mais de 1000 anos, antes disso, o homem criou uma maneira de descansar em posição sentada elevada ao chão em assento simples sem encosto.
Esses bancos se tornaram uma arte entre os egípcios antigos. Além de criarem assentos ornamentados, os artesões egípcios também pensaram em sua função, fabricando bancos dobráveis.
Alguns têm trilhos de apoio e hastes transversais entalhadas com cabeças de ganso encrustadas de marfim, lembrando penas e olhos.
Na terceira Dinastia (2.650 – 2.575 A.C), os egípcios adicionaram ao assento seu maior adorno: Um encosto para manter a pessoa sentada em posição reta.
De início um apoio lombar simples, a altura do encosto foi aumentando até se chegar às cadeiras de espaldar alto.
Assim como antes os egípcios transformaram a cadeira em arte porem sem sacrificar sua função. No médio império (2040-1640 AC) foram acolchoadas para oferecer mais conforto e os encostos eram altos. Curvas eram confeccionadas com tábua de madeira que se apoiavam sobre pernas finas. Às vezes, eram pintadas para terem a aparência de pele de animais. Já no novo Império (1540 - 1070 AC) foi acrescentado um novo componente: braços.
Milhares de anos depois, conforme a humanidade foi se tornando mais sedentária – descansos retráteis para pernas se tornaram uma opção comum na busca pela cadeira mais confortável do mundo.
As primeiras cadeiras em série foram cadeiras Thonet numeradas foram as primeiras a serem produzidas através do curvamento de madeiras e pioneiras também na venda por catálogos.
Na revolução industrial temos o grande ponto de mudanças quando peças únicas dão lugar à produção em série. A tecnologia está mais à mão e designers podem ter suas criações multiplicadas sob um novo conceito; o da funcionalidade. A revolução industrial do final do século XIX, além de revolucionar os meios de produção, influenciou o modo de vida e criou verdadeiras revoluções de conceitos e comportamento. O excesso de detalhes e adornos das peças antes artesanais cede lugar ao minimalismo do conceito “forma e função” e da busca pelo novo.
O século XX viu o uso crescente de tecnologia na produção de cadeiras. O uso de metal tanto no corpo quanto nas pernas aumentou. Uma das primeiras cadeiras a se tornar famosa foi a Hill House de Charles R. Mackintosh em 1928.
Marcel Breuer foi o precursor do design arrojado para as cadeiras; sua criação, a cadeira Wassily, inspirada nos tubos de sua bicicleta,é um verdadeiroclássico do design mundial e como todo clássico, é atual quase cem anos depois. Aí  dá origem ao sistema de construção de mobiliário tubular usado ainda hoje. De tão atual, há quem diga que a cadeira Wassily tem design contemporâneo.
Os móveis modernos criados sob a influência da escola da Bauhaus na primeira metade do século XX deram origem não só a estilos e formas, mas a tecnologias de fabricação e suas criações se multiplicam e sofrem releituras das mais diversas formas.
O design contemporâneo por sua vez, está aí, seus designers estão em plena atividade produzindo e criando inovações.
O contemporâneo parte da raiz do modernismo e vislumbra a beleza e a liberdade se transformando apenas no “belo”, onde forma é a  diretriz, sendo o único motivo para criar e encantar. É a era do “Design Puro”.
A cadeira continua sendo um símbolo desta criação e aparece também no trabalho de artistas de maneira polêmica e muitas vezes inusitada.
Hoje, a beleza perdura, porém, com a globalização, as Normas Regulamentadoras e com o aumento da consciência da importância do “conforto” para o usuário, designers passam a criar em conjunto com engenheiros e ergonomistas em nome da melhor adaptação homem X instrumento. Surge a era da consciência. Surge a Design X Ergonomia, superando obstáculos e desenvolvendo novas tecnologias, novos projetos e novas  expectativas.
Os tempos de hoje pedem profissionais mais diretos, com simplicidade, objetividade e, principalmente, técnica e consciência.
Cada vez mais vemos produtos que utilizam em sua concepção, materiais recicláveis, madeiras de reflorestamento, aproveitamento de materiais de maneira ecologicamente correta, tingimento com pigmentos naturais e não poluentes e, acima de tudo, ergonômicos.

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