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tema III - contribuicao de melhoria

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lves Gandra da Silva Martins 
COORDENADOR 
Comentários ao 
( 
~S.SUtvr. 
I Q«,, Oó' 
ODIGO {coNFERIOO~ 
~ - I 1 2 
TRIBUTÁRIO NACIO ~º~ ~ e;º() 
VOLUME 1 
orts. 1~ o 95 
COLABORADORES 
Aires F. Barreto/ Américo Masset Lacombe / Antonio Carlos Rodrigues 
do Amaral / Antônio José da Costa / Antonio J. Franco de Campos / 
Carlos Valder do Nascimento/ Celso Ribeiro Bastos/ Cláudia Fonseca 
Morato Pavan / Eduardo Marcial Ferreira Jardim / Edvaldo Brito / 
Elisabeth Lewandowski Libertuci / Fábio Fanucchi (Rogério V. Gandra 
Martins - ATUALIZADOR) / Fátima Fernandes Rodriguez de Souza / 
Gustavo Miguez de Mello / Hamilton Dias de Souza / Henry Tilbery 
Oosé Ruben Marone - ATUALIZADOR) / Hugo de Brito Machado / lves 
Gandra da Silva Martins / Luiz Antonio Caldeira Miretti / Marco Aurélio 
Greco / Marilene Talarico Martins Rodrigues / Paulo Lucena de 
Menezes / Plínio J. Marafon / Ricardo Abdul Nour / Ricardo Lobo 
Torres/ Valdir de Oliveira Rocha/ Vittorio Cassone / Walter Barbosa 
Corrêa / Yonne Dolacio de Oliveira/ Zelmo Denari 
3g edição 
2002 n,. Editor~ 
~ Saraiva 
Arts. 81 e 82 
Aires F. Barreto* 
coNTRIBUIÇÃO DE MELHO
RIA 
gJSTóRICO 1, 
J.1, ontem 
. . 
d 
uro da contribuição de melhon
a remonta a pnscas eras. Ap
esar 
O nasce o 
al di . -
- d 
'b t dos mais justos, paradox 
mente sua ssermnaçao na
o se eu 
de ser tn uã~ correspondente. Em
 trabalho conjunto 1, já haví
amos anotado 
na propürÇ · 
·d ' 1 XIII ln 1 
I áli. 
tribuição de melhona surgt o, n
o secu o , na g aterra
 e t a, 
ter a con d 
d "' . d al . -
d . , . 
tributo cobrado pelo Esta o em 
ecorrenc1a a v onzaçao 
e unove1s 
como d b
 'bli A . . 
' . d 
determinada pela execução e o 
ras pu cas. s pnmerras n
otícias a co-
brança do tributo remontam a 125
0, na Inglaterra, quando da
s obras de re-
construção dos diques de Romey. E
ssa prática teve continuidade
 na Itália, onde 
se cobrou o tributo denominado "c
ontributi di miglioria", no an
o de 1296, em 
conseqüência de melhoramentos e
xecutados em praças da cida
de de Florença. 
Em 1562, tem-se notícia da cob
rança, em Portugal, de "fint
as" destina-
das a pagar a reconstrução de mu
ros, pontes e calçadas. 
~ l~g~aterra, já em_ 1605, esta
beleceu, através de lei, a c
obrança da 
contnbu1çao de melhona, a fim 
de fazer face às despesas r
ealizadas para 
San::,ofes~or de ~irei to Tribut
~rio. Diretor da Faculdade
 de Direito da Universida
de de 
E 
Am~10. Presidente do !11st1t11t
o Internacional Geraldo A
taliba de D1· .. e ·, p 'bl. 
mpresanal. 
, , t o li tco e 
1. Aires F. Barreto, Maria do A
lívi G ct· s·t .
 . 
lo de cobrança da comribuição
 de m~lh:~a'.~:o ~avu~:, ~:~:~~= ~~n;;t~~:•I ~;;~node-
Comentários ao Cód• li 
igo ributário Nacional 
facilitar a navegação do . 
sobre a valoriza ão ~o Tâmisa. Atos de 
gamento de We; . dos imóveis benefic. 1662 e 1667 cobr 
incêndio. tmmster e reconstnição1~~ºt respectivarnen%ªrn tributos 
A .. . . ondres, nting·d • Pelo alar. 
mais-valia" · . . 1 a Por 
nos anos de 1678 e1mob1hária sofreu taxa - grande 
custear b 17 l O, const d ' çao, na Frnn 
o ras de urbanizaç~ ou e decreto de L ça, desde 1672 
Co t d ao. ufs XIV b' e, 
. n u o, nos Estados . ' o ~etivando 
~~t~camente institu . ~ntdos, no século X 
m1c1almente com c~onahzado, com a cobr IX, é que o tributo foi . 
~~~e ct~~:~:. ;a~:::~~ni:~~: ~.~:~::~:~:x!~ut~c~~ ~~:::i;;;~ 
~conô~tlica, despesas :al~ve;er aos cofres públic~~.º~~ expressão do po~ 
tmóve1s vizinhos za as em obras que ocas· rnas de depressão 
· 10naram valo · -
A experiência brasil . . nzaçao aos 
quando o Decret eira, relativa ao tributo t . . 
ça, aos propriet~:/ d029: do e~tão_ Distrito Feder:,ee:~1~ em 6-7-1905, 
mentação das vias públi~s imóveis hndeiros, de metade d e eceu a cobran-
cas. o custo da pavi-
Embora as Constituições b . . 
sas q_u~to ao tributo, a Lei n. :~1~e1ras anteriores à de 1934 fossem omis-
Mumc1pal de Taquaritinga cob 30-9-1931, promulgada pela Câmar 
~ento de vias públicas; e;te dir~:~: contribu!ção de melhoria pelo calça~ 
inconstitucional. p legal fo1, posteriormente, declarado 
A Constituição Federal de 1934 
n:ação, responsável pela execução d; i:as:u ~- 124, pe~tia à Adminis-
ximos, a cobrança da contri'bm' - d lhal?nzante de unóveis a ela pró-çao e me ona 
Em São Paulo, a Lei n. 2.509 de 2-2-1936 . . 
t?, t~veàvida e~ê~e~, dado que a 'constituição d~u:9~~~~:~:sb;;:a~e~u: 
rencia contribmçao de melhoria. e 
E~ ~ 946, a Constituição Federal, em seu art. 30, I, e respectivo pará-
grafo umco, estabel~,e~ a competência da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Mumc1p1os para cobrar contribuição de melhoria, quando 
ocorresse v~orização de imóvel, decorrente de obra pública, limitada a 
cobrança ao lffiÓvel beneficiado. A União, em 1949, pela Lei n. 854, 10 de 
outubro, legislou sobre esse tributo. 
A Emenda Constitucional n. 18, de Jl'-12-1965, tratou da matéria, em 
seus arts. P1 e 19, ao estabelecer a refonna tributária. A tricotomia impos-
tos, taxas e contribuição de melhoria foi consagrada no art. 111; o art. 19 
tratou da distribuição de competência entre as unidades da Federação. 
Aires F. Barreto (arts. 81 e 82) 
de 1969, esse_ tri_b~to foi come~ido à competência das três 
.. ,a Carta O A contnbu1çao de melhoria haveria de ser arrecadad i, overn . . . d , . a 
sferas de_ g ios de imóveis Vj.WQZª ,?s _po~ o~r~s publicas, tendo por li-
e propnetár sa realizada e como IM!ill.e md1v1dual n ~cré<.-imo d"va dos I despe ' . - -:-"=-~ =~-~ -
·ie iota a · sultar para cada imóvel beneficiado (art. 18 II da EC n rrll da obra re. , , . 
1or que 1 o- t 969). 
{de 17- d 23/83 alterou essa redação, estabelecendo que a contri-
r:rnen a n. d d d . . A i:, lboria seria arreca a a os proprietários de imóveis benefõ. 
• deme · 1· · 1 ~ 
buiçao b 5 pu' blicas tendo por 1m1te lota a despesa realizada oro ra ' __. . 
J~5 p fronto entre o texto da Emen~a ~- _1169 e o da Emenda n. 23/83, 
D0 con duas modificações: a) subst1tu1çao do vocábulo "valorizados" 
ernergem as"beneficiados"; b) eliminação do limite individual, decorrente 
pelo termo_ da cláusula final ("e como limite individual o acréscimo de 
da supress;; obra resultar para cada imóvel beneficiado"). 
valor que . 'od . é , 
ão remontar a pesquisa a pen os antenores, poss1vel afirmar 
para n U ·- E tad · · · · últimos cinqüenta anos, mao e s os Jamais a ex1g1ram. No 
9ue,_nosmunicipal, louve-se o esforço de alguns Municípios que, carentes 
ãJJlbltO - d' b . d rsos financeiros, nao me uam raços v1san o a superar os entraves 
de recu d 'b . - d Ih . ..,, . . instituição e cobrança a contn mçao e me ona. ,odav1a, mfluen-
p~d ªs pela equivocada legislação nacional, fizeram-no sob a forma de 
eia o d . - b 'nfl • . d mesclagem com a taxa e pav1mentaçao ou so a I uenc1a e traços do 
cost assessments. 
No passado, destacaram-se, na busca da viabilização da contribuição 
de melhoria, os Municípios de Natal (RN) e Curitiba (PR). Esses Municípios, 
porém, naquelas oportunidades, circunscreveram a imposição desse tributo 
às obras de pavimentação, apesar de ser inegável que obras públicas outras 
determinam valorização imobiliária. 
É de mister que esse esforço seja ampliado, a fim de que os Municípios 
possam instituir a contribuição de melhoria abrangendo na descrição da 
hipótese de incidência as demais espécies de obras, tais como as de escolas, 
hospitais públicos e postos de saúde; construção e ampliação de parques, 
campos de desportos; pontes, túneis e viadutos; construção de sistemas 
viários, incluindo o metrô, malhas viárias urbanas, estradas de ferro e de 
rodagem, aeródromos e aeroportos; as relativas a sistemas de instalação de 
redes elétricas ou telefônicas; as de proteção contra secas, inundações, ero-
são e ressacas2• 
2. Aires F. Barreto, Viabilização da cobrança da colllribuição de melhoria, I Congr~s-
so Internacional de Estudos Tributários - IV Congresso Interamericano de Tnbutaçao. 
São Paulo, Resenha Tributária, 1980, p. 213-27. 
Comentá riosao e . 
ód1go Tributário N . 
ac1ona1 
1.2. Hoje 
O art. 145 III 
ta_ à l!nião, ao~ Es~:a Constituição da R - . 
tnbu1ção de tnelho~;sd ao Distrito Fed:f:bhca Federativa do 8 . 
V ê-se quã . '. ecorrente de ob e ?ºs Município . ~as11 facu1. 
cons. o sintético f; • ras publicas" s instituir •· 
. ignar que os entes o_1 o legislador c . . . con. 
tributo, quando d poift1co-constitu . o~stituinte de 88 t· . 
econ-ente d b c1onais P<>d . . •m11ou 
O que efetivam e o ras públicas em instituireexig• · se a 
de melhoria d C ente mudou em 1 - . ir esse 
d a onstitu• - , re açao a e . 
as referidas? p içao de 1988 é di sse tributo? A co . . 
imobiliária? . ode ser exigido esse tri~ersa daquelas previstas ntnEbu1ção 
. uto, sem que oc nas rnen-
Parece-nos que a co . . - orra valorização 
nente à elimina ão . n~bu1çao de melhoria 
morado, porqu!1to do lmu_te_ global. Com isso tudo~, apenas, no perti-
anteriores - d e a prev1sao desse teto - ' sse tributo ressurge aprj. 
b " - e,onnava a pu d constante das C . . 
c~ ido. E sabido que ob h reza o instituto como doutrm . onshtu1ções 
na. embora de cust ras á acarretadoras de grande vai . an~~nte con-
ras de pequena val o _pou~o expressivo; contrariament onzaça~ unobiliá-
onzaçao, embora o cu e, outras sao gerado-
Concebida e prevista sto das obras seja altfssirnol. 
pro . át . para recuperar o enri . 
. pnet ·1os de imóveis valorizados q~ec~mento sem causa de 
tena - como não tem - limitar-se apor obras ~ublicas, nenhum sentido 
sentada pelo Estado) apenas de recupera~ao ~ela so~iedade (repre-
qual o proprietário não deu causa parte da valo~1zaçao de unóvel (para a 
se não se deve ao proprietário a J;s~e ad obra fo~ cus!eada ?ela sociedade, 
tante da valorização deve reverter , sa_ ~ vdalonzaçao_do imóvel, o mon-
da obra. a soc1e a e, pouco importando o custo 
. _É_líc ito afirmar, po~s. ~ue a contribuição de melhoria, prevista na Cons-
tl~tçao d~ 1988; constitm um terti~m genus, diverso de imposto e de taxa, 
CUJO fato tmporuvel pode ser descnto como a valorização imobiliária cau-
sada por obra pública. A simplificação redacional, enquanto eliminação do 
~usto_ ~lo_bal, representa aprimoramento. A não-referência à valorização 
1mob1hária (causada por obra pública) não lhe retira o caráter de tributo 
incidente sobre a mais-valia imobiliária. 
3. Nos grandes centros. rasgar uma avenida e pavimentá-la custa comparativameme 
pouco e valoriza significativamente os imóveis lindeiros (além da valorização. em ~enor 
parte. dos imóveis avizinhados); construir um trecho de metrô,_ no entan~o. custa muito, e 
nem sempre valoriza os imóveis. Por exemplo. na avemda Paulista, em Sao Paulo. o metrô 
desvalorizou muitos imóveis. 
Aires F. Barreto (arts. 81 e 82) 
C'fOS Jl]RiDICOS. . 
arquétipo constitucional 
J\sPE _ de rnelbor1a. , . 
2, tribuiçao llI da Consútuição da Repubhca Feder~-
2.1• con fiert·rnos, o art. 145, E 'tados ao Distrito Federal e aos Mum-'á re ·- aos s • • 1· " comº J . ,: ulta à Uniao, Ih . . decorrente de obras pub icas . 
srasil iac . . ão de me ona, . 
ti"ª do ·tuir "contrtbu1ç . do a contribuição de melhona como 
cfpioS jostl m retenda tenha d~sa~:~:n.a nova taxa, exigível pel~ realiza-
1-1~ qu~but~ª• para dar ?ºg:e se pretendeu, o objetivo não foi alca nç,:1-
espéeteo:as pública~- Se foi :;eira vista. a tese não pode prospe~. E nao 
ção de irnpress1one à p - b confirmação do sistema. E a ssente 
EmbOra gese nao rece e Só h a 
do- rque essa ex~ riorística, não é interpretação. gan 
p<><1ea1:terpretação }Itera i, p:~:ada pelos demais critérios, máxime pe~o 
que de validade quan_do co E tre nós os tributos devem ser expressao 
foros · Pois bem. n ' , · - d 
Ó 
·co-sistemáttco. A ·co Para tanto o critério de a1ençao eve 
t gt teúdo econonu • ' . d 
d fatos com con - bstrato subjetivo inesttmável à
 luz o s enso 
e bieúvo, e nao a • , . . ó é a1 do 
ser concreto, o " tribuição de melhoria esse obJet1vo s cança 
comum. No caso da c_on - de imóvel em virtude de obra pública. O se-
pela medida da valáonz~J:~ sentido" de a Constituição, no inciso ll do art. 
d teparo est no s . . 
gun ° an com etência para a criação de taxas (note-se que o ~nc~so 
145, vers~ ~ d tp as de serviço e de taxas de polícia) e , em outro •.nc 1so 
ê a cnaçao e ax , . • · 
prev e nr· competência aos mesmos entes po ht1co -const1tuc10-
( de n ID), con.e · N d · ·fi · · 0
. • • - 0 de uma terceira modalidade de taxa. a a JUSU. cana nais para a cnaça . . d .b t 
- e O obietivo fosse a criação da mesma espec1e e tn u o essa separaçao s " . . d 
) S6 em se tratando de tributo diverso de Imposto e taxa tem senti o (taxa . . . - t 
Separação. Mais evidente fica tal tnpart1çao se tomarmos e m con a essa • · 1 d 
ue essa nova "taxa de obras" mereceu a desig nação con st1tuc1o na e con-
~buição de melhoria, instituto cujo conceito do utrinário é sedim entado. 
aqui e lá fora, como tributo incidente sobre a valorização imobiliária decor-
rente de obra pública. 
Supor diversamente implica admitir o ab surdo de o Poder P úblico po-
der exigir esse tributo mesmo diante de desvalorização do imóve l. Nesse 
caso, ter-se-ia tributo sobre a não-manifestação de conte údo econômico. A 
prevalecer tão esdrúxula postura, deve ria o proprietário pagar contribuição 
de melhoria pela construção de m atado uros. de e stações de u·atamento de 
esgotos e por obras outras que, alé m d a desvalorização. o premiam com 
gases deletérios. 
O Poder Judiciário, inte rpretando as novas normas constituciona.is . e 
sopesando, acuradamente, as alte rações redacio nais por e las inu·oduz idas . 
tem, com reiteração, concluído que : 
Comentários ao Cód' 
tgo Tributário N . ac,onai 
"CON 
RlZA - lRfBUfÇÃo D 
FÁLT~6~~~~~~~~i ~L:~;~~sn,F~ro GERADo 
melh~~urso extraordináriE CCON
S~RVAÇÃQO~ ~~APEAM~N--_,_YAlo. 
ua,Art 18 º· onstit · "~
1 RfBt..11: 1 OAs 
Recapeamen . , Il, da CF/67 
uc1ona1. Tribut . ;\BfLIDAD • 
att. I 8 pela E::fáltico. Não obs~a
~~m redação dat\ Contribuição ;·
 
corr~nte de obra pd:i,f onstituciona
I o. ~;;~~ada a redagã~~!~ ~- 231s/ 
persiste corno fi ica - requisito , . 
'a valorização . Inciso U do 
peamento de vi ar~ g_erador dessa
 e 1Ds1~0 à contribuição imobiliária de. 
servação qu ~ publica já asfaitad . spéc1e tri
butária H' dóe melhoria --
im . - e nao acarreta . 
a. simples servi . ip tese de re 
pos1çao desse trib vaionzaç
ão d . ço de manuten - ca.
 
"CO uto. RE conh . 
o imóvel, não .i; d çao e con. 
LIA NTRIBUIÇÃO DE ec1do e provido"
4. en endo ensejo à 
RIA - REQUISITO MELHORI
A - VALo -
Esta 41 Câmar . , 
RIZAÇAO lMOBI-
D a, em Acord-
_esembargador Olavo Silveir ao s~m
pre citado, relator o e - . 
çao de melhoria está dº . . a, d
euou assentado· 'é ntão Juiz e h
oje 
da EC 23/83, dando n1sc1phnad~
 por outra form;, de:rto que a contribui-
apesar da nova red _ova redaçao
 ao n. II do arti e 1-J-84, por forç
a 
intenção do Iegislad:~a;, é preciso
, desde logo, sali!:~ da C~ Contudo, 
mo porque, a prevaie terar o co
nceito de contribuição d que nao ~rá s
ido 
a d~firu~ão do fato g:r:d:!eJ;s~; 
q~e ª Emenda Pa~sos Po~:~~~:i'e~
~~ 
r:alizaçao da obra pública e t d 
tributo, para considerá-lo apenas co 
nao se cuidaria mais do ti , o 1:"ai° por bas: s~mente o custo dessa ob~
º-: 
O cer!o ~ que a va/orizaç~o Jo7 s;,::º;. ausen~1a de el
emento fundamen~I. 
contribuição de melhoria E 
.f_~ cons~derada como pressu'Posto d.a 
t 
· , em veruuue ass • 
exto do n. Il do art. I 8 d CF 
' rm contrnua, mesmo porque o 
P:essuposto, continuando a ªse r~/:;::mo ~póJ ª. E~ 23, n~o afastou esse 
publica. E assim deve ser porque 
_aos•~ veis beneficiados' por obra 
cio para a propriedade rivada ,,:e
 nao resu ta valorização, isto é, beneff-
~~~tr!~ção de melho~a. E, do~: to~~:;:t;::: q::/::~r:i~t:i;; 
. P gerar taxa, porque destinada
 a todos, cumprindo ser atendida com 
os Impostos gerais'"5• 
4. Ac. u~. da 2
1 T. do STF, RE 115.863-8-SP, Rei. M
io. Célio Borja, j. 29-10-1991, 
Recles.: Soc1e?ade Comercial Pneu
lândia Lida. e outros;Recda.: Prefeitu
ra Municipal de 
Bragança Paulista, DJU de 8-5-1992, 
p. 6268 - ementa oficial (Repert6rio
 108 de Juris-
prudência, 111207, texto 1/5189, 1
1 quinzenajun. 1992). 
5. Ac. un. da 4ª Câm. do l"' TACS
P, AC 448.861/5, Rei. Juiz Morato 
de Andrade, 
4-12-1991, Aptes.: Gilberto Quilici
 Maciel; Apda.: Prefeitura Municipa
l de Peruíbe -
ementa IOB, por transcrição parc
ial (Repert6rio /08 de Jurisprudên
cia, 9/168, texto 
1/5106, 1• quinzena maio 1992). 
1 
Aires F. Barreto (arts. 81 e 82) 
~ 
da Emenda Constitucional n. 23/83,
 a Suprema Corte mani-
A tempo 
d ai · - · bºJ' · 
o rosseguir sen o a v onzaç
ao 1mo 11ária, causada por obra 
se por P 'b · - d 
· 
fest~u- fato imponível da contn m
çao e melhona, verbis: 
' bhca, o d - d
 . . 
pu ~ b tante alterada are açao
 o mc1so TI do art. 18 pela Emenda 
''N_ªº .0 ~ n. 23/83, a valorização imobiliária decor
rente de obra pú-
st1tuc1on , 'b . - d
 Ih . 
con uisito ínsito a contn mça
o e me ona - persiste como fato 
l·ca - req 
'b ,~ . »6 
b t dessa espécie tn uturza . 
gerador 
. . 
voto, no RE l l 5. 863-SP, o M1mstro C
arlos Velloso traz à colação 
Ern seu Célº B . 
. 
do Relator, Ministro 10 orJa, no
s segumtes tennos: 
trecho - . b·1·~ .
 d d 
"!-Sem valorizaç~o 1mo I iurt~, e
corre~te. e_ob~a pública, não há 
.b ição de melhoria, porque a hipótes
e de mc1denc1a desta é a valori-
contrl u 'ti d
 • 
~ e a sua base é a ili erença entre 0
1s momentos: o anterior e o poste-
~:~;•obra pública, vale dizer, o quant
um da valorização imobiliária"
7• 
No sistema vigente, prossegue inalter
ada a posição dos tribunais, quan-
ser a contribuição de melhoria tribu
to incidente sobre a valorização 
to a b 'bl ' imobiliária, causada por o ra pu 1ca
. 
Apesar do laconismo redacional do in
ciso m do art. l 45 da Constituição 
de I 988, para os nossos tribunais, o "fa
to gerador" da contribuição de melhoria 
persiste sendo a valorização imobiliár
ia, decorrente de obra pública: 
" ... a hipótese de incidência da contri
buição de melhoria, sob o sistema 
tributário constitucional anterior, ou s
ob o atual, é a valorização imobiliá-
ria causada por obra pública. Novamen
te estamos com a lição de atualíssimos 
tributaristas de escol, como Geraldo A
taliba que demonstra com clareza os 
elementos que compõem tal hipótese d
a incidência tributária, a saber: 'a) uma 
situação estatal: obra; b) uma situação
 conseqüente: valorização; c) nexo de 
causa e efeito ... A referibilidade entr
e a atuação e o contribuinte se estabe-
lece por intennédio (mediante) da con
seqüência específica da atuação (obra): 
valorização. A valorização é que se
 liga ao contribuinte, configurando a
 
hipótese de incidência, e não só a obr
a. Assim, a referibilidade se dá entre a 
atuação estatal (obra) e sua conseqüê
ncia (valorização). Se, num caso, hou-
ve uma obra (atuação), e não se prod
uziu esse especial efeito (valorização) 
previsto pela lei, não houve fato imp
onível. A hipótese de incidência tribu-
tária na contribuição de melhoria, po
rtanto, não é só a atuação, mas a atua-
ção que causa um detenninado efeito
: a valorização ... na contribuição-base 
é uma medida da circunstância inten
nediária (no caso da contribuição de 
6. RE 115.863-SP, 2• T., RTJ, 138/6
00. 
7. RTJ, 138/606. 
-v dO Código Ttib 
Utário N . 
melhoria ac1oria1 
urna co~b i:nedida da r 
(ob. cit •nação d epercuss-
d ·• Pág e amb ao -
as em lei s. 1311132 as as tned' a Valoriza -
consequentee de~consjJ~:ssim, não •:as corno oÇao - (da at 
outro carn. da tncidê . ando total Ufllpridas Postula A.' llação) 
do Inho - nc1a d . mente as for . •res B- , ou 
s ernbargosN nao surgiu ao º11.!ndigitado t ~bMunicip~~•dades es;'"reto• 
Na C . •vd\1, Ju· , rt Uto O I ade . 
1PUla. 
há naco, on~•tituição at iz a quo• • ~en~ Seja, a ~a~os~tuaçiio 
Vido D ttr1buição o Uai (art, 145 o o do aco1~zação, 
tário. o contrário t Pressuposto d• IU), n1es111 •111en10 
. será Verd ; er-se-ia a lllelhor· o que cone · 
CtonaJ d ade1ra 't que adtnir 'ª• que v I . isa a red 
d 
e tax.a . axa de ir que . a or1za . ação 
o. ( .. ) É e Jncidind obras' in o tributo cob o "nóve/ s , 
d . certo q o no Vfc . • arnoldáv l rado do er. 
a obra "" ue a cobran to de inco . e ao cone . Proprie. 
É 
.. . . ça do tributo sónst1tucionalidad eito constitu. 
corno se le · • e antes 
seguinte ar Pensa, também gJtuna ªPós a reaijrefe~-
< esto: • a nossa s zaçao 
"C Uprema e ONTRIBU-J _ Orte, corno 
RIZA.çÃo IM ÇA.o DE MELii se Pode Ver do 
FrXA.ÇÃQ 0B ILIÁRJA - RE 0RIA- FATO GERA!) 
Constit~ . QUISITo; BASE DE cºAL_R-VALo. 
b T . c1onaJ Trib ári CULo 
l 1ár1a. CF/67 art. 18 ut o . Contribuição d -
OI. l. Sem vai~ . . • U, com a reda ã e Melhoria. Valoriza - . 
contribuição d rtzação imobiliária d o da EC n. 23/83. CF/88 çao •mo-
- e melhoria ' ecorrente de b , art. 145 
z_açao e a sua base é a difi. porque a hipótese de inci/ r~ pública, não hd 
nor à obra públi erença entre dois m enc1a desta é a valori 
p ca, vale diz , omentos· 0 ant . · 
recedentes do STF· RRE er, o quantum' da vai . . - :nor e o poste-
IH RE . · E I 15.863-SP I onzaçao unobiliária II 
. conhecido e provido"rn. e 16.147-SP(RTJ 138/600e6i4): 
8. Ac. un da 3ac- d 17 8 . am. o 111TACSP AC4760 . .. ! 993, Apte.: Prefeitura Munici ai d .. 47-6, Rei. Juiz Franco de Godoi . 
Máquinas Agrícolas e Industriais Ltdp e Jaboticabal; Apda.: Carlos Tonnani Fábrica'd~ 
rio /0B d , • a. - ementa IOB por tr · - . 
e JUrtsprudência 21/423 texto 1/6795 11 '. anscnçao parcial (Repenó-
9 A 
' ' , qumzena nov. 1993) 
. e. un. da 41 Câm do 111 TACSP AC 479 . 
lhenne · 29--419 · . ' ·76
1·3,Rel.JuizWalterdeAlmeidaGui 
nistra ã~· e Se~i 92, Apte.: Prefeitura ~unicipal de lndaiatuba; Apda.: Klabin -Admi: 
d J ç_ d. _ços SI A - ementa oficial IOB, por transcrição parcial (Repertório IOB 
e urcspru e11c1a. 15/282, texto 1/5361, 11 quinzena ago. 1992). 
1 O. _Ac. ~n. da 2" ~· do STF, ~E I 14069-1-SP, Rei. Min. Carlos Velloso, j. 15-4-1994, 
Recte .. Eunpedcs Cmmbra da Silva; Recda.: Prefeitura Municipal de Allinópolis, DJU, 1, 
de 20-9- 1994, p. 26171 - ementa oficial - (Repertório /OB de J11rispr11dê11cia, 20/402, 
texto 1 /8002, 2ª quinzena out. 1994). 
Aires F. Barreto (arts. 81 e 82) 
. . - 0 
de melhoria continua sendo espécie tributária 
contnbu1ça 
p.ssirn, . a osto e de taxa. . . . . . 
. sa de unP . te dissensão - nem doutnnária, nem Junsprudenc1aJ 
J,ve~~
0 
bá signtfica__n de a contribuição de melhoria, prevista na Constitui-
:nto à concl~s~ m tertium genus, inconfundível com imposto e com 
-::-qdue 1988 co~st•tUJ_r ~em elucidam a questão deixando patente a radicaJ 
Çao tribunais . 
b . 
Nossos 'buição de melhona e taxa, ver 1s: 
raxª· entre contn . . - -
diferença C ~ ara apreciou idêntica questao, entao sustentando (com 
"( ... )esta~-Jmde Geraldo Ataliba) o mesmo entendimento ora trazi-
ap<>rte doutnn ° sentido de que a contribuição de melhoria 'é típico e 
o l remessa, no 'd d - é . - é • do pe a . cial, no senti o e que nao imposto e nao taxa , e 
Per
feito mb~toh~s~:se de incidência da contribuição de melhoria é a valo-
rque a 1P 'bl' ' - fi ' S isto Pº . il. ári causada por obra pu 1ca , razao por que rea rma: ua 
rizaç~o imo~ 
1
1 é ªa valoriz
ação; a medida da valorização é a medida do 
l ..... nomve . - · 
d · 
base ""t" li ta· 'É errada a defiruçao que agrega ao conceito e contn-"b t ,. e sa en . 
trt . u_ 0 • lhoria a frase: para fazer face ao custo da obra. Nem sob a 
buiçao d_e ~ea ciência das finanças esse conceito é correto. E que isso seria 
Perspecnva 
•· 'di - d fin 
, . de taxa' . Após, observa que, JUrt camente, nao se e e ne-
nota típica · d • b d • ·b · - d •buto por sua finaJ1da e , o temperan o que a contn UJçao e 
nhum tn . d aliz - d . , . . 
melhoria é instrumento puro e sunpl~s . e re aç_ao _o ~nnc1_p~o ~onstttu-
cional e legal que atribui ao _po~e~ pubhco a v~onzaçao 1mob1hána ~~us~-
d 
r obra pública. A contnbu1çao de melhona nem mesmo para a c1encia 
apo. . 6
., u 11 
das finanças é remuneratória ou ressarc1t na ... . 
E, em outro julgado, reiterou idêntica postura: 
"Evidencia-se da análise que não há base legal para a exigência fiscal 
em causa. Com efeito, a contribuição de m elhoria tem seus contornos pró-
prios (CTN, art. 81), distintos dos da taxa (arts. 77 e 79), esta dev ida por 
serviços específicos, aquela por obras efetivadas pelo Poder Público (C onst. 
Federal, art. 145, III, e que acarretem valorização imobiliária para certos 
contribuintes, vale dizer, os cujos bens tenham sofrido o influxo direto o u 
indireto do benefício" 12• 
11. Ac. un. da 71 Câm. do 111 TACSP, AC 469.498/2, Rei. Juiz Barreto de Moura. j. 17-
11-1992, Apte.: Juízo de Ofício; Apdo.: Humberto Cartolano Neto - ementa 1OB. por 
transcrição parcial (Repertório /0B de Jurisprudência, 2/29. texto l/58>5. 1• quinz.eoa 
Jan. l 993). 
19d;- Ac. u_n. da ~ªCâm. do_ l_" TACSP, AC 483 .001-1 , Rei. Juiz Carlos Bittar, j . 1-l-10-, Apte .. Prefeitura Municipal de lguape; Apdos.: Antonio Finnino da Sih n e outro, 
- ementa 1OB. por transcrição parcial (Repertório 10B de Jurisprudência. 11/444. 
texto l/6847, 21 quinzena nov. 1993). 
2.2. }{j , 
Pote.se d . 
- ·l:lu ltb 1 lJfár;0 N 
aciona, 
LJ, e •n .d 
b •-up6tese e, ênc· 
em irn6ve1 de incidênc· 
•a da con . 
a vana _ , dec0~ 1a d
a t11b ... 
, Çao Po . . ente d cont...
:b "IÇã 
Publica S1tiva d a e
)(ec _..,1 lliçã o de 
. o Valor llçao
 de o de lltetb 
Nos te de b
em i obra Pu lll7lJioti ºlia 
dessa 11nos da C 
lll6veJ bUca a é .i 
Çào d/~bespécie triboun~ti_t1.1
ição fi'e causada ~~flJ %1~:ºl'i , 
consti·t . 6ve1 co"' tária 
é deraJ S6 a e)(,.ft 
Pa~rl. 
Uc10 ·••O co - e)( 1 
' o '-\:lJç- -~r "I: 
Pr6p11· l naJ p::i...... nseqiiên
 . c Usiv::i .... %e Pod aor1. 
~1,é 
a ei -.a a crj - eia d 
-••ent e llJ -cOl>r 
Caiba diantPreveja, ao d aça
o do trib e obra Púb/e.' reitere Oliv
a, a a 
e de· escreve h.i Uto ''c 
ica b 'Se e.1;1•0 
a) . r 
ºº''"' . e ' ~ê 
concreta P
6tese d . "1buiç~ Veras . a ~Ql !Jtiq 
b VaJ
 · e 1nc ·
 ªº de ' e i ºli 
) caus 
0Ozaçã0 · . i
dênci llieJ0 ~Pera ~-
b ada Por b lfllob
diárj ª· que 
0ria•· ti~º 
"-elen:ibre~ o ra Pública 
a; a e)(igê ~ue a 
express~ se que 
· 
%a 
ao de f: , segu d 
Só 
?esse conte· atos con:i co n
 o nossa C 
Jetivo, i ~do econô . nt
eudo eco " o~Stituição 
lllelhorj:estin:iáveJ à ~co deve
 ser c~ºlllico; e tnai' ~s ltibuto 
d
ern Virtud:~s: dbesideratoz s~º senso co:i:o, Objetj!~ o Cri!ériosd~even, Ser 
o de o p o ra Ptíbjj se alc
ança . No cas , e nao ab afC
riçào 
Zação do ~der PubJico po~ª· S
upordiverteia Via da v~ d~ con~~-
to,sub. 
S l11Z6ve/. er exig
ir esse ~ente itnplic º?Zação d U
!ção de 
e, nos tenn 
tributo llles atia adtni . e IJJióveJ 
feº;!~~tgerador :s :~~;s~tu
i~ão Federal IJlo diante 
de :::~su~: 
ornar o açao i.rn b' ' a contrj 
or;. 
custo da at: custo da ob 
o diária d buição d 
de nie/hor;:vidade estatal é {:/eºd.rno ParâJ
ne~irr,dente de ob~ lllp:lhb ?ria !e!lJ 
· e cál l
 e sua · u lic 
Por tudo . 
cu o de lQJea eXJgência D a, não 
d isso 1 .
 , nu
nc · eve 
e atender ' .' a e1 ordinár
i a de co
nr 'b _ras, 
sob Pena deas· exigências dita
d a que Criar a con . . 
,., u,çào 
contrib . - ' inexoraveI.rn 
as pelo arqué . tribu1ção de 
Valonz;i:~ de °:1~1hona ~t:
~~riar tributo n:.c~nsltitucio
n:~~ºt.ªb tern 
IJnobiliária d quer que 
se. e emento , Uto 
sob A contribuição de lhecoz
:rente de obra p~~i ângulo de enf
e:;enciaJ d; 
re Valorização . ~~ ona não é
 um . ca. ue -
é a 
.rneno antena unobiliária
 causad tnbuto sobrem 
basta que o . r, _Precedente à Va
loriz ª_Por obra Pública :o bene
fício, mas 
cios" ao unoveJ seja "benefi 
. d açao, e com ela n~ . enefício é
 fen· 
. s usuários· é . eia 
o" ou ao seco fi 
o-
bu.ição de melh . , imprescin
dível - que a ~bra pública tr n u
~?e· Não 
avizinhado. O i~at- que a o
bra provopqara Validar a exigênci:g
; benefí-
a tax - u o pelo q ai
 ue a valor; -
e con(ri. 
a, nao a contribuição deu se r
e~upera o custo d!aç~~ do imóve
l a ele 
melhona. atividad
es estatais é 
Aires F. Barreto (arts. 81 e 82
) 
6Z
1 ·ai 
to J1l9ter• . t se de incidên
cia enfeixa a valorização imo
-
j. f\SPec Jl'laterial da htpó eealizaç
ão de obra pública. O elemen
to es-
t,J,·0 aspecto ba por causa lha r ria_ qu
alquer que seja o ângulo de en
foque 
e ten - de me o 
'blº A . é ób . 
. ·áfͪ gil ntribuiçao . •ária dec
orrente de obra pu 1ca. ss1
m, v10, 
b•
11 cíal da c~zação irnobilt. ção par
a erigi-la como suporte fático
 da exi-
sell é a v~odfl crever essa 
sttáriu\ também, elidir do texto 
legal a conotação 
,,,.. , 1e1 es É necess •
 . 
á 
sta a tr1ºb1Jt0- b pú
blica para o imóvel, ou para 
os seus usu -
re . do ·d pela o ra 
- ... ó l b ti 
ênc•ª • traz! a ~ . de u
tilizarem-se as expressoes 1m
 ve ene 1-
âe rrie~~a 1eve ~e
nd;~~vel". Contudo, a "melh
oria" ou "benefício" são 
,;os- f-1 ••melhººª d eceden
tes à valorização, e com ela n
ão se con-
,. •• oll . s ou pr 
. 
cíad0 os antenore ' •mó
vel seia beneficiado ou que 
a obra pública 
Ôrriell 
ta que o 1 ~ 
. 
fell Não bas ;:._· s· é
 imprescindível que o empree
ndimento pro-
derll· aos usmu 10 • 
• . ~ . 
full b 11efíciOS . 
óvel a ele avizinhado. O que m
otiva a ex1gencia 
ga e . ção do
 un . _ . 
trª a valonza . ári" a é p
ois, a valonzaçao de imóvel
 como conse-
voque écie tnbut ' subesp , . 
dessa bra publica. 
uência de 
O também não basta a atuação
 do Estado. É mister que 
q tra parte, 
A • 
I · 1 · - · b" 
De ou uma conseq
üencia, qua seJa, a va onzaç
ao 1mo 1-
ção ocorra 
d . ~ . d e 
dessa atu~ á I pois, o a
coplamento essa circunstan
cia, esse ,ato 
Iiárͪ· In~is~ens v: dar-se a c
onfiguração da hipótese de 
incidência da 
ínte~e~~ºd!%elhoria. É im
p~esci~dível a verificaç~o d
e dois pres-
contrtbuiça bos inafastáveis, 
gurus s~Jam_ (~) um~_at~açao
 estat~ _e (b ) a 
supostos'. 3:;1 ma circunstância (valonzaçao rm
obtliária) que está a ilharga 
ocorr~ocdia ; ~ado e sem a qua
l não se pode cogitar da próp
ria existência 
da açao o s 
do tributo. 
. 
elhor intelecção do problema,
 tomemos os segumtes fatos: 
valo-
Para m · 
· ti ~ ( l . - ) od 
d 
. _ atuação estatal. O pnm
erro enomeno va onzaçao p
 e ecorrer 
nzaçao ~o do particular, de circ
unstância genérica ou de atuaç
ão do Estado. 
de atuaç 1 
. 'd da , 
M s a valorização, onto og1cam
ente cons1 era , e, no nosso 
ordenamento 
j~díco, um fato lícito. Por _s~
a v~z, atuação e~tatal é e~pres
são que, por si 
6 excluí se cog
ite de fato lícito ligado ao part
icular. Pois bem. Se tivermos 
~0 ~ 0 hipótese de in
cidência apenas e tão-soment
e a valorização, teremos 
erigido um fato lícito alheio à a
tividade estatal, por isso hipót
ese de impos-
to. Por outro lado, já se viu qu
e a atuação estatal, de per si, 
é substrato de 
eleição de taxa. Assim, em res
umo, a valorização imobiliári
a, isoladamen-
te, haverá de dar origem a imp
osto; a atuação estatal (referid
a, é óbvio, de 
maneira direta ao obrigado) é 
suporte inconteste da taxa. Só
 a conjugação 
dos dois tennos é que dá orige
m à criação da contribuição d
e melhoria. A 
contribuição de me_lhori~ é um
 tertium genus precisamente p
orque conjuga 
um elemento própno de impost
o com outro próprio de taxa. 
vurnentários a 
o Código Tributário N . 
ac1ona1 
Dito de 
qual outra fonn . 
r . quer, exceto u . a. enquanto . 
ad1calmente d·~ ma atuação d o •n1pos1 
chamarem • erente, tem o Estado ( o ten, p ~ 
b · os de " ") Por b que h Or b 
u1ções) tem po/b 'e a contribu· a~e Precis•1nc ª"'are•llonse llllJ f 
a atua.;- ase a . 1Çao d ' 1ente s d ,, ilto i 
de t çao estatal ("y") conJugaç10 d e n1elhori• ( a lltuaçíle lC''), rciio 
axa, basta " " . Para a cri ' o fnto lfc· ,1 con10 'o esi.i' n '~n 
necessário . . y ' mas pa _nçuo de in llo ''vai . as dern . la! (q , 
A 1
. ~ collJugar "x" e .. ray" a •nstituiçuoldPosto, bas1aº~~UÇào•• (~'.scon,~,.e 
•çao d . e co . X"·f') " · 
contribui· ~ 0 professor e J . llltibuiçu· • P11r11 a . cofll 
I . Çao de I UIZ 1-1 o de Cria 
onzação de im6::, l~oria é um tri~~~ de_ Brito Macf . . lllelhoti~ã~ 
E Prosse ue . o conttibuinte. ~ vinculado, cul:tdo é escorr . 
"O & g esse mestre . ecorrente d 10 fato g erta: ., 
,nto gerad . e Magistrnd . e obra . ~radar é ... a 
do qual o . o1 da contnb . - o. Pubhca'••i ava. 
.~ contnbu· Utçuo d . 
çao seja decon tnte é Proprietárj e lllelhoria é 
tério do benefíc~nte d: obra públic o,pou enfiteuta ; Valorização d . 
de to. Nao é ª· revaJ • esde q o lflló 
bl' ~agar contribuição d a realização da obe~e, ?º Direito ube e~sa Valotj VeJ 
ica decorrer . . e melhoria r,1 public ras1leir za. 
valor do imó, ~nlonzação. isto é ·. Essa obrigação s~ que gera a ot o Cri. 
Acresce1td'e do contribuinte'';4~e da obra Pública d:acsce se da o~;aªÇ~o 
t · o a seg · orrer pu. 
u1ções anterio~s a du1r, ~ue, diferente aurnen10 do 
.. . . escnçào d mente do 
... snnplesmente . . o Texto de 19 q~e ocorrera n 
Federal e aos Mu . í ~triburn colllpetên . à 88 fo1 singela· as Constj. 
d b me p10 . c1a u •- · _e o rns públicas' s para instituir 'c . n_,ao, aos Estad 
s1bilidade de ha .<art. 145, item IIT) E O~tríbu1ção de melh ~s, ao Distri10 
.~ . ve1 contrib • · m ,ace d' ona d 
çao imobiliária S . u1çào de melho . . isto, há quem ' . ecorrente 
merece qualqu~r ena bastante a obra públ~a mdependentemen~eº:lle da pos. 
to da con . . .~exame.Demonstra . Jca. Isto é um des _e Valoriza. 
tribu1çao de melhon·a simplesmente o r·nt . pauténo quedes 
, sua ori erro des nh . · 
.. .. .. .. . .. . . ... . .. .. . . gem e sua finalid d co ec1men. 
O 
........... aeesp 'fi nome da . · ...... · · .. •.............. ec1 1ca. 
f . espécie trib ár' .. ............. . 
mahdade específica ut ia em questão est . :• .............................. .. 
apro~riaçào individuJu;, como já foi demonstr!~:lJ~amente ligado a sua 
~úbl~a, que por ser públ::~~ val~rização imobiliár~a ª}e evitar a injusta 
o e eve beneficiar a tod o, realizada com os recur decorrente de obra 
os, sem privilé . sos o Tesouro Públ' g1os. A co trib . - 1· n uiçao de melhoria é 
13· Hugo de B · 
Ed., 1995, p. 33 ~mo Machado. Curso de direit 'b . 
• . o Ir, llldr,o 10 d -
14. Hugo de Br·1 M , . e .• Sao Paulo. Malheiros 
1 o acbad e º· urso. cit.. p. 334_ 
Aires F. Barreto (arts. 81 e 82) 
to adequado para que o proprietário do imóvel 
nte o in5lrurne; vor da coletividade, no Tesouro Público, o que 
preci~u~: reponha, ell'I, ~a medida. tanto quanto possível exata, do incre-
iof'lin sto na obra. ~n te ga ._, 
oi pores ' iof' auf enuo. f 
1110 
deva ................................................. .. ................... . .. 
111c ....................... rt ... , ... t.o, .. a impossibilidade jurídica de contribuição de 
.... po an , 
1: induvidosa, . , :-
0 
imobiliária. Um tributo que, com esse nome, seja 
P vafonzaça · á d d · · Jhorin sem d temente de mel hona, ser ver a eiro imposto, e as-
~ie ·tufdo. indepe~ .en da denomjnada competência residual, com as limita-
1nsll exerc1c10 . . 1 .. ,s . ..,, sal"º 0 será inconst1tuc1ona . s11•" 
1 
inerentes, . _ . . 
çóes a eª .b é categórico quanto a só poder ser a valom.açao 11nob1-
oeraid0 At;~•d: obra pública o fato gerador desse tributo: 
· decorren · é 1 · - É b · · liána d ontribuição de melhoria ava onzaçao. so re a mais 
·•O assento a c - N- é b b t ""' . 
1
. essa exaçao. ao so re a o ra, ou seu cus o... . 
. ue se assen a valia q do essa advertência, volta ao tema, em trabalho que escre-
E reforçan . , d · 1 · , Cléber Giardmo e conosco, para e1xar c aro que. 
veu .~ºm. 
0 
arquétipo da hjpótese de incidência da contribuição de melhoria 
_Ass•tnn,do a •valorização imobiliária causada por obra públíca"'
17
• 
persiste se . . . Que a Constituição não autonza entendimento diverso, é ressaltado por 
Vittorio Cassone: 
"Se é contribuição de melhoria, será ela devida desde que a obra pública 
se efetiva melhoria, isto é, valorização do imóvel beneficiado pela obra 
~~lica. pois não se coadunaria com a lógica, nem com a disposição constitu-
~~onal, se, apesar da obra pública, não houver melhoria do imóvel que se pre-
tende tributar (que está associada ao sentido de valorização). Assim, na ausên-
cia de melhoria (no sentido valorativo, por ser exação tributúria, cobrar 
corresponderia a infringir o princípio da capacidade contributiva e da isonomia"
1
R. 
O Poder Judiciário, perfilhando igual postura, tem cortado cerce as ten-
tativas fiscais de exigência de contribuição de melhoria sem a presença dos 
pressupostos constitucionais que a autorizam. em especial a valorin1ção 
imobiliária, decorrente da obra realizada pelo Poder Públirn. rerhis: 
15. Hugo de Brito Machado. Curso. cit.. p. 335-6. 
16. GcraldoAtaliba. Natureza jurídica da co11trib11içiio de 111cl/1oria. São Paulo Rcv,~-
ta dos Tribunais, 1964, p. 113-4. · 
17._Gcraldo Ataliba. Clcbcr Giardino e A ire, F. Barreto, Reforma tributária - Emenda 
R
Constllucw11al 11._23, de 1~ de dezembro tle /IJ83: considerações gerai, . 2. cd .. São Paulo. 
csenha Tnbutána. 1984, p. 17. 
l8. Vittorio Cassonc. Direito trih11târio. 10. cd .. São Paulo. A1la~. 1997. p. 70. 
Comentários ao Código Tributário Nacional 
---~~~~------.:_630 
"Evidente q , · -
d ue, a mocorrência de v l . - , 
d es~a~efala:-~e em contribuição de m::n~aç~o a prop~edade Particular 
a e1 Muruc1pal não considerou essa vona'. e~se Particular, menciona~ 
grante da apuração da contribuiç- d alonzaçao como elemento inte ao e melhoria"IY · 
. A comprovação da ocorr~ . . . . 
mafastável· enc1a de valonzação imobiliária e' req .. . ~~ 
"É evidente que ao se referir E 
dezembro de 1983 a 1- , • be, ª ~enda Constitucional n. 23 de 111 de . ' moveis neficiado . d" , 
cessária para a cobrança da C trib . - s, qms i~r que a condição ne-
tência do benefício n on uiçao de Melhona consiste na real exis-
. - o caso em tela O asfaltam t d . , . 
realizado por obra pública E tr t , - en o a via pubhca -
também im ·. n e anta, nao afastou, nem poderia fazê-lo, a 
ria . ~ortante necessidade da comprovação da valorização imobiliá-
pr?voca a _po_r a~ue_le_ melhoramento. Também, ante sua omissão, não 
exclui, como hmJt_e 1~d1v1dual do tributo, o acréscimo de valor que da obra 
resultar para cada _1movel beneficiado. Com a nova Carta Magna, ainda está 
pr~se~it~ a ~1ecess1dade da valorização imobiliária como fato gerador para 
a mc1denc1a da contribuição de melhoria"2º. 
"CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA-FATO GERADOR-RECA-
PEAMEN'l_:O ASFÁLTICO - VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA -
fNOCORRENCIA. 
Tributário - Contribuição de melhoria - Fato gerador- Valorização 
imobiliária - Recapeamento asfáltico - Impossibilidade de cobrança. O 
fato gerador da contribuição de melhoria é a valorização imobiliária pro-
vocada pela realização de uma obra pública. O recapeamento de via públi-
ca já asfaltada não acarreta valorização imobiliária, impossibilitando a _co~ 
brança da contribuição de melhoria. Ademais, o r~~peament~ c~n;tJ~1 
mero serviço de manutenção e não figura entre as hipote~es de mc1~~?c1a 
previstas nos incisos I a VlIJ, do artigo 2
11
, do Decreto-Lei n. 195/67 . 
• C d lg TACSP. AC 415.810-7, Rei. Juiz Ba_rreto de Moura, j. 
19. Ac. un. da 2 am. o . . . te . Prefeitura Municipal de Assis; Ap<lo.: Arnaldo 
7-2-1990, Recte.: Juízo de Of1c10, Ap :· - . 1 (Repertório /08 de J11risprudêllc,a, 
dos Santos - ementa 108, por transcnçao pareia 
113052 2• quinzena abr. 1990). 0 8/115, texto ' • g SP AC 420.052-8, Rei.Juiz Reis Kuntz. j . 21-3-199 ' 
20 AC un da 41 Cam. do I TAC ' 
.. ai de Araraquara - ementa 108, por 
· · · . pd . p feitura Mumc1p • 
Apte . Dirce Rosa Maun; A a .. re J. . dência 10/148. texto 1/3129. I' quinzena 
.. . - ·ai (Repertório /OB de umpru ' 
transcnçao pare• . 
maio 1990). TAPR AC 73 884-9 Rei. Juiz Lopes de Nor~ha. ~-
un. da 8ª Cãm. Civ. do , ·comé;cio de Maringá; Apdo.: umc1-
2
- I ~\ ;,~, Apte.: Sindicato dos E9m9p5rega:~~menta oficial (Repertório/08 de J11ris· 
· á DJPR de 20-10-I ' p. 95) 
pio de Manng , 119363 2• quinz
ena dez. 19 · 
prudência, 24/440, texto ' 
e 
Aires F. Barreto (arts. 81 e 82) 
631 
2.2.2. Aspecto espacial . . -
d 
a obra pública for realizada pela Umao, tendo em vista sua 
Quan o . - - 1 
-
. . dicional, problemas mruores nao se poem, em re açao ao aspecto 
áreaJUOS . •dA . o· d" d ·ai d hipótese de inc1 enc1a. 1ga-se o mesmo 1ante e obras públi-
espact a áfi . d , . 
l·. adas em área 
geogr ca mtegrante e um umco Estado (se a 
cas toca iz , . M . , . ( b " . . " stadual) ou de um umco umc1p10 se a o ra 1or mumc1pal ). 
obra ior e - . 
,_..1 • ·mpasses alguns poderao ocorrer quando obras. realizadas por Tuuavta, t • 
d 
ou por Municípios, representarem parte de complexo interestadual 
Esta os - , d d 1 · - d • termunicipal. Isto porque nao sera esusa o supor que a rea 1zaçao e 
~~: no Estado ou no Município _A (que_ se ~gará ~ ~b~ r~al izadas _no 
E 
do ou no Município B) já enseJe valonzaçao em 1move1s situados alem 
sta A • b ai - d · · da sua área territorial de competencia e so re a qu nao se po era cog1tar 
de impor o tributo. 
Convém lembrar, ainda, que, no âmbito municipal. o alcance da lei 
criadora do tributo espraia-se por todo o Município. diversamente do que 
ocorre com o IPTU. que só pode atingir os imóveis urbanos. 
2.2.3. Aspecto temporal 
A função nuclear do aspecto temporal está na indicação do átimo em 
que se tem por ocorrido o fato imponível. 
O legislador, ao definir o aspecto temporal da hipótese de incidência da 
contribuição de melhoria, não pode afastar-se do momento em que se tem 
por ocorrido o fato previsto no arquétipo constitucional da hipótese de inci-
dência da contribuição de melhoria: a valorização causada por obra públi-
ca. Impõe-se, por conseguinte, que o momento escolhido como aspecto 
temporal da hipótese de incidência legal seja, sempre, posterior à ocorrên-
cia de valorização imobiliária causada por obra pública. A contribuição 
d: melhoria somente pode ser exigida em momento subseqüente à conclu-
sao da obra. Nenhuma contribuição pode ser devida sem que. de modo 
rnequívoco, se tenha obra pública realizada, ultimada. concluída. t~~n~-
da (e que, além disso, haja ocasionado valorização imobiliária dos imovets 
ª ela avizinhados). 
É certo que valorizações podem ocorrer pela mera divulgação do inten-
to de realizar a obra pública. Entretanto. "não se poderá ter como ocomd0 
o fato· , .. ~ 
tmporuvel, nesses casos, sem afronta ao Texto Supremo - . 
--22 Ai F · · "b t ' rio São Paul · S res · Barre10. Contribuição de melhoria. in Curso de d1rello rn 11 ª · 
º· a.raiva. 1982, p. 548_ 
Comentários ao Código Tributár'10 N . 
acional 
632 
Obras por fazer, de execu ão f . . ---
cobrança de contribui ão ç ut~1a ~ •?certa, não podem da . . , 
Federal (art. 145 lll) ç de" m~lhona. E inequívoco que a C r e~s~Jo a 
- d . . ' , ao con,enr aos ent I'. onstitu1ção 
ç~o . e contnbu1ção de melhoria i~ 1 - es ~o 1t1co-constitucionais a c . 
~ubhc~s~', o que implica a reteride- o, tao-so, co~o "decorrência de ob~:~ 
1mpos1çao tributária. É, assim, re/de da e~ecuç~o destas, relativamente à 
ereta valorização imobiliária l . s~posto tn?eclmável desta última a con-
c luída precedentemente à impoºs· t~ v~lbserv1do, em virtude de obra con 
içao ln utária. -
. Em outras palavras, a contribui ã d . , 
diante de obra pública concluída ç o h e melhona so pode ser exigida 
vel considerado Não d ' ~u~ ten a provocado valorização ao imó-
obra futura, de o.bra a r~~i:;e~ ex~tda em face da mera possibilidade de 
da. Nem . ' ~ o r~ e~ an?~ento, de obra não concluí-
., ' _multo menos, de valonzaçao 1mob1hária suposta, potencial as-
s1_vel de vir a o~orrer, se e quando a obra for concluída. Não pode ser ex·i;ida 
ddtante_ de p~ss_ivel ~ :ut_ura execução de obra, eventualmente acarreladorn 
e mais-valia 1mob1bána. 
_ ::1ercê dos constantes abusos dos fi scos. não é demais repetir: a expres-
sao decorrente de obra pública". inscrita na atribuição constitucional de 
competência, a que se reporta o inciso IU do an. 145 da Constituição de 
1988, remete, claramente, à obra que se fez, que se concluiu, que se termi-
nou (gerando. ademais disso, a valorização imobiliária do imóvel a ela avi-
zinhado). É menção à valorização e à obra, na sua perspectiva estática, de 
produto resultante da ação do homem. De ação pretérita, portanto. "Decor-
rente de obra pública" não é cláusula que autorize a exigência de tribulo em 
razão de obra por fazer, por realizar, de obra simplesmente em potência. 
Nenhuma potencialidade de obra - assim como nenhuma potencialidade 
de valorização - pode render espaço à exigência de contribuição de 
melhoria. 
A admissão da existência de fato potencial (vi sível contradição nos ter-
mos) implica ignorar a distinção aristotélica entre potência~ ato. . 
o p d r Judiciário não tem deixado prosperar as exigê~cias fi scms fL~n-
o _e ~ c1·a dessa distinção básica como evidenciado nas scgurn-
dadas na 1gnoran · • 
tes decisões, verbis: _ TO GERADOR _ OBRA 
"CONTRIBUIÇAO DEIZ~EÇ'fb~~~Biii1RIA _ INEXISTÊNCIA. 
INACABADA - VALOR .. , . . 
. t ~ ·a de valorização imobiluma c:0111 n.1 
l . . , I apreender a ex1s enc1 . - . - ,
. su· 
mposs1ve , f ' . , 'valon zaçao sao m ca. . d nento O bene ,c io • a . b·1·1. . 
obras ainda em an ª' · " • É a valorização 1mo I iana . I . que nada se e,cuvou. ~ 'b . - de 
apenas potencw , e1: . h. ótese de incidência da contr! ~•çao_ 
causada pela _obra pu~hc~da ~~iliba que essa valorização é o umco cnté-
melhoria. Ensina-nos era o 
-
Aires F. Barreto (arts. 81 e 82) 
~ 
. ~ 0 e mensurável , para a aplicação do aI1. 145, 111, da 
rio objetivo, iso~oml ' Sua base imponível é a valorização; a medida da 
constitui~ão Fe ~::;iodo tributo. Valorização é a diferença positiva de 
· çao é O cn d · d b ' ( • H · ó vafonza . óvel entre dois momentos: antes e epots a o ra . 1p -
,,a/orde 111111111 • t •butária' _ 5• ed. - pág. 150/151 - Malheiros -
de incidência n tese 
1993
)"
21
• BUIÇÃO DE MELHORIA - COBRANÇA - OPORTU-
"CONTRI 
NIDADE. . . . 
. • - de melhoria - Obras do s istema de esgoto insular de 
Contnbuiçao · , · · d 145 UI . r _ Violação ao prmc 1p10 da anuahda e - Arts. , , e 
Flonanópbodis CF/88 _ Tributo por natureza somente exigível após a con-
l SO III, • a · A ·b · - d Ih . ó ·_ d L _ Remessa desprovida... contn uu;ao e me ona s c/u~ao a o 'Jrll . ,: 
· l' çamento após a execução da obra. Excepc1ona.lmente podera compo11a an . _ . , . 
ser cobrada quando já concluída parc1almente e em relaçao aos 1move1s por 
ela valorizados"'~~. 
A contribuição de melhoria pressupõe a exec ução de obras que gerem 
valorização imobiliária. Por execução de obras quer dizer-se que as obras 
deverão estar concluídas. Sem obras concluídas não há fato tributáJio (fato 
gerador) da contribuição de melho1ia. Inconclusas as obras, o fato que dá 
causa à exigência do tributo ainda não ocoffeU. E exigir tributo , esse ou 
outro. sem a ocorrência do fato gerador é mani fes tamente ilegal e. 
concomitantemente, inconstitucional. Não há (não pode haver) obrigação 
tributária sem a ocorrência do fato gerador; o § 112 do art. 1 13 do CTN 
impede o surgimento daquela, nos seguintes termos: "A obrigação princi-
pal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagam ento de 
tributo ou penalidade pecuniária e exting ue-se juntamente com o crédito 
dela decorrente•·. 
~xigir contribuição de melhoria de obra por fazer. sobre revelar-se ile-
gal. e afrontar a Constituição (art. 145, III ). 
2]. Ac. un d·, 3ª C º d 1u ·r . . . 20.4. 1991 · •. ,tm. 0 ACSP. AC 473.444-3 . Re i. Jui z F rnnco Jc G otlo 1, J . 
Rcrtc. J ·; Aptc .. Prcfcilura Municipal tle Diadema: ApJa.: Cecília J\ l ili1c lli Palermo: 
.. u,:w de or· · 
pr11i1,,,,ci . 1212 
•c io - ementa 10B. por transcriçüu parc ial (Reperrór io 10/J de Juris-
, "· 39· tex to 1/6314. 2• quinzena j un. 1993 ). 
~4. l\c. un. tlu 4• C" c· . . . 
20-4. 199S 1 ,,m . 
1v. do TJSC, AMS .'i.379. Re i. De , . Alc1de., Agu iar. J . 
"' · · mptcs · Nclso A · -· ,·,orian<,polis. DJ~:C · _n mm e ou1 ros: lmpdo .: Secretário Mu111~ipa l tlc 1-tnanças de 
<it!11c1a, l l':l/284 te de óc ó-1995, p . 60 - c menla oficia l (Repert6no /08 di! J11n
spm-
. xto 1/8991. 2• quinzena ago. 1995 ). 
- - QU Có . 
digo Tributá . 
rro Na . c1ona1 
Roque A 
"D ntonio e 
e fat élrrazza d Zada a b o a contnb . - a Verte: o ra 'b . Utça0 d Valorizanct p~ lica. É i e melhoria n -
E o o llnóve) mprescindíve1 ao Pode ser e . . 
_acrescenta• , Para só ªP6s o p qu~, Primeiro :i:1~1da antes d "E . ropnet , . ' exista e rea/ que ano dest . a obra 6 ,. Por h. , - tornam . e vir a ser lribup blica .~ . 'Potese de i . ?s a insistir lado•·1.1 e;et1va valo . _nc1dencia a - a contnb . - . f ública, nã;'~:~:o ~mobiliár;~::~:si: reaJizaç~J~: ~~~el~o~a não teni ar, no caso aver contrib . - a por obrapúbt· Publica, rn . .. • em Valor· - . u1çao de l . ica. Assi .. ..., a Não nos otv·d izaçao llltobif;ária me ho~1a, j á que nã m, sem obra que a hi , t emos das p . potenc1ar•16 o se pode Ja. . potese d • . rec1osas r - · imobiliária e incidência da 1~~ de Geraldo Atar 
si tiva de vaI~~sada ~or obra púb~~:~bu1ção de melhoria1~a;o ; n~ido~ 
r e um imóvel e . que se expressa 1 " _v onzaçao , Judiciário e doutri ntre dois momentos: an1er; ... ~1ferença po. 
so pode ser exi id ~a consagram, assim ue _e epo1s da obra•'?). 
ça nem mesmog d a apos a conclusão da ob;} nãi co~tnbuição de melhoria 
ao consi n " urante o andamento destas, É sen o admitida a cobran-
execuçã; dar decorrente de obra pública" ~stáq_ue o texto constitucional, 
estas em relação à exigência do' trib impondo a preteridade da uto. 
2·2-4, Aspecto pessoal 
Sujeito ativo da contribuição de melh . , 
c_on~itucional que executa a obra pública g:~=d~r~~/~!:ri:~~: i:~~:~i~~ 
na. m outr~ palavr~ , o sujeito ativo - credor da obrigação tributária -, 
n~ caso de ~nbutos vmculados, é aquele que exerce a atuação prevista no nucleo da hipótese de incidência. 
Na maioria dos casos, os tributos são arrecadados pela própria pessoa 
que os instituiu. Todavia, sua arrecadação pode ser delegada, quer reverten-
do o produto ao titular da competência impositiva (hipótese cm que a lei 
terá criado um simples agente arrecadador), quer revertendo em proveito 
do próprio arrecadador (fenômeno ao qual se dehigna "parafiscalidadc"). 
Regra geral , 0 sujeito ativo, no caso da contribuição de melhoria_. scr:í. 
ltemativamente, a União, o Estado, o Díslríto Federal. ou.º Município. 
a • •am em cada caso. os realizadores da obra púhhca. coniorme seJ , 
. I /J tá 111 7 cd . Sau e f direi/O cons/111/CIOIIO lfl li , • 25 Roque AnJonio Carrnzza, urs; < e 
· • d T ibunais. P· 306- · Paulo Revista os r ·1 P 306-7. . . e za Curso. CI .• . ue AntonJO arraz ~, . · 102. 26. Roq . N e-a 1·11r(d1ca. cri.. P· ld Alalrb'l a lllf' -~ 27. Gera o '' 
Aires F. Barreto (arts. 81 e 82) 
. . -o de melhoria é o proprietário de imóvel 
d contnbu1ça 'bl ' assivo a . -o de obra pu ica. 
s~jei: p r força da reahzaç~ é a de saber se apenas os proprie1:1°os 
valoílz.ad ~ du' vida que se poe so modesto sentir, com este JO no · eira 'buto A nos · · d A prun cançados pelo ~n . . CF art. 145, § pz), poderão se~ eng1 os 
pa<Jerão ser ai pacidade contnbut1v~ (tári.'o o titular do domínio útil , o usu-fpio da ca ai , do propne • pnnc ntribuíntes, ~m1. . omprador imitido na posse. mo co 1ssano-c · co :íJio e o coroprom ente que a Constituição, ao fi xar a imu-
frutu tra parte, convém ter preds o·stn'to Federal e Municípios e limitá-De ou · - Esta os 1 • ·c1aderecfprocaentre Uniª?;e que es~ s esferas sejam, reciprocamente . tn-
OI . pe'cie imposto, penn1 la a es 
butadas. 
Aspecto quantitativo . 
2.2.s. ' / l da contribuição de me/hona 
2.2.5. I. Base de ca cu o d . 'dência há de prever concomitantemente, do que a hipótese e mc1 , • Assenta . b·1·1. . e a atuação estatal que a ela deu causa, é zorçoso 1 ·zação imo 1 1<1.na . , 1 d ava on d ,' J . lo - configurando atributo d1mens1ve o as-d 't' que a base e ca cu . a nu ir ·· t d h'pótese de incidência - haverá de mensurar exclus1va-pecto matena a 1 1 · - d . · ça-0 po~itiva do valor do bem imóvel, ditada pela rea 1zaçao e mente a vana 
obra pública. 
Vejamos O seguinte exemplo. Há dada valori7:ação de imóve~. Essa va-
lorização resultou de obra pública e de obra realizada pelo particular. Em 
face de qual \'alori zação se pode exigir contribuição? Apenas com ba~e 
naquela 110/ori;;açüo resultante da obra pública . Só se pode exigir contribui-
ção de melhoria pela valorização que tenha sido fruto da obra pública. Por 
isso, a atuação há de integrar a base imponível. conjugadamente à valorizu-
ção imohiliária por ela causada. O Lraço específico da contribuição está no 
r~to mesmo de que se trata de tributo que, necessariamente. <..:onjuga uma 
cirrun\lânt ia intermediária (valorização) com a atuação estatal. Logo. sua 
bn~c de Lálculo também tem de conjugar esses dois elementos. A buse 1111P'mível não pode tomar qualquer vulorização imobiliária; só pode consi-
tlcror aquela c~pedlica valorização decorrente da obra pública. 
Em não sendo tod·1 e q1 . 1 . 1 . - d b . 1. , . ' z.1 quer va onzaçao e em 11nóvel acarretadora 1 u 111c1lle11ua do tril t - • n 1, ., . 
1u o, mas tao-sô a ocasionada por obra pública não se ,.o( cr,1 nien\u1-1r •~oi· d- . . - , ,1tiucla ,.,111 r· .' _ .i ,unente a va lon zaçao. Haveremos de avaliar tão-só , t tL,1çao a q11e · l ' bt· upio, tnít r . 1 . '
1 0 1ra pu ica deu causa. Tendo em vista os prin-1 111•11 nrcs do 111stitut u· . 'b · . - . LJlculo h' ll • . . . · 0 .i contn UIÇao de me l hon a, sua base de _ ·' e ,ez a variação pc -·t' . , 1 . , . 1c.il11Jr;Jn d , h . , . i st tv.i no va or do 1movel. determmaua pela e O ra pubhca. 
Comentários ao Códi . - -----=:._.:::~~g~o2Ti~nbbutário N . acional 
Em resum 
o, esquematic 
amente t rí 
Tributo 
Imposto 
TGJca 
Hipótese 
de Incidência 
Fato lícito qual-
quer, que não uma 
atuação estatal 
' e amos: 
Referibilidade 
Base imponível 
Mensuração d es-
se mesmo fato 
Atuação estatal 
Contribuição 
Direta, imediata7-:M:-:-------
ensuração da 
Circunstância in-
termediária, refe-
rida à atuação es-
tatal 
lndireta, mediata 
atuação estatal 
Mensuração da 
circunstância, re-
ferida à atuação 
estatal 
Como se vê, não basta a atua ão d 
e_ssa !1t~ação provoque uma consJ ... o _Estado (o?ra públi~a). É mister que 
na. E imprescindível a verifica ã~uenc1a, qu_al SeJa, ~ valonzação imobiliá-
fatos: (a) a atuação estatal (ob~a ,úc~?c~ml!ante, s1mul_tâne_:1, ~esses dois 
dela decorrente. Conseqüentemen~ ic~ . e (b) a valonzaçao 1mob1liária 
núcleo da materialidade desses fato e,, a umca grandeza ~pta para medir o 
d I d . , s e a correspondente a vanação positiva 
o va or o bem imovel, determinada pela realização de obra pública. 
E_m ~u~ras palavras,. diante dos "princípios informadores do instituto da 
contnbmçao de _m:lhona, sua ?ase de cálculo há que ser a variação positi-
va n~ valor do unovel, determinada pela realização da obra pública••:,.. 
E como decidem nossos tribunais, verbis: 
"CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA - BASE DE CÁLCULO -
ADOÇÃO DO CUSTO DA OBRA - OMISSÃO QUANTO À VALORI-
ZAÇAO DO IMÓVEL - ILEGALIDADE. 
Taxa - Contribuição de melhoria - Município da Praia Grande- Hipó-
tese em que base de cálculo é o custo da obra e não ª. valoriza~ão que 1.esta 
tenha acarretado ao imóvel - Desate1ulimento aos requwtos legais - ant1h.e 
da doutrina e da jurisprudência - Sentença mantida - Recurso improvido"
1
'. 
28. Aires F. Barreto, Base de cálc11/o, al(quota e princípios co11stit11cirmai<. Siio Paulc,. 
Revista dos Tribunais, 1987, P· 81. e 551 286 ,, · 995 "B" do 1º TACSP A · .,. 
29. Ac. un . da 1• Câm. Especial de Julho de I A 1 .' Prefeitura M~nicipal de Praia 
Rei. Juiz Henrique Nelson Calandra, J. 18-1 2-19:,5~ hJ~P de 23-2- 1996. p. 86 - cmcn-
Grande; Apdo.: Deodato de Fran~a Mel(o ~ c;;i 8; '1ex10 1/9751 , 2' quinzena abr. 1996). 
ta oficial(Repertório 108 de Junspmdenc,a, • 
Aires F. Barreto (arts. 81 e 82) 
TO GERADOR - VALO-
ÃO DE MELHORIANT:;ÃO DE VIA PÚBLICA -
.. coN'fR[BUi~rÁRlA - PAVIME . . 
RIZAçÃO IM~ - NULIDADE. . Fato gerador. Valorização 1mob1-
L,4NÇAfvl~N ntribuição de ~ethona: ade do lançamento. 1. O /ança-
Tnbutário. Co - de via públlca. Nuhd bra dividido pela metragem 
)
·iria. pavin1entaçao as com base"º custo da od imóvel é absolutamente 
,..,. ,r, t ado apell . t te na frente o 'b . - de 
mentoe,e,, -o asfáltica ex1s en - f to oerador da contn Uiçao 
de pavi~ent~~ª1eva em consider~çao ~-ia ;ovocada pela realização de 
nulo, p_o1s ::1 seja, a valori~ação imob1 t de ~is de pronta a obra p~blica e 
melhona, qública. 2. Além d1ss?, so_!llent~ ó~eis ue ela provocou e que se 
~mri~:~:/a existênci~ de v~lonz:ç;~ ~: i:ntribuÍção de melhoria. Apela-
,e drnissível a tnbutaçao po 
1oma a ••JO - E 
çãoprovida · UTÁRIO CONTRIBUIÇAO D 
"CüNSTITUCIONAI:,.OT::iBILIÁRIA: CF/67, COM EC N. 23/83, 
MELHORIA. ~:S,~~;f III. 1. Sem valorização imobili~~• decon:en~e 
ART. IS, ll. ~ _, há tribuição de melhoria porque a h1potese de mc1-
d obra pública nao con ' d . t . 
; . 'd t é; valorização, e a sua base é a diferença entre ms mom_en ~s. 
dencia es ª di • t ' da valonzaçao 
o anlerior e o posterior à obra pú~li~~' vale z~r, o quan -~,3 i 
imobiliária. II. Recurso Extraordinano conhecido e provido . _ 
"CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA - VALORIZAÇAO IMOBI-
LIÁRIA- REQUlSITO; PUBLICAÇÃO PRÉVIA - NECESSIDADE. 
A municipalidade, através de contribuição de melhoria, está pretenden-
do recuperar despesas que efetuou na pavimentação de via pública, sem 
considerar o benefício aos imóveis dos apelados como integrante da apura-
ção do tributo, Se assim é, a pavimentação deve ser promovida com recur-
sos provenientes de impostos, an-ecadados indistintamente de toda a coleti-
vidade. Sem procedência a alegação de que a valorização dos imóveis foi 
levada em consi~eração quando o orçamento para fixação do custo da obra 
~f~~~ e~sa valonzação não precisava constar no edital. Tal entendimento 
e ronlalmente a regra do art. 82 do Código Tributáiio Nacional"12• 
-30. ,\e un. <la 8' Câm. Civ <lo TA 
Pcrcu:i. suhs1i1uta j . 2- I0-!995 A CPR, AC 
78-455-8. Rei. Juíza Rosente Arão de Cristo 
Maring~. DJPR <l~ 13-10-1995 . . pie.: Brasil Indústria Têxtil Ltda.; Apdo.: Município .de 
li. WF. RE 116 J • p. 62 - ementa oficial. 
'"'"'l"1Uií!11,.· . 
47-7-sr. Rei. Min. Carlos V< 11 • R1' 
Ili , 1/11 . texto 1/94 11 lª . · . e aso, J, 138/607 (Repertório fOBde 
32. Ac un <la , • • quinzena Jan. 1996). 
J0,9.1991. Rcct• _1 ~am. do Iº TACSP, AC 445 9 . . 
lu"cnal Vice 1 ~ .. Juizo de Ofício; Apte. p f . · 0
4-3, Rei: Juiz Guimarães e Souza, j. 
1011 de J11,;_,;,,C,,d~1Carvalho e outros - ~;n:~1:\lura Mun1c1pal de Pilar do Sul : Apdos.: 
ina. 24/451. texto 1/4742 2• 08, por lranscnção parcial (Repertório 
· quinzena dez. 199 J ). 
Comentários ao Có . 
digo Tributário N . 
acional 
"CONTRJBU -
RIZAÇÃo IMo IÇAo DE MELI-{ 
DADE BILIÁRIA OU BEORIA _ FATO G 
. NEFíc1 ERAno 
_ Tributário _ . O ESPEcfF1co _!-VALo. 
Cálculo _ Re . ~ontnbuição de NECEssi. 
18 ll CF''8 qu1s1tos
 da V:aI . Melhoria F 
• , , 8 _ Arf onzaçã - ato G d 
211 e 311)_ 1. Recapea igos 8 J e 82, CT~ o~ d~ Específico Be::e~r .- Base de 
no de rateio entre ;n~nto de via pública ecreto-lei n. 195/6;•~-: Artigo 
8 I e 82, CTN· D o os os beneficiári •~orno custo coberto artigos 111, 
menro de C , . ecreto-Lei 195/67 os , afronta exigênc· pior u_m 'p/a. 
0ntribuiç ~ d , arts 111 e 211) •as egais ( 
dos pressupostos deªºa1 e ~elhoria bas~ado n . 2. Ilegalidade do la::s. 
obr 'b • v onza - 0 custo se d ça-
. . a pu bca realizada n çao ou específico benef' . rn a emonstração 
Junsprudência 4 R o local de situação d . 6 ic10, conseqüente da 
É . . . ecurso provido"JJ o irn vel. 3. Precedentes d 
equivocado o ente dim . a 
dos serviços. Cust n . ento de que a base de cál 
buição de melho .º dos serviços é base de cálculo d taxcuJo pode ser o custo 
na. e a, nunca de contri-
Geraldo Atalib - a, com sua língua e 
"E errada a defin• - g m candente, é incisivo· 1çao que agreg . · 
a .!ras~ 'para fazer face ao custo da :~~;o~~e~to ~e contribuição de melhoria 
c1enc1a das finanças esse conceito é p liE~ . N~m sob a perspectiva da 
taxa"34. correto. que isso seria nota típica de 
Para arrematar, logo após: 
_ "A c~n~b~ição d~ m~lhoria é instrumento puro e simples de realiza-
ç_ao d_? ~nnc1~~0 ~onst1tuc1onal e legal que atribui ao poder público a valo-
nzaçao rmob1liária causada por obra pública. A contribuição de melhoria 
nem mesmo para a ciência das finanças, é remuneratória ou ressarcitória.' 
É de sua natureza tomar por critério a valorização causada. A obra pode 
custar muito e causar diminuta valorização. Pode custar pouco e causar 
enorme valorização. O gabarito da contribuição de melhoria é sempre a 
valorização, não importando o custo da obra. Se este for posto como crité-
rio do tributo, estar-se-á desvirtuando, com interposição de critério de taxa 
e não de contribuição de melhoria"3
5
• 
• REs 634-0-SP, Rei. Min . Milton Luiz Pereira, j . 9.3. 
33. Ac. un. da 1 T. ~o STJ_, P . Recda . Prefeilura Municipal de Bragança 
J 994, Rectes. : José Batista Eiras e s'Zt't:___ eme~~a oficial (Repertório /08 de J11ris-
paulista DJV 1, de JS-4-l 994• p. . · 1994) ' ' l/7461 2• quinzena maio · 
prudência , 10/190, texto • . "b á . 5 ed São Paulo, Malheiros 
34. Geraldo Ataliba, Hipótese de incidê11c1a m ut n a, . ., 
Ed., 1992, P· 150. . .d, c·a p 150-1. 
l .b Hipótese de rnc1 en , ' . 35. Geraldo Ata • a, 
Aires F. Barreto (arts. 81 e 82) 
. . - e melhoria possa ter por base o custo da 
e a contnbu1ça~ d d ndo ser adotado, pela ele
mentar ra-
der qu ~ nao po e · · preten . nto erroneo, pleto as grandes categonas c1en-
ndune "d ar por com , 
bra é ente rta descons1 er , a.mente consagradas pelo nosso o irnPº d" ·to express b 
zãodeque máticas do irei '. C nstituição. Deveras, se fossem am as 
tíficas e d?? 0 a partir da próp~a ?b tos sobre O custo da atividade esta-. pos1UV , )hona) tn u 
direito ontribuição de ~e disci liná-las, destacadamente, no texto 
(ta.Xas :hcuma razão havena paraento h~veria para descrição diversa do ar-
ta!, ~~tucional. Nen?~m fund~oria na Constituição. E, por fim, nenhuma 
coné~pO• da contribu1ça_o dáe mi e oro um específico nomemjuris, se se tratas-
qu . ara design - a c 
razão havena p odalidade de taxa. 
se de simples m . Determinação do montante do tributo, o P_:ºf~ssor 
No seu a~at~do i;;~a critica a exegese que pugna pela observancta do 
Valdir de 0hve1ra R d" ento de que a valorização deve reverter a 
limite custo, e acolhe o en~~n im 
od sociedade, e conclui. . . -
t a a . que o custo da obra não transforma a contnbmçao de 
.. cobrar mais . - · - t 
··ria em imposto, pois a melhoria que perm1te a 1mpos!ç~o _a ua na 
~elh~ d "d'"adeJ·ustiça (erigida desde o preâmbulo da Constltmçao como direçao a I e1 
valor supremo )"36 • • _ 
Compartindo da posição de Valdir de Oliveira Rocha, lastimamos nao 
poder concordar com o mestre Hugo de Brito Machado, . que defe~de a 
prevalência do limite custo da obra. Este p_rof~s:or e respe1t~do Mag1str~-
do, em acurada análise dos limites da contnbmçao de melhona. tece consi-
derações iniciais que se afinam com o nosso posicionamento, verbis: 
"Da obra pública resultam vantagens gerais para toda a comunidade, mas 
resulta uma vantagem especial para os proprietários de imóveis no local em 
que se encarta. Não é justo que esses proprietários usufruam dessa valoriza-
ção, decorrente de obra realizada com o dinheiro do Tesouro Público. Não é 
justo que os contribuintes em geral paguem impostos, e do emprego dos re-
cursos públicos resulte valorização para determinadas pessoas"37• 
_ A partir daí, porém, extrai conclusões que discrepam da nossa interpre-
taçao. As conclusões do mestre Hugo, data venia, estão em desconformidade 
com os. pr?prios pressupostos que invoca: "Dessa valorização o Tesouro 
tem o direitode recuperar o que gastou com a obra respectiva"38. 
-36. Yaldir de Oliveira R h . -
1992. p. 137. oc ª• Deten11111açao do momante do tribwo. São Paulo, 10B, 
37. Hugo d B · 
d e n10Machad o r · 
e Direito Tributário. 21165 °199s •m.ttes da contribuição de melhoria. Revista Dialética 
38 H ' 7 · 
. ugo de Brito Machado Os r . . 
• mutes ... , Revista Dialética de Direito T,ibutário. cit.. p . 65. 
-vu1g 
o Tributá. 
rio N acionai 
E, se d ' iscord 
a) que a v ~os dessa . 
de (repr alonzaç- Posição , 
esentad ªº cau ' e Por 
b) ª Pelo l'e sada Pela que equiv 
mas O vai souro)• obra Púbr ale ela a 
c) a Valo . or a retornar à , •ca deve rev admitir: 
que d nzaç- soei d erter à eve enr· ao exced e ade de . sociect 
com in-. iquecer s ente Perte Ve hlllitar a. 
" 1Post • em nce -se a 
O os, suportar causa, às e ao titular d o custo da b 
te . u seja, vamo arn, as obras e ustas dos dern ~ irnóveJ Valo . o ta; 
m 1móveJ . s Pernur rn geral ais contnb . nzacto 
que en..: Junto à obr Ir que o P""' . uintes qu . 
... ,queç a - enn "',1cutar e, 
causa) , ª totaime . queça ( - aquet . . 
' a sociedad nte, vamos entr sern causa) rn e_Pnv1Jegiado 
D e. egar u ' as nao v , que 
d
Sã~' p::~~ ~:º:d exemplos, tornerno m Pedacinho dess::i::: 
e nova F . eu-se, há s urn dos . 
d s- ana Lim ") pouco, a av F . mais recentes . 
e ao Paulo t . a . A avenid . ana Lima (e , na cidade de 
do de terren~ dem: Junto corn a av apern ~uestão, uma d= tre~h? designado 
• a cidact O · autista . mais
 1m 
existente, surg. e. trecho qu , o maior preço d Pürtantes 
da obra iu extrernarnente v ~ se rasgou, em coa . em~~ quadra. 
R$ 10.0Q~~OtavAa c~rca de R$700 ~o:zaal do. Um metro q=:~:oqa avenida 
d ' · ss1m u . ' ' e, agora , ue, antes 
R
os ( e os há) teve se~ . rn fºPnetário de imóvei ~:a~~u~ a obra, cerca de 
$7.000.000 00 im vel Valorizado em m . d . metros quadra-
beu valoriza;ão •d:e~;;3lor pulou para R$100.~.~~eEzes, ou seja, de 
O .000.000,00. , • m suma, rece-
gue a tese de mestre Hu . . 
~:~~sto ~a ~bra proporciona~: ~r:::~~~J1::t de ;~~ndo, por exemplo, 
. ss~ \ ema, que o Tesouro (vale di . .000.000,00 -, é, 
contnbu1ção de melhoria R$13 000 ~;r~ sociedade) receba, a tírulo de 
com os R$80 000 000 00' t · · ' • e 
O dono de tal terreno fique 
· • , res antes. 
d H
É precisamente por isso que grande parte da doutrina não acolhe a tese 
e ugo. 
Roque Antonio Carrazza salienta que a hipótese de incidência da contri• 
buição de melhoria é " ... a realização de obra pública, que valoriza o imóvel 
urbano ou rural. Sua base de cálculo, longe de ser o valor do imóvel (urbano 
ou rural), é o 'quantum' da valorização experimentada pelo imóvel, em de• 
coITência da obra pública a ele adjacente. Ou, se preferirmos, é o incremento 
valorativo que a obra pública propicia ao imóvel do contribuinte"
39
• 
39. Roque Antonio Carrazza. Curso, cit., p. 304. 
1 
1 
~ 
Aires F. Barreto (arts. 81 e 8~) 
~ . se pensar. . . 
. jante, reafirma es vadamente valoriza os imóveis C1;f~~-
J3 mais ad ' blica que compro . o de contribuição de melhona . 
, bra pu . tação por rne1 
·•S6 a o 'bilita a tnbu l de Barros carvalho: 
·•iohºs p0ss•ra não destoa Pau o m conta a realização de obra 
v1~ 0stu 1h ·a levam e · · ó · 
Dessa p . o-es de me on . a
 valorização dos im veis 
tribUlÇ • da detennme . lm 
•• ... as con vez concreuza ' 'bl' ca por si só não é suficiente. -
P
ública_q_unhe, u~; efetivaç~o da obra ~:es~entado à atuação do Estado, 
v1z1 os I tóno que, a 
circun fator a ea al"41 e u!ll · -o facto · · ·d· b põe-s nte a descnça , tn'buição de melhoria mc1 tr so re 
0
rnplerne • a quanto a con 
e É caud~º~ª abd·~f= causada por obra pública. 
. çao JfllO J . 
a vaJonza . erável Baleelfo: . , . d 
Jnvoquemos o in~up , ado ão pelo direito brasileiro do cnteno_ ~ 
"Do exposto - isto e,~ f:ro gerador da contribuição de melhona e 
t,enefício e não o ~o cust~ óv~l de que seja proprietário, ou enfiteuta. o 
a valorização efeuva do~ i:a de 'uma das obras públicas arrolad~s pelo de-
contribuinte, por dec1~;; Não basta a existência da obra realizada pelo 
ereto-lei ~- 195, de 1 d ··tuação do imóvel passivo. É indispensável_ ~ue 
sujeito auvo no loca t s! de causa a efeito, se origine aumento pos1t1vo 
dessa obra, por uma re açao . , ,,,4z 
do valor do imove . d 
1 
• pági·nas antes ao mencionar que com a cobrança a con-
E Ba ee1ro, • - · · t ho . . - de melhoria se dá "a recuperaçao do ennquec1men o gan 
tnbut~a;roprietário em virtude de obra pública ... "43, não diz que a recu-
~~a~ão é do custo, mas do enriquecimento ganho, é dizer, de toda a 
valorização . 
A hipótese de incidência da con~ribuição de me,lh~ria ~. inequivoca-
mente, a valorização de imóvel. em virtude de obra pubhca. E como pensa, 
por exemplo, Luciano Amaro: 
"A valorização das propriedades adjacentes é diretamente proporcional 
à melhoria que advenha da obra pública. A valorização é a medida da 
melhoria. À vista do engate necessário entre melhoria e valorização. onde 
esta inexistir, descabe. a nosso ver, a contribuição. O tributo não se legitima 
pela simples realização da obra. 
40. Roque Antonio Carrazza. C11rso, cit.. p. 305. 
41. P~ulo de B·mos C·1rv·1lho C · d 1· · 'b - · 4 d - P . 1991, p. 35
_ ' ' ' , 11r.10 e t 1re110 rn ,aano, . e .. Sao aulo. Saraiva, 
42. /\liomar Baleeiro D· . · ·1 - • 1 . . 1995. p. 
366
_ · 11etto ln naano 1ras1/e1ro, 10. ed., Rio de Janeiro. Forense. 
43. Aliomar Bal · o· ' eeiro, 1reito tributário , cit., p . 359. 
-
Comentários ao Códi . 
go Tributário N . acional 
Também não se tra 
plus-valia patrimoni . ~ de um tributo u 
do contribuinte al. ~ Preciso que h~- e se _atrele apenas 
pública (uma a~~ alem disso, requer:~ lllaís-valia, agre ao Patrilllõni E em por exemplo) p que essa ll1ais- g~ ao Patri~~ à ' outra passa . , ara que se. . VaJia,:•IIJJlio "Não obstante o I gem: reitera essa convicç~Ustifique a cobrança de~ a contribuição de m aco~1smo do Texto C . ao: ""· ce evidente que a elhoi:ia '_decorrente de i:sti~cionaJ de 19 
~alo?zação (ou me~~~:~uição de melhori::~ub~a'(an. 1!~•i;llrevê quilo que 'decorre para a propriedade i ca . . se da ob~ •Pait. melhoria· e , da obra pública' - , mobiliária d decO!rer 
S 
, e essa melhori (g nao e a e . o contribu· e assim é o valo d a erada pela obra) ontnbuição m _1n1e. 1 ' r essa m lh · que lastr · ' as sun ve ) não pode ser desconsid;ra~na (ou seja, a efetiva v~1a ~ contribuiçãoª cobrar contribuição de 100 d o na ~uantificação do tri:nzação do imi de 10, ou não teve nenh e um p~opnetário cujo imó I uto; não se llOde N- , . uma valonzação"4s ve teve uma melho . ao e demais reiterar· a , . . na "c trib · · umca bas d , _on_ wção de melhoria" , ~ e ~álculo compatível . publica. Nenhuma outra N-e a valo~çao imobiliária ca com o tributo 
;unicipal), erigir como bas:~:x:!::1 le~e, mu!to _menos, au:::~.ra d a o~r~, porque falta relação de inerê:cia contnbuição de melhoria o e~~ a hipotese de incidência que é a a1 _entr: e~sa base e a materialidade obra pública. Não há perti~ênci J' ~ onzaçao Imobiliária decorrente de C é . a og1ca entre uma e outra orno cunal, se a hipótes d . ºd' . . imobiliária, a base de cálculo ~ pode mc1 encia. de~se tributo é a valorização · s e ser a medida dessa vai • • mais o custo da obra, que com ela ( a1 . - - onzaçao. Ja-
N 
v onzaçao) nao é compatível ada obstante, é forçoso atentar . I ves Gandra Martins: para ª oportuna advertência do mestre 
. "O certo é que a eliminação do limite levará, se colocada a imposição acim~ dos custos da obra, à polêmica acerca da prevalência ou não de tais barreiras, com o que a última palavra pertencerá ao STf"46. 
2.2.5.2. Alíquota 
A fixação da alíquota é, como os demais elementos do fato gerador. vital à sua criação. E só a lei pode fazê-lo. Tributo sem alJquota, definida 
44. Luciano Amaro, Direito tributário brasileiro, São Paulo. Saraiva. 1997. P· 
46
· 
45. Luciano Amaro, Direito tributário, cit., p. 47 
46. Jves Gandra Martins, Sistema tributário na Constituição de 1988.São Paulo. 
Saraiva, 1989, p. 73. 
81 e 82) 
F 
aarreto (arts. 
Aires · 
·buto, porqu 
e não há 
insútuição do tn ~ perfaZ ª · 1· dade de Não se . dispensab1 1 - e~ste- ·to Sobre a JO · oa0 0ta · a respe1 · . · • eJIJ 1e1, sef11 a1w1 -~ doutrinárlª sa1eeiro é inc1s1vo., . o de valor ganho rriblJ10 (iissenÇ~ . consulto . ue o acrescll'll ,,41 f'lẠ11:í ootável JUº: agará ma.is do qda até esse teto . , . o lquota, o ntribulllte p d verá ser fiJ<.a . bém é categonco 
i -•rienhurn c~s a alíquota . e b reserva de lei, taITl 
iJ!IÓ"el, pO de matéOª so . obieto; .-llo u-ata ) )(.tenor ao J r- "" que se ali·ba: um núJllero , e li" raJdO At (um fator, .,. Ge randeza , iue5u• é uma g .,,4g al'quota e Jlla· ••A alíq~:~ criada pela Je1 ta. dos tributos. A ~a~ã~i~ªdo lprinCÍPͺ da 
é ulllª g~ ..,.,,ie definir a alíq~o outros termos, é ~x1~e~o e explicitado pelo S61e1 pv- legal ou, e 50 I da Constitutça , 
b reserva art 1 , , 1éria 50 . versado no · . . estritalegahdade, e· "a alíquota da contnbUI-... 97 do Cfl'I. a após esclarecer qu · , (5111. !O% 20% etc.), .... · carrazz , , tum -,o , ' · d RoqueAnt~n1? percentual deste quan ência do princípio a ção de melhon~ ~, u;nclui: "A propósito, em d~co:ta da contribuição de apontado na [e, ... , base de cálculo como. a abq~dade tributante"49. leealidade, tanto a r meio de lei da en . - d ;!horia devem ser fixadas po f hauridos das clássicas liçoes e m ·mamentos desse mestre oram ru~ , Geraldo Ataliba, para quem: . determinação 'inconcreto . , 1 ão é suficiente para a . , • "Sóabase_n~Po~ve ,º. resultante de cada obrigação tnbutana. do vulto do debito tnbutano, . , . . titativo que - combinado A lei deve estabelecer outro cnt:nod qdu~b1·to tnºbutário decorrente de . , 1 rmita a fixaçao o e ' com a base imporuve pe_ . - t ·butária se caracteriza por ter cada fato imponível. Assim, cada obngaçao n. b. ação de dois certo valor. que só pode ser determinado m;d1ant~s: com m critério, numéricos: a base imponível e a ahquota • 
F.~sa~ lições foram colhidas por Edgard Neves da Silva: , ' · tara o "O a,pccto quantificativo, com seu fundamento econonuc_o, apon valor <lo 1ribu10 a ser pago. Para tanto, divide-se ele em d01s elementos, mm precisamente: a base de cálculo, elemento econômico global, 
47. Aliomar Baleeiro, Direito tributário, cit., p. 367 . 
4~-Geraldo A1aliba. Hipótese de i11cid,' 11cia, cit. , p. 104. 
-19. Roque Anlonio Carrazza, Curso. cit. . p. 306. 
SO. Geraldo Alaliba. llipótes,, de i11cidê11cia , cit.. p. \02. 
li ~v111entá . nos a 
o Código "trib, 11-< • 
rnensUr 
-<Qrro N aciona, 
nõn-.: <Uldo o f: 
·•1.1co incij . ato ge 
l1 
V1ctu,.1 rador e 
egai <1.1, rep a alí 
apl · , será . reser
it.,- quota . 
•caveis F a eXtgên . '<1.1.ldo
 o v ou cntén 
rneJhona" . aitará v ~1a de
 trib alor do o de ratei 
a ser apt· que não e ahdad
e à Uto se111 a . &ravarne••s, o, el
emento 
d ic
ad stabei s n 
indj • P~-
o Pri - 0 Sobr eçatn 
ºmias •• . cação 
._ 
explic ~c•pio da es ~ a base de e as a
líquotas cn_adoras' ~rn lei, das . 
Pode ;tea o conteu:tad legali
dad:lc(ulo, não ~e~1s q~e não ::ººtrib~1~0fasdc 
· r exi • esse 
. art. 150 ° cnad '.¼CllJ o Pe 
Inexorave1rn &Ido, Porqu P
nncípio. n· . I), colllo do tributo, a , ..... rcentua, 
bas ente e 
a e · 1ante d 
O an 97 ....,.. as · 
e de cá] , a Prev . - n
ação d . essa ºllli - . do
~- sun 
CTN cuJo Par tsao, e
m, te· e tnbuto ssao, trib 
'""'1'1,que 
dei" , explicitando a obtençã
o do rn t, da affquora Pressupõe o
:? llenJiurn 
A,'\.a clar o prj - . 
ontante que se - ' ngat"'-= 
ai, o que s nc1p1
0 d do trib ra ªPlic
ada Vf'ª e 
tquota do tr "b omeme a lei 
a estrita legaJida Uto devido. C SObr
e a 
Ern z Uto (cf. art 97PO
de estabeJec de ern rnat· .ºlll~feito. o 
resumo . . • TV). 
er (alérn da ena bibulári 
de (a)_ obra con~~~xigência
 de contrib . - base 
de cáJcufo)~ 
P~r ~Ipótese de . d_ª•~(b) g
eradora uiçao de Inelhori 
publica (d) 1nc1dencia
 a I _de vaJorizaça-o . a pres
supõe ai . 
' por b va on
 - llllob"Ji · · • em
 
definição ern I . ase de cálc
ulo a za~ao imobiliária J ana, (
e) tendo 
q~e percentual e~ada alíg_uo
ta aplic~~i:;bdessa Valori~:~:
~~é:r obra 
Çao tributária. valonza
ção será atrib 'dre a bas~ de cálc
ulo. É~~) da 
UJ o ªº SUJeito ti Iler. a vo da obriga-
Ttn.Jw V 
CONTRIBUIÇÃO DE MELHO
RIA 
Art. 81. A contribuição de melh
oria cobrada .. 
pelos Estados, pelo Distrito F
ederal 00 -'= M ~~ ~oiao, 
A b 'to d 
t'""""' DlllC1pf05, DO 
am I e suas respectivas
 atnõuições, é instituída para fa.
 
zer face ao custo de obras públi
cas de que decorra vaJori7a. 
ção imobiliária, tendo com
o limite total a despesa realizada 
e como limite individual o acr
éscimo de valor que da obra 
resultar para cada imóvel bene
ficiado. 
Art. 82. A lei relativa à contri
buição de melhoria obser-
vará os seguintes requisito
s mínimos: 
I - publicação prévia dos segu
intes elementos: 
a) memorial descritivo do p
rojeto; 
. . - de melhoria in Curso 
dt dirtito tribur4no 
51. Edgard Neves da ~ilvaM
~~;tu~'.ªe~ .. Cejup, 1995. v. 2. p
. 380. 
(coord. Jves Gandra da Silva
 
Aires F. Barreto (arts. 81 e
 82) 
~ b) orçamento do custo da obra; 
c) determinaçã~ ~a parc
ela do custo da obra a ser
 finan-
ciada pela contribwçao;
 . 
d) delimitação_da zona b
eneficiada; _ 
. 
e) determinaçao do fato
r de absorçao do benefi
cio da 
1 riz
aça-0 para toda a z
ona ou para cada uma d
as áreas 
va o .d 
diferenciadas, nela conti
 as; 
n _ fixação de prazo não inferior a t
rinta dias, para 
ÍJ11pugnação, pelos inte
~dos, de qualquer dos 
elementos 
referidos no inciso anten
or; 
m _ regulamentação do processo adm
inistrativo de ins-
trução e julgamento da i
mpugnação a que se refe
re o inciso 
anterior, sem prejuízo da
 sua apreciação judicial. 
§ Jll A contribuição relat
iva a cada imóvel será de
termi-
nada pelo rateio da parce
la do custo da obra a que
 se refere 
a alínea e, do inciso I, pelo
s imóveis situados na zon
a benefi-
ciada em função dos resp
ectivos fatores individuai
s de valo-
rização. 
§ 2ll Por ocasião do respe
ctivo lançamento, cada c
ontri-
buinte deverá ser notific
ado do montante da con
tribuição, 
da forma e dos prazos de s
eu pagamento e dos eleme
ntos que 
integraram o respectivo 
cálculo. 
3. OS ARTS. 81 E 82 DO C
TN E O DECRETO-LEI N
. 195/67 
Ternos por certo que os ar
ts. 81 e 82 do CTN fora
m revogados pelo 
Decreto-Lei n. 195/67. Este
, por sua vez, não guardou
 compatibilidade com 
a Constituição de 1967. 
Perfilhamos, nesse particul
ar, as lições de Bernardo R
ibeiro de Moraes. 
para quem "Os arts. 8 1 e 8
2 do Cócligo Tributário N
acional (Lei n. 5.172. 
de 25 de dezembro de 1996
) foram revogados pelo D
ecreto-Lei n. 195, de 
24 de fevereiro de 1967, qu
e lhe é posterior. baixado
 na vigência ainda da 
E':":nda Constitucional n. 1
8. de l 965, e do art. 5
2 , XV, letra b. da Consli-
tuiçao Federal de 1946 (nom
1a geral de direito finance
iro). O Decreto-lei n. 
1?5• d~ 1967. editado ao tempo da Constituição
 anterior, com outra reda-
çao, for também revogado'
'52. 
e R~
la~i~amente à incompatib
ilidade do Decreto-Lei n
. 195/67 com a 
onstrtu,çao c.le J 967 , t 
, . S 
, e ca egon co acha Calm
on Navarro Coelho : 
52 Bernardo Ribeiro de 
M . , . 
Forcn~e. p. 577_ 
or.ies. Compendio de di
re ito 1rib111ârio . Rio de 
Jane iro 
Comentários ao Código Tributá . . rio Nacional 
.. d ~ . .. . esde aquela época D . 
vema pennissa das opiniõe~ eºm ec.-Le1_ 195/67 tomou-se . 
N 
contrário incornp t' 
ada obstante, o Poder . . , . . - com a Constitui - a IVel -
ram recepcionadas pelas C J ud_1c1ano Já considerou qu çao de J 967"si 
· onstJtuiç- d e essas · 
peito, o seguinte julgado· oes e 67 e de 88 D normas fo_ 
.. • · estaque-s 
CONTRIBUIÇÃO DE e, ares-
GUIAS E SARJETAS - V MELHOR_IA - ASSENT 
DADE; CTN E DECRETO ~g~lZAÇAO DO IMÓVELAMENTo DE 
C "b . - . 195/67 - CF/8
8 - NECEss1 
ontn UJção de melh · - RECEPÇ - -· - · ona - Assenta AO 
ruc1p10 de Itaquaquecetuba

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