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Inovação e Gestão

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Prévia do material em texto

Indaial – 2022
e Gestão
Prof.ª Sheila Patrícia Ramos Beckhauser
1a Edição
Inovação
Elaboração:
Prof.ª Sheila Patrícia Ramos Beckhauser
Copyright © UNIASSELVI 2022
Revisão, Diagramação e Produção:
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
B396i
Beckhauser, Sheila Patrícia Ramos
 
 Inovação e gestão. / Sheila Patrícia Ramos Beckhauser – Indaial: 
UNIASSELVI, 2022.
 
 204 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-753-2
 ISBN Digital 978-65-5663-754-9
 
 1. Gestão da inovação. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo 
da Vinci.
 CDD 658.4062
Acadêmico, na Unidade 1, nós abordaremos os conceitos e definições de inovação, 
bem como os fundamentos da gestão da inovação. Nos últimos anos, podemos observar 
que o termo inovação virou uma palavra de moda, uma tábua de salvação para muitas 
organizações. Qualquer atividade ou ato novo ou diferente já vai sendo chamado de 
inovação. Porém, na medida em que você avança neste livro didático vai ver que inovação 
é bem mais que isso. Vamos ver também como ocorreu a evolução histórica do sistema 
de ciência e tecnologia e sua relação com a inovação. E ainda, vamos conhecer os tipos 
e níveis de inovação, bem como a diferença entre inovação fechada e inovação aberta.
Em seguida, na Unidade 2, estudaremos a inovação na prática. Veremos que não 
basta ter uma boa ideia, é preciso estruturá-la por meio de diversas ferramentas que 
contribuem para o desenvolvimento da jornada criativa. Vamos conhecer os elementos 
envolvidos na criação e desenvolvimento de novos produtos e serviços e as técnicas 
utilizadas para gerar ideias e estímulos para a inovação. Além disso, abordaremos o 
caminho trilhado para alcançar o direito de propriedade intelectual, bem como os 
seus principais tipos. O patenteamento, por exemplo, é a forma mais conhecida de 
propriedade intelectual, mas é apenas uma das várias maneiras de proteger uma ideia 
ou inovação. E ao fim desta unidade, veremos o que é transferência de tecnologia e os 
principais modelos existentes.
Por fim, na Unidade 3, aprenderemos como a inovação afeta e influencia as 
organizações, por meio do conhecimento e da aprendizagem organizacional. Vamos 
ver que as organizações possuem aspectos fundamentais relacionados a competência 
e habilidades desenvolvidas ao longo do tempo que são convertidas em geração de 
aprendizagem organizacional. Mas estas competências resultam de talentos coletivos 
ou indivíduos dentro de uma organização? Ou uma organização pode, por si mesma, 
ter conhecimento? O todo pode ser mais do que a soma das partes? Confira a resposta 
a estas questões nos tópicos abordados na Unidade 3. Acadêmico, veremos também, 
na Unidade 3, as principais características das organizações baseadas em inovação. E 
finalmente, estudaremos as políticas públicas de inovação no Brasil e alguns programas 
de incentivo à inovação existentes. 
Bom estudo!
Prof.ª Sheila Patrícia Ramos Beckhauser
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a 
você – e dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, a UNIASSELVI disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, um código que permite que você acesse um conteúdo 
interativo relacionado ao tema que está estudando. Para utilizar essa ferramenta, acesse 
as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar essa facilidade 
para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Você lembra dos UNIs?
Os UNIs eram blocos com informações adicionais – muitas 
vezes essenciais para o seu entendimento acadêmico 
como um todo. Agora, você conhecerá a GIO, que ajudará 
você a entender melhor o que são essas informações 
adicionais e por que poderá se beneficiar ao fazer a leitura 
dessas informações durante o estudo do livro. Ela trará 
informações adicionais e outras fontes de conhecimento que 
complementam o assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os 
acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. A partir 
de 2021, além de nossos livros estarem com um novo visual 
– com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a 
leitura –, prepare-se para uma jornada também digital, em que 
você pode acompanhar os recursos adicionais disponibilizados 
através dos QR Codes ao longo deste livro. O conteúdo 
continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada 
com uma nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo 
o espaço da página – o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por 
exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto 
de ações sobre o meio ambiente, apresenta também este 
livro no formato digital. Portanto, acadêmico, agora você tem a 
possibilidade de estudar com versatilidade nas telas do celular, 
tablet ou computador. 
Junto à chegada da GIO, preparamos também um novo 
layout. Diante disso, você verá frequentemente o novo visual 
adquirido. Todos esses ajustes foram pensados a partir de 
relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os 
materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, 
possa continuar os seus estudos com um material atualizado 
e de qualidade.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - FUNDAMENTOS DA INOVAÇÃO ....................................................................... 1
TÓPICO 1 - CONCEITUANDO A INOVAÇÃO ...........................................................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3
2 DEFINIÇÕES E PERSPECTIVA DA INOVAÇÃO ...................................................................3
3 FUNDAMENTOS DA GESTÃO DA INOVAÇÃO ................................................................... 12
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 22
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 23
TÓPICO 2 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
 E SUA RELAÇÃO COM A INOVAÇÃO ................................................................ 25
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 25
2 CIÊNCIA ............................................................................................................................ 25
3 TECNOLOGIA ................................................................................................................... 30
4 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO ..............................................................................33
RESUMO DO TÓPICO 2 .........................................................................................................37
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................. 38
TÓPICO 3 - TIPOS DE INOVAÇÃO ........................................................................................ 41
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 41
2 TIPOS E NÍVEIS DE INOVAÇÃO ........................................................................................ 41
3 INOVAÇÃO FECHADA E INOVAÇÃO ABERTA ..................................................................47
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................................ 54
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................................ 58
AUTOATIVIDADE ..................................................................................................................59
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 61
UNIDADE 2 — INOVAÇÃO NA PRÁTICA .............................................................................. 65
TÓPICO 1 — DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS E SERVIÇOS ............................67
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................67
2 A CRIAÇÃO DE NOVOS PRODUTOS E SERVIÇOS ............................................................67
3 MODELOS DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS ........................................... 77
4 TÉCNICAS PARA GERAR IDEIAS E ESTÍMULOS PARA A INOVAÇÃO ............................81
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................................ 90
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................. 91
TÓPICO 2 - PROPRIEDADE INTELECTUAL E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA .......... 93
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 93
2 A PROPRIEDADE INTELECTUAL ..................................................................................... 93
3 TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA E SEUS MODELOS ..................................................99
RESUMO DO TÓPICO 2 .......................................................................................................103
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................... 104
TÓPICO 3 - MEDIDAS DE INOVAÇÃO ................................................................................107
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................107
2 MENSURAÇÃO DO DESEMPENHO DA INOVAÇÃO ........................................................107
3 INDICADORES DE INOVAÇÃO ........................................................................................ 114
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................125
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................132
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................133
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................135
UNIDADE 3 — INOVAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES ..............................................................139
TÓPICO 1 — GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL ....................................... 141
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 141
2 CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL ............................................................................. 141
3 APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL .............................................................................150
RESUMO DO TÓPICO 1 .......................................................................................................158
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................159
TÓPICO 2 - ORGANIZAÇÕES INOVADORAS ..................................................................... 161
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 161
2 CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DE ORGANIZAÇÕES BASEADAS 
 EM INOVAÇÃO ................................................................................................................. 161
3 EXPLOITATION X EXPLORATION ....................................................................................171
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................... 174
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................ 175
TÓPICO 3 - POLÍTICAS PÚBLICAS E ELEMENTOS 
 DE INCENTIVO À INOVAÇÃO .......................................................................... 177
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 177
2 POLÍTICAS PÚBLICAS DE INOVAÇÃO NO BRASIL ........................................................ 177
3 PROGRAMAS DE INCENTIVO À INOVAÇÃO ...................................................................187
LEITURA COMPLEMENTAR ...............................................................................................195
RESUMO DO TÓPICO 3 .......................................................................................................198
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................199
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................201
1
UNIDADE 1 - 
FUNDAMENTOS 
DA INOVAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os conceitos e definições da inovação;
• entender os fundamentos da gestão da inovação;
• apreciar a evolução histórica do sistema de ciência e tecnologia;
• compreender a relação existente entre ciência, tecnologia e inovação;
• identificar os tipos de inovação.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará 
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – CONCEITUANDO A INOVAÇÃO
TÓPICO 2 – EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA E SUA 
RELAÇÃO COM A INOVAÇÃO
TÓPICO 3 – TIPOS DE INOVAÇÃO
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
CONCEITUANDO A INOVAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 1, abordaremos os conceitos de inovação, bem como os 
fundamentos da gestão da inovação. Destaca-se também a diferença entre invenção 
e inovação. Além disso, veremos algumas citações de importantes organizações no 
mundo sobre a inovação, conceitos dos principais autores da área de inovação e as 
vantagens estratégicas geradas pela inovação.
Veremos também os diferentes modelos conceituais de inovação. Dentre 
os modelos existentes destaca-se o modelo linear, o modelo simultâneo e o modelo 
interativo. Para as organizações é relevante conhecer os diferentesmodelos de inovação 
para que se possa escolher e aproveitar da melhor forma os recursos da organização e 
que estes sejam planejados e gerenciados de maneira efetiva e eficaz. 
Por fim, vamos ver as cinco gerações de inovações que surgiram ao longo do 
tempo sob influência das transformações econômicas mundiais. Desde 1960 até os 
anos 2000 podemos observar como as organizações foram evoluindo e se adaptando 
ao seu processo de inovação.
 
Vamos começar!
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
2 DEFINIÇÕES E PERSPECTIVA DA INOVAÇÃO 
Acadêmico, você sabe a diferença entre inovação e invenção? Essa dúvida 
confunde muitas pessoas. Embora a inovação seja considerada prima-irmã da invenção, 
as duas não podem ser confundidas. A inovação é um conceito amplo, que pode ser 
entendido de várias maneiras. Myers e Marquis (1969 apud TROTT, 2012) definem a 
inovação não como uma ação única, mas como um processo total de subprocessos 
inter-relacionados. Não é apenas a concepção de uma ideia nova, nem a invenção de 
um novo dispositivo, nem o desenvolvimento e um novo mercado. O processo consiste 
em todas essas coisas agindo de forma integrada. 
De acordo com Trott (2012), a maioria dos autores distingue inovação de invenção 
ao sugerir que a inovação se relaciona com a aplicação comercial e prática de ideias e 
invenções. Neste caso, a invenção é a concepção de ideias, enquanto a inovação é a 
subsequente tradução da invenção em economia, conforme equação a seguir:
Inovação = concepção teórica + invenção técnica + exploração comercial
4
Dessa forma, a inovação depende de invenções, mas as invenções precisam 
estar atreladas a atividades comerciais. A definição de inovação como um processo de 
gestão corrobora com esta afirmação quando estabelece que a inovação é a gestão de 
todas as atividades envolvidas no processo de geração de ideias, desenvolvimento de 
tecnologias, fabricação e marketing de um produto novo (ou aperfeiçoado) ou de um 
processo de fabricação ou equipamento (TROTT, 2012).
Foi em meio a luta pela sobrevivência que as primeiras inovações surgiram 
para facilitar a vida dos seres humanos. Essas criações estavam voltadas para auxílio 
da caça ou o cultivo, armazenagem e cozimento dos alimentos. Posteriormente, com 
o surgimento de sociedades mais complexas, estimulou-se o desenvolvimento de 
tecnologias, como, por exemplo, a metalurgia para o desenvolvimento do arado e o 
desenvolvimento de tijolos para a construção de silos para estocagem de grãos. 
A Figura 1 e a Figura 2 mostram as formas de preparação da terra para o plantio. 
Uma apresenta a preparação manual e outra, com o avanço das tecnologias e inovações, 
utiliza uma máquina na realização da tarefa.
FIGURA 1 – HOMEM NO CAMPO FIGURA 2 – MÁQUINAS NO CAMPO
FONTE: <https://bit.ly/3GtTydp>. Acesso em: 5 ago. 
2021.
FONTE: <https://bit.ly/3lNrUQx>. Acesso em: 5 ago. 
2021.
O aumento substancial da produtividade da agricultura levou ao surgimento e 
aplicação de novas tecnologias para garantir a não escassez de alimento no mundo. 
A necessidade de sobrevivência e expansão das civilizações são dois fatores que 
influenciaram a geração de inovação e ainda é elemento fundamental para garantir a 
competitividade das organizações (TAJRA; RIBEIRO, 2020).
5
QUADRO 1 – A INVENÇÃO DA COCA-COLA
Uma inovação depende de uma invenção
A invenção é a descoberta ou a criação de algo novo, decorrente de um estudo 
ou experimento. O inventor do xarope da Coca-Cola, o farmacêutico e coronel 
confederado, John Pemberton, ferido durante a Guerra Civil Americana, usava morfina 
para ajudar nas suas dores, substância na qual se viciou. Na busca por soluções 
alternativas, Pemberton começou a realizar experimentos com a folha de coca e a 
noz da cola, os dois princípios ativos do refrigerante. O resultado dessa busca foi a 
descoberta do xarope mais famoso do mundo. Adicionando água carbonatada num 
copo com o xarope, você tem a famosa bebida, que é vendida a 5 centavos de dólar 
o copo. No começo, era comercializada como uma bebida medicinal e só era possível 
encontrá-la nas farmácias. 
FONTE: Tajra e Ribeiro (2020, p. 16)
Tidd e Bessant (2015) afirmam que na realidade, algumas das maiores invenções 
do século XIX vieram de homens cujos nomes ninguém se lembra; muitos dos nomes 
que associamos às invenções são de empreendedores que as levaram a uso comercial. 
O aspirador de pó, por exemplo, que originalmente chamava-se varredor elétrico de 
sucção, foi inventado por um certo J. Murray Spengler. Ele abordou um fabricante local 
de artigos de couro que não entendia nada de aspiradores, mas que tinha uma boa ideia 
para comercializá-los e vendê-los – um tal de W. H. Hoover. Em inglês, os aspiradores 
também são chamados de hoovers, justamente porque a marca leva o nome do 
empreendedor W. H. Hoover, e não de seu inventor.
Tidd e Bessant (2015) destacam algumas citações de importantes organizações 
no mundo sobre a inovação, conforme apresentado no Quadro 2:
QUADRO 2 – INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
• “Temos o mais forte programa de inovação que consigo lembrar em minha carreira 
de 30 anos na P&G, e estamos investindo mais para impulsionar o crescimento 
em todo o nosso negócio” – Bob McDonald, CEO, Procter & Gamble.
• “Acreditamos em fazer a diferença. A Virgin se mantém por custo-benefício, 
qualidade, inovação, diversão e um senso de desafio competitivo. Fornecemos 
um serviço de qualidade, dando autonomia aos nossos funcionários, além de 
facilitar e monitorar o feedback dos consumidores para melhorar continuamente 
a experiência do cliente por meio da inovação” – Richard Branson, Virgin.
• “Adi Dassler tinha uma paixão clara, simples e inabalável por esportes. É por isso 
que, com o benefício de 50 anos de inovação contínua criada em seu espírito, 
continuamos na linha de frente da tecnologia” – Adidas, sobre seu futuro (www.
adidas.com).
• “Inovação é a nossa energia vital” – Siemens, sobre a inovação (www.siemens.com)
6
• “Estamos avaliando os principais líderes da GE baseados no quão imaginativos 
eles são. Os líderes imaginativos são aqueles que têm a coragem de financiar 
ideias novas, liderar equipes para descobrir ideias melhores e levar as pessoas a 
assumir riscos mais conscientes” – J. Immelt, presidente & CEO, General Electric.
• “A inovação distingue um líder de um seguidor” – Steve Jobs, Apple
• “A habilidade da John Deere de continuar inventando novos produtos que sejam 
úteis para os clientes ainda é a chave para o crescimento da empresa” – Robert 
Lane, CEO, John Deere
• “Só os paranoicos sobrevivem!” – Andy Grove, Intel.
FONTE: Tidd e Bessant (2015, p. 6).
Conforme observado no Quadro 2, o sucesso das organizações se deve, em 
grande parte, à inovação. Vejamos no Quadro 3 alguns conceitos de autores do que 
venha a ser inovação:
QUADRO 3 – CONCEITOS DE INOVAÇÃO
Autores Conceito
Schumpeter (1982) Inovações geralmente representam uma melhoria em que os 
resultados vão além da introdução do produto no mercado, 
impactando no desempenho da organização que a detém. 
O autor considera a inovação como “destruição criativa”, 
em que o empreendedor destrói produtos ou métodos de 
produção a partir de outras novas soluções.
Damapour (1991) Inovação envolve a geração, o desenvolvimento e a 
implementação de novas ideias e/ou comportamentos, 
frequentemente causando mudanças em termos 
organizacionais e contribuindo para o desempenho.
Amabile et al. (1996) Definem a inovação organizacional como o sucesso da 
implementação de novas e criativas ideias.
Ahmed (1998) Classifica a inovação como um processo complexo, 
entretanto, fundamental para o sucesso organizacional, não 
sendo facilmente gerenciado.
Calantone, Cavusgil e 
Zhao (2002)
Inovação é considerada a geração, aceitação e 
implementação de novas ideias, processos, produtos ou 
serviços.
Garcia e Calantone 
(2002)
Identificaram formas de inovação, podendo ocorrer para 
o mundo, para a indústria, para a comunidade científica, 
para o mercado, para a empresa e para oconsumidor. Para 
que a inovação seja eficaz é prudente que as organizações 
estabeleçam normas, rotinas e crenças que auxiliem a 
prática da inovação.
7
Hult, Hurley e Knight 
(2004)
A inovação compreende a introdução de novos processos, 
produtos ou ideias em uma organização.
OCDE (2004) Caracteriza inovação em processo como “[...] a 
implementação de um método de produção ou distribuição 
novo ou significativamente melhorado”.
Alegre e Chiva (2009) Considerar algo como inovador implica duas condições, 
caracterizadas como a novidade e o uso. Essas duas 
condições caminham juntas. Em outras palavras, significa 
alocar a invenção em prática, seja ela uma descoberta, novo 
produto ou técnica de produção, quando colocada em uso 
ou, quando torna-se um sucesso comercial.
FONTE: A autora
Como se vê, há muito tempo discute-se a inovação na literatura. Historiadores 
econômicos do século XIX observaram que a aceleração do crescimento econômico foi 
resultante de progresso tecnológico. Schumpeter foi um dos primeiros economistas que 
enfatizaram a importância de novos produtos como estímulo ao crescimento econômico. 
Para Schumpeter, a concorrência determinada por novos produtos era bem mais importante 
que as alterações em margens de preços de produtos já existentes (TROTT, 2012).
De acordo com Tidd e Bessand (2015), a inovação é mais do que ter boas 
ideias; é o processo de fazê-las evoluir a ponto de terem um uso prático. Para Tidd 
e Bessand (2015, p. 18), “as definições acerca de inovação podem variar na teoria, 
mas todas ressaltam a necessidade de completar os aspectos de desenvolvimento e 
de aprofundamento de novos conhecimentos, não somente de sua invenção”. Veja o 
exemplo da Ford, uma ideia aparentemente boa, mas que fracassou.
Em 1952, os engenheiros da Ford começaram a trabalhar em um novo carro 
para fazer frente aos modelos de médio porte oferecidos pela GM e pela Chrysler: o 
carro “E”. Depois de uma pesquisa exaustiva por um nome, que envolveu mais de vinte 
mil sugestões, o carro foi finalmente batizado de Edsel Ford, o nome do único filho de 
Henry Ford. Não foi um sucesso; quando os primeiros Edsels finalmente saíram da linha 
de montagem, a Ford precisou gastar cerca de dez mil dólares por carro (quase o dobro 
do custo do veículo) para torná-lo vendável. O plano publicitário era mandar 75 Edsels 
no mesmo dia para concessionárias locais; durante o evento, a empresa só conseguiu 
mandar 68 deles, e, em um espaço televisivo, ao vivo o carro não deu a partida. Esses 
foram apenas os problemas iniciais; em 1958, a indiferença do consumidor pelo modelo 
e a preocupação por sua reputação levou a empresa abandonar o carro – a um custo de 
450 milhões de dólares e 110.847 Edsels (TIDD; BESSAND, 2015, p. 21).
8
Atualmente, a ideia de inovação é amplamente aceita. Embora, durante os 
primeiros anos do século XIX, as organizações manufatureiras eram, em grande parte, de 
caráter familiar e concentravam seus recursos em uma única atividade. A expansão das 
atividades de manufatura foi igualada ao aumento das atividades administrativas das 
organizações e a inovação passou a ser discutida também no contexto organizacional, 
sendo associada a grupos de pessoas. 
Afinal, a criação, o desenvolvimento e o sucesso comercial de ideias novas 
exigem conhecimento. Os indivíduos são um componente-chave do processo de 
inovação. Dentro das organizações, são eles quem definem problemas, têm ideias e 
criam vínculos e associações criativas que levam a invenções (TROTT, 2012).
Para Tidd e Bessant (2015) a inovação é: 
A inovação é mais do que simplesmente ter boas ideias; é o processo de fazê-
las evoluir a ponto de terem um uso prático. As definições acerca de inovação podem 
variar na teoria, mas todas ressaltam a necessidade de completar os aspectos de 
desenvolvimento e de aprofundamento de novos conhecimentos, não somente de sua 
invenção (TIDD; BESSANT, 2015, p. 18).
Trott (2012) apresenta a figura do panorama do processo de inovação, conforme 
você pode ver a seguir:
FIGURA 3 – PANORAMA DO PROCESSO DE INOVAÇÃO
FONTE: Trott (2012, p. 9)
9
A Figura 3 reconhece que as organizações estabelecem relacionamento entre si 
para comercializar, competir e cooperar umas com as outras. Além disso, as atividades 
de indivíduos dentro da organização também afetam o processo de inovação. Embora 
tenhamos um panorama do processo de inovação, é importante destacar que, conforme 
a perspectiva schumpeteriana, as organizações são diferentes e a maneira como cada 
uma administra seus recursos ao longo do tempo e desenvolve as suas capacidades é 
que vai influenciar seu desempenho de inovação. 
No entanto, Tidd e Bessant (2015) destacam que as vantagens geradas pelas 
inovações se tornam obsoletas quando a concorrência consegue imitar a inovação:
É importante ressaltarmos que as vantagens geradas por essas 
medidas inovadoras perdem seu poder competitivo à medida que 
outros as imitam. A menos que a organização seja capaz de progredir 
para uma inovação ainda maior, arrisca-se a ficar para trás, já que 
os demais tomam a liderança ao mudarem ofertas, processos 
operacionais ou modelos que orientam seus negócios (TIDD; 
BESSANT, 2015, p. 10).
Logo, pode observar-se que a inovação influencia o poder competitivo das 
organizações. A verdade é que a chave para se criar – e manter – vantagem competitiva 
tende a pertencer àquelas organizações que inovam continuamente. Tidd e Bessant 
(20015) indicam algumas das formas como as empresas podem obter vantagem 
estratégica pela inovação, conforme apresentado no Quadro 4.
QUADRO 4 – VANTAGENS ESTRATÉGICAS GERADAS PELA INOVAÇÃO
Mecanismo Vantagem estratégica Exemplos
Novidade na 
oferta de produto 
ou serviço.
Oferecer algo que ninguém 
mais consegue.
Introduzir o(a) primeiro(a)... Wa-
lkman, telefone celular, caneta 
esferográfica, câmera, lavadora 
de pratos, atendimento ban-
cário por telefone, sistema de 
vendas on-line etc. no merca-
do mundial.
Novidade no 
processo.
Oferecer algo de uma forma 
que os outros não conseguem 
imitar – mais rápido, mais bara-
to, mais personalizado etc.
O processo de vidro laminado 
da Pilkington, o processo de fa-
bricação de aço da Bessemer, 
o Internet banking, a venda de 
livros on-line etc.
10
Complexidade.
Oferecer algo que os outros 
têm dificuldade em dominar.
Rolls-Royce e motores para 
aviação – apenas um restrito 
grupo de concorrentes domina 
o complexo processo de fabri-
cação e metalurgia neles en-
volvido.
Proteção legal 
de propriedade 
intelectual.
Oferecer algo que os outros 
não conseguem, a menos que 
paguem licença ou outra taxa.
Drogas populares como Zantac, 
Prozac, Viagra etc.
Acréscimo/ 
ampliação de 
alcance de fatores 
competitivos.
Alterar a base de concorrência 
– por exemplo, de preço 
do produto para preço e 
qualidade, ou preço, qualidade, 
variedade etc.
A indústria automobilística ja-
ponesa, que sistematicamente 
alterou a agenda competitiva 
de preço para qualidade, flexi-
bilidade e variedade, redução 
de tempo entre o lançamento 
de novos modelos e assim por 
diante – oferecendo-os juntos, 
sem substituir um pelo outro.
Tempo/
oportunidade.
Vantagem de ser o primeiro a 
entrar – ser o primeiro pode 
valer uma fatia de mercado 
significativa para novos 
produtos.
Vantagem de seguidor 
rápido – algumas vezes, ser 
o primeiro significa encontrar 
muitas dificuldades iniciais 
inesperadas, o que torna mais 
sensata a postura de observar 
alguém que comete os erros 
iniciais e passar rapidamente 
para um produto mais 
avançado.
Amazon.com, Google – outros 
podem surgir, mas a vantagem 
permanece com os primeiros a 
entrar.
Computadores de mão (PDAs), 
que capturaram uma fatia sig-
nificativa e crescente do mer-
cado para depois verem sua 
funcionalidade serem absorvi-
da pelos telefones celulares e 
tablets. Na realidade, seu con-
ceito e design já haviam sido 
articulados no malsucedido.
Newton, da Apple, cerca de 
cinco anos antes, mas pro-
blemas com a programaçãoe 
principalmente com o reco-
nhecimento da escrita manual 
levaram ao fracasso.
11
Desenvolvimento 
robusto/de 
plataforma.
Oferecer um produto que é 
a base sobre a qual outras 
variações e gerações podem 
ser construídas.
A arquitetura do Walkman – 
na forma de minidiscos, CDs, 
DVDs e MP3; o Boeing 737 – 
com mais de 50 anos, seu mo-
delo ainda é copiado e adap-
tado para atender a diversos 
usuários.
– Um dos aviões de maior su-
cesso de vendas no mundo; a 
Intel e a AMD, com as diferen-
tes variações de suas famílias 
de microprocessadores.
Reescritura de 
regras.
Oferecer algo que represente 
um conceito de processo ou 
produto absolutamente novo 
– uma forma diferente de fazer 
as coisas – e que torna as 
antigas formas redundantes.
Máquinas de escrever versus 
processadores de texto para 
computador; gelo versus re-
frigeradores; lampiões versus 
lâmpadas elétricas.
Reconfiguração 
das partes do 
processo
Recriar a forma na qual as 
partes do sistema interagem 
– por exemplo, construir redes 
mais eficientes, terceirizar 
e coordenar uma empresa 
virtual etc.
Zara ou Benetton, na indústria 
de vestuário; Dell, no ramo de 
computadores; Toyota, na sua 
estratégia de cadeias de forne-
cimento.
Transferência 
através de 
diferentes 
contextos de 
aplicação.
Recombinar os elementos 
já conhecidos em mercados 
diferentes.
Rodas de policarbonato trans-
feridas, em sua aplicação de 
mercado, de malas de rodinhas 
para brinquedos infantis, como 
no caso de patinetes leves.
12
Outros?
A inovação depende, em 
grande parte, de nossa 
capacidade de encontrar 
novas maneiras de fazer as 
coisas, bem como de obter 
vantagem estratégica – 
dessa forma, haverá novas 
oportunidades para ganhar e 
manter a vantagem.
Napster. Essa empresa come-
çou desenvolvendo programas 
que permitiam que os aficio-
nados por música trocassem 
suas canções favoritas via In-
ternet. Mesmo que o Napster 
tenha sofrido com questões 
legais, seus seguidores desen-
volveram um negócio de gran-
des proporções, baseado em 
downloading e compartilha-
mento de arquivos. As experi-
ências de uma dessas empre-
sas – Kazaa – proporcionaram 
a plataforma para o sucesso da 
telefonia via internet, e a em-
presa que se estabeleceu com 
esse conhecimento – Skype 
– foi vendida para a eBay por 
$2,6 bilhões e, depois, para a 
Microsoft por $8,5 bilhões.
FONTE: Tidd e Bessant (2015, p. 14-16)
Como vimos no Quadro 4, a inovação pode gerar vantagens competitivas para as 
organizações de diferentes maneiras. No entanto, embora a inovação seja cada vez mais 
vista como uma maneira importante de assegurar vantagem competitiva e uma maneira 
mais segura de defender posições estratégicas, o sucesso não é sempre garantido.
A história da inovação de processos e produtos está cheia de exemplos de ideias 
aparentemente boas que falharam. Na próxima seção, vamos abordas os fundamentos 
da gestão da inovação e modelos ou gerações de inovação. Vamos lá!
3 FUNDAMENTOS DA GESTÃO DA INOVAÇÃO 
A inovação centra-se em duas escolas de pensamento. De um lado, temos a escola 
do determinismo social, que afirma que as inovações resultavam de uma combinação 
de fatores e influências sociais e externas, como mudanças demográficas, econômicas 
ou culturais. Argumenta-se que, quando as condições eram adequadas, as inovações 
ocorriam. De outro lado, temos a escola individualista, que afirma que as inovações 
resultam de talentos individuais únicos que nascem predestinados (TROTT, 2012).
13
Nos últimos anos, a literatura sobre o que orienta a inovação se divide em 
duas escolas: a visão baseada no mercado e a visão baseada nos recursos. A primeira 
afirma que as condições de mercado fornecem o contexto que facilita ou restringe a 
extensão da atividade de inovação das organizações, reconhecendo as oportunidades 
de mercado. 
A segunda, considera que são os recursos internos da organização que 
garantem um contexto mais estável e permite desenvolver a atividade de inovação. 
A visão baseada em recursos considera a organização e seus recursos, capacidades e 
habilidades internas. 
Carvalho, Reis e Cavalcante (2011) afirmam que a organização precisa conhecer 
os diferentes modelos de inovação que existem para que possa escolher o que 
considera mais adequado a sua realidade. E assim, aproveitar da melhor forma seus 
recursos, quaisquer que sejam eles: humanos, infraestrutura, financeiro, dentre outros, 
para gerenciar o processo de inovação no dia a dia. Dessa forma, torna-se essencial 
compreender os modelos de inovação, para que seu planejamento e gerenciamento 
sejam realizados de forma efetiva.
Dentre os modelos existentes, Trott (2012) destaca o modelo linear, modelo 
simultâneo e o modelo interativo. Os modelos lineares surgiram após a Segunda Guerra 
Mundial, por volta de 1940, por economistas norte-americanos que defenderam o 
modelo linear de ciência e inovação. 
O reconhecimento de que a inovação ocorre por meio da interação entre base 
científica, desenvolvimento tecnológico e necessidades de mercado foi significativo e 
constitui a base dos modelos de inovação até hoje, resultando na Figura 4 que apresenta 
a estrutura conceitual da inovação. 
FIGURA 4 – ESTRUTURA CONCEITUAL DA INOVAÇÃO
FONTE: Trott (2012, p. 23)
No modelo linear, o processo de inovação é tradicionalmente visto como uma 
sequência de estágios que podem ser separados. Existem aqui duas variações. Uma 
apresenta o modelo orientado pela tecnologia onde os cientistas realizam descobertas 
inesperadas, sendo o mercado um receptor passivo. 
14
E outro modelo em que o mercado influencia o processo de inovação. Esse 
modelo, voltado para a necessidade do consumidor, enfatiza o papel do marketing 
como um iniciador de novas ideias que são levadas ao departamento de Pesquisa e 
Desenvolvimento (P&D) e posteriormente a fabricação. A Figura 5 apresenta os dois 
modelos lineares.
FIGURA 5 – MODELOS LINEARES DE INOVAÇÃO
FONTE: Trott (2012, p. 24)
O modelo linear é apenas capaz de oferecer uma explicação de onde provém 
o estimulo inicial para a inovação em vez de se concentrar em como as inovações 
ocorrem. Já o modelo simultâneo sugere que a inovação é resultado de uma conexão 
simultânea de conhecimento nas três funções que desenvolverá a inovação. Além 
disso, esse modelo considera que o ponto de início para a inovação não é conhecido de 
antemão. A Figura 6 mostra como o modelo interage.
FIGURA 6 – MODELO SIMULTÂNEO
FONTE: Trott (2012, p. 24)
15
Já o modelo interativo enfatiza que as inovações são resultado da interação entre 
mercado, base científica e capacidade da organização, conforme apresenta a Figura 7. 
Esse modelo também não considera que existe ponto de partida explicito para a inovação.
FIGURA 7 – MODELO INTERATIVO DE INOVAÇÃO
FONTE: Trott (2012, p. 25)
O processo de inovação do modelo interativo representa as capacidades da 
organização e seus vínculos tanto com o mercado quanto com a base científica. No 
centro do modelo interativo da Figura 7 estão as funções organizacionais de P&E, 
engenharia e design, fabricação e marketing e vendas. Embora à primeira vista possa 
parecer um modelo linear, o fluxo de comunicação não é necessariamente assim, 
pois há previsão de retorno de informação. Os vínculos com a base científica e com o 
mercado ocorrem entre todas as funções. A geração de ideias é apresentada como algo 
dependente de inserções a partir dos três componentes básicos que são a capacidade 
de organização, necessidades do mercado e base científica e tecnológica (TROTT, 2012). 
A inovação não é um acontecimento único, mas resultado de uma série de 
atividades que estão ligadas de algum modo. Para Kelly e Kranzberg (1978) a inovação 
pode ser descrita como um processo que envolve:
• uma resposta tanto a uma necessidade quanto a uma oportunidade que é dependente 
do contexto;
• um esforço criativo que, se bem-sucedido, resulta na introdução do novo;
• a necessidade de mais mudanças. 
Além desses três modelos apresentados existemoutros. Trott (2012), baseado 
em Rothwell (1992), apresenta alguns dos modelos de inovação que foram desenvolvidos. 
Veja no Quadro 5. 
16
QUADRO 5 – DESENVOLVIMENTO CRONOLÓGICO DOS MODELOS DE INOVAÇÃO
Data Modelo Características 
1950/60 Impulso tecnológico 
Processo sequencial linear simples; ênfase em 
P&D; o mercado é receptor dos produtos de P&D.
1970
Demanda de 
mercado 
Processo sequencial linear simples; ênfase em 
marketing; o mercado é uma fonte para direcionar 
P&D; P&D tem um papel reativo. 
1980 Modelo simultâneo Ênfase na integração de P&D e marketing. 
1980/90 Modelo interativo Combinações de impulso e demanda. 
1990 Modelo de rede 
Ênfase em acumulação de conhecimento e 
vínculos externos.
2000 Inovação aberta
Ênfase de Chesbrough (2003) em mais 
externalização do processo de inovação em 
termos de vínculos com fontes de conhecimento 
e cooperação para explorar resultados de 
conhecimento.
FONTE: Trott (2012, p. 26)
Os diferentes modelos apresentados no Quadro 5 são marcados por diferentes 
modelos conceituais, sob influência das transformações econômicas mundiais. Rothwell 
(1994) descreveu as cinco gerações ou modelos da inovação, a partir de um recorte 
histórico de 40 anos. A primeira geração de inovação ocorreu nos anos de 1950 e parte 
de 1960. O marco dessa geração foi desenvolvimento do processo de inovação de forma 
linear, conforme a Figura 8.
FIGURA 8 – PRIMEIRA GERAÇÃO DE INOVAÇÃO
FONTE: Rothwell (1994, p. 8)
O modelo da primeira geração de inovação era visto como empurrado pela 
tecnologia, já que não estava diretamente preocupado com as demandas de mercado e 
resultava unicamente da pesquisa e desenvolvimento.
A segunda geração de inovação ocorreu no final dos anos de 1960 e 1970. Nesta 
época havia um maior acirramento da competição e maior dificuldade para desenvolver 
novas tecnologias. O foco na criação de novos produtos deu lugar ao processo de 
análise da demanda e otimização dos recursos existentes, resultando na redução de 
recursos destinados à pesquisa e desenvolvimento e descentralização para outros 
departamentos da empresa. A Figura 9 ilustra a segunda geração de inovação.
17
FIGURA 9 – SEGUNDA GERAÇÃO DE INOVAÇÃO
FONTE: Rothwell (1994, p. 9)
Na segunda geração, o processo de inovação seguia na mesma direção linear, 
porém no sentido inverso. A ênfase passou a ser dada ao mercado e a pesquisa e 
desenvolvimento começou a considerá-lo como uma fonte de ideias e de necessidades. 
A terceira geração de inovação ocorreu entre 1970 e 1980, período em que as 
organizações foram forçadas a adotar estratégias de consolidação e racionalização. 
O processo de inovação apresentava uma rede complexa de vias de comunicação, 
tanto intraorganizacional e extraorganizacional, apresentando ainda uma confluência 
de capacidades tecnológicas e necessidades do mercado. A Figura 10 ilustra a terceira 
geração de inovação.
FIGURA 10 – TERCEIRA GERAÇÃO DE INOVAÇÃO
FONTE: Rothwell (1994, p. 10)
Na terceira geração, os investimentos em inovação passaram a ser 
cuidadosamente estudados para evitar perdas, sendo estabelecidos em função dos 
objetivos estratégicos das organizações.
A quarta geração ocorreu entre 1980 e 1990 e teve a influência das empresas 
japonesas, cujo destaque envolveu a integração e desenvolvimento paralelo dentro de 
uma perspectiva de ocorrerem projetos simultâneas em vez de sequencialmente. A 
Figura 11 ilustra a quarta geração de inovação. 
18
FIGURA 11 – QUARTA GERAÇÃO DE INOVAÇÃO
FONTE: Rothwell (1994, p. 12)
Na quarta geração, a recuperação econômica do início da década de 1980 
trouxe um novo enfoque na estratégia de produção. Surgiu uma nova geração de 
equipamentos, atrelados à tecnologia de informação, e o ciclo de vida dos produtos 
tornava-se cada vez menor, fazendo com que a velocidade de seu desenvolvimento se 
tornasse um fator de competição.
A quinta geração de inovação ocorreu a partir de 1980 e caracteriza-se pela 
velocidade no desenvolvimento e eficiência de uma inovação em resposta ao mercado 
que podem ser implementados por meio de vinte e quatro fatores. Na quinta geração, 
a organização, a tecnologia, o desenvolvimento de produtos líderes inovadores, 
representam um processo de integração de sistemas e rede. A Figura 12 ilustra a quinta 
geração de inovação.
FIGURA 12 – QUINTA GERAÇÃO DE INOVAÇÃO
FONTE: Rothwell (1994, p. 27)
19
No modelo de inovação na quinta geração o processo de inovação passou a 
ser o resultado de uma ação conjunta e cooperada entre diversos atores internos e 
externos às organizações, como empresas, fornecedores, clientes e outras instituições 
de caráter público ou privado, representando a rede de inovação. O modelo de inovação 
aberta será apresentado no Tópico 3.
DICA
Acadêmico, para complementar seu conhecimento sobre os modelos de 
gestão da inovação sugere-se a leitura do artigo “Modelos para a gestão 
da inovação: revisão e análise da literatura”, de autoria de Débora Oliveira 
da Silva, Raoni Barros Bagno e Mario Sergio Salerno. O artigo científico 
apresenta um levantamento bibliográfico dos modelos de gestão da 
inovação realizado a partir de buscas em bases de dados acadêmicos, 
identificação dos modelos clássicos através do número de citações e 
livros do acervo de universidades brasileiras. A partir de tal levantamento 
se conduz uma análise crítica e comparativa de vários modelos de gestão 
da inovação. O estudo está disponível em: https://www.scielo.br/j/prod/a/
6DSt9LQRVGHcKLHpfbSsrfR/?format=pdf&lang=ptf. Confira! 
A inovação é algo bastante complexo e envolve a gestão eficiente de diferentes 
atividades. Neste sentido, existe ainda um modelo que ajuda a ilustrar a inovação como 
um processo de gestão. Este modelo pode é apresentado na Figura 13.
FIGURA 13 – INOVAÇÃO COMO PROCESSO DE GESTÃO
FONTE: Trott (2012, p. 28)
https://www.scielo.br/j/prod/a/6DSt9LQRVGHcKLHpfbSsrfR/?format=pdf&lang=ptf
https://www.scielo.br/j/prod/a/6DSt9LQRVGHcKLHpfbSsrfR/?format=pdf&lang=ptf
20
O modelo não pretende ter qualquer status analítico; é apenas um auxílio na 
descrição dos principais fatores que precisam ser considerados na administração da 
inovação. 
Ele ajuda a mostrar as interações de funções dentro da organização são tão 
importantes quanto as interações dessas funções com o ambiente externo. Cientistas 
e engenheiros de dentro da empresa estarão continuamente interagindo com colegas 
cientistas de universidades e de outras empresas sobre desenvolvimento científicos 
e tecnológicos. Do mesmo modo, a função de marketing precisará interagir com 
fornecedores, distribuidores, clientes e concorrentes, a fim de assegurar que as 
atividades cotidianas de reconhecimento das necessidades dos clientes e de entrega 
dos produtos a eles sejam atingidas. Os planejadores de negócios e a alta administração 
também entrarão em contato com uma ampla variedade de empresas e outras 
instituições externas, como departamentos governamentais, fornecedores e clientes. 
Todos esses fluxos de informação contribuem para a riqueza do conhecimento agregado 
pela organização (TROTT, 2012, p. 28). 
Reconhecer todos os elementos que constam na Figura 13, apresentar e utilizá-
los para desenvolver novos produtos constitui o difícil processo de gestão da inovação. 
Tidd e Bessand (2015) apresentam uma visão da inovação como processo 
central de renovação dentro de uma organização – reciclando sua oferta ao mercado e 
a maneira de criar e disponibilizar essa oferta. Neste sentido, os autores apresentam um 
modelo de processo de inovação conforme ilustra a Figura 14. 
FIGURA 14 – UM MODELO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO
FONTE: Tidd e Bessand (2015, p. 56)
21
No modelo apresentado na Figura 14, a inovação é uma atividade genérica, 
associada à sobrevivência e ao crescimento da organização. O processo envolve:
• Busca – analisar o cenário (interno e externo) à procura de ameaças e oportunidades 
para a mudança.
• Seleção – decidir quais desses sinais responder, levando em consideraçãouma visão 
estratégica de como uma organização pode se desenvolver melhor. 
• Implementação – traduzir o potencial da ideia inicial em algo novo e lançar em um 
mercado interno ou externo. 
• Captura de valor por meio da inovação – feita tanto em termos de adoção sustentável 
e difusão quanto em relação ao aprendizado com a progressão ao longo ciclo, de 
maneira que a organização possa construir sua base de conhecimento e melhorar as 
formas como o processo é gerido.
Tidd e Bessand (2015) afirmam que o desafio enfrentado por toda organização 
é testar e procurar formas de gerenciar o processo que sejam uma boa solução para o 
problema de renovação. 
Circunstâncias diferentes levam a soluções variadas – grandes 
empresas ligadas ao campo científico, como as do setor farmacêutico, 
por exemplo, tendem a criar soluções que envolvem atividades 
intensas em torno de P&D formal, pesquisa de patentes etc., 
enquanto pequenas empreiteiras de mão de obra estarão voltadas 
para a aceleração da capacidade de implementação. Os varejistas 
podem apresentar atividades de P&D relativamente pequenas no 
sentido formal, mas buscam avaliar o cenário a fim de identificar 
as novas tendências e tendem a empregar muitos recursos em 
marketing (TIDD; BESSAND, 2015, p. 56).
Apesar de todas essas variações, o padrão básico das fases da inovação 
permanece constante. Para Tidd e Bessand (2015) a questão central da inovação é que 
ela pode ser aprendida, adaptada e moldada conforme a realidade de cada organização:
É central à nossa visão a gestão da inovação é uma capacidade 
que pode ser aprendida. Embora haja fatores comuns a serem 
confrontados e um conjunto convergente de receitas para lidar 
com eles, cada empresa deve encontrar a sua própria solução e 
desenvolvê-la dentro do próprio contexto. Simplesmente copiar 
ideias de outros não parece ser suficiente; elas devem ser adaptadas 
e moldadas para se adequarem a circunstâncias específicas (TIDD; 
BESSAND, 2015, p. 56).
As inovações variam em escala, natureza, grau de novidades, entre outros, 
assim como variam as organizações inovadoras. No entanto, em todas as circunstâncias 
e organizações ocorre o mesmo processo básico de inovação. 
No próximo tópico, nós veremos como a ciência e a tecnologia se relacionam 
com a inovação. Vamos lá!
22
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A invenção representa a concepção de ideias. A inovação representa a aplicação 
comercial e prática de ideias e invenções. 
• Primeiramente, a necessidade de sobrevivência e expansão das civilizações 
influenciaram a geração de inovação. Com o advento da revolução industrial e 
aumento da competitividade, as organizações buscam inovar continuamente. 
• As organizações investem em inovações para manutenção de sua sobrevivência, 
desenvolvimento e obtenção de vantagem competitiva. 
• A inovação pode gerar diversas vantagens estratégicas pela inovação, como: novidade 
na oferta de produtos e serviços, novidade no processo, complexidade, proteção legal 
de propriedade intelectual, acréscimo/ampliação de alcance de fatores competitivos, 
tempo/oportunidade, entre outros. 
• Existem diferentes modelos de inovação, dentre eles destaca-se o modelo linear, 
simultâneo e o modelo interativo.
• O modelo que sugere que a inovação ocorre por meio da interação entre base 
cientifica, desenvolvimento tecnológico e necessidades de mercado constitui a base 
dos modelos de inovação.
• Rothwell (1994) descreveu cinco gerações de inovação. As diferentes gerações são 
marcadas principalmente pela influência das transformações econômicas mundiais 
vividas em cada época.
• Tidd e Bessand (2015) apresentam um modelo do processo de inovação. Os autores 
destacam que a inovação resulta do processo de busca, seleção, implementação e 
captura de valor.
RESUMO DO TÓPICO 1
23
1 Discute-se a inovação há algum tempo na literatura e muitos autores apresentam o 
conceito de inovação. Hoje a ideia de inovação é largamente aceita. Sobre a inovação, 
assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) A inovação surgiu em organizações manufatureiras de caráter familiar.
b) ( ) A inovação passou a ser discutida somente a partir expansão das atividades de 
manufatura.
c) ( ) Os individuas são um componente-chave do processo de inovação.
d) ( ) Inovar significa apenas ter boas ideias.
2 Schumpeter (1982) afirma que as organizações são diferentes e a maneira como cada 
uma administra seus recursos ao longo do tempo e desenvolve as suas capacidades 
é que vai influenciar seu desempeno de inovação. Sobre as vantagens estratégicas 
geradas pela inovação para a organização, analise as sentenças a seguir:
FONTE: SCHUMPETER, J. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, 
crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
I- A inovação gera a vantagem estratégica de oferecer algo que outros tem dificuldades 
de dominar por meio da complexidade. 
II- A inovação gera a vantagem de oferecer algo ninguém mais consegue por meio de 
uma novidade na oferta de produto ou serviço.
III- A inovação gera a vantagem de recombinar os elementos já conhecidos em 
mercados diferentes por meio da reconfiguração das partes do processo.
 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 Ao longo dos anos surgiram diferentes modelos de inovação. É importante que a 
organização conheça os diferentes modelos para que possa escolher o que considera 
o mais adequado a sua realidade. Considerando os diferentes modelos de inovação 
existentes, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) O modelo linear representa a sequência de estágio a serem realizados no processo 
de inovação. 
( ) O modelo simultâneo representa a conexão simultânea de conhecimento na função 
de P&D, fabricação e marketing responsável por desenvolver a inovação.
AUTOATIVIDADE
24
( ) O modelo interativo enfatiza que a inovação é resultado da inovação entre mercado, 
base científica, capacidade da organização e marketing.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – V – F.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 Rothwell (1994) afirma que a inovação é marcada por cinco gerações. Essa constatação 
foi resultado de uma análise em um recorte histórico de 40 anos. A diferentes gerações 
de inovação foram marcados principalmente pelas transformações econômicas 
mundiais ocorridas. Disserte sobre as cinco gerações de inovação.
FONTE: ROTHWELL, R. Towards the fifth-generation innovation process. International Marketing Review. [s. 
l.], v. 11, n. 1, p. 7-31, 1994. 
5 Tidd e Bessand (2015) apresentam uma visão de inovação como processo central 
de renovação dentro da organização. Para os autores, a inovação é uma atividade 
genérica, associada a sobrevivência e ao crescimento da organização. Disserte sobre 
os processos do modelo de inovação de Tidd e Bessand (2015).
FONTE: TIDD, J.; BESSANT, J. Gestão da inovação. 5. ed. Bookman Editora, 2015.
25
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SISTEMA DE 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA E SUA RELAÇÃO
 COM A INOVAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 2, abordaremos a ciência e sua evolução histórica. 
Veremos a diferença entre conhecimento popular e ciência, bem como os diferentes 
tipos de conhecimento existentes. 
Vamos ver que a tecnologia sempre existiu. No entanto, nos últimos anos com o 
avanço tecnológico, das indústrias e a mudança e o aumento de consumo, as tecnologias 
deram um salto e ficaram em evidência. As organizações precisam de tecnologia e para 
se manterem atualizadas e inovadoras se quiserem ter vantagem competitiva frente à 
concorrência. É uma questão de sobrevivência. 
E, por fim, vamos ver que existe uma relação entre ciência, tecnologia e inovação. 
A ciência representa o conhecimento formulado e sistemático.A tecnologia representa 
a aplicação da ciência que resulta em inovações. No Brasil foram criados órgãos 
importantes para a consolidação de uma estrutura de Ciência, Tecnologia e Inovação. 
E com isso, estimulando os programas de pesquisa, instrumentos de financiamento, 
instituições, legislações e a dinâmica de geração de conhecimento e de inovação no 
campo científico que impactam nas organizações e na vida da sociedade.
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
2 CIÊNCIA
A palavra ciência pode ser entendida em duas dimensões inseparáveis: a 
compreensiva (contextual ou de conteúdo) e a metodológica (operacional), abrangendo 
tanto aspectos lógicos quanto técnicos. O aspecto lógico da ciência conceitua-se como 
método de raciocínio e inferência de fenômenos já conhecidos ou a serem investigados. 
A logicidade da ciência manifesta-se por meio de procedimentos e operações 
intelectuais que: possibilitam a observação racional e controlam os fatos; permitem a 
interpretação e explicação adequadas de um fenômeno; contribuem para a verificação 
de um fenômeno; e fundamentam os princípios da generalização ou estabelecimento 
de princípios e leis. 
Os aspectos técnicos caracterizam-se pelos processos de manipulação dos 
fenômenos que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar. Os aspectos 
técnicos correspondem ao instrumento metodológico e a melhor maneira de se operar 
em cada caso específico (TRUJILLO FERRARI, 1974 apud MARCONI; LAKATOS, 2017).
26
O conhecimento popular não se distingue pela veracidade ou pela natureza do 
objeto, mas pela forma, modo ou método e os instrumentos utilizados para conhecer. 
Saber que determinada planta necessita de uma quantidade X de agua e que, se não 
a receber de forma natural, deve ser irrigada pode ser um conhecimento verdadeiro e 
comprovável, mas nem por isso, científico. Para que o conhecimento científico ocorra é 
preciso conhecer a natureza dos vegetais, sua composição, seu ciclo de desenvolvimento 
e as particularidades que distinguem uma espécie de outra (MARCONI; LAKATOS, 2017).
 
Embora o conhecimento popular aspire à racionalidade e à objetividade, ele só 
consegue atingir uma forma limitada visto que é o modo comum, corrente e espontâneo 
de conhecer, sem aplicação de um método e sem haver reflexão sobre algo (MARCONI; 
LAKATOS, 2017). 
Ferrari (1974) apud Marconi e Lakatos (2017) sistematiza as características dos 
quatros tipos de conhecimento, conforme apresentado no Quadro 6:
QUADRO 6 – TIPOS DE CONHECIMENTO
Conhecimento 
popular
Conhecimento 
filosófico
Conhecimento 
religioso
Conhecimento 
científico
Valorativo
Reflexivo
Assistemático
Verificável
Falível
Inexato
Valorativo
Racional
Sistemático
Não verificável
Infalível
Exato
Valorativo
Inspiracional
Sistemático
Não verificável
Infalível
Exato
Real (factual)
Contingente
Sistemático
Verificável
Falível
Aproximadamente 
exato
FONTE: Ferrari (1974 apud MARCONI; LAKATOS, 2017, p. 4)
O conhecimento popular é valorativo visto que se fundamenta em estado de ânimo 
e emoção. É falível e inexato, pois se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer 
a respeito de determinado objeto. Não permite a formulação de hipóteses sobre a existên-
cia de fenômenos. O conhecimento filosófico é infalível e exato visto que seus postulados e 
suas hipótese não são submetidos ao teste de observação e experimentação.
O conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura de 
questionar os problemas humanos. Já o conhecimento religioso apoia-se em doutrinas 
que contêm proposições sagradas por terem sido revelados pelo sobrenatural 
(inspiracional), por isso, tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis. E, o 
conhecimento científico lida com ocorrências ou fatos. Suas proposições ou hipótese 
têm sua veracidade ou falsidade conhecida por meio de experimentação e não apenas 
pela razão (MARCONI; LAKATOS, 2017). 
27
De acordo com Bunge (1980), a epistemologia ou conhecimento científico 
desenvolveu-se na filosofia e modificou-se radicalmente a partir de 1927, quando um 
grupo de epistemólogos reuniu-se para trocar ideias e coletivamente elaboraram uma 
nova Epistemologia, o empirismo lógico. O grupo denominado Círculo de Viena era 
composto por matemáticos, lógicos, filósofos, historiadores, cientistas naturais e cientistas 
sociais. Assim, esse grupo conseguiu, com a ajuda da lógica matemática, desenvolver a 
filosofia exata. Mais tarde rechaçado por Popper por conta do empirismo e sua proposta 
do problema de demarcação. Assim, uma nova epistemologia renasceu que se refere 
à ciência, que se ocupa de problemas da investigação científica ou na reflexão sobre 
problemas, métodos e teorias da ciência, que propõem soluções claras e se distinguem 
da pseudociência. Silvino (2007, p. 285) afirma que “na epistemologia contemporânea a 
teoria é o local onde as relações entre variáveis são discutidas em função do problema”.
Os conceitos mais comuns da ciência são:
Acumulação de conhecimentos sistemáticos. Atividade que se 
propõe demonstrar a verdade dos fatos experimentais e suas 
aplicações práticas.
Forma de conhecimento que se caracteriza pelo conhecimento 
racional, sistemático, exato, verificável e, por conseguinte, falível. 
Conhecimento do real pelas suas causas. Conhecimento sistemático 
dos fenômenos da natureza e das leis que a regem, obtido pela 
investigação, pelo raciocínio e pela experimentação intensiva. 
Conjunto de enunciados logica e dedutivamente justificados por 
outros enunciados. Conjunto orgânico de conclusões certas e 
gerais, metodicamente demonstradas e relacionadas com um objeto 
determinado. Corpo de conhecimentos que consiste em percepções, 
experiências, fatos certos e seguros. Estudo de problemas solúveis, 
mediante método científico. Forma sistematicamente organizada de 
pensamento objetivo (MARKONI; LAKATOS, 2017, p. 7-8).
Kuhn (1975) observou que o desenvolvimento científico é um processo gradativo 
em que foram adicionados novos conhecimentos. O conhecimento é resultado da 
contínua competição entre perspectivas distintas, mas de métodos compatíveis.
 
De acordo com Kuhn (1975), o desenvolvimento científico pode ser realizado por 
meio da ciência normal e paradigmas. A competição entre segmentos da comunidade 
científica é o que estabelece a rejeição de uma teoria e adoção de outra. A ciência 
normal se baseia no passado e suas realizações são reconhecidas em uma comunidade 
científica específica. 
Já o paradigma, envolve a adoção de uma nova teoria que deve parecer 
melhor do que a existente e não necessariamente precisa explicar todos os fatos. 
Além disso, um paradigma precisa ser capaz de atrair a maioria dos cientistas da área. 
Kuhn (1975, p. 44) destaca que “a maioria dos cientistas, durante toda a sua carreira, 
ocupam-se com operações de limpeza, chamada de ciência normal”. Ou seja, os 
cientistas trabalham com pressupostos já estabelecidos pelo paradigma e não estão 
constantemente procurando novas teorias. 
28
Na ciência normal resolvem-se três classes de problemas: determinação do 
fato significativo, harmonização dos fatos com a teoria e articulação da teoria. Além 
disso, existem os problemas extraordinários que emergem de ocasiões especiais e 
normalmente geradas pelo avanço da ciência normal. Já no que tange à questão do 
paradigma, foram elencados três focos para a investigação científica: para fatos que 
o paradigma se mostrou relevante na resolução de problemas; fatos que podem ser 
comparados com as predições da teoria do paradigma; e, trabalho empírico desenvolvido 
para articular a teoria do paradigma que resolve ambiguidades ainda existentes. Ao 
adquirir um paradigma, a comunidade científica também adquire um critério para a 
escolha de problemas (KUHN, 1975).
O raciocínio científico contribui na elaboração e desenvolvimento do problema 
de pesquisa e permite descobrir as relações existentes entre os fenômenos, devido à 
reflexão sobre os processos discursivos. A medida em que se encontra respostaaos 
problemas, o processo de análise dá lugar à investigação sistemática, à generalização, à 
organização e à seleção de dados consolidando o procedimento científico. Dessa forma, 
o conhecimento cientifico é analítico, comunicável, verificável, organizado e sistemático. 
Busca a formulação de paradigma. O conhecimento científico exige a utilização de 
métodos, processos, técnicas especiais para analise, compreensão e intervenção na 
realidade (BARROS; LEHFELD, 2000).
O conhecimento científico direciona-se às fórmulas de pensamento e observação 
concretizadas em estratégias que o pesquisador utiliza para desvelar fenômenos. No 
conhecimento científico, há que se enfatizar a exigência da definição dos problemas que 
se pretende solucionar, porque nesse procedimento está presente a intencionalidade, 
mediante a qual são definidos formas e processos de ação (BARROS; LEHFELD, 2000).
Chisholm (1969) afirma que a ciência é concebida pelo conjunto de 
conhecimentos que se dá pela utilização adequada de métodos rigorosos, capaz de 
controlar os fenômenos e fatos estudados. No que tange ao conhecimento, Chisholm 
(1969) afirma que uma das questões fundamentais é o problema do critério. 
O problema do critério busca responder a duas questões fundamentais: Até que 
ponto sabemos? Quais são os critérios de conhecimento? Todas as pretensões válidas 
de conhecimento satisfarão a critérios empíricos, usados para determinar a extensão 
do conhecimento. 
A ciência caminha e avança a partir da relação conceito, teoria e leis que se 
constroem ao longo do tempo. Para tanto os conceitos e teorias são testados por 
meio de métodos científicos utilizados por pesquisadores, que utilizando diferentes 
abordagens estudam determinados fenômenos. Assim, sob determinado “óculos” o 
pesquisador analisa e interpreta o fenômeno buscando testar e encontrar novas teorias 
que contribuam para o avanço da ciência.
29
Profissionais de nível superior e pesquisadores utilizam ferramentas teóricas 
que se caracterizam pelo conjunto de ideias, códigos, símbolos e valores que por meio 
de operações realizáveis torna possível a manipulação de conceitos abstratos.
Conceito pode ser definido por ideia ou técnica utilizada para obter ou medir 
alguma coisa. No entanto, independentemente do que se entende por conceito, este 
precisa ser operacional para ter aceitação científica. Assim, o conceito precisa permitir 
ser reproduzido por meio de experiências reforçando a comprovação de hipóteses e de 
teorias. É a partir de conceitos que se constroem teorias (CERVO; BERVIAN, 2002).
A teoria é um conjunto de afirmações, semelhantes a leis, que podem ser 
testadas empiricamente. As teorias podem ser testadas por pesquisas anteriores, 
podem ser propostas com validade limitada ou podem permitir realizar previsões da 
realidade (semelhantes a leis). 
O conjunto de pesquisas já realizadas fornecem e contribuem para que os 
pesquisadores desenvolvam novas teorias. Além disso, a teoria serve para estabelecer 
limites para a situação do estudo. Indica uma direção ao pesquisador. Procura explicar 
e prever. Na prática, uma decisão tomada sem o aporte da teoria pode ser considerada 
apenas adivinhação ou decisão baseada na intuição (HAIR JR et al., 2005).
A teoria refere-se ao conhecimento em oposição à prática. No âmbito da 
ciência, as teorias não se contentam apenas com a formulação de leis, mas procuram-
na interpretar e explicar. A lei superior ou universal é formada por um conjunto de teorias 
científicas (CERVO; BERVIAN, 2002). 
As regularidades encontradas na ciência podem ser caracterizadas como leis. 
As leis possuem duas funções principais: resumir uma grande quantidade de fatos e 
fenômenos e possibilitar a previsão de novos fatos e fenômenos. 
As leis possuem maior rigor e exatidão nas ciências naturais que nas ciências 
sociais e humanas, entretanto, sob condições também se constituem em ciência, 
apenas ocupando um lugar distinto na hierarquia da ciência em termos de precisão, 
certeza e rigor nos resultados que apresentam. Isto se deve a fatores comportamentais 
humanos que afetam a experimentação e a generalização. Por tal motivo as leis das 
ciências humanas e sociais são mais flexíveis e menos rigorosas para se constituírem 
em verdadeiras ciências (CERVO; BERVIAN, 2002).
As leis são hipóteses gerais que foram testadas e receberam apoio experimental 
e que buscam descrever as relações ou regularidades encontradas em determinado 
fenômeno. A teoria é formada por uma reunião de leis, hipóteses, conceitos e definições 
interligadas e coerentes. Entretanto, a teoria é passível de correção e aperfeiçoamento, 
podendo ser substituída por outra teoria que explique melhor os fatos. Teorias novas 
devem ser capazes de explicar teorias antigas e também novos fatos (ALVES-MAZZOTI; 
GEWANDSZNAJDER, 1999).
30
Assim, a ciência busca descrever ou prever a realidade de um modo verdadeiro. O 
método cientifico é aquele que os pesquisadores empregam para adquirir conhecimento 
(HAIR JR et al., 2005). A teoria formula hipóteses. Possui a função de coordenar e 
unificar os saberes científicos e cria instrumentos que possibilitam novas descobertas. 
Porém, se a teoria tiver a pretensão de explicar e solucionar todos os problemas, ela se 
torna irrefutável e passa a se tornar uma ideologia e não mais uma teoria. Portanto, a 
teoria necessita ser parcial. Não pode abrigar hipóteses ou proposições antagônicas e 
não pode ir contra evidências conhecidas (CERVO; BERVIAN, 2002).
3 TECNOLOGIA 
O mundo industrializado testemunhou uma mudança de indústrias 
fundamentado em mão de obra e capital para economias de base tecnológica e 
informatizada. À medida em que a competição se tornou mais acirrada em mercados 
mundiais, a tecnologia despontou como um fator de suma relevância nos negócios. 
O conhecimento, transformado em experiência técnica ou tecnologia, tornou-se uma 
grande propriedade dentro das empresas. A tecnologia é vital para que um negócio 
continue a ser competitivo. Em mercados de evolução rápida inovações tecnológicas 
são essenciais (TROTT, 2017).
A tecnologia sempre existiu, desde o início dos tempos ela já estava 
entre nós, só que em formas diferentes que nós não conseguíamos 
enxergar, nos tempos antigos foi criada a roda, uma forma de 
inovação, de tecnologia, isso há 3.500 a.C., já na idade média os 
chineses inventaram a pólvora e os fogos de artifício, no século XVIII, 
mais precisamente no ano de 1712, Thomas Newcomen desenvolve 
o motor a vapor. Podemos dizer que a tecnologia e inovação sempre 
existiram, não foi uma criação de 20 anos, todas essas descobertas 
são cruciais para chegar à tecnologia que hoje existe e não para de 
se desenvolver (SANTOS et al., 2019, s.p.).
Há cinquenta anos, quem poderia imaginar como seria a evolução tecnológica? 
Os diversos segmentos da sociedade foram impactados por mudanças nos meios de 
produção, de prestação de serviços e na comercialização de produtos (PACHECO, 2019). 
Para Pacheco (2019), vários segmentos foram altamente influenciados pelas 
mudanças, mas em suas inovações, sete se destacaram.
31
QUADRO 7 – PRINCIPAIS EVOLUÇÕES TECNOLÓGICAS NOS ÚLTIMOS ANOS
Tecnologia Marco
Telefonia A telefonia teve um papel significativo com o patenteamento 
por Alexander Graham Bell, em 1876, mas a grande evolução da 
telefonia foi nos últimos 30 anos, com surgimento do celular. No 
Brasil completou 28 anos, dia 30 de dezembro de 2018.
A roda A invenção da roda, seguindo alguns registros, surgiu na Ásia, há 
cerca de 6000 anos. Durante sua evolução, as rodas com raios 
foram utilizadas na Pérsia, 2000 anos antes de Cristo. Apesar de 
as rodas de alumínio e magnésio terem predominado na década de 
1960, o “estado da arte” em rodas utiliza atualmente rodas de fibra 
de carbono, adotadas pela indústria aeronáutica e automobilística.
O motor O motor à combustão foi inventado pelo um engenheiro alemão 
que construiu o primeiro motor de combustão interna de quatro 
tempos e determinouo ciclo teórico sob o qual trabalha o motor de 
explosão (1876). A celebração dos 50 anos da primeira aplicação 
de turbo em um carro leve mostra a evolução da tecnologia desde 
então. De acordo com as experiências, a avaliação apresentou 
que a turbo-alimentação contribuiu para a redução do consumo 
de combustível e de emissões de gases em mais de 60%, se 
comparados com os números dos motores aspirados produzidos 
na década de 60. Os veículos elétricos terão papel importante 
nos próximos anos, mas é prematuro pensar na substituição 
dos motores à combustão, porque existe uma longa distância, 
especialmente nos países emergentes.
A lâmpada A invenção da lâmpada incandescente foi realizada por Thomas 
Edison há 135 anos. A primeira descoberta do gênero havia sido 
registrada em 1802. O objetivo foi substituir o gás, principal meio 
de iluminação no fim do século XVII. A lâmpada fluorescente, 
criada por Nikola Tesla, é um tipo de lâmpada que foi introduzida 
no mercado consumidor em 1938. A lâmpada LED surgiu em 
1962, criada na General Eletric, pelo engenheiro Nick Holoniak Jr. 
Inicialmente, existia apenas a cor vermelha, mas, poucos anos 
depois, surgiram também as lâmpadas LED em amarelo e verde. 
Em junho de 2016 esgotou-se o prazo para a retirada do comércio 
das lâmpadas incandescentes, naturalmente, substituída pelas 
lâmpadas LED.
32
O avião O avião começou seu surgimento com Santos Dumont, com seu 
14-Bis em 23 de outubro de 1906. Depois de um longo período de 
mudanças e melhorias, a Boeing lançou o Boeing 707 em 1958, 
o primeiro avião a jato de passageiros de sucesso. Nos Estados 
Unidos, entravam em serviço em 1960 os jatos Boeing 720 e 707 
e dois anos depois o Douglas DC-8 e o Convair 880. Em seguida 
apareceram os aviões turboélices, mais econômicos e de grande 
potência. Soviéticos, ingleses, franceses e norte-americanos 
passaram a estudar a construção de aviões comerciais cada 
vez maiores, para centenas de passageiros e a dos chamados 
“supersônicos”, a velocidades duas ou três vezes maiores que a 
do som. No final da década de 1960 e início da década de 1970 
surgiram modelos capazes de transportar até 400 passageiros, 
como o Boeing 747, o Douglas DC-10, o Lockheed Tristar L-1011. Em 
1965 surge o Concorde, o primeiro avião comercial com a utilização 
do jato supersônico para passageiros. Nos dias atuais, os aviões 
comerciais, que dominam o espaço aéreo são: Airbus A380 e o 
Boeing 777 e 787.
O computador Os computadores durante a Segunda Grande Guerra Mundial 
encontraram período fértil em seu desenvolvimento. O IBM 7030, 
também conhecido por Strech, foi o primeiro supercomputador 
lançado na segunda geração. A terceira geração é o IBM 360/91, 
lançado em 1967. A quarta geração é conhecida pelo advento dos 
microprocessadores e computadores pessoais. A Intel lançou 
várias versões de Windows. Entre os modelos da Intel, pode-
se citar: 8086, 286, 386, 486, Pentium, Pentium 2, Pentium 3, 
Pentium 4, Core 2 Duo e i7. Todos esses processadores vieram 
revolucionar a microinformática.
A internet A internet começou em 1969, ano em que nasceu o que seria 
um dos grandes marcos descobertos pelo homem no último 
século. Hoje em dia, não é possível imaginar-nos sem os serviços 
disponibilizados pela internet, porém no início o objeto era de longe 
sua utilização para sites e entretenimentos. A partir dos anos 2000 
começou a grande novidade da web com a facilidade da aquisição 
de computadores e com a internet para o público em geral, assim, 
a tecnologia foi evoluindo e tendo grandes avanços significativos. 
A internet discada foi substituída pela banda larga e conexão por 
meio do celular, com a criação da rede 3G (e hoje a criação da rede 
4G). Atualmente, a internet virou uma necessidade diária tanto 
para o uso empresarial, quanto para o uso doméstico.
FONTE: Adaptado de Pacheco (2019)
33
Com o exemplo das inovações apresentadas no Quadro 7, compreende-se 
que houve uma grande evolução das tecnologias, sustentadas nas estratégias das 
manufaturas. Naturalmente, o progresso para os meios de produção em melhorias 
tecnológicas exigiu grandes somas de recursos financeiros e materiais (PACHECO, 2019).
Assim, o conhecimento tecnológico é de extrema importância para o 
desenvolvimento dos países e de suas respectivas economias. A fabricação de 
produtos eletroeletrônicos e de informática, satélites, medicamentos, equipamentos 
se dá a partir da tecnologia. 
Thomas Edison, por exemplo, foi importante no surgimento de processos tecnoló-
gicos, alterando profundamente o modo de vida da sociedade por meio da emissão de luz. 
Neste sentido, é preciso compreender que não há tecnologia se não houver pesquisa. A 
pesquisa científica trouxe grandes evoluções no campo tecnológicos (HENRIQUES, 2018).
O processo industrial passou por uma fase produtiva em que as pesquisas 
científicas eram exclusivamente voltadas ao desenvolvimento da industrialização 
que beneficiasse a manutenção da guerra para ser aplicada em todas as etapas de 
produção caracterizando a revolução técnico-científica, proporcionando mais valor 
aos produtos. Dessa forma, impulsionou-se a produção de computadores, software, 
microeletrônica, chips, transistores, circuitos eletrônicos, robótica, entre outros. Além 
da rede de transmissores de rádio e televisão que mudou o modo de viver e de ler o 
mundo (HENRIQUES, 2018). 
4 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Existe uma diferença significativa entre ciência e tecnologia. A ciência pode ser 
definida com um conhecimento formulado e sistemático. A tecnologia é vista como a 
aplicação da ciência e pode ser definida como o conhecimento aplicado a produtos ou 
processo de produção. 
A tecnologia deriva do uso e da manipulação da ciência em conceitos, processos 
e dispositivos. É a tecnologia, como uma excrescência da ciência, que alimenta a indústria. 
Ciência e tecnologia resultam em descobertas cientificas e inovações (TROTT, 2017). 
A Constituição Federal de 1988 atentou-se com o desenvolvimento 
científico, impondo ao Estado de acordo com os artigos 218 e 
219, o dever de promover e incentivar a pesquisa e a capacitação 
tecnológica, tendo vista o bem público, e a importância social 
que tal investimento inflige para o progresso tecnológico e para o 
crescimento econômico de um país. O desenvolvimento de um país 
está diretamente relacionado com aplicação de capital neste setor. O 
artigo 218 da Carta Magna reza “O Estado promoverá e INCENTIVARÁ 
o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e 
tecnológica e a INOVAÇÃO” (NOVO, 2020).
34
O sistema de ciência e tecnologia do Brasil começa oficialmente com o CNPq 
(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), criado em 1951 
para incentivar nosso progresso na área. A Ciência, a Tecnologia e a Inovação são 
instrumentos fundamentais para o desenvolvimento, o crescimento econômico, a 
geração de emprego e renda e a democratização de oportunidades (NOVO, 2020).
A ciência básica alimenta o progresso na tecnologia, e as inovações 
tecnológicas afetam as nossas vidas todos os dias de muitas 
maneiras. Por causa da ciência, temos aparelhos complexos como 
carros, máquinas de raios-X, computadores e telefones. Mas as 
tecnologias que a ciência tem inspirado incluem mais do que apenas 
dispositivos hi-tech. A noção de tecnologia inclui qualquer tipo de 
inovação concebida pelo homem. Seja a vacina contra a gripe, a 
técnica e as ferramentas para realizar cirurgias de coração aberto, 
ou um novo sistema de rotação de culturas, é tudo tecnologia. 
Mesmo coisas simples que se poderiam facilmente considerar dados 
adquiridos são, de fato, tecnologias baseadas na ciência: o plástico 
usado nos sacos, o óleo de canola geneticamente modificado em que 
as suas batatas fritas foram fritas, a tinta da sua caneta esferográfica, 
um comprimido de ibuprofeno – tudo isto existe por causa da ciência 
(NOVO, 2020, s.p.).
As décadas de 1950 a 1970 foram marcadas pela criação dos organismos 
que

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