Buscar

TUTELA - DIREITO CIVIL IV

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UEVA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL IV
PROFA°: OSVANIA PINTO, Ma.
EQUIPE 3: DIKSOM DA SILVA SOUSA
GILMAR MARQUES DE ARAUJO SEVERIANO
LUCAS KENNAN PARENTE DO NASCIMENTO
LYGIA SILVEIRA LIMA ROCHA
MARIA VALCILANIA FONTENELE LIMA; E
RUAN SILVA RABELO
TUTELA
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO DA QUESTÃO 
2 TUTELA
2.1 CONCEITO
2.2 LEGITIMADOS A EXERCER A TUTELA
2.3 INCAPAZES DE EXERCER A TUTELA
2.4 ESCUSA DOS TUTORES
2.5 MODALIDADES DE TUTELA
2.6 EXERCÍCIO DA TUTELA
2.7 PODERES E DEVERES DO TUTOR
2.8 CESSAÇÃO DA TUTELA
2.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
3 RESOLUÇÃO DA QUESTÃO
- Ruan Silva Rabelo
- Ruan Silva Rabelo
- Ruan Silva Rabelo
- Dikson da Silva Sousa
- Dikson da Silva Sousa
- Dikson da Silva Sousa
- Lygia Silveira Lima Rocha
- Gilmar Marques de Araújo Severiano
- Lucas Kennan Parente do Nascimento
- Maria Valcilania Fontenele Lima
- Maria Valcilania Fontenel Lima
- Maria Valcilania Fontenele Lima
1 APRESENTAÇÃO DA QUESTÃO
Maurício e Sílvia, falecem deixando dois filhos menores impúberes, vasto
patrimônio, mas sem deixar testamento. Diante da grave situação dos menores, os
avós maternos, o avô paterno e um tio passam a disputar o exercício da tutela
das crianças, ajuizando, todos, medida judicial competente. No curso do processo
em que se decidirá sobre quem exercerá a tutela dos menores, constata-se que o
avô paterno não tem a livre administração de seus bens, em razão de interdição
judicial. Verifica-se também que os avós maternos são pessoas de pouca
instrução e de poucos recursos financeiros, apesar de manterem a vida econômica
equilibrada e o casamento estável. O tio dos menores, por sua vez, tem vasto
patrimônio e uma família equilibrada. Considerando os dados fornecidos pelo
problema, quem melhor terá condições de exercer a tutela?
A tutela e a curatela são fenômenos de proteção e de cuidado com pessoas que precisam de proteção
e de cuidado.
Esses institutos, tanto da tutela como da curatela, remetem-nos a ideia de cuidado, zelo,
solidariedade e, evidentemente, a pauta dessa preocupação é a dignidade da pessoa humana.
Nesse momento, reportemo-nos aos aprendizados obtidos na parte geral do Direito Civil, feito por
meio de uma contextualização utilizando imagens.
Artigos 1.728 ao 1.766, do Código Civil
2.1 CONCEITO
adquire personalidade jurídica e
capacidade de direito (civil)
Nascimento com 
vida
nascituro
Personalidade jurídica
+ capacidade de
direito + capacidade
de fato = plenamente
capaz
Personalidade jurídica
+ capacidade de
direito - capacidade de
fato = incapaz
CONTEXTUALIZAÇÃO
2.1 CONCEITO
Absolutamente menores de 16 anos 
(art. 3°)
maiores de 16 e menores de 18 anos
ébrios habituais
Relativamente toxicômanos
(art. 4°) aqueles que não podem exprimir vontade, por causa transitória ou permanente
pródigos
Incapaz
CONTEXTUALIZAÇÃO
2.1 CONCEITO
Pois bem, de acordo com o que foi explanado, faço a seguinte pergunta:
Como já sabemos, o incapaz possui personalidade jurídica, capacidade de direito, mas não possui capacidade
de fato, o que implica dizer que ele não pode exercer SOZINHO os atos da vida civil.
Ocorre que a pergunta era se o incapaz pode praticar os atos da vida civil. A resposta é positiva, mas, para
tanto, precisa estar devidamente representado.
É a partir da representação que adentraremos em nosso estudo sobre tutela.
O incapaz pode praticar os atos da vida civil?
A representação é um gênero que comporta espécies: a assistência e a representação. Os absolutamente
incapazes são representados e os relativamente são assistidos.
CONTEXTUALIZAÇÃO
2.1 CONCEITO
A quem cabe a representação? Aqui temos três figuras:
Representantes
Genitores
Tomam conta dos filhos 
menores em virtude do 
poder familiar
Tutores
Tomam conta dos 
menores que não 
contam com o poder 
familiar
Curadores
Tomam conta dos 
maiores incapazes
CONTEXTUALIZAÇÃO
2.1 CONCEITO
Os genitores: tomam conta dos filhos menores em virtude do poder familiar. Ocorre que esse poder pode
chegar ao fim.
E quando é que chega?
Pode ser com a maioridade (porque alcança a capacidade de fato), com a emancipação (porque alcança
a capacidade de fato), com a morte dos pais ou com a destituição dos mesmos desse poder.
Quando ocorre a perda do poder familiar nesses últimos dois casos, os menores vão ficar no vácuo? Não.
Ora, se isso acontecer, designa-se um tutor.
Portanto, a tutela é um instituto de cuidado em relação aos menores que não tenham sobre eles a égide do 
poder familiar, seja por falecimento, seja por perda nos moldes do art. 1.638. 
CONTEXTUALIZAÇÃO
2.1 CONCEITO
▪ TUTELA LEGÍTIMA
➢ PROJETO DE LEI N. 699/2011
• Deseja introduzir uma paragrafo único no artigo 1.732
para conceder ao juiz o poder de alterar a ordem de
preferência do respectivo artigo.
Art. 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a 
tutela aos parentes consanguíneos do menor, por esta ordem:
I - Aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao 
mais remoto;
II - Aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais 
próximos aos mais remotos, e, no mesmo grau, os mais 
velhos aos mais moços; em qualquer dos casos, o juiz 
escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em 
benefício do menor.
2.2 LEGITIMADOS A EXERCER A TUTELA
▪ TUTELA DATIVA:
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
• Devem ser atendidas também as “disposições gerais”
para colocação em família substituta previstas nos
arts. 28 a 32 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Art. 1.732. O juiz nomeará tutor idôneo e residente no
domicílio do menor:
I - Na falta de tutor testamentário ou legítimo;
II - Quando estes forem excluídos ou escusados da tutela;
III - Quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o
testamentário.
2.2 LEGITIMADOS A EXERCER A TUTELA
▪ IRMÃOS ÓRFÃOS 
Art. 1.733. Aos irmãos órfãos dar-se-á um só tutor.
§ 1º No caso de ser nomeado mais de um tutor por disposição testamentária sem indicação de 
precedência, entende-se que a tutela foi cometida ao primeiro, e que os outros lhe sucederão pela 
ordem de nomeação, se ocorrer morte, incapacidade, escusa ou qualquer outro impedimento.
§ 2º Quem institui um menor herdeiro, ou legatário seu, poderá nomear-lhe curador especial para os 
bens deixados, ainda que o beneficiário se encontre sob o poder familiar, ou tutela.
Art. 1.734. As crianças e os adolescentes cujos pais forem desconhecidos, falecidos ou que tiverem 
sido suspensos ou destituídos do poder familiar terão tutores nomeados pelo Juiz ou serão incluídos em 
programa de colocação familiar, na forma prevista pela Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990 -
Estatuto da Criança e do Adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009).
2.2 LEGITIMADOS A EXERCER A TUTELA
▪ Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:
I - aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens;
II - aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos em obrigação 
para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou 
cônjuges tiverem demanda contra o menor;
III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes expressamente excluídos da 
tutela;
IV - os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a família ou os costumes, 
tenham ou não cumprido pena;
V - as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de abuso em tutorias 
anteriores;
VI - aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa administração da tutela.
2.3 INCAPAZES DE EXERCER A TUTELA
▪ Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela:
I - mulheres casadas;
II - maiores de sessenta anos;
III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;
IV - os impossibilitados por enfermidade;
V - aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de
exercer atutela;
VI - aqueles que já exercerem tutela ou curatela;
VII - militares em serviço.
▪ Art. 1.737. Quem não for parente do menor não poderá ser
obrigado a aceitar a tutela, se houver no lugar parente
idôneo, consanguíneo ou afim, em condições de exercê-la.
Art. 1.738. A escusa apresentar-se-
á nos dez dias subsequentes à
designação, sob pena de entender-
se renunciado o direito de alegá-la;
se o motivo escusatório ocorrer
depois de aceita a tutela, os dez
dias contar-se-ão do em que ele
sobrevier.
Art. 1.739. Se o juiz não admitir a
escusa, exercerá o nomeado a
tutela, enquanto o recurso
interposto não tiver provimento, e
responderá desde logo pelas perdas
e danos que o menor venha a
sofrer.
2.4 ESCUSA DOS TUTORES
▪ Enunciado 136 da I Jornada de Direito Civil do CJF.
▪ Não há qualquer justificativa de ordem legal a legitimar que as mulheres casadas, apenas por essa
condições, possam se escusar da tutela".
▪ Projeto de Lei nº 3.610/2019.
▪ Supressão do referido dispositivo do Código Civil.
▪ Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/2003)
▪ “Destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos”.
2.4 ESCUSA DOS TUTORES
Com base no art. 1.729 do Código de 2002, é possível vislumbrar diferentes tipos de tutela no
ordenamento jurídico brasileiro:
Desse modo, a tutela poderá ser:
Art. 1729. “O direito de nomear tutor compete aos pais, com conjunto. Parágrafo único. 
A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autêntico”. 
2.5 MODALIDADES DE TUTELA
Farias (2017)
1 – Tutela Documental
Dá-se quando os pais, sozinhos ou conjuntamente, através de instrumento público ou
particular, indicam a pessoa habilitada a servir como tutor de seus filhos menores.
Qualquer manifestação de vontade escrita
Não se exige instrumento público
2.5 MODALIDADES DE TUTELA
Farias (2017)
Instituída por ato de última vontade, por meio de testamento ou codicilo.
Será necessária a elaboração de um testamento por cada um dos genitores.
Há nulidade absoluta da tutela testamentária se feita por pai ou mãe que não tinha o poder familiar no 
momento da sua morte (art .1.730 do CC)
2 – Tutela Testamentária
Art. 1.730. É nula a nomeação de tutor pelo pai ou pela mãe
que, ao tempo de sua morte, não tinha o poder familiar.
2.5 MODALIDADES DE TUTELA
Farias (2017)
Concretizada na falta de tutor nomeado pelos pais, vide art. 1.731 do CC,
será deferida por força de lei.
Tutor é escolhido entre os parentes da criança ou do adolescente, de acordo com o rol estampado no
referido artigo.
Respeito ao vínculo de afetividade e afinidade.
Essa lista não é taxativa, de modo que o critério que deve se sobressair aos olhos do juiz é o de
melhor interesse da criança ou adolescente e sua proteção integral.
3 – Tutela Legítima
Art. 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a
tutela aos parentes consangüíneos do menor, por esta ordem:
I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais
remoto;
II - aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais
próximos aos mais remotos, e, no mesmo grau, os mais velhos
aos mais moços; em qualquer dos casos, o juiz escolherá entre
eles o mais apto a exercer a tutela em benefício do menor.
2.5 MODALIDADES DE TUTELA
Farias (2017)
Art. 1.732. O juiz nomeará tutor idôneo e residente no domicílio do menor:
I - na falta de tutor testamentário ou legítimo;
II - quando estes forem excluídos ou escusados da tutela;
III - quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o testamentário.
Caráter subsidiário (art. 1.732 do CC).
Falta de tutor testamentário ou legítimo ou quando estes forem excluídos ou escusados da tutela, ou,
ainda, quando forem removidos por não serem idôneos.
Decorre de deliberação judicial após a ouvida do Ministério Público.
A doutrina, traz ainda, a hipótese de o juiz nomear tutor dativo diante da falta de afetividade ou
afinidade entre a criança ou adolescente e o tutor nomeado documentalmente, ou por testamento, ou
nomeado por força de lei.
4. Tutela Dativa
2.5 MODALIDADES DE TUTELA
Farias (2017)
Art. 1.733. Aos irmãos órfãos dar-se-á um só tutor.
§ 1 o No caso de ser nomeado mais de um tutor por disposição testamentária sem indicação de precedência, entende-se que a
tutela foi cometida ao primeiro, e que os outros lhe sucederão pela ordem de nomeação, se ocorrer morte, incapacidade,
escusa ou qualquer outro impedimento.
§ 2 o Quem institui um menor herdeiro, ou legatário seu, poderá nomear-lhe curador especial para os bens deixados, ainda que
o beneficiário se encontre sob o poder familiar, ou tutela.
Em se tratando de irmãos órfãos, dar-se-á um só tutor a ambos (art. 1.733 do CC).
Inexiste em nosso sistema jurídico a modalidade de tutela de fato ou irregular, caracterizada quando
uma pessoa cuida de uma criança ou adolescente, e de seus bens, independente de nomeação judicial.
2.5 MODALIDADES DE TUTELA
Farias (2017)
Responsabilidades do tutor
Art. 1.746. Se o menor
possuir bens, será
sustentado e educado a
expensas deles,
arbitrando o juiz para tal
fim as quantias que lhe
pareçam necessárias,
considerado o
rendimento da fortuna
do pupilo quando o pai
ou a mãe não as houver
fixado.
Art. 1.740. Incumbe ao tutor, quanto à pessoa do menor:
I - dirigir-lhe a educação, defendê-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus
haveres e condição;
II - reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor haja
mister correção; (Poder de Correção)
III - adimplir os demais deveres que normalmente cabem aos pais, ouvida a opinião
do menor, se este já contar doze anos de idade.
EDUCAÇÃO, DEFEFA e SUSTENTO do tutelado
2.6 EXERCÍCIO DA TUTELA
ADMINISTRAÇÃO DOS BENS DO TUTELADO
Art. 1.745. Os bens do menor
serão entregues ao tutor
mediante termo especificado
deles e seus valores, ainda
que os pais o tenham
dispensado.
Parágrafo único. Se o
patrimônio do menor for de
valor considerável, poderá o
juiz condicionar o exercício
da tutela à prestação de
caução bastante, podendo
dispensá-la se o tutor for de
reconhecida idoneidade.
Art. 1.741. Incumbe ao tutor, sob a inspeção do juiz, administrar os bens do 
tutelado, em proveito deste, cumprindo seus deveres com zelo e boa-fé
CONTROLE JUDICIAL
▪ Declaração dos bens do tutelado
▪ Prestação de caução bastante
2.7 PODERES E DEVERES DOS TUTORES
PROTUTOR
Protutor: indivíduo nomeado pelo juiz, para
fiscalizar os atos do tutor, com a incumbência de
defender os direitos do tutelado.
1.742. Para fiscalização dos atos do tutor, pode o juiz nomear um protutor.. 
2.7 PODERES E DEVERES DOS TUTORES
Art. 1.743. Se os bens e interesses administrativos exigirem conhecimentos técnicos, forem
complexos, ou realizados em lugares distantes do domicílio do tutor, poderá este, mediante
aprovação judicial, delegar a outras pessoas físicas ou jurídicas o exercício parcial da tutela.
“Como comenta Maria Helena Diniz, o poder do tutor é uno e indivisível, sendo o encargo
pessoal. Entretanto, isso não obsta a cessão da tutela, uma concessão parcial do
encargo, o que se denomina tutela parcial ou cotutoria”. (TARTUCE, 2021).
2.7 PODERES E DEVERES DOS TUTORES
Ausência ou demora na nomeação de tutor
pode vir a gerar prejuízos ao menor
Art. 1.744. A responsabilidade do juiz
será:
I - direta e pessoal, quando não tiver
nomeado o tutor, ou não o houver feito
oportunamente;
II - subsidiária, quando não tiver
exigido garantia legal do tutor, nem o
removido, tanto que se tornou suspeito. Juiz deixa de exigir garantia do tutor e o
menor vem a ter um dado prejuízo
Obs: primeiro responde quem diretamente
causou o dano (tutor).
Responsabilidade do Juiz
2.7 PODERES E DEVERES DOS TUTORES
Art. 1.747. Compete mais ao
tutor:
I - representar o menor, até os
dezesseis anos, nos atos da
vida civil, e assisti-lo, após
essa idade, nos atos em que
for parte;
II - receber as rendas e
pensões do menor, e as
quantias a ele devidas;
III - fazer-lheas despesas de
subsistência e educação, bem
como as de administração,
conservação e melhoramentos
de seus bens;
IV - alienar os bens do menor
destinados a venda;
V - promover-lhe, mediante
preço conveniente, o
arrendamento de bens de raiz.
Compete mais ao tutor:
Representar (menor impúbere) 
Assistir (menor púbere)
Venda dos bens predestinados e
arrendamento dos bens de raiz.
Receber os valores pagos ao
menor
Ex: Aluguel de imóveis, verbas
previdenciárias, valores
herdados em relação a terceiro.
Investimentos em subsistência e
educação, administração dos bens,
aplicação dos valores para a
conservação e melhoramento de bens.
2.7 PODERES E DEVERES DOS TUTORES
Atos Permitidos com Autorização Judicial
Atos Permitidos com Autorização Judicial
Compete ao tutor:
Art. 1.748. Compete também ao
tutor, com autorização do juiz:
I - pagar as dívidas do menor;
II - aceitar por ele heranças,
legados ou doações, ainda que
com encargos;
III - transigir;
IV - vender-lhe os bens móveis,
cuja conservação não convier, e
os imóveis nos casos em que for
permitido;
V - propor em juízo as ações, ou
nelas assistir o menor, e
promover todas as diligências a
bem deste, assim como
defendê-lo nos pleitos contra
ele movidos.
Parágrafo único. No caso de
falta de autorização, a eficácia
de ato do tutor depende da
aprovação ulterior do juiz.
Pagamentos de dívidas a 
depender de sua natureza
Venda dos bens móveis de difícil
conservação e dos imóveis
quando permitido
Aceitar os bens em 
benefício ao menor
Transação (eliminar litígios)
Ajuizar ou assistir o menor em
ações, defendê-lo nos pleitos
contra o mesmo
Art. 1.750. Os imóveis pertencentes aos
menores sob tutela somente podem ser
vendidos quando houver manifesta
vantagem, mediante prévia avaliação
judicial e aprovação do juiz.
2.7 PODERES E DEVERES DOS TUTORES
1
2
3
Adquirir por si, ou por interposta pessoa,
mediante contrato particular, bens móveis ou
imóveis pertencentes ao menor;
Dispor dos bens do menor a título gratuito;
constituir-se cessionário de crédito ou de
direito, contra o menor
Art. 1.749 - Ainda com a autorização judicial,
não pode o tutor, sob pena de nulidade:
OBS: Ação de nulidade 
é imprescritível!
Art. 169 do CC
Art. 1.750 - Os imóveis pertencentes aos menores sob
tutela somente podem ser vendidos quando houver
manifesta vantagem, mediante prévia avaliação
judicial e aprovação do juiz.
Princípio do melhor 
interesse da criança
Gonçalves
Hermenêutica
Alvará 
Judicial
Vara de 
Família
Sem vantagem 
ou aprovação do 
juiz
Tartuce
Nulidade 
Virtual
2.7 PODERES E DEVERES DOS TUTORES
Art. 1.751. Antes de assumir a tutela, o tutor
declarará tudo o que o menor lhe deva, sob pena
de não lhe poder cobrar, enquanto exerça a
tutoria, salvo provando que não conhecia o débito
quando a assumiu.
Não conhecendo do débito Aditivo ao inventario 
de bens do menor
Art. 1.752
O tutor responde pelos prejuízos
que, por culpa, ou dolo, causar
ao tutelado;
Mas tem direito a ser pago pelo
que realmente despender no
exercício da tutela, salvo no caso
do art. 1.734;
E a perceber remuneração
proporcional à importância dos
bens administrados.
tutelado responsabilidade 
civil subjetiva
terceiros responsabilidade 
civil objetiva
Súmula 37 do STJ: “SÃO CUMULAVEIS AS INDENIZAÇÕES
POR DANO MATERIAL E DANO MORAL ORIUNDOS DO
MESMO FATO.”
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do
direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado;
e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão
solidariamente pela reparação.
2.7 PODERES E DEVERES DOS TUTORES
Art. 1.752 §1º: § 1º Ao protutor será arbitrada uma gratificação módica pela fiscalização efetuada.
“ A gratificação do tutor e protutor não é uma contraprestação pelo serviço ofertado, e sim uma espécie de 
indenização ou compensação diante de sua atuação” Maria Helena Diniz.
Art. 1.753. Os tutores não podem conservar em seu poder dinheiro dos tutelados.
Sustento
Administração 
dos bens
Educação
Objeto de Ouro
Pedras Preciosas
Móveis
Avaliação
Autorização
Judicial Alienação
Títulos
Obrigações
Letras de 
responsabilidade direta
Imóveis
2.8 PODERES E DEVERES DOS TUTORES
Art. 1.754. Os valores que existirem em estabelecimento bancário oficial, na forma do artigo
antecedente, não se poderão retirar, senão mediante ordem do juiz, e somente:
sustento 
educação do tutelado
administração de seus bens;
bens imóveis 
títulos
Obrigações
letras
para se empregarem em
conformidade com o
disposto por quem os
houver doado, ou deixado;
aos órfãos, quando
emancipados, ou
maiores, ou, mortos
eles, aos seus herdeiros.
“ O requerimento para levantamento
do valor deve ser bem fundamentado,
pois mera alegações genéricas, sem
qualquer prova, não dão ensejo ao
deferimento do requerido”
Flávio Tartuce,2021
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE INTERDIÇÃO -
AUTORIZAÇÃO PARA MOVIMENTAÇÃO DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS DA
CURATELADA - NECESSIDADE NÃO COMPROVADA - DESCABIMENTO. Os
valores que existirem em estabelecimento bancário oficial não se poderão retirar, senão
mediante ordem do juiz, e somente para as despesas com o sustento do curatelado e/ou
a administração de seus bens. Dessa forma, não é cabível autorizar a movimentação em
aplicações financeiras da interditanda porquanto não comprovada a efetiva necessidade
de utilização dos valores, cautela necessária e indispensável para resguardar o interesse
da incapaz. (TJ-MG - AI: 10000210801502001 MG, Relator: Edilson Olímpio
Fernandes, Data de Julgamento: 03/08/2021, Câmaras Cíveis / 6ª CÂMARA CÍVEL,
Data de Publicação: 09/08/2021)
2.8 PODERES E DEVERES DOS TUTORES
Art. 1.755. Os tutores, embora o contrário tivessem disposto os pais dos tutelados, são obrigados a prestar
contas da sua administração.
Art. 1.756. No fim de cada ano de
administração, os tutores submeterão
ao juiz o balanço respectivo, que,
depois de aprovado, se anexará aos
autos do inventário.
Art. 1.757. Os tutores prestarão contas
de dois em dois anos, e também
quando, por qualquer motivo, deixarem
o exercício da tutela ou toda vez que o
juiz achar conveniente.
Parágrafo único. As contas serão
prestadas em juízo, e julgadas depois
da audiência dos interessados,
recolhendo o tutor imediatamente a
estabelecimento bancário oficial os
saldos, ou adquirindo bens imóveis, ou
títulos, obrigações ou letras, na forma
do § 1 o do art. 1.753.
“Há na tutela um múnus público, ou
seja, uma atribuição imposta pelo estado
para atender a interesses públicos e
sociais” Maria Helena Diniz
2.7 PODERES E DEVERES DOS TUTORES
2.8 CESSAÇÃO DA TUTELA
34
Representá-lo até os 16 anos e assisti-lo até os 18 anos, após isso (art. 1763,CC), cessação da tutela.
Emancipação do menor ou adoção (art. 1763, CC)
Cair o menor sob o poder familiar (art. 1763, CC)
CESSAM AS FUNÇÕES DO TUTOR (art. 1764, CC)
Ao expirar o termo; escusa legítima; e remoção - negligente, prevaricador ou incurso em incapacidade
A serviço pelo prazo de 2 anos ou mais (art. 1765, CC)
OBS: A quitação do menor (feita pelo próprio tutor, herdeiros ou representantes (art. 1.759,CC))
NÃO PRODUZIRÁ EFEITO ANTES DE APROVADAS AS CONTAS PELO JUIZ
As despesas justificadas e reconhecidamente proveitosas ao menor (Art. 1760, CC) serão pagas pelo
tutelado (Art. 1761,CC). Com ocorrência de juros desde o julgamento definitivo das contas (Art. 1762,
CC).
2.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
35
PRIMAZIA PELO MELHOR INTERESSE DO MENOR
PODER FAMILIAR PODER FAMILIAR (limitações e inspeção judicial)
NÍTIDO CARÁTER ASSISTENCIAL – PREVISÃO REMUNERAÇÃO
Críticas à unipessoalidade do tutor, tutor no singular (LIMA, 2013)
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo já proferiu 
decisão conferindo a tutela dúplice aos avós do menor, apesar da 
insurgência do Ilmo (BRASIL, 2022) 
36
Maurício e Sílvia, falecem deixando dois filhos
menores impúberes, vasto patrimônio, mas sem
deixar testamento.Diante da grave situação dos
menores, os avós maternos, o avô paterno e um tio
passam a disputar o exercício da tutela das crianças,
ajuizando, todos, medida judicial competente. No
curso do processo em que se decidirá sobre quem
exercerá a tutela dos menores, constata-se que o avô
paterno não tem a livre administração de seus
bens, em razão de interdição judicial. Verifica-se
também que os avós maternos são pessoas de pouca
instrução e de poucos recursos financeiros, apesar de
manterem a vida econômica equilibrada e o
casamento estável. O tio dos menores, por sua vez,
tem vasto patrimônio e uma família equilibrada.
Considerando os dados fornecidos pelo problema,
quem melhor terá condições de exercer a tutela?
3 RESOLUÇÃO DA QUESTÃO
VAMOS PATRICAR O QUE APRENDEMOS?
▪ BRASIL. Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan.
2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406
compilada.htm>. Acesso em: 14 jul 2022.
▪ BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo. Relator: Desembargador Elpídio José Duque. Processo
0008669-39.2006.8.08.0000, Data do Julgamento: 30/01/2007, Disponível em: http://aplicativos.tjes.
jus.br/consultaunificada/faces/pages/pesquisaSimplificada.xhtml. Acesso em: 14 jul. 2022.
▪ FARIAS, Cristiano Chaves de et al. Manual de Direito Civil: Volume Único. Salvador: JusPODIVM, 2021, p.
1.351.
▪ LIMA, Júlia Silva Fernandes de. A admissão da tutela dúplice em observância ao melhor interesse do menor. Curso
de Pós Graduação Lato Sensu da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em:
https://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/trabalhos_conclusao/1semestre2013/
trabalhos_12013/JuliaSilvaFernandesLima.pdf. Acesso em: 14 jul 2022.
▪ PEREIRA, Rodrigo da cunha. Direito das Famílias: prefácio Min. EdsonFachin, 2ª ed.,Rio de Janeiro: Editora
Forense, 2020.
▪ TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. 12 ed.,Riode Janeiro: Editora Método, 2021.
37
REFERÊNCIAS
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UEVA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL IV
PROFA°: OSVANIA PINTO, Ma.
EQUIPE 3: DIKSOM DA SILVA SOUSA
GILMAR MARQUES DE ARAUJO SEVERIANO
LUCAS KENNAN PARENTE DO NASCIMENTO
LYGIA SILVEIRA LIMA ROCHA
MARIA VALCILANIA FONTENELE LIMA; E
RUAN SILVA RABELO
OBRIGADO!

Continue navegando