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Monografia Analise Fitoquimica de C.Citratus

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Vasco Chongo 
 
 
 
 
 
 
 
Análise fitoquímica das folhas de Cymbopogon citratus usada no controlo da 
hipertensão: Caso da localidade de Matchovane no distrito de Manhiça 
Licenciatura em Ensino de Química com habilitações em Gestão de Laboratórios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica de Maputo 
Maputo 
2022 
 
 
 
Vasco Chongo 
 
 
 
 
 
 
Análise fitoquímica das folhas de Cymbopogon citratus usada no controlo da 
hipertensão: Caso da localidade de Matchovane no distrito de Manhiça 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica de Maputo 
Maputo 
2022
Monografia Científica a ser apresentado ao Curso 
de Química, Faculdade de Ciências Naturais e 
Matemática para a obtenção do grau académico de 
Licenciatura em Ensino de Química 
Supervisor: Professor Doutor Elias Narciso Matos 
i 
 
Índice Páginas 
Índice de figuras ............................................................................................................................. iii 
Índice de tabela .............................................................................................................................. iv 
Lista de abreviaturas ....................................................................................................................... v 
Declaração de Honra ...................................................................................................................... vi 
Dedicatória .................................................................................................................................... vii 
Agradecimento ............................................................................................................................. viii 
Resumo .......................................................................................................................................... ix 
CAPITULO I. INTRODUAÇÃO ................................................................................................... 1 
1.Introdução .................................................................................................................................... 1 
1.1.Problematização da Pesquisa .................................................................................................... 2 
1.2.Justificativa e Relevância .......................................................................................................... 3 
1.3.Objectivos da Pesquisa ............................................................................................................. 4 
1.3.1.Geral…. .................................................................................................................................. 4 
1.3.2.Específicos ............................................................................................................................. 4 
1.4.Perguntas científicas ................................................................................................................. 4 
1.5.Delimitação do tema ................................................................................................................. 4 
CAPÍTULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 5 
2.Plantas medicinais ........................................................................................................................ 5 
2.1.Descrição da planta ................................................................................................................... 5 
2.2.Classificação Científica de Cymbopogon citratus .................................................................... 5 
2.3.Conceito da hipertensão arterial................................................................................................ 6 
2.4.Tipos da Hipertensão ................................................................................................................ 6 
2.4.1.Hipertensão arterial alta ......................................................................................................... 6 
2.4.2.Hipotensão arterial ou pressão baixa ..................................................................................... 7 
2.5.Tratamento da hipertensão ........................................................................................................ 8 
2.5.1.Tratamento não medicamentoso ............................................................................................ 8 
2.5.2.Tratamento medicamentoso ................................................................................................... 9 
2.6.Princípios activos e suas actividades farmacológicos ............................................................. 11 
2.6.1.Terpenos ............................................................................................................................... 11 
2.6.2.Saponinas ............................................................................................................................. 12 
 ii 
 
 
 
2.6.3.Compostos fenólicos ............................................................................................................ 12 
2.6.4.Flavonóides .......................................................................................................................... 13 
2.6.5.Compostos nitrogenados ...................................................................................................... 14 
2.6.6.Alcalóides ............................................................................................................................ 14 
CAPITULO III. MATERIAIS E MÉTODOS DA PESQUISA ................................................... 17 
3.Metodologia da pesquisa............................................................................................................ 17 
3.1.Local da realização da pesquisa .............................................................................................. 17 
3.2.Técnicas e instrumentos de colecta de dados .......................................................................... 18 
3.2.1.Revisão bibliográfica ........................................................................................................... 18 
3.2.2.Amostragem ......................................................................................................................... 18 
3.2.3.Experimentação.................................................................................................................... 18 
3.3.Colecta e armazenamento de amostra ..................................................................................... 18 
3.4.Secagem das folhas ................................................................................................................. 19 
3.5.Extracção como método experimental .................................................................................... 20 
3.6.Prospecção fitoquímica ........................................................................................................... 21 
3.8.Desenho experimental ............................................................................................................. 24 
3.9.Equipamentos e reagentes ....................................................................................................... 25 
CAPÍTULO IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 26 
4.Extractos e Rendimento da Extracção das folhas de Cymbopogon citratus .............................. 26 
4.1.Análise fitoquímica das folhas de Cymbopogon citratus ....................................................... 27 
4.2.Identificação de princípios activos que apresentam propriedades hipertensivas .................... 31 
4.3.Comparaçãodos princípios activos com alguns medicamentos anti-hipersantivos ............... 31 
CAPITULO V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÃO ............................................................ 34 
5.Conclusões e recomendação ...................................................................................................... 34 
5.1.Conclusões .............................................................................................................................. 34 
5.2.Recomendação ........................................................................................................................ 34 
6.Referências bibliográficas .......................................................................................................... 35 
 
 
 
 
 iii 
 
 
 
 Índice de figuras 
Figura 1. Imagem de C. citratos ..................................................................................................... 5 
Figura 2.Estrutura química de Tanimos ........................................................................................ 11 
Figura 3.Estruturas de saponinas .................................................................................................. 12 
Figura 4.Estrutura de Flavonóides ................................................................................................ 13 
Figura 5.Morfina ........................................................................................................................... 14 
Figura 6.Cafeina ............................................................................................................................ 14 
Figura 7.Cocaína ........................................................................................................................... 14 
Figura 8.Nicotina .......................................................................................................................... 14 
Figura 9: Mapa que ilustra o local da realização da pesquisa ....................................................... 17 
Figura 10.Ilustração da secagem da amostra. ............................................................................... 19 
Figura 11.Ilustração da amostra torturada. ................................................................................... 19 
Figura 12.Ilustração do processo da extracção por Soxhlet .......................................................... 20 
Figura 13.Equação de edificação de antraquinonas ...................................................................... 21 
Figura 14.Equação de identificação dos esteróides ...................................................................... 22 
Figura 15.Reacção entre flavonóides e Magnésio ........................................................................ 22 
Figura 16.Identificação de taninos com Cloreto férrico ............................................................... 23 
Figura 17:Desenho experimental .................................................................................................. 24 
Figura 18:Medicamentos anti-hipersantivas usadas no controlo de hipertensão. ......................... 31 
Figura 19:Estruturas dos Principais medicamentos anti-hipersantivos ........................................ 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 iv 
 
 
 
Índice de tabela 
Tabela 1. Sintomas da hipertensão e controlo ................................................................................ 6 
Tabela 2.Sintomas da hipotensão e as causas ................................................................................. 7 
Tabela 3.Mecanismos de acção, efeito colateral das principais classes dos fármacos anti-
hipertensivos ................................................................................................................................... 9 
Tabela 4.Lista de equipamentos necessários ................................................................................ 25 
Tabela 5.Lista de reagentes necessários........................................................................................ 25 
Tabela 6.Resultados do Processo da Extracção das folhas da C. citratus .................................... 26 
Tabela 7.Resumo dos Resultados obtidos na identificação dos princípios activos ...................... 29 
Tabela 8:Resultados obtidos na identificação dos princípios activos. .......................................... 30 
Tabela 9:Comparação dos princípios com alguns medicamentos anti-hipersantivos ................... 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 v 
 
 
 
Lista de abreviaturas 
ABCS ………………………………..Sociedade Brasileira de Cardiologia. 
C.citratus ……………………………Cymbopogon citratus 
DCNTs……………………………….Doenças Crónicas não Transmissíveis 
FCNM………………………………..Faculdade de Ciências Naturais e Matemática 
INS……………………………………Instituto Nacional de Saúde 
OMS………………………………….Organização Mundial da Saúde 
UP-Maputo………………………......Universidade Pedagógica de Maputo 
SOCERJ……………………………..Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro 
IECA………………………………… Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina 
ECA…………………………………..Enzima de Conversão da Angiotensina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 vi 
 
 
 
Declaração de Honra 
Eu, Vasco Chongo, estudante de licenciatura em Ensino de Química com Habilitação em Gestão 
de Laboratórios, da Faculdade de Ciências Naturais e Matemática. Declaro por minha honra que 
esta Monografia Científica, é resultado das minhas investigações pessoais em coordenação com o 
meu supervisor, o seu conteúdo é original e as fontes consultadas estão devidamente mencionadas 
no corpo do texto e na bibliografia final. 
Declaro ainda que este trabalho nunca foi apresentado por alguém tanto aqui nesta Faculdade como 
em outras instituições quer de ensino quer de investigação para obtenção de qualquer grau 
académico. 
 
 
 
 
 
 
 
Maputo, Agosto de 2022 
_____________________________ 
(Vasco Chongo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 vii 
 
 
 
Dedicatória 
Dedico esta Monografia científica à minha Mãe Maria Helena Vasco Chongo, em especial ao meu 
tio João Vasco Chongo, a minha noiva, mãe de Albert pela paciência em todos momentos que 
estive ausente devido a realização deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 viii 
 
 
 
Agradecimento 
À Deus pela vida a sua infinita misericórdia e por ter-me dado capacidade em todos os momentos, 
ter dado forças para chegar até aqui. Tudo é por Ele, e para a glória Dele. 
Agradecimentos especiais ao meu supervisor Prof. Doutor Elias Narciso Matos, pela orientação, 
paciência e apoio prestado ao longo de todas as etapas da realização do presente trabalho. 
Ao colega Técnico Felício Simbine, pela paciência e ajuda prestada ao longo da execução do 
trabalho experimental. Agradeço a comunidade pela permissão no que concerne a realização do 
trabalho de campo. 
Os meus agradecimentos são extensivos ao corpo docente e aos estudantes do departamento de 
Química da Faculdade de Ciências da UP-Maputo pelos momentos de amizade com passei durante 
a fase académica. A todos meus colegas vão também os meus sinceros agradecimentos pelo 
espírito de companheirismo. A todos aqueles que directa ou indirectamente, contribuíram para a 
realização deste trabalho de conclusão do curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ix 
 
 
 
Resumo 
 A Cymbopogon citratus ou Chambalacate é uma das plantas utilizada na medicina tradicional pela 
comunidade de Matchovane, no controlo de várias doenças, destacando-se entre elas a hipertensão, 
cólicas e insónia. Fez-se uma entrevista aos médicos tradicionais, onde eles afirmaram que 
Chambalacate é usada no controlo da hipertensão e recomendam os seus pacientes administrar três 
chávenas por dia, isto é, de manhã, a tarde e ao anoitecer. 
O presente trabalho tem como objectivo: analisar a composição fitoquímicadas folhas de 
Cymbopogon citratus usada pela população em Machovane no controlo da hipertensão. Para o 
alcance do objectivo, recorreu-se uma abordagem qualitativa, e baseou-se no método 
experimental. A amostra foi colhida e colocada num saco feito de jornais no período de amanhã, 
de modo a evitar o contacto com a radiação solar que pode alterar a composição dos 
fitoconstituentes. 
Para a obtenção dos extractos, foram usados dois métodos de extracção: a extracção etanóica 70% 
por soxhlet e a extracção aquosa por infusão. A extração etanoica, apresenta maior rendimento 
comparado com extração aquosa. De seguida, fez-se a vaporização do solvente com auxílio do 
rota-vapor, deixou-se repousar, fez-se filtração da amostra e procedeu-se com a identificação dos 
fitoconstituentes, dos quais foram identificados: alcalóides, antraquinonas, cumarinas, 
flavonóides, saponinas, terpenóides, quinonas. Terminada a identificação, procedeu-se a 
comparação das classes com medicamentos anti-hipersantivos, de onde concluiu-se que o extracto 
das folhas de Cymbopogon citratus possui acção anti-hipersantiva. Portanto, recomenda-se um 
estudo envolvendo a dosagem dos princípios activos que possui propriedades anti-hipersantivas. 
Palavras-chaves: Cymbopogon citratus, hipertensão, fitoconstituentes. 
 
 
 
 
1 
 
CAPITULO I. INTRODUAÇÃO 
1. Introdução 
A história do uso de plantas medicinais tem mostrado que elas fazem parte da evolução humana e 
foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados pelos povos. As antigas civilizações têm suas 
próprias referências históricas acerca das plantas medicinais e, muito antes de aparecer qualquer 
forma de escrita, o homem já utilizava as plantas e, entre estas, algumas como alimento e outras 
como remédio. Nas suas experiências com ervas, tiveram sucessos e fracassos, sendo que, muitas 
vezes, estas curavam e em outras matavam ou produziam efeitos colaterais severos (TOMAZZONI 
et al., 2006). 
Os subsídios da utilização e os benefícios terapêuticos das plantas medicinais vêm sendo 
guardados há séculos e seu uso representa uma alternativa para o tratamento e cura das doenças no 
presente. Embora seu uso ter sua propagação ligada ao conhecimento popular, sem carácter 
científico, lentamente vem ganhando destaque e inserido ao conhecimento científico (DANTAS 
et al., 2007). 
Diante do grande hábito cultural e conhecimento popular sobre produtos naturais é importante 
fornecer a população informações que indicam o uso adequado e efeitos com comprovação 
científica deste produto. As análises preliminares ou avançadas são importantes para caracterizar 
as substâncias presentes e no controle de qualidade de um fitofármaco. 
A presente pesquisa visa contribuir na valorização do conhecimento da população de Matchovane 
e dar um suporte científico, proporcionando deste modo o conhecimento real da diversidade 
química da planta em análise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
1.1.Problematização da Pesquisa 
As Doenças crónicas não transmissíveis impõem enormes custos económicos que recaem sobre os 
países de baixa e média renda. Actualmente as mortes prematuras, de pelo menos 7,2 milhões das 
15 milhões de pessoas que morrem em todo o mundo a cada ano, com idades compreendidas entre 
30 e 70 anos, são dos países mais pobres do mundo (OMS,2018). 
De acordo com o relatório do ano 2018 publicado pelo Instituto Nacional de Saúde (INS, 2018), 
estima-se que 5 milhões de Moçambicanos são hipertensos, os estudos realizados entre 2005 e 
2015 mostraram que nos últimos 10 anos que prevalência da hipertensão arterial aumentou de 
34,9% para 39%, nas pessoas com idades compreendidas entre 25 e 64 anos. 
O relatório permite concluir que as doenças não transmissíveis são um problema de saúde pública 
que ameaça a sustentabilidade do sistema nacional de saúde em Moçambique, e compromete o 
alcance dos objectivos de desenvolvimento sustentável. Os factores de risco para doenças crónicas 
tende aumentado, afectando pessoas jovens resultando em elevada incapacidade e mortalidade 
precoce, e atingem de forma desproporcional os segmentos mais desfavorecidos da população 
moçambicana. 
 Há necessidade de aumentar a disponibilidade, o acesso e a qualidade do diagnóstico e provisão 
de cuidados de saúde na área de doenças crónicas, sobretudo nas regiões distantes dos grandes 
centros urbanos, implementando estratégias de descentralização e integração na prestação de 
cuidados de saúde. 
Os comprimidos usados para o controlo da hipertensão são de elevado custo financeiro, por esse 
motivo a população local tem recorrido ao uso de plantas medicinas como alternativa para atender 
as necessidades básicas da sua saúde. Uma das plantas usadas no controlo da hipertensão são as 
folhas de Cymbopogon citratus. Dai que surge a seguinte questão de pesquisa: Quais são os 
princípios activos presente no extracto das folhas Cymbopogon citratus (Chambalacate) que 
possuem propriedades anti-hipertensivas? 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
1.2.Justificativa e Relevância 
A escolha do tema está relacionada, com experiências vivenciadas durante adolescência na 
Localidade de Matchovane no distrito de Manhiça, onde pude observar a utilização de plantas 
medicinais no tratamento e alívio de algumas doenças, o que é favorecido por diversos motivos, 
como a facilidade de obtenção das mesmas e a tradição dessa prática. Outros factores que motivam 
a procura e utilização de plantas medicinais incluem o alto custo de medicamentos convencionais, 
aliado à dificuldade de acesso à assistência médica e farmacêutica por parte da população. 
O presente trabalho é de carácter importante nas seguintes áreas: 
 Área social 
Este estudo irá ajudar a comunidade de Matchovane a ter um suporte científico, através das 
informações sobre os princípios activos presente nos extractos das folhas planta. Assim sendo, o 
uso correcto e adequado da planta medicinal no controlo da hipertensão, para que esta tenha o 
efeito desejado, pois, se usarmos as plantas de forma correcta, ganhamos saúde, qualidade de vida, 
o bem-estar e desenvolvimento da sociedade. 
 Área académica 
Nesta área, o trabalho poderá servir de base para estudos futuros sobre esta mesma planta ou uma 
planta qualquer que seja usada com a mesma finalidade. Irá despertar o interesse dos pesquisadores 
em fazer pesquisas similares ou aprofundar mais sobre a utilidade e a importância que as plantas 
medicinais apresentam no seio da sociedade. 
 Área económica 
Na área económica, será de grande ajuda pois ao se descobrirem os componentes que tornam esta 
planta viável para o controlo da hipertensão, serão canalizados menos recursos na compra de 
medicamentos convencionas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
 
1.3.Objectivos da Pesquisa 
1.3.1. Geral 
 Analisar a composição fitoquímica das folhas de Cymbopogon citratus usadas em 
Matchovane no controlo da hipertensão. 
1.3.2. Específicos 
 Extrair as substâncias activas das folhas de Cymbopogon Citratus; 
 Identificar os princípios activos presente nos extractos de Cymbopogon citratus; 
 Comparar os resultados da composição fitoquímica de Cymbopogon citratus com os 
medicamentos utilizados no controlo da hipertensão. 
 
1.4.Perguntas científicas 
 De que forma as substâncias activas nos extractos das folhas de Cymbopogon citratus podem 
ser extraídas? 
 Quais são os princípios activos presente nos extractos de Cymbopogon citratus que possui 
propriedades anti-hipersantivas? 
 Quais são os princípios activos de Cymbopogon citratus que tem relação com os 
medicamentos utilizados no controlo da hipertensão? 
 
1.5.Delimitação do tema 
A presente pesquisa restringe-se ao processo de extracção dos princípios activos das folhas de 
Cymbopogon citratus de Matchovane, análise fitoquímica da planta em estudo, a identificação dos 
princípios activos presentes nos extractos das folhas deCymbopogon citratus, como a comparação 
dos princípios activos identificados em relação aos medicamentos convencionais utilizados no 
controlo da hipertensão de modo a valorizar o conhecimento da população de Matchovane. 
 
 
 
 5 
 
 
 
CAPÍTULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2. Plantas medicinais 
A Organização Mundial da Saúde define como planta medicinal "todo e qualquer vegetal que 
possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que 
sejam precursores de fármacos semissintéticos" (OMS, 1998). 
Plantas medicinais são plantas que possuem substâncias utilizadas na prevenção ou cura de 
doenças (BANDEIRA, et al.,2002). 
2.1.Descrição da planta 
O Cymbopogon citratus, conhecida popularmente na região Sul do país como Chambalacate, 
capim limão é uma gramínea de porte herbáceo, cujas folhas reúnem-se na base formando um tufo, 
tendo em média 100 cm de comprimento e 1,5 a 2,0 cm de largura. Apresentam formato linear-
lanceolado, com ápice acuminado e cor verde-acinzentada. São alternas, planas, erectas, ásperas e 
aromáticas com odor de limão. A lâmina foliar é glabra, com bainha larga e aberta. A nervação é 
paralela, sendo a nervura mediana evidente e estriada. A margem é híspida, possuindo tricomas 
rígidos e cortantes (GOMES,2003). 
2.2. Classificação Científica de Cymbopogon citratus 
 
 
Figura 1. Imagem de C. citratos 
Reino: Plantae 
Divisão: Magnoliophyta 
Classe: Liliopsida 
Ordem: Poales 
Família: Poaceae 
Género: Cymbopogon 
Espécie: C. citratus 
Nome 
binomial 
Cymbopogon 
citratus 
 
 Fonte: (CATALOGUE,2003 citado por GOMES,2003) 
 
 
 
 6 
 
 
 
2.3. Conceito da hipertensão arterial 
A Organização Mundial da saúde define, a hipertensão como sendo uma doença caracterizada por 
uma elevação crónica da pressão arterial sistólica ou pressão arterial diatónica. (OMS, 1978). A 
pressão arterial é máxima, é a pressão observada durante contracção do coração (sístole), na 
camada sistólica. 
A pressão diastólica é a pressão mínima observada durante a diástole (relaxamento dos músculos 
do coração). 
A hipertensão arterial (HA) tem sido definida como síndrome designada pelos elevados níveis 
tensionais, composta por mudanças metabólicas e hormonais e também a hipertrofias cardíaca e 
vascular, ou seja, fenómenos tróficos. Sua prevalência é alta, aproximadamente entre 15% a 20% 
da população adulta são detectadas como hipertensivas. (KOHLMANN, 1999). 
2.4.Tipos da Hipertensão 
2.4.1. Hipertensão arterial alta 
A Sociedade Brasileira de Cardiologia define a hipertensão como sendo a força que o sangue 
exerce nas paredes das artérias em decorrência do bombeamento feito pelo coração. (SBC,2017). 
É o aumento da pressão dentro dos vasos sanguíneos, principalmente dos vasos menores 
denominadas arteríolas, esses vasos tem a função de fornecer o sangue a todos os tecidos do 
organismo. Então quando as arteríolas estiverem comprometidas, o vaso dificulta a distribuição 
sanguínea, criando sintomas decorrentes daquele órgão que está comprometido. É caracterizada 
pelos valores acimais de 140/90 mmHg de pressão arterial. 
Esse quadro é grave e é um dos mais importantes factores risco para desenvolvimento de 
problemas cardiovasculares, cérebro, vasculares e renais. 
Tabela 1. Sintomas da hipertensão e controlo 
Sintomas de hipertensão Controle 
Dor de cabeça Mudanças nos hábitos de vida 
Sonolência Redução do consumo de sal 
Distúrbios na visão ou visão borrada 
 
Prática de actividade física 
 
Confusão mental e Vómitos 
 
Evitar hábitos como uso de cigarro e consumo 
exagerado de álcool 
Falta de ar, dores no peito 
 
Tomar a medicação diariamente e na hora 
certa. 
Fonte: adaptado da (SBC,2017). 
 
 7 
 
 
 
 Causas da hipertensão arterial 
Para chegar a cada parte do organismo, o sangue bombeado a partir do coração exerce uma força 
natural contra as paredes internas das artérias. Os vasos, por sua vez, oferecem certa resistência a 
essa passagem. E é essa disputa que determina a pressão arterial. 
A hipertensão arterial possui natureza multicausal e os seus principais factores de risco são 
distribuídos entre não modificáveis e modificáveis (estilo de vida, tabagismo, sedentarismo, 
alimentação inadequada), entre eles associa-se a obesidade e o excesso de peso. Já história familiar 
pode ser classificada como um factor de risco não modificável (BORGES, et al., 2008). 
2.4.2. Hipotensão arterial ou pressão baixa 
A hipotensão é quando o corpo apresenta pressão arterial abaixo do ideal, fazendo com que o 
sangue não chegue em quantidade suficiente em todo o corpo. 
A Hipotensão é a pressão denominada baixa, que se caracteriza por valores baixo de 100/60 
mmHg, podendo causar danos ao organismo. 
Quando a pressão está muito baixa, as células não recebem o oxigénio e nutrientes necessários 
para manutenção do organismo e os resíduos não são eliminados correctamente, podendo causar 
danos aos órgãos. 
A hipotensão faz com que a dilatação das arteríolas diminua a resistência do fluxo sanguíneo, o 
que significa que o coração está bombeando menos sangue, alterando assim, a largura das artérias, 
o batimento cardíaco e o volume de sangue no coração. 
 
Tabela 2.Sintomas de hipotensão e as causas 
Sintomas de hipotensão Causas 
Dor de cabeça 
 
Desidratação 
Visão escurecida 
 
Hemorragias 
Tontura, Perda dos sentidos 
 
Grandes períodos sem alimentação 
 
Franqueza 
 
Evitar exposição excessiva ao sol 
 
Sonolência, Confusão mental e Sensação de 
desmaio 
 
Quando há uso de medicamentos para reduzir 
pressão em casos de hipertensão 
 
Fonte: adaptado da (SBC,2017). 
 8 
 
 
 
Como a hipertensão não costuma dar sinais, é fundamental medir a pressão pelo menos uma vez 
por ano. Nas consultas de rotina, seja com o clínico geral ou algum especialista, sempre informe 
se algum parente sofre desse mal, sobretudo se for o pai ou a mãe. Para confirmar se uma pessoa 
possui pressão alta, a medição tem que ser feita em três dias diferentes. Antes de cada uma, o 
paciente deve seguir orientações como evitar tomar café ou bebidas estimulantes, descansar bem 
e relaxar. Na hora do exame, não se deve conversar nem ficar se mexendo. Esses cuidados são 
importantes para que o resultado seja o mais confiável possível. Se ainda assim restar alguma 
dúvida, o especialista solicita um exame que vigia a pressão ao longo de 24 horas. 
Para fazer a medição, é utilizado um aparelho chamado esfigmomanómetro, posicionado em volta 
do braço, e um estetoscópio para ouvir os sons do peito. O primeiro número é registado no 
momento em que o coração libera o sangue. Essa é a pressão sistólica, ou máxima o recomendável 
é que não passe de 12 mmHg. O segundo valor é a pressão diastólica, ou mínima. O ideal é que 
fique em torno de 8 mmHg. É o famoso 12 por 8. 
2.5. Tratamento da hipertensão 
O tratamento da hipertensão arterial visa à prevenção primária de doenças cardiovasculares e 
eventuais lesões em órgãos alvos e não no controle de sintomas, uma vez que estes estão 
intimamente ligados aos níveis de pressão arterial. A redução da pressão arterial é o principal factor 
que promove a prevenção de eventos cardiovasculares. Mas, o fato de um fármaco reduzir a 
pressão arterial, não significa que tenha o mesmo efeito na redução de eventos primordiais 
(FUCHS, 2002). 
2.5.1. Tratamento não medicamentoso 
As medidas não farmacológicas são passos iniciais e fundamentais para o sucesso do tratamento, 
seguido das medidas farmacológicas. Para uma eficiência no tratamento, ambas precisam estar 
bem ajustadas com objectivo de tratar a hipertensão, as complicações cardiovasculares graves, 
mutas delas irreversíveis (RODRIGUES,2013). 
Dentre as medidas podem citar: mudanças alimentares, redução do peso corporal, redução da 
ingestão do sal do consumode bebidas alcoólicas, implementação de hábitos saudáveis de 
actividades físicas, uma melhoria na conduta social e familiar por partes dos pacientes, qualidades 
de sono, evitar hábitos nocivos como tabagismo e etilismo, saúde emocional (AMB,2002). 
 
 
 9 
 
 
 
2.5.2. Tratamento medicamentoso 
Os fármacos anti-hipertensivos devem actuar na redução da pressão arterial, bem como nos 
eventos cardiovasculares fatais e não fatais (FUCHS, 2002). Ao instituir um tratamento 
medicamentoso é importante ressaltar a possibilidade de efeitos adversos. Deve-se avaliar a 
necessidade de, eventualmente, modificar a terapêutica instituída, bem como, o tempo necessário 
para que o efeito pleno dos medicamentos seja obtido, pelo menos quatro semanas. A orientação 
é outro ponto fundamental ao tratamento, visando integrar os pacientes à necessidade do 
acompanhamento, ao uso da medicação anti-hipertensiva e às medidas afins que visam, não apenas 
a redução da pressão arterial, mas, evitar riscos cardiovasculares potenciais (BRASIL, 2006). 
Tabela 3.Mecanismos de acção, efeito colateral das principais classes dos fármacos anti-
hipertensivos 
Classe de 
fármacos 
Mecanismos de acção Efeito colateral Exemplo de Anti-
hipertensivo 
 
 
 
1-Diurético 
 
 
Efeito diurético e 
natriurético. 
 
Hipopotassemia, hipomagnesmia, 
hiperurecemia,intolerância a 
glicose. 
Diuréticos 
1.1-Triazoidicos 
Clortalidona, 
Hidroclorotiazida 
1.2-Diurético de 
alça fusioamida 
1.3-Popadores de 
potássio. 
 
 
 
 
 
 
2-Alfa e 
Betabloqueadores 
 
 
Boqueiam os receptores 
beta-adrenérgicos, 
causando a diminuição 
inicial do débito cárdico, 
redução secreção de 
renina, barorreceptores e 
redução das 
catecolaminas nas 
sinapses nervosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Broncoespasmo, 
bradicardia, distúrbios da 
condução 
atrioventricular,vasoconstrição 
periférica, Insónia, pesadelos, 
depressão psíquica, astenia e 
disfunção sexual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carvedilol 
 10 
 
 
 
 
 
3-Bloqueadores de 
canais de cálcio. 
Redução da resistência 
vascular periférica por 
diminuição da 
concentração de cálcio 
nas células musculares 
lisas. 
Cefalénia,tontura, rubor facial e 
edema de extremidades, hipertrofia 
gengival,obstipação 
intestinal.Veralpamil e Diltiazem 
podem provocar depressão 
miocárdica bloqueio 
atrioventricular. 
 
 
3.1-
Fenilalquiminas 
Veralpamil 
3.2-
Benzatiazepinas 
Diltiazem 
3.3-Diidropiridinas 
anlodipina 
 
 
 
 
IECA 
Impedem a 
transformação de 
angiotensina I em 
angiotensina II, 
acarretando 
vasodilatação Têm 
acção favorável sobre o 
remodelamento vascular 
e miocárdio e prováveis 
acções 
antiateroscleróticas 
Retardam o declínio da 
função renal em 
pacientes com 
nefropatia diabética ou 
de outras etiologias 
Tosse seca é o mais frequente 
- Edema angioneurótico e 
erupção cutânea ocorrem 
mais raramente 
- Um fenómeno passageiro 
observado quando do seu 
uso inicial em pacientes 
com insuficiência renal é a 
elevação de ureia e creatinina 
séricas, habitualmente de 
pequena monta e reversível. 
 
 
 
 
Captopril 
Enalapril 
 
 
 
 
Inibidores da ECA 
Bloqueio da 
transformação da AT1 
em 2 no sangue e nos 
tecidos. A longo prazo 
retardam o declínio da 
função renal em 
pacientes nefropatas 
Tosse seca, alteração do paladar, 
erupção cutânea e edema 
angioneurótico, hiperpotassemia e 
aumento da uréia e creatinina na 
insuficiência renal (a longo prazo 
prepondera o efeito nefroprotetor). 
Não usar na gravidez e usar com 
cautela na adolescência e em 
mulheres em idade fértil. 
 
 
 
 
Captopril 
Enalapril. 
 
 
 
Vasodilatantes 
 
 
 
 
Atuam sobre a 
musculatura da parede 
vascular, promovendo 
relaxamento muscular 
com consequente 
vasodilatação e redução 
da resistência vascular. 
 
 
 
Ausente 
 
 
Vasodilatadores 
directos 
 Hidralazina 
Fonte: adaptado da (SOCERJ, 2018). 
 
 
 11 
 
 
 
2.6. Princípios activos e suas actividades farmacológicos 
As espécies de plantas apresentam variedade de princípios activos e cada um representa uma acção 
específica sobre determinada função fisiológica no vegetal e quando ingeridos pelo homem ou 
animal tem diversas acções no organismo. (TAIZ,2006). 
No pensamento de afirma que podemos agrupar estes segundo sua estrutura química, suas 
propriedades farmacológicas ou comportamento físico-químico (FONSECA, 2005). 
2.6.1. Terpenos 
 Os terpenos constituem a maior classe de produtos secundários, sendo a maioria insolúvel em 
água. Segundo TAIZ (2006) os terpenos são formados pela condensação de unidades de isopreno 
(C5), podendo se apresentar na forma de monoterpenos, sesquiterpenos e triterpenos, quando 
contém oxigénio (O2) são descritos como terpenóides. 
De acordo GARCIA & CARRIL (2009) com a ciclização, os terpenos apresentam diversos 
esqueletos cíclicos ou não. Os terpenos são classificados de acordo com as 5 unidades de carbono 
e estão subdivididos em monoterpenos (10 unidades de carbono), sesquiterpenos (15 carbonos), 
diterpenos (20 carbonos), sesterpenos (25 carbono) triterpenos (30 carbonos) e tetraterpenos (40 
carbonos). 
Segundo TAIZ (2006) os óleos essenciais e alguns terpenos actuam sobre a membrana celular 
microbiana provocando alterações que levam a perda de alguns componentes celulares. Esta 
desestruturação da membrana tem sido atribuída as características lipofílicas dos terpenos. 
Figura 2.Estrutura química de Tanimos 
 
 
 12 
 
 
 
 Actividade farmacológica de terpenóides 
Os terpenos apresentam propriedades anti-inflamatórias e antinoceptivas, antibacterianas, 
fungicídicos, anti-virais, analgésicos, cardiovasculares, antitumoral (TAIZ & ZIEGLER, 2006). 
2.6.2. Saponinas 
As saponinas são substâncias derivadas do metabolismo secundário das plantas, do grupo dos 
terpenos, relacionados, principalmente, com o sistema de defesa. Em solução aquosa, as saponinas 
formam uma espuma persistente e abundante. Essas actividades provem do fato de apresentarem 
em sua estrutura uma parte lipofílica denominada aglicona ou sapogenina e uma parte hidrofílica 
constituída por um ou mais açúcares (SCHENKEL et al.,2001 citado por ALVES). 
Figura 3.Estruturas de saponinas 
 
 Fonte: (RIBEIRO, 2012) 
 Actividade farmacológica das saponinas 
Das propriedades farmacológicas das saponinas, podemos citar a actividade anti-inflamatória, 
hemolítica, antimicrobianas e antiviral. Muitas das propriedades são detectadas e testadas, porém, 
algumas actividades constatadas, não são empregadas na terapêutica devido aos efeitos tóxicos das 
saponinas em organismos vivos (MULLER, 2006). 
2.6.3. Compostos fenólicos 
Na perspectiva de VILA (2006), os compostos fenólicos são originados do metabolismo 
secundário das plantas, derivados dos aminoácidos aromáticos fenilalanina e também da tirosina. 
Quimicamente, os compostos fenólicos podem ser definidos como substâncias que possuem um 
 13 
 
 
 
anel aromático contendo um ou mais grupos hidroxila, incluindo seus derivados. Existe uma 
grande variedade de compostos fenólicos, incluindo os fenóis simples, derivados do ácido 
benzóico, ligninas e flavonóides entre outros. Os compostos fenólicos, são quimicamente 
heterogéneos. Alguns são solúveis em solventes orgânicos e outros são ácidos orgânicos e 
glicosídeos solúveis em água e há aqueles que são grandes polímeros insolúveis (GARCIA & 
CARRIL, 2009). 
2.6.4. Flavonóides 
De acordo com VILA (2006), os flavonóides são uma classe muito extensa de produtos naturais 
distribuída no reino vegetal. Estão presentes em todas as partes das plantas, desde as raízes até as 
flores e frutos, sendo encontrados nos vacúolos das células. Ocorrem de forma livre (aglicona) ou 
ligados a açúcares (glicosídeos). Muitos são coloridos (amarelos), actuandona atracção de insectos 
para a polinização das plantas. Os flavonóides são derivados das flavonas e ocorrem nas plantas 
em uma variedade de formas estruturais, todas contendo 15 átomos de carbono em seu núcleo 
básico arranjados na configuração C6- C3- C6, isto é, são dois anéis aromáticos, ligados por três 
carbonos que podem ou não formar um terceiro anel, ligados a vários substituintes. 
Figura 4.Estrutura de Flavonóides 
 
Fonte: (ALMEIDA,2015) 
 
 14 
 
 
 
 Actividade farmacológica dos flavonóides 
Pesquisas sugerem que alguns flavonóides são responsáveis por acção antitumoral, podendo agir 
como antivirais, antibacterianos, anti-hemorrágicos, hormonais, vasodilatação, anti-inflamatórios, 
anti-microbianos e antioxidantes (MULLER, 2006). 
 O emprego terapêutico de plantas contendo flavonóides é vasto, e em muitos casos, ainda 
empírico, embora alguns resultados tenham mostrado que os flavonóides possam apresentar efeito 
mutagénico, entretanto, são considerados benéficos. Alguns medicamentos são elaborados a partir 
de flavonóides, em particular os usados no tratamento de doenças circulatórias, hipertensão 
(VIRGILIO, 2013). 
2.6.5. Compostos nitrogenados 
De acordo com EMERY et al (2011) uma grande diversidade de compostos com origem vegetal 
apresenta nitrogénio na sua estrutura e a maioria deles é sintetizada a partir de aminoácidos 
comuns. Entre eles estão os alcalóides, glicosídeos, cianogénicos, aminoácidos não proteicos. 
2.6.6. Alcalóides 
Os alcalóides são aminas cíclicas que apresentam anéis heterocíclicos contendo nitrogénio. Por serem 
aminas, os alcalóides são básicos ou alcalinos: o que originou o nome alcalóides, que significa 
“semelhantes aos álcalis”.Os alcalóides são substâncias naturais de origem vegetal ou animal. Nas 
plantas, têm a função de defesa contra insectos e animais predadores (FELTRE, 2004). 
 Actividade farmacológica dos alcalóides 
Os alcalóides são conhecidos pelo seu efeito farmacológico em animais vertebrados. Normalmente 
em humanos são utilizados como anti-maláricos, com poder antimicrobiano. Também são usados 
como sedativos e estimulantes, como o caso de morfina, cafeína, cocaína e nicotina. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5.Morfina 
 
Figura 6.Cafeina 
 
Figura 7.Cocaína 
 
Figura 8.Nicotina 
 
Fonte: Adaptado de (FELTRE, 2004) 
 
 15 
 
 
 
2.7.Preparação de extractos de plantas 
Os compostos activos são retirados das mais diferentes partes de uma planta, como o caule, as 
folhas, as sementes e os frutos. Actualmente os extractos são classificados de tinturas, extractos 
fluidos, extractos moles ou concentrados, e extractos secos ou em pó. 
A extracção é uma operação físico-química de transferência de massa, onde os sólidos solúveis e 
voláteis podem ser extraídos por manter-se contacto entre o solvente e os sólidos (CLARKE, 
1985). 
Extracção significa retirar, da forma mais selectiva e completa possível, as substâncias ou fracção 
activa contida na planta, utilizando para isso, um líquido ou mistura de líquidos tecnologicamente 
apropriados e toxicologicamente seguros. 
 “Extractos são produtos obtidos por esgotamento, a frio ou a quente, a partir de produtos de 
origem animal, vegetal ou microbiana com solventes permitidos. Devem conter os princípios 
sápidos aromáticos voláteis e fixos correspondentes ao respectivo produto natural. Podem 
apresentar-se como: extractos líquidos: obtidos sem a eliminação do solvente ou eliminando-o de 
forma parcial; e extractos secos: obtidos com a eliminação do solvente.” 
A extracção é uma técnica usada para separar um componente de uma mistura por meio de um 
solvente. Pode ser definida como um método de purificação e isolamento de compostos orgânicos, 
em que numa mistura de substâncias sólidas ou líquidas se extraem por acção selectiva de um 
solvente (JIRON 1995 citado por SAMBO, 2007). 
A extracção de tipo sólido – líquido compreende os seguintes métodos: infusão, decocção, 
maceração e soxhlet (MAYO, 1991). 
 Infusão é um método que consiste em impregnar um solvente em ebulição sobre um 
material sólido previamente moído, deixando ficar em contacto durante certo tempo. 
 Decocção consiste em ferver substâncias para lhes extrair princípios activos. Se o material 
é sólido, previamente moído, junta-se-lhe o solvente adequado e submete-se à fervura. Este 
método é muito usado para extrair o princípio activo das plantas pelos praticantes da 
medicina tradicional. O seu emprego é muito restrito, pois muitas substâncias activas são 
alternadas pelo aquecimento. 
 
 
 
 16 
 
 
 
 Extracção por maceração 
Consiste na extracção da matéria-prima vegetal, realizada em recipiente fechado, em temperaturas 
variadas, durante um período prolongado de horas ou dias, sob agitação ocasional e sem renovação 
do líquido extractor. Pela sua natureza, não reduz ao esgotamento a matéria-prima vegetal, seja 
devido à saturação do líquido extractor ou ao estabelecimento de um equilíbrio difusional entre o 
meio extractor e o interior da célula. A utilização de água ou de misturas hidroalcoólicas, com 
concentrações etanólicas inferiores a 20%, deve ser evitada para evitar a ocorrência de proliferação 
microbiana (SIMOES, O. et al, 2001) 
 Percolação 
Tem como característica comum a extracção exaustiva das substâncias activas. Nesta extracção, o 
material vegetal moído é colocado em um recipiente cónico ou cilíndrico (percolador), de vidro ou 
metal, através do qual é passado o líquido extractor. Diferente da maceração, a percolação é uma 
operação dinâmica, indicada na extracção de substâncias, farmacologicamente muito activas, presente 
em pequenas quantidades ou pouco solúveis (SIMOES, O. et al, 2001). 
 Soxhelt 
É utilizada, para extrair sólidos com solventes voláteis, exigindo o emprego do aparelho Soxhelt. 
Essa extracção, em nível laboratorial, também não deixa de ser um tipo de percolação cíclica, com 
destilação simultânea e reaproveitamento do solvente. A desvantagem é que utiliza a temperatura. 
(SIMOES, O. et al, 2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
 
 
 
CAPITULO III. MATERIAIS E MÉTODOS DA PESQUISA 
3. Metodologia da pesquisa 
Para a realização desta pesquisa foi usado o método experimental com uma abordagem qualitativa, 
na pesquisa qualitativa. Baseando-se na interpretação dos fenómenos, atribuição de significados 
das modalidades de colecta de informação, análise e discussão dos dados. (LAKATOS & 
MARCONI, 1991). 
De acordo com Prodanov & De freitas (2013), citado por Boane (2017), “o método experimental 
é um conjunto de procedimentos explicativos que consistem em submeter os objectos de estudo à 
influência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo investigador, para 
observar os resultados que a variável produz no objecto em estudo”. Estes conceitos fundamentam 
a decisão da escolha desses métodos para a realização deste tipo de pesquisa. 
3.1.Local da realização da pesquisa 
Figura 9: Mapa que ilustra o local da realização da pesquisa 
 
Fonte: Google mapas. 
O estudo de campo foi realizado no distrito de Manhiça, está situado na parte norte da província 
de Maputo. Concretamente na localidade de Matchovane situa-se entre Munguine e Maluana. Tem 
limites geográficos, a norte e nordeste com o distrito de Bilene Macia da província de Gaza, a leste 
com o Oceano Índico, a sul com o distrito de Marracuene, a oeste com o distrito de Moamba e a 
oeste e nordeste com o distrito de Magude. 
 18 
 
 
 
3.2.Técnicas e instrumentos de colecta de dados 
Para concretizar os objectivos desta pesquisa foram utilizadas as seguintes técnicas e instrumentos 
de colecta de dados: 
3.2.1. Revisão bibliográfica 
Esta técnica surge com o objectivo de manter o pesquisador informado sobre o que já foi 
investigado, para conhecer que estudo se realizou, que aspecto do problema foi investigado,que 
metodologia já foi usada, a fim de buscar novos enfoques na abordagem do tema actual. 
Na presente pesquisa a pesquisa bibliográfica foi usada na recolha de informações, de C.citraus 
olhando mais para o seu uso como uma planta usada no tratamento da hipertensão, os processos e 
procedimentos pelos quais são extraídos os princípios activos das plantas e qual deve ser o 
tratamento que a planta recebe antes, durante e depois de ser colectada para que não sejam 
danificadas as suas propriedades. 
3.2.2. Amostragem 
Na pesquisa foi usada uma amostragem não probabilística que é um tipo de amostragem baseada 
em critérios de exclusão propostos pelo pesquisador, com a finalidade de melhor julgar os 
intervenientes que deverão fazer parte da sua investigação. (PRODANOV e DE FREITAS 2011, 
apud BOANE 2017). 
Foram seleccionadas plantas saudáveis, não muito jovens e nem velhas. Foram usadas plantas 
médias. O risco de seleccionar plantas muito jovens é o facto de certas substâncias estarem ainda 
em formação, e nas plantas velhas as substâncias podem ter sidos degradadas. 
3.2.3. Experimentação 
O método experimental consiste, especialmente em submeter os objectos de estudo a influência de 
certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo investigador, para observar os 
resultados que a variável produz no objecto. 
 
3.3.Colecta e armazenamento de amostra 
A colecta das folhas da planta foi feita no dia 9 de mês de Outubro de 2021 as 8 horas, na localidade 
de Matchovane, no distrito de Manhiça na Província de Maputo.. Para a colecta das folhas da 
planta utilizou-se uma faca e foram acondicionadas em um saco de papel feita com jornais, para 
mante-las frescas e evitar o contacto com a irradiação solar que pode alterar a composição dos 
fitoconstituentes. 
 19 
 
 
 
3.4.Secagem das folhas 
A secagem das folhas foi feita no laboratório de FCNM da UP-Maputo de modo a evitar a 
exposição aos raios solares, acondicionadas em cima de jornais, estimando um período de 15 dias, 
estas precauções evitam possíveis degradações, dos princípios activos de interesse da pesquisa 
caso o vegetal entre em contacto com a irradiação solar. A figura 10 que se segue ilustra a secagem 
da amostra. 
Figura 10.Ilustração da secagem da amostra. 
 
 Após a secagem da amostra, procedeu-se com a trituração da mesma, importa referir que 
a trituração foi feita manualmente. A figura 11, abaixo ilustra a amostra torturada. 
Figura 11.Ilustração da amostra torturada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
 
 
 
3.5.Extracção como método experimental 
Nesta pesquisa o método de extracção foi utilizado, para retirar a essência do material vegetal 
nesse caso das folhas da Cymbopogon citratus. Sendo que existem vários tipos de extracção, 
salientar que nesta pesquisa utilizar-se o Soxhlet e o método de infusão, com o solvente etanóico 
tendo como critério da escolha a aproximação dos métodos utilizados pela comunidade. Porque 
este método proporcionar uma extracção rica, sem perda de material a ser analisado e por permitir 
a obtenção do extracto mais concentrado. 
 
Figura 12.Ilustração do processo da extracção por Soxhlet 
 
Após a extracção, os solventes foram evaporados no rota-vapor obtendo-se extractos etanóicos. 
Os extractos obtidos foram secos na estufa depois pesados para avaliação do rendimento de acordo 
com a seguinte fórmula: 
Re = (Mextrato/Mmaterial) x 100% 
Onde: 
 Re = Rendimento total do extracto (%) 
 Mextrato = Massa do extracto seco (g); 
 Mmaterial = Massa do material vegetal seca (g). 
 21 
 
 
 
3.6.Prospecção fitoquímica 
A Prospecção fitoquímica dos princípios activos das folhas da C. citratus. Foi realizada através de 
testes colorimétricos, tomou-se como base a metodologia proposta por Matos (1997) a qual foi 
trabalhada com algumas adaptações a fim de realizar a prospecção das seguintes substâncias: 
Alcalóides, antraquinonas, cumarinas, flavonóides, saponinas, terpenóides, quinonas. É um teste 
de identificação rápido e superficial realizado, através de reagentes específicos de coloração ou 
precipitação que irão revelar ou não a presença dos princípios activos em um extracto. 
a) Teste de identificação de antraquinonas 
 Reacção com Clorofórmio e Hidróxido de sódio 
1. Adiciona-se 1 ml de Clorofórmio num tubo de ensaio contendo 0,5 ml do extracto e deixe por 
15 minutos e depois adicione 1 ml de NaOH à 10%. 
Evidência: O surgimento de uma coloração avermelhada na camada aquosa é uma evidência da 
presença de Antraquinonas (MATOS, 1988). 
Figura 13.Equação de edificação de antraquinonas 
Fonte: (ALMEIDA,2015) 
b) Testes de identificação de alcalóides 
 Com reagente de Mayer: coloque 2 ml do extracto num tubo de ensaio adicione 1 ml de 
HCl diluído e 1 ml de reagente de Mayer. 
Evidencias: A formação do precipitado amarelado indica o resultado positivo da presença de 
Alcalóides, (Henriques & Almeida 2013). 
 Teste de Drangendroff: adicione 0,1ml do reagente de Drangendroff num tubo de ensaio 
contendo 2 ml do extracto e 0,1 ml do HCl diluído. 
Evidência: A formação do precipitado com cor castanha avermelhado indica a presença de 
Alcalóides (RALTE, 2014). 
c) Teste de identificação das cumarinas 
4. Em um tubo de ensaio coloque uma 4 ml de NaOH (10%) mais 5 ml do extracto em seguida 
adicione 2 – 4 gotas do Clorofórmio. 
Evidencia: O aparecimento da cor amarela indica a presença de Cumarinas. 
 22 
 
 
 
d) Teste de identificação dos esteróides 
 Adiciona-se poucas gotas do ácido sulfúrico concentrado à uma porção do extracto, agitou-
se por algum tempo. 
Evidência: A formação da cor vermelha excepto nos extractos aquosos, indica a presença de 
esteróides (SHEVALE. Et al., 2015) 
 Coloque em tubo de ensaio 2 ml extracto mais 2 ml CHCl3 em seguida adiciona 2 ml H2SO4 
concentrado. 
Evidencia: O aparecimento do anelo de cor castanho avermelhado indica presença de esteróides. 
Figura 14.Equação de identificação dos esteróides 
Fonte: (ALMEIDA,2015) 
e) Testes de identificação de flavonóides 
 Coloca-se 1ml do extracto num tubo de ensaio e adiciona-se 1ml Pb(C2H3O2)2 . 
Evidencia: a formação do precipitado de coloração amarela que indica a presença de 
flavonóides; (SANTHI & SENGOTTUVEL. 2016) 
 Adiciona-se 0,6 ml do Ácido clorídrico concentrado em um tubo de ensaio contendo 2 
ml do extracto e uma fita de Magnésio metálico. 
Evidências: o surgimento da coloração rósea-avermelhada, laranja e violeta indicaria a presença 
de flavonóides, (MOUCO et al, 2003 apud NDLALANE, P.S, 2017). 
Figura 15.Reacção entre flavonóides e Magnésio 
 
 Fonte: (ALMEIDA,2015) 
 23 
 
 
 
f) Teste de identificação de taninos 
 5ml do extracto foi tratado com 1ml do Acetato de chumbo à 10%. 
Evidência: O aparecimento do precipitado castanho avermelhado denso indica o resultado positivo 
para os taninos (ZUCULA, 2011). 
g) Identificação de taninos com Cloreto férrico 
 Em um tubo de ensaio colocou-se 2ml do extracto mais 2ml H20 adicionou-se 2-3 gotas 
de FeCl3 (5%). 
Evidencias: O aparecimento do precipitado Verde-escuro indicando a presença de taninos 
(Henriques & Almeida 2013). 
Figura 16.Identificação de taninos com Cloreto férrico 
 
Fonte: (ALMEIDA,2015) 
h) Testes de identificação dos terpenóides 
 Adicione algumas gotas do Ácido sulfúrico concentrado a um tubo de ensaio contendo 
2 ml do extracto e 2 ml do anidrido acético. 
Evidência: O aparecimento da cor vermelha intensa, indica a presença de Terpenoides. (YADAV. 
et al., 2014) 
 Adicione cuidadosamente, pela parede, 1 ml do Ácido sulfúrico concentrado a um tubo 
de ensaio contendo uma mistura de 5 ml do extracto e 2 ml do Clorofórmio. 
Evidência: O aparecimento da cor castanha avermelhada na camada da interface indica o resultado 
positivo para Terpenoides (SONI & SOSA, 2013) 
i) Testes de identificação de saponinas 
 Adiciona-se vigorosamente num tubo deensaio contendo 2 ml do extracto e uma 
porção do ácido clorídrico diluído e deixou-se em repouso. 
 24 
 
 
 
Evidência: O surgimento de uma espuma persistente e abundante, que permanece mesmo com 
adição do ácido clorídrico diluído, indica a presença de saponinas. 
 
j) Teste de identificação de quinonas 
 Adiciona-se 0,5 ml do NaOH à 10% num tubo de ensaio contendo 1 ml do extracto e 
agita-se suavemente o tubo de ensaio por 2 minutos. Evidência: O aparecimento da 
cor azul esverdeada ou vermelha indica a presença de quinonas. (SONI & SOSA, 
2013). 
 
3.8. Desenho experimental 
O desenho experimental foi resultado do resumo dos processos e passos a serem feitos, desde a 
colecta da amostra até a identificação da presença dos princípios activos da planta Cymbopgon 
Citratus. 
Figura 17:Desenho experimental 
 
 
 
 
 25 
 
 
 
3.9.Equipamentos e reagentes 
 Tabela 4.Lista de equipamentos necessários 
 Lápis 
 Jornais 
 Sacos de papéis 
 Faca 
 Copos de Becker 
 Papel de Alumínio 
 Balança Analítica 
 Espátula 
 Tubos de ensaios 
 Suportes de tubos de 
ensaio 
 Conta-gotas 
 Proveta 
 Fugão eléctrico 
 Manta aquecidora 
 Papéis de filtro 
 Funis de vidro 
 Soxhlet 
 Rotavopor 
 
 
 
 
Tabela 5.Lista de reagentes necessários 
Reagentes inorgânicos Reagentes orgânicos 
 Água destilada; 
 FeCl3 (10%); 
 H2SO4 concentrado e diluído; 
 HCl concentrado e a 10%; 
 NaOH (10%); 
 Magnésio em pó 
 
 Acetato de Chumbo (Pb(OAc)4 
(10%); 
 Clorofórmio; 
 Reagente de Mayer; 
 Reagente de Dragendroff; 
 Etanol a 70 % 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
 
 
 
CAPÍTULO IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Neste capítulo são apresentados e discutidos os resultados referentes ao rendimento obtido na 
extracção das folhas de C. citratus, a identificação dos princípios activos e a comparação com os 
medicamentos convencionais. 
4. Extractos e Rendimento da Extracção das folhas de Cymbopogon citratus 
Da extracção etanóica empregando o método de Soxhlet e da extracção aquoso empregou-se o 
método infusão a folha de C. citratus obteve-se os rendimentos descrito na tabela seguinte. 
Tabela 6.Resultados do Processo da Extracção das folhas da C. citratus 
Tipo de 
extracção 
Quantidade 
inicial 
Quantidade 
final 
Duração da 
extracção 
 
Fórmula 
Rendimen
to 
Etanóico 19,802 g 12,961 g 1 Horas 
 
Re=
𝑀𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎𝑡𝑜
𝑀𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 
× 100% 
65,45 % 
Aquoso 19,815 g 8,785 g 1 Horas 44,36 % 
Aquoso 19,978 g 9,372 8 Horas 46,91% 
Etanóico 19,980 g 16,335 g 8 Horas 81,76 % 
 
A extracção por soxhlet e fez-se duas vezes, tendo sido a primeira em uma hora, com objectivo de 
comparar com extracto aquoso, e a segunda em 8 horas, de modo a obter um extracto mais 
concentrado, porque de acordo com (CARVALHO et al, 2008), recomenda-se que a extracção por 
soxhlet seja feita no intervalo de 8 horas para que haja esgotamento dos analitos. E a extracção por 
infusão aquosa procedeu-se da mesma forma. 
Os dados da tabela 6. ilustram que em dois casos o extracto etanóico apresenta maior rendimento 
comparado com extracto aquoso. Importa referir que a quantidade de solvente (375 ml) e da 
amostra inicial foi a mesma, podendo-se explicar pelo facto de no método se Soxhlet não ocorrer 
a perda da matéria enquanto na infusão ocorre com perda da matéria, por não ser um sistema 
fechado, importante salientar que apesar de a água ser solvente universal não consegue dissolver 
alguns compostos orgânicos. No entanto, a extracção etanóica foi mais eficiente em relação ao 
aquoso, devido a possibilidade de extrair compostos polares como apolares (CHARCOUSKI, 
2014). 
 
 
 
 27 
 
 
 
4.1.Análise fitoquímica das folhas de Cymbopogon citratus 
A análise fitoquímica das folhas de Cymbopogon citratus, resultou na identificação de 
Antraquinonas, Alcalóides, Flavonóides, Cumarinas, Saponinas e Taninos em ambos solventes, 
sendo que as classes dos Esteróides e quinonas foram identificadas apenas no extracto etanóico. 
a) Teste das Antraquinonas 
Tomou-se uma alíquota de 0,5 ml extracto de coloração acastanhado colocou-se em dois tubos de 
ensaio (extracto etanóico e aquoso respectivamente), e de seguida adicionou-se 1 ml de 
Clorofórmio em ambos tubos de ensaio e deixou-se por 15 minutos, tendo-se adicionado 
posteriormente 1 ml de NaOH à 10% nos tubos de ensaios. Observou-se a formação da coloração 
avermelhada nos tubos de ensaios. Esta reacção baseia-se na ionização das hidroxilas fenólicas em 
meio alcalino presente nas antraquinonas livres e meio alcalino gerando fenolantos alcalinos, os 
fenolatos formados são responsáveis pela coloração avermelhada, deste modo, evidenciou que 
ambos extractos contêm a presença de antraquinos. 
b) Testes de identificação de alcalóides 
Com auxílio de uma pipeta conta-gota colocou-se 2 ml de extracto em dois tubos de ensaios 
(extracto etanóico e aquoso respectivamente), e de seguida adicionou-se 1 ml de HCl e quantidade 
equivalente de reagente de Mayer, observou-se que a solução adquiriu uma coloração amarelada 
e a avermelhada no reagente Drangendroff. Esta coloração resulta da interacção entre os alcalóides 
e os metais reactivos do reagente de Mayer e Drangendroff, formando coloração característico 
para cada reagente, a adição do ácido clorídrico deve-se pelo facto da mesma reacção o correrem 
em meio ácido, o que evidenciou a presença de alcalóides nos extractos etanóicos e aquoso. 
c) Teste de identificação das cumarinas 
Tomou-se 2 ml de hidróxido de sódio, colocou-se um tubo de ensaio e de seguida adicionou-se 
extracto etanóico e ao adicionar clorofórmio a solução adquiriu a uma coloração amarelado, o que 
evidenciou a presença de cumarinas no extracto. Adição de hidróxido de sódio tenha o propósito 
de alcalizar o meio de modo a facilitar a interacção entre o clorofórmio e as cumarinas. 
d) Teste de identificação dos esteróides 
Colocou-se em dois tubos de ensaio, 2 ml extracto, sendo que o primeiro tubo extracto etanóico e 
o segundo tubo extracto aquoso, e adicionou-se 2 ml CHCl3 mais 2 ml de H2SO4 concentrado, ao 
adicionar o ácido sulfúrico no tubo de ensaio que continha extracto etanóico a solução acastanhada 
adquiriu uma coloração a vermelhada. No tubo que continha extracto aquoso não houve nenhuma 
 28 
 
 
 
mudança. O que evidenciou a presença de esteróides no extracto etanóico. Porém não houve essa 
formação no extracto aquoso, por isso, o teste foi negativo para presença de quinonas no extracto 
aquoso. 
e) Testes de identificação de flavonóides 
Com adição de 2 mL de acetato de chumbo num tubo que continha quantidade equivalente de 
extracto etanóico observou a formação de precipitado de coloração amarelado, esta coloração 
resulta da interacção entre flavonóide e o acetato de chumbo, o acetado de chumbo é o responsável 
pela redução dos flavonóides evidenciando que no extracto existe a presença de flavonóides. E 
procedeu-se do mesmo modo no extracto aquoso neste caso observou a formação de uma coloração 
vermelho alaranjado. 
f) Teste de identificação de taninos 
Colocou-se 2 ml de extracto num tubo de seguida adicionou-se o reactivo de Cloreto Férrico, 
observou-se que o extracto aquoso adquiriu uma coloração azul-escura em extracto aquoso. Os 
reactivos de acetato de chumbo adicionados de ácido acético caracterizam um precipitado castanho 
avermelhado. Em todos os testes é evidenciada a presença de taninos. 
g) Testes de identificação dos terpenóides 
Adicione algumas gotas do Ácido sulfúrico concentrado a um tubo de ensaio contendo 2 ml do 
extracto e 2 ml do anidrido acético observou-se a formação de uma coloração avermelhada. 
Concordando com a metodologia propostos por (YADAV. et al., 2014). 
h) Testes de identificação de saponinas 
Tomou-se 2 mL de extracto de seguida adicou-se 2 mL de ácido Clorídrico a 10%, e deixou-se 
repousar, observou-se a formação de espuma estável, porém em quantidade reduzida, revelou a 
presença de saponina, em ambos extractos. As saponinas possuem uma parte lipofilica e uma parte 
hidrofilica composta por um ou mais açúcares. Isso determina a propriedade que esses compostos 
têm de reduzir a tensão superficial da água, promovendo a formação de espuma persistente. 
i) Teste de identificação de quinonas 
No tubo de ensaio que tinha 1 ml extracto etanóico com adição de 0,5 ml de hidróxido de sódio 
observou-se a formação de uma coloração avermelhada, o que evidenciou a presença de quinonas 
no extracto etanóico, porém não houve essa formação no extracto aquoso, por isso, o teste foi 
negativo para presença de Quinonas no extracto aquoso. 
 
 29 
 
 
 
Tabela 7.Resumo dos Resultados obtidos na identificação dos princípios activos 
Classe dos 
princípios 
activos 
Reagentes Solventes usados na extracção das folhas C.citratus 
Observação Extracto etanóico Extracto aquoso 
Alcalóides HCl e Reagente 
de Mayer 
Precipitado 
amarelado 
+ 
 
+ 
 
Antraquinonas 
Clorofórmio e 
Hidróxido de 
sódio 
Argola avermelhada 
 + 
+ 
Cumarinas Hidróxido de 
sódio e 
Clorofórmio 
Amarelo + + 
 
Esteróides 
Clorofórmio e 
Ácido sulfúrico 
concentrado 
Vermelho 
+ 
− 
 
Flavonóides 
Acetato de 
chumbo, 
Cloreto ferrico 
ou Shinoda 
 Amarelo 
+ 
 
+ 
Taninos Cloreto férrico Verde escura 
+ 
+ 
Terpenóides Ácido Sulfúrico 
concentrado 
Vermelho + + 
 
Saponinas 
Ácido clorídrico 
diluído 
 Espuma persistente + + 
Quinomas Hidróxido de 
sódio 
Precipitado 
acastanhado 
+ − 
 
Legenda: (+) positivo e (-) negativo 
 
 
 
 
 30 
 
 
 
Tabela 8: Resultados obtidos na identificação dos princípios activos. 
 
 
 
Alcalóides Antraquinonas Cumarinas 
 
 
 
 
Esteróides Flavonóides Taninos 
 
 
 
 
Terpenóides Saponinas Quinonas 
 31 
 
 
 
4.2.Identificação de princípios activos que apresentam propriedades hipertensivas 
Dos princípios activos identificados as que possuem propriedades hipertensivas são: Alcaloides, 
Cumarinas, Flavonoides, Saponinas e terpenoides. 
Cumarinas: apresentam actividade broncodilatadora, fungicida, anticoagulante, vasodilatadora, 
espasmolítica e antitrombótica. (GARLET & BISOGNIN,2019). 
Flavonoides: As principais actividades biológicas são anti-inflamatória, antivaricosa (fortalecem 
vasos capilares), antiesclerose, antiedematosa, antiespasmódica, antioxidante, antiviral, 
antimicrobiana, antifúngica, antitumoral, anti-hepatotóxica, colerética, diurética e hormonal. 
(GARLET & BISOGNIN,2019). 
Saponinas: possuem propriedade detergente, cicatrizante, hipocolesterolemiante, laxativa suave, 
diurética, expectorante e melhoram a circulação sanguínea. (GARLET & BISOGNIN,2019). 
4.3.Comparação dos princípios activos com alguns medicamentos anti-hipersantivos 
Tabela 9:Comparaçao dos princípios com alguns medicamentos anti-hipersantivos 
Classe de princípios 
activos 
Medicamento 1 
(Cafelina) 
Medicamento 2 
(Acebulol) 
Chambalacate 
Alcaloides + + + 
Cumarinas - - + 
Flavonoides + + + 
Saponinas - - + 
terpenoides + - + 
 
Legenda: (+) presente e (−) ausente 
A tabela 9. é fundamentada pela figura 18. 
Figura 18:Medicamentos anti-hipersantivos usadas no controlo da hipertensão. 
 
 
 32 
 
 
 
As estruturas de Acebulol e da Cafelina são constituídas pelos seguintes grupos funcionais: amina, 
álcool, éter, cetona e amida. 
O grupo amina representado na estrutura da Cafelina é o grupo funcional dos alcalóides. 
Concordando com a definição proposta por (FELTRE, 2004), os alcalóides são aminas cíclicas 
que apresentam anéis heterocíclicos contendo nitrogénio. 
Na estrutura de Cafelina, pode se observar também o grupo fenol, que é um dos representantes dos 
flavonóides. Os mesmos princípios activos foram identificados na planta em estudo. Segundo 
(GARLET & BISOGNIN,2019), os flavonóides e os alcalóides possuem propriedades diuréticas 
e anti-inflamatórios. 
Figura 19:Estruturas dos Principais medicamentos anti-hipersantivos 
 
Fonte: (MOTA,2012) 
Como pode-se observar, na figura 19, ela representa as estruturas dos medicamentos anti-
hipersantivos, que os seus componentes por exemplo: Trianetereno e Amiloride apresentam a 
composição básica dos alcalóides. O canrenoato de potássio e spironolactone são derivados de 
esteróides. A Eplerenona é derivada das cumarinas. Importa salientar que, os estudos feitos por 
 33 
 
 
 
Soares (SOARES et al. 2013) e Gomes (GOMES et al. 2011) detectaram quatro classes 
(antraquinonas, flavonóides, saponinas e alcalóides), deste princípio activo para esta espécie. As 
mesmas classes foram identificadas no presente trabalho, dados que constam na tabela 7. De 
acordo com COSTA (COSTA, MAYWORM, 2011; SOUZA et al 2010), um estudo feito no estado 
de Minas Gerais, o Cymbopogon citratus apresentou comprovação na diminuição relativa da 
frequência cardíaca, levando a redução da pressão arterial. Outro estudo realizado em 
Camundongos revelou que a decocção das folhas da planta Cymbopogon citratus, possuem acção 
diurética, hipotensora e anti-inflamatória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
 
 
 
CAPITULO V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÃO 
5. Conclusões e recomendação 
5.1. Conclusões 
 Foi possível extrair os princípios activos das folhas de C.citratus, através do método soxhlet 
e infusão aquoso. 
 O estudo fitoquímico revela a existência das seguintes classes: Antraquinonas, Alcalóides, 
Flavonóides, Cumarinas, Saponinas e Taninos em ambos solventes, sendo que, as classes 
de Esteróides e quinonas foram identificadas apenas no extracto etanóico. 
 Quanto a comparação dos princípios activos com os medicamentos anti-hipersantivos, 
conclui-se que os princípios activos de C.citratus há semelhança aos medicamentos anti-
hipersantivo em termo de estruturas e propriedades. 
 
5.2. Recomendação 
 Recomenda-se um estudo de modo a quantificar a dosagem dos princípios activos que 
apresentam propriedades anti-hipersantivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
 
 
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